Ano 23 | Nº 298 | R$ 24,90

GOD OF WAR
R A G N A R Ö K
O JOGO PERFEITO CHEGOU! CONHEÇA A NOVA
HISTÓRIA DE KRATOS E OS PERSONAGENS
ENVOLVIDOS NO FIM DO MUNDO NÓRDICO

A VOLTAI
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DO TERRORI
OS QUATRO NOVOS JOGOS
DE SILENT HILL E OS
REMAKES DE RESIDENT
EVIL 4 E DEAD SPACE

3 SUPER
PÔSTERERÖSK
• GOW RAGNA
• DEAD SPACE IL 4
• RESIDENT EV

GOTHAM KNIGHTS
OVERWATCH 2
NBA 2K23
GHOSTBUSTERS:
SPIRITS UNLEASHED
FIGHT 'N RAGE
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 AO LEITOR

maior e melhor CLUBE DE LEITURA

E
ste é o momento que define não apenas o ano,
LIVROS E COLEÇÕES PARA EXPANDIR
mas o PlayStation 4. O console mais vendido SEU CONHECIMENTO GAMER
de sua geração alcançou seu auge com a
tão esperada continuação da aventura de
Kratos e Atreus, superando até as nossas mais

HAL L
DA FA
NES
altas expectativas. God of War Ragnarök é mais uma

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PERS ONA
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prova de como os jogos exclusivos de PlayStation UA M

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são diferentes, sempre em busca de inovações que

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valem o risco em nome de um lugar especial na mente

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e coração dos jogadores. É maior e melhor do que seu

24/03/2020
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episódio anterior, e ainda consegue surpreender de

SONIC
outras formas que você vai descobrir aqui. Por falar

THE HE
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SCOR
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DGE
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em surpresas, finalmente posso noticiar algo que

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PION
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24/03/2020

HALL D
7:53 PM

A FA M A
esperamos há tantos anos: Silent Hill está de volta!

& KNUC
/ PERS
S C O R O NAGEN
S

K
P I O N
LES
E dessa vez em dose quádrupla, como se a Konami
quisesse dizer: "Ok, vocês queriam? Agora aguenta!".
A empresa

festa dos
arcades
as franquias
cheio os
os RPGs
e Sonic, renovou com Virtua
memoráveis
fãs de aventura
acertou em com Phantasy
Fighter e
que você
Daytona,
vai relembrar
com Alex
Kidd
fez a
Star e Shenmue, criando
e seguiu
neste volume.

Pode mandar mais God of War, Resident Evil e Silent

ES
Hill, pois sempre estamos famintos por esses grandes
SONIC 3 & KNUCKL
informações

EUROPA
S JOGOS
história
que fizeram

GRANDE
DE DOIS SEGA
nomes que são sinônimos de PlayStation. DESCUB
OU EM
A FUSÃO
RA COMO A CLÁSSICA AVEN
UM
TURA DA
VERSÕES DE
ARCADES
RESULT 10 CON
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HUMBERTO MARTINEZ / EDITOR E AINDA

4
ACOMPANHE OS BASTIDORES DA CRIAÇÃO DA MEGA DRIVE MANIA HALL DA FAMA
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Knuckles, incluindo seus como se desenrolou a jornada
SUMÁRIO chefes mais memoráveis, as de vingança de Scorpion
Reviews fases icônicas e as inovações na trama original e no
capa 34 GOTHAM KNIGHTS técnicas. Saiba mais também reboot da franquia, além
6 GOD OF WAR RAGNARÖK 40 OVERWATCH 2 sobre a polêmica que marcou de conhecer as mudanças no
Especial 43 NBA 2K23 a história de Night Trap e que design do personagem, seus
20 BRASIL GAME SHOW 22 44 GHOSTBUSTERS: mudou a vida de seu criador, fatalities, armas, dubladores
24 UM NOVO CICLO SPIRITS UNLEASHED além das curiosidades sobre e participações especiais
DE TERROR 46 FIGHT'N RAGE a adaptação de Pit-Fighter. em outros jogos.

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 CAPA

Com mais armas e novos

aliados, Kratos está de volta
para terminar a história
começada em 2018

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GOD OF WAR
PS4, PS5 • AÇÃO E AVENTURA • SANTA MONICA STUDIO • PORTUGUÊS (ÁUDIO E TEXTO) • MÍDIA FÍSICA E DIGITAL

RAGNARÖK A CONCLUSÃO ÉPICA

DA SAGA NÓRDICA DE
KRATOS E O COMEÇO DA
JORNADA DE ATREUS
7

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W
yrd bið ful ãræd ("o destino é
inexorável" em tradução livre). Esse
é um antigo ditado norueguês que
permeia boa parte da campanha de
God of War Ragnarök, o aguardado
capítulo final da saga de Kratos pelos reinos da
mitologia nórdica. Diante de uma profecia terrível
sobre o Ragnarök, o deus da guerra grego e seu filho
Atreus precisam decidir o que fazer: eles podem
tentar evitar seu destino ou aceitar o custo da
profecia e partir para a batalha do fim do mundo. Só
que, como em outros contos de divindades e
mitologias, será que essas escolhas fazem realmente
alguma diferença ou são apenas rumos para a
mesma conclusão? Ao longo das mais de 25 horas da
história (sem contar as missões secundárias e as
buscas por segredos), o jogador acompanha pai, filho
e seus aliados em todas as opções acima, em uma
jornada épica e inesquecível como poucas vezes
foram vistas em um videogame. God of War Ragnarök
é tudo o que os fãs esperavam e mais, muito mais.
 CAPA

Os combates são variados

e têm monstros de todo
tipo e tamanho, como os
Nefastos e Sinistros

Quando o Santa Monica Studio decidiu

finalizar a saga atual neste jogo, muita gente
8 ficou preocupada se isso não acabaria
apressando as coisas, mas a decisão se
mostrou acertada: com todo o trabalho de
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construção de mundo, de estabelecer os
personagens principais e de introduzir
mudanças nas mecânicas de God of War já
feito no game de 2018, Ragnarök entrega um
ritmo mais acelerado e intenso desde seus
instantes iniciais. Acima de tudo, a grande
novidade fica por conta das muitas fases em
que o jogador assume o controle de Atreus,
ou Loki, como o agora adolescente é chamado
pelos Jotnar e Aesires. Mesmo quem não
gostava do garoto no jogo anterior acaba se
envolvendo com o jovem campeão que se O amadurecimento da relação
divide entre a busca pelo reconhecimento do entre Kratos e Atreus é o elemento
pai e a sede de respostas sobre sua própria central da nova saga nórdica
natureza. Sem dar spoilers, a jornada de
Atreus é praticamente uma aventura à parte, ou para simplesmente fazer um comentário como seus companheiros de batalha, e todos
que vai se cruzando com a de Kratos, mas engraçado. Ao longo da jornada, outros têm papéis marcantes na saga, mesmo com
sem nunca se dissociar por completo. São nomes se juntam ao time do deus da guerra, pouco tempo de tela em alguns casos. Do
poucos os momentos em que algum dos dois incluindo Tyr, a contra-parte nórdica de lado dos Aesires, Odin é muito mais presente
está sozinho, sem um aliado combatendo ao Kratos, agora um pacifista jurado e incapaz na trama, assim como seu filho Thor – talvez
seu lado – e não são poucos os aliados em de perpetrar violência, a jovem gigante o inimigo mais poderoso com quem Kratos já
Ragnarök, alguns bastante inesperados. Angrboda, que não só é uma das trocou golpes – e sua família: Lady Sif, que
Os anões Brok e Sindri estão mais personagens mais legais do jogo, mas odeia Kratos, Atreus e Odin em igual medida
presentes durante toda a aventura, assim também traz um impacto visual incrível pelo destino de seus filhos, Magni e Modi, e a
como Mimir, o Homem Mais Inteligente Vivo, para as cenas de ação ao lutar atirando filha do casal, outra personagem marcante, a
com a cabeça sempre pendurada no cinto de pigmentos multicoloridos. Vanires como jovem e impetuosa Thrud. Heindall, o Arauto
Kratos e pronto para explicar alguma coisa Freya e seu irmão, Freyr, retornam, assim do Ragnarok e certamente, o personagem
mais odioso dos nove Reinos, também dá as
caras. É fantástico como o estúdio conseguiu
UM DOS MAIORES MÉRITOS DO NOVO desenvolver bem tantos personagens e,

GAME É AUMENTAR BASTANTE O ELENCO dentro do possível, se manter fiel à mitologia

na qual se inspirou. Loki, o enganador, está
E AINDA TRABALHAR CADA PERSONAGEM sempre presente nas sagas dos Aesires,
mas, no jogo, o personagem é o protagonista
 GOD OF WAR RAGNAROK

Cada Reino traz novas O Fimbulwinter cobriu de

mecânicas, cenários e feras, neve cenários conhecidos,
mantendo o frescor do jogo como a cabana de Atreus
do começo ao fim e Kratos no bosque

com combates e quebra-cabeças criativos

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e não um vilão traiçoeiro – os habitantes
de Asgard vão pensar diferente, é claro.
Um tema recorrente em God of War
Ragnarök é a relação entre pais e filhos,
presente não só no relacionamento de Kratos
e Atreus, mas de Odin e Thor, do Deus do
Trovão e Thrud, Freya e Baldur, Angrboda e
sua avó, Atreus e o lobo Fenrir e assim por
diante. A história nunca fica brega ou piegas,
pelo contrário: há momentos de ternura e
emoção, como o sentimento que surge entre
Atreus e Angrboda – e que rende algumas
das cenas mais bonitas do jogo! – e na
humanidade e vulnerabilidade de Kratos, algo
que nunca foi visto antes na série. Também
há cenas extremamente divertidas, como uma
briga de taverna maravilhosa, que estaria em
casa em qualquer The Witcher ou outro RPG
de fantasia medieval. Para completar, quando
Broc está sempre por
perto para forjar novas
armaduras, aperfeiçoar
as armas e dar conselhos
o jogo se encaminha para a reta final e o
inevitável Ragnarök tem início, outra face
de Kratos é vista pela primeira vez: o general
espartano lutando em um campo de batalha,
em uma grande sequência de ação comparável
aos melhores momentos de Vingadores
Ultimato, tanto na escala da guerra quanto
nos planos abertos que enchem os olhos
sempre que algum dos companheiros e aliados
entram em cena. Mas acredite, há passagens
ainda mais emocionantes ao longo da trama,
que talvez sejam melhor deixadas para se
experimentar em primeira mão. Saiba apenas
que a vitória na guerra não vem sem grandes
surpresas e dramas.
Há pausas para respirar no decorrer
da história, mas, em geral, o jogador está
sempre indo de uma missão importante para a
próxima, intercalando o desenrolar da trama
típicos da série. O fato de Kratos já começar
a aventura equipado não só com o machado
Leviatã, mas também com as Lâminas do 9
Caos, e em pouco tempo Atreus receber
um novo poder em seu arco, ajudam a dar
mais complexidade e variedade aos puzzles
ambientais, além de tornar o combate mais
diversificado desde os instantes iniciais – de
fato, novas habilidades, poderes e armas são
introduzidos durante toda a campanha, dando
uma sensação de evolução e descoberta muito
boa e que estimula o retorno às áreas já
visitadas para buscar por novos tesouros
até então inacessíveis. Os novos poderes dos
companheiros e uma terceira arma cheia
de truques, a Lança Draupnir, são muito
bem utilizados e tornam os combates mais
divertidos. Há várias formas de Ira Espartana,
que junto com as armas, armaduras e
encantamentos, dão ao jogador a
oportunidade de adaptar a experiência de
God of War Ragnarök ao seu estilo de jogo
favorito, construindo "builds" para Kratos e
bolando estratégias para as batalhas mais
intensas e desafiadoras – alguns podem
preferir assumir o comando de um Deus
da Guerra colérico, que vai para cima dos
oponentes amassando todos com os punhos,
outros podem adotar uma personalidade cheia
de Bravura que vai recarregar seus pontos
de vida quando tudo parecer perdido e assim,
aguentar mais tempo na luta contra os
adversários monstruosos. As muitas
habilidades desbloqueáveis também ajudam a
personalizar o estilo de combate, ainda que
ao final da história e dependendo de quantas
missões secundárias o jogador completou, ele
terá pontos de experiência o bastante para
comprar todas as habilidades dos heróis.
 CAPA

EFEITOS DE
CONDIÇÃO
Nem todo dano é igual. Certas criaturas e
armas aplicam efeitos de Condição, que
além de tirar pontos de vida, também
causam outros impactos na vítima.
O Gelo atrasa todos os
movimentos. Fogo causa dano
continuado ao longo do tempo. Choque
imobiliza o alvo no lugar. Veneno é
particularmente nocivo, diminuindo o
nível de Poder em 1. Todos estes
efeitos podem ser amplificados
ou propagados com Feitiço.
Outros efeitos são mais pontuais:
Ofuscação causa uma breve vertigem A máquina de matar favorita
na vítima. Cegueira diminui a de Odin, o grandalhão Thor
visibilidade. Ambos os efeitos são vem cobrar uma dívida de
raros e não prejudicam muito a sangue de Kratos
performance de Kratos em batalha.
O efeito Sônico, por sua vez, gera
concussões sonoras e paralisa
criaturas que estão no ar. O efeito
Feitiço, como dito acima, amplifica
ou propaga efeitos elementais.
Para terminar, o efeito bifrost é
um dano roxo que se sobrepõe à barra
10 de saúde. Qualquer acerto em alguém
que estiver nessa condição detona o
dano roxo, arrancando um belo naco
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da vida do personagem atingido.

