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Quando um pá ssaro gigante e desengonçado tenta fazer amizade com os “pá ssaros
normais”, ele sofre algumas discriminaçõ es. E quatro minutos foram suficientes para,
novamente, esfregar aquela má xima em nossa face: “o mundo gira”. O desengonçado é
motivo de chacota, ninguém quer se aproximar dele. A soluçã o encontrada foi derrubar ele
de um fio. No momento que ele cai, os outros sã o impulsionados para cima, só que para o
azar do bando a impulsã o é tã o grande que suas penas sã o retiradas. Nesse momento o
jogo vira, o grandalhão não é mais o estranho daquele local, mas sim todo o resto…
Na vida tem muito disso. Aquela criança nerd que nã o pegava ninguém, que era sacaneado
e até levava umas pancadas, vira o “jogo” na idade adulta quando por ter se esforçado nos
estudos, acabou virando gerente ou, até dono da empresa, que o “malandrã o do fundã o”
trabalha. É impressionante a capacidade de mudança que a vida nos proporciona. O
dinheiro muda de mã os, quem nasceu rico pode ficar pobre, o menino que nasceu na
favela pode virar dono de uma grande empresa. Tudo pode acontecer nesse mundã o, aliá s,
tudo nã o, tem uma coisa que você jamais pode fazer… rejeitar alguém por ser “diferente de
você”.
PURL:
Mesmo um simples desenho tem o poder de nos fazer refletir sobre certos
comportamentos que prejudicam o nosso pró ximo e a nó s mesmos. O curta-metragem
"Purl" da Pixar traz como protagonista um novelo de lã que se vê deslocado após
conseguir uma grande oportunidade profissional.
O problema de seu novo emprego é justamente o ambiente tó xico do escritó rio. O quadro
de funcioná rios é formado por homens, que nã o se esforçam em manter uma convivência
agradá vel com Purl e até constrangem a protagonista, cochichando sobre a personagem
aos cantos ou excluindo a colega das confraternizaçõ es. "Purl" trata, de forma lúdica,
sobre a discriminação da mulher no ambiente de trabalho, apontando também para
o estranho fato de que, quando a personagem reproduz comportamentos associados
ao sexo masculino, é que é reconhecida como pessoa e "integrada" ao grupo. Vale a
pena conferir!
PIPER:
Claramente, Piper descobrindo o mundo é uma metáfora fofa sobre a vida. O filhote de
ave representa a nossa juventude inexperiente que começa a conhecer o mundo. Assim
como ele, nó s também procuramos o seio dos pais, tanto por costume, como por
medo. Aliás, esse é uma constante em nossas vidas, já que nos encontramos com
outros seres mais experientes do que nós. Podemos ver a onda como os desafios
inerentes da vida que sempre existiram e sempre vã o existir. A sua perspectiva imatura
faz com que a ave acredite que a onda é bem maior do que realmente é. Isso é um
reflexo direto da forma como enxergamos a vida. Apenas por medo de tentar, atribuímos
um valor irreal a qualquer adversidade. O pequeno caranguejo representa a perspectiva
diferente da nossa. Quando observamos que outro indivíduo consegue resistir a um
desafio, podemos segui-lo e tentar também. Surpresos de nossa própria coragem,
enxergamos que o medo de tentar inibia nosso potencial e dava um poder maior ao
medo. Ao fim, percebemos do que somos capazes se realmente nos dispusermos a tentar.
Piper descobrindo o mundo carrega valiosas liçõ es em seus curtos seis minutos. Graças a
isso, podemos fazer reflexões, mesmo já tendo indo tão longe em nossas vidas.
Conseguimos atribuir novos valores para nossas atitudes, entendendo o que
realmente importa.
Ser aberto a sugestões: Ainda que nã o seja verbalizado, a pequena ave decidiu
seguir o mesmo caminho do pequeno caranguejo. Ela percebeu que existe mais
de uma maneira de fazer a mesma coisa. Graças a isso, pô de enfrentar o seu
medo e enxergar novas possibilidades para si. Assim como ela, devemos estar
abertos a dicas e sugestõ es.