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MAD AN KATAR IA
GRATIDÃO
Assim começa essa jornada
Sumário
Prefácio 15
FOTOS 167
A todas as pessoas que um dia saíram das suas casas para par-
ticipar de uma sessão do riso, pela coragem de se entregar ao
novo e dar uma chance à felicidade.
A todo esse amor que está por aí, e toda beleza que eu pude
enxergar. A cada desafio um dia posto pra mim, e tudo que me
trouxe pra esse lugar.
15
A qualidade do texto é tão profunda que este livro serve de
manual para líderes certificados, mas a sua linguagem é tão
fluida e prazerosa que mesmo quem nunca teve contato com o
método poderá construir verdadeiras sessões de Yoga do Riso
com seus amigos e familiares. Por outro lado, se o seu objetivo
com este volume é trazer mais risadas para a sua vida pessoal,
esta também é uma ferramenta ideal.
Com amor,
16
O que estamos
fazendo aqui?
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Falarei dos mestres que encontrei pelo caminho e
compartilharei alguns dos principais ensinamentos que me
transmitiram. Também vou revelar alguns casos curiosos que
aconteceram nos últimos anos em que me dediquei a espalhar o
riso pelo Brasil e por Portugal.
Se você ler o livro inteirinho, entenderá o que é esse tal de
Yoga do Riso, como funciona, sua história, suas razões e
fundamentos, e também vai aprender alguns dos benefícios já
comprovados pela ciência que o riso nos traz. Vai tomar
conhecimento da teoria por trás da técnica e terá conteúdo
suficiente para espalhar a mensagem por aí afora, na prática.
Vou ensinar exatamente tudo que você precisa saber para pra-
ticar o riso na sua própria vida, como uma ferramenta pessoal
de autoconhecimento, cura e desenvolvimento para uma vida
mais saudável, feliz e bem-sucedida.
E, além de tudo isso, vou lhe oferecer todo o conteúdo
necessário para dinamizar suas próprias sessões do riso com
outras pessoas ou aplicar as técnicas da gargalhada nas
atividades que você já realiza. Deixo aqui quase tudo o que
ensino aos meus alunos da formação profissional, inclusive
modelos para estruturar uma sessão completa, com uma lista de
mais de cem exercícios do riso e dezenas de sugestões de
brincadeiras e dinâmicas de grupo. Se você já for profissional da
gargalhada, vai ter aqui um bom material de apoio. Se não o for,
terá tudo para começar a sua caminhada.
Isso sim era o que queria fazer: abrir os braços e oferecer tudo
aquilo que eu posso para que você e todos aqueles que tiverem
contato com este livro possam se beneficiar tanto ou mais do que
eu com essa maravilha que é o riso.
Se não se importar, eu gostaria de começar já.
Ficamos muito tempo sem rir. Chegou a hora de corrermos
atrás das gargalhadas que ficaram pelo caminho.
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Aviso legal
Este livro traz informações que primam pelo rigor e pela
qualidade, e foi escrito com muito cuidado acerca das fontes e
veracidade do conteúdo. Ainda assim, não intenciona substi-
tuir o diagnóstico e acompanhamento médico convencionais. As
práticas aqui retratadas devem ser adotadas sempre com prévia
orientação médica ou de um profissional de saúde habilitado.
São de responsabilidade do autor tanto o conteúdo escrito quanto
a fidedignidade das referências transcritas, mas é de inteira res-
ponsabilidade do leitor a utilização destas informações, para
fins lícitos ou ilícitos.
Salvo recomendação profissional ao contrário, a prática do
Yoga do Riso nunca é substituta da consulta médica, seja para
fins físicos ou mentais, muito embora possa ser uma poderosa
forma natural complementar de cura ou prevenção de doenças,
bem como de manutenção da boa saúde. Como qualquer outro
exercício aeróbico, porém, deve ser precedida de aconselha-
mento profissional adequado e até evitada em caso de condições
clínicas preexistentes.
Contraindicações do Yoga do Riso
Além de outras situações específicas a critério médico, a prática
convencional do Yoga do Riso é contraindicada para as pessoas
que sofrem com qualquer tipo de hérnia, doença cardíaca
com dor de angina, tosse persistente com falta de ar, pressão
arterial descontrolada, incontinência urinária, epilepsia,
hemorragias, hemorroidas em estado avançado ou
quaisquer tendências hemorrágicas graves em qualquer
parte do corpo, alta pressão ocular (glaucoma), gravidez de
risco com complicações, prolapso uterino, dor nas costas
severa, sintomas agudos incomuns de tosse, frio e febre.
Também se desaconselha a prática em casos de cirurgia
profunda feita até três meses antes.
Por outro lado, adaptada à condição específica de cada pa-
ciente, a técnica pode ser muito útil na reversão dos quadros aci-
ma ou colaborar para o bem-estar durante o período de
resguardo. No entanto, mesmo experimentando
significativas melhorias através do riso, todo paciente deve
primeiro procurar o conselho de seu médico ou profissional de
saúde habilitado antes de porventura reduzir ou suspender a
dose do seu tratamento convencional.
Sobre a linguagem
Este livro foi escrito em Portugal, por um brasileiro naturali-
zado português, e é destinado a pessoas dos dois países — e de
toda comunidade lusófona.
O amor equivalente que sinto pelos dois países e minha tra-
jetória dividida entre os dois lados do Atlântico refletem, ine-
vitavelmente, na linguagem que utilizei. Foi-me realmente
impossível seguir um só formato, pois as formas portuguesa
e brasileira de escrever e falar estão mesmo inseparavelmente
misturadas dentro de mim.
No texto, há o que cause estranheza para uns e para outros.
Peço desculpas.
E desejo que, independente das diferenças de língua, esteja-
mos todos e todas conectados pela essência por trás disso tudo:
o riso. Esse que não conhece fronteiras e, igual em todos os
idiomas, faz-se universal.
Parte 1
A teoria por trás
da gargalhada
1. O yôgi que queria rir
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yoga do riso
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o yôgi que queria rir
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2. Não foi amor
à primeira vista
Felicidade não é algo pronto.
Vem de suas próprias ações.
14º Dalai Lama
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yoga do riso
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não foi amor à primeira vista
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yoga do riso
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não foi amor à primeira vista
Por essas duas razões, acabei tendo uma formação muito boa,
mas nada de especial. Dada a maestria dos professores e simplici-
dade da técnica, consegui, mesmo com as dificuldades, me tornar
apto a liderar sessões quando voltasse ao Brasil. Pensava comigo
que, depois de tanto investimento, teria que levar essa ferramenta
para os eventos que organizava com a Kombi Cura, mesmo não
tendo sentido nada muito especial com ela.
Para os meus pais, por outro lado, tinha sido um fim de semana
espetacular! Ao lado do filho caçula, numa programação comple-
tamente inusitada, cheia de aprendizados fantásticos, jogos e brin-
cadeiras, piqueniques no jardim e até banhos de rio, entre outras
maravilhas.
Quando terminamos o curso, meus pais eram só empolgação.
Comentavam e lembravam daqueles dias com uma alegria gigan-
tesca. Diziam que tudo tinha sido maravilhoso, que o espaço era
rústico, mas muito agradável, que os professores eram pessoas in-
críveis, que a comida era deliciosa, que tinham tomado banho de
rio e comido sentados na relva, como não faziam havia anos!
Eu, em silêncio, ouvia aquelas palavras absorto e via suas caras
de alegria, seus olhinhos brilhantes e os sorrisos prestes a saltar
para fora do rosto. E então comecei a perceber como fui estúpido
em ter passado o curso inteiro preocupado com eles e às vezes até
constrangido, enquanto eles aproveitavam um dos melhores fins
de semana dos últimos tempos.
“Grande bobagem a minha”, pensei.
E foi justamente nesse momento que tomei aquela que foi a me-
lhor decisão da minha recém-nascida carreira no Yoga do Riso.
Lembrando-me de que poderia repetir o curso quantas vezes
quisesse, decidi adiar a minha volta e ficar mais tempo em Portu-
gal para poder participar de mais um curso, no mês seguinte. Ah,
que grande ideia!
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3. E o riso se fez Yoga
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e o riso se fez yoga
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e o riso se fez yoga
trafegava o riso para cima, num fluxo constante. Até aí, o riso era
um fluxo de mim para cima. Depois, aconteceu.
Sem mais questionamentos sobre a origem daquele riso, de
onde ele vinha ou para onde ele estava indo, comecei a en-
trar completamente naquele turbilhão que se formava até um
ponto em que o riso vibrava por todas as partes do meu cor-
po, como se cada célula festejasse em gargalhadas. Às tantas, já
não sabia o que era “eu” e o que era riso, até que, enfim, chegou
um momento em que éramos a mesma coisa: eu era só riso.
