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Entenda como funcionam as cotas para
concursos de magistério superior na UFJF %

18 DE FEVEREIRO DE 2020 CONCURSOS E INGRESSO


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de 2020

A reserva de vagas é uma ação aRrmativa prevista em lei e tem por


objetivo corrigir desigualdades presentes na sociedade brasileira. Segundo Notícias relacionadas
o coordenador de Alocação e Movimentação de Pessoas da UFJF, Rafael
Lucas da Silva Santos, a instituição tem buscado alternativas que
garantam o cumprimento das legislações e o acesso a direitos por grupos
historicamente excluídos.

Um dos exemplos mencionados pelo coordenador é a realização em


conjunto de concursos de diferentes departamentos e unidades
acadêmicas. A referida estratégia – adotada a partir de 2018 para PCDs e
de 2019 para negros (pretos e pardos) – garante a aplicação dos
percentuais reservados para ambos os grupos nas seguintes legislações
brasileiras: Constituição Federal; Lei 8.112/90; Lei 12.990/2014; e Decreto
9.508/2018.

Por outro lado, aRrma Santos, a efetividade da legislação depende da


inscrição e, em seguida, da aprovação de doutoras e doutores PCDs e
negros nos certames. “Às vezes, acaba se veriRcando um ‘gap’
[disparidade] no número de candidatos que se apresentam para essas
vagas. Nós publicamos os editais com a previsão da reserva, mas, em
alguns casos, não têm candidatos inscritos, talvez por ter pouca ou a até
mesmo não ter pessoas [com deRciência e negras] com titulação [de
doutorado] para concorrer.”

Na avaliação do Diretor de Ações ARrmativas da UFJF, Julvan Moreira de


Oliveira, há um desaRo a ser enfrentado pelas Instituições Federais de
Ensino Superior, para mudar este cenário: a criação de uma política de
ações aRrmativas para os cursos de mestrado e doutorado. “Isso vai além
da garantia do ingresso de estudantes negros e com deRciência na pós-
graduação. É preciso pensar na permanência por meio do estabelecimento
de uma competente política de assistência. O sistema de cotas para negros
é uma ação que visa superar o racismo institucional, esse mecanismo de
produção e reprodução das desigualdades.”

Coordenador de Alocação e Movimentação de Pessoas da UFJF, Rafael Lucas da Silva


Santos. (Foto: Alexandre Dornelas)

Santos e Oliveira concederam entrevista ao Portal da UFJF sobre o


assunto. ConRra o conteúdo na íntegra:

Portal da UFJF – A Lei 12.990/2014 reserva aos negros (pretos e pardos)


20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública
federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e
das sociedades de economia mista controladas pela União. Como vem
sendo o cumprimento desta legislação pela UFJF?

Rafael Lucas da Silva Santos – Desde que a Lei 12.990/2014 foi criada,
lei que trata da reserva de vagas para pessoas autodeclaradas pretas ou
pardas, que fazemos uma sistemática de reserva de vagas para esse grupo.
Num primeiro momento, no caso do magistério superior, não apenas na
UFJF mas para várias universidades, era um certo desaRo. Isso porque, em
que pese serem vagas para o mesmo cargo, são áreas muito distintas. Você
tem a área de Medicina, Artes, Ciências Sociais, enRm, uma pluralidade de
situações. Sendo que cada uma com a sua perspectiva de provas, com o
seu conjunto de disciplinas. Umas têm provas práticas, outras não. Desse
modo, quando a lei foi criada, em 2014, se compreendia cada concurso
como sendo um único concurso, sendo assim, se o edital tivesse dez
concursos de professor efetivo, não se fazia uma reserva sobre o total de
vagas, mas sim sobre cada concurso. Desse modo, em muitos casos não
havia a previsão da reserva de vaga em edital, porque cada concurso saía
com uma única vaga.

Portal da UFJF – Qual foi a solução encontrada para evitar tal situação?

