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Cardiopatias
Congênitas
Cardiopatias Congênitas CM
ÍNDICE
Introdução 4
Circulação Fetal 12
Manifestações Clínicas 18
Diagnóstico 21
- Comunicação Interatrial 27
- Comunicação Interventricular 29
- Coarctação da Aorta 38
- Tetralogia de Fallot 42
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- Atresia Tricúspide 49
- Truncus arteriosus 52
Conclusão 53
Bibliografia 55
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Introdução
As cardiopatias congênitas são alterações da estrutura do coração ou
dos grandes vasos da base, que podem repercutir no funcionamento
cardíaco. Elas são o tipo de doença congênita mais comum nos recém-
nascidos.
A prevalência das cardiopatias congênitas é de cerca de 6-20 casos
entre 1.000 nascidos vivos, com média de 1 para cada 100.
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• Obesidade;
• Doenças da tireoide;
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• Reprodução assistida;
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Imagem 2. Identificação das câmaras cardíacas e dos vasos da base do coração. Fonte:
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Circulação Fetal
Antes de mais nada, temos que lembrar que no feto as trocas gasosas e
a distribuição de nutrientes são realizadas pela placenta. Só, por isso, já
podemos perceber que a circulação fetal intraútero é diferente da nossa
adulta.
O sangue chega ao feto, já oxigenado, por veia umbilical, que vem da
placenta (imagem 6). Da veia umbilical esse sangue bem oxigenado é
transportado ao ducto venoso e, daí, para a veia cava inferior (VCI). Na
VCI o sangue bem oxigenado encontra o sangue pobre em oxigênio
proveniente do restante do corpo e, finalmente, vai para o átrio direito.
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Imagem 8: Circulação fetal (A) e neonatal (B). Fonte: Adaptado de: Larsen Embriologia
Com uma circulação pulmonar efetiva e a separação entre as circulações
pulmonar e sistêmica, ocorre, progressivamente, o fechamento dos
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Um dos aspectos mais importantes da transição da circulação fetal para
a neonatal é o fechamento do canal arterial. Esse processo começa logo
após o nascimento, por meio de uma constrição inicial e funcional, já nas
primeiras horas de vida, conhecido como fechamento funcional. Ao
longo dos dias, ocorre o fechamento definitivo no canal, por meio de seu
fechamento anatômico.
As cardiopatias congênitas mais comuns no período neonatal e que
trazem grande repercussão clínica são aquelas dependentes do canal
arterial. Alguns exemplos são a hipoplasia de ventrículo esquerdo, a
coarctação crítica da aorta e a atresia pulmonar.
Manifestações Clínicas
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Diagnóstico
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As primeiras manifestações clínicas das cardiopatias congênitas
costumam aparecer nos primeiros meses de vida. Entretanto, o
diagnóstico da cardiopatia congênita pode ser feito ainda no período
fetal, por meio do ecocardiograma fetal.
Quando não existe um diagnóstico pré-natal, o diagnóstico das
cardiopatias congênitas, geralmente, é feito no berçário. Entretanto, em
alguns casos, esse diagnóstico só é realizado após a alta, porque o recém-
nascido afetado pode não apresentar sintomas graves nos primeiros dias
de vida, uma vez que o canal arterial ainda está aberto.
O reconhecimento dos sintomas e sinais listados acima é de
fundamental importância para o diagnóstico das cardiopatias
congênitas. Entretanto, muitas vezes, não são suficientes de forma
isolada, com necessidade do auxílio de alguns exames complementares.
Assim, é de fundamental importância suspeitarmos de uma cardiopatia
congênita, reconhecer aquelas que precisam de tratamento com
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CGSCAM/DAPES /SAS/MS
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A radiografia de tórax e o eletrocardiograma são exames mais acessíveis e
contribuem na formulação de uma hipótese diagnóstica, porém, em
raras ocasiões indicam uma doença.
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Até aqui, já vimos como ocorre a circulação fetal e sua transição para a
circulação neonatal, bem como as principais manifestações clínicas e
métodos diagnósticos das cardiopatias congênitas. Vamos, agora, para o
reconhecimento de cada cardiopatia congênita específica. Bora lá!
Comunicação Interatrial
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Comunicação Interventricular
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Bora lá, pessoal! Já vimos lá no início que o canal arterial está patente no
feto e é fundamental para a adequada circulação fetal. Após o
nascimento ocorre seu fechamento progressivo. Entretanto, em alguns
recém-nascidos esse fechamento não ocorre da maneira que deveria.
Os nossos prematuros são os mais acometidos por essa persistência do
canal arterial (PCA). E quanto menor a idade gestacional e o peso ao
nascer, maior a sua incidência.
A presença da PCA resulta na passagem do sangue da esquerda para a
direita, isto é, da aorta para a artéria pulmonar (imagem 14). Isso pode
resultar em um desequilíbrio hemodinâmico, com aumento do fluxo na
circulação pulmonar, nas cavidades esquerdas e, consequentemente,
no aumento da pressão capilar pulmonar de forma retrógrada, de forma
bem semelhante ao que acontece na CIV.