Naquele dia, eu ainda não sabia se outra pessoa também já
tinha chegado naquele estado ou vivido algo parecido com o Yoga
do Riso. Nem o seu próprio criador, há vinte anos atrás, na Ín-
dia, nem a tão experiente Ana Banana, nem o Jörg. Mas uma
coisa era certa: aquele método era muito maior do que eu pen-
sava, e tinha sido capaz de me levar até um lugar onde nem o
próprio Yoga tradicional conseguira antes. Pelo menos não as-
sim, tão rápido, sem esforço e de maneira tão divertida.
O tão almejado estado de samádhi, descrito como a meta fi-
nal do Yoga, o estado de plenitude, integração total, a autor-
realização, a iluminação, ou seja lá como digam, tinha chegado
para mim, ainda que por breves momentos, pela doce estrada
da gargalhada.
A partir dali, o Yoga do Riso passou a ter outra dimensão
na minha vida, e comecei a enxergar a magnitude que se escon-
de por trás desse método tão simplório que, à primeira vista,
pode até parecer uma simples brincadeira.
No fundo, trata-se mesmo de uma ferramenta de cura, de
transformação individual e coletiva, com verdadeiro potencial
para nos conduzir, enquanto pessoas e enquanto comunidade,
à paz através da gargalhada.
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4. Rir sem motivo:
como tudo começou
Nenhuma tirania resiste a uma gargalhada
que circule três vezes em torno de si mesma.
Molière
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rir sem motivo: como tudo começou
tes. Seria visto como louco um médico que prescrevesse dez mi-
nutinhos de risada ao doente, por exemplo, ou um bom filme de
comédia, como parte do tratamento. Para ele, porém, loucura
mesmo era não aproveitar as maravilhas que o riso podia trazer.
Com tudo isso fervilhando na cabeça, no dia 13 de março da-
quele ano, Dr. Kataria se levantou às quatro horas da manhã e
não conseguiu mais dormir. Andando de um lado para o outro,
cheio de pensamentos acelerados, teve então o insight que
mudaria a sua e milhares de outras vidas ao redor do mundo
inteiro: criar um “clube do riso”.
Sendo um homem mesmo “fora da caixa”, antes mesmo de
desenvolver a ideia e formular um projeto concreto, o médico
resolveu arregaçar as mangas e colocar em prática aquilo que
estava farto de saber na teoria. Com a ajuda da esposa, a profes-
sora de Yoga Madhuri Kataria, foi até o parque público perto
da sua casa e começou a chamar as pessoas para fazerem parte
do seu novo clube. Às sete da manhã, depois de algum tempo
e de dezenas de pessoas abordadas, o primeiro clube do riso
do mundo estava formado por... cinco pessoas. Dr. Kataria, sua
esposa, e mais três corajosos2.1
Mesmo com pouca gente, a verdade é que o primeiro clube
do riso do mundo foi um sucesso.
Funcionava assim: os componentes formavam um círculo,
alguém ia para o meio, contava uma piada, e os outros riam.
Simples assim.
Nesse dia, a dinâmica durou de vinte a trinta minutos, ao final
dos quais estavam todos se sentindo muito melhor do que
quando começaram.
Vários curiosos que assistiram a tudo vieram depois da sessão
procurar saber mais e manifestaram inte-resse em participar.
2
Dentro do mundo do Yoga do Riso, dizem até que entre esses três indivíduos que alinha-
ram na ideia do Dr. Kataria dois já eram amigos antigos do médico.
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rir sem motivo: como tudo começou
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5. Em busca das
gargalhadas perdidas
O riso é a vassoura que remove
as teias de aranha do coração.
Mort Walker
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em busca das gargalhadas perdidas
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em busca das gargalhadas perdidas
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6. O que é o Yoga do Riso?
5 pontos
Nunca vi alguém morer por excesso de gargalhadas,
mas sei de milhões que estão morrendo por falta delas.
Dr. Madan Kataria
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yoga do riso
Por tudo isso e muito mais, é evidente que uma vida bem
humorada é mais saudável do que viver de mau humor. Culti-
var um estado de alegria cons-tante é mesmo um desafio para
todos nós, sobretudo nos tempos em que vivemos. E sabemos
que não é fácil.
No nosso dia a dia, atolados em atividades e com cada vez
menos tempo para cuidar de nós próprios, estamos tão cheios
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o que é o yoga do riso?
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yoga do riso
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o que é o yoga do riso?
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estado, e é por isso que não falamos disso com qualquer pes-
soa. Mesmo os yôgis mais evoluídos jamais conseguiram ex-
pressar em palavras a experiência da iluminação, pois as pa-
lavras não são capazes de representar algo tão plural. Não se
trata de entender pela razão, mas a ser vivenciado na prática,
por cada um.
De qualquer modo, o importante é que a gente deixe aqui re-
gistrado: o Yoga do Riso, assim como os tantos outros ramos
tradicionais do Yoga, também é uma prática de autoconheci-
mento, de expansão da consciência, capaz de conduzir o pra-
ticante a estados melhores da própria existência. Tem até um
nome yôgi: Hasya Yoga, como é chamado na Índia. Você pode
chamá-lo assim, se quiser.
Acho que já falamos bastante sobre esse ponto, não foi? Va-
mos em frente.
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o que é o yoga do riso?
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yoga do riso
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Quadro-resumo
1
Yoga do Riso é um conceito único em que qualquer um pode
rir sem motivo, sem depender de humor, piadas
ou comédia.
2
Fazemos o riso como um exercício no corpo físico,
com ludicidade, contato visual e brincadeiras infantis,
o que logo se transforma em riso real e contagioso.
3
Isso traz mais oxigênio para o corpo e para
o cérebro, fazendo com que o praticante
se sinta mais energizado e saudável.
4
diferenciar entre risos falsos e reais, desde que feitos com
vontade, ambos trazendo os mesmos benefícios para a
saúde, em todos os aspectos.
5
parque de Mumbai, em 1995.
Hoje, já são mais de 10.000 Clubes do Riso,
espalhados por mais de 100 países.
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7. Por que praticar
Yoga do Riso?
Um dia sem rir é um dia desperdiçado.
Charlie Chaplin
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por que praticar yoga do riso?
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por que praticar yoga do riso?
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por que praticar yoga do riso?
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Quadro-resumo
1
um exercício, podemos prolongar o nosso riso pelo tempo que
quisermos.
2
ambiente completamente permissivo para soltarmos as nossas
gargalhadas na altura que quisermos.
3
Esta é uma maneira garantida de obter os benefícios
que o riso nos traz.
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8. O professor do riso
que não ria
Alguém se lembra de rir?
Robert Plant
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o professor do riso que não ria
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o professor do riso que não ria
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9. Banana Ana
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banana ana
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mais profundo. Isso tem a ver com o nosso medo de olhar para
a nossa própria criança aprisionada cá dentro, e a tristeza já
calejada de termos deixado se ser quem somos.”
Bom, não sei se ela falaria assim, com essas palavras. Mas
acho mesmo que é por essa linha que ela pensa.
Ana Banana é como um desses seres de luz que vêm ao mun-
do para apontar-nos a direção.
Depois de ter tido uma adolescência pouco convencional, fi-
lha de família circense, nômade, e de ter percorrido inúmeros
lugares trabalhando como palhaça – inclusive doutora da ale-
gria – foi acometida por uma depressão profunda.
Para já, diga-se que a depressão não é nada incomum entre os
palhaços, humoristas etc. Pois bem, aconteceu também a ela.
Certo dia, andando sozinha pelo terreno da sua quinta, pas-
sou mal e desfaleceu no chão, com o corpo completamente
imobilizado (a depressão produz efeitos incríveis quando atin-
ge certo grau de gravidade). Caída no chão, no meio do ter-
reno, sem conseguir se mexer e sem ter a quem pedir ajuda,
foi invadida pelos pensamentos mais sombrios, típicos de uma
situação como essa.
No meio daquele turbilhão de sensações e medos, eis que lhe
veio à mente a lembrança de uma tal técnica que falava sobre
rir sem motivo como uma ferramenta de cura, eficaz inclusive
contra a depressão. Era o Yoga do Riso, do qual ouvira falar,
mas, como palhaça, nunca dera grande atenção. Agora, numa
situação completamente peculiar, aquilo voltava à sua mente
não se sabe bem por que.
Não vendo muitas outras alternativas, resolveu dar uma
chance. E começou: “ha…”
E foi assim que, da depressão profunda, literalmente do chão,
essa que é para mim uma das criaturas mais fantásticas que
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banana ana
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10. Malik,
a criança normal
A Terra ri em flores.
Ralph Waldo Emerson
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malik, a criança normal
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a escola, por poder ser quem ele é. Fiquei feliz por mim, por
poder conhecê-lo e me lembrar do que eu também posso ser.
Por um momento, no entanto, fiquei triste pelas outras crian-
ças. Pelos meninos que não podem brincar. Que têm aula. Pe-
las crianças que não podem sair na rua, nem subir na árvore,
porque é perigoso. Pela energia toda aprisionada nas salas de
aula.
Fiquei triste por eles, os pais assustados que querem fazer o
melhor para os filhos e estão perdidos no meio desse furacão.
E por um momento fiquei triste por todos nós, pelo tanto que
deixamos de brincar e fomos nos distanciando da nossa pró-
pria criança.
