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22 a 24 de Outubro de 2014
WH Rio Poty Hotel – São Luís – Maranhão
ANAIS DO II CONGRESSO INTERNACIONAL
MÉDICO-ACADÊMICO DO MARANHÃO
ISSN: 2358-7407
2015
Apresentação
Prezados congressistas,
É com grande satisfação que chegamos à concretização deste evento tão esperado.
Foram dias de muita dedicação e compromisso com o objetivo de oferecer o que há de mais
moderno na Medicina e nas Ciências da Saúde, além de proporcionar um espaço de integração
acadêmica e participação científica. Neste II COIMAMA, contamos com a presença de grandes
personalidades da Medicina brasileira, que gentilmente aceitaram o convite para atuarem nesse
momento de enriquecimento intelectual e cultural de nosso Estado.
A Comissão Organizadora.
Mensagem do Presidente
Prezados(as) Congressistas,
Presidente:
Ilis Maria Lucas Xavier
Membros:
Ana Paula Silva de Azevedo dos Santos
Antônio Gonçalves Filho
Érica Silva Martins
Flávia Castello Branco Vidal
Flávia Raquel Fernandes do Nascimento
Geusa Felipa de Barros Bezerra
Graça Maria de Castro Viana
Iolanda Margarete de Araújo Rêgo
Janieny Vieira da Silva
Joana Kátya Veras Rodrigues Sampaio Nunes
José Albuquerque de Figueiredo Neto
José Delfim Mohana Pinheiro
José Eduardo Batista
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
Laíze Carvalho
Lilaléia Gonçalves França
Luciane Maria Oliveira Brito
Maria Bethânia da Costa Chein
Maria do Carmo Lacerda Barbosa
Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento
Maria dos Remédios Feitas Carvalho Branco
Maria do Rosário da Silva Ramos Costa
Melina Serra Pereira
Núbia Barros de Araújo Gomes
Zeni Carvalho Lamy
Agradecimentos
Ao Magnífico Reitor da Universidade Ceuma (UniCeuma)
Prof. Saulo Henrique Brito Matos Martins
Aos Palestrantes
Aos Patrocinadores
Aos Congressistas
Informações Gerais
INSCRIÇÕES
A inscrição no evento é obrigatória para todos os participantes. Mediante a
apresentação do comprovante de inscrição, o participante receberá o material e a programação
do II Congresso Internacional Médico-Acadêmico do Maranhão/ II COIMAMA na secretaria do
evento.
CRACHÁS
Por motivo de controle e segurança, será obrigatório o uso do crachá em todas as
atividades do congresso e nas dependências do Auditório do WH Rio Poty. A perda ou o extravio
deverão ser imediatamente comunicados à Comissão Organizadora.
FUMANTES
O Ministério da Saúde adverte: FUMAR é prejudicial à saúde. Recomendamos e
pedimos a gentileza de não fumar dentro dos auditórios nos quais se realizarão o II Congresso
Internacional Médico-Acadêmico do Maranhão/ II COIMAMA
CELULARES/BIPs
Em respeito aos palestrantes e demais congressistas, solicitamos que todos os
aparelhos estejam desligados dentro do auditório. Caso seja necessário usá-los, ative-os nos
modos vibracall ou silencioso.
PROJEÇÃO DE SLIDES
Os expositores deverão procurar a secretaria para entrega do material de projeção
(palestras e temas livres orais) com antecedência mínima de 01 (uma) hora da respectiva
atividade científica. Os materiais deverão ser necessariamente em CD (não serão aceitos
materiais em pen-drive, cartão de memória ou em outras mídias flash).
PREMIAÇÃO
Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nas categorias tema livre oral e pôster
serão divulgados no encerramento do Congresso e receberão certificado de classificação e
prermiação correspondentes.
Temas Livres
ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES COM ANEMIA
TL01 FALCIFORME DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS: UM ESTUDO DE
BASE POPULACIONAL NO NORDESTE BRASILEIRO
Autores: Yuri Jivago Silva Ribeiro; Cyrene Piazera Silva Costa; Amanda Ferreira de Sousa Pinheiro; Soraia de
Fátima Carvalho Sousa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yuri Jivago Silva Ribeiro
Contato: yuri_r_ribeiro@hotmail.com
Introdução: As doenças falciformes são alterações hematológicas genéticas caracterizadas pelo predomínio
da hemoglobina S (Hb S). No Brasil a mais prevalente delas é a Anemia Falciforme (AF), que ocorre nos
indivíduos homozigotos para Hb S. A forma heterozigota da doença denomina-se Traço Falciforme (TF), na
qual o gene da Hb S combina-se com a Hb A (hemoglobina normal). Indivíduos com TF são geralmente
assintomáticos e sua expectativa de vida é semelhante à da população geral. Objetivos: Objetivou-se avaliar
a assistência odontológica prestada aos indivíduos com Anemia Falciforme (AF) em di ferentes faixas etárias,
por meio da análise quantitativa dos procedimentos realizados na Supervisão de Hematologia e
Hemoterapia do Maranhão. Material e Métodos: O desenho deste estudo foi do tipo retrospectivo, obtido
de dados secundários de prontuários dos pacientes com AF tratados ou em tratamento no setor de
Odontologia da HEMOMAR, no período de 2000 a 2011. A pesquisa foi realizada após aprovação do Comitê
de Ética e Pesquisa local protocolo n° 0067182011-73. Um examinador (Kappa=0.91) analisou 574
prontuários. Foram coletadas informações sobre sexo, faixa etária, tempo em tratamento odontológico,
número de pacientes submetidos a tratamento periodontal (TP), número de dentes restaurados (DRs),
extraídos (DEx) e tratados endodonticamente (DTe). Efetuaram-se os testes de Kruskall-Wallis seguido de
Resultados: Houve diferença dos DRs, DEx (p<0.05), DTe e TP
(p<0.001) entre as faixas etárias. Houve menos DRs em crianças quando comparadas às demais faixas etárias
(p<0.001). Houve correlação positiva forte entre faixa etária e DEx (r=0.93; p=0.025) e DTe (r=0.92; p=0.028)
e positiva fraca com DRs (r=0.153; p<0.001). Conclusão: Conclui-se que existe associação entre as faixas
etárias e os tipos de procedimentos odontológicos curativos realizados.
Introdução: A juçara, Euterpe oleracea Mart., fruta indígena da Amazônia Legal, é rica em fitoquímicos com
atividades anti-oxidante, antiinflamatória e anti-câncer. Objetivos: Este estudo tem por objetivo analisar os
efeitos do extrato hidroalcoólico da casca, caroço e fruto total da juçara, Euterpe oleracea Mart., nativa do
Estado do Maranhão em diferentes linhagens de células malignas humanas. Métodos: Os extratos
hidroalcoólicos da casca, caroço e fruto total foram obtidos no Laboratório de Farmacologia e Psicobiologia
da UERJ. As linhagens celulares utilizadas nos ensaios foram MCF -7 e MD-MB-468 (adenocarcinoma de
mama), CACO-2 e HT-29 (adenocarcinoma colo retal). As linhas celulares derivadas de adenocarcinomas de
mama e colo-retal foram tratadas com 10, 20, e 40 ug/mL de extratos hidroalcoólicos da casca, caroço e
fruto total, durante 24 e 48 h. Após o tratamento, a viabilidade celular foi medida utilizando-se ensaios de
3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-difeniltetrazólio (MTT) e as características morfológicas das células foram
observadas por microscopia de luz e de transmissão. Também foi avaliado o tipo de morte celular. Os dados
foram analisados estatisticamente pela análise de variância (ANOVA), seguido pelos pós-testes de Tukey ou
de Dunnett. Resultados: Observou-se que, de todas as linhas celulares testadas, as células MCF-7 foi a única
linhagem que respondeu ao tratamento com o extrato de juçara. Os extratos causaram redução significativa
(p <0,01) na viabilidade celular e alteraram as características morfológicas das células, induzindo o
aparecimento de vacúolos autofágicos, como observado por microscopia electrónica de transmissão. Além
disso, o aumento da expressão de LC3BII, um marcador de proteína de formação de autofagossomos foi
observado por western blotting. Ensaios Caspase Glo ™ e observações morfológicas por coloração nuclear
DAPI e microscopia eletrônica de transmissão não indicaram quaisquer eventos apoptóticos. Conclusão: Os
dados são conclusivos para ocorrência de morte celular por autofagia em linhagem celulares de carcinoma
de mama MCF-7 quanto tratadas com extrato hidroalcoólico da casca, caroço e fruto total da juçara do
Maranhão. Esta descoberta do potencial anti-câncer da juçara pode ajudar no desenvolvimento de drogas
quimiopreventivas e pode ter efeitos terapêuticos no tratamento de câncer da mama.
Introdução: A deficiência auditiva pode ser congênita e adquirida e é definida como a diminuição da
capacidade de percepção normal dos sons, de modo que a audição não tem sua funcionalidade total na vida
comum. As pessoas com deficiência auditiva precisam de acesso à saúde, não somente relacionado com a
deficiência em si, mas também precisam ser assistidas através de medidas de prevenção, tanto as que são
feitas em nível populacional, na forma de políticas ou campanhas de divulgação na mídia, como em nível
individual, nas consultas com profissionais da saúde. Objetivos: Avaliar a acessibilidade aos serviços de
saúde entre pessoas surdas, bem como seus problemas e obstáculos para o atendimento. Métodos: Estudo
descritivo com abordagem qualitativa constituído por 9 adultos surdos, que foram entrevistados utilizando-
se a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, com auxílio de um intérprete. O projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão (parecer 509.115). Os alunos responderam a
um questionário semi-estruturado com questões abordando assuntos referentes à acessibilidade da pessoa
surda aos serviços de saúde. As análises foram realizadas com base na técnica de análise de conteúdo,
modalidade temática, da qual emergiram quatro categorias: comunicação, autonomia, sentimentos:
percepção do surdo sobre o atendimento em saúde e compreensão da terapia. Resultados: O número de
profissionais aptos a se comunicar usando a LIBRAS é reduzido, o que dificulta a comunicação com o
profissional de saúde que o atende, agravado pelo fato de que raramente encontram intérpretes para
auxiliá-los. A ausência de interação entre o surdo e o profissional de saúde também lhes impede de
estabelecer um vínculo com estes, o que poderiam deixar-lhes mais seguros em relação ao atendimento, e
os obriga a depender de outras pessoas, seja para auxiliar no processo de comunicação, seja para entender
sobre sua condição, seu tratamento e procedimentos que podem ser realizados para sua melhora,
dificultando sua autonomia e deixando-os, constrangidos. Conclusão: A maioria dos serviços e informações
de saúde encontram-se inacessíveis aos surdos dadas à deficiência em se estabelecer um processo de
comunicação eficiente com o profissional de saúde, acrescido do fato de que a própria sociedade ainda vê
o surdo como alguém incapaz de tomar suas próprias decisões em relação à sua saúde e terapia, mantendo-
lhes na dependência de outras pessoas.
Introdução: Nos últimos cinquenta anos, foi observada uma transição nutricional caracterizada pelo
aumento significativo da prevalência de sobrepeso e obesidade. Hábitos alimentares relacionados à
obesidade também podem determinar uma maior prevalência de cárie dentária, especialmente a alta
frequência de ingestão de açúcares de adição. O consumo destes açúcares, além de estar relacionado a
essas duas patologias, está positivamente associado com maiores níveis de LDL e triglicérides, e menores de
HDL, os quais são indicadores do risco de doença cardiovascular. Objetivos: Avaliar aspectos nutricionais
associados à cárie em adolescentes de São Luís – MA.. Métodos: O Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovou o estudo (parecer nº 441.226). Todos
os escolares que necessitaram assistência médica, nutricional ou odontológica foram encaminhados para
atendimento na UFMA. O presente estudo é uma investigação epidemiológica observacional do tipo
transversal que tem por objetivo avaliar se existe associação entre estado nutricional e o desfecho cárie
dentária em adolescentes. Cento e trinta adolescentes, com 17 e 18 anos, foram avaliados em escolas
públicas estaduais sorteadas entre as residentes na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil. A cárie dentária
foi avaliada pelo índice de Nyvad et al. Foram avaliados, como variáveis explanatórias, o IMC e os seguintes
parâmetros sanguíneos: triglicérides, colesterol total, HDL e LDL. Como variáveis de ajuste confundidor as,
foram utilizadas a renda em reais e cor da pele. Utilizou-se análise de regressão multivariada de Poisson
executada no software STATA 10.0 (Stata Corp., College Station, Texas, EUA). Resultados: Estimaram-se as
razões de incidência (IRR) ajustadas e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC 95%), sendo o nível de
significância fixado em 5%. Sobrepeso/obesidade (p= 0,000; IRR 1,64; IC 1,31−2,05), níveis séricos elevados
de LDL (p= 0,024; IRR 1,22; IC 1,02−1,46), triglicérides (p=0.048; IRR 1,14; IC 1,00−1,30) e colesterol total
(p=0,100; IRR 1,11; IC 0,98−1,25), e o HDL baixo (p=0.095; IRR 1,17; IC 0,97−1,42) mostraram-se associados
a ter um maior número de dentes cariados. Conclusão: Os achados deste estudo apontam uma relação entre
indicadores de risco de doença cardiovascular e gravidade de cárie em adolescentes, sugerindo a existência
de um fator causal comum a essas patologias,
COMPORTAMENTO SEXUAL ENTRE PESSOAS SURDAS NO
TL06
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS/MA
Autores: Débora Cruz Silva; Letícia Silva Muniz; Dayanne Bevilaqua Neves; Serlyjane Penha Hermano Nunes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Letícia Silva Muniz
Contato: debora-cruz@hotmail.com
Introdução: A sexualidade é um tema por muito tempo considerado um tabu na sociedade, porém é de
extrema urgência e importância. A maioria das informações acerca da sexualidade são direcionadas ao
público ouvinte, deixando o surdo à margem da informação ou limitando seu acesso a informações
fragmentadas e insuficientes para melhor compreensão sobre tais assuntos. Objetivos: Apreender a
realidade social, econômica e de acesso à informação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs),
sexualidade e métodos contraceptivos da pessoa surda, identificando problemas relacionados aos mesmos.
Métodos: Este é um estudo descritivo e observacional constituído por 26 alunos de duas instituições de
referência na educação de surdos localizadas em São Luís/MA. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, com o parecer de número 509.115. Os
alunos responderam a um questionário estruturado sobre características sociodemográficas, métodos
contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, com a presença do pesquisador
durante todo o tempo próximo ao respondente e um intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) que
os acompanhara em todas as aplicações, a fim de solucionar eventuais dúvidas que surgissem durante as
entrevistas. Resultados: Quando questionados acerca da vida sexual, a 76,5% dos entrevistados afirmou
terem a iniciado principalmente entre os 17 e 19 anos. Destes, 70,6 % também afirmou terem utilizado a
camisinha na primeira relação sexual e 80,4% ref eriram-se optar pelo uso da mesma em todas as relações
sexuais. Dentre os métodos contraceptivos citados durante as entrevistas, os surdos demonstraram
conhecer e saber usar mais a camisinha masculina e a pílula/comprimido. Percebeu-se uma discrepância
entre conhecer e saber usar os métodos. Há confusão e dúvidas no que se diz respeito ao conhecimento
sobre as DSTs, principalmente em relação à AIDS, seus modos de transmissão e prevenção. Grande parte
dos surdos recebem orientações acerca da sexualidade na escola e, quando têm dúvidas sobre o assunto,
procuram os familiares. Conclusão: Observou-se que a maioria dos surdos entrevistados ainda possuem
dúvidas acerca da sexualidade e referiram-se necessitar de alguém específico para solucioná-las. Faz-se
necessário a intensificação de campanhas voltadas especialmente para este público com o uso de materiais
impressos e através da mídia, bem como também nas escolas.