E o que fazer depois? Bem, muita coisa.

God of War Ragnarök é bem generoso em
seu conteúdo, tanto durante a jornada de
Kratos e Atreus pelos Reinos, quanto ao
final do jogo – inclusive deixando duas
pontas em aberto, uma para uma possível
expansão do jogo e outra para o começo
de uma nova franquia, ainda sem nome, e
estrelada não por Kratos, mas por Loki,
o jovem e audacioso campeão dos Jotnar,
provavelmente acompanhado por alguns
dos seus novos aliados. Além das missões
secundárias, chamadas de Favores, há
vários itens colecionáveis que retornam do
jogo de 2018, incluindo 48 corvos de Odin,
baús lendários que envolvem resolver
puzzles para serem abertos, os muitos
Conhecimentos e Artefatos espalhados
pelos Reinos (e os artefatos podem ser
vendidos para os anões em troca do sempre
valioso Hacksilver), runas e mapas do
tesouro que podem ocupar um bom tempo
do jogador. Para quem curte mais ação do
que quebrar a cabeça também há muito o
que fazer, com as tocas de Draugr para
encontrar e desbaratar, Lindwyrms, as
crias da esfomeada Niohogg para capturar
e o Crisol de Muspelheim, onde os heróis
podem testar sua força e habilidade em
batalhas realmente desafiadoras.
Nove Reinos para explorar
Até pelo desejo dos produtores de concluir
a saga nórdica neste jogo, em vez de
prolongar a trama por uma trilogia (e assim,
passar pelo menos 10 anos trabalhando
na mesma aventura), Ragnarök oferece um
mundo bem maior para explorar do que o
God of War de 2018. Todos os Nove Reinos
são visitados durante a aventura, ainda que
nem sempre pelos mesmos personagens.
O legal é que a aventura acontece em
uma estação diferente, o Fimbulwinter, um
rigoroso inverno que cobre mundos inteiros
com neve e gelo – assim, cenários bem
Bergsdra são Nefastos que
se penduram nas paredes e
cospem substâncias tóxicas
sobre os seus alvos
conhecidos, como a casa de Kratos e
Atreus ou os bosques de Midgard ganham
uma aparência nova e surpreendente.
Essa maior quantidade de lugares para
visitar resulta em uma maior diversidade
de cenários, incluindo a exuberante floresta
de Vanaheim, terra natal de Freya e Freyr,
a complexa sociedade dos anões em
Svartalfheim (que poderia muito bem servir
de cenário para um RPG medieval nos
mundos de The Witcher ou The Elder
Scrolls), o cenário de conto de fadas de
Jotunheim, e claro, Asgard, a morada dos
deuses atrás da imensa muralha. Cada

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Reino traz não só novas paisagens, mas
alguma adição à jogabilidade e assim, o
jogo nunca se torna repetitivo. Também há
uma preocupação com a atmosfera mítica
dos Reinos e da aventura como um todo.
Não são poucos os momentos em que o
jogador arregala os olhos diante de alguma
reviravolta, uso de um item mágico fabuloso
ou atitude de heroísmo épico – ao contrário
do panteão grego, parece que não faltam
AINDA HÁ MUITO O QUE FAZER DEPOIS
QUE A HISTÓRIA ACABA, INCLUSIVE
MISSÕES MAIS DIFÍCEIS E EXIGENTES
Atreus explora templos
antigos e descobre murais
com profecias dos Gigantes
sobre o Ragnarok
heróis e campeões fabulosos na mitologia
nórdica. Algumas das aventuras de Atreus
tem até mesmo um clima diferente, que
lembra mais uma fábula do que os contos
sombrios de ódio e vingança típicos de
God of War. É de se imaginar que esse
será o tom das próximas jornadas do
herói juvenil, tendendo mais para algo
na linha de um Legend of Zelda do que
para as batalhas sangrentas de Kratos.
GOD OF WAR RAGNAROK
O jogador até esquece o Fimbulwinter no quente,
ensolarado e verdejante Reino de Vanaheim
O que muda no PlayStation 5?
Ragnarök é, sem dúvida, o último grande
jogo do PlayStation 4. O game foi feito
desde o começo para tirar o máximo 11
proveito do hardware veterano, expandindo
o que a Santa Monica Studio já tinha feito
em 2018. Isso não quer dizer que ele seja
menos impressionante no PS5.
No console de nova geração, God of War
Ragnarök é exatamente o que os fãs esperam
de um game top de linha, com diversas opções
de exibição gráfica, incluindo resolução 4K,
taxa de quadros por segundo fluida ou
travada. Há bom uso da resposta tátil do
controle DualSense, que transmite sensações
de peso e vibração, como o controle do trenó
(veículo usado por Kratos para navegar por
reinos extensos e cobertos de neve),
simulando a terra e a neve sendo deslocados
e atirados sobre o personagem, ou em
combate: dá para sentir a pancada do
Machado Leviatã quando a arma retorna para
a mão de Kratos ou a puxada da corda antes
de soltar as novas flechas sônicas de Atreus.
Também há usos sutis que ajudam a criar
sensações de texturas inesperadas, como
quando Kratos se deita para dormir ou ao
passar pigmentos na mão do personagem em
um flashback particularmente emocionante.
10
VEREDITO
God of War Ragnarök
consegue ir além das
expectativas dos fãs mais
ferrenhos, dando um final
perfeito e épico para a saga
nórdica e lançado sementes para
possíveis novas aventuras. O estúdio de
Santa Monica Studio conseguiu se superar
mais uma vez com um jogo que vai fazer
história no rico catálogo do PlayStation.
 CAPA

UMA VIAGEM PELOS

NOVE REINOS
A o longo da saga de God of War
Ragnarök, Kratos e Atreus visitam
todos os nove Reinos. Há muito o
que fazer em cada um deles, mas é bom
saber que, quase sempre, dá para voltar
depois. Conheça mais cada um dos mundos.

Midgard
A terra natal da humanidade na mitologia
nórdica, Midgard é um dos maiores reinos
do game. É lá que fica a casa original de
Kratos e Atreus, o bosque selvagem e o
Lago dos Nove, ao redor do qual várias MIDGARD
catacumbas guardam segredos e
tesouros. Também é onde fica o grandioso
Templo de Tyr, onde será soprada a
Gjallarhorn, a trombeta que anuncia a
chegada do Ragnarök (e de onde vem
12 o nome do famoso lança-foguetes de
Destiny). Neste jogo, Midgard está coberta
de neve e gelo, por causa do Fimbulwinter.
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Svartalfheim
O lar dos anões é o lugar mais
avançado tecnologicamente de todos
os nove Reinos, com invenções além da
compreensão dos deuses. É uma terra SVARTALFHEIM
muito quente, mas que fica agradável
como uma praia tropical no Fimbulwinter.
É aqui que Atreus ganha suas flechas
sônicas, item que será útil em todos os
passos da jornada desse ponto em diante.

Alfheim
O mundo dos elfos já foi visitado antes
por Kratos e Atreus, quando duas facções
élficas estavam em guerra. Em Ragnarök,
a dupla descobre as consequências do
conflito e de suas ações no jogo passado. O
Templo de Freyr é um dos destaques, cheio
de quebra-cabeças que usam o Machado ALFHEIM
Leviatã e pedras mágicas que alteram a
trajetória dos arremessos da arma.

Jotunheim
A terra natal dos gigantes, povo de Faye
e Atreus, que foi quase completamente
dizimado pelos Aesires quando esses
suspeitavam que os gigantes seriam
responsáveis por trazer o Ragnarök
para os Nove Reinos. Só Atreus visita
esse mundo e o jogador pode ficar
nele pelo tempo que quiser – porém,
ao ir embora, já era. Não é possível
JOTUNHEIM
voltar para o Reino dos gigantes.
 GOD OF WAR RAGNAROK

Muspelheim
O lar dos gigantes de fogo,
Muspelheim é governado por
Surtr e é palco de dois momentos
importantes da aventura, tanto
na jornada de Atreus em busca
de respostas quanto na hora em
que os heróis buscam forjar uma
aliança com Surtr para trazer o
MUSPELHEIM próprio Ragnarök para seu lado na
batalha final.

Helheim
A terra nórdica dos mortos, Helheim
é um lugar sombrio onde perambulam
as tropas de Helívagos, salteadores
mortos-vivos que atormentam
qualquer criatura que encontrarem.
O imenso lobo Garn, capaz de rasgar
as fronteiras dos reinos, está
aprisionado em suas profundezas.

HELHEIM Niflheim
Lar de forças primordiais tão
antigas quanto o tempo, Niflheim é
um mundo gélido permeado por uma
névoa tóxica. Dizem que o poleiro
dos corvos de Odin fica em uma de
suas árvores congeladas, cercado 13
por baús de tesouros que se
destrancam conforme o jogador
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envia as aves de volta para casa.
Os jogadores atentos vão se
lembrar que Niflheim também é a
terra natal do alquimista Ivaldi.

NIFLHEIM Vanaheim
Um dos reinos inéditos visitados
em Ragnarök, Vanaheim é a terra
natal de Freya e lar de seu povo,
os heróicos deuses Vanires. É um
mundo vibrante e cheio de vida, com
florestas luxuriantes mesmo em meio
ao Fimbulwinter. Não se engane, em
Vanaheim, todas as criaturas são
predadores, até mesmo as plantas.
Alianças importantes são forjadas e
novos encantamentos adquiridos
quando Kratos passa pela terra dos
Vanires para quebrar uma maldição.
VANAHEIM
Asgard
O lar dos deuses Aesires e seu
exército de Valquírias e soldados
retornados do Valhalla lembra uma
grande cidade norueguesa da era
Viking, sem os exageros estéticos de
outros reinos, como Alfheim, por
exemplo. Atreus visita este mundo
mais de uma vez e pode explorar a
morada dos deuses pelo tempo que
quiser, mas Kratos só vai até lá para
a batalha derradeira do jogo. Não há
como retornar para Asgard após o
ASGARD
fim da campanha.
 CAPA
ARMADO PARA
O FIM DO MUNDO
14
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K ratos começa a aventura empunhando
armas bem conhecidas: as famosas
Lâminas do Caos e o Machado Leviatã.
Ambas as armas ganham novos poderes
durante a jornada e há novos equipamentos,
tanto para o Fantasma de Esparta quanto
para seus aliados, que possuem impacto
no combate e em outras atividades de
exploração e navegação pelos reinos.
Conheça as armas de Kratos e Atreus
e como elas podem ser aprimoradas.
Machado Leviatã
Forjado pelos irmãos Huldra, esse machado
heróico é dotado de força glacial e foi
empunhado por Laufey, a Justa, antes de se
tornar a arma símbolo de Kratos em sua
saga nórdica. Com seu efeito bumerangue,
serve como arma de longo alcance, quebra
objetos distantes e congela roldanas. É
possível segurar ½ para aplicar um efeito de
gelo no machado e fortalecê-lo para o próximo
ataque, seja corpo a corpo ou a distância.
LÂMINAS DO CAOS
Lâminas do Caos
Esse par de espadas é invejado por todos os
ferreiros dos Nove Reinos: armas de outro
mundo, elas foram forjadas nas profundezas do
Submundo da Grécia com chamas primordiais
que reacendem as lembranças do passado de
Kratos. Ao apertar ½ várias vezes seguidas
com as Lâminas do Caos empunhadas, Kratos
vai girar a corrente e atear fogo nas lâminas,
permitindo um forte ataque flamejante com
± ou š logo em seguida.
Lança Draupnir
Arma inédita no arsenal de Kratos,
a Lança Draupnir foi criada pela Dama
da Forja para matar um deus Aesir.
O arsenal de Kratos inclui várias
armas e escudos, que permitem
estilos de luta diversificados
A arma mágica possui o poder da
duplicação e a força explosiva do
vento. Além do dano mortífero, a lança
possui diversas utilidades fora da
batalha, podendo derrubar grandes
estruturas para revelar novos
caminhos ou criar apoios para saltos
até lugares inacessíveis de outra
maneira. É possível arremessar até
cinco cópias da lança em inimigos e
então pressionar ½ para fazer com que
elas explodam. Outro ataque bem útil da
Draupnir e pouco alardeado pelo jogo
envolve segurar ™ e pressionar š
logo em seguida para criar uma rajada
de vento que manda o inimigo para longe.
 GOD OF WAR RAGNAROK

Escudos
Danificado em um combate, o Escudo Guardião
de Kratos é substituído por vários outros
durante a jornada, cada um com um estilo e
vantagens próprias. Enquanto alguns suportam
mais golpes repetidos, outros têm tempos de
defesa mais curtos, funcionando melhor para
aplicar um parry ao estilo Sekiro do que um
bloqueio direto. Todos também podem ser
usados para atacar e desorientar adversários
com pancadas certeiras.

