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Introdução
Fluidos de perfuração são fluidos que são usados durante a perfuração
de poços subterrâneos. Eles fornecem controle de poço primário de
pressões de subsuperfície por uma combinação de densidade e qualquer
pressão adicional atuando na coluna de fluido (anular ou imposta pela
superfície). Na maioria das vezes, eles circulam pela coluna de perfuração,
saem da broca e retornam ao espaço anular para a superfície, de modo
que os cascalhos de perfuração sejam removidos do furo de poço.
Os fluidos de perfuração têm vários nomes alternativos,
siglas e gírias usadas dentro
a industria. O nome mais usado é
“lama” ou “lama de perfuração” e
ambos os termos serão usados
alternadamente ao longo deste
capítulo. Outros nomes e
acrônimos de fluidos de
perfuração são: lama à base de
água (WBM), lama à base de óleo
(OBM), lama à base sintética Figura FL-1:Os fluidos de perfuração são os principais fatores em uma perfuração bem-sucedida
(SBM), fluido não aquoso (NAF), programa. Cortesia MI-SWACO, uma empresa Schlumberger.
fluido de emulsão invertida
(IEF), lama à base de água de alto desempenho (HPWBM), fluido de perfuração
(DIF) e fluido de perfuração de reservatório (RDF). Semelhante aos fluidos de
perfuração são os chamados fluidos de completação que são usados para
terminar o poço após a conclusão da perfuração. Os fluidos usados durante as
completações são frequentemente chamados de fluidos de recondicionamento
e completação (WOC), salmouras claras e/ou fluidos de packer.
O fluido de perfuração é um fator importante no sucesso do programa de
perfuração e merece um estudo cuidadoso. A discussão neste manual, no
entanto, é limitada às suas características gerais. Um texto abrangente e
mais acadêmico sobre fluidos de perfuração é “Composition and
Properties of Drilling and Completion Fluids” de Caenn, Darley e Gray. Os
fornecedores de materiais de fluidos de perfuração também oferecem
uma ampla gama de publicações e inúmeros artigos podem ser
encontrados na literatura técnica da indústria de petróleo e gás.
Função e desempenho do fluido de perfuração
Os fluidos de perfuração variam de simplesmente água ou óleo a ar
comprimido e fluidos pneumáticos até sistemas mais complexos à base
de água ou à base de óleo. Os aditivos de fluido de perfuração incluem
materiais de ponderação; viscosificantes; aditivos de controle de filtração;
produtos químicos de controle de pH/alcalinidade; dispersantes/
desfloculantes/ diluentes; tensoativos e emulsificantes; inibidores de
xisto; inibidores de corrosão/eliminadores de oxigênio/eliminadores de
sulfeto de hidrogênio (H2S); lubrificantes; e agentes de ponte/materiais
de circulação perdida (LCMs). Uma breve descrição dessas categorias é
incluída posteriormente nesta seção.
Manual de Perfuração IADC
As principais funções do fluido de perfuração são:
• Controlar as pressões subsuperficiais, mantendo o controle do poço;
• Remova as aparas de perfuração por baixo da broca e circule-
as até à superfície;
• Manter a estabilidade do poço, mecânica e
quimicamente;
• Transmitir energia hidráulica para a broca e ferramentas de fundo de
poço;
• Resfrie e lubrifique a coluna de perfuração e a broca;
• Permitir uma adequada
avaliação da informação;
• Forneça um preenchimento
poço que produzirá
hidrocarbonetos;
• Suspender ou minimizar
a sedimentação de cascalhos de perfuração
ou material de peso quando a circulação é
interrompida, ainda permite a remoção de
cascalhos de perfuração no sistema de
processamento de fluidos de superfície; e
• Forma uma torta de filtro de baixa permeabilidade, fina e
resistente em formações permeáveis.
O desempenho dessas funções depende do tipo de formação que está
sendo perfurada e das várias propriedades do fluido de perfuração.
Muitas vezes, os compromissos são necessários devido a uma variedade
de fatores. A seleção e o projeto de um determinado fluido de perfuração
e suas propriedades dependem da complexidade do poço sendo
perfurado, pressões e temperaturas de subsuperfície, logística, custo e
experiência local. O desempenho do fluido de perfuração também é
afetado pelo equipamento de perfuração utilizado.
As propriedades do fluido de perfuração devem ser ajustadas à
hidráulica disponível para a operação de perfuração e ao
projeto do poço. A taxa de penetração (ROP) e a vida útil da
broca podem ser melhoradas otimizando a potência hidráulica
na broca, especialmente para brocas de rolos cônicos. A ROP e a
vida útil da broca para brocas compactas de diamante
policristalino (PDC) são melhoradas quando uma vazão
adequada é usada com o mínimo de desequilíbrio. As
propriedades do fluido de perfuração e as taxas de circulação
determinam as perdas de pressão parasitas na coluna de
perfuração e a pressão disponível na broca para um
desempenho de perfuração otimizado. A ROP também é
afetada pela densidade da lama e pela natureza dos sólidos
suspensos. Testes regulares e completos são essenciais para o
controle das propriedades da lama.
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 Testando as propriedades do fluido de perfuração