Introdução A sensibilidade da dentina é causada pela exposição de dentina como consequência da perda
de esmalte e/ou cemento com dor de curta duração associada aos estímulos térmicos, químicos,
evaporativos ou osmóticos.. Objetivos: O objetivo da pesquisa foi verificar a presença da sensibilidade da
dentina e seu impacto na qualidade de vida de pacientes periodontais. Métodos: O presente estudo foi
submetido à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Presidentes Dutra – UFMA
por meio da Plataforma Brasil (Parecer nº 275.507). Foram examinados 36 pacientes com periodontite
crônica de ambos os sexos na faixa etária de 18 a 59 anos na Clínica de Odontologia da Universidade Federal
do Maranhão. Os participantes responderam a um questionário socioeconômico e sobre hábitos de higiene
bucal. O impacto da sensibilidade da dentina na qualidade de vida foi avaliado pelo OHIP-14 (Oral Health
Impact Profile). Clinicamente, a sensibilidade da dentina foi avaliada pela utilização de spray ar-água e sonda
exploradora nº 05, utilizando-se escores de 0 a 3. Os dados foram submetidos à análise descritiva.
Resultados: Os resultados mostraram que 18 pacientes apresentaram sensibilidade da dentina, nos quais
os pré-molares foram os dentes mais acometidos (55,5%). A sensibilidade da dentina foi mais observada
pela spray ar-água (86,1%), em seguida pela sonda exploradora (51%). Desconforto/dor leve (escore 1) foi
mais encontrado com spray ar-água (43,50%), enquanto que dor severa que persiste após estímulo foi mais
verificada pela sonda exploradora nº 05 (51%). O OHIP-14 revelou impacto de fraco (66,67%) a médio
(33,33%) nos pacientes com sensibilidade da dentina. Os indivíduos sem sensibilidade apresentaram
impacto fraco (94,44%). Conclusão: Conclui-se que a sensibilidade da dentina afeta parte dos pacientes
periodontais com impacto de fraco a médio na qualidade de vida.
Introdução: Hyde descreveu uma erupção idiopática rara e incurável, caracterizada por numerosos nódulos
persistentes afetando principalmente a face extensora dos braços e pernas das mulheres chamando-se de
prurido nodular (PN). O presente trabalho tem como objetivo esclarecer os sinais clínicos, os sintomas, os
manejos diagnóstico e terapêutico de uma doença rara na vivência clínica dos profissionais de saúde. Realto
de Caso:: J.C.O, 55 anos, masculino, deu entrada no Serviço de Dermatologia em São Paulo – SP em maio de
2014, queixando-se de lesões pruriginosas que iniciaram-se em membros inferio res disseminando para os
membros superiores, região dorsal e sacral, com evolução de cinco anos. Procurou o serviço supracitado,
onde foi observado, ao exame físico, pápulas violáceas, coalescentes, formando placas com depressão
central hipocrômicas, algumas escoriadas em membros superiores e inferiores, glúteos, tronco, região
sacral. Foi feita a biópsia de uma lesão do abdome, onde foi evidenciado através da análise histopatológica,
dermatite psoriasiforme escoriada com infiltrado perivascular superficial e hiperplasia
pseudoepiteliomatosa focal. O quadro histológico descrito corresponde ao PN de Hyde. Iniciou-se o
tratamento tópico com corticosteróide de alta potência (halobetasol) e hidratação vigorosa, com discreta
melhora. Após trinta dias, paciente foi encaminhado para fototerapia, visto que não foi possível realizar o
tratamento com a talidomida, considerada a droga de escolha para essa entidade, visto que, sua liberação
pelo Ministério da Saúde, só é autorizada para o tratamento de reação hansênica tipo 2 e/ou mieloma
múltiplo. O desfecho clínico não pôde ser observado, pois o paciente não deu seguimento ao tratamento.
Considerações Finais: O PN de Hyde é uma doença rara, de causa desconhecida, mais comum em mulheres
de meia idade. Na prática clínica, deve ser lembrado como diagnóstico diferencial do líquen simples crônico,
líquen plano hipertrófico, penfigoide nodular, epidermólise bolhosa e queratoacantoma. Há diversos
tratamentos citados na literatura, porém nenhum mostrou-se totalmente eficaz. É provável que as doenças
subjacentes, locais ou sistêmicas de natureza psíquica desempenham papéis importantes na sua gênese.
Introdução: Metástases cardíacas são 20 a 100 vezes mais comuns que tumores primários do coração,
porém constituem evento raro que ocorre em 2,3 a 18% dos casos de metástases. Essa baixa ocorrência de
metástases para o coração se deve, segundo Prichard, à força de contração miocárdica, ao metabolismo
peculiar do músculo estriado, à elevada velocidade do sangue através do coração e da distância entre a área
cardíaca e os vasos linfáticos . Normalmente as células neoplásicas chegam ao coração por via hematogênica
através da veia cava e implantam-se no átrio e ventrículo direitos. Em relatos de casos, o átrio direito é a
cavidade mais acometida. Metástases para o coração são clinicamente silenciosas em mais de 90% dos casos
e quando sintomáticas cursam com sintomas de insuficiência cardíaca direita. Os tumores primários que
mais frequentemente estão relacionados com essas metástases são os melanomas, tumores mediastinais,
adenocarcinoma broncogênico e carcinoma de mama, porém a metástase cardíaca do trato gastrointestinal
é extremamente rara. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 58 anos, em pós-operatório tardio de
esofagectomia por tumor de fundo gástrico deu entrada no hospital de referência com queixa de dispnéia
importante e edema de membros superiores e face. Realizado investigação com tomografia de tórax,
evidenciando massa intracardíaca que acomete toda a cavidade atrial direita e com extensão para veias cava
superior e inferior. Feita hipótese diagnóstica de trombo paraneoplásico ou tumor cardíaco. Indicada
cirurgia para remoção de massa com tática cirúrgica para circulação extracorpórea por veia jugular interna
direita, veia femoral direita e aorta ascendente. O achado intraoperatório evidenciou massa endurecida em
todo o átrio direito e sem plano de resseção. Realizada coleta de material e enviado para estudo anátomo-
patológico. O estudo indicou adenocarcinoma gástrico. O paciente evoluiu bem e teve alta da unidade de
terapia intensiva (UTI) no segundo dia pós-ope ratório para seguimento clínico com a equipe oncológica.
Considerações Finais: As metástases cardíacas têm sido encontradas em diversas estruturas, sendo raro o
acometimento por tumor proveniente do trato gastrointestinal. Nosso caso indica que o seguimento pós-
operatório de pacientes tratados para alguns tipos de tumores, deve incluir estudo do coração e grandes
vasos para uma possível abordagem terapêutica em fases iniciais.
Introdução: O pseudotumor inflamatório (PTI) é uma patologia neoplásica benigna que acomete ambos os
sexos. É possível encontrá-lo em qualquer local do corpo. Excluindo a órbita, o PTI ocorre raramente em
outros locais da cabeça e do pescoço, onde costuma comportar-se de forma agressiva com rápido
crescimento e destruição óssea. A etiopatogenia dessa doença não é clara. Acredita-se que ocorra uma
reação inflamatória exacerbada a uma lesão tecidual infecciosa ou autoimune. Na cabeça e no pescoço, o
PTI geralmente apresenta-se com edema e dor local. O PTI não possui imagens patognomônicas. A
ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC) podem ser úteis no diagnóstico
diferencial. A biópsia e cultura são procedimentos escolhidos para exclusão de outras lesões.
Histologicamente, trata-se de uma lesão benigna formada por células inflamatórias e células fusiformes,
imersas em um estroma fibroso. A imuno-histoquímica contribui para confirmação diagnóstica. O
tratamento do PTI varia de acordo com a localização e o grau de invasão. Ressecção cirúrgica ou terapia com
esteroides são as mais indicadas. O PTI apresenta curso e evolução bastante variáveis, ocorrendo recidiva
local em 25% dos casos, com raros relatos de metástases à distância e remissões espontâneas. Relato de
Caso: Relatamos o caso de um homem de 50 anos que em fevereiro de 2013 notou incômodo na região
temporal à direita. Ao exame físico, em abril de 2013, apresentava assimetria facial, com aumento de
volume da região temporal à direita. Realizou TC, que mostrou imagem expansiva sólida de limites mal
definidos e destruição óssea, com epicentro no espaço mastigador direito, medindo 6,9cm. Foi realizada
biópsia da lesão. O exame anátomo-patológico sugeriu tratar-se de PTI, o que foi confirmado pela
imunohistoquímica. O paciente perdeu seguimento, não recebeu nenhum tipo de tratamento. Retornou 3
meses após a cirurgia, foi repetida a TC, que mostrou redução significativa das dimensões da lesão, não
tendo sido mais observada erosão óssea. Paciente foi avaliado em outro serviço, e foi tratado com
esteróides, entre setembro e dezembro de 2013. Retornou em agosto de 2014, foi submetido à RM, que
mostrou remissão completa da lesão. Considerações Finais: O pseudotumor inflamatório tem apresentação
semelhante à neoplasias malignas expansivas. Portanto, esta patologia deve ser conhecida por todos os
médicos que se proponham a tratar pacientes com câncer.
A IMPORTÂNCIA DO APOIO AOS FAMILIARES NO PROCESSO DE
TL11 TRATAMENTO DO CÂNCER EM UMA CASA DE APOIO, EM SÃO
LUÍS-MA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Raíssa da Silva Santos; Suzanne Marcelle Martins Soares; Mirza Ferreira Lima Barbosa; Brunna Aline
Muniz; Lorena Natali Cardoso Fernandes Caldas; Consuelo Penha Castro Marques .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Raíssa da Silva Santos
Contato: raissasantos-nt@hotmail.com
Introdução: O câncer é uma das doenças crônico-degenerativas que geram mais transtornos ao doente e à
sua família. Isto se justifica nas importantes mudanças no modo de vida do paciente e da família, desde o
âmbito físico até o emocional decorrentes do desconforto ocasionado pela dor, pela desfiguração, pela
dependência e pela perda da autoestima. Nesse processo, a família é apontada como a principal fonte de
apoio e o binômio paciente-cuidador é considerado uma unidade de atenção, de forma que o câncer deve
ser tratado como problema e questão familiar. Considerando o papel dos familiares n esse momento, torna-
se essencial oferecer apoio social ao binômio paciente-cuidador no intuito de dirimir as dificuldades que
estão vivenciando. Relato de Experiência: A Fundação Antonio Brunno-Casa de Apoio a Pacientes com
Câncer, em São Luís-MA, é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que acolhe pessoas
com câncer e acompanhantes que residem no interior do estado Maranhão e estão em tratamento na
capital. A casa oferece acomodação, alimentação e lazer aos residentes. Os acompanhantes colaboram nas
tarefas da casa. Durante a visita, foi possível verificar a existência de um forte vínculo entre os moradores.
Os administradores criaram a instituição por influência de seu filho Antonio Brunno, que faleceu em
decorrência do câncer. Constatou-se, em conversa com os residentes, que a estadia na casa proporciona o
sentimento de pertencimento, o que contribui para a redução do sentimento de perda decorrente da
condição da doença. A s atividades de lazer, as conversas em grupo e as práticas religiosas são, segundo
moradores, importantes recursos de enfrentamento. Considerações Finais: A vivência na casa favorece a
construção de laços após a perda de referências sociais decorrentes das mudanças geográficas. A partilha
de experiências semelhantes aproxima pessoas com histórias de vida diferentes e cumpre a função de
suporte. Dessa forma, ajuda o familiar a amenizar a distância dos entes queridos e o afastamento de suas
atividades rotineiras. Em se tratando dos cuidadores, a calorosa recepção e convivência reduz o sentimento
de estranhamento e aumenta o sentimento de pertencimento. Depreende-se disso que a fundação oferece
aos seus residentes muito mais que abrigo e comida. A casa constitui uma nova família, onde os laços
afetivos tornam-se motivadores na busca da cura.
Introdução A incidência da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) vem aumentando acentuadamente
nos últimos trinta anos. Estima-se que aproximadamente 50% dos indivíduos com vida sexual ativa entrarão
em contato com o HPV em algum momento de suas vidas, principalmente em região genital. Estudos têm
demonstrado que a infecção por HPV no colo do útero apresentou-se como fator predisponente para a
infecção em outros sítios, principalmente na região anal, visto que ambas as regiões possuem características
histológicas semelhantes, favorecendo o aparecimento de câncer anal. Objetivos: Este trabalho buscou
identificar fatores de risco para a infecção pelo HPV em região anal, bem como comprovar a ocorrência da
contaminação sequencial por HPV no colo do útero e ânus. Métodos: Estudo analítico transversal realizado
entre agosto de 2014 e junho de 2015, em uma população de 45 mulheres entre 14 e 54 anos atendidas no
Centro de Pesquisas Clínicas da Universidade Federal do Maranhão, que apresentaram citologia oncótica
cervical com evidência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e/ou possuíam lesões sugestivas de infecção
anal e/ou cervical pelo HPV. As pacientes foram submetidas a um interrogatório sociodemográfico,
comportamental e ginecológico, bem como a procedimentos de inspeção anal e anuscopia com ácido
acético a 2% e Lugol a 5%, além da coleta de material para realização de citologia anal e identificação de
DNA-HPV na região através do método de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dentre as pacientes com PCR de região anal positiva para
HPV, o subtipo mais encontrado foi o HPV 16, em 50% das pacientes. Tabagismo, etilismo, início precoce da
atividade sexual (até os 15 anos), ter tido mais de 1 parceiro sexual e o não uso de preservativo durante as
relações sexuais, mostraram relevante prevalência entre as mulheres acometidas pelo HPV na região anal.
Ficou também comprovada a associação entre a presença de HPV na região cervical e HPV na região anal
(OR = 28 [1,20 – 648, p = 0,02), comprovando o processo de contaminação sequencial. Conclusão: Os dados
obtidos neste estudo confirmaram os fatores sociodemográficos, comportamentais e ginecológicos já
identificados previamente em outros estudos para a infecção por HPV, além de alertar a importância no
aperfeiçoamento de técnicas de rastreio precoce da infecção, educação sexual e melhorias no
acompanhamento clínico destas pacientes.
Introdução A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública associada a diversos agravos
desencadeados pelo excesso de gordura corporal, principalmente àquela localizada na região abdominal.
Objetivos Determinar a prevalência de obesidade abdominal e verificar associações com fatores
socioeconômicos e estilo de vida em adultos atendidos em uma clínica escola de São Luís - MA. Métodos:
Estudo transversal, retrospectivo e analítico, realizado com 1022 prontuários devidamente preenchidos.
Considerando-se probabilidade de erro do tipo I de 5%, nível de confiança de 95% e poder estatístico d e
80%, foram avaliados 1.022 prontuários que contemplam os critérios de inclusão. Foram coletados dados
socioeconômicos (sexo, idade, estado civil, renda familiar e escolaridade), antropométricos (peso, altura,
Índice de Massa Corporal – IMC, Circunferência da Cintura – CC e Relação Cintura Estatura - RCEst) e estilo
de vida (tabagismo, etilismo, prática de atividade física). Utilizou-se o programa estatístico Stata® 12.0. Foi
realizado o Teste de Qui Quadrado. A associação entre as variáveis foi considerada significante quando valor
de p < 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Maranhão
(CEUMA) com parecer N°976.916.. Resultados: Predominou o sexo feminino (81,5%), com idade de 40 a 49
anos (30,3%) e renda inferior a 01 salário mínimo (45,2%). Quanto à situação conjugal, 58,9% viviam sem
companheiro e 53,6% possuíam ensino médio. Houve maior frequência de não fumantes (96,7%),
sedentários (74,3%) e 74,3% negaram ingestão alcoólica. De acordo com o IMC, o excesso de peso
correspondeu a 77,1% dos casos. Quando avaliados pela CC, 64,2% apresentaram alto risco para
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e segundo a RCEst, 79,8% dos participantes estavam com
risco para obesidade abdominal. Observou-se também que 53,2%, 33,1% e 50,6% dos indivíduos com risco
para obesidade abdominal possuíam ensino médio (p=0,0001), tinham de 40 a 49 anos (p=0,001) e viviam
com companheiro (p=0,0001), respectivamente. Dentre aqueles com excesso de peso, 35,4% tinham de 40
a 49 anos (p=0,001) e 51,5% viviam com companheiro (p=0,002). Conclusão: Estratégias educacionais para
melhorar a qualidade de vida na população são essenciais para redução dos elevados níveis de excesso de
peso.