Rafael Lucas da Silva Santos – A partir


“A Universidade do ano passado e motivada, não só pela
passou a adotar
reserva de vagas para pessoas que se
uma sistemática de
reserva sobre o autodeclaram pretas e pardas, mas
total de vagas também pela questão da reserva de vagas
previstas em edital das pessoas com deRciência, a
e não sobre cada Universidade passou a adotar uma
concurso,
independente da sistemática de reserva sobre o total de
área” – Rafael vagas previstas em edital e não sobre
Santos cada concurso, independente da área.
Exatamente para que em todos os editais,
caso tenhamos um número de vagas que
enseja a reserva, possamos prevê-la. Lembrando que o que as normas
exigem é que a instituição faça a reserva. Não há a imprescindibilidade do
provimento e, inclusive nos autoriza fazer o provimento, convocando
demais candidatos aprovados, quando não há candidatos autodeclarados
pretos ou pardos ou deRcientes aprovados para as vagas reservadas.

Portal da UFJF – Poderia nos dar algum exemplo, por favor?

Rafael Lucas da Silva Santos – Se o edital tivesse dez vagas, por


exemplo, no concurso, a reserva para pretos e pardos é de 20%. Então,
teríamos duas vagas imediatas. No caso de pessoas com deRciência, essa
reserva existe desde a Constituição Federal e também da Lei 8.112/1990. Só
que não há um percentual Rxo. Temos um Decreto que estipulou um
percentual mínimo e a lei que Rxa um percentual máximo. O mínimo seria
de 5% e o máximo de 20%. Então, é esse percentual que a Administração
Pública pode trabalhar. Em regra, antes praticávamos 5% ou 10% nos
editais da UFJF. Agora conseguimos avançar nessa pauta e já estamos no
patamar de 15%, chegando próximo ao máximo que são os 20%, também
sobre o total de vagas. A grande questão nessa sistemática é em qual
concurso vai ser feita essa reserva.

Portal da UFJF – Como é feita essa deRnição?

Rafael Lucas da Silva Santos – Como mencionei, cada concurso tem a


sua particularidade, cada concurso tem a sua característica, e não são
concursos que se assemelham. Temos concursos na área de Exatas, na
área de Saúde, na área de Humanas. Há concursos com provas práticas, há
concursos sem provas práticas. A equipe pensou e também se debruçou
muito sobre esse tema, e deRnimos a sistemática do sorteio, por meio da
qual as vagas serão reservadas inicialmente tanto para pessoas com
deRciência, quanto para autodeclaradas pretas ou pardas. Como qualquer
método, esse tem as suas virtudes e também os suas críticas.

Portal da UFJF – Quais seriam as vantagens e desvantagens?

Rafael Lucas da Silva Santos – Quando


“É claro que todo se faz um sorteio você corre o risco de a
mundo que
vaga sorteada não ter pessoas que se
participa das
reservas tem que autodeclararam ou deRcientes ou pretas e
ser aprovado no pardas aprovadas. Ao passo que você pode
certame. Então, tem ter esses candidatos em outros concursos
que fazer as médias não sorteados. Por outro lado, essa
mínimas, tem que
fazer o processo de sistemática traz a publicidade e a
heteroidentiRcação, previsibilidade aos candidatos de que eles
no caso de pretos vão se inscrever naquele concurso já
ou pardos” – Rafael sabendo se há a reserva imediata ou não.
Santos
Sendo assim, tem-se transparência e
segurança tanto para o candidato
destinatário da reserva, quanto para o candidato que é da ampla
concorrência também. Eles já sabem, previamente, que, se aquele
concurso sorteado tem uma única vaga e, digamos que ela seja para
pessoa com deRciência, tendo uma pessoa com deRciência aprovada,
quem vai prover aquela vaga é a pessoa com deRciência,
independentemente do fato de um candidato da ampla concorrência
possa ter obtido uma nota maior. Mas é claro que todo mundo que
participa das reservas tem que ser aprovado no certame. Então, tem que
fazer as médias mínimas, tem que fazer o processo de heteroidentiRcação,
no caso de pretos ou pardos, conforme a Portaria Normativa 4/2018 do
antigo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que
regulamentou o procedimento, complementar ao processo de
autodeclaração. No caso das pessoas com deRciência, tem também uma
análise multiproRssional que é feita para avaliar, dentre outros aspectos,
se há compatibilidade das atribuições cargo com a deRciência.

Portal da UFJF – A questão do sorteio das vagas reservadas é a principal


mudança recente nos concursos para o magistério superior na
Universidade?

Rafael Lucas da Silva Santos – Sim, a sistemática que teve a mudança


basicamente foi essa, onde conseguimos de fato agora nos concursos de
docentes prever, pelo menos no edital, a reserva. Isso não signiRca que
estejamos garantindo os provimentos, mesmo porque, por conta dessa
sistemática de sorteio que eu expliquei, às vezes o concurso sorteado não
tem aprovados. Aí não conseguimos garantir a vaga.