Respirei fundo. Olhei para Malik, que me oferecia uns doces
naturais que tinha preparado para comermos enquanto assistí-
amos a um filme na nossa última noite juntos.
E finalmente sorri. Sorri, porque me lembrei que eu conheço
uma técnica simples e eficiente, que ajuda qualquer pessoa a
caminhar de volta e encontrar a sua criança no exato local onde
a deixou, para seguirem juntos a caminhada.
Belisquei o doce do mestre cuca mirim e me aconcheguei no
sofá ao seu lado. Antes de começar o filme, ainda tive tempo de
soltar uma grande gargalhada, que deixou o menino espanta-
do. Provavelmente pensou: “esse cara não é normal”.
Ainda bem.
Obrigado, Yoga do Riso.
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11. Benefícios do riso
Sim, o Yoga do Riso tem tudo a ver com despertar a nossa criança
interior., é verdade. Mas não para por aí. É que a risada também é
um assunto sério, e já há muito tempo vem sendo alvo de estudos
e discussões em mesas bem adultas espalhadas pelo mundo.
São incontáveis os experimentos, artigos científicos e livros
dedicados à análise dos benefícios do riso para a saúde huma-
na, não só física, mas também emocional. É sobre isso que vou
falar agora.
Se você por acaso sentir que não precisa saber de nada disso
para experimentar o riso na prática, pode pular o capítulo e se-
guir adiante. Sério mesmo. Provavelmente tem um perfil psico-
lógico menos mental e mais prático. Siga em frente sem pena.
Se, por outro lado, acha que precisa de alguns argumentos
para encarar essa proposta de rir sem motivo, então fique aqui.
Vou partilhar consigo algumas informações que um dia tam-
bém me ajudaram a aceitar essa proposta.
Vamos lá.
Depois que passei a rir todos os dias, como um compromisso,
os benefícios da prática foram se tornando mais e mais eviden-
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benefícios do riso
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vam por horas a fio. Até que resolveu testar em si mesmo uma
técnica irreverentemente inovadora: rir.
Maravilhado com o resultado, relatou que dez minutinhos de
riso eram capazes de aliviar-lhe as dores por até duas horas
seguidas, proporcionando um sossego que já não experimen-
tava havia anos. Depois disso, passou a se dedicar ao estudo
dos efeitos terapêuticos do riso, servindo de base para outros
tantos pesquisadores que lhe seguiram.
Neste mesmo sentido, um pessoal de renome na medicina
internacional se juntou para, em 1987, relatar os surpreen-
dentes efeitos do riso na redução do desconforto de pacien-
tes clínicos7.4Sabemos que quem está internado no hospital e
precisa superar não só a doença que o levou àquela condição,
mas também as dores, coceiras, assaduras e tantos outros incô-
modos físicos, psicológicos e emocionais da internação. Tendo
o riso como aliado, os pacientes que participaram do estudo
mostraram incrível diminuição do desconforto e consequente
melhora no quadro clínico que motivou a internação.
E há mais. Há muito mais.
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benefícios do riso
Sei que isso é um tanto quanto óbvio, mas mesmo assim hou-
ve quem estudasse sob bases científicas este fenômeno.
Em 1938, o Dr. Lloyd, já tinha publicado que “o riso é um
combinação de inalação profunda e exalação completa; ao rir-
mos, inspiramos com abundante ventilação e expiramos com
liberação profunda de CO2 e resíduos tóxicos”. Para Lloyd, “é
evidente o imenso benefício para a saúde em geral em espe-
cial para pacientes com doenças pulmonares, como bronquite,
asma etc.”118
Além disso, praticar o riso tem semelhanças com exercícios
aeróbicos. Desde a década de 1960, aliás, o médico W. Fry re-
gistrava em estudos comparativos entre o riso e a atividade fí-
sica aeróbica que “100 risos por dia são iguais a 10 minutos de
remo ou jogging”12.9
O próprio Dr. Norman Cousins costuma dizer que “o riso é
uma ginástica interna”.
Mas o que isso tem a ver com a nossa vida profissional?
É o seguinte. Um corpo devidamente oxigenado e, principal-
mente, um cérebro rico em suprimento desse maravilhoso gás
tende a trabalhar com muito mais eficiência. Assim, o indiví-
duo melhora o desempenho na atividade que realiza, qualquer
que seja ela.
Com mais oxigênio, conseguimos estar mais dispostos para o
serviço, focados e atentos ao que estamos fazendo, presentes e
concentrados em cada tarefa. Além disso, a prática do riso nos
faz sentir muito mais energizados e com capacidade de traba-
lhar mais do que antes, sentindo-nos menos cansados. Neste
11
LLOYD, Ernest L. The Respiratory Mechanism in Laughter. The Journal of
General Psychology, 1938
12
FRY, William F. “Laughter: Is It the Best Medicine?” Stanford MD 10.1 (1971). FRY,
William F. “The Respiritory Components of Mirthful Laughter.” Journal of Biological
Psychology 19.2 (1977). FRY, William F., and William M. Savin. “Mirthful Laughter
and Blood Pressure.” HUMOR: International Journal of Humor Research 1.1 (1988).
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benefícios do riso
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benefícios do riso
13
Bangalore Study of Laughter Yoga in Companies (2006)
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Beckman, H., Regier, N. & Young, J. J Primary Prevent (2007)
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5. Benefício da resiliência
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Quadro-resumo
1
Tais efeitos repercutem ao longo do dia,
tornando o praticante naturalmente mais alegre.
2
queiram se aproximar e fortalecido para combater as que já
estejam por perto.
3
o desempenho na atividade que realiza, diminuindo o
cansaço.
109
Quadro-resumo
4
construindo relacionamentos verdadeiros, baseados no
cuidado e na partilha.
5
ajudar as pessoas a manterem uma atitude mental positiva,
independentemente das circunstâncias.
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12. Riso (e poesia)
à inglesa
E todo aquele que percebe / que não precisa mais lutar
e que baixa as suas armas / ganha um mundo pra brincar.
O autor
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riso (e poesia) à inglesa
Na relva da Inglaterra,
com umidade e um pouco de frio
rodeado por ingleses,
que meu olho nunca viu
Eles.
Tão normais como só eles,
como eu
como eu seria se fosse um deles
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riso (e poesia) à inglesa
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2. Acenos de criança
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riso (e poesia) à inglesa
crianças felizes
como crianças que são
dentro de peitos adultos
duros, como os adultos são
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13. Humor e Riso
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yoga do riso
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humor e riso
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yoga do riso
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humor e riso
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yoga do riso
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humor e riso
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yoga do riso
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humor e riso
Condicionamento:
imita as crianças e rirás como elas
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Laughter : the best medicine : the healing powers of happiness, humour and
joy! Holden, Robert. 1993. Thorsons. Londres.
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yoga do riso
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humor e riso
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yoga do riso
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humor e riso
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14. 40 dias de riso
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40 dias de riso
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yoga do riso
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40 dias de riso
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yoga do riso
çar o dia, mas às vezes também fica para o jantar. Já não tenho
medo de esquecer, o riso vem me lembrar.
Durante aqueles dias, uma amiga do Brasil que já ia pra lá
dos 35 dias do desafio me disse que deixaria de postar seus
vídeos na internet dali para frente, pois iria guardar os cinco
últimos dias só para ela. Disse que começava a sentir “uns efei-
tos muito especiais” com a prática e que queria desfrutar mais
intensamente daquilo, recolhida. Eu imaginava do que ela es-
tava falando, mas na humildade de quem vinha a onze dias de
distância, deixei-a viver a própria experiência em paz. Não lhe
perguntei mais nada a seguir, pois queria eu próprio perceber
em mim aqueles tais “efeitos especiais” do riso em estado avan-
çado, quando chegasse até eles.
Lá para o trigésimo e tal dia, comecei a ver com meus pró-
prios olhos. Sabe quando você vai para academia todos os dias
e não percebe logo os efeitos até que: pumba! Sem se dar conta,
está mais magra, ou mais forte, tem o braço musculoso ou apa-
receu um músculo que nunca se via? É tipo alguém que pratica
um instrumento musical há um tempo e, “do nada”, consegue
tocar aquela música que parecia tão impossível no início. São
efeitos de aprendizagens de longo prazo, cada vez mais raras
nos nossos atuais tempos fast-food. É tão sutil, vai crescendo
aos pouquinhos, não se percebe dia após dia, mas de repente se
revela com nitidez. Foi assim com o riso.