Flecha Sônica
As flechas sônicas permitem destruir certos
metais com um brilho esverdeado, usados
muitas vezes para fechar a entrada de cavernas
e prender alguns mecanismos no lugar.
Elas também ajudam a desorientar inimigos.
É preciso esperar o poder se recarregar
depois de usar uma flecha sônica.
LANÇA DRAUPNIR ESCUDOS
Flecha Encantada
Outra novidade no arsenal dos companheiros de
Kratos, as flechas encantadas provocam um
efeito de feitiço na área em que é disparada.
Podem ser usadas para amplificar elementos
como gelo e fogo das armas de Kratos em um
local, como um espinheiro mais resistente ou
quando é preciso aplicar um congelamento em 15
duas estruturas distantes.
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Amplificação Encantada
Outro uso importante das flechas encantadas e
que pode ser um pouco difícil de compreender da
primeira vez: disparar várias delas uma próxima
da outra faz com que a área do encanto aumente
e permite espalhar efeitos elementais. Por
exemplo, atirar uma série de flechas encantadas
em uma engrenagem e jogar o Machado Leviatã
na parte exposta dela fará com que o efeito
congelante se espalhe até a outra ponta,
prendendo um portão no lugar.
FLECHA SÔNICA FLECHA ENCANTADA
Fúria Espartana
Por fim, Kratos conta com sua lendária Fúria
Espartana, que agora pode ser personalizada em
três variações diferentes: Ira, Bravura e Cólera.
Com a Ira, o herói investe contra um inimigo
com a arma que estiver usando, causando uma
grande quantidade de dano e aplicando os efeitos
adicionais da arma. Matar o inimigo restaura
uma pequena quantidade de vida de Kratos.
A Bravura é uma aplicação defensiva da Fúria
Espartana, que concede um acréscimo moderado
na barra de vida. Ao usar o poder logo antes de
sofrer um golpe, o ataque inimigo é anulado,
Kratos recebe o bônus de vida e também um
bônus nos ataques corpo a corpo.
Por fim, a Cólera coloca o personagem em um
estado de Fúria e o jogador pode usar os botões
de ombro para desferir ataques poderosos
contra os inimigos. Cada ataque restaura um
pouco da vida do herói. É possível sair do estado
furioso antes de consumir toda a barra de Fúria
AMPLIFICAÇÃO ENCANTADA FÚRIA ESPARTANA
Espartana pressionando ¡ + ¢ novamente.
 CAPA

AMIGOS E INIMIGOS
A o longo da jornada de Kratos e Atreus
pelos Nove Reinos a dupla faz uma série
de alianças – e coleciona novos inimigos
em igual medida. Conheça um pouco mais sobre
os companheiros e adversários do Deus da
Guerra em Ragnarök.

Atreus
O filho de Kratos e Faye cresceu um pouco
desde a viagem da dupla para Jotunheim. Mais
forte e capaz, Atreus é um excelente arqueiro e
um mestre em saladas. Como todo adolescente,
tem seus momentos de rebeldia e está sempre
buscando respostas sobre Loki e o destino
profetizado pelos Gigantes. Seus poderes
metamórficos são muito legais e é
visceralmente satisfatório rasgar gargantas
com o personagem em sua forma lupina.
ATREUS
Mimir
A cabeça do Homem Mais Inteligente Vivo é um
companheiro onipresente na jornada de Kratos
16 pelos Reinos, sempre pronto para contar
piadas, oferecer informações úteis (ou não)
e comentar sua performance em meio ao
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combate. Mimir é sábio, mas também é quem
mantém o jogo menos sisudo e isso é impagável!

Brok
O ferreiro anão foi o primeiro aliado de
Kratos no jogo de 2018 e a amizade entre os
dois fica ainda mais fortalecida em Ragnarök.
Grosseiro e falastrão, Brok sempre está por
perto para fortalecer e personalizar as armas
e armaduras, além de participar em algumas
missões muito importantes.

Sindri
Mais próximo de Atreus do que de Kratos, Sindri MIMIR BROK
incentiva o jovem em sua busca por Tyr. Quando
se aventura ao lado do jovem Campeão, ele usa
sua bolsa cheia de itens para dar uma força nos
combates. Ele dá uma bússola que permite aos
heróis localizarem seus objetivos e se guiarem
enquanto exploram os Reinos.

Angrboda
Amiga de Atreus, a jovem Gigante é guardiã de
profecias antigas de seu povo em Jotunheim.
Ela esperou anos pela chegada do jovem
Campeão e o ajuda a entender seu destino,
enquanto a relação dos dois se intensifica ao
passarem por grandes aventuras juntos. Além
de ajudar Atreus atirando Pedras Rúnicas
multicoloridas em seus inimigos, a Gigante
também pode evocar um espírito falcão para
lutar com eles – segure ¿ para que Angrboda
chame seu aliado espiritual e libere um poder
SINDRI ANGRBODA
mágico gigantesco.
 GOD OF WAR RAGNAROK

Ratatoskr
Um esquilo falante e grandalhão que afirma
tomar conta da Árvore do Mundo, Ratatoskr
é sociável demais para o gosto de Kratos e
costuma ajudar a dupla com seus aspectos
espectrais, mas sempre pede uns favores
estranhos para os heróis.

Tyr
O Deus da Guerra do panteão nórdico, Tyr
é uma figura inspiradora para Atreus, por sua
dedicação à paz. Ele era um herói não apenas
para os mortais de Midgard, mas também para
outros panteões, chegando a ser venerado
até mesmo pelos Jotnar. Atreus descobre que
Tyr está vivo nas primeiras horas do game e
convence Kratos a encontrar e resgatar o Deus
da Guerra pacifista.

Freya
RATATOSKR TYR Após muitas lutas e perseguições, Freya e
Kratos percebem que têm inimigos em comum
e negociam uma trégua. O espartano viaja com
ela para Vanaheim e ajuda a deusa a quebrar a
maldição de Odin. Isso garante uma formidável
aliada que traz não só suas flechas encantadas
para o arsenal do jogador, mas todo um grupo
de aliados, liderados por seu irmão, Freyr, um
deus rebelde e desleixado, nem um pouco 17
impressionante – até a hora em que é preciso
entrar em ação. Outro aliado de Freya que
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retorna é Hildisvíni, que Kratos e Atreus
conheceram quando estava em forma de
javali no Bosque Selvagem no jogo anterior.

Thor
O imenso Deus do Trovão é bem diferente
de seu irmão, Baldur. Apaixonado pela luta,
é um dos inimigos mais poderosos que Kratos
já enfrentou, com ataques poderosos no corpo
a corpo e à distância, trovões que ocupam
áreas inteiras da arena e golpes arrasadores
FREYA THOR do martelo Mjolnir.

Odin
O Pai de Todos é o líder dos Aesires. Embora
não tenha ficado satisfeito com a morte de
Baldur, oferece um acordo de paz para Kratos,
contanto que Atreus pare com sua busca por
Tyr e que o Deus da Guerra não derrame mais
sangue de sua família. Ameaçar Atreus em
sua própria casa faz que Kratos embarque na
aventura proposta por seu filho, justamente
por ser o que Odin não quer que façam.

Heimdall
Um cretino cruel e arrogante, Heimdall é um
guerreiro implacável, capaz de ler as mentes
dos adversários e, por isso, nunca foi sequer
tocado em combate. Heimdall carrega a
trombeta Gjallarhorn, que será soprada
quando o Ragnarök chegar aos muros de
Asgard. O Aesir odeia Atreus com todas
as forças e é visto por Kratos como uma
ODIN HEIMDALL
séria ameaça ao seu filho.
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 ESPECIAL

BRASIL
GAME
SHOW
2022
20

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DE VOLTA
AO JOGO
O MAIOR EVENTO DE GAMES DO BRASIL
VOLTOU COM UMA MEGA ESTRUTURA,
NÚMEROS RECORDES E MILHARES DE
JOGADORES FINALMENTE REUNIDOS
Por Pablo Raphael
FOTOS: DIVULGAÇÃO BGS

A BGS 2022 foi a maior

da história com 327 mil
pessoas ao longo dos sete
dias do evento. O estande
da PlayStation ocupou mil
metros quadrados

21

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P
ara fazer jus ao título de maior feira de
games da América Latina, a Brasil Game
Show teve sete dias de duração este
ano, ocupando o centro de eventos Expo
Center Norte, em São Paulo, entre os dias
6 e 12 de outubro. Grandes nomes da indústria e da
comunidade estavam presentes, como a PlayStation,
que ocupou um estande de mil metros quadrados
(o maior já ocupado pela marca na história da feira).
Os visitantes puderam experimentar o PlayStation 5
e todo o catálogo de jogos exclusivos lançados para
o console. Logo ao lado estava o estande da Capcom,
que atraiu o público com estações para jogar Street
Fighter 6, game de luta que só será lançado no ano
que vem. Muitas marcas de periféricos e plataformas
de streaming dividiram o espaço do centro de
eventos com times de eSports, cosplayers, uma
orquestra de game music e milhares de fãs de
jogos eletrônicos que viajaram até São Paulo
para fazer algo que não puderam nos dois anos
anteriores: encontrar os amigos e confraternizar,
compartilhando a paixão em comum pelos games.

OS DESTAQUES DO ANO FICARAM PARA O

INÉDITO STREET FIGHTER 6 E PARA AS
ESTAÇÕES DE TESTES PARA O PÚBLICO
DOS MAIORES JOGOS DE PLAYSTATION 5
 ESPECIAL

ENCONTRO COM OS
NOSSOS LEITORES
A Revista Oficial do PlayStation esteve
presente na BGS 22 no estande da
Editora Europa, o que garantiu encontros
marcantes entre a redação e os nossos

FOTO: AIDA LIMA

leitores. O estande também se destacou
com coleções e edições especiais para O estande da Editora Europa,
os fãs de games retrô, incluindo na véspera da inauguração, pronto
publicações mensais como a OLD!Gamer para vender revistas, livros e pôsteres
e Mega Drive Mania, além da coleção
Consoles, que já lançou 25 livros sobre
grandes videogames, arcades, PCs e
FOTO: AIDA LIMA

FOTO: AIDA LIMA

portáteis. O público também aproveitou
para completar suas coleções com os
Almanaques de Detonados (dois volumes
enormes mais de 480 páginas cada com
detonados de PS4), os Guias Supremos
de Elden Ring e Forbidden West, além de
romances gamers e outros dossiês.
Os visitantes também podiam adquirir
dezenas de revistas-pôster estampadas
com os lançamentos do final do ano ou
com clássicos. Talvez pela proximidade
da Copa do Mundo, o pôster do lendário
craque Allejo esgotou completamente.
"O gamer é um fã apaixonado e, ao vir
22 para a BGS, quer levar uma lembrança
daquele momento", explicou o nosso
diretor editorial Luiz Siqueira. "As
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revistas-pôster cumprem bem esse
papel, além de entregarem informações Com mais de 100 títulos
muito curiosas e divertidas sobre jogos, Toda a equipe da Editora Europa diferentes de pôsteres era difícil
consoles clássicos e franquias adoradas". estava presente para atender e escolher. Todo mundo queria levar
conversar com os leitores um deles, ou vários, para casa