Portal da UFJF – Quando foi promovida a referida sistemática?

Rafael Lucas da Silva Santos – Então, todos os concursos de 2019 já


seguiram a nova regra. Lembrando que, num primeiro momento, Rnal do
ano de 2018, nós Rzemos essa adaptação para pessoas com deRciência e,
depois, Rzemos essa adaptação do total de vagas para pessoas
autodeclaradas pretas ou pardas.

Portal da UFJF – No Edital 179/2019, que recebe inscrições até 28 de


fevereiro, quais vagas serão reservadas?

No Edital 179/2019, que oferta 17 vagas no total, há reserva de vagas para


pessoas com deRciência nos concursos 37, 38 e 40, respectivamente nos
departamentos de Clínica Odontológica, da Faculdade de Odontologia; de
Biologia, do Instituto de Ciências Biológicas; e de Estatística, do Instituto
de Ciências Exatas. Quando aplicamos o percentual de 15% para pessoas
com deRciência, tem-se 2,55 vagas. Pelo Decreto 9.508/2018, qualquer
número fracionado no caso de PCDs aumenta para o próximo número
inteiro. Então, aumentamos para três vagas.

Portal da UFJF – E quanto às vagas para autodeclarados pretos e


pardos?

Rafael Lucas da Silva Santos – No caso para pessoas autodeclaradas


pretas e pardas, há reserva de vagas nos departamentos de Clínica
Médica, da Faculdade de Medicina; de Parasitologia, Microbiologia e
Imunologia, do Instituto de Ciências Biológicas, ambos no campus sede; e
no Departamento de Educação Física, do Instituto de Ciências da Vida, do
campus avançado de Governador Valadares. Em que pese o percentual ser
20%, quando a aplicamos sobre o total dá 3,4 vagas. A Lei 12.990/2014 nos
diz que, quando a parte fracionária for inferior a 0,5, arredondamos para
baixo. Quando superior, arredondamos para cima. Como foi 20% vezes 17
deu 3,4. Então, a lei estabelece que devemos diminuir para o número
inteiro imediatamente inferior. Por isso, Rcaram três vagas para PCDs e
três vagas para autodeclarados pretos e pardos, em que pese os
percentuais diferentes.

Portal da UFJF – Como é realizado o sorteio das vagas?

Rafael Lucas da Silva Santos – A Pró-


“É um sorteio reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe)
público. As pessoas
sempre convida os chefes dos
podem participar
desse processo, seja departamentos que estão fazendo o
para Rscalizar ou concurso e a Diretoria de Ações
acompanhar” – ARrmativas (Diaaf), como um órgão
Rafael Santos técnico que tem conhecimento maior
dessa política. É um sorteio público. As
pessoas podem participar desse processo, seja para Rscalizar ou
acompanhar. Os diretores de unidades também são convidados, bem como
a equipe da Progepe. É uma reunião ampliada. No início da reunião,
fazemos uma breve apresentação, explicando tudo isso, a questão da lei, as
alterações recentes. Levamos alguns dados básicos e, quando há algumas
dúvidas pontuais, a Diaaf nos auxilia em termos de política. Ao Rnal, nós
passamos as decisões que devem ser tomadas. A primeira é a deRnição,
dentro daqueles 5% a 20% que a lei estabeleceu discricionariedade, de qual
percentual será feita a reserva naquele edital. Uma vez deRnido isso,
passamos aos sorteios.

Diretor de Ações ARrmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira, há um desaRo a ser


enfrentado pelas Instituições Federais de Ensino Superior. (Foto: Iago Medeiros)

Portal da UFJF – Você mencionou a relevância da criação de uma


política de ações aRrmativas para a pós-graduação e o papel das cotas
enquanto sistemática para combate ao racismo institucional. Fale-nos,
por favor, um pouco mais sobre essas questões…

Julvan Moreira de Oliveira – São inúmeros os relatos que conhecemos


de pesquisadores negros que prestaram concursos em diversas
universidades por este país, indo muito bem nas primeiras fases, nas
provas escrita e didática, mas que na terceira fase, a da entrevista, são
superados, por candidatos com notas menores nas provas escrita e
didática.