É claro que não tem um dia exato para os efeitos aparecerem,
nem existe uma lista de resultados esperados para todo mun-
do, mas o fato é que o progresso na prática vai construindo em
nós uma espécie de “patrimônio da gargalhada”. Os dias vão
passando e o riso vai se tornando cada vez mais presente, tipo
amigo íntimo: tá sempre ali. Aos poucos, vai se misturando na
nossa vida de um jeito que passa a ser componente da nossa
própria existência. Tornamo-nos risonhos. “Fulano tá sempre
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40 dias de riso
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yoga do riso
cido, pensando “se eu não tivesse feito isso”, “se fosse diferen-
te”, “se isso”, “se aquilo”, “se aquilo outro”... Hoje supero com
tanta rapidez os infortúnios, que me sobra tempo para levan-
tar, sacudir a poeira e tratar de resolver da melhor forma. Do
mesmo modo, tenho mais clareza e atenção para não me deixar
levar por aparentes deleites. Euforias que antes me levavam a
tomar decisões precipitadas, sem pensar, agora são vistas com
mais nitidez, com o tamanho que realmente têm, sem me enga-
nar pela promessa de prazer vazia.
Por outro lado, a prática contínua do riso me encheu de con-
fiança na riqueza do universo, na abundância de recursos mate-
riais e etéreos, na bondade das pessoas, na esperança da paz e na
infinita dimensão da felicidade. Com isso, venho me tornando
cada vez mais disponível para me entregar às experiências, para
receber o amor, a doçura e a beleza que a vida me traz e para
partilhar as minhas qualidades com aqueles que delas se possam
beneficiar. É como se finalmente eu tivesse passado a escutar a
Grande Música que é a vida e passasse a um só tempo tanto a me
jogar na sua dança quanto a fazer parte da orquestra que a toca.
Depois do primeiro desafio, criei um segundo. Fiz um cartaz
bem lindo e lancei nas redes sociais. Aderiram pessoas que eu nem
conheço, do Brasil, de Portugal e até de outros países. Um monte
de gargalhadas desconhecidas começou a aparecer na minha vida,
gente de todo tipo e de vários lugares começou a me enviar suas
risadas dizendo “eu estou fazendo o desafio”. Que alegria! Estava
criado assim oficialmente o Desafio #40diasderiso.
Agora, estamos sempre lançando novos e novos desafios. Eu,
particularmente, sigo rindo todos os dias. Às vezes mais, outras
menos, mas sempre por no mínimo dez minutos. Sinceramen-
te, não me custa nada e, considerando a transformação que
esse hábito me tem proporcionado, vale muito a pena o inves-
timento. Aliás, eu penso assim: se eu não tiver dez minutos no
144
40 dias de riso
dia para dar umas boas risadas, então nem dia eu tenho. Para
mim, portanto, é extremamente fácil guardar um tempo para
rir. Porém, o que tenho visto é que para a maioria das pessoas
não é. Muitos começam a caminhada, mas alguns se perdem no
meio, fraquejam na primeira falha, desanimam quando sentem
que ainda têm muita estrada pela frente.
Normalmente, o que faz as pessoas desistirem no meio do
caminho é justamente o desejo de chegar ao final sem perce-
ber que o que vale é o percurso em si. Entram numa onda de
competição, com os outros ou consigo próprias, e sentem-se
derrotadas por falharem uma ou algumas vezes.
Ignoram que a ideia do desafio nunca foi estabelecer um
ranking de pessoas que conseguem rir mais do que as outras,
uma disputa de quem chega mais longe. Trata-se apenas de
uma ferramenta para fazermos da alegria um ato diário, um
costume a ser levado por toda a vida. Depois de assimilado, o
riso passa a ser tão natural no nosso dia a dia que deixa de ser
um desafio e sentar dez minutinhos para dar umas risadas vira
um prazeroso hábito automático.
Quando terminei de dar o meu primeiro curso de Líder de
Yoga do Riso como formador, propus aos alunos que encaras-
sem o desafio. A maioria aderiu. Apenas uma delas, a Dani,
completou o processo de primeira, sem falhar nenhum diazi-
nho sequer. Naquela altura, houve quem desistisse no meio
do caminho e, até agora, não tenha voltado à contagem. Mas
também houve quem falhasse uma, duas, três e até mais vezes
e até hoje siga recomeçando do início. A Patrícia é uma dessas
pessoas. Até hoje, nunca conseguiu completar os quarenta dias
seguidos, mas já começou e parou tantas vezes que o riso é uma
rotina presente na grande maioria dos seus dias. Os benefícios
na sua vida são evidentes. Sobre a sua força de vontade e a ca-
pacidade de se reerguer e tentar de novo nem se fala!
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146
15. Os primos do riso
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16. Casos risonhos
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Fotos
Workshop do riso com a Kombi Cura (um dos meus primeiros)
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Círculo da Gargalhada
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O banho da gargalhada
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Zíper do riso
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Parte 2
Rir, na prática
Sessão de
Yoga do Riso:
rir em grupo
17. Antes de começar
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antes de começar
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192
18. A prática na prática
4 passos
Eu rio para encontrar aquele que serei
daqui a algumas gargalhadas.
O autor
1. Palmas e aquecimento
2. Respiração yôgi
3. Brincadeiras e jogos infantis
4. Exercícios do riso
193
yoga do riso
1. Palmas e aquecimento
18
Quem está habituado à linguagem yôgi sabe que as mãos guardam uma quan-
tidade enorme de pontos de energia chamados chakras.
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a prática na prática: 4 passos
a. “Hoho-hahaha”
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a prática na prática: 4 passos
2. Respiração yôgi
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a prática na prática: 4 passos
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yoga do riso
— “Muito bem!”
(aplauso)
— “Muito bem!”
(aplauso)
— “Yeeh!”
(braços se erguem com vigor, em forma de “Y”, com os pole-
gares para trás e ar infantil e exuberante no rosto)
Esse exercício normalmente é repetido pelo menos duas ve-
zes a cada execução e também é usado para “cortar” um exer-
cício do riso, tal qual o “Hoho-hahaha”. Normalmente, preferi-
mos usar o “Muito bem, muito bem, yeeh” quando o exercício
está sendo executado em círculo, pois isso facilita que o grupo
comece na mesma hora e faça as palmas e gritos em sincronia.
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a prática na prática: 4 passos
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a prática na prática: 4 passos
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4. Exercícios do riso
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a prática na prática: 4 passos
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19. Meditação do riso
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Posições para
a meditação
do riso deitada
FORMAÇÃO CAÓTICA
Comando:
“Deitem-se livremente no solo e riam”.
222
FORMAÇÃO ESTRELA
Comando:
“Sentem-se formando um círculo
bem apertado. Virem-se de costas
para o centro, mantendo a perfeição do círculo. Deitem-se
cuidadosamente para trás, tocando levemente as cabeças no
centro do círculo”.
223
FORMAÇÃO REMAR O BARCO
Comando:
“Sentem-se em fila indiana,
com pernas abertas
e encaixados uns nos outros.
Sob orientação do Líder,
imitem o movimento de remar,
com as mãos para frente e para trás,
ao som de “ho-ha, ho-ha, ho-ha…”,
até deitarem-se todos para trás
(a comando do líder)”.
224
FORMAÇÃO ZIGUE-ZAGUE
Comando:
“Sentem-se em fila indiana, com pernas abertas e encaixa-
dos uns nos outros. A primeira pessoa
passa as pernas unidas para a direita, enquanto
a segunda leva as pernas para o lado esquerdo e por aí vai...
A última pessoa se deita e a
penúltima encosta a cabeça na sua barriga,
e assim por diante até todos terem a cabeça
deitada numa barriga (menos o último,
que recebe uma almofada)”.
225
FORMAÇÃO CAÓTICA COM CABEÇA NA BARRIGA
Comando:
“Cada cabeça procura uma barriga,
cada barriga se oferece
a pelo menos uma cabeça”.
226
FORMAÇÃO CÍRCULO COM CABEÇA NA BARRIGA
Mínimo de 3 a 10 pessoas.
Comando:
“Sentem-se formando um círculo
bem apertado e depois virem-se
de costas para o centro,
mantendo a perfeição do círculo.
Levem todos as pernas unidas
para um mesmo lado e
deitem-se para trás,
com a cabeça na barriga
da pessoa a seguir”.
227
FORMAÇÃO FECHO ECLER (ZÍPER)
Comando:
228
FORMAÇÃO EMBRIONAL
Comando:
229
20. Encerramento
231
yoga do riso
1. O relaxamento
232
encerramento
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yoga do riso
234
encerramento
preciso que este exercício fale sobre o riso. Pode ser qualquer
outra mentalização coletiva, desde que contribua, como quer
que seja, com a paz.
Por exemplo. Uma vez fiz uma sessão voluntária para arreca-
dar recursos para os moradores de rua de Lisboa. Naquele dia,
encerrei com uma visualização em benefício dos nossos irmãos
e irmãs que vivem esta dura realidade e enfrentam diariamente
o desafio de não terem um teto para morar.
Em outro momento, quando desenvolvi um trabalho espe-
cífico de resgate da criança interior, escolhi visualizações que
proporcionassem esse contato com a nossa essência infantil.
Outro dia, numa sessão em que abordei o tema do perdão,
aproveitei a visualização para potencializar a nossa capacidade
de perdoar, os outros e nós próprios, através do riso.