E os gamers compareceram em peso!
Segundo Marcelo Tavares, criador da Brasil
Game Show, foi a maior edição da história
da feira em quantidade de público, com
327 mil pessoas passando pelo Expo Center
Norte ao longo dos sete dias do evento.
"Os visitantes são o maior patrimônio
da BGS e acredito que conseguimos
proporcionar grandes experiências para
todos eles, com muitos jogos, infraestrutura
de alto nível e incontáveis ativações que
eles guardarão na memória. Até mesmo
por todo o contexto dessa edição, com a
volta ao presencial, a BGS 2022 superou
todas as nossas expectativas".
Ao todo, três mil convidados, jogadores
profissionais dos mais variados eSports,
influenciadores, criadores de conteúdo e
produtores de jogos estiveram na BGS para
conhecer o público brasileiro. Os maiores
A BGS 22 RECEBEU 327 MIL PESSOAS,
ALÉM DE TRÊS MIL CONVIDADOS DO
MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL
destaques entre os desenvolvedores de
games foram a dupla de diretores de
Street Fighter 6, Takayuki Nakayama e
Shuhei Matsumoto. A dupla participou de
sessões de meet & greet, acompanhou
as disputas no game de luta no palco da
Capcom e os concursos de cosplay, além
de se deliciar com a gastronomia local
– os dois voltaram para o Japão muito
satisfeitos por terem provado dobradinha!
Também passou pela BGS o produtor
Takashi Iizuka, diretor criativo da franquia
Sonic. O executivo da Sega aproveitou a
feira para conhecer os fãs brasileiros e
acompanhar a apresentação da Video Game
Orchestra, comandada pelo compositor
Shota Nakama, figurinha carimbada na Brasil
Game Show. Não foi por acaso: a orquestra
apresentou a estreia mundial da turnê
Sonic Symphony Tour no dia 12 de outubro,
o grande encerramento da feira. O concerto
musical faz parte das comemorações de 30
anos do mascote da Sega. A apresentação
inclui versões orquestradas de faixas de
vários jogos do adorado ouriço velocista.
O produtor musical Shota Nakama também
participou de sessões de meet & greet
com os fãs e falou com o público no painel
BGS Talks, apresentado este ano pela
plataforma de rede social Tik Tok.
Primeira BGS do PS5
O enorme estande ocupado pela Sony
contava com 88 estações de jogo: eram
60 com o PlayStation 5, 20 com PS4 e oito
cockpits para pilotar Gran Turismo 7. Lá,
os visitantes podiam experimentar o novo
console e os principais lançamentos que o
PS5 recebeu desde sua chegada, incluindo
títulos como Demon's Souls, Ratchet & Clank:
Rift Apart, Uncharted: Legacy of Thieves
e o recente The Last of Us: Parte 1.
Havia jogos de outras produtoras, com
disputadas partidas do recém-lançado
FIFA 23 e os games de ação e aventura da
Ubisoft, incluindo Far Cry 6 e Assassin’s
Creed Valhalla. Por sinal, a Ubi ocupou parte
do espaço com uma série de painéis que
 PlayStation foi pura diversão na BGS: dezenas
de estações de teste, um palco enorme para
apresentação com influenciadores e enormes
painéis decorativos criavam o clima ideal
FOTOS: DIVULGAÇÃO BGS
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Nosso repórter
Paulo Ferreira
encarnou o
Cavaleiro das
Trevas para
conquistar
novos leitores
celebravam os 15 anos da franquia
Assassin’s Creed. Eram belas artes de
jogos importantes da série e também de
Assassin’s Creed Mirage, próximo capítulo
da saga que promete um retorno às origens
nas areias do Oriente Médio em 2023.
O jogo que sempre provocava filas mais
longas era Gran Turismo 7. O motivo era
justo: o simulador de corrida da Polyphony
Digital estava instalado em uma série de
cockpits luxuosos, com volantes de corrida
e tudo o que os pilotos virtuais gostariam
de ter na sala de casa. Desse jeito, mesmo
quem já tem o game ficava com vontade de
dar uma voltinha. "A PlayStation foi à BGS
com muitas marcas parceiras adoradas pelos
fãs e gerou um reencontro inesquecível para
milhares de fãs que estavam com saudades
de eventos presenciais", comentou Marcelo.
"Proporcionar momentos como esse é
um dos principais objetivos da BGS e
seguiremos colocando os fãs no lugar mais
importante da feira. Eles são o motivo para
as marcas irem ao evento e ficamos muito
felizes quando esse objetivo é alcançado",
finalizou o criador do evento.
Além dos games, também rolaram muitas
apresentações em um palco central na
arena do PlayStation, com influenciadores,
criadores de conteúdo e humoristas
entretendo o público. O destaque foi um
painel sobre God of War no dia 7 de outubro,
em que Bruno Micali, apresentador do Flow
Podcast, a jornalista Flávia Gasi e o youtuber
Blader Koyotte falaram sobre a franquia
de ação e aventura, sua mitologia e as
expectativas para o novo game, Ragnarök.
Falando nele, o jogo da Santa Monica
Studio era um dos mais esperados pelos
visitantes, mas, infelizmente, não foi possível
experimentar um gostinho de Ragnarök antes
do lançamento em novembro. Falando ao
portal Terra, o gerente geral de PlayStation,
Miguel Cunha, explicou que adoraria ter God
of War Ragnarök na feira, até pela paixão do
público brasileiro pela franquia. "God of War
tem um impacto na comunidade brasileira
como em nenhuma outra, em nível mundial",
23
Os luxuosos cockpits de
Gran Turismo 7 foram parte
dos destaques do gigantesco
estande de PlayStation
disse. Para o executivo, essa edição da
BGS foi importante por ser o primeiro
contato de muitas pessoas com o PS5
e com o seu controle DualSense.
Que venha a bgs 2023
Com um retorno bem sucedido após dois
anos sem eventos, a Brasil Game Show
reforçou sua importância no calendário
do mercado brasileiro de jogos e como
parte da cultura gamer no país. A próxima
edição já está confirmada para 2023,
com cinco dias de duração e pelo menos
três convidados internacionais, entre
personalidades que já passaram pela
feira em anos anteriores e também
nomes inéditos que ainda não podem ser
divulgados. O criador da BGS revelou
em primeira mão à Revista PlayStation
que a feira acontecerá entre os dias
11 e 15 de outubro de 2023 e prometeu
muitas novidades, com um evento repleto
de conteúdos que predentem levar a
Brasil Game Show ao seu próximo nível.
 ESPECIAL
UM NOVO
CICLO DE
24
TERROR
RESIDENT EVIL, DEAD SPACE E SILENT HILL
REAQUECEM
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Canal CLÁSSICOS PARA TRAUMATIZAR
no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
UMA NOVA GERAÇÃO DE JOGADORES
Por Douglas Pereira
C
om as apresentações
recentes da Capcom,
Konami e Electronic Arts,
os fãs do terror podem
acreditar em um futuro
em que clássicos modernizados e
novos produtos vão fortaceler esse
gênero. Vamos começar a falar
dessas novidades retornando a
Silent Hill, a cidade famosa por
dar vida aos maiores pesadelos
e pecados de seus visitantes.
De uma franquia que, como tantas
outras, parecia esquecida no baú do
descaso da Konami, Silent Hill ressurge
com diversas novidades – e nenhuma
delas é uma máquina de pachinko, veja
só. Desde 2016, a Konami praticamente
desistiu de produzir jogos originais.
A empresa parecia se importar apenas
com atualizações de PES (eFootball),
de sua franquia de beisebol japonesa,
de Yu-Gi-Oh! e com coletâneas de
títulos 2D antigos. Era triste assistir
aquela que, do NES ao PS2 foi uma das
melhores publishers do mundo, deixar
sua divisão de entretenimento definhar
até se concentrar somente em jogos
de celular de baixo orçamento e em
máquinas de azar. Mas os ventos talvez
comecem a soprar em outra direção.
Ou quase isso. A Konami não tem mais
estúdios internos cheios de talentos
trabalhando em obras grandes, mas
ao menos voltou a encomendar jogos
novos com estúdios externos para
explorar suas marcas. Silent Hill
marca o início dessa investida.
O incentivo para o retorno da
grande série de horror foi a chance
de fazer um novo filme de Silent Hill,
com roteiro e direção de Christopher
Gan, o mesmo nome por trás do bom
primeiro filme da série lá de 2006.
Já com intenções de reviver uma
das séries mais pedidas pelos fãs,
a empresa decidiu unir o útil ao
conveniente e distribuir projetos para
vários estúdios, até porque, segundo
a própria Konami, todo ano aparece
alguém oferecendo ideias para um
novo Silent Hill. E o carro-chefe desse
projeto de revitalização é Silent Hill 2,
idolatrado pelos fãs e pela crítica.
 A ordem da Konami é clara
quanto a Silent Hill 2: refazer o
jogo original sem mudar nada,
apenas atualizando tudo que se
refere a gráficos e animação

25

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 ESPECIAL

Considerando que a remasterização

de Silent Hill 2 para PS3 em 2012 foi
um fracasso, ter o game refeito na
poderosa Unreal Engine 5 já é um
tesouro para a preservação da obra

SILENT
HILL 2
A DIFÍCIL TAREFA DE RESTAURAR
UMA OBRA PRIMA DO TERROR
26

P
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oucos remakes exigem tanto
respeito quanto este que, para
muitos, é mais do que "só" o
melhor jogo de horror já feito:
é uma das maiores obras do gênero em
qualquer mídia. A Konami parece disposta
a investir alto nesse completo remake do
clássico de 2001 (mais do que isso, só se
fizesse internamente trazendo o próprio
Team Silent de volta). O jogo será feito na
Unreal Engine 5, utilizando todas aquelas
novas técnicas de bilhões de polígonos e
iluminação global.
O desenvolvimento do remake está a cargo
do Bloober Team, estúdio polonês que tem
feito fama com jogos de terror desde Layers
of Fear (um dos primeiros a copiar... digo, que
se inspiraram em P.T. após o cancelamento
de Silent Hills). Tem gente que não é muito
fã desse time por achar que eles pecam
muito em pequenos detalhes que diferenciam
O novo rosto do protagonista James Sunderland causou certa estranheza aos olhos dos fãs
um jogo de horror bom e um ótimo, o que
já deixa uma galera com um pé atrás
quanto ao remake. Afinal, a série Silent Hill de revelação parece fiel ao jogo original, expectativas de um jogo de alto orçamento
era mestre em fazer de pequenos detalhes porém, ao mesmo tempo, se torna um pouco de PlayStation 5. O que vai pesar mesmo
elementos cruciais (pelo menos nos quatro distinto com todo o realismo extra vindo é como o Bloober Team vai cuidar dos
primeiros jogos da Team Silent). da alta resolução. Aquela atmosfera mais detalhes e das alterações fora dos gráficos.
Mas não fique pessimista ainda. Duas das surreal certamente será menos presente. Por exemplo, não dá para deixar a clássica
principais mentes por trás do jogo original Esse é o tipo de situação inevitável em um câmera fixa nos dias de hoje. Isso obriga
foram chamadas para dar autenticidade: remake de um jogo com 21 anos de idade. a deixar a visão por trás do ombro do
Masahiro Ito, que criou todas as criaturas Manter a estética do PS2 intacta usando protagonista, o que automaticamente altera
absurdas da série, e Akira Yamaoka, o prolífico técnicas muito mais avançadas é impossível a percepção de alguns eventos e de como o
compositor que fez fama justamente com a e ainda mais complicado é encontrar um medo é criado em várias áreas que escondiam
trilha e os efeitos sonoros de SH2. O trailer estilo que agrade aos fãs mais devotos e às parte do ambiente de forma proposital.

O teaser de Townfall revela mais do que uma primeira impressão pode passar. Há pistas e flashes
de imagens na telinha da TV que remetem a pedidos de socorro de alguém na cidade amaldiçoada
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Silent Hill f é uma obra original que pode tornar-se a principal desse pacote de jogos. Situada nos
anos 1960, no Japão, a história e clima seguem na linha do terror japonês dos primórdios da série
Vamos ver se a equipe está à altura de
carregar uma responsabilidade tão grande
nas costas e fazer um trabalho digno. Poucos
remakes são tão difíceis de acertar e serão
tão analisados quanto esse. Ainda não há data
para o lançamento, mas está garantido que
será exclusivo para PS5 por no mínimo um ano.
SILENT HILL: TOWNFALL
O segundo projeto anunciado é esse que,
mesmo com apenas um pequeno teaser sem
maiores informações, permite que tenhamos
uma ideia cínica do que está acontecendo:
é a Konami deixando alguém fazer um jogo no
estilo que Hideo Kojima iria fazer com Silent
Hills antes de ser demitido pela empresa. A
começar pelo estúdio No Code, que tem no
currículo Stories Untold e Observation, dois
jogos que seguem a mesma ideia de história
O REMAKE DE SILENT HILL 2 ESTÁ NAS
MÃOS DO ESTÚDIO QUE SE DESTACOU
POR LAYERS OF FEAR E OBSERVER
tensa e curta com enigmas vagos. Aí você
assiste ao trailer e vê imagens esquisitas
na tela de uma pequena TV portátil dentro
de uma casa e uma gravação com uma vibe
parecida com a de P.T. Fora o nome Townfall,
que nos lembra que Silent Hills teria uma
cidade cheia de cenários internos para
explorar e entender o que aconteceu com ela.
Talvez não seja nada disso, mas é difícil pensar
em outras possibilidades ligando os pontos.
Esse também não tem data de lançamento.
SILENT HILL: ASCENSION
Esse não é um jogo normal. É melhor descrito
como uma "experiência interativa" em que
todo mundo poderá influenciar os eventos de
uma história em Silent Hill. Quem está por trás
disso é uma empresa chamada Genvid, que é
especializada nesse tipo de experiência e seus
UM NOVO CICLO DE TERROR
projetos funcionam mais ou menos assim:
você participa de minigames para juntar
pontos que podem ser usados para votar
em como a história do episódio deve continuar.
É um negócio meio Twitch Plays, meio
Until Dawn, só que com muito mais gente
participando e, na prática, menos interativo.
A história e o visual estão a cargo da Bad
Robot (a empresa do cineasta JJ Abrams)
e o desenvolvimento conta com a ajuda da
Behaviour Interactive, criadora do popular
multiplayer Dead by Daylight (que já fez
parcerias com Silent Hill). Ascension será
lançado em 2023, ainda sem confirmação
se será lançado em consoles ou só para PC.
SILENT HILL f
Claro que o remake de SH2 nos empolgou,
mas esse último anúncio é o que mais chamou
nossa atenção: um episódio completamente
novo e, pela primeira vez em muitos anos,
escrito por japoneses, com aquele estilo de
terror genuinamente japonês, como eram os
jogos da época do Team Silent. Ele até mesmo
se passa no Japão dos anos 1960, o que deve
deixar tudo fora da timeline e da história da
série principal, mas só a atmosfera já empolga
mais do que os episódios mais recentes.
A história foi escrita por Ryukishi07, autor 27
da célebre visual novel de terror e suspense
Higurashi When They Cry e sua sequência
Umineko When They Cry, o que adiciona algum
pedigree e confiança a um projeto que deixa
dúvidas quanto ao estúdio responsável pelo
desenvolvimento: Neobards Entertainment,
que fica em Taiwan e, apesar de ter sido
criado por vários veteranos da indústria, até
o momento trabalhou muito mais em suporte
e em ports de jogos de terceiros (como as
versões de nova geração de RE2, RE3 e RE7,
além de Devil May Cry HD Collection). O crédito
mais direto da empresa até o momento é a
nova versão de RE:Verse, o multiplayer de
Resident Evil Village que sofreu um reboot
depois da recepção inicial negativa.
Se a CG inicial foi idealizada pela Neobards,
o game já merece um voto de confiança
tranquilamente pelas imagens e sons
perturbadores e o visual de "terror lindo"
cheio de flores e formas bonitas, que deve
combinar bem com o design de criaturas
perturbadoras da ilustradora japonesa Kera.
Silent Hill f pode iniciar uma nova direção para
a série e ainda não tem data de lançamento.
RETURN TO SILENT HILL
No pacote de novidades para os fãs da cidade
dos pesadelos há também o novo filme que
motivou esses games. O nome é Return to
Silent Hill, dirigido novamente pelo diretor
francês Christophe Gans (diretor do primeiro,
não do terrível Silent Hill: Revelação, de 2012).
O roteiro está pronto e será uma adaptação
da história de SH2, porém ainda não há elenco
definido nem previsão de início das filmagens.
 ESPECIAL