Aqui está com certeza um dos grandes problemas para o negro que
consegue concluir um doutorado e concorre num concurso para professor
numa universidade federal. As relações de ‘apadrinhamento’, nas quais
membros da banca favorecem candidatos conhecidos, seja por relações de
amizade ou parentesco. Isso é bastante forte. E é bastante difícil um
pesquisador negro romper com essa relação no Brasil. Primeiro pelo
racismo institucional e segundo por essa relação de apadrinhamento.

Portal da UFJF – Há na UFJF debate acerca da criação de ações


aRrmativas na pós-graduação?

Julvan Moreira de Oliveira – É


“É importante importante lembrar que a meta 14 do
lembrar que a meta
Plano Nacional de Educação estabelece o
14 do Plano
Nacional de aumento gradual do número de
Educação matrículas na pós-graduação, de modo a
estabelece o atingir a titulação anual de 60 mil mestres
aumento gradual do e 25 mil doutores. Dentre as estratégias
número de
matrículas na pós- está a implementação de ações para
graduação” – reduzir as desigualdades étnico-raciais e
Julvan Oliveira regionais e para favorecer o acesso das
populações do campo e das comunidades
indígenas e quilombolas a programas de
mestrado e doutorado. EspeciRcamente na UFJF, a Pró-Reitoria de Pós-
Graduação e Pesquisa instituiu, em 2017, um grupo de trabalho para tratar
das cotas na pós-graduação. Este Grupo dedicou-se a estudar algumas
resoluções de cotas na pós-graduação de diversos programas de pós-
graduação de universidades públicas no Brasil. Foram estudados diversos
editais de seleção de variados programas de pós-graduação da UFJF,
procurando elaborar uma proposta que pudesse atender a diversidade
apresentada na nossa Universidade.

Portal da UFJF – Quanto à sistemática dos concursos para


magistério superior, o sorteio das vagas favorece o processo de
democratização?

Julvan Moreira de Oliveira – Então,


“Além de ampliar o além de ampliar o número de negros nos
número de negros
programas de pós-graduação, é
nos programas de
pós-graduação, é necessário corrigir o sistema de ingresso,
necessário corrigir nos concursos públicos, para que seja o
o sistema de mais objetivo possível, como também
ingresso, nos garanta o cumprimento das cotas, ou seja,
concursos públicos,
para que seja o dessa política de inclusão a qual tanto
mais objetivo almejamos para a construção de uma
possível” – Julvan sociedade realmente democrática, que
Moreira respeite as diferenças e as diversidades.

Não é um trabalho simples, mas eu gostaria de lembrar que o texto da


Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 41 do Supremo Tribunal
Federal (STF), de 2017, que tinha como objeto a lei nº 12.990/2014, já
apontava a necessidade de aglutinar, sempre que possível, as vagas em
concursos com baixo número de vagas, garantindo, assim, que em todos
os concursos pudessem ser reservadas o percentual de 20% para negros. É
uma decisão que está neste documento do STF, e que vejo como uma
decisão política de inclusão.

Portal da UFJF – Há alguma questão que você queira acrescentar?

Julvan Moreira de Oliveira – Para que


“Para que possamos possamos cada vez mais garantir a
cada vez mais
entrada de negros como docentes nas
garantir a entrada
de negros como universidades, é preciso enfrentar esse
docentes nas desaRo de ampliar o número de negros
universidades, é nos programas de pós-graduação. Há
preciso enfrentar estudos que nos mostram que em 2019
esse desaRo de
ampliar o número apenas cerca de 30% dos programas de
de negros nos pós-graduação no Brasil tinham alguma
programas de pós- forma de ações aRrmativas, desde a
graduação” – primeira experiência na pós-graduação,
Julvan Moreira
realizada na Universidade do Estado da
Bahia (Uneb) em 2002, com entrada para
negros e indígenas. Eu reconheço que estamos num momento de ataques
às pouquíssimas conquistas que os grupos minoritários tiveram nos
últimos anos e, sem dúvida, essa das cotas é uma delas. Seria
importantíssimo que a CAPES, responsável pelos critérios de avaliação
quadrienal dos programas de pós-graduação, recomendasse a veriRcação
da existência de políticas aRrmativas no ingresso de candidatos aos
programas, servindo de incentivo para que cada vez mais os programas de
pós-graduação criassem ações aRrmativas.

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