Mangueira Rotativa
Várias propriedades do fluido de perfuração são
monitoradas e ajustadas para atingir o desempenho
Standpipe
Unidade superior desejado. Os procedimentos para medir as propriedades
do fluido podem ser encontrados na Prática Recomendada
API 13B-1 para fluidos de perfuração à base de água e
Prática Recomendada 13B-2 para fluidos de perfuração à
Bomba de lama
base de óleo. Esses procedimentos são revisados e
estendidos periodicamente à medida que melhorias são
feitas e novos testes são desenvolvidos.
Kelly ou Drill Pipe, se o

Objetivo do teste
Top Drive for usado
Linha de descarga da bomba
Testes de rotina são realizados em fluidos de perfuração
para determinar o seguinte: a densidade ou peso da lama;
viscosidade; força do gel, taxa de filtração (também
Limpeza de lama
chamada de perda de fluido); teor de areia; teor de sólidos,
Equipamento /
Agitador de xisto
óleo e água; e propriedades químicas.
Tubo de perfuração

Densidade ou peso da lama

A densidade ou peso da lama é a massa por
Anel
unidade de volume. No campo, é medido com um
Retorno de Lama balanço de lama e é mais frequentemente relatado
Linha
em libras por galão (lb/gal ou ppg); gravidade
Tanque de lama/poço específica ou SG (g/ml); quilogramas por metro
cúbico (kg/cu m); ou libras por pé cúbico (lb/cu ft).
Poço artesiano
A densidade é usada para determinar a pressão
hidrostática da coluna de lama e também pode ser
Broca
medida e expressa como um gradiente, como
libras por polegada quadrada por mil pés (psi/
1.000 pés). Isso permite o cálculo fácil da pressão
Figura FL-2:Sistema básico de circulação de plataformas terrestres. hidrostática em qualquer profundidade.

A escala de lama é calibrada com água (água doce pesa 8,34

Princípios operacionais físicos
As três principais funções dos fluidos de perfuração são:
• Controlar as pressões de subsuperfície: Estas pressões são controladas
pela pressão hidrostática do fluido de perfuração mais qualquer
pressão imposta pela superfície no anular. Durante a circulação, as
perdas de pressão anulares também impõem pressão adicional no
furo de poço. A pressão hidrostática é aumentada aumentando a
lb/gal e água do mar pesa 8,55 lb/gal). A escala de lama tem
quatro escalas de unidades graduadas no feixe: lb/gal ou
ppg, g/cc, lb/cu ft e psi/1.000 ft. Consulte a seção intitulada
Cálculos e Tabelas para os cálculos apropriados e
conversões de unidade.
Viscosidade
A viscosidade é uma medida da resistência interna dos fluidos de perfuração ao

densidade do fluido de perfuração. Isso normalmente é realizado fluxo, ou quão grosso ou fino ele é. Os fluidos de perfuração não são

pela adição de barita (BaSO4), um pó inerte de alta densidade. newtonianos, o que significa que sua viscosidade não é constante para todas as
taxas de cisalhamento. Esses fluidos não newtonianos se comportam de