A Capcom tornou-se uma referência

em remakes com a série Resident Evil
e ensina que melhor do que atualizar
gráficos é adicionar melhorias que o game
original não conseguiu em sua época

RESIDENT
EVIL 4 REMAKE
A VERSÃO DEFINITIVA DE UM DOS
MELHORES JOGOS DA FRANQUIA
28

S
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e a tensão está um pouco elevada
quanto ao remake de Silent Hill 2,
outro clássico eterno de terror
do PS2 está em uma situação
mais tranquila. Talvez por Resident Evil 4
ser um jogo muito mais direto no visual e
de puro entretenimento, é mais fácil olhar
para o trabalho que está sendo mostrado
nessa nova versão e achar objetivamente
superior ao clássico de 2005.
Não que estejamos tirando o mérito desse
remake. Pelo contrário: a julgar pelos trailers,
a RE Engine parece ter alcançado outro nível
de qualidade nos gráficos, indo além até do
visto em Resident Evil Village. A comparação
com o original é até injusta, mas a vegetação
A nova inteligência artificial por trás de Ashley visa garantir que ela não atrapalhe tanto o jogador
densa agora invade os caminhos em vez de se
limitar a folhas secas no chão, a iluminação
é muito mais dramática e os modelos dos
personagens – até dos ganados – chamam a
atenção pela alta qualidade.
Com todo o poder extra, sem contar a
evolução natural de design e narrativa dos
videogames nos 17 anos entre as duas
versões, algumas mudanças eram inevitáveis.
Primeiro que o Leon agora consegue andar
enquanto faz pontaria com sua arma, o que
era um dos pontos mais contestados de RE4
e que não tinha como ser ignorado em 2022.
Essa mudança torna os inimigos um pouco
menos ameaçadores, porém os trailers dão
indícios de que a Capcom levou isso em conta.
Os ganados parecem mais agressivos e letais,
e há até uma nova mecânica de andar Os ganados estão mais agressivos para oferecer mais desafios em um sistema de combate mais ágil

Um ajuste de bom gosto:
Ada teve sua fisionomia
asiática acentuada e assim
torna-se uma personagem
ainda mais particular
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No jogo original, Leon só conseguia fazer pontaria parado, o que interrompia bastante o fluxo da
ação. No remake, obviamente é permitido andar enquanto mira e atira em qualquer parte dos alvos
abaixado para passar por lugares sem ser
notado, algo que certamente não seria tão
necessário no jogo original.
Sua faca também tem mais utilidades agora
para lidar com essas ameaças maiores. Ela
pode ser usada para repelir ataques inimigos
ao conseguir acertar o tempo do comando.
Leon até consegue encarar até o ataque do
maluco da motosserra na vila desse jeito!
A faca tem um medidor que limita seu uso.
Embora a gente não saiba como isso
funciona exatamente, terem impedido o uso
constante significa que ela será uma arma
bem mais forte e versátil do que antes.
PODE DESPACHAR
Entre várias novidades, há uma atração
que continuou exatamente igual: a maleta
de itens. Sim, você ainda vai ter que fazer
aquele quebra-cabeça todo para encaixar
a erva extra que não quer deixar largada
no cenário e se ver obrigado a comer ovos
inúteis que você jura que farão a diferença
durante uma luta de chefe. Os itens, pelo
menos, estão bem mais bonitos.
só que agora motivado por estar encurralado
PADRÃO ELEVADO
A apresentação também exige muitas
mudanças em eventos e afins. Apesar
de o jogo ser "mais ou menos do mesmo
tamanho do original" segundo os produtores,
ele toma mais tempo para construir as
situações de forma correta. O início de RE4
é extremamente direto e conta com alguns
momentos meio desajeitados. Leon chega
na vila com dois policiais aleatórios, entra
em uma casa com um habitante que tenta
acertar um machado nele, executa o "civil"
e depois pula da janela do andar de cima
sem motivo algum após pegar munição.
Já o remake investe um tempo a mais
com a história de Leon se tornando um
agente do governo (cena que não foi exibida
publicamente, assim como a chegada dele
com os policiais). A primeira área agora
está de noite e a casa é muito maior, com
porão e mais quartos. Não mostram o
encontro com o primeiro ganado, porém
ele volta mais tarde, com o pescoço
completamente quebrado em 90 graus
e tentando matar Leon. O agente vai ao
andar superior e encontra pistas sobre
Ashley, depois se vê obrigado a pular da
janela exatamente do mesmo jeito que antes,
UM NOVO CICLO DE TERROR
STRANGER!!!
Não se preocupe: o vendedor mais famoso
da história dos videogames está de volta,
com um sotaque um pouco menos sinistro,
mas com a mesma profissão de sempre –
agora com uma mesa montada direito para
vender os itens e melhorar suas armas, em
vez de apenas ficar parado em lugares sem
sentido. Adicionaram uma nova mecânica
de trocar joias especiais por itens específicos
– essas aparentam ser joias diferentes das
que você encontra para vender. 29
contra alguns oponentes. Esse é o melhor
tipo de melhoria que um remake que tenta
ser fiel pode fazer. Tudo ainda acontece do
mesmo jeito, apenas com mais contexto que
caberia perfeitamente no original, caso
houvessem recursos técnicos para tal.
Outra mudança muito perceptível está no
visual dos personagens. A agente Hannigan,
que é seu contato via "codec", agora aparece
nas cenas, em vez de ser só uma conversa
com dois pequenos avatares na tela. Ashley, a
filha do presidente que é a donzela em perigo
da história, está um pouco mais velha, com um
outfit mais moderno, e o melhor: ela parece
bem menos inútil do que era antes. Ada Wong
teve uma mudança no rosto até mesmo em
relação ao remake de Resident Evil 2 e seus
traços asiáticos estão muito mais acentuados.
Mesmo com essas mudanças, esse ainda
é aquele Resident Evil 4 que amamos. A parte
da vila está intacta: o mesmo horário diurno,
a fogueira no centro com o policiais, os
camponeses malucos, a vaca aleatória parada
do lado direito da vila (dá para fazê-la sair
correndo e acertar quem estiver na frente),
os caminhos pelos telhados… Por muito tempo
achamos desnecessária a ideia de remake de
um jogo que ainda se segura muito bem nos
tempos atuais, mas essa primeira amostra
da Capcom está nos fazendo pensar que,
de fato, essa é uma ótima ideia. O remake de
Resident Evil 4 será lançado para PS4 e PS5
em 24 de março com dublagem em português.
 ESPECIAL

Iluminação e efeitos
de sombra vão
deixar o clima
ainda mais imersivo

DEAD
SPACE
O HORROR QUE SE ESCONDE NO
ESPAÇO EVOLUIU TERRIVELMENTE
30

E
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ssa poderia ser tranquilamente
uma reportagem sobre remakes,
já que o destino quis que os três
jogos de horror mais aclamados
da década de 2000 fossem revisitados ao
mesmo tempo. Essa onda de lançamentos
de alto orçamento do gênero é bem-vinda.
Afinal, exceto por Resident Evil, esse tipo
de jogo assustador de alto orçamento
simplesmente desapareceu desde que
o cancelamento de Silent Hills deixou um
vazio no coração de todo fã de horror.
O remake de Dead Space segue a mesma
linha de Resident Evil 4: é o mesmo jogo
com modernidades dentro do contexto e Os monstros são terríveis, mas com as armas apelonas de Isaac são eles que precisam ter medo
um trabalho absurdo no visual. O gráfico
é o que mais chama atenção, sem dúvia: controles para criar situações muito tensas, "diretor" que analisa sua situação e pode
feito apenas para a nova geração, esse cheias de sustos surpresa e vários momentos colocar algum obstáculo ou efeito visual na
projeto tem cara de ser um dos jogos mais roteirizados. No lançamento previsto para sua frente para que você não fique muito
bonitos do PS5. É só dar uma olhada nos janeiro de 2023, tudo isso será potencializado confortável com frequência, especialmente
detalhes da roupa do protagonista Isaac e com uma ambientação bem mais escura, quando estiver voltando para lugares onde
em qualquer corredor da nave USG Ishimura que deixa o jogador desconfiado de qualquer já destruiu todos inimigos. Até quem conhece
– o que é um bom sinal, pois esses remakes canto não iluminado por sua lanterna. o jogo original vai ter várias surpresas em
de jogos de PS3 precisam se esforçar mais A graça da jogabilidade é desmembrar os áreas que conhecia muito bem.
para mostrar uma evolução significativa. inimigos com os diferentes tipos de armas. Por falar em conhecer o original, vai ser
Não dá para entregar muito da história No remake, os monstros vão sofrer muito curioso ver como o remake vai se comparar
para quem nunca jogou, mas dá para resumir mais. A EA Motive fez uma nova tecnologia a The Callisto Protocol (previsto para o
que Isaac Clarke recebe um chamado de ajuda que coloca várias camadas de pele e osso dia 2 de dezembro) que é praticamente
de sua esposa em uma gigantesca nave e, nos necromorphs, para que cada disparo um novo Dead Space com outro nome e
quando ele (que é só um cara da manutenção) possa "descascar" os inimigos de formas feito pelos criadores da série. Será que
chega lá, se depara com uma infestação de sempre distintas e mais nojentas. eles conseguirão superar seu melhor
monstros necromorphs. Na época descrito Outra mudança interessante é um sistema trabalho ou serão vencidos pelo próprio
como "Resident Evil 4 com terror de verdade", de direção de cena semelhante ao visto em passado? Essa será uma missão tão difícil
Dead Space usa o mesmo tipo de câmera e Alien Isolation. O jogo tem uma espécie de quanto sobreviver a mutações espaciais.
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REVIEWS
TESTAMOS E
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SEUS GAMES
1. Os quatro protagonistas
compartilham os pontos adquiridos
conforme evoluem 2. Teste todos os
personagens para conhecer suas
habilidades antes de escolher seu
favorito 3. Pancadaria ou furtividade?
Ambos os métodos podem ser
evoluídos a um nível de excelência
4. As lutas podem ser conduzidas
de perto ou a distância 5. Há muitos
uniformes icônicos para habilitar
34
BAT-VINGANÇA
GOTHAM KNIGHTS Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
Batman está morto e os jovens vigilantes de Gotham assumem sua
missão de patrulhar uma cidade infestada de bandidos e segredos
G
otham Knights é um RPG de ação
estrelado por quatro discípulos
do Batman: Asa Noturna, Batgirl,
Capuz Vermelho e Robin – ou,
quando não estão encapuzados, Dick
Grayson, Barbara Gordon, Jason Todd e
Tim Drake. O quarteto herdou a missão
de vigilante do Homem-Morcego, morto
nos minutos iniciais da aventura de uma
forma que não deixa qualquer margem
de dúvida quanto a isso. Resta aos jovens
se entenderem quanto ao seu passado
e futuro como protetores da icônica
metrópole da DC Comics, vivendo à sombra
dos feitos do Cavaleiro das Trevas.
É uma missão parecida com a dos
desenvolvedores da WB Games Montreal,
estúdio canadense que sempre esteve à
sombra da Rocksteady Studios. A produtora foi
responsável por Batman: Arkham Origins em
2013 e seu jogo nunca conseguiu se destacar
diante da trilogia Arkham da colega britânica.
Mesmo agora, livre das amarras do universo
Arkham, Gotham Knights é comparado com
aqueles jogos – e a WB Games Montreal
parece ter aceitado isso ao mesmo tempo
em que busca trilhar um caminho diferente
com seus jovens vigilantes.
PABLO RAPHAEL
PARA FÃS DAS HQS
Com um ritmo que lembra
mais as longas HQs mensais
de heróis do que uma curta e
intensa graphic novel, Gotham
Knights entrega uma dose
FICHA cavalar de diversão para os
• PS5
fãs dos quadrinhos e uma das
• RPG DE AÇÃO, melhores histórias da DC em
MUNDO ABERTO games. Mas, como um grande
• WB GAMES
• PT-BR (ÁUDIO, arco das revistinhas, essa
TEXTO) história não se revela logo
• MÍDIA FÍSICA
E DIGITAL de cara, então é preciso
acompanhar seu desenrolar
em cada capítulo, intercalada
por contos em que os heróis
passam as noites no combate
a crimes menores, lidando com
gangues, mafiosos e fazendo
o máximo para ajudar a polícia
a controlar os arruaceiros
– mesmo que as forças da lei
não gostem de vigilantes. Dá
para passar um bom tempo
saltando pelos telhados da
cidade ou percorrendo as ruas
na Bat-Moto, apenas caçando
bandidos, impedindo roubos
8
e atentados, além de outros
tipos de crimes. Tudo isso é
vital para acumular experiência
e materiais para produzir trajes
e equipamentos melhores. Há
também vários colecionáveis
para procurar, incluindo uma
dúzia de grafites, batarangues,
pistas da identidade secreta do
Batman (que não podem cair
em mãos erradas), arsenais
secretos deixados pelo
Homem-Morcego e relíquias
que remontam a origem da
antagonista Corte das Corujas.
São vários itens, mas nada tão
exaustivo e onipresente quanto
os infames troféus do Charada
de outros games. Em geral, as
noites de patrulha serão gastas
nesse "grinding" de pequenas
missões na enorme cidade.
Há também um sistema de
investigação em que o herói
precisa analisar a cena do
crime e descobrir pistas
para entender o que foi
que aconteceu ou, mais