Outro exemplo: por ter uma visão harmoniosa sobre os seres
do nosso planeta, muitas vezes gosto de incluir os animais e as
outras formas de vida da Terra na visualização coletiva, pois
acredito não ser possível estarmos em paz quando a natureza
— nossos irmãos bichos e plantas — está sendo constantemen-
te violentada. No entanto, como esse tema pode ser delicado
para algumas pessoas, evito expressões que possam gerar qual-
quer rotulagem ou separação de grupos, como “ambientalista”,
“ecologista”, “veganismo” etc.
Quer dizer, sinta-se livre para desenvolver este exercício como
quiser, mantendo sempre o desígnio honesto de colaborar para
que daquele grupo seja irradiada uma potente energia em benefí-
cio da paz entre todos nós, nunca promovendo desentendimentos.
3. Aterramento (enraizamento)
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4. Feedback
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5. Slogans
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Ou: fizemos Yoga do Riso no espaço_______ (nome do local da prática)!
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encerramento
6. Informes e avisos
241
21. Conselhos
Minha avó dizia: “Se conselho fosse bom, você vendia”. Mesmo as-
sim, vou dar alguns aqui de graça, só porque quero que a sua
prática do riso seja a mais fantástica possível. São orientações
muito simples, que você pode adotar nos seus próprios treina-
mentos e também passar para as pessoas durante as suas práti-
cas em grupo, caso também venha a liderar sessões.
São quatro os conselhos básicos que costumo dar antes de
começar as minhas sessões em grupo. Depois, tem outras su-
gestõezinhas de amigo, que podem fazer sentido para você. Va-
mos a eles.
1. Não falar
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conselhos
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conselhos
6. Escolha a felicidade
Se, de tudo que você viu ao longo deste livro, nada lhe fizer sen-
tido, se você continuar sem vontade nenhuma de praticar essas
técnicas ou sequer se vir aderindo a essas ideias, guarde pelo
menos essa partezinha final: à sua maneira, do seu jeito, como
quer que você queira ou consiga, escolha sempre o caminho da
felicidade.
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A prática
individual:
rir sozinho
22. Rir por si
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rir por si
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tudo, algumas dicas serão sempre úteis para que a sua jornada
seja ainda mais suave, eficiente e divertida.
Primeiro, ter em mente que você é um ser único. Não existe
uma forma correta para rir. O principal de tudo nem é o riso
em si, mas a brincadeira, a ludicidade e o espírito infantil que é
acessado durante a prática. Com o tempo, você perceberá que
cada dia é diferente, e o volume da risada varia a cada práti-
ca. Não se preocupe, aprecie cada momento. E se não há uma
forma exata para rir, fique à vontade para fazer como quiser.
Acredite: a sua maneira está certa.
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rir por si
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rir por si
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23. Até a próxima!
Nem tudo são flores nessa vida — todos nós já percebemos isso.
Nem o riso vai lhe trazer imediatamente tudo o que você preci-
sa, eu garanto. As coisas nem sempre são fáceis, os resultados
às vezes não são automáticos, e nem tudo acontece como pla-
nejamos.
O certo é que algumas vezes, pela razão que for, nós sofre-
mos.
Quando somos enganados por uma pessoa querida, quando
sofremos um prejuízo financeiro ou quando perdemos um ente
estimado, por exemplo, é natural que nos sintamos mal. Se
perdemos o emprego, sofremos um acidente, ou se aquela pes-
soa que tanto amamos decide terminar a relação, normalmente
lamentamos. Esses são alguns dos infinitos motivos que mui-
tas vezes nos abalam e nos enchem de tristeza, mesmo quando
acreditamos já estarmos calejados pelas coisas da vida. Sofrer
de vez em quando é mesmo inevitável. Ainda bem.
Olhe para trás. Lembre-se daquele momento difícil pelo qual
passou, daquilo que lhe trouxe dor, que lhe fez chorar. Eu sei,
às vezes não é fácil fazer isso. Normalmente, evitamos encarar
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260
até a próxima!
261
yoga do riso
262
até a próxima!
263
Parte 3
Anexos
Anexo 1
MODELO DE SESSÃO COMPLETA
(Laughter Yoga International)
1 Apresentação do Líder
5 Pontos
• Conceito único (rir sem motivo)...
• Iniciamos o riso a partir de exercícios...
• Chamamos de Yoga do Riso porque...
2
• Baseia-se no fato científico...
• Foi criado em 1995...
3 Razões
• Estender o riso de 3a 5 seg. para 10 a 15 min...
3
• Riso alto, profundo, do coração, usando o diafragma...
• Incondicional (não abandonado à sorte)...
Benefícios
• Pessoal — aumenta o humor em minutos...
• Saúde — diminui o stress e aumenta o sistema imune...
• Profissional — mais oxigénio no corpo e cérebro...
• Resiliência — ajuda a encarar os altos e baixos...
• Social — conecta as pessoas e cria relações de partilha
4
e cuidado...
267
4 Passos
• Apresenta o “hoho-hahaha”
• Apresenta o respiratório
• Apresenta o espírito infantil (“muito bem, muito bem, yeeh”)
• Apresenta os exercícios do riso
5
+/- 12 Exercícios (intercalados com respiração, “hoho-hahaha”,
“muito bem, muito bem, yeeh”, brincadeiras e jogos)
Meditação do Riso
6
• Sentada e/ou deitada (mínimo 10 min, de acordo com o
tempo disponível)
7
Relaxamento
• Yoga Nidra, silêncio, música...
10 Feedback
11 Slogans
12
Avisos e despedidas
+ Enraizamento (se não tiver sido feito)
268
Anexo 2
MODELO DE SESSÃO COMPLETA
(Joanne Helms — Ana Banana)
1 Apresentação do Líder
2
“O Yoga do Riso é uma mistura de exercícios lúdicos do Riso
e técnicas de respiração de yoga”.
3
os benefícios do riso e de realizar paz mundial através do
Riso.
Benefícios
Por exemplo: “O Riso reduz o stress, porque é um relaxante
físico e também mental. Rir produz endorfinas, hormônios
4
responsáveis para o nosso bem-estar. O Riso é um analgésico
natural.”
Respiração
“Inspire pelo nariz enquanto levantamos e esticamos os
braços para cima. Segure a respiração... E expire enquanto
5
vamos com as mãos ao chão, com muito cuidado.” Repetir
várias vezes, também durante a sessão.
269
Aquecimento / Jogos / Chanting
6
Divirtam-se com um jogo de quebra gelos, dinâmica de
grupo, alongamentos ou chanting.
Hoho-hahahah — palmas
• Dar palmas em ritmo 1-2, 1-2-3.
• Junte um som: ho-ho, há-há-há
• Junte um movimento: ho-ho para baixo no centro,
7
há-há-há para cima alternando uma vez a direito,
outra vez a esquerdo
Conselhos
8
• “Importante ter contacto visual com os outros”
• O Riso simulado já é benéfico: “Finge, finge até que atinge!”
9
(A volta de 12 exercícios, intercalado com uma canção, um jogo e/ou
uma dança...)
270
11 Meditação do riso deitada (duração ideal 10-15 minutos)
Relaxamento
12
Pode ser simplesmente com música relaxante ou um relaxamento
guiado
16
Enraizamento
Dançar com o som de ho-ho há-há-há ou dança tribal
271
Anexo 3
MODELO DE SESSÃO COMPLETA
(Sandro Lobo)
1
vem, sempre seguidos de “hahaha”. Todos em volta
acompanham o “hahaha”.
2
• 3 razões
• Benefícios
Aquecimento
“Sob o comando do líder, as pessoas abanam cada parte do
corpo com vigor, dos pés à cabeça, e em seguida o corpo
3
inteiro, movendo-se freneticamente enquanto soltam
barulhos aleatórios pela boca.
Hoho-hahaha
4
Líder explica as palmas, o ritmo, a vocalização e sugere
variações.
Respiração
5
Inspira elevando os braços e expira baixando, soltando o ar
pela boca (2 vezes).
272
6
“Muito bem, muito bem, yeê”
Líder demonstra e depois as pessoas o seguem 2 vezes.
Conselhos
• Contato visual
7
• Não procurar graça (“finge, finge até que atinge”)
• Não forçar a garganta.
8
• Riso do abraço
• Riso do abraço no amigo que não vê há muito tempo.
9
Brincadeira
Banho da gargalhada.
10
• Creme do riso
• Riso da vitamina (batido)
273
Brincadeira 2
Ataque ao rabo (bumbum) — em duplas, mãos direitas unidas, os
11
oponentes tentam se golpear com palmadas no bumbum, enquanto
também procuram se esquivar.
12
• Riso do coração (muito barulhento)
• Riso do balanço (3 vezes) — a última já se prepara para sentar
13
• Sentadas bem juntinhas, as pessoas se olham e riem sem motivo
por cerca de 3 minutos.
14
• Formação caótica sem contato. Olhos fechados e luz apagada (4
min.)
15
Relaxamento
Música ambiental (barulho de chuva ou do mar: 5 min.)
274
Visualização pela Paz Mundial
16
Mentalizar pessoas com sorriso honesto e genuíno no rosto (máx.
2 min.)