Introdução: As hepatites virais constituem um grupo de doenças infecciosas cujo espectro clínico é muito
amplo, variando entre formas agudas ou crônicas, que podem evoluir para cirrose ou carcinoma
hepatocelular. Os possíveis agentes etiológicos são os vírus A, B, C, e, em casos raros, D ou E, e a via principal
de transmissão difere na dependência do agente envolvido. Os Vírus A e E são de transmissão fecal-oral,
enquanto os outros variam entre sexual, vertical e sanguínea (seringas e agulhas contaminadas,
hemodiálise). Em geral, as hepatites agudas são de caráter auto limitante, porém, quando se refere aos vírus
B e C, um número significativo pode evoluir para doença crônica. Apresenta grande relevância econômica e
social, tendo em vista sua elevada incidência e prevalência em determinadas faixas etárias, além da
possibilidade de evolução para formas crônicas ou outros agravos de saúde. Objetivos: Conhecer o perfil
epidemiológico, entre os anos de 2011 e 2014, dos pacientes notificados com hepatite viral no Estado do
Maranhão. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, referente ao período de Janeiro de 2011 a Dezembro
de 2014. Foram selecionados os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação
(SINAN), e organizados de acordo com o ano da notificação, sexo, faixa etária e forma clínica. Resultados:
De Janeiro de 2011 a Dezembro de 2014, foram notificados 2651 diagnósticos de hepatite viral, sendo 34,5%
em 2011, 24,6% em 2012, 19,1% em 2013 e 21,6% em 2014. Observou-se equilíbrio entre os sexos: o sexo
masculino foi responsável por 52% das notificações, enquanto o sexo feminino teve 48%. As faixas etárias
predominantes foram entre 0 a 9 anos e 40 e 59 anos, ambas com 26%. Em 57% dos casos, os pacientes
foram diagnosticados com a forma aguda, enquanto 39% dos pacientes diagnosticados portavam o vírus ou
tinham a forma crônica da hepatite. Conclusão: Observa-se discreta redução nas notificações de hepatites
virais no Maranhão a partir de 2011, além da maior ocorrência de casos agudos. As faixas etárias
predominantes provavelmente são conseqüência da etiologia da doença e suas diferentes formas de
transmissão. É possível que a diminuição no número de notificações decorra da redução do nível de
contaminação acidental, por maior preocupação com a biossegurança.
Introdução: O autismo infantil é uma síndrome de alta complexidade por envolver uma variabilidade de
comprometimento no desenvolvimento motor, linguístico, social e cognitivo da criança. Para viabilizar a
assistência a esse público, estudos apontam a Escala de Classificação de Autismo na Infância (CARS) como
um instrumento preciso e claro por tornar a classificação e o reconhecimento do autismo mais fácil, pois
fornece informações sobre o comportamento geral da criança e define a gravidade dos sintomas
apresentados. Objetivos: Analisar a utilização da CARS sob a percepção de enfermeiras, como estratégia
que possibilite uma abordagem que favoreça a participação ativa dos enfermeiros no cuidado à criança
autista. Métodos: Estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa e desenvolvido através do
método de pesquisa-ação. Protagonizado por 4 enfermeiras que atuam no Centro de Atenção Psicossocial
Infantil Juvenil (CAPSij) da cidade de Imperatriz-MA. Foi realizada uma capacitação individual sobre a CARS,
e entregue para cada enfermeira uma cópia desta. Sendo monitoradas enquanto faziam uso da CARS na
assistência. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário com pergunta aberta a respeito da
utilização da CARS a prática profissional. As participantes foram identificadas através de nomes de escritoras
diagnosticadas como autistas. Para a análise dos dados, foi aplicada a técnica de Análise de conteúdo de
Bardin. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética sob o número do parecer 1.073.622. Resultados: Nos
discursos, uma das entrevistadas referiu dificuldade ao analisar e utilizar a escala na assistência de
enfermagem à criança. Mas as demais enfermeiras avaliaram o instrumento como um facilitador na
assistência de enfermagem voltada para as crianças autistas atendidas no CAPSij, e ainda deixaram evidente
a importância deste para elaboração de um plano terapêutico adequado e mais eficaz para cada criança.
Nenhuma das enfermeiras relataram alguma desvantagem na utilização da escala como instrumento a ser
utilizado no plano de cuidados de enfermagem dentro do CAPSij. Conclusão: Dessa forma a pesquisa-ação
contribuiu para aumentar o conhecimento das enfermeiras acerca do autismo e incentivou a adoção de uma
conduta mais sistematizada na assistência de enfermagem voltada às crianças com transtorno de
desenvolvimento, possibilitando através da CARS uma atenção mais detalhada à criança autista e sua
família.
Introdução: a acupuntura é um recurso terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas em pontos
específicos do corpo, induzindo a liberação de neurotransmissores, resultando em ações analgésicas,
antiinflamatórias e moduladoras sobre o sistema neuroimuneendócrino e sobre as emoções. A Organização
Mundial de Saúde reconheceu diversas disfunções tratadas pela acupuntura nas diversas áreas da saúde.
Desde o início da década de 80, a acupuntura era utilizada na rede pública de saúde de forma fragmentada,
porém, com o reconhecimento dos resultados satisfatórios da mesma, a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (2006) recomendou a adoção desta no Sistema Único de Saúde (SUS),
principalmente na atenção básica. Relato de Experiência: o projeto ”Sem Dor” foi idealizado por uma
médica acupunturiatra, com o objetivo de disponibilizar o atendimento médico acupunturiátrico para
usuários do SUS, fornecendo uma atenção integrativa e individualizada. Assim, em parceria com o curso de
Medicina da Universidade CEUMA, o projeto iniciou suas atividades em um ambulatório da Unidade Mista
do Bequimão (São Luís, Maranhão, Brasil), no ano de 2011. São atendidos pacientes de todas as idades, com
quadros álgicos variados, avaliados criteriosamente (por meio de anamnese, exame físico e de exames
complementares), sendo estabelecido o diagnóstico clínico e elaborado o protocolo de tratamento,
incluindo a terapia farmacológica, se necessária. As sessões, instituídas uma vez por semana, utilizam a
técnica de agulhamento s eco; as agulhas são metálicas, estéreis e descartáveis. Nas sessões (em média 10),
o paciente permanece em posição confortável por 20 minutos; como o tratamento é individualizado, poderá
haver mudanças no número de sessões. Dessa forma, durante os quatro anos do projeto “Sem Dor”, vários
pacientes foram atendidos (média de 1920 atendimentos), observando-se uma série de benefícios relatados
por estes, dentre os quais, rápida e significativa ação analgésica, redução no uso de fármacos, além da
melhora dos aspectos afetivos e da qualidade de vida dos mesmos. Considerações Finais:: Os resultados
positivos do projeto “Sem Dor” evidenciam que a acupuntura é um recurso terapêutico que se adequa
perfeitamente ao princípio de integralidade do SUS, configurando ainda como uma possibilidade concreta
de redução de gastos públicos com a saúde.
Introdução: Historicamente a mulher acabou negligenciando a própria saúde para cuidar dos filhos e servir
ao cônjuge sexualmente ficando mais suscetível ao desenvolvimento de doenças; dentre elas a AIDS, a
feminilização da AIDS vem exacerbando-se nas mulheres idosa. A mulher idosa infectada pelo HIV, na
maioria das vezes descobre o diagnostico após o obtido do marido e/ou separação e quando os filhos já
tornaram-se independentes e estruturaram sua família. Objetivos: analisar as marcas da AIDS na vida de
mulheres idosas. Métodos: Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado no SAE - Serviço de A tendimento
Especializado de Imperatriz-MA; aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Tocantins-CEP/UFT com numero de protocolo 105/2014. Fizeram parte da amostra 4 mulheres que foram
entrevistas seguindo um roteiro de entrevista semiestruturada, a coleta foi grava em forma de áudio e
depois transcrita. Para analisar os dados foi utilizada a técnica de analise de conteúdo e os resultados foram
organizados em unidade de registro e unidade de contexto. Resultados: Para organização dos resultados,
os dados foram dispostos em categorias: não pronunciamento do nome da doença - as mulheres nomeiam
a AIDS por outros substantivos (estreitamente negativos); fortalecimento dos laços religiosos e familiares –
as entrevistadas se fortaleceram na religião e acreditam que serão curadas por Deus; após o diagnostico as
relações familiares se fortificaram, buscando nas filhas apoio; convívio com a doença – ao receber o
diagnostico pensavam que i am ser rejeitadas pelos familiares; indícios de resiliência – as protagonistas
realizam o tratamento regularmente e afirmaram serem felizes. Conclusão: As mulheres reportaram
fragilidades quando ao pronunciamento do termo HIV ou AIDS, buscam a cura em forças divinas e apoio nos
familiares em especifico às filhas, sentimentos como medo da rejeição e limitação de desejos, no entanto
as entrevistas mostraram indícios de construção do processo de resiliência.
Introdução: Atualmente milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas sociais relacionados ao
abuso de drogas ou álcool e o atendimento a essas pessoas é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
nos Centros de Atenção Psicossocial- álcool e drogas (CAPS-AD), os quais disponibilizam tratamento ao
abuso e dependência de substâncias psicoativas. Os projetos terapêuticos variam de acordo com a avaliação
clínica do paciente, mas na sua maioria os medicamentos psicotrópicos são utilizados. No Brasil, os
medicamentos psicotrópicos são causas frequentes de intoxicação medicamentosa, dentre eles os
benzodiazepínicos, barbitúricos, antidepressivos e anticonvulsivantes. Objetivos: Dessa forma, o presente
estudo tem como objetivo conhecer o perfil de utilização de psicofármacos prescritos e suas associações em
um CAPS-AD. Métodos: A pesquisa foi realizada através da avaliação dos prontuários dos usuários em
tratamento no CAPS-AD do município de São Luís, Estado do Maranhão. A coleta de dados foi realizada no
período de abril a julho de 2015. Os parâmetros levantados foram: sexo, faixa etária, impressão diagnóstica,
os agentes medicamentosos antidepressivos e antipsicóticos prescritos e suas associações. Resultados:
Foram avaliados 110 prontuários de usuários que frequentam periodicamente o CAPS-AD, sendo que 16%
pertenciam ao sexo feminino e 84% ao sexo masculino. A faixa etária mais prevalente foi entre 40-49 anos
(36%). Entre as principais impressões diagnósticas estão os quadros de transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool (F10), sendo os transtornos mentais e comportamentais devidos
ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas - síndrome de dependência (F19.2) a
mais prevalente (23%). A classe terapêutica dos medicamentos mais usados são os
ansiolíticos/anticonvulsivante (41%), os antidepressivos (16%) e os antipsicóticos (15%). O antidepressivo
mais prescrito é a amitriptilina (29%) e o antipsicótico mais prescrito é a risperidona (35%), sendo que a
associação mais frequente com antidepressivo é de amitriptilina com clonazepam e em relação aos
antipsicóticos a associação mais frequente observada foi da risperidona com diazepam. Conclusão:
Verificou-se que o serviço do CAPS-AD atua de forma a buscar a articulação dos projetos terapêuticos e que
a utilização de medicamentos psicotrópicos ocorre na grande maioria dos usuários do serviço. Faz-se
necessário, porém, a realização de ações que promovam o uso racional desses medicamentos, visando a
segurança e eficácia terapêutica.
Introdução: A hepatite B é um grave problema de saúde pública, de curso na maioria dos casos
assintomático, tornando seu diagnóstico muitas vezes tardio e prognóstico desfavorável aos portadores do
Vírus da Hepatite B. Apresenta uma prevalência com ampla distribuição mundial e brasileira e escassos
estudos de soroprevalência com população representativa no Estado do Maranhão. Objetivos: objetivou-se
investigar a prevalência do Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B (HBsAg) nos municípios
maranhenses de Urbanos Santos, Humberto de Campos, Axixá, Morros e Icatu. Métodos: utilizou-se o banco
de dados do “Estudo das Hepatites virais B, C e D nos Municípios de Urbano Santos, Humberto de Campos,
e da Região do Baixo Munim, Maranhão, Brasil”, com uma abordagem quantitativa, delineamento
epidemiológico transversal, realizado no período de março/2012 a julho/2015. Participaram do estudo
3.860 pessoas com idade mínima de 1 ano e residência fixa, no mínimo 6 meses. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário sob o parecer nº 448.731/2013. Resultados:
Encontrou-se uma população com perfil socioeconômico precário, na faixa etária de 20 a 39 anos (29,35%),
e média de idade de 28 anos, maioria feminina (57,9%), solteiros (33,22%) com ensino fundamental
(60,40%), renda familiar de menos de 1 salário mínimo (53,08%), maioria de cor parda (64,69%) e morando
na zona rural (63,32%). Detectou-se uma prevalência para o HBsAg de 3,29% (n=126), uma média de idade
entre os positivos de 38 anos e maior prevalência do H BsAg nas faixas etárias mais elevadas dos 60-79(7%);
e dos 80-99 anos (8%). Conclusão: Constatou-se uma prevalência intermediária nos municípios
maranhenses estudados, diferindo do resultado do Inquérito Nacional de base populacional realizado em
2010, onde as capitais brasileiras foram categorizadas como de baixa prevalência para o HBsAg. Além disso,
acredita-se que a positividade do HBsAg entre participantes com maior média de idade sucedeu-se pelo
período de implantação da vacinação contra a Hepatite B, que no Brasil teve início em meados de 1989,
beneficiando tardiamente essa parcela da população que podem ter sido infectados na fase perinatal ou na
infância, tornando-se portadores crônicos da doença
.
RELAÇÃO DA INTENSIDADE DA DOR COM OS TIPOS DE
TL21
CIRURGIAS ABDOMINAIS ALTAS
Autores: Victor Pereira Lima; Marcela Rangel Almeida; Francisco Dimitre Rodrigo Pereira Santos; Lívia Maia
Pascoal; Pedro Martins Lima Neto .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a Victor Pereira Lima
Contato: pereiravictorufma@gmail.com
Introdução: As cirurgias abdominais altas tem-se tornado cada vez mais rotineiras nos dias atuais,
destacam-se duas entre as mais frequentes: Laparotomia Exploratória e a Colecistectomia. A primeira
consiste em uma incisão cirúrgica da parede abdominal utilizada com fins exploratórios ou terapêuticos, já
a segunda é definida como a retirada da vesícula biliar quando esta se encontra em processo inflamatório.
A dor é uma das complicações mais frequentes no pós-operatório advindo do trauma do ato cirúrgico.
Objetivos: Comparar o nível de dor no pós-operatório entre a Laparotomia Exploratória e a Colecistectomia.