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importante, o paradeiro de
criminosos. Nas investigações
mais corriqueiras no mundo
aberto, o jogador move um
cursor pela área e marca
elementos suspeitos, como
manchas de sangue, uma
carteira vazia ou um crachá,
e tenta determinar qual deles
é a pista crucial para resolver
o caso. Nas investigações mais
elaboradas que fazem parte
de algumas missões principais,
é preciso ir por etapas. Um bom
exemplo acontece logo no início,
com o herói escolhido tentando
descobrir o paradeiro de
um cientista, uma passagem
secreta e o código para abrir
a porta. Caso fique encalhado,
há sempre a opção "ir direto
para a solução", mas será
que o maior detetive do mundo
aprovaria essa mamata?
Durante o dia, os heróis
saem das ruas e se reúnem
no Campanário, a imponente
torre do relógio que substitui
AS MISSÕES SÓ ROLAM A NOITE. DURANTE O
DIA, OS VIGILANTES SE REÚNEM NO CAMPANÁRIO
2 3
4
5
a Bat-Caverna como base de
operações e esconderijo. Lá,
é possível treinar habilidades
em um tutorial atualizado
conforme os personagens
evoluem e adquirem novas
técnicas, equipar e aprimorar
novos trajes e armas de
combate corpo-a-corpo e de
longo alcance, personalizar
a moto e desbloquear novas
missões em um mural de
pistas. Dá até para relaxar
jogando o antigão Spy Hunter
(1983) em um arcade.
O mais legal é interagir com
os colegas de equipe na base,
que inclui não só os quatro
jovens heróis, mas também o
mordomo Alfred (que tem um
papel importante na trama)
em cenas que aprofundam os
personagens e as relações
entre eles. Essas sequências
são bem escritas, divertidas
e fortalecem também os
vínculos entre o quarteto e o
jogador. É possível jogar com
todos os quatro, basta trocar
de vigilante no Campanário.
Dá para ver todas interações
entre eles ao longo de uma só
campanha, mas as conversas
deles com os vilões e NPCs
durante as missões fora da
torre são diferentes – para
ver tudo o que os roteiristas
bolaram será necessário
jogar mais algumas vezes.
DESAFIO CENTRAL
É nas missões principais que
Gotham Knights realmente
brilha: elas funcionam como
REVIEW
35
fases mais lineares de um jogo
de ação, com boa variedade
de situações envolvendo
furtividade, combate e
objetivos específicos, além
de muita conversa com os
vilões. Por sinal, a Arlequina
de Gotham Knights é a
melhor representação da
ex-namorada do Coringa nos
videogames (e se inspira
na personagem do filme
O Esquadrão Suicida em
uma animada sequência de
pancadaria musical). Mesmo
inimigos mais obscuros, como
o Cara de Barro, ganharam
histórias interessantes e mais
personalidade. As batalhas
contra os vilões são criativas,
com uso de elementos do
cenário e diferentes estágios
para o confronto, como quando
o Senhor Frio transforma um
arranha-céu em uma enorme
e instável montanha de gelo,
 REVIEW
ameaçando levar toda a cidade
de volta para a Era do Gelo.
O sistema de combate e
furtividade lembra um pouco
o dos Batman: Arkham, com
combates ritmados e ataques
surpresa do alto sobre inimigos
desavisados, mas, na prática,
é bem diferente: cada um dos
heróis tem seu próprio estilo
de luta e, embora todos tenham
os mesmos sistemas básicos, O Senhor Frio mostra como
o resultado final é bastante as batalhas de chefe são mais
distinto. Não há um vigilante complexas dos que combates
melhor do que o outro, pois contra inimigos comuns
cada um dos quatro é mais
apropriado para um estilo
de jogo – ou para o quanto
o jogador é mais fã de algum
dos jovens mascarados.
O jogador pode trocar de
herói a cada noite, mas também
pode ser um grande fã do Asa
Noturna ou do Robin e viver
a grande aventura do seu
super-herói favorito. Além dos
golpes de perto e de longe,
ataques furtivos e agarrões, os
36 heróis também têm habilidades
de Impulso, golpes especiais
poderosos que consomem uma
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barra especial que carrega
rapidinho conforme o vigilante
abate inimigos ou sofre dano.
Novas barras de Impulso e
mesmo super-golpes são
desbloqueados conforme o
personagem sobe de nível. Arlequina se destaca como uma personagem mais interessante do que suas versões de jogos anteriores
Embora os atributos do herói,
ligados ao traje e equipamentos Gotham Knights é um RPG) ser explorada. Sua imensidão limites de distância ou mesmo
usados, sejam cruciais para e aí é onde o "grinding" entra de arquitetura gótica tem de atividades para o colega
aumentar o dano causado e em cena. Se o jogador correr referências aos quadrinhos, no multiplayer cooperativo e
absorvido, o combate em si para completar logo as com NPCs vindos diretos dos é quando a taxa de quadros
depende mais da habilidade missões principais, pode gibis, como a policial Renee do jogo despenca. Travada
do jogador em executar acabar preso em uma série de Montoya e a Dra. Thompkins em 30 quadros de animação
movimentos de esquiva, noites de patrulha até alcançar e o sinistro Pinguim, sempre por segundo, a taxa pode dar
contra-ataques e golpes de os níveis necessários para disponível em seu cassino, engasgadas bruscas nesses
impulso. Não é tão tático e acessar as partes mais o Iceberg. Não é uma cidade momentos. É de se esperar
bonito quanto os bloqueios do avançadas da história e a particularmente viva de que a WB Games Montreal
Morcegão na série Arkham, experiência vai ficar meio forma realista: as pessoas corrija isso com algumas
mas é muito satisfatório repetitiva. O ideal é intercalar vagam sem rumo pelas ruas e atualizações para deixar o
quando se pega o jeito. algumas patrulhas com as fazem comentários aleatórios, game mais digno do PS5.
missões mais importantes e enquanto a polícia está
O MUNDO ABERTO E assim manter uma progressão sempre pronta para distribuir VEREDITO
SUAS CARACTERÍSTICAS equilibrada ao longo de toda truculência e combater o crime Gotham Knights mostra
Como o jogo tem uma a campanha central. (ou apanhar das gangues). que é possível fazer um
estrutura de mundo aberto, Feito apenas para PC e Aliás, se meter com a polícia ótimo jogo no universo do
é possível escolher a ordem consoles de nova geração, sempre acaba em briga e Batman sem a presença do
que preferir para cumprir o jogo quase não tem telas não compensa: agredir os Homem-Morcego. Mesmo
as missões. Elas são de loading. Com exceção homens da lei não dá XP, com limitações técnicas, o
organizadas como casos que das entradas e saídas do mesmo que eles puxem briga. RPG de ação da WB Games
o quarteto investiga, mas, Campanário e da cena de Outro jogador pode se soube escapar da sombra
no final, é preciso atender a asa-delta quando se faz uma juntar à aventura, o que pode da série Arkham e entregar
requisitos de nível (por mais viagem rápida, Gotham City acontecer a qualquer momento uma boa aventura para os
que seja um jogo de ação, está sempre lá pronta para durante a patrulha. Não há fãs dos quadrinhos.
 REVIEW

CAVALEIROS DE G
otham Knights tem investir). Já os desafios
quatro protagonistas de Cavaleiro, trajes e os
e o jogador pode equipamentos devem ser

GOTHAM: QUAL
alternar entre eles sempre desenvolvidos individualmente.
que voltar ao Campanário. Assim, o ideal é alternar
Os quatro compartilham os entre eles de tempos em

PERSONAGEM
níveis e pontos de habilidade tempos, mesmo que você
adquiridos (ou seja, quando tenha um favorito. Conheça
Asa Noturna sobe de nível, os Cavaleiros de Gotham e

ESCOLHER?
os outros três personagens entenda os pontos fortes de
também sobem, e cada cada um antes de sair para
um recebe um ponto para patrulhar as ruas da cidade.

37

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Asa Noturna Batgirl Capuz Vermelho Robin
O primeiro aprendiz Filha do falecido O segundo Robin, Jason Tim Drake é o terceiro
do Batman, Dick comissário Gordon, Todd foi assassinado pelo personagem a assumir o
Grayson trocou há Barbara Gordon é Coringa anos atrás, em um manto do Garoto Prodígio
muitos anos o traje uma hacker fantástica dos mais famosos arcos e é o único que não tem
colorido do Robin que ajudou Batman dos quadrinhos. A Liga das um passado trágico.
pelo visual quase por muitos anos sob Sombras trouxe o jovem Detetive com habilidades
ninja do Asa Noturna. a alcunha Oráculo. de volta à vida usando o comparáveis as do seu
Acrobata treinado Ela é bastante forte lendário Poço de Lázaro. mentor, Bruce Wayne,
desde muito pequeno, e resistente, ideal Em sua segunda vida, Robin também é um artista
o herói é excepcional para "tankar" seus Jason mudou e passou a marcial excepcional no uso
também no controle oponentes e abatê-los atuar como Capuz Vermelho, do bastão Bô e um mestre
de multidão com individualmente. Suas um vigilante forte e violento em técnicas de furtividade.
ataques de perto, perícias permitem que usa armas de fogo para As habilidades de Robin
combinando chutes desligar câmeras à controlar hordas. Expert valorizam a ação furtiva e
giratórios e golpes distância e detonar em combate à distância, fortalecem seus ataques
com bastões. Em inimigos e aparelhos ele é mais lento do que e investidas silenciosas,
níveis mais altos, sua tecnológicos para os colegas, mas causa fazendo dele o personagem
mobilidade em combate causar dano extra. muito dano de longe e tem ideal para quem gosta de
é incomparável e Em níveis mais altos, agarrões poderosos para liquidar inimigos sem ser
capaz de combinar a Batgirl pode ficar lidar com quem se aproximar. notado. Seus poderes de
esquivas perfeitas até invisível para as Jogar com Jason é Impulso permitem lidar
com golpes de área câmeras de vigilância. diferente dos demais por com grupos de oponentes
que derrubam vários Suas habilidades exigir uma certa distância ao mesmo tempo em que
oponentes juntos. aumentam regeneração, dos alvos para aproveitar o herói escapa do campo
Como líder não permitem que a heroína ao máximo suas habilidades de visão deles. Elas também
oficial (nem requisitado) reviva sozinha e até de pistoleiro. Ainda assim, aumentam bastante o dano
do grupo, ele cumpre elevam seus pontos de perto ele tem o trunfo de elemental de seu bastão e
um papel de apoio nas de vida para continuar causar medo nos bandidos do estilingue, o que ajuda
partidas cooperativas: lutando mais tempo. – esse efeito enfraquece muito na hora de minar
o herói é capaz de Batgirl surpreende os inimigos e os deixa os pontos de vida
reviver de longe como o "tanque" suscetíveis aos agarrões dos adversários
o colega caído. inesperado do grupo. do agressivo vigilante. mais resistentes.
 REVIEW
FAÇA AS PRIMEIRAS HORAS
DE JOGO RENDEREM MAIS
Patrulhar Gotham City em busca de criminosos é a rotina dos vigilantes
mascarados, mas há outras atividades importantes que merecem a
atenção do jogador desde o início para aprimorar suas habilidades
38
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1. Habilite logo o
Grau de Cavaleiro
Os quatro heróis começam
o jogo com três árvores de
habilidades, mas uma quarta
deve ser desbloqueada o quanto
antes: o Grau de Cavaleiro.
É nela que estão os melhores
poderes, capazes de deixar
o personagem muito acima da
média. O Grau de Cavaleiro
de cada herói deve ser
desbloqueado individualmente
ao cumprir os desafios que
podem ser conferidos no
Batcomputador depois da sua
primeira noite de patrulha.
É bom ficar com o mesmo
personagem por um tempo
até completar os desafios e
desbloquear sua árvore de
habilidades. Outra vantagem
do Grau de Cavaleiro é que
aprenda a melhorar sua eficiência
5. Interrogue criminosos
Ao sair para patrulhar as ruas
ele libera uma habilidade de
Mobilidade Heróica bem útil do
personagem: Asa Noturna ganha
um planador, Robin pode se
teleportar por curtas distâncias,
Batgirl pode planar com a capa
de Morcego e Capuz Vermelho
usa um impulso espiritual para
saltar pelos céus noturnos.
2. Ganhe as Habilidades
de Impulso
Outra característica em que
é bom investir seu tempo
no começo do jogo são as
Habilidades de Impulso. Esses
movimentos especiais são
diferentes para cada herói
e é preciso desbloqueá-los
cumprindo desafios de Impulso
no Batcomputador. Mais
habilidades de Impulso
significam mais variedade
Gotham Knights vai ocupá-lo
por dezenas de horas, então
logo no início da jornada
na hora de conduzir as lutas.
Conforme são desbloqueadas, é
bom conferir seu funcionamento
na área de treinamento.
3. Faça todos os tutoriais
A área de treinamento do
Campanário parece uma
academia caseira, mas tem
todo um sistema de realidade
aumentada em que o Batman
ensina técnicas novas para
os personagens. Ao todo são
16 tutoriais de combate, que
não só ensinam como usar
técnicas especiais e habilidades
de Impulso como também
rendem pontos de experiência.
4. Desbloqueie o sistema
de Viagem Rápida
Andar por Gotham na Batmoto
ou saltar pelos telhados é legal,
mas a cidade é grande e às
vezes você só quer chegar
mais perto de uma missão ou
crime premeditado. Nessas
horas, ter um ponto de viagem
rápida liberado é a solução.
Durante o jogo, o grupo vai ser
contatado por Lucius Fox. Após
falar com o executivo, uma
série de missões envolvendo
escanear drones é habilitada.
É possível fazer todas as oito
missões em uma única noite.
Ao completar cada missão de
drone, um ponto de viagem
rápida é ativado na cidade.
de Gotham City, o jogador vai
encontrar vários grupinhos
de bandidos roubando carros,
espancando policiais e
aprontando outras confusões,
geralmente marcados como
triângulos no mapa. Ao abordar
essas gangues, tente sempre
deixar um oponente vivo e
enfraquecido para o fim, para
aplicar um agarrão nele e, em
vez de nocautear o infeliz,
interrogá-lo para descobrir
pistas de crimes premeditados.
Volte ao Campanário depois de
arrancar respostas de alguns
bandidos para que esses crimes
especiais apareçam no mapa
na noite seguinte. Os crimes
premeditados são missõezinhas
secundárias mais elaboradas
do que os crimes comuns e
rendem uma boa dose de XP
e oportunidades para cumprir
desafios do Batcomputador.
Há uma quantidade máxima
de crimes desse tipo em cada
uma das áreas da cidade para
resolver por noite. O ideal é sair
para resolver esses crimes
primeiro na noite seguinte,
antes de voltar a interrogar
novos bandidos.
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 REVIEW