• Circular cascalhos de perfuração do poço: Isso depende de uma combinação maneira muito diferente de líquidos como água ou óleo, que são newtonianos

de velocidade do fluido, viscosidade do fluido, densidade do fluido e com uma viscosidade constante, independentemente da taxa de cisalhamento.

rotação da coluna de perfuração. Fluidos de perfuração não newtonianos são afinados por cisalhamento de modo

• Manter a estabilidade do poço: Isso depende da resistência das que tenham viscosidade mais baixa em taxas de alto cisalhamento e viscosidade

rochas que estão sendo perfuradas, tensões subsuperficiais mais alta em taxas de baixo cisalhamento. Isso é desejável para a perfuração

locais, pressão diferencial no poço, química do fluido de onde as perdas de pressão mínimas são desejadas para as condições de alto

perfuração, composição da formação, controle de filtração, cisalhamento dentro do furo estreito da coluna de perfuração. Uma viscosidade

qualidade da torta de filtro e sólidos em ponte. mais alta é desejada nas condições de baixo cisalhamento do anel maior.

A viscosidade depende da viscosidade do líquido base e da

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tipo e concentração de sólidos no fluido de perfuração. A viscosidade é
geralmente maior para fluidos de densidade mais alta devido ao aumento da
concentração de material de peso, como a barita. Como regra geral, fluidos
mais espessos são necessários para tamanhos de furos de diâmetro maior e
fluidos mais finos são necessários para tamanhos de furos menores que
possuem áreas de fluxo anular menores.

A viscosidade é medida com duas ferramentas principais; a) o funil

Marsh (Figura FL-3) que é usado para medir frequentemente
mudanças relativas na viscosidade, e b) um viscosímetro de leitura
direta (Figura FL-4), que é usado para medir a viscosidade, a força
do gel e as características não newtonianas com precisão.

O funil Marsh é usado para monitorar mudanças relativas na viscosidade

e é comumente relatado como “viscosidade do funil”. A viscosidade do
funil Marsh é relatada como o número de segundos necessários para um
determinado fluido fluir um volume de 1 qt em um copo de lama
Figura FL-3:Equilíbrio de fluidos de perfuração e Marsh
graduado. Seu design e calibração podem ser verificados usando água.
funil são usados para medir a viscosidade do fluido.
Um litro de água doce deve ser coletado em 26 (±0,5) segundos a uma
temperatura de 70 (±5) °F.

Um viscosímetro rotacional de indicação direta é usado para medir a

viscosidade em diferentes taxas de cisalhamento para determinar os

coeficientes do modelo de reologia. Para operações de campo, os coeficientes

do modelo de reologia plástica de Bingham de viscosidade plástica (PV) e ponto

de escoamento (YP) são monitorados. Esses dois coeficientes são usados para

monitorar as propriedades não newtonianas do fluido de perfuração. Esses

viscosímetros indicam a tensão de cisalhamento como uma “unidade de

discagem” ou “grau” (Ɵ)a uma determinada taxa de cisalhamento (uma unidade

de discagem equivale a cerca de 1 lb/100 pés quadrados). As dimensões do

viscosímetro de indicação direta são selecionadas para que PV e YP possam ser

calculados rapidamente a partir dos valores de tensão de cisalhamento

medidos em taxas de cisalhamento de 600 e 300 rpm. O PV em centipoise (cps)

é calculado a partir da leitura do mostrador de 600 rpm (Ɵ600) menos a leitura do

mostrador de 300 rpm (Ɵ300). O YP em lb/100 pés quadrados é então calculado a

partir da leitura do mostrador de 300 rpm menos o PV.

fotovoltaica(cps) =Ɵ600– Ɵ300 Eq 1

YP(lb/100 pés quadrados) =Ɵ300–fotovoltaica

Eq 2
Figura FL-4:Viscosímetro de indicação direta (6 velocidades).