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Imagem 15. Defeito do septo atrioventricular total. Fonte: Adaptado de: Centers for
Disease Control and Prevention, National Center on Birth Defects and Developmental
Disabilities
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Coarctação da Aorta
Imagem 19.Coarctação da Aorta Fonte: Adaptado de: Centers for Disease Control and
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no recém-nascido - 2ª edição.
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Mas nem todas as coarctações da aorta são críticas. Aquelas não críticas
podem até passar despercebidas inicialmente no recém-nascido e serem
diagnosticadas apenas na idade adulta. A principal alteração no exame
físico que podemos identificar em adolescentes e adultos com
coarctação da aorta não crítica é a diferença de pressão arterial entre
os membros superiores e inferiores.
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Como vimos, a coarctação da aorta crítica é dependente do canal
arterial. Logo, temos que manter esse canal aberto para que não ocorra a
descompensação cardíaca. Mas como fazemos isso?
Imediatamente após o nascimento devemos iniciar para esses recém-
nascidos o uso de prostaglandina PGE1, o famoso PROSTIN®️. Esse
medicamento impede o fechamento do canal arterial , permitindo
assim o fluxo para aorta descendente. Além disso, devemos sempre estar
atentos para sinais de falência cardiorrespiratória e tratá-los, logo após
sua identificação.
Apesar de salvar o paciente após o nascimento, o PROSTIN não pode ser
usado para o resto da vida. Por isso, no recém-nascido, a melhor opção
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Tetralogia de Fallot
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uma estrutura que faz parte da patologia. Fonte: Adaptado de: Centers for Disease
Control and Prevention, National Center on Birth Defects and Developmental Disabilities
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Como existe uma mistura de sangue intracardíaca e o paciente é
cianótico, a saturação alvo desse paciente é diferente da do recém-
nascido normal. Devemos oferecer ventilação e oxigenação adequadas
para manter a saturação periférica de oxigênio em torno de 85%, que é
o alvo terapêutico. Além disso, devemos manter a estabilidade
hemodinâmica desse paciente. Aqui, vale lembrar que não existe
restrição para infusão de volume e devemos sempre evitar hipotensão
arterial sistêmica, mantenho a PA do recém-nascido acima de 60
mmHg.
Após a estabilização inicial, a criança deve ser submetida a cirurgia
cardíaca para garantir o fluxo pulmonar. Por tratar-se de cardiopatia
congênita crítica, essa correção deve ser feita dentro do primeiro ano de
vida.
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Uma das principais complicações clínicas no paciente com tetralogia de
Fallot é a crise de hipóxia. Ela é caracterizada por uma cianose intensa,
acompanhada por taquipneia e alteração da consciência.
A crise geralmente ocorre pela manhã e é desencadeada por atividades
como defecar ou chorar. É mais frequente em lactentes, entre 2 e 6
meses de idade. Por ser uma situação grave, ela requer reconhecimento
rápido e tratamento adequado, pois pode levar a sérias complicações
neurológicas.
O tratamento da crise de hipóxia é baseado no suporte para evitar a
piora da cianose. Para isso, o paciente deve ter um controle rigoroso da
hemoglobina para evitar anemia e policitemia.
O tratamento imediato da crise de hipóxia pode ser feito através de uma
série de medidas. Algumas delas são:
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Imagem 26: Transposição das Grandes Artérias. Fonte: Adaptado de: Centers for
Disease Control and Prevention, National Center on Birth Defects and Developmental
Disabilities
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Imagem 27. RX de tórax em paciente de 4 anos com TGA. Fonte: Artigo Caso 7/2007 -
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Atresia Tricúspide
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Imagem 29. Atresia tricúspide. Fonte: Adaptado de: Centers for Disease Control and
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Truncus arteriosus
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Imagem 31. Tronco arterial comum. Fonte: Adaptado de: Centers for Disease Control
Geralmente, o seu diagnóstico é feito no período neonatal ou na
infância. Sua correção cirúrgica pode ser feita na infância e, raramente,
na vida adulta por meio do procedimento de Rastelli (tubo VD-TP).
Conclusão
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O conhecimento das bases anatômicas, fisiológicas e propedêuticas da
cardiologia pediátrica é de fundamental importância para a prática
clínica do estudante de medicina e médico generalista, dada a enorme
prevalência de alterações do sistema cardiovascular na infância.
O cuidado com os pacientes portadores de cardiopatia congênita tem
sido exacerbado para os médicos não especialistas na área, ao longo das
últimas décadas, como consequência das melhorias na assistência a essa
população.
Por esse motivo, é fundamental que vocês tenham clareza dos conceitos
abordados neste capítulo.
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Bibliografia
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APLICATIVO MEDWAY
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NOSSA MISSÃO
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