Feedback
17
Ainda sob o efeito do relaxamento, cada um diz uma palavra do que
sentiu.
18 Avisos
Slogans
“Somos as pessoas mais felizes do mundo!
19
Somos as pessoas mais saudáveis do mundo!
Somos o Clube do Riso/Grupo ___________!”
Enraizamento
20
Música percussiva e dança do esquisito com pisadas
firmes.
275
Anexo 4
40 EXERCÍCIOS DO RISO FUNDAMENTAIS
(Laughter Yoga Internacional)
Riso de Namaste
Circule pela sala com as palmas das mãos unidas, e cumprimente as
pessoas ao estilo indiano (Namaste), ao som de “hahaha”.
Variação: Riso do cumprimento ocidental. O grupo circula
cumprimentando uns dos outros com um aperto de mão,
contato visual e muito “hahaha”.
Riso do Telemóvel
Imagina que tens um telemóvel e ri das piadas do seu amigo ima-
ginário ao telefone, interage com os outros enquanto ris. Tam-
bém pode ser feito individualmente, quando estamos na rua e
nos apetece rir.
276
Riso da Factura de Visa/ Telefone/ Luz/ etc
Vamos agora abrir a carta com a factura de… (fazendo o mesmo
em gestos em simultâneo com o grupo inteiro), olhamos para um
montante ridículo a pagar e rimos. Circule pelo grupo e partilhe
a sua factura com muitas gargalhadas.
Simplesmente Rir
Circulando pelo grupo rimos, fazendo contacto de olhos com os
outros membros do grupo.
Riso do Argumento
Ria apontando o dedo a diferentes membros como se estivesse
a argumentar, movendo-se pelo grupo. Pode ser feito formando
dois grupos, um em frente ao outro.
Riso de um Metro
Estique um braço e mova o outro por cima desse alongando
o ombro (como se estivesse a mandar uma flecha segurando
num arco). Mova o braço para fazer 3 lançamentos e cante ao
mesmo tempo: aiii… aiii… aiii… de repente abra-se alongando
ambos os braços e com a cabeça um pouco para trás, os partici-
pantes riem. (repita 3 vezes)
Riso do Coração
Os pés estão separados pelos ombros. Espalhe os braços até o
céu, incline a cabeça para trás e solte uma grande risada que
sacode todo o seu coração.
277
Riso do Balanço (Baloiço)
Faça um círculo de pessoas com as mãos dadas e mova-se em di-
recção ao centro com o som de uma gargalhada Aaaahahaha….
Volte a abrir o círculo e na próxima escolha outra vogal para
rir até fazer vários encontros no centro Eehehehe… Iiiihihihi…
Oooohohoho… Uuuuhuhuhu…
Riso do Leão
Ponha a língua de fora, olhos bem abertos e as mãos como as
garras de um leão… e comece a rir com um riso que vem da
barriga, movendo-se pelo grupo. Este exercício é óptimo para os
músculos da cara, do pescoço e para relaxar corpo e mente.
278
Riso do Choque Elétrico
Tocamos com um dedo o dedo do outro participante e fingimos
um “choque”.
Creme do Riso
Aperte o tubo da creme e aplique em si mesmo ou aos outros
a rir.
Rir do Pássaro
Estenda os braços como um pássaro, bata suas “asas”, decole,
derive e voe em todas as direções diferentes.
Variação: “Riso da Galinha”: dobre os cotovelos para simular
as asas de uma galinha, abaixe e se mova como galinhas ao som
de hahaha.
279
Riso do Fio Mental
Limpamos o cérebro usando um fio mental (em vez do fio den-
tal), que entra e sai pelas orelhas. Com gestos grandes e muitas
gargalhadas hihihihhi. Também podemos ajudar os outros a
limpar os seus cérebros.
Riso do Jackpot
Entramos em euforia total a rir porque ganhamos a loteria.
Riso de Calcutá
Com as mãos na frente, exclamamos “Ho, Ho” empurrando
fortemente para baixo com cada expiração, e a seguir exclama-
mos “Há, Há” empurrando fortemente para a frente com cada
expiração. O objectivo é exalar bastante, a partir do diafragma.
O Riso de Calcutá é um bom exercício para enraizar. É útil para
preparar o corpo e o diafragma para a meditação do riso e tam-
bém pode ser usado para ajudar na preparação de situações
estressantes.
Riso do Choro
Vamos descer a chorar dobrando os joelhos e subir a rir.
Riso Crescente
Começamos a rir suavemente e depois vamos subindo o volume,
sempre em contacto com todos os membros do grupo, até se
chegar a um riso intenso.
Variação 1: depois os membros passam para um riso do coração e
gradualmente começam a rir cada vez mais baixo até pararem.
Variação 2: em silencio.
280
Riso do Abraço
Encontramos os membros do grupo e abraçamo-nos a rir.
Centro do Riso
Apontar o dedo para a cabeça, procurar, encontrar e indicar o
centro do riso no cérebro (pode estar em qualquer lugar: tem-
plo, coroa, cume occipital ou na parte de trás).
Riso Silencioso
Ria com a boca aberta e a partir da barriga, olhando nos olhos uns
dos outros, fazendo expressões faciais cómicas (caretas), mas
sem produzir som algum.
Riso do Elevador
O grupo fica de pé bem juntinho, como num elevador de-
masiado cheio e ri.
Variação 1: O elevador balança e rimos.
Variação 2: A cada andar para cima a porta se abre e rimos ain-
da mais (ou menos, se estiver a descer).
Orquestra do Riso
Cada participante finge de tocar um instrumento a rir. Um
maestro dirige.
281
Riso da Motocicleta
Andar como se estivesse a conduzir uma motocicleta a rir.
Variação 1: Mota que demora a funcionar: Tente ligar a mota al-
gumas vezes pisando no local adequado e acelerando com a
mão (haha... hahaha...) até que ela funciona e você sai pilotan-
do e rindo ahahahaha.
Variação 2: Riso do Barco a Motor: ligue o motor do barco pu-
xando a corda haha.. hahaha... e quando ele funcionar saia pela
sala guiando o barco e rindo hahahahaha
Riso Criativo
Uma por vez, cada pessoa faz sons, caretas e gestos livres, es-
pontâneos, criativos e divertidos por um minuto (ou outro tem-
po adequado), enquanto os outros observam e reagem a rir de
forma divertida.
282
RISOS TEMÁTICOS
(o líder conta uma história, e os participantes atuam a rir)
Risos do Aeroporto
Aeroporto
1. você está atrasado, corra com bolsas.
2. Obter cartão de embarque.
3. Dê adeus às malas, que vão desaparecendo na correia trans-
portadora.
4. Entre no avião.
Dentro do Vôo
Comissários de bordo demonstram os procedimentos de se-
gurança:
1. Mostrar saídas de emergência (na frente, atrás, para os lados).
2. Como operar o cinto de segurança.
3. Retirar e pôr a máscara de oxigênio (colocar a própria más-
cara e só em seguida colocar a do outro).
4. Como inflar o colete salva-vidas (soprando nele e rindo). 5.
Pergunte (e oferecer) instruções na chegada ao destino (tudo
em Gibberish).
6. Mostrar fotos que você tirou na viagem (perceber que você
deixou a tampa da lente fechada e estão todas em branco); dei-
te-as fora, você é livre!!!
283
Risos da Reanimação da Vítima
1. um grupo de risonhos encontra uma pessoa inconsciente; 2.
em Gibberish, discutem por alguns momentos sobre chamar ou
não a ajuda de emergência.
3. Decidem que “tudo que precisam fazer é compartilhar a
energia do riso”.
4. Todos colocam suas mãos sobre a pessoa, emitindo a ener-
gia do riso (e rindo);
5. a pessoa “inconsciente” recupera lentamente a consciência.
6. Todos celebram juntos.
Risos da Festa
Use vários exercícios anteriores:
1. conheça os festeiros (saudação/cumprimento e Namaste); 2.
“Ops, deixei algo em casa” (então faça o riso do telefone móvel);
3. Serviram comida muito apimentada (riso da sopa quente).
4. Fazer grupos de dois e três e rir uns com os outros sob efeito de
bebidas imaginárias.
5. Ter conversas muito engraçadas e cheias de piadas (inteira-
mente em Gibberish).
284
EXERCÍCIOS DO RISO NO CHÃO
(posições de meditação do riso deitada)
Riso Centopeia
Deitar em uma linha no chão, todos de costas. A primeira
pessoa tem a cabeça para o centro e os pés para a direita; a
próxima coloca a cabeça ao lado da primeira pessoa (sua cabeça
em direção ao centro), mas com os pés à esquerda. (Sua cabeça
está bem ao lado da próxima pessoa, enquanto seu corpo se es-
tende na direção oposta ao seu próprio corpo).
285
Variantes / brincadeiras
1. Pedale com as pernas no ar, como ao andar de bicicleta. 2.
Levante as mãos, segure/toque as mãos dos outros.
3. Segure os joelhos bem perto do peito.
4. Braços acima, pedale no ar e agite os braços/mexa os dedos das
mãos estendidas.