A viscosidade deve ser medida e relatada em temperaturas padrão que

geralmente são 120°F para a maioria dos poços ou 150°F para poços de
alta temperatura. Os valores de tensão de cisalhamento também devem O PV depende principalmente da concentração de sólidos e da viscosidade do

ser medidos em outras taxas de cisalhamento para maior precisão ao líquido base. É representativo da viscosidade de alta taxa de cisalhamento, tal

calcular as perdas de pressão e ao limpar o furo. Taxas de cisalhamento como está presente dentro do furo da coluna de perfuração. O YP é uma

típicas de seis velocidades são tomadas a 600, 300, 200, 100, 6 e 3 rpm. O medida do grau de comportamento de afinamento de cisalhamento não

YP de plástico de Bingham superestima o YP real para a maioria dos newtoniano (o aumento do espessamento em baixas taxas de cisalhamento

fluidos de perfuração, bem como os valores de tensão de cisalhamento está implícito em YPs mais altos). O YP é resultado das forças atrativas entre as

em taxas de cisalhamento mais baixas. Por esta razão, o uso de melhores partículas no fluido em condições de taxa de cisalhamento mais baixas. É

modelos de reologia, como o modelo Herschel Bulkley, é recomendado também uma medida das capacidades de limpeza de furos de um fluido em