A mudança das composições

6v6 para 5v5 mudam muito
mais o meta do game do
que pode parecer

40

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A VOLTA DOS HERÓIS

OVERWATCH 2
A Blizzard tenta reconquistar seu espaço entre os hero shooters
ALEXANDRE BARKER

O primeiro Overwatch (2016) foi um
divisor de águas quando se trata
de hero shooters. Desenvolvido por
um time formado pelos criadores de Team
Fortress, o jogo conquistou o prêmio máximo
do The Game Awards daquele ano e criou uma
comunidade apaixonada. Com personagens
carismáticos e uma quantidade generosa
e diversificada de conteúdo multijogador,
Overwatch tinha tudo para se manter como
um sucesso absoluto, mas acabou deixado
um pouco de lado pela própria Blizzard. Por
conta disso, Overwatch 2 não foi bem recebido
quando foi revelado em 2019. O anúncio de que
ele substituiria completamente seu antecessor
desagradou os fãs e causou desconfiança.
Três anos depois, porém, o lançamento
se mostrou uma evolução necessária,
com uma engine mais moderna, gráficos
superiores, modos de jogo inéditos ou
repensados, além de heróis retrabalhados.
Mesmo carregando o DNA do primeiro jogo,
Overwatch 2 apresenta mudanças profundas.
Agora os gráficos fazem justiça ao poder do
PlayStation 5, tanto nos detalhes de cada
canto dos mapas como no
design de cada herói. As
melhorias tornam o jogo mais
atraente para aqueles que
nunca deram uma chance ao
game de 2016, seja pelo preço
FICHA ou pelo receio construído
• PS4, PS5 em volta dele, mas que não
• TIRO EM chegam a causar estranheza
PRIMEIRA PESSOA
• BLIZZARD nos veteranos. Além disso,
ENTERTAINMENT
• PORTUGUÊS
essas alterações garantem
(ÁUDIO E TEXTO) que o jogo possa receber mais
• MÍDIA DIGITAL atualizações futuramente e,
finalmente, um modo PvE que
permita explorar o rico mundo
de Overwatch, um velho desejo
dos desenvolvedores e do
público – mas que só deve
chegar, com sorte, em 2023.
Padrões de excelência, a
trilha sonora e dublagem do
jogo permanecem impecáveis.
A forma com que a Blizzard
cuida desses aspectos em
Overwatch 2 é brilhante,
8
e é fácil se apegar aos
personagens e seus sotaques,
característicos das diferentes
raízes do elenco internacional.
O carisma e a interação entre
eles também mantém um nível
de qualidade raramente visto:
ouvir Reaper e D.Va implicando
um com o outro antes de
partirem para o combate ou
Winston questionando os seus
companheiros com curiosidades
intelectuais são detalhes que
dão alma ao jogo e mostram
um pouco do potencial do
ainda incerto modo história.
Além disso, Overwatch 2
recebeu um novo tratamento
sonoro para as armas, que
agora ecoam de acordo com
o cenário e deixam a batalha
ainda mais imersiva e realista.
Em meio a tantas
melhorias, uma das principais
mudanças está na essência
 REVIEW

Sojourn (esq.), Kiriko (dir.) e Rainha Junker (abaixo)

são as três personagens que chegaram com o
lançamento de Overwatch 2 e se unem aos
outros 32 personagens do primeiro jogo

41

Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS

das partidas. A Blizzard
abandonou as antigas
composições 6v6 (seis contra
seis) e implementou o 5v5
nas ranqueadas, com os
tanques passando a trabalhar
sozinhos em sua função de
proteger e comandar seus
aliados, dois deles suportes
e dois focados em dano.
Ainda existe a possibilidade
de disputar partidas fora
das amarras dessas funções,
mas somente no sempre
caótico modo Casual Livre.
Embora pareça simples, essa
OVERWATCH 2 QUER ATRAIR OS JOGADORES DE
VOLTA COM DIVERSAS MELHORIAS E EVOLUÇÕES
alteração mexe com todo
o aspecto estratégico e
torna as partidas mais
movimentadas, além de punir
jogadores que se comportam
de maneira passiva ou que se
posicionam equivocadamente.
Essas mudanças nasceram de
uma conversa entre o estúdio
e jogadores profissionais.
Isso também resulta em um
jogo que passa a recompensar
mais aqueles jogadores que
são realmente bons e que
têm a capacidade de mudar
situações improváveis graças
à suas habilidades, o que
era praticamente impossível
em partidas contra dois
tanques. Some a isso mapas
ainda maiores e escudos
menos eficientes e temos
um jogo que exige mais
estratégia e comunicação
para vencer partidas.
Outro esforço facilmente
notado por aqueles que
investiram boas horas
no primeiro jogo, está
no rebalanceamento e
reconstrução de alguns heróis.
Certos personagens, como
Orisa, foram totalmente
retrabalhados e ganharam
um conjunto novo de
habilidades que os tornam
mais eficazes e divertidos
de jogar. Ainda, outros
três novos heróis se juntam
a um elenco de agora 35
personagens, número que
garante versatilidade para
os mais dedicados: Sojourn,
Rainha Junker e Kiriko.
Os personagens chegam
em funções diferentes e
com habilidades inéditas,
aumentando a sensação de
renovação e dando mais três
bons motivos para que os
jogadores olhem novamente
com carinho para a franquia.
 REVIEW
O novo passe de temporada
oferece skins exclusivas e
diversos outros cosméticos
entre os prêmios
MONETIZAÇÃO
O anúncio de que o jogo seria
42 gratuito levantou suspeitas.
Afinal, como a Blizzard manteria
Overwatch 2 vivo? Como os
Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
jogadores que compraram o
primeiro e investiram tantas horas
nele seriam recompensados? A
resposta para a primeira pergunta
veio na forma dos já tradicionais
Passes de Temporada. Overwatch 2
colocou um fim às loot boxes e
implementou o modelo já popular
em tantos outros jogos como
serviço, trazendo uma versão
gratuita para quem não quer
investir nada além de tempo no
jogo; e uma premium repleta
de itens cosméticos exclusivos,
que vão de sprays e poses de
vitória até skins míticas.
Para justificar o investimento
de qualquer jogador, Kiriko e os
heróis que surgirem nas próximas
temporadas estarão atrelados
ao Passe de Temporada e serão
liberados na versão gratuita apenas
nos níveis mais elevados, enquanto
ficam disponíveis imediatamente
na premium – vale ressaltar que
Sojourn e Rainha Junker, assim
como os outros personagens mais
antigos, são gratuitos, embora
exijam uma quantidade considerável
de horas para serem liberados
por aqueles que nunca adquiriram
o primeiro jogo.
Cada temporada terá a duração
de nove semanas e trará, de forma
alternada, um herói inédito e um novo
mapa. Segundo a desenvolvedora,
esse modelo garante que o jogo
estará sempre renovado e permite
mantê-lo balanceado, algo de
extrema importância dentro de um
cenário competitivo. Para evoluir
pelo Passe de Temporada basta
cumprir as missões diárias e
semanais, sempre rápidas e pouco
desafiadoras, de uma forma que
permite que até os jogadores
mais casuais desfrutem de toda
Passe de Temporada é a nova forma de monetização do jogo
e está disponível em duas versões: gratuita e premium a trilha de recompensas.
Já a segunda questão é
respondida com a total migração
do conteúdo do primeiro para
o segundo jogo, desde itens
cosméticos até todas as
estatísticas do jogador (agora
mostradas em uma página de
perfil mais elegante e intuitiva),
e pequenas recompensas. Por
mais que seja questionável, a
Blizzard conseguiu implementar
na franquia um modelo que
realmente funciona.
A página de estatísticas foi renovada e tornou-se mais intuitiva
VEREDITO
Mesmo atraente com tantas
Ciberdemônio, uma novidades, Overwatch 2 ainda
skin mítica de Genji,
é a recompensa de precisa oferecer muitas
escalão 80 do Passe respostas. Agora gratuito,
de Temporada o jogo volta aos holofotes
carregando a promessa de
trazer tudo aquilo que podia
ter sido feito desde 2016.
Só resta saber como a
Blizzard cumprirá isso.

HOLOFOTES EM MJ
NBA 2K23
Um excelente simulador assolado por microtransações
N ão é de hoje que a franquia
NBA 2K reina entre os games
de basquete. Ano após ano, o
único competidor real para a série
da Visual Concepts é seu próprio
episódio anterior. Como aprimorar
o que já parece completo? O salto
de geração do PS4 para o PS5
ajuda a dar aquele gás extra para
a edição 2K23, um dos games de
esporte mais completos do ano
– e com quem outras franquias
poderiam aprender bastante.
A apresentação é estonteante,
desde as partidas que seguem o
estilo das transmissões esportivas
norte-americanas, com repórter em
quadra no começo de cada partida,
comentaristas discutindo os lances
nos intervalos e todo tipo de efeitos
visuais. A câmera fica próxima o
bastante da quadra para que o
Acesse nosso Canal no Telegram:
jogador enxergue o suor na testa
dos atletas e não perca nenhum
detalhe do visual realista. Tudo,
é claro, com uma trilha sonora
licenciada que combina direitinho
com o esporte, com muito hip-hop
da melhor qualidade. Os controles
foram bastante aprimorados nos
dribles e enterradas, com um novo
sistema de Skills. São ajustes que
deixam a experiência bem melhor.
Há vários modos de jogo
conhecidos dos fãs, como o MyTeam
A nova edição de NBA 2K traz controles aprimorados
e uma inteligência artificial mais desafiadora
PABLO RAPHAEL
Reviver os grandes
momentos da carreira
de Michael Jordan é a
melhor parte do jogo
(o Ultimate Team
da série NBA 2K)
t.me/BRASILREVISTAS escalações quase sempre precisas.
e o MyCareer, entre outros. A É a chance de ouro para mudar a
grande novidade é o modo Jordan
Challenges, que é praticamente uma
versão jogável do documentário
Arremesso Final, que estourou na
Netflix em 2020. Nessa modalidade,
o jogador é desafiado a reviver
momentos marcantes da carreira
FICHA do astro máximo do Chicago Bulls.
• PS4, PS5 Além de participar de partidas
• ESPORTE clássicas da história do basquete,
• VISUAL CONCEPTS, 2K
• INGLÊS (TEXTO/ÁUDIO) os desafios são apresentados
• MÍDIA FÍSICA E DIGITAL com filtros específicos da época,
incluindo o estilo das transmissões
de TV, animações de gestos icônicos
de Jordan e várias entrevistas com
figuras importantes na trajetória
de MJ. É o tipo de coisa que todo
grande jogo de esporte deveria
ter para explorar a jornada de
grandes atletas, seja o game
sobre basquete, MMA ou futebol.
Nessa mesma linha, há o modo
MyNBA Eras, que permite assumir
o comando de times em diferentes
épocas da liga: Magic vs. Bird
(anos 1980), The Jordan Era (1990),
The Kobe Era (2000) e Modern Era
(dias atuais, ao estilo do MyNBA dos
últimos anos). Em cada uma delas,
todo o pacote gráfico muda para
representar aquele período do
esporte real. Tem tudo: drafts reais
de cada época, quadras, uniformes e
REVIEW
8
43
história do basquete: jogue com os
Lakers e evite que Kobe e Shaquile
O'Neal se separem! Leve o Phoenix
Suns de Charles Barkley até o título!
Só depende do seu talento.
Nem tudo são flores no basquete
da 2K: há muitas microtransações
e não é só no MyTeam, onde já
era esperado, mas também no
modo MyCareer. Fora das quadras,
o jogador tem uma cidade para
explorar (praticamente como um
metaverso temático da NBA), no
qual tudo custa VC, a moeda do
jogo, e é cheio de propagandas
de várias marcas. Aliás, explorar
o lugar é muito ruim, pois o seu
atleta não anda direito quando não
está em quadra. O fato do modo
carreira ser mais monetizado do
que o MyTeam mostra que algo
está errado na direção escolhida
pela 2K Games para esse modo.
VEREDITO
Um excelente simulador de
basquete, com conteúdo de
sobra para entreter os fãs
do esporte, NBA 2K23 brilha
mais forte quando deixa de
lado as microtransações e
propagandas para se concentrar
nas disputas dentro da quadra.
 REVIEW
44
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MULTIPLAYER SOBRENATURAL
GHOSTBUSTERS:
SPIRITS UNLEASHED
Os caça-fantasmas embarcam no multiplayer da moda
O s Caça-Fantasmas são uma presença
constante no mundo dos games, desde
os longínquos dias do Nintendinho
até o PlayStation 5: talvez porque a ideia
central da franquia seja muito boa e funcione
bem como jogo, ao menos na teoria. Spirits
Unleashed é o mais recente game a fazer
uso da licença e aposta em uma direção que
está na moda: o multiplayer assimétrico,
em que um jogador controla um personagem
mais poderoso e os outros precisam superá-lo,
valendo-se de trabalho em equipe para contornar
suas limitações. A fórmula que a produtora
IllFonic dominou em jogos como Predator:
Hunting Grounds se encaixa muito bem nas
aventuras dos Caça-Fantasmas: até quatro
jogadores investigam cenários assombrados
para capturar um espírito que está aprontando
confusões e assustando as pessoas.
Em Spirits Unleashed, a produtora norte-
americana joga bem nos dois campos que
domina: o do multiplayer assimétrico e o de
PABLO RAPHAEL
jogos baseados em franquias
adoradas da cultura pop. No
jogo dos Caça-Fantasmas, o
time soube aplicar as lições
aprendidas no game do
Predador e no de Sexta-Feira 13,
FICHA mostrando um bom equilíbrio
• PS4, PS5 entre conteúdo para envolver
• FPS o jogador e na mecânica das
• ILLFONIC
• PORTUGUÊS partidas. Ainda assim, alguns
(TEXTO) problemas que já estavam
• MÍDIA FÍSICA
E DIGITAL presentes nos lançamentos
anteriores reaparecem para
assombrar a nova obra.
ESCONDE-ESCONDE
ASSOMBRADO
As partidas consistem em um
grupo de quatro jogadores
no papel dos caça-fantasmas
tentando capturar uma
assombração controlada por
Até quatro jogadores
podem unir forças para
caçar um adversário no
papel de fantasma
7
outro jogador. O objetivo
do quarteto é aprisionar o
fantasma quatro vezes ou
destruir os portais que ele usa
para reaparecer. Para vencer,
o espectro precisa assombrar
ao máximo a área, assustando
os civis que circulam pelo
lugar, e "sobreviver" até que
o tempo acabe. Há várias
pequenas mecânicas entre
o começo e o fim da partida,
planejadas para dar um toque
mais "caça-fantasma" ao jogo,
mas quem já experimentou
outro game do gênero vai
pegar a manha rapidinho.
Os caçadores estão
equipados com os acessórios
clássicos da franquia: um
medidor PKE para localizar
a atividade sobrenatural,
Usar o equipamento icônico dos Caça-Fantasmas É difícil acreditar
por si só já é uma alegria para os fãs da franquia que esse modelo
do Ecto-001 vai
continuar apenas
REVIEW
como decoração