5. Sente-se de costas, cotovelos entrelaçados.
6. Sente-se de costas com costas, cruze os braços à frente, pe-
gando as mãos das pessoas dos lados (ou atrás de você) — com
as mãos invertidas (ou seja, a mão direita vai segurar a mão da
pessoa à esquerda e vice versa).
Riso do Remo
O grupo se senta no chão em fila indiana com pernas abertas
e imita o movimento de remar com os sons Aêêê... Aêêê... de
2 a 4 vezes (ou “Ho, Há, Ho, Há, Ho, Há…”). Depois, sob o
comando do Líder deitam-se para trás para descansar sobre o
corpo da pessoa que está atrás [É aconselhável para grupos que
se conhecem bem para permitir esta proximidade.
Grupos com menor intimidade podem fazer com as pernas cru-
zadas, embora não seja anatomicamente tão confortável]
286
Anexo 5
LISTA DE OUTROS EXERCÍCIOS DO RISO
(Laughter Yoga Internacional)
Riso do Avião
Abra os braços lateralmente como um avião e voe pela sala a rir.
Riso do Aeroporto
1. Imagine que você está atrasado para o aeroporto e corra a ri
com bolsas pesadas;
2. Finja ser o hospedeiro do voo passando as instruções de se-
gurança a rir (apontando portas de saída, colocando cinto de
segurança, demonstrando como se põe a máscara de oxigênio,
o colete salva-vidas, etc)
Riso do Exército
Marche como soldado e saúde os outros a rir.
287
Riso Formigas na Cueca
Corra pela sala a gritar e rir como se suas calças estivessem cheias
de formigas!
Riso do Aeroporto
1. Imagine que você está atrasado para o aeroporto e corra a ri
com bolsas pesadas;
2. Finja ser o hospedeiro do voo passando as instruções de se-
gurança a rir (apontando portas de saída, colocando cinto de
segurança, demonstrando como se põe a máscara de oxigênio,
o colete salva-vidas, etc)
Riso do Exército
Marche como soldado e saúde os outros a rir.
Riso do Balão
Use balões reais e bata-os, chute-os, arremesse-os e atire-os.
Toda vez que alguém faz contato com o balão, deve rir abun-
dantemente. Este é mesmo um treino físico de verdade e pode
mantê-lo a rir por um tempo.
Riso do Estoura-Balões
Use faça de conta que todos os participantes têm balões
amarrados aos tornozelos. A brincadeira é tentar estourar os
balões dos outros e rir.
288
Riso do Grito Bárbaro
Um de cada vez ou todo o grupo junto anda até o meio do círcu-
lo, planta firmemente dos pés com as pernas afastadas, estende
os braços para cima e solta um grande e longo grito bárbaro,
indo em seguida para o outro lado.
Riso do Salto
Salte aleatoriamente pelo espaço e ria com os demais.
289
Riso do “Chama a Mim”
Levante a mão e agite insistentemente, fazendo sons graciosos do
riso, para ser chamado pelo professor. Peça a uma pessoa para
que seja a(o) professora(o) e chamar os outros, que celebram
muito (a rir) quando são escolhidos.
Risos do Carro
Imagine que esses cenários estão acontecendo com o carro en-
quanto ri:
1. ligar o carro com quatro arranques na barriga
2. dirigir a rir e acenar para as outras pessoas
3. o carro deixa de funcionar e você discute em Gibberish com ele
4. verifique a varinha de medição de óleo, perceba que ela não
tem fim, e ria disso
5. bombeie o pneu com riso
6. dirija para longe rindo feliz
Riso da Celebração
Todos se aconchegam em um pequeno círculo, então o líder conta
um segredo e todos celebram a rir de forma selvagem. Peça a
outros voluntários para compartilhar um segredo. Pode ser feito
em Gibberish.
Riso do Beliscão
Andamos pela sala a rimos enquanto beliscamos as bochechas uns
dos outros.
290
Riso do Cocktail
Imagine segurar um copo de cocktail e ria para as outras
pessoas de forma pedante e pretensiosa, olhando por cima dos
ombros à procura de alguém melhor para rir consigo.
Riso da Conga
Faça a “linha conga”, colocando as mãos nos ombros da pessoa na
sua frente. Dançar com a sintonia conga, cantando sempre com
o som de “ha”. Certifique-se de chutar as suas pernas para fora
no final de cada passo.
Riso Chorão
Faça um som de grito exagerado enquanto se inclina para a
frente, depois fique de pé enquanto ri (demonstrando assim
como chorar e rir são semelhantes e ambos parte da vida).
291
Riso do Xixi de Cão
Este é apenas para os aventureiros! Aproxime-se das pessoas à
volta e, fingindo ser um cão, levante sua perna como se estives-
se fazendo xixi nos outros e ria sobre isso.
Riso do Pato
Imite um pato, fazendo som de “quack-quack” e rindo.
Riso do Eco
Divida o grupo em dois. Peça ao primeiro grupo para soltar uma
grande risada de um lado e o segundo grupo irá fazer eco disso.
Riso Malvado
Faça a sua melhor personificação da risada de um persona-
gem maligno. Quanto mais alto melhor.
Riso Falso
Faça uma risada realmente falsa. Seja desagradável.
Cair de Rir
Ria tão forte que você cai e rola no chão a rir.
292
Riso do Centro do Riso (no abdômen)
Encontre o lugar em seu abdômen de onde sua risada vem e
segure aí enquanto ri. Veja se você pode rir ainda mais profun-
damente agora que você encontrou seu centro.
293
Meio Riso
Ria com apenas metade da boca aberta. Experimente a direita, de-
pois a esquerda.
Riso do Abraço
Corra e abrace os outros a rir (também conhecido como “Riso
de Coração a Coração”). Você pode sentir o riso do outro en-
quanto se abraçam, se estiverem rindo bastante. Funciona bem
no final da sessão.
Riso do Humming
Com a boca fechada, ria com ruídos e faça gestos tolos.
294
Riso “Eu te amo”
Faça o sinal de um coração com as mãos e ande pela sala a dizer
“eu te amo” e rir de frente para as pessoas.
Riso da Inalação
Ria durante a inalação. Isso provoca um som realmente diver-
tido e ressonante.
Riso do Ipod
Coloque fones de ouvido imaginários e dance ao som da músi-
ca em sua própria cabeça, cantando (pode ser em Gibberish) e
rindo.
Riso “Jack-in-the-box”
Agache-se e finja acabar a “corda”. Então cante a melodia de
“Pop Goes the Weasel”. Brote repentinamente na parte do
“pop” e ria como um jack-in-the-box selvagem!
295
Riso do Jackpot
Celebre, ria e aja como se acabasse de ganhar o jackpot.
Riso da Gelatina
Mexa-se e ria como se fosse uma gelatina.
Só Rir
Vá em frente e ria!
Riso Canguru
Salte como um canguru a rir.
Riso do Karatê
Finja quebrar um tijolo com a mão, depois com a cabeça, rindo
quando acerta o tijolo.
296
Riso de Joelhos
Finja que perdeu o controle dos seus joelhos, mas tenta aparentar
estar absolutamente normal. Sorria, acene e caminhe de manei-
ra completamente louca, mantendo uma fisionomia de que nada
está acontecendo de errado.
Riso da Morte
Pare e considere a sua própria morte por um momento — e o
fato de que é inevitável. Então exploda em riso, pois isso não
lhe dá preocupações. Este exercício não é mórbido, pelo con-
trário: é libertador.
Bola de Riso
Brinque com uma bola imaginária, em pares ou em grupo. A
brincadeira consiste em arremessar a invisível bola do riso de
um para o outro. Quem está segurando a bola ri. Também é
possível driblar, enganar e deixar a bola cair, tudo ao som de
“hahaha”. Em certas circunstâncias, funciona bem utilizar uma
bola real (uma bola macia é a melhor).
297
Bênção do Riso
A pessoa a ser abençoada fica em uma cadeira e o resto do gru-
po fica em um semicírculo ao redor dele/dela. Um por vez, cada
pessoa diz uma afirmação sobre a pessoa na cadeira — mas com
gibberish em vez de palavras reais. Depois que todos tiverem a
chance de dizer a sua afirmação, colocam todas as mãos sobre
a pessoa — na cabeça, ombros, braços, joelhos — e riem para
abençoá-los com amor e energia do riso. O líder começa e termi-
na a benção (cerca de 10 segundos).
Creme do Riso
Espalhe o creme imaginário de riso por toda parte do seu corpo
(e até das outras pessoas) e ria.
298
Explosão do Riso
Fique de pé e assobie como se uma “bomba de risada” esti-
vesse vindo em sua direção e então jogue os braços para cima e
exploda com um super-riso de uma só vez.
Orquestra do Riso
Peça a uma pessoa para ser o maestro e reger a “orquestra” do
riso com gestos tolos e exagerados. A “orquestra” acompanha
com risos ao som e gestos de vários instrumentos.