Métodos: Estudo transversal, quantitativo realizado com 30 pacientes divididos em dois grupos:
Laparotomia e Colecistectomia. Os dados foram coletados através de questionários que avaliavam a dor em
uma escala de 0 a 10 em pacientes até o 1º dia de pós-operatório. A seleção dos pacientes foi feita de forma
aleatória, os dados foram analisados pelo o teste t através do programa Bioestat 5.0. Estes dados fazem
parte de um projeto de pesquisa aprovado pelo CEP-UFMA com parecer 629.315 e todos os envolvidos na
pesquisa assinaram o TCLE de acordo com a Resolução n. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados: No grupo referente ao pós-operatório de Laparotomia nota-se um maior número de pacientes
do sexo masculino (86,66%) com média de idade de 39,502, paralelo a isso, no grupo de pós-operatório de
Colecistectomia observa-se a preponderância do sexo feminino (80%) e com média de idade de 42,298. Em
relação à intensidade da dor, os valores encontrados foram média de 5 para Laparotomia Exploratória e
média 2,6 para Colecistectomia. De acordo com os dados coletados foram alcançados um desvio padrão
(DP) de 30,892 e p= 0,0093. Conclusão: Conclui-se, portanto, que o nível da dor é mais acentuado no pós-
operatório de Laparotomia Exploratória em detrimento à Colecistectomia, isso foi constatado pela média 5
da intensidade a dor nos casos de pacientes submetido a Laparotomia. Com estes dados é possível perceber
a importância do acompanhamento pela equipe de saúde no pós-operatório com o constante
desenvolvimento de cuidados à nível interdisciplinar, sejam eles medicamentosos ou não, que visem o alívio
da dor principalmente em pacientes no pós-operatório de Laparotomia Exploratória.
CONHECIMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR POR
TL22
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autores: Thaisa Negreiros de Lima; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Adna Nascimento Souza;
Tayanne Querioz Porcínio; Lais Gomes Silva Guajajara; Maria Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thaisa Negreiros de Lima
Contato: day_beves@hotmail.com
Introdução O Transtorno Bipolar de Humor (TBH) é um distúrbio que, apesar da origem remota, ainda é
pouco discutido pela sociedade, e as discussões são ainda menos evidente quando a doença acomete
adolescente. Sendo a escola um local de vivencia do adolescente e tendo esta, o professor como sujeito
mediador do processo de ensino-aprendizagem, este além de acompanhar a formação intelectual dos
adolescentes precisa estar atento a dificuldades, que podem ser indicativos de problemas de cunho mental,
como o TBH. Objetivos: Analisar o conhecimento dos professores de Ensino Fundamental de um município
do Maranhão acerca do transtorno bipolar na adolescência. Métodos: Estudo descritivo com abordagem
quantitativa realizado em escolas da rede municipal de Imperatriz-MA. A amostra foi composta por 80
professores. Os critérios de inclusão foram: ser professor de 6º ao 9º ano, atuar cotidianamente com
adolescentes. Os critérios de exclusão foram: professores que não completaram os questionários. Foi
aplicado um formulário semiestruturado durante a abordagem direta dos professores com questões
referentes ao conhecimento sobre o TBH e dados do participante. A pesquisa teve aprovação do Comitê de
Ética com o parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Os dados coletados foram tabulados no programa
Microsoft Excel® 2010 para análise estatística e confrontados com a literatura sobre a temática. Resultados:
O número de profissionais aptos a se comunicar usando a LIBRAS é reduzido, o que dificulta a comunicação
Dos professores pesquisados 72,50% possuem conhecimento superficial sobre o TBH. Sobre a gravidade do
TBH, 67,50% assinalaram que essa é uma patologia grave. Ques tionou-se se eles têm algum aluno com esse
tipo de transtorno, 48,75% responderam não saber, 33,75% disseram não e somente 17,50% afirmaram ter
aluno com TBH. Em relação aos sintomas do TBH, a maioria (61,25%) assinalou a agitação, inquietação física
e mental; também foram citados como sintomas dificuldade em focar atenção (60%) e inquietação ou
irritabilidade (60%). Conclusão: O conhecimento dos professores pesquisados acerca do transtorno bipolar
está muito aquém do ideal, evidenciando dessa forma uma necessidade de capacitação para desenvolver a
habilidade do professor em reconhecer e lidar com alunos com os primeiros sinais/sintomas de transtornos
mentais como TBH. Nesse sentido, o enfermeiro poderá elaborar instrumentos educativos para atuar na
escola ofertando treinamento sobre a saúde mental na adolescência ao professor, fortalecendo o vínculo
das escolas com a rede de atenção a saúde mental no município.
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) surge com uma proposta universal, equânime e integrada
frente a um modelo que há muito já estava fadado ao fracasso, um modelo desigual, verticalizado, de cunho
essencialmente curativo. Diante de tal perspectiva, o VER-SUS (Vivência e Estágios na Realidade do SUS)
configura-se como um dispositivo que permite aos participantes experimentarem os desafios da
concretização do SUS e de seus princípios no cotidiano dos serviços de saúde. Para isso, a
transdisciplinaridade se materializa com uma variável vital durante o processo, uma vez que se preocupa
com a interação entre as disciplinas, promovendo o diálogo e a ideia de interdependência entre os
diferentes profissionais. Relato de Experiência: A vivência foi realizada no período de 16 a 23 de Julho do
corrente ano, estando imersos 43 viventes e 07 facilitadores entre alunos e profissionais das mais diversas
áreas – Medicina, Psicologia, Enfermagem, Odontologia, Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social – fato
que possibilitou a compreensão acerca da essencialidade no que tange a existência de uma equipe
transdisciplinar no processo de promoção de saúde. Os participantes foram divididos em duas modalidades
de grupos, Núcleos de Base (NB) para momentos de discussão sobre temas como: humanização, aspectos
constitucionais sobre o SUS, casos clínicos; e os Grupos de Vivência (GV) para as visitas em loco. Ao longo
do período da imersão os viventes foram colocados frente ao funcionamento dos serviços de saúde em rede,
problematizando as várias dimensões d o processo saúde/doença, e principalmente, distanciando suas
formações da fragmentação do conhecimento em campos disciplinares cada vez mais restritos. Foi possível
conhecer a organização do sistema, suas políticas e programas, o que implicou no reconhecimento da
transdisciplinaridade enquanto ferramenta indispensável às múltiplas dimensões do cuidado.
Considerações Finais: O VER-SUS exerceu um papel fundamental para a construção dos viventes enquanto
agentes de transformação na realidade do Sistema Único de Saúde. As vivências nos serviços de saúde
possibilitaram um melhor entendimento sobre as atividades que competem a uma equipe transdisciplinar,
e a substancialidade de sua existência no processo de promoção de saúde, estabelecendo troca de
conhecimentos dentro das respectivas áreas. A partir disso, foi possível destacar que o SUS conta com vários
serviços interligados que promovem o cuidado integral ao paciente.
Introdução: A gravidez é uma experiência complexa com aspectos diferentes para cada mulher. Faz-se
necessária uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada, com ações que integrem todos os
níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido. Objetivos:
Avaliar a satisfação das gestantes assistidas pelo pré-natal em uma UBS de São Luís-MA. Métodos: Estudo
descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde
Djalma Marques, referência para o atendimento de gestantes de baixo risco no bairro Matões-Turu, em São
Luís-MA. Participaram do estudo 17 gestantes, entre 18 e 38 anos. O desenvolvimento do estudo ocorreu
conforme as normas da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (MS) e o
projeto de pesquisa já foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade
Ceuma com o número CAAE 41820815.9.0000.5084. Resultados: Quando questionadas acerca do
acolhimento na assistência pré-natal, a maioria das gestantes relataram que se sentem acolhidas na Unidade
de Saúde. Foi possível detectar que esta satisfação descrita pelas gestantes foi obtida por meio de
percepções gerais, levando em consideração tanto a forma como o atendimento é realizado, as
comodidades oferecidas por uma Unidade próxima as suas residências e avaliando os aspectos positivos e
negativos. Quanto à humanização dos profissionais envolvidos no atendimento pré-natal, compreendendo
nesta modalidade todos os profissionais que possuem contato com a gestante e que estão inseridos no
atendimento à necessidade da gestante, pode-se perceber que a maioria das gestantes entrevistadas
sentiram-se ouvidas pelos profissionais, tiveram a percepção que os profissionais dispenderam atenção as
suas queixas e dúvidas. Em relação às dificuldades enfrentadas pelas gestantes e os aspectos que gostariam
que fossem aperfeiçoados, a maioria enfatizou a falta de estrutura e materiais da unidade básica de saúde,
bem como a falta de medicamento na farmácia. Conclusão: Identificou-se que o papel do usuário como
protagonista do sistema de saúde tem impacto direto na melhoria da relação entre ele e o serviço.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO
TL25
HIDROALCOÓLICO DE PERSEA AMERICANA MILL
Autores: Lilaléa Gonçalves França; Emerson Luzas Frazão Sousa; Abner de Oliveira Freire; Vitor Fernandes
Rios; João Batista Santos Garcia; Maria do Socorro de Sousa Cartágenes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Vitor Fernandes Rios
Contato: vitorriosjudo@hotmail.com
Introdução: A evolução da espécie humana sempre esteve associada ao uso e/ou interesse pelo
desenvolvimento de fármacos a partir de produtos naturais, o que ressalta a importância do conhecimento
tradicional para a evolução do conhecimento científico, particularmente os estudos químicos e
farmacológicos, que investigam cada vez mais a eficácia de bioprodutos, principalmente aqueles
empregados na medicina popular com finalidades terapêuticas. A tradição popular e a vontade de obter
alívio para o sofrimento apresentam atualmente um espaço significativo na sociedade, seja pela
automedicação ou pel a indicação medicamentosa credenciada. A espécie vegetal Persea americana
(abacateiro) apresenta indicação de uso popular como regulador hormonal, antifúngico, antinflamatório e
antioxidante, conferindo a mesma um potencial terapêutico. Objetivos: Avaliar a atividade antinociceptiva
do extrato hidroacoólico de Persea americana (EHPA) utilizando o método de contorções abdominais
induzidas por ácido acético. Métodos: O extrato foi obtido por maceração (1:3) utilizando folhas da espécie
pulverizadas e etanol a 70% como solvente. Após jejum de 4 horas, os animais foram divididos
randomicamente em seis grupos e tratados por via oral com EHPA (1, 5 ou 29.4 mg/Kg) ou com o veículo
(salina). Decorridos 30 minutos, todos os animais foram induzidos com ácido acético 0,8% (0,1ml/10g de
peso; via intraperitoneal). A manifestação da dor foi caracterizada por contorções abdominais dos animais
seguidas de torções do tronco e extensão dos membros posteriores, durante 20 minutos, dividindo esse
intervalo de tempo em quatro momentos de 5 minutos de observação. Os resultados foram expressos em
números de contorções realizadas. Resultados: No decorrer da avaliação, o EHPA na dose de 1 mg/Kg foi o
que obteve melhores resultados na diminuição do número de contorções abdominais e, portanto, maior
potência analgésica. As doses de 5 e 29.4 mg/Kg geraram ações analgésicas menos eficazes. Conclusão: O
EHPA reduziu os sinais dolorosos em camundongos induzidos com ácido acético.
Introdução e Objetivos: O propósito deste estudo foi avaliar a postura dos escolares da rede de ensino
pública e privada da cidade de São Luís-MA. Métodos: Foram selecionadas de forma aleatória, de 29 escolas,
862 alunos com média de idade de 13,2 anos e estatura 154,90 cm. O registro fotográfico foi realizado na
vista posterior e perfil. As imagens obtidas foram digitalizadas e quantificadas através do software
Alcimagem versão 2.1 ®, aplicando os princípios da fotogrametria computadorizada. A tabulação dos dados
e a análise estatística foram realizadas através do programa BIOESTAT 3.0. Resultados: Observou-se uma
prevalência geral de 16,24 % das alterações posturais distribuídas da seguinte maneira: 4,2% apresentaram
alteração do ângulo de linha espondiléia (ÂLE), 4,5% do ângulo de desnível de ombros (ÂDO), 5,1% do ângulo
de cifose (ÂCI) e 4,2 % do ângulo de lordose (ÂLO). Conclusão: Desta forma, ressalta-se a importância da
realização de avaliações posturais periódicas no âmbito escolar, com o intuito de prevenir alterações
posturais que possam comprometer futuramente sua qualidade de vida.
ESTRATÉGIA PARA LIDAR COM O ALUNO ACOMETIDO DE
TL27 DOENÇA MENTAL POR PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Autores: Lourival Vitor de Sousa; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Thaisa Negreiros de Melo; Priscilla
Ingrid de Sousa Ferreira; Antoninho Barros Milhomem; Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Lourival Vitor de Sousa
Contato: lourivitor@gmail.com
Introdução: Estudos preveem até o fim da década, uma incidência de 50% de transtornos de ordem mental
na população mundial em todas as faixas etárias e estudos epidemiológicos brasileiros tem revelado
prevalência de desordens psiquiátricas de 10% a 20%, no grupo etário entre 05 e 14 anos. A escola é o local
onde crianças e adolescentes passam boa parte do seu dia, constituindo-se um lugar privilegiado para a
observação, discussão e desenvolvimento de estratégias que permitam adequação e efetivação da
aprendizagem, destacando o professor como protagonista na identificação precoce de sinais e sintomas e
mediador de possíveis tratamentos. Objetivos: Identificar estratégias de professores para lidar com o aluno
acometido de doença mental. Métodos: Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Participaram da
amostra 54 professores que atuam no ensino fundamental do 6º ao 9º ano de escolas da rede municipal de
Imperatriz - MA. A coleta de dados ocorreu em abril de 2015 por meio de um questionário semiestruturado
contendo perguntas objetivas e abertas sobre estratégias de professores frente à doença mental, além de
dados do participante. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel®, versão 2010, de modo a
permitir uma melhor visualização dos dados e apresentados em tabela, em frequência e percentual. A
pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética sob parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Resultados:
uando interrogados 32,5% dos professores responderam conduzir à direção e/ou coordenação pedagógica,
16,25% responderam usar como estratégia encaminhar ao psicólogo ou serviço especializado, 7,5%
assinalaram conversar com os pais ou responsáveis e 11,25% não responderam. Sendo possível perceber
que uma quantidade relevante de professores não fica inerte frente a casos de transtornos mentais, uma
vez que estudos apontam o papel essencial da escola em conhecer e avaliar o potencial e as possibilidades
de efetivação da aprendizagem formal quando houver a presença de transtornos psiquiátricos. Conclusão:
Logo, é possível perceber uma relevante participação dos professores diante da percepção e tomada de
decisão de estratégias para lidar com alunos acometidos de transtornos mentais, corroborando para
efetivação do aprendizado e permanência do aluno no ambiente escolar. Ambiente este onde o enfermeiro
pode oferecer apoio educativo em saúde e norteador, facilitando assim a melhor decisão estratégica e
interligando a escola com a rede de atenção à saúde mental.
Introdução: Na busca de primar pela segurança, redução de danos e satisfação dos funcionários dentro do
ambiente de trabalho, foi observado um conjunto de ações como vigilância sanitária, epidemiológica,
promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador. Os riscos ocupacionais são entendidos como
uma ou mais situações no procedimento de trabalho com potencial necessário a originar danos, acabando
com o equilíbrio mental, físico e social dos profissionais. Relato de Experiência: Este relato ocorreu da
observação em uma unidade básica de saúde, no período de 2 meses no ano de 2 014 com os profissionais
da enfermagem, em diversos setores desta unidade. Tais como: ambulatório de enfermagem, sala de vacina,
curativo, pesagem e farmácia, onde estes exerciam papeis fundamentais na assistência e que estão
constantemente expostos aos riscos ocupacionais (físicos, químicos e biológicos) em seu ambiente laboral.