para maior precisão. intervalos verticais. Muitas vezes, um baixo

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Figura FL-5:Filtro prensa API de baixa temperatura e baixa pressão.
O ponto de escoamento da taxa de cisalhamento (LSRYP) é calculado
usando os valores de tensão de cisalhamento a 6 rpm e 3 rpm para
avaliar melhor o YP real, o potencial de limpeza do furo e a propensão a
ter sag de barita.
LSRYP= (2xƟ3) -Ɵ6 Eq 3
Dosagens do gel
As resistências do gel referem-se à tensão de cisalhamento necessária
para iniciar o fluxo após períodos estáticos de tempo. Eles são uma
medida do grau de gelificação que ocorre devido às forças atrativas entre
as partículas ao longo do tempo. Forças de gel mais altas são relatadas
nas mesmas unidades que YP (lb/100 pés quadrados). A força suficiente
do gel suspenderá os cascalhos da perfuração e os materiais de
ponderação durante as conexões e outras condições estáticas. As forças
do gel afetam diretamente as pressões de pico e swab ao fazer conexões,
tropeçar no tubo ou operar o revestimento. Eles também afetam a
pressão necessária para “interromper a circulação” e a facilidade de
liberação de gás ou ar aprisionado. Os géis são determinados usando o
mesmo viscosímetro rotacional de indicação direta que é usado para
viscosidade. Eles são medidos observando o valor máximo de tensão de
cisalhamento enquanto gira lentamente o rotor ou usando a
configuração de 3 rpm após ficar estático por algum período de tempo.
Os valores padrão para a força do gel são obtidos após 10 segundos, 10
minutos e às vezes após 30 minutos. A mudança nos valores de força do
gel entre esses períodos de tempo também dá
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uma indicação se o fluido continua a gelificar com períodos de tempo
mais longos (chamados de géis progressivos) ou se atingiu um valor
relativamente constante (chamado de géis planos).
Filtração ou perda de fluido
Filtração ou perda de fluido é uma medida relativa do líquido que pode
invadir uma formação permeável através de sólidos de lama depositados.
Este líquido é chamado de filtrado e os sólidos depositados são chamados
de torta de filtro ou torta de lama. Existem dois testes de filtração padrão
que medem o volume de filtrado coletado após um período de 30
minutos usando papel de filtro. Esses testes são o teste de perda de fluido
de baixa temperatura/baixa pressão, geralmente chamado de teste do
American Petroleum Institute (API), e o teste de alta temperatura e alta
pressão (HTHP). Os resultados são relatados como mililitros (ml) que
fluem através de uma área de 7,1 polegadas quadradas. A unidade de
teste de filtração HTHP é uma prensa de meia área (3,5 pol. quadrados);
portanto, o valor do filtrado medido é duplicado para relatório. A
espessura da torta de filtro é medida e relatada em unidades de 1/32 pol.
(ou milímetros onde as unidades SI são usadas).
O teste básico de filtragem é chamado de teste de perda de
fluido de baixa temperatura/baixa pressão ou API e é realizado
em temperaturas ambiente e 100 psi. O teste mais avançado é o
teste de filtração HTHP que é realizado a uma temperatura mais
próxima da temperatura do fundo do poço e a uma pressão
diferencial de 500 psi. Embora não haja temperatura padrão
para o teste HTHP, as temperaturas entre 275°F e 325°F
geralmente são definidas como padrão. Isso, é claro, depende
da área e do operador. O teste HTHP deve ser executado
preferencialmente nas temperaturas reais do fundo do poço e
nas pressões diferenciais existentes no poço, se possível.
A taxa de filtração e a espessura da torta de filtro são propriedades
monitoradas e relatadas. Alta perda de fluido e bolos de filtro espessos
aumentam significativamente a possibilidade de ter tubo diferencialmente
preso. Uma torta de filtro desejável é aquela que tem permeabilidade ultrabaixa
e é fina, resistente, compressível e escorregadia (lubrificante). Essas
propriedades desejáveis não podem ser determinadas apenas a partir dos
valores de perda de fluido e muitos fluidos de perfuração de baixa perda de
fluido não possuem uma torta de filtro de boa qualidade. Uma torta de filtro
desejável é alcançada minimizando o teor de sólidos de perfuração (sólidos de
tamanho coloidais) do fluido de perfuração e mantendo a concentração
adequada de aditivos de controle de filtração. Para a maioria dos WBMs, a torta
de filtro de melhor qualidade é alcançada usando uma quantidade adequada de
bentonita de alta qualidade.
Existem muitos fatores que afetam o controle de filtragem,
incluindo: estabilidade térmica do sistema; concentração, tamanho e
tipo de sólidos; o tipo e a concentração dos aditivos de controle de
filtração usados; e a presença de quaisquer contaminantes na lama.
O controle de filtragem vem com custo aumentado. A experiência
local e a frequência do tubo preso devem ser usadas para
estabelecer os valores alvo para perda de fluido e torta de filtro para
a formação e intervalo de furos.
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Conteúdo de areia
O teor de areia refere-se à porcentagem de volume de lama inteira que
são partículas “do tamanho de areia”, o que significa que são maiores que
74 mícrons e não passam por uma tela de 200 mesh. Estes podem ser
areia de quartzo real ou podem ser partículas de barita de tamanho
grosso, sólidos de ponte de tamanho, LCM, sólidos perfurados ou
quaisquer outras partículas maiores que 74 mícrons. O teor de areia é