Festa do Riso
Primeiro, prepare a festa enquanto ri: encha balões, prepare o
bolo, embrulhe os presentes etc. Então, experimente a festa do
riso: cante os parabéns ao som de “hahaha”, finja que toma uns
drinques a rir, que brinda com os outros a rir, que simplesmen-
te conversa a rir alegremente, e rapidamente se mistura para
rir com os outros sem nenhuma razão, etc.
299
Pílulas do Riso
Tome pílulas do riso imaginárias e ria. Experimente as pílulas
dos outros. Você pode tentar a variedade homeopática, para
começar, ou também a “tarja preta”, para uma grande dose de
riso.
Snacks de Risos
Segure uma bandeja cheia de petiscos de riso invisíveis. Coma
alguns e ria e também ofereça aos demais, provando também
os deles.
Riso do Imã
Finja que existe um ímã gigante que atrai o grupo inteiro pro
outro lado do espaço. Tentem resistir a rir, mas todos acaba-
rão sendo puxados para o outro lado. Brinque como se o imã te
puxasse por certas partes do corpo — cabeça, pé, braço, parte
traseira, etc.
300
Onda do Riso
Forme um círculo e faça “a onda”, rindo enquanto seus braços
levantam em forma de onda.
Riso da Liberdade
Imagine que você tem uma crise de risos, mas está na biblioteca,
então tente manter o volume do riso muito baixinho e vá saindo
devagarzinho até se afastar e poder rir livremente.
Riso da Dor
Procure dores ao redor do seu corpo. Segure cada ponto, gema,
faça caras e diga “auh!” Então, deixe o som da dor virar gar-
galhadas.
Risos do Pincel
Pintem-se uns aos outros com pinceis do riso invisíveis. Ria so-
mente quando seu pincel tocar alguém.
301
Riso da Manteiga de Amendoim
Imagine que sua língua está presa ao céu da boca por causa da
manteiga de amendoim e ria por isso!
Riso do Fantasma
Imagine que um fantasma está fazendo cócegas em você. Con-
torça-se, ria e tente se afastar do seu fantasma invisível.
Riso do Político
Corra em torno e aperte tantas mãos quantas puder rapida-
mente, com um sorriso de plástico e ria.
Riso Real
Finjam ser da família real e caminhem entre duas filas de
grandes aplausos e risos, acenando como a rainha ou o rei e
retribuindo os risos.
302
Risos do Robô
Faça movimentos de robôs abruptos e ria com um som mecâ-
nico, tipo um robô.
Riso Grave
Ria como uma pessoa muito séria.
Riso do Espirro
Em vez de estourar em um espirro, exploda em gargalhadas:
“ah ah ah... ha ha ha!”
303
Riso de Marionetes
O grupo finge que tem bonecos de meia engraçados nas mãos e
riem uns das marionetes dos outros (podem ser usados fantoches
de meias reais se houver).
Riso do Homem-Aranha
Imagine que você é o Spiderman. Atire teias da gargalhada das
suas mãos que vão alcançar os outros e formar a sua teia do
riso.
Riso do Precipício
Forme uma linha com o grupo e finja que vocês estão à beira de
um penhasco alto. Balance vigorosamente os braços para evitar
a queda.
Variação: segurem-se uns nos outros para se equilibrarem ou
formem uma linha de mãos dadas para puxar os que já estão
caindo.
Riso da Ovação
Ovacionem-se entre si histericamente e com gargalhadas estri-
dentes.
Riso de Estetoscópio
Imagine colocar um estetoscópio em alguém e ouvir a risada
dentro dele. Ria como se você ouvisse claramente o riso lá den-
tro.
304
Riso do Alívio do Estresse
Uma as palmas das mãos e imagine que todos os seus pro-
blemas, preocupações, ansiedades e tensões estão presas den-
tro delas. Liberte-os abrindo e fechando as mãos rapidamen-
te. Uma explosão de risos surgirá com cada abertura. Mova-se
para liberar seus problemas até que eles sejam todos risos, então
abra as mãos e agite todo estresse restante, liberando-o.
Riso do Metrô
O grupo tem o braço erguido como se todos estivessem pen-
durados nos ferros do metrô lotado. Com o balanço do vagão,
choquem-se levemente uns com os outros e riam.
305
Riso do brilho mágico
Imagine que você tenha uma bolsa cheia de pó brilhante má-
gico que faz as pessoas rirem. Distribuam o pó mágico do riso
entre si e riam.
306
Anexo 6
AQUECIMENTOS E JOGOS
AQUECIMENTOS
Danças de roda
307
QUEBRA GELOS, JOGOS E DINÂMICAS
308
Jogo do Canal 7
309
Bang!
Uma pessoa vai para o meio do círculo, gira o corpo com uma
“arma” apontada para frente e escolhe um algo e atira ao som
de BANG!. A pessoa que recebeu o tiro deve se abaixar e as duas
pessoas que estão ao seu lado disparam entre si, BANG! Erra
aquele que não se abaixar quando recebe o primeiro BANG e
também o que não disparar (ou demorar muito mais do que o
outro) na outra pessoa do lado de quem se abaixou. Quando res-
tam apenas duas pessoas, faz-se um “duelo texano”. Costas com
costas, dão passos lentos à frente ao som de frutas ditadas pela
última pessoa eliminada: “banana”, “beterraba”, “maçã”... até
quando diz BANG! e os finalistas têm que disparar o BANG!
Quem dispara primeiro ganha!
310
Passar a formiguinha
311
Jogos com Gibberish
312
EXEMPLOS DE JOGOS EM GIBBERISH
Língua estrangeira
Peça para o grupo interpretar um estrangeiro de um país de
língua completamente diferente.
Piada
Cada um conta a parte final de uma anedota em Gibberish com em-
polgação, enquanto os demais estouram em gargalhada como
se tivesse sido uma piada muito engraçada.
Discurso
Faça um discurso de formatura, ou de outra ocasião especial em
Gibberish.
313
Silêncio
Peça para pensarem em Gibberish.
Situações
Indique situações da vida e peça que interpretem em Gibberish.
Tradução
Indique (ou peça que sugiram) situações da vida e, em dupla,
uma pessoa representa em Gibberish enquanto outra vai tra-
duzindo.
314
Salada de Fruta (Dança das Cadeiras)
315
Passar risada na roda
316
Vaca amarela/ Adoleta
Com as mãos dadas, palmas voltadas para cima. Mãos direitas so-
bre as esquerdas. Enquanto cantam a música, vão passando
na roda batendo com a mão direita na mão da pessoa da esquerda
e passando de mão em mão. Na última sílaba da música, a pes-
soa que vai receber a palmada deve tentar escapar, tirando a
mão antes do outro bater.
Sugestões de músicas
1 2
A-do-le-tá A vaca amarela
Le peti peti polá cagou na panela,
Le café com chocolá quem falar primeiro
E também com guaraná come toda bosta dela
A-do-le-tá
Puxa o rabo da panela
Quem saiu foi ela
Puxa o rabo do tatu
Quando quem saiu foi tu
317
Percussão corporal
318
Tic-Toc (Passar objecto na roda)
319
Trenzinho (Troca!)
Troca o maquinista
Quem é maquinista tem que trocar de comboio
Troca o cobrador
Quem é cobrador tem que trocar de comboio
Trocam os passageiros
Quem é passageiro tem que trocar de comboio
320
Luta “Caça-dedos”
Variação. Um tem as duas mãos por baixo e só ataca, enquanto o outro tem
as mãos por cima e só tenta escapar. Depois trocam.
321
Banho da gargalhada
322
Só perguntas
Músicas da gargalhada
323
10 coisas em comum
324
Para quem foi o beijinho?
325
Pontos de vista
Um cachorro
Um extraterrestre
326
Cada um guia numa dança
327
Anexo 7
RELAXAMENTO GUIADO (YOGA NIDRA)
(Laughter Yoga University)
328
Amostra de comando para o escaneamento
corporal do Yoga Nidra:
329
Anexo 8
VISUALIZAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL
(Sandro Lobo)
ORIENTAÇÃO INICIAL
(música inspiradora (não-política e não-religiosa)
e tom de voz ameno.)
Comando do líder:
330
Faça o mesmo para os jovens e adolescentes. Todos eles, co-
nhecidos ou desconhecidos, ganham um sorriso verdadeiro no
rosto assim que aparecem na sua mente.
331
Anexo 9
VAMOS MANTER CONTATO?
www.yogadoriso.org
Instagram:
@yogadoriso
E-mail:
contato@yogadoriso.org
sandro@yogadoriso.org
www.laughteryoga.org
332
Espero você, sua mensagem e, principalmente, suas gargalha-
das. Se todo riso é uma prece, será sempre um prazer estar nes-
sa oração contigo.
Até já!
333
© 2019, Sandro Lobo
Título: Yoga do Riso
Capa: Sandro Lobo
Foto de perfil: Yuska Ferreira
ISBN 9789895227877
Impressão: psi7 - Printing Solutions & Internet 7 S.A.
+55 (11) 2928-4900 | 3995-5665 | 3539-1677
Rua Secundino Domingues, 300 - São Paulo
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