Observou-se ainda que, à medida que o risco biológico em relação à equipe de enfermagem aumenta, torna-
se bastante preocupante, devido à alta exposição a fluidos corpóreos em grande quantidade, além da
dificuldade em manusear e descartar os materiais perfurocortantes. Um outro agravante encontrado em
relação aos riscos químicos, é que mais da metade dos profissionais não sabem reconhecer os mesmos e
também houve uma resistência ao uso de equipamento de proteção individual, bem como, tendo uma
carência de distribuição desse material pela instituição. As Unidades Básicas de Saúde geralmente se
encontram em locais menos favorecidos e distantes, circunstância que beneficia a exposição mediante a
violência oriunda do local. Considerações finais: Dirigir um olhar diferenciado ao profissional da
enfermagem, através da prática de educação continuada por parte da instituição, tanto para manter os
profissionais atualizados como para conhecimento dos mesmos quanto aos riscos ocupacionais que são
submetidos e do seu autocuidado.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de disfunções associadas aos
fatores de risco de doenças cardiovasculares, promovido principalmente por intolerância à glicose e
deposição de gordura no fígado e em tecido muscular, ocasionando resistência à insulina. Alguns compostos
exógenos com atividade glicocorticoide como a prednisona são amplamente utilizados na prática clínica
devido aos seus efeitos anti-inflamatórios, antialérgicos e imunossupressores. Porém, quando
administrados em excesso ou por longos períodos podem causar vários efeitos adversos como intole rância
à glicose, RI, hiperglicemia e dislipidemia, atuando principalmente, nos tecidos muscular e hepático. A
espécie J. decurrens Cham., (Bignoniaceae), é frequente no Estado do Maranhão. É usada popularmente, no
tratamento de inflamações e infecções, diabetes, hiperlipidemia e problemas reumáticos. Objetivos:
Analisar os efeitos metabólicos de uma formulação farmacêutica via oral, contendo o extrato hidroalcoólico
de J. decurrens CHAM. e seus efeitos acerca de parâmetros metabólicos, em ratos com síndrome metabólica
induzidos por prednisona. Métodos: Foi preparada uma formulação oral à base do extrato hidroalcoólico de
J. decurrens para estudar seus efeitos sobre a síndrome metabólica induzida por glicocorticoide em ratos.
As alterações metabólicas foram induzidas diariamente por uma solução de prednisona 80mg/kg, via oral,
durante 30 dias e foram avaliadas por monitoramento do peso corporal e consumo de ração, análises
bioquímicas e cálculos dos índices cardiometabólicos (Índice de Castelli I e II e a razão TG/cHDL). Este
trabalho encontra-se aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFMA, registrado sob
o nº do protocolo 23115.012396/2011-15. Resultados: A formulação oral obtida com o extrato
hidroalcoólico de J. decurrens CHAM. foi capaz de melhorar a eficiência alimentar dos animais tratados nas
diferentes doses; evitou alterações nos valores da glicemia, dislipidemia secundária e não causa efeitos
tóxicos nas funções hepáticas e renais. Além disso, promoveu uma redução dos riscos aterogênicos e a
possibilidade de doença cardiovascular, associada à resistência à insulina. Conclusão: Acreditamos que esta
formulação possa ter potencial terapêutico em patologias cujo tratamento exige uso relativamente
prolongado de GC em altas doses, e que também possa contribuir para o tratamento da Síndrome
metabólica e do Diabetes mellitus tipo 2.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE ENTRE CASOS
TL30 NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE CAXIAS, ESTADO DO
MARANHÃO, BRASIL
Autores: Dyego Mondego Moraes; Luciano André Assunção Barros; Bento Berilo Lima Rodrigues Segundo;
Rôlmerson Robson Filho .
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): : Dyego Mondego Moraes
Contato: dyego014@hotmail.com
Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada por um bacilo, o Mycobacterium
tuberculosis. No mundo, é a quarta entre as causas de morte por doenças infecciosas, sendo que o Brasil é
o 19o entre os 22 países mais afetados por essa enfermidade preocupando assim as autoridades sanitárias
até os dias de hoje. O presente estudo descreve o perfil clínico e epidemiológico da doença entre casos
notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, Estado do Maranhão, no período de janeiro de 2012
a dezembro de 2014. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da tuberculose e avaliar o programa de
controle da tuberculose do município de Caxias. Resultados: Verificou-se predomínio da doença em pessoas
do sexo masculino (62,37%), na faixa etária de 35 a 49 anos (29,03%), analfabetos (23,66%) e pardos
(67,74%). A incidência média foi de 38,95 casos por 100.000 habitantes por ano, respectivamente, nos anos
de 2012 à 2014. Com relação aos aspectos clínicos, 93,55% dos doentes apresentaram tuberculose
pulmonar. De todos os casos, a baciloscopia foi realizada em 89,25%; destes, 69,89% apresentaram
resultado positivo. Também foi realizada a radiografia de tórax em 80,65%, sendo que destes, 94% foram
considerados suspeitos. Quanto à evolução dos casos, 75,27% foram curados, ocorreram nove casos de
óbito por tuberculose (4,84%) e cinco casos de abandono (2,59%) do Programa de Controle de Tuberculose
(PCT) do município. Ao se confrontar os dados obtidos no estudo com os parâmetros estaduais, percebe-se
que a incidência caxiense é cerca de 38% maior que a taxa estadual (28,08/100.000 hab), apesar de ser bem
próxima da média nacional. Essa discrepância ,entretanto, pode ser fruto da subnotificação em outros
municípios. Quando se avalia a taxa de mortalidade caxiense, maranhense e brasileira, não há alteração
significativa entre tais valores. De acordo com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a taxa de
cura está inferior à recomendada e a baciloscopia é realizada em ritmo inferior ao sugerido pelo Programa,
podendo contribuir para o baixo percentual de cura. Conclusão: O estudo realizado revelou, quanto à
Tuberculose no município de Caxias: maior prevalência em homens, adultos, pardos, de menor escolaridade
e com Tuberculose pulmonar. Além disso, o Programa de Controle da Tuberculose de Caxias não conseguiu
atingir as metas propostas pelo Ministério da Saúde, provando assim a necessidade de melhora por parte
dos serviços de saúde municipais.
Introdução: O estômago é um órgão muscular, oco, localizado no trato gastrointestinal superior que
consiste em secretar o suco gástrico, que contém ácido clorídrico, é necessário que a mucosa gástrica esteja
íntegra para realizar seu papel protetor do tecido gástrico. No entanto, fatores como má alimentação, uso
indiscriminado de medicamentos e a infecção por Helicobacter pylori levam a lesão e inflamação da mucosa
gástrica, e assim o surgimento de sintomas dispépticos e desenvolvimento de afecções gástricas graves, que
elevam a morbidade e mortalidade da população acometida. Diante d isso, faz-se necessário a elaboração
de medidas estratégicas com intuito de reduzir as doenças gástricas, como as práticas de educação em
saúde. Relato de Experiência: O presente estudo foi realizado com pacientes submetidos à Endoscopia
Digestiva Alta, em uma sala de espera do Serviço de Endoscopia de um hospital público de Imperatriz - MA,
no período de junho de 2015. A ação foi dividida em etapas. A primeira consistiu em uma breve
apresentação das discentes e das temáticas a serem abordadas ao longo da educação em saúde. Na segunda
etapa foi proposto que os participantes relatassem suas experiências, favorecendo um ambiente mais
propício a um diálogo. A terceira etapa foi desenvolvida para que expressassem suas dúvidas e anseios sobre
as temáticas. A quarta etapa constituiu-se de orientações e esclarecimento na qual foram abordados:
recomendações para o pré-intra-pós exame; elucidada todas as etapas do procedimento endoscópico;
enfatizada qual a importância do exame e quais morbidades o mesmo pode identificar; a importância da
adesão à terapêutica farmacológica para as afecções gástricas e orientação sobre hábitos alimentares. Na
última etapa foram realizadas perguntas sobre os temas abordados, como forma de avaliar o conhecimento
adquirido pelos usuários. Esta análise permitiu constatar que a experiência da prática de educação em saúde
obteve aceitação satisfatória dos pacientes, em virtude de não terem dificuldade de expor suas dúvidas
diante de outras pessoas. Considerações finais: Espera-se que os acadêmicos e a equipe de saúde possam
por meio de ações criativas e motivadoras fortalecerem as ações de educação em saúde, a fim de
proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes dispépticos, prevenindo complicações como as
neoplasias gástricas e contribuindo de forma efetiva para a diminuição das morbidades gástrica.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE O HELICOBACTER PYLORI
TL33 VOLTADA À USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DE
IMPERATRIZ-MA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Lucykele Ferraz Gonçalves; Antoninho Barros Milhomem; Mayra Fernanda Ferreira Costa Silva;
Kembory Gonçalves dos Santos; Jeane da Silva Almeida; Maria Aparecida Alves de Oliveira
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Lucykele Ferraz Gonçalves
Contato: lucykele2.0@outlook.com
Introdução: O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria gram-negativa cujo mecanismo patogênico
permitiu sua adaptabilidade ao ambiente ácido do estômago, sendo que este consiste na produção de
enzimas como a urease que reage com ácido clorídrico produzindo amônia e elevando o pH estomacal
permitindo que a bactéria se torne resistente e colonize o epitélio gástrico. Epidemiologicamente, a infecção
por H. pylori prevalece na área urbana e acomete mais de 50% da população mundial. Diante disso,
evidenciou-se a relevância da educação em saúde como forma de disseminar conhecimento sobre a
bactéria, sua transmissão e as doenças desencadeados pela mesma permitindo, dessa forma, a prevenção
de novos casos de infecção e consequentes agravos. Em virtude do abordado, o trabalho objetiva relatar
ações de educação em saúde sobre o H. pylori realizadas por acadêmicos de enfermagem com usuários de
um Serviço de Endoscopia Digestiva Alta (EDA) de Imperatriz-MA, no período de maio a junho de 2015.
Relato de Experiência: A educação em saúde se deu a partir da necessidade de esclarecimentos sobre o H.
pylori, tendo em vista o desconhecimento do público sobre a temática, o que foi passível de observação
através das atividades do projeto de pesquisa da Universidade Federal do Maranhão intitulado “Estudo
Clínico e Epidemiológico do Helicobacter pylori e sua Associação com as Afecções Gástricas em Imperatriz-
MA. Inicialmente foram apresentados os acadêmicos e o tema a ser abordado. Em seguida foram elucidadas
as características desse micro- organismo e suas formas de transmissão. Posteriormente, enfatizou-se as
doenças gástricas associadas à bactéria, como gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico. Conseguinte,
ressaltou-se a prevenção: higiene adequada das mãos e dos alimentos, ingestão de água filtrada. Além de
como proceder frente à detecção do H. pylori através da EDA, esclarecendo aos pacientes quando é
recomendado fazer a erradicação da bactéria e importância da adesão ao tratamento. Por fim, abriu-se um
espaço para levantamento de possíveis dúvidas e/ou exposição de experiências sobre o tema..
Considerações finais: Diante do vivenciado, notou-se a relevância da educação em saúde como forma de
promover o indivíduo como protagonista do autocuidado o que possibilita um vínculo do profissional de
saúde com seu cliente, tornando a prestação de assistência holística e humanizada. Além de aproximar os
acadêmicos de enfermagem das necessidades reais dos usuários do serviço.
Introdução: Feocromocitomas são tumores originários das células cromafins da glândula adrenal,
caracterizada pela autonomia na produção de catecolaminas. Representam uma causa incomum de
hipertensão arterial; porém seu diagnóstico deve ser considerado nos pacientes que apresentem
hipertensão intermitente, resistente, assim como sintomas ou sinais sugestivos. A tríade clássica do
feocromocitoma, associado à hipertensão arterial, é composta por cefaléia, sudorese profusa e palpitações.
O tratamento recomendado é a dissecação da glândula adrenal por procedimento cirúrgico, seja aberto ou
por laparascopia. Relato de Caso:: J.S.A, homem , 26 anos, natural da zona urbana de Teresina, PI. Foi
admitido em um Hospital Público de Teresina com queixa de quadro de paroxismos de sudorese,
taquicardia, calafrio, palpitação, cefaléia e vômitos há seis meses. Os episódios de paroxismos ocorriam
cerca de duas a três vezes por dia, com duração aproximada de 20 minutos, de início súbito, segundo o
paciente.. Ao exame físico apresentou taquicardia (140 bpm) e pressão arterial elevada (184 × 114 mmHg)
e alegou episódios semelhantes nos últimos 2 meses. Após manejo da crise hipertensiva o paciente foi
encaminhado para investigação ambulatorial. Em função da baixa faixa etária, a hipótese de
feocromocitoma foi considerada. Após exame de urina e sangue, foi realizado o exame de imagem e
confirmada suspeita de tumor adrenal secretor de adrenérgicos. Com o diagnóstico de feocromocitoma e já
fazendo uso do preparo medicamentoso adequado (bloqueadores alfa-adrenérgicos para o controle dos
paroxismos) por um período superior a 30 dias, foi realizado procedimento cirúrgico videolaparoscópico, no
qual efetuou-se adrenalectomia esquerda. Evoluiu sem intercorrências no pós-operatório e recebeu alta
hospitalar em bom estado geral, assintomático, com níveis glicêmicos controlados apenas com dieta para di
abético e níveis pressórios estáveis. Considerações finais: O tratamento cirúrgico é a conduta terapêutica
definitiva. A adrenalectomia videolaparoscópica é um método seguro e eficaz oferecendo os benefícios da
cirurgia minimamente invasiva. Estes benefícios incluem tempo cirúrgico aceitável, rápida recuperação pós-
operatória e alta precoce. Comparada com a cirurgia aberta, está associada a menor sangramento intra-
operatório, menor uso de analgésicos no pós-operatório, com tempo operatório semelhante ou até menor.
Introdução: O autismo ocupa o terceiro lugar, dentre os distúrbios de desenvolvimento infantil e sua
prevalência vem crescendo de forma significativa. Este transtorno global é caracterizado de alta
complexidade por envolver uma variabilidade de comprometimento no desenvolvimento motor, linguístico,
social e cognitivo da criança. Apesar de décadas de pesquisas e investigações, a etiologia do autismo ainda
permanece indefinida. Para auxiliar na identificação de crianças com autismo vem sendo validada no Brasil
a Escala de Classificação de Autismo na Infância (CARS), um dos instrumentos mais utilizado na avaliação de
criança autista, pois permite a classificação do autismo leve, moderado e grave. O enfermeiro deve estar
capacitado para a detecção precoce dos sinais do autismo, e o uso desta escala possibilitará isto. Relato de
experiência: O projeto que resultou na redação deste relato foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal do Maranhão – UFMA sob o número do parecer 1.073.622, acontecido no período
de dezembro de 2013 a junho de 2014 no Centro de Atenção Psicossocial Infantil Juvenil (CAPSij) do
município de Imperatriz – MA. A partir de então por meio de diário de pesquisa, consulta à ficha de triagem,
observação estruturada (pesquisador participante), participação nas atividades clínicas, conversas com os
profissionais, percebeu-se que o papel do enfermeiro no CAPSij, frente à criança autista, está direcionado
apenas para a implementação das terapêuticas do cuidado determinado pelo psicólogo. As enferm eiras
ficavam restritas ao preenchimento dos pequenos espaços das fichas de triagem e não utilizavam outro
instrumento para avaliação e levantamento de diagnósticos de enfermagem. Desse modo buscou-se
orientá-las quanto ao uso da CARS como forma de incentivo à educação continuada e aperfeiçoamento da
avaliação clínica da criança. Considerações finais: A inserção de uma escala para possibilitar a identificação
das características do autismo, na rotina de trabalho dessas profissionais, foi fundamental para estabelecer
maior participação destas no diagnóstico e planejamento terapêutico para cada criança. A ideia norteadora
deste estudo foi a de que ele possa contribuir para aumentar discussões e reflexões sobre as atribuições do
enfermeiro diante da assistência à criança autista, se de fato este profissional está contribuindo para
melhoria da saúde no âmbito psicossocial.
PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE SINTOMAS DO
TL36
TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR EM ADOLESCENTES
Autores: Thaisa Negreiros de Melo; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Adna Nascimento Souza;
Tayanne Queiroz Porcínio; Laís Gomes Silva Guajajara; Maria Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thaisa Negreiros de Melo
Contato: thaisanegreiros@hotmail.com
Introdução: Estudos têm apontado à possibilidade do surgimento do Transtorno Bipolar de Humor (TBH)
em qualquer pessoa a partir da adolescência, evidenciando uma maior incidência nessa faixa etária. Assim,
considerando que a escola é um cenário rico para acompanhar o desenvolvimento psicossocial do
adolescente e o professor o principal agente de observação, o conhecimento sobre essa temática torna-se
importante para estabelecer o diálogo sobre o TBH na adolescência no âmbito escolar. Objetivos Identificar
a visão de professores sobre os sintomas de TBH em adolescentes. Métodos: Estudo descritivo de
abordagem quantitativa, incluindo 80 professores que atuam no ensino fundamental do 6º ao 9º ano de
escolas da rede municipal de Imperatriz-MA. Os dados foram coletados em abril de 2015 por meio de um
questionário semiestruturado contendo perguntas objetivas e subjetivas sobre TBH e estratégias frente ao
TBH, além de dados do participante. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel®, versão 2010,
de modo a permitir uma melhor visualização e apresentados na forma de tabela em frequência. A pesquisa
teve aprovação do Comitê de Ética sob parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Resultados Dos
participantes pesquisados sobre os sintomas característicos do TBH, 57,5% assinalaram sentir-se ou estar
agitado demais ou excessivamente devagar e 56,25% responderam humor excessivamente animado,
exaltado, eufórico, alegria exagerada, sendo que a maioria (58,75%) assinalou a alternativa de contradições
nas manifestações de conduta repetidamente e alternativamente como características do TBH na
adolescência sendo preocupante, haja vista essa característica estar incluída na síndrome da adolescência
normal proposta por Knobell. Quanto à estratégia para lidar com aluno portador de TBH, 36,25%
responderam maior compreensão, paciência, e/ou trabalho individualizado, por outro lado somando os que
não responderam, não sabem como agir, não utilizam nenhuma estratégia diferenciada tem-se um total de
40%. Conclusão: Evidenciou-se dessa forma uma necessidade da realização de ações educativas que
capacite o professor a enxergar os alunos de forma holística, tendo a percepção de diferenciar as atitudes e
comportamentos esperados para à adolescência do comportamento patológico, adotando assim medidas
cabíveis. Pretendendo-se por meio deste estudo colaborar para o aumento da discussão sobre TBH na
adolescência, no sentido de facilitar e despertar a compreensão sobre a doença.
Introdução: O VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde) caracteriza-se por
um estágio de imersão com o objetivo de que você conheça o Sistema de Saúde Brasileiro, através de
diversos encontros na rede local/regional. Além disso permite que você possa trocar experiências com os
atores da rede, com integrantes de movimentos sociais e estudantes (graduação, residentes, ensino técnico
em saúde), contribuindo com a Educação Permanente de todas (os) envolvidos. Por ter um caráter de
imersão, no VER-SUS convive-se com um grupo de pessoas, por um breve/intenso período d e tempo (7 a
15 dias), compartilhando experiências e convívio coletivo durante todo o tempo. Relato de experiência: O
presente relato de experiência constitui-se como estudo comparativo, realizado no período de 16 a 23 de
Julho de 2015 no Projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS). Utilizou-
se um questionário estruturado (em quatro domínios, sendo eles: “Princípios Doutrinários”, “Princípios
Estruturais”, “Funcionamento do SUS” e, “Conhecimentos Gerais sobre o SUS”), que foi aplicado no período
inicial e final da vivência, composto por 20 questões avaliativas sobre os conhecimentos gerais do SUS. Em
relação à aquisição de conhecimentos básicos, para uma atuação eficaz no Sistema, houve uma alteração
significativa (0,53 - 0,8) enquanto ao processo de aprendizagem no Projeto. Quanto ao conceito de equidade
(0,30 – 0,425) assimilaram corretamente. Na questão sobre a “Participação Social” notou-se maior
compreensão (0,35 - 0,575) do protagonismo dos usuários em Conselhos e Conferências de Saúde.
Observou-se dificuldade quanto aos critérios para os recursos financeiros (0,40 - 0,325), e maior
aprendizagem quanto aos objetivos e atribuições do SUS (0,45 – 0,60). No que tange aos conhecimentos
sobre a Lei 8.080 os viventes apresentaram maior entendimento (0,50 – 0,825) no decorrer do projeto, e
baixa compreensão quanto à criação do SUS (0,45 – 0,30), em contrapartida ampliaram o repertório quanto
a peculiaridade do termo “único” para o SUS (0,50 – 0,575). Considerações finais: Compreende-se que os
viventes do programa demonstraram preparo quanto à sua futura atuação profissional de forma eficaz no
SUS, e maior compreensão quanto ao domínio “Funcionamento do SUS”, podendo ser atentado os
processos de discussão e reflexão teórico-práticas desenvolvidas no Projeto. Consideram-se, criação e
financiamento do Sistema, como fatores preponderantes para exploração nas demais vivências e, o
incentivo à (re)construção de conceitos, como mecanismos essenciais para aprendizagem no VER-SUS.
Introdução: A correlação entre fecundidade e renda é bastante discutida. De maneira geral, famílias com
níveis de renda mais elevados têm menos filhos do que as famílias de baixa renda. Porém essa realidade
vem sendo modificada e a taxa de fecundidade vem caindo, independentemente do nível socioeconômico
ocupado, em todos os Estados brasileiros. Objetivos: analisar a relação entre a renda familiar e a quantidade
de filhos em gestantes assistidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Djalma Marques em São Luís -
Maranhão. Métodos: estudo descritivo, retrospectivo, mediante revisão de literatura e análise dos dados
dos questionários aplicados com as gestantes no período de setembro de 2013 a setembro de 2014. Para a
coleta de dados foi utilizado um questionário formulado pelos preceptores do Pet – Saúde Redes e aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma (parecer nº. 743094). Resultados: das 48
gestantes estudadas, 29 (60,41%) possuíam outros filhos. Com relação à renda, famílias que recebiam até
um salário mínimo e famílias com renda entre dois a quatro salários, tinham entre um e três filhos, sendo a
média de apenas um filho por família. Conclusão: a diminuição na quantidade de filhos por família à medida
que o país vai se urbanizando e a população vai tendo acesso às políticas públicas de educação e saúde,
conscientizando-a quanto a importância do planejamento familiar.
Introdução: Incentivada no Brasil desde 1940, a doação voluntária de sangue é espontânea quando
motivada para manter o estoque de sangue sem relação com o receptor, e de reposição quando advinda
para atender à necessidade de um paciente repondo o estoque. Entretanto, a dificuldade dos hemocentros
em manter o estoque de sangue para atender às necessidades ainda perdura, já que não há um substituto
para todo o tecido sanguíneo. Isso inclui desvincular-se de antigos moldes, em que o doador só é convidado
a doar quando algum familiar precisar de transfusão. Objetivos: Discutir o papel da educação em saúde para
sensibilizar o voluntariado; Analisar a quantidade de doações de reposição e espontânea no período de
2013-2014. Métodos: A presente pesquisa utilizou como metodologia a pesquisa documental, que foi
realizada no Hemonúcleo de Imperatriz-MA, e teve como base o banco de dados referente aos doadores
dos anos de 2013 e 2014. As informações coletadas referem-se aos tipos de doadores encontrados:
espontâneo (primeira vez e esporádico) e reposição. Posteriormente, os dados foram tabulados e analisados
para permitir uma comparação entre os tipos doadores, bem como a relação com a média nacional e com
a literatura, interligando à necessidade de incentivo a doações. Resultados: Em 2014, a população brasileira
doadora era 1,8% (BRASIL, 2014), enquanto o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (2013) seria
de 3% a 5% para manter os estoques regulares. Em 2013, o total de doadores imperatrizenses era 13303, e
em 2014, 13510; um acréscimo de força inexpressiva de 1,5%. Desse somatório, 48% são doadores de
reposição em 2013 e 45% em 2014, e no Brasil, em 2012, era de 35,5%. Além da importância de ampliar o
número de doadores espontâneos, os dados apontam para a necessidade de sensibilizar o dador de
reposição para se tornar um doador espontâneo. A Educação em Saúde é imprescindível para atrair o
voluntariado, especialmente com programas que objetivem alertar quanto à importância da doação
voluntária, assegurando a ascensão do padrão de qualidade da coleta à transfusão. Conclusão: É
fundamental a dedicação no rompimento com as dificuldades para o aumento do voluntariado capaz de
solidificar um trabalho com maior excelência, exercendo a cidadania, conquistando adesão e fidelização de
doadores e promovendo um vínculo entre doador e serviço.
Pôsteres
POTENCIAL ANTINFLAMATÓRIO E ANTINOCICEPTIVO DE
P01
JACARANDA DECURRENS CHAM. EM ROEDORES
Autores: Mariana Barreto Serra; Thaciane Pinho Sodré; Neemias Neves; Gustavo Araújo da Conceição;
Iracelle Carvalho Abreu; Antonio Carlos Romão Borges.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Gustavo Araújo da Conceição
Contato: maribserra@hotmail.com
Introdução: A dor neuropática ocorre como por lesão ou por doenças que afetam o sistema
somatossensitivo. Seus mecanismos revelam a sensibilização central ou periférica de receptores, redução
dos limiares dos potenciais de açãO e liberação de neurotransmissores excitatórios. A espécie Borreria
verticillata (L.) G. Mey é conhecida como vassourinha de botão, sendo utilizado para reumatismos,
infecções, antipirético e analgésico. Objetivos: Avaliar os efeitos de Borreria verticillata sobre a nocicepção
em modelo de dor neuropática. Métodos: oram utilizadas folhas secas de Borreria verticilla ta, maceradas
com álcool etílico 70% durante 5 dias. Após isso, realizou-se filtração e concentração obtendo-se extrato
hidroalcóolico de Borreria verticillata (EHBV).Para indução da dor neuropática foi realizada constricção do
nervo ciático, através de amarradura em quatro regiões em torno do nervo. Os animais (CEUMA n°05/13,
protocolo 23115.0060401/2013-04) foram divididos em três grupos: constricção (GCT), salina (GSC) e sham
(GS). Os GCTs foram tratados durante 10 dias por via oral com salina 0,1mL/Kg ou EHBV 100mg/Kg,
200mg/Kg e 500mg/Kg, os GSC e GS foram tratados com salina. Avaliou-se a hiperalgesia térmica pelo tail
flick e alodínia mecânica pelos filamentos de Von Frey, no dia 0 (basal), 1, 5 e 10 e após esse período foram
realizadas análises bioquímicas séricas do sangue periférico. Resultados: O EHBV apresentou taninos
condensados, terpenos/esteróides e alcalóides. O EHBV 500 mg/Kg aumentou o tempo de resposta a teste
térmico no 5ºdia em 130% quando comparado ao GSC. O EHBV 100 mg/Kg reduziu a alodínia mecânica em
39,3%, 34,2%, 40,2% e 27,6% em comparação aos GSC, GCT, GS e EHBV 200 mg/kg respectivamente no dia
10. O EHBV 200 no mesmo período de tempo aumentou em 42% a resposta ao teste em comparação ao
grupo GSC e 45,9% em comparação a GS. Ainda no mesmo período de tempo, a dose EHBV 500mg/Kg
reduziu o tempo de resposta ao teste em 42,4% em relação ao grupo GSC, 99,3% em relação ao GCT, 40%
em relação ao GS e em 60% em relação ao EHBV 200mg/Kg. O EHBV nas doses utilizadas, não produziu
alterações nas dosagens de AST, ALT, creatinina, uréia, glicose, colesterol total, HDL e triglicerídeos.
Entretanto, o EHBV 100 diminiu as concentrações da lipoproteína de alta densidade (HDL) em 41,1% quando
comparado ao GS). Conclusão: O tratamento com o EHBV diminui as respostas aos testes de sensibilidade
térmica e mecânica, sugerindo-se dessa forma um potencial analgésico.
Introdução: A toxicidade aguda é definida como os efeitos adversos de uma substância que acontecem após
administração de dose única ou múltiplas, dentro de 24 horas e a toxicidade crônica é definida pela
administração repetida para obtenção dos efeitos tóxicos. Morinda citrifolia L. (Noni) apresenta atividade
antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, antiangiogênica, imunomodulatória e antibacteriana.
Objetivos Avaliar a toxicidade aguda e crônica do extrato aquoso dos frutos de Morinda citrifolia. Métodos:
Os frutos da espécie Morinda citrifolia L. foram coletadas e catalogadas sob nº 1386 no Herbário Ático
Seabra, no Campus Bacanga- UFMA. Os frutos foram triturados em turbolizador com água por 10 minutos,
armazenado sob refrigeração por 24 horas, filtrado e concentrado. Foi realizada análise fitoquímica do
extrato aquoso de Morinda citrifolia (EAMC). Para os testes toxicológicos foram utilizados ratos (Comitê de
Ética da UEMA, parecer nº 01/09- CEEA) adultos machos, distribuídos em grupos de 6 animais cada. Para
toxicidade aguda os animais foram tratados por via oral (v.o.), com dose única de 1,0 g/Kg ou 2,0 g/Kg do
EAMC. O grupo controle recebeu NaCl 0,9 % (0,1mL/100g). Durante o período de 14 dias foram avaliados o
peso corporal, o consumo de ração e o comportamento dos animais de acordo com Malone (1997). Para
toxicidade crônica os animais foram tratados com 0,5g/Kg/dia via oral do EAMC durante 30 dias. O grupo
controle recebeu NaCl 0,9 % (0,1mL/100g). Durante esse período foram avaliados o peso corporal, o
consumo de ração e o comportamento dos animais. Posteriormente foi realizada coleta sanguínea para
análises bioquímicas. Resultados: Na análise fitoquímica do EAMC foram detectados fenóis, taninos,
saponinas, flavonas e cumarinas. A toxicidade aguda demonstrou que o EAMC, nas doses empregadas, não
alterou os parâmetros estimulantes ou depressores do sistema nervoso central, alterou a glicose, colesterol
total, HDL, triglicerídeos, uréia, proteínas totais e não causou mortalidade nos animais. A toxicidade crônica
demonstrou que a dose de 0,5g/Kg promoveu aumento de 17.63% na glicemia, 24.38% de proteínas totais,
78.82% uréia, 38.93% de AST quando comparados ao grupo controle). Conclusão: A avaliação da toxicidade
aguda demonstrou que o EAMC não apresenta efeitos toxicológicos, entretanto o tratamento crônico
aumentou a concentração dos parâmetros bioquímicos analisados, sugerindo-se estudos com doses e
tempo de tratamento maiores.
Introdução: O babaçu é uma árvore da família das palmaceas Arecaceae. O seu fruto é um coco composto
de quatro partes: epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa. Por ser rico em amido (50 a 60%), estuda-
se esse material na função de adjuvante farmacêutico. O potencial gelificante do amido já é conhecido e
essa característica tem melhorado a qualidade de vida de milhares de pacientes com problemas na
deglutição de alimentos líquidos. Objetivos: Sabendo-se do potencial biológico desta palmeira e da escassez
de estudos que comprovem sua eficiência na indústria de alimentos e medicamentos, este trabalho buscou
obter e caracterizar géis a base de amido do mesocarpo do coco babaçu, para utilizá-lo como espessante no
auxílio da alimentação de pacientes com disfagia. Este estudo visa ainda o desenvolvimento tecnológico
industrial deste material vegetal e a valorização das riquezas regionais. Métodos: Para a obtenção do amido
contido no mesocarpo do coco seguiu-se as etapas de peneiração, lavagem com água, metabissulfito de
sódio 5 g/L, hidróxido de sódio a 0,05 mol/L, álcool etílico e por fim seco em estufa. Para comparação dos
efeitos da purificação nas características do gel, quatro amostras foram analisadas: mesocarpo do babaçu,
sem tratamento, mesocarpo tamisado, amido de mesocarpo purificado e amido farmacêutico. Resultados:
Os resultados mostram que todos os géis formados apresentaram comportamento não newtoniano,
pseudoplástico. O pico de viscosidade do amido do mesocarpo foi de 1443,7 cP a 80,7 °C, muito superior ao
amido farmacêutic o que foi de 79,8 cP a 71,3 °C. o mesocarpo do coco babaçu é considerado um material
vegetal bastante promissor como excipiente na produção de medicamentos e/ou até mesmo como
ingrediente na indústria cosmética ou alimentícia, pois o mesmo apresentou características térmicas e de
gelificação semelhantes às de substâncias já amplamente utilizadas nessas indústrias: o amido e goma
xantana. Conclusão: Finalmente este trabalho amplia o conhecimento das características físico-químicas do
amido do mesocarpo do Babaçu e das suas microestruturais durante o cozimento, em combinação com as
propriedades de transformação dos componentes do amido. Mais testes devem ser realizados a fim de
comprovar seus benefícios fisiológicos na interação alimentar.