medido usando um tubo de vidro graduado de teor de areia, funil e
peneira de 200 mesh. Ele é monitorado para avaliar a eficácia do
equipamento de controle de sólidos, a condição da tela do agitador de
xisto e o potencial de aumento da abrasão nas bombas de lama e outros
equipamentos no sistema de circulação, incluindo coluna de perfuração e
equipamentos de fundo de poço.
Sólidos, teor de óleo e água
O teor de sólidos, óleo e água são medidos usando um relatório de
destilação. Com essas informações e outros dados da análise química,
pode-se fazer uma análise completa da composição do fluido de
perfuração, muitas vezes chamada de análise de sólidos. Isso incluirá teor
de óleo, teor de água ou salmoura, sólidos de baixa gravidade
(principalmente sólidos de perfuração) e sólidos de alta gravidade
(normalmente barita). O teor de sólidos afeta a taxa de perfuração, as
propriedades de fluxo, a resistência do gel e a estabilidade geral da lama.
Muitas vezes, a frequência de diluição e tratamentos químicos são
baseados nos resultados desta análise. O teor ideal de sólidos e o bom
controle de sólidos são essenciais para um desempenho geral superior da
lama.
Conteúdo químico
Testes químicos são realizados em toda a lama e filtrado para
monitorar as especificações e identificar a contaminação.
Dependendo do tipo de fluido de perfuração usado, esses testes
podem incluir: pH, várias medidas de alcalinidade (PM, PF, e MF
para WBM e POMpara NAF), teor de cal, cloreto (ou sal), cálcio (ou
dureza total), carbonato/bicarbonato, sulfato, teste de azul de
metileno (MBT), H2S, estabilidade elétrica, atividade de água e
outros. Uma descrição desses testes químicos está fora do
escopo deste documento, embora o significado de alguns
desses testes seja mostrado na seção intitulada Manutenção do
Sistema e Tratamentos de Contaminação.
Importância do fluido de perfuração
O desempenho do fluido de perfuração é fundamental para todos os
envolvidos com a operação e para todos os aspectos da operação de
perfuração. O fluido de perfuração é o principal meio para evitar que o
poço exploda e é responsável por manter o furo em boas condições para
que as operações de perfuração possam continuar até a profundidade
desejada. Os fluidos de perfuração e completação são uma das partes
mais importantes do processo de construção do poço e, em última
análise, o desempenho do fluido determinará o sucesso ou o fracasso da
operação. A responsabilidade da seleção e aplicação adequada da sonda
de perfuração
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fluido é mantido em conjunto entre o fornecedor de fluidos, o empreiteiro
de perfuração e o operador.
Pessoal geral da plataforma envolvido
O pessoal geral da plataforma envolvido no monitoramento, operação e
manutenção do fluido de perfuração é o técnico de fluidos de perfuração
(chamado engenheiro de lama) e um ou mais membros da equipe de
perfuração. O técnico de fluidos de perfuração é normalmente
empregado pelo fornecedor de fluidos de perfuração ou pode ser um
consultor que trabalha para o operador ou empreiteiro de perfuração. O
engenheiro de lama realiza testes periódicos das propriedades do fluido
de perfuração e recomenda os tratamentos a serem feitos. O torrista é na
maioria das vezes o trabalhador da plataforma que monitora o peso da
lama e a viscosidade do funil, adiciona produtos químicos e controla o
equipamento de processamento de fluido. O perfurador controla o fluxo
do fluido de perfuração para o poço com as bombas de lama. Em
operações mais complicadas, como operações em águas profundas e
offshore, as responsabilidades do fluido de perfuração descritas acima
para o torrista podem ser executadas pela tripulação de sonda adicional.
Geralmente é alguém designado para monitorar os agitadores de xisto,
poços de lama e/ou operações de mistura.
Categorias de fluidos de perfuração
Existem três grandes categorias de fluidos de perfuração:
• Fluidos pneumáticos, que utilizam ar ou gás comprimido,
espuma e lamas aeradas;
• WBMs, que utilizam água ou salmoura como fluidos de base; e
• NAFs, que usam óleo ou outros fluidos de base não aquosa
chamados OBMs ou SBMs.
Dentro de cada uma dessas três grandes categorias, existem inúmeras
variações nas propriedades do fluido e produtos que podem ser usados
dependendo das práticas em uma área e do fornecedor de fluidos de
perfuração. Numerosos nomes comuns, acrônimos, abreviaturas e nomes
comerciais podem descrever o sistema específico que está sendo usado.
A seleção do sistema de fluido de perfuração para um determinado
poço é baseada em vários fatores, incluindo: práticas locais;
preferências do operador; gama de sistemas e produtos do
fornecedor; densidade necessária para controlar as pressões de
subsuperfície; tamanho do furo; características das formações a
serem perfuradas (incluindo estabilidade do poço); temperatura e
pressão previstas; tipo de conclusão; problemas regionais comuns
de perfuração; logística; custo e qualidade; e considerações de
saúde, segurança e meio ambiente (HSE).
Os poços são perfurados com fluidos de perfuração simples de baixa densidade
e alterados a cada intervalo para atender às condições do intervalo específico
que está sendo perfurado. Geralmente, a densidade e complexidade do sistema
de fluido de perfuração que está sendo usado aumenta com a profundidade
devido ao aumento das pressões e temperaturas.
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