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HISTÓRIA DA MODA NO BRASIL

ESTUDO DIRIGIDO 1 (1ª nota, valor 30 pontos)


Roupas de Escravos e de Forros

Curso: Design de moda


Nomes: Letícia Oliveira, Helena Fortes

1. Qual a sua opinião sobre o “significado da roupa” em geral? (5 pontos)


Muitas vezes pensamos na moda apenas como estética, entretanto roupas em si vão
muito além disso. É de extrema importância trazer tal questão à tona, o significado que
o vestuário tem, como visto em estudos históricos e sociais, vai além dela mesma, algo
profundo, que traz valores sociais, históricos estre outros.
2. Quais as dificuldades em se estudar sobre o vestuário no Brasil colonial? (5
pontos)
Isso se deve à falta de registros históricos, seja escrito ou iconográfico, diferentemente
de outros tantos povos. As cartas e relatórios feitos na era Brasil colônia não tinham
esses dados, eles não achavam relevante o assunto sobre o dia a dia e quando se trata
de gente de cor, menos relevância ainda.
3. Segundo a autora, “O vestuário da gente de cor pode ser examinado por diversas
vertentes.” (p. 52) Qual delas você achou mais interessante e qual o motivo para
essa escolha? (5 pontos)
O que mais me chamou a atenção foi a primeira vertente, onde é relatado que não
forneciam muitas roupas, só o necessário para “tapar suas vergonhas” como dito no
texto. Os donos de escravos não tinham a mínima questão de fornecer o básico para os
escravos, não se importavam nem com a saúde, apenas com a possibilidade dos
escravos pegarem algo de valor, e esconder na vestimenta e só querendo lucrar ainda
mais, o que é algo apavorante e difícil de entender tamanha ganância por parte desses
senhores.
4. Quais as principais diferenças entre os trajes do escravizados, forros e livres
menos favorecidos economicamente? (5 pontos)
Os trajes utilizados pelos escravizados eram variados, dependente de quais trabalhos
era performados; calções curtos de panos grossos eram comuns entre os homens, e
para as mulheres, saias e blusas de chita. Entretanto, sungas apenas também era
frequentemente utilizados, e escravizados domésticos poderiam até mesmo trajar joias
e tecidos de alta qualidade, mas a falta de calçados era a principal marca que os diferia
de forros e livres. Forros, normalmente, também pertenciam a classe menos
favorecida, mas a aquisição de calçados era primordial, e suas vestes optavam por
seguir a moda local e se integrar no mundo livre. Forros, livres, e até mesmo cativos
de alta posição utilizavam camisas, assim como casacos e chapéus de baixo valor.
5. Na página 56 há uma afirmação da autora sobre “gente de cor”. Ela afirma que
para “gente de cor, possuir roupa ou enfeite fora do comum era sinal de
distinção, propondo respeito e admiração de seus pares (...)” O que você
entendeu por “fora do comum”? (5 pontos)
Qualquer adorno “premiado” a um escravo, na qual viviam em um estado de miséria e
negligência constante, era uma marca fora de sua realidade comum. Fora do comum
poderia ser retratado como algo diferente de suas vestes precárias, tecidos grossos e
baratos que eram raramente trocados. Um escravizado utilizando joias, na qual lhes
eram proibidos a não ser que permitidos por seus senhores, e roupas usadas por
brancos, era foram da normalidade. Uma “pessoa de cor” não cativa, provavelmente
alforriada, utilizando da moda local, a moda branca, também pode ser retratado como
fora do comum, uma vez que estas não eram acessíveis.
6. Na sua opinião, em que momento os negros mais se preocupavam com os trajes?
(5 pontos)
Negros forros, assim que ganham sua liberdade. A relação do escravizado com suas
roupas, assim como falado no texto lido, era complexa. Sempre que possível estes
compravam roupas para si do próprio dinheiro, e, muitas vezes, quando alforriados,
saiam com nada além das vestes em seu corpo. A falta de calçados que os identificava
como cativos, vestes trocadas de anos em anos, buscar as vestes que lhe faltavam
assim que tivessem a liberdade de fazê-lo é o que os aproximaria dos livres mais
rapidamente.

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