Introdução: A dor neuropática acomete cerca de 7-8% da população mundial e se caracteriza por sintomas
de alodínia e hiperlagesia. Borreria verticillata (L.) G. Mey. é amplamente utilizada no senso comum no
tratamento de diversas patologias e possui ação antiinflamatória e analgésica cientificamente comprovada.
Objetivos: No presente estudo, avaliou-se o efeito profilático do extrato hidroalcoolico de folhas da Borreria
verticillata (L.) G. Mey. (EHBv) por via oral, em modelo experimental de dor neuropática (DN) em ratos.
Métodos: O extrato foi obtido por maceração (1:3) utilizando folhas da espéci e pulverizadas e etanol a 70%
como solvente. Os animais dos grupos PEBv 200 e PEBv 500 foram tratados profilaticamente por via oral
com EHBv nas doses 200 mg/Kg e 500 mg/Kg, respectivamente, durante 15 dias. No mesmo período de
tempo os grupos SEM DN e DN SALINA receberam volume equivalente de NaCl 0.9%. No 16° dia induziu-se
DN nos grupos DN SALINA, PEBv 200 e PEBv 500 através do método de Bennet & Xie (1988), realizando
quatro amarraduras no nervo ciático da pata direita do animal.No grupo SEM DN não houve indução. Os
animais foram avaliados quanto aos sinais comportamentais de dor crônica nos dias 0 (antes do tratamento
profilático), 15 (último dia de tratamento profilático), 17 (primeiro dia após indução) e 21 (quinto dia após
indução) nos testes de alodínia mecânica (Von Frey), hiperalgesia térmica (Placa Quente) e deambulação
forçada (Rotarod test). Este trabalho está aprovado na Comissão Ética no uso de animais (05/13) sob o
protocolo 23115. 006040/2013-04. Resultados: A indução pelo método de quatro amarraduras causou dor
neuropática com os sinais clássicos de alodínia e hiperalgesia significativos. O tratamento profilático com o
EHBv (200 mg/Kg e 500 mg/Kg) aumentou o limiar de dor dos animais no primeiro dia após a indução de
DN, porém no quinto dia de avaliação clínica houve um decréscimo dos valores referentes a alodínia e
hiperlagesia. Conclusão: Conclui-se que o EHBv conferiu efeito protetor em modelo experimental de DN em
ratos, porém sem efeito residual.
Introdução: A flora vaginal normal é constituída por uma grande variedade de microorganismos, que se
modificam durante o processo fisiológico normal de amadurecimento da mulher. A ocorrência de
inflamações e/ou infecções vaginais constituem uma das principais causas de queixas em mulheres que
procuram clínicas ginecológicas, sendo que vaginose bacteriana, candidíases e tricomoníases representam
cerca de 90% das desordens de origem infecciosa do trato genital feminino. O uso do esfregaço cérvico-
vaginal corado pelo método Papanicolau, é um recurso empregado por sua praticidade, baixo custo e colhe
ita de rotina e é utilizado, principalmente, para pesquisa de câncer de colo uterino ou lesões precursoras de
neoplasia cervical, além do rastreio de agentes de DST's e observação de vaginose bacteriana ou
vulvovaginite. Objetivos: Objetivou-se analisar a prevalência de microrganismos relacionados a infecções
genitais em esfregaços cérvico-vaginais coletados de janeiro de 2009 a dezembro de 2012 no Núcleo de
Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) da Universidade Federal do Maranhão. Métodos: Foram analisados 845
exames citopatológicos de mulheres atendidas no Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) da
Universidade Federal do Maranhão entre janeiro de 2009 a dezembro de 2012. Os exames foram realizados
no NIBA pelo citologista e os dados obtidos a partir das fichas de prontuário. A análise estatística foi realizada
com auxílio do programa BioEstat 5.0. Esse projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética do
Hospital Universitário Presidente Dutra sob o parecer 001673/201140. Resultados: Entre janeiro de 2009 e
dezembro de 2012 foram realizados 845 exames citológicos de colo do útero. A prevalência total de agentes
microbiológicos foi de 38,3% (324/845). As prevalências de infecções por Gardnerella vaginalis, HPV,
Candida sp e Trichomonas vaginalis foram de, 23%(195/845), 10% (85/845), 3,67%(31/845) e 0,47%(4/845)
respectivamente. Conclusão: A prevalência de agentes microbiológicos nessa população é significativa. O
exame citológico é importante ferramenta de diagnóstico.
Introdução: O crescimento da população idosa representa um dos grandes desafios da Saúde Pública no
Brasil. Este grupo populacional se encontra mais propenso a apresentar um número maior de doenças, por
conta disso está exposto a um maior consumo de medicamentos e, consequentemente, aos riscos de sua
utilização excessiva. Além disso, as mudanças características do envelhecimento, que podem comprometer
a ação e a metabolização dos fármacos no organismo, somadas à falta de conhecimento a respeito da
eficácia e da segurança de muitos medicamentos para o organismo delicado dos idosos, aumentam a
probabilidade de ocorrência de intoxicações e efeitos adversos nessa faixa etária. Objetivos: Traçar o perfil
epidemiológico dos casos de intoxicações medicamentosas em idosos no estado do Maranhão, descrevendo
caracteres referentes aos pacientes notificados. Métodos: Estudo transversal baseado em todos os dados
(N =25) relacionados aos casos de intoxicações medicamentosas em idosos (a partir de 60 anos) do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de janeiro de 2009 a dezembro de 2014 notificados no
Maranhão. Dos casos registrados, foram coletadas características previamente selecionadas segundo sua
relevância na formação do perfil: município de notificação, sexo, faixa etária, raça, escolaridade, forma de
intoxicação e evolução. Posteriormente, esses dados foram exportados para o programa Microsoft Excel
versão 2010 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados: O espaço amostral total do
período analisado foi de 25 idosos. Destes 32% foram notificadas no município de Barra do Corda, sendo
68% do sexo feminino. A faixa etária com maior número de registros foi acima de 80 anos (36%). Quanto à
raça, 56% eram pardos. 52% dos pacientes tinham ensino fundamental incompleto. A forma de intoxicação
mais frequente foi a automedicação, correspondendo a 32% do total e a grande maioria dos idosos (96%)
evoluíram para cura sem sequelas). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de
intoxicações medicamentosas em idosos residentes em Barra do Corda, do sexo feminino, acima de 80 anos,
da raça parda, com ensino fundamental incompleto, a forma de intoxicação mais frequente é a
automedicação e a taxa de cura é bastante elevada.
Introdução: A profissão farmacêutica passou por muitas transformações e insatisfações, desde a botica
onde o farmacêutico era conhecido e respeitado pela população, passando pelo surgimento da indústria
farmacêutica, que foram responsáveis por deixar o farmacêutico apenas como um vendedor de
medicamento e não mais como o manipulador. Diante dessa insatisfação em várias partes do mundo
(Espanha e EUA), surgiu o movimento da farmácia clínica, que visa à aproximação farmacêutico-paciente
primando pela melhoria e adesão do paciente ao tratamento. Objetivos: O objetivo do trabalho é aplicar na
paciente um seguimento farmacoterapêutico de forma a conhecer, analisar e avaliar sua vida terapêutica e
dessa forma intervir caso sua terapia polimedicamentosa, esteja afetando de forma errônea seu tratamento.
Métodos: O método utilizado para intervir na vida da paciente foi o método Dáder, onde se faz uso do
seguimento farmacoterapêutico, que tem como objetivo conhecer a terapia da paciente e dessa forma
identificar os problemas que possam estar ocorrendo, e intervir se necessário. Resultados: A paciente
escolhida era do sexo feminino com 59 anos, moradora da cidade de São Luís, diagnosticada com síndrome
metabólica, e que possuía umas das doenças descontrolada, a paciente faz uso dos seguintes
medicamentos: Sinvastatina-40 mg; Valsartana-320 mg; Glimepirida-4 mg; Metformina-500 mg e
Pantropazol 20 mg. Depois da análise da terapia, foram encontradas interações que não possuíam
significado clínico, e essas interações foram entre Sinvastatina e Pantropazol (medicamento usado
descontinuamente), e a Glimepirida e Metformina, mas os maiores problemas que tinham significado na
sua terapia era o fato dos medicamentos da paciente não guardar de forma adequado seu medicamentos
nem seus exames laboratoriais, o que impossibilitou sabermos quais eram os reais valores dos seus índices,
glicêmicos e de colesterol. Solicitou-se para paciente não fazer mais o uso do Pantoprazol, além da prática
de exercícios para melhora das dores nas articulações e um calendário para que ela pudesse ir
periodicamente ao médico e uma pasta para que ela pudesse guardar e conseguir identificar onde se
encontrava seus exames). Conclusão: Depois do acompanhamento feito com a paciente e visto que todas
as intervenções feitas foram muito bem recebidas, podemos concluir que o acompanhamento feito foi de
grande importância para a paciente, melhorando sua vida.
Introdução: Fístulas êntero- vesicais (FEV), também conhecidas como vesico-entéricas ou vesico- cólicas,
são patologias pouco frequentes resultantes de comunicação entre bexiga e alças intestinais, decorrentes
de Diverticulite (DVC) em 65% dos casos quando um fleimão ou abscesso estende ou rompe na parede da
bexiga adjacente, causando sintomas característicos de Pneumatúria e Fecalúria, considerados
patognomônicos da enfermidade. A Doença de Crohn ocupa o segundo lugar de causas, seguida das doenças
inflamatórias da pelve, neoplasia colorretal, de bexiga, útero, próstata, trauma, radiação, a lém de
procedimentos iatrogênicos no momento da inversão de Hartmann. O tratamento clínico com associações
de antibióticos, nutrição parenteral total e agentes imunomoduladores tem pouca eficácia, podendo
apresentar efeitos adversos como pancreatite, hepatite e nefrite. Atualmente, o procedimento de escolha
mais utilizado é a ressecção intestinal da porção acometida e anastomose primária da bexiga. Relato de
Caso: V.M.P, 61 anos, masculino, cor branca, casado, natural do município de Viana –Maranhão procurou
atendimento urológico com queixa de disúria intensa e persistente associada a Fecalúria e Pneumatúria que
se inciou em Dezembro de 2014. Foi realizada Videoendoscopia urinária na qual evidenciou área de
hiperemia interna em parede lateral esquerda e a presença de fezes na luz vesical. Foi realizada, ainda, uma
Urotomografia que confirmou diagnóstico de Fístula Vésico-Cólica, sendo o paciente submetido à
intervenção cirúrgica em Janeiro de 2015, com dissecção e rafia primária da fístula com evolução no pós-
operatório sem complicações, obtendo alta hospitalar no quinto dia de pós- operatório. Considerações
finais: Embora a FEV seja pouco frequente e de difícil diagnóstico, devem ser sempre avaliadas as
possibilidades de ocorrência quando se tratar de DVC e demais associações para que se possa chegar a um
tratamento eficaz e rápido, além de descartar associações com infecções do trato urinário, que ocorre com
grande frequência. Estudos demonstraram a possibilidade de um tratamento conservador sem intervenções
cirúrgicas, sendo realizados somente procedimentos medicamentosos de controle e exames radiográficos
de acompanhamento. Outras pesquisas postularam o uso de Octreotide no tratamento de câncer de reto,
obtendo o desparecimento de fístulas secundárias provavelmente em decorrência da vasoconstrição
esplênica e redução de secreções do trato gastrointestinal para bexiga causada pelo medicamento. Exames
radiográficos como tomografia computadorizada, enema opaco de bário e citoscopia são de grande
importância para um diagnóstico preciso e seguro, assim como para avaliações de controle. Portanto, uma
boa anamnese e um exame clínico detalhado fazem jus à importância do diagnóstico precoce da FEV,
evitando maiores intercorrências uma vez que possui alta morbimortalidade.
Introdução: Testículo ectópico é aquele que está localizado fora do trajeto normal extracanalicular em
direção ao escroto, diferindo dessa forma do testículo criptorquídico, pois este último se localiza fora da
bolsa escrotal, mas permanece em seu trajeto normal. Dados epidemiológicos estimam que 1 em cada 125
meninos apresente alguma forma de criptorquidismo e apenas 10% desses casos são testículos ectópicos.
Nesse sentindo, identifica-se a necessidade de investigar fatores que possam contribuir para a ocorrência
de testículo ectópico a fim de ter um bom prognóstico, visto que o mesmo pode inibir a produção normal
de esperma, além de ser mais vulnerável a lesões e possuir risco 40 vezes maior que a população normal de
degeneração maligna. Objetivos: Ressaltar a importância da avaliação pormenorizada em vítimas do trauma
com o intuito de não retardar o diagnóstico de patologias mais raras e impedir a progressão de lesões nesses
pacientes. Métodos: O estudo realizado foi do tipo descritivo e foi desenvolvido no Hospital Doutor
Clementino Moura- Socorrão II,em São Luís-MA, durante o período de Agosto a Setembro 2014. Resultados:
Paciente J.S, sexo masculino, 33 anos, vítima de acidente automobilístico no município de Pinheiro- MA, em
agosto de 2014. No momento do acidente foi encaminhado via SAMU para o Hospital Regional Antenor
Abreu, onde passou por cirurgia em ombro direito no dia 25 de agosto. Após três dias, o paciente teve
queixas de febre e cefaleia, sendo então solicitada uma TC de crânio. O paciente foi então encaminhado
para Hospital Socorrão II, onde passou por consulta com a clínica neurocirúrgica e foi diagnosticado
hematoma extra-dural fronto basal à direita, fratura em osso frontal acometendo teto orbitário à direita.
Durante a consulta neurocirúrgica observou-se que o paciente se queixava de dor abdominal intensa com
presença de extenso hematoma em região inguinal esquerda. Durante a avaliação da clínica cirúrgica foi
observado uma massa palpável em região inguinal esquerda, sendo então solicitado ultrassonografia de
abdome total que concluiu bolsa escrotal esquerda vazia. O testículo esquerdo se apresentava em posição
alta em topografia do canal inguinal ipsilateral, confirmando o diagnóstico de testículo ectópico. Conclusão:
Ao realizar esse trabalho, tornou-se evidente a dificuldade em nosso meio para diagnóstico de patologias
mais raras, como o testículo ectópico traumático, que por ser incomum, acaba não tendo a importância
devida por parte de muitos profissionais da saúde.
Introdução: As massas tumorais podem comprimir a medula espinhal e pode estar associada a paresias,
parestesias de membros, causando dores locais e encefálicas, de forma a deprimir o estado neurológico do
paciente, podendo surtir efeitos temporários e, quiçá, permanentes. Relato de caso: Paciente L.A.C.,
masculino, 4 anos, residente em São Luís – MA, admitido em 25/05/2015, proveniente da UPA Vinhais.