o feixe de prótons para deter

o fantasma, uma mochila que
regula a intensidade do feixe e
também serve para resfriá-lo
e evitar dores de cabeça, além
da armadilha para capturar
o intruso ectoplasmático.
Já o fantasma pode se mover
livremente por toda a área,
assombrando e possuindo
objetos, pregando sustos
nos civis e melecando os
caça-fantasmas com sua 45
gosma. Um de seus movimentos
mais poderosos danifica a
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mochila do feixe de prótons de
um caçador, que vai precisar
consertar o item para
poder combater o espectro.
Conforme mais civis entram
em pânico e fogem, salas Sem trabalho em equipe coordenado é muito difícil superar um jogador que saiba jogar como asspmbração
inteiras ficam assombradas e
aceleram o medidor que pode coordenando as ações via e se familiarizar com o jogo sem QG do grupo nos filmes e lá
dar a vitória ao fantasma. chat por voz do que com um passar raiva em partidas online. estão alguns personagens e
Sendo assim, o jogo é quarteto de desconhecidos Por sinal, quando o fantasma apetrechos icônicos. É realmente
como um esconde-esconde correndo cada um para um é controlado pela máquina, ele divertido ver e interagir com o
com ferramentas de energia. lado e todos abrindo suas costuma ser fácil de capturar. Dr. Ray e o novo mandachuva,
Agir em equipe é essencial para armadilhas ao mesmo tempo ou, O maior problema desse Winston, ambos devidamente
a vitória, principalmente quando pior ainda, cruzando feixes e só Ghostbusters é a falta de interpretados por Dan Aykroyd e
o quarteto encontra o fantasma: causando estrago. Um jogador conteúdo: não há muitos Ernie Hudson, respectivamente,
idealmente, é preciso atordoá-lo acostumado com o papel fantasmas diferentes e todos e explorar o lugar entre as
com um efeito explosivo do de fantasma certamente é eles têm os mesmos poderes. missões. Lá é possível aprimorar
medidor PKE, depois alguém um desafio para qualquer Com exceção do famoso os equipamentos e personalizar
deve arremessar e abrir uma grupo, mas contra formações Geléia, os outros espectros o seu caça-fantasma – que é
armadilha enquanto o grupo aleatórias de partidas online são monstros flutuantes um personagem genérico, não
coordena os feixes de prótons a vitória desse fantasma é genéricos, sem ligação direta um dos icônicos Caça-Fantasmas
para segurar o fantasma e praticamente certa – um com os filmes. Também há dos filmes. O veículo Ecto-001
guiá-lo até a armadilha. Faíscas, problema parecido com o que poucos mapas para jogar. fica na garagem, um modelo
rajadas de energia e dano se via em Friday The 13th. As partidas rolam em apenas tão caprichado que é bizarro
à propriedade se espalham por Pelo menos a IllFonic soube cinco arenas: cervejaria, não poder fazer nada com ele.
todo lado, assim como gosma equilibrar um pouco as coisas pousada, museu, prisão e
ectoplasmática, e as armas com a adição de bots. Caso não navio. Cada mapa tem uma VEREDITO
sobrecarregam se não forem encontre outros jogadores ou série de recortes de jornal Spirits Unleashed adapta
manipuladas com cuidado, ou prefira jogar sozinho, o grupo colecionáveis para encontrar bem a franquia dos
seja, não é tão simples quanto do jogador vai ser completado ao longo das partidas e é isso. cinemas para um estilo
parece – na real, não parecia por caça-fantasmas controlados O quartel-general dos de jogo muito popular, mas
tão simples assim mesmo sem pela I.A., que é competente. bombeiros, onde fica a base precisa entregar mais
esses adendos. Funciona melhor Essa também é uma forma de dos Caça-Fantasmas, é uma conteúdo para capturar
com um grupo de amigos aprender o traçado dos mapas recriação muito bem feita do o interesse dos fãs.
 REVIEW
46
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PANCADARIA DAS ANTIGAS
FIGHT’N RAGE
Pancadaria pixelizada para fãs de beat’em up das antigas
B eat’em ups nunca saem totalmente de
moda e até ganharam força atualmente
com continuações de séries clássicas,
como Streets of Rage 4 e River City Girls.
Enquanto alguns lançamentos empregam
visuais cartunescos em uma tentativa de
modernizar o gênero, outros miram mais no
passado. É o caso de Fight’N Rage, projeto solo
do desenvolvedor uruguaio Sebastián García,
que tenta destilar o mais puro e pixelado estilo
de Final Fight e Cadillacs and Dinossaurs.
A história, como muitos dos exemplares
desse gênero, é simples: em futuro distópico,
um evento catastrófico conhecido como
"O Grande Pulso" destruiu toda a tecnologia do
mundo. Animais antropomórficos conhecidos
como Mutantes dominaram o planeta e
escravizaram os seres humanos. Determinados
a mudar isso, a ex-escrava Gal, o ninja em
fuga F. Norris e o mutante ativista Ricardo se
unem para derrubar o governo tirano do líder
conhecido apenas como "O Chefe". Partindo
dessa premissa, o jogador pode escolher um
dos três protagonistas para controlar em uma
série de dez fases com alto teor de pancadaria.
PAULO FERREIRA
Cada um dos personagens
têm características únicas
tanto no visual quanto no estilo
de jogo. Gal é especialista em
kickboxing, o que faz com que
ela tenha uma grande habilidade
para chutes e movimentação
FICHA rápida pela tela, só que com
• PS4
pouco alcance em seus ataques.
• AÇÃO, BEAT ‘EM UP F. Norris é um lutador equilibrado
• SEBAGAMESDEV entre força, velocidade e
• INGLÊS (TEXTO)
• MÍDIA FÍSICA alcance, mas não aguenta
E DIGITAL tomar tanta porrada quanto
seus parceiros. Ricardo é o
maior e mais forte dos três
– e meu personagem favorito.
Ele não é rápido e não tem tanta
técnica quanto os humanos,
mas cada soco desse minotauro
de quase três metros de altura
passa a sensação do impacto
de um ônibus atravessando
uma parede de concreto.
Os alvos dessa pancadaria
desenfreada são todos os tipos
A tela é curvada para
simular a superfície
de uma tela de tubo
8
inimagináveis de animais
antropomórficos: corvos
motoqueiros, porcos lutadores
de sumô, pombos cozinheiros
e cachorros seguranças são
apenas alguns dos tipos de
inimigos que você encontra
nessa jornada. Cada um deles
conta com habilidades especiais,
como usar ataques elétricos
após se levantar de um golpe,
aplicar agarrões ou até mesmo
arremessar facas certeiras. Os
protagonistas também podem
fazer uso de armas encontradas
nos cenários ou largadas pelos
adversários, desde canos de
ferro e machetes que podem
ser usados no corpo a corpo
até facas e shurikens ninja
arremessáveis – há até mesmo
bumerangues que voltam para a
mão do personagem após o uso.
Além disso, também não podem
faltar as deliciosas comidas de

Dá para curtir as músicas e
as artes do jogo nos menus
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procedência duvidosa para
recuperar a vida do lutador.
Assim como cada lutador
tem o seu próprio conjunto de
golpes e combos, eles também
contam com especiais que
ajudam a sair de situações
complicadas. Após acertar
inimigos o suficiente, a barra
de especial se enche e permite
que o jogador gaste-a com um
aperto de botão. Dependendo
da posição do personagem,
no chão ou no ar, o lutador dá
um golpe poderoso que ajuda a
afastar as hordas de inimigos
que aparecem na tela. No
entanto, mesmo que a barra
não esteja cheia, ainda existe a
opção de dar o especial mesmo
assim, ao custo de uma pequena
porcentagem da barra de vida.
Esse é um clássico caso de risco
e recompensa, já que muitas
vezes é melhor gastar um pouco
da saúde do personagem para
sair de uma situação complicada
do que continuar preso em um
juggle inimigo e perder muito
mais vida, por exemplo.
O apelo pela nostalgia está
em todas as partes do jogo,
Cada um dos três
protagonistas
tem sua lista de
prós e contras
A forte sensação de impacto dos golpes é um dos elementos que fazem as lutas serem viciantes
desde a tela inicial até os filtros
que estão aplicados por padrão
(um que distorce a imagem
e adiciona bordas plásticas
reflexivas e outro que aplica a
grade de telas CRT), dando a
aparência de que o game está
sendo jogado no monitor de
tubo de um gabinete. O modo
principal deve ser jogado de
uma só vez, já que consiste no
estilo arcade e sair do jogo faz
você retornar para o início. Isso
não é tão punitivo quanto pode
parecer, já que os Continues são
infinitos e geralmente não fazem
o jogador repetir áreas muito
extensas. Outra parte essencial
da experiência são as batidas
pesadas da primorosa trilha
sonora composta por Gonzalo
Varela – com aquele estilo de
rock dos anos 1990 que ecoava
nos arcades e que, com certeza,
vai continuar ecoando na sua
cabeça após terminar o jogo.
Fight’N Rage permite que
você jogue sozinho ou com
mais dois colegas para tentar
completar todos os oito finais
alternativos – ou apenas
se divertir no modo Battle,
que permite usar todos
os personagens presentes
no jogo, protagonistas e
adversários, em combates de
um contra um entre jogadores
ou contra a CPU. Há também
dezenas de desbloqueios
possíveis nos extras, incluindo
15 trajes alternativos para
cada um dos três protagonistas
O desafio é elevado,
mas o game conta com
REVIEW Continues infinitos
47
e vários modos de jogo
adicionais – como um modo
Time Attack e de sobrevivência.
Fight’N Rage é uma belíssima
viagem no tempo, aliando um
visual sombrio e nostálgico
a uma trilha sonora incrível
e jogabilidade simples a uma
dificuldade alta o suficiente para
manter você preso ao jogo pelo
menos até se tornar um mestre
com o lutador que mais combinar
com seu estilo de briga.
VEREDITO
Além do visual, o estilo
de jogo e os desafios
do game fazem o jogador
se sentir em uma viagem
para os anos dourados
dos beat 'em ups.
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Ano 23 | Nº 298

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