Levado pela mãe ao HUPD apresentando dor pélvica, parestesia dos MMII e dificuldade para deambular,
sendo indicado procedimento neurocirúrgico na região lombosacral, após o diagnóstico inicial pelo método
de TC de coluna dorsolombar. Após 3 dias de internação, o TC de coluna verificou uma massa sólida, com
impregnação heterogênea pelo contraste, lobulada, medindo cerca de 4,0 x 2,6 x 2,4cm, localizado entre
D11-D12 e L1-L2, com epicentro aparente em partes moles posteriores ao canal medular, porém com
extensão ao mesmo, onde determina perda do plano de clivagem com a medula, apresentando ainda
paresia em MMII, evoluindo com apetite reduzido e perda de percepção ao evacuar. Ao exame físico
apresentou REG, acianótico, anictérico, afebril ao toque, corado, sem edemas, ativo, reativo ao manuseio e
acordado, MV presente, boa e ntrada de ar, sem ruídos adventícios, sem sinais de desconforto respiratório,
FR: 38irpm, RCR, 2T, BNF, no momento sem sopros, pulsos periféricos presentes, TEC < 2seg, FC: 110bpm,
semigloboso, flácido, indolor, não palpo VMG, RHA+, acordado, ativo e reativo ao exame, sem equivalente
convulsivos no momento, pupilas fotorreagentes e isocóricas, redução dos movimentos em MMII (mais à D,
porém com diminuição da forma mais à E), movimentos dos MMSS presentes, não deambula e não senta
há um mês. Considerações finais: Após a exérese da massa em coluna, o paciente foi admitido no leito da
UTI Pediátrica – HUMI em 02/06/2015, sendo tratado com Cefazolina, Morfina 0,1mg/kg/dia e
Dexametasona 0,6mg/kg/dia. O quadro de movimento dos MMII do paciente não obteve melhora com a
cirurgia, sua deficiência deu-se, provavelmente, pela compressão da medula espinhal a nível lombosacral,
apresentando priapismo, em REG, aceitando alimentação, afebril, ativo e reativo ao exame e eupneico.
Introdução: Intussuscepção é uma invaginação de um segmento intestinal para dentro da luz de sua porção
distal. A porção invaginada é chamada de intussuscepto e o segmento que recebe o intussuscepto chama-
se intussuscepiente. Em adultos é uma condição rara, responsável por cerca de 1 a 5% dos casos de
obstrução intestinal, o que faz com que a maioria dos cirurgiões tenha pouca experiência no seu manejo.
Aproximadamente 90% dos casos são secundários à lesão orgânica, diagnosticada, quase sempre, no per-
operatório. É a segunda causa mais comum de abdome agudo em crianças. O quadro clinico caracteriza-se
por dor abdominal, náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal, distensão e massa abdominal palpável.
O diagnóstico é baseado nos achados cirúrgicos. Contudo, exames de imagem e procedimentos
minimamente invasivos podem ser úteis. Relato de caso: A.M.S.P, 65 anos, feminino, hipertensa, com
quadro de dor abdominal há aproximadamente 15 dias, localizada em fossa ilíaca direita, com piora
progressiva, acompanhada de náuseas, hiporexia e diarréia aquosa na ordem de seis a oito episódios
evacuatórios/dia. Nega febre e vômitos. Ao exame físico: abdome em avental, ligeiramente flácido, com
dor, defesa e massa palpável em fossa ilíaca direita. Descompressão brusca positiva. Exames laboratoriais
sem alterações. Ultrassonografia de abdome total: colelitíase (achado incidental) e espessamento parietal
de alças em fossa ilíaca direita. Diagnosticada com abdome agudo inflamatório e indicada laparotomia
exploradora. Na abordagem cirurgica foi realizada incisão de Rockey-Davis, e, após abertura da cavidade
abdominal, encontrada pequena quantidade de líquido seroso na fossa ilíaca direita, apêndice vermiforme
e íleo terminal invaginados para o ceco. Devido ao insucesso na tentativa de redução do intussuscepto
(encarceramento), com o tecido colônico friável e adelgaçado, optou-se por realizar hemicolectomia direita
com anastomose primária íleo-transversa, látero-lateral em dois planos com categute cromado 3.0 e
prolene 3.0. Após término do procedimento, foi realizada abertura da peça cirúrgica. Não foi encontrado
nenhum sinal de malignidade. Considerações finais: A intussuscepção em adultos é uma condição que
desafia o cirurgião, tanto em relação ao diagnóstico, quanto à abordagem adequada. O diagnóstico é difícil
pelo baixo grau de suspeição, associado à sintomatologia subaguda e inespecífica. É quase sempre associada
a uma lesão orgânica e requer tratamento cirúrgico.
Introdução: As hérnias umbilicais representam entre 4 e 13% das hérnias da parede abdominal, com maior
prevalência à partir da quinta década de vida. Pode manifestar-se como um problema congênito, mas a
maioria (90%) dos casos ocorre na vida adulta de forma adquirida, sendo mais comuns em mulheres. Hérnias
desse tipo tendem a encarcerar e estrangular, sem resolução espontânea. Intervenções cirúrgicas de hérnias
abdominais estão entre os três procedimentos mais realizados nos Estados Unidos, sem dados precisos no
Brasil. O terceiro tipo mais comum de hérnia são as umbilicais, com maior prevalên cia em
afrodescendentes, mulheres e pacientes com condições que levam ao aumento da pressão intra-abdominal.
A maioria das hérnias umbilicais é diagnosticada clinicamente, no entanto, em alguns casos, exames de
imagem podem ser úteis. Relato de caso: J. R. S. O. masculino, 64 anos, lavrador, natural de São Luís,
admitido com queixa de dor e tumoração na região abdominal, há mais de 2 anos. Negava náuseas, vômitos
e alterações recentes do hábito intestinal. Relatava HAS, em tratamento. Paciente obeso, e história mórbida
familiar sem particularidades. Negava alcoolismo, tabagismo, alergias. Ao exame: bom estado geral,
normocorado, hidratado, eupnéico, afebril, normotenso, 120 bpm, 20rpm. Abdome globoso, flácido, com
volumosa hérnia umbilical irredutível, fixa e dolorosa à palpação. Exames laboratoriais dentro dos limites
de normalidade. Foi realizada hernioplastia umbilical com tela. Incisão mediana supra-umbilical, dissecção
e isolamento do saco herniário, seguida de dissecção e isolamento da aponeurose. Abertura do saco
herniário de paredes espessadas, contendo epíplon aderido encarcerado. Liberação das aderências.
Isolamento do saco herniário. Ressecção do saco herniário. Fechamento do peritônio parietal. Fechamento
da aponeurose. Fixação de tela de polipropileno com fio Vycril 2.0, em pontos separados. Colocação de
pontos no subcutâneo junto à tela para redução do EM. Sutura do subcutâneo. Colocação de dreno
tubolaminar no subcutâneo e fechamento da pele seguido de curativo compressivo. Considerações finais:
A hérnia umbilical é causada por um defeito no encerramento da cicatriz umbilical, de forma adquirida, na
maioria dos casos. Entre as principais complicações estão o encarceramento e estrangulamento, sendo o
tratamento cirúrgico o mais indicado para correção do defeito.
Introdução: O tumor de Askin é um tipo de neoplasia maligna de pequenas células redondas da região
toracopulmonar. É considerado membro da família de tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos
(pPNET) e tipicamente desenvolvem-se a partir do periósteo, tecidos moles e tecido extrapulmonar da
parede torácica. É incomum, representando 4 a 17% dos tumores de partes moles da infância. Eles se
originam a partir células totipotentes da crista neural, devido a uma translocação recíproca t (11,22) (q24
q12) semelhante à presente nos Tumores de Ewing, motivo pelo qual são incluídos na mesma família. O
objetivo deste trabalho foi descrever o quadro clínico, as características de imagem e evolução de um
sarcoma de Ewing/ PNET de parede torácica (Tumor de Askin). Relato de caso: W.M.P.S, sexo masculino, 17
anos, pardo, iniciou quadro de astenia há 6 meses, referindo uso de AINE,sem melhora do sintoma. Há 2
meses apresentou episódio de febre cessada ao uso de antitérmico, além de astenia recorrente. Uma
semana após, evoluiu com febre e cansaço, procurando atendimento médico. Ao exame físico notou-se uma
palidez mucocutânea, dispneia e ausência de murmúrio vesicular em hemitórax esquerdo (HTE). Realizou-
se radiografia de tórax PA e perfil, a qual revelou velamento do 1/3 inferior do HTE, seio costofrênico
obliterado e alargamento do respectivo espaço pleural lateral. Na TC helicoidal de tórax com contraste,
evidenciou-se massa tumoral heterogênea em 5º arco costal esquerdo com intenso realce ao meio de
contraste, maior volume lesional em região in tratorácica e derrame pleural à esquerda. A videotoracoscopia
com biópsia tumoral e drenagem torácica, confirmou o hemotórax e grande massa lobulada de parede
torácica anterior e lateral, atingindo o mediastino. Fez-se a análise imunohistoquímica do tecido, conclusiva
para Sarcoma Ewing/PNET de parede torácica. Foi iniciada quimioterapia, por ser o tratamento inicial de
escolha, visando uma abordagem cirúrgica subsequente. Considerações finais: O presente estudo
demonstra a complexidade que caracteriza o diagnóstico e tratamento dos sarcomas. A importância se dá
pela raridade dos tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos, particularmente, os de parede torácica
e pela necessidade da imunohistoquímica para confirmação diagnóstica.
Introdução: Desenvolvimento anômalo vascular da circulação fetal com persistência de artérias primitivas
e ausência de capilares pode causar malformações arteriovenosas, sintomatizando, geralmente, na idade
adulta, por meio de fístulas. A taxa de mortalidade é de 10% a 29% após o sangramento. Relato de caso:
Paciente M.I.P.S., feminino, 51, residente em São Luís – MA, admitido em 05/08/2015, relatando
tetraparesia progressiva de início em 27/07/2015, sensibilidade tátil alterada em MMII/MMSS e não
deambulava. Após internação, apresentou sepse em foco urinário por E. Choli, sendo tratado com
Ciprofloxacino. Angiografia cerebral apresentou um pequeno aneurisma em componente arterial da MAV
possivelmente da artéria medular anterior. Ao exame físico realizado no dia 12/08/2015, o paciente
apresentava-se afebril, RCR 2T BNF, FC: 76bpm, pulsos periféricos amplos e simétricos, MVF s/ RA, eupneica
em ar ambiente, ABD flácido, indolor RH+ e ausência de edemas. Conclusão A tetraparesia progressiva
decorreu a partir da dilatação da artéria medula anterior, decorrendo de MAV, comprimindo a medula a
nível cervical causando o quadro clínico supracitado.
Introdução: O aneurisma dissecante refere-se à entrada de sangue na parede arterial e sua distribuição ao
longo do comprimento do vaso. A dissecção da aorta é uma doença grave necessitando de pronto
diagnóstico e condutas clínicas agressivas e, se não tratado, gera óbito em 75 a 90% dos pacientes, sendo
que 35% morrem nos primeiros 15 minutos e 75% resistem por uma semana. Dessa forma os aneurismas
dissecantes são classificados como a principal causa de morte relacionada à aorta. Relato de Caso:
Masculino, 57 anos, pedreiro, ex-tabagista, ex-etilista, atual de Carolina – MA, cor negra, chega ao Ho spital
e Maternidade Dom Orione (HMDO) em 03/05/2014, transferido do Hospital Regional de Araguaína (HRA).
Há 15 dias havia sido internado no Hospital local em Carolina – MA com queixa de dispneia ao repouso,
edema de membros inferiores, ortopneia e dor esternal irradiada por membro superior direito. Foi atendido
no HRA, no qual se concluiu pelos sinais e sintomas o seguinte diagnóstico: Quadro compatível com
insuficiência cardíaca congestiva, sopro diastólico aórtico, sistólico e mitral, pressão arterial em membro
superior direito inaudível e em membro superior esquerdo de 110 x 50 milímetros de mercúrio (mmHg),
durante a realização do ecocardiograma, foi detectada extensa dissecção aórtica tipo A, na direção tóraco-
abdominal. O paciente é transferido ao HMDO. A intervenção cirúrgica ocorreu no dia 06/05/2014,
corrigindo: a dissecção aguda de aorta (DAA), com troca de valva aórtica, revascularização dos vasos supra-
aórticos. A técnica utili zada foi Bentall de Bono com tubo valvulado e reimplante de ambas artérias
coronárias. No pós-operatório o paciente apresentou parada cardiorrespiratória (PCR), fibrilação atrial
revertida, insuficiência renal aguda revertida, doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), e insuficiência
venosa periférica que foi decorrida no dia 21/05/15 por trombo em veia poplítea e estenose significativa
próxima a artéria femoral comum gerando necrose de extremidade dos pododáctilos e edema de membros
inferiores. No entanto, o paciente evolui com melhora significativa do estado geral, apresentando remissão
quase total dos sintomas. Considerações finais: Percebe-se que a DAA é um caso grave, que possui como
fator predisponente a hipertensão arterial, dentre outros. Este relato expõe informações sobre um caso
atípico e severo que fortalece a necessidade de se considerar sempre essa patologia diante da natureza
aguda e traumática da mesma.
Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) aguda decorre de uma obstrução súbita das
artérias e é caracterizada por perfusão inadequada no membro, sobretudo devido ao processo
aterosclerótico. Os principais sinais e sintomas são: dor, redução de temperatura, ausência ou diminuição
dos pulsos, cianose, alterações tróficas e claudicação intermitente. A maioria dos pacientes com trombose
arterial apresentam sintomatologia prévia, com claudicação intermitente do membro e ausência de pulso,
sendo compensada pela circulação colateral. A embolia arterial está relacionada com c asos de fibrilação
atrial, infarto do miocárdio prévio, aneurismas. A DAOP nos membros superiores tem menor incidência, mas
tem melhor prognóstico de vida e de salvamento do membro devido à rica circulação colateral. Relato de
caso: CACA, feminino, 45 anos, nega história de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e demais
comorbidades. Paciente deu entrada na UPA (unidade de pronto atendimento) de Araguaína-TO com
quadro de dor intensa palmar direita, com início há cinco dias, associada a cianose de extremidades,
destacando o terceiro quirodáctilo, diferença de temperatura com o lado esquerdo e perfusão capilar
periférica lentificada em quirodáctilos direitos. Encaminhada ao serviço de cirurgia vascular do HRA, onde
foi solicitado ultrassom com doppler para investigação. O estudo ultrassonográfico mostrou oclusão súbita
no segmento distal da artéria braquial, com a artéria ulnar ocluída em toda sua extensão e artéria radial
ocluída no seu segmento proximal, recebendo circulação colateral após oclusão. Foi planejado uma
trombectomia para a revascularização do membro superior direito, utilizando o catéter de Fogarty 3-0,
obtendo com sucesso a saída d os trombos e o fluxo sanguíneo restabelecido. A paciente evoluiu bem no
pós-operatório, sem queixas e intercorrências, recebendo alta. Considerações finais: isquemia aguda de
origem trombótica em membros superiores corresponde a 20% das obstruções e tem melhor prognóstico
comparada a de membros inferiores. Em geral não há ameaça de amputação devido a rica circulação
colateral, no entanto quando o resultado de um tratamento não é satisfatório as consequências são graves.
Por isso é importante abordar a obstrução arterial de maneira precoce e eficaz, minimizando o dano tecidual
e evitando possíveis complicações no membro.
Introdução: Os membros superiores são considerados menos vulneráveis às doenças arteriais e, sobretudo,
as de natureza aneurismática. Devido à baixa incidência, tais aneurismas representam um desafio
diagnóstico e terapêutico. Nessa região, as artérias mais acometidas pelo processo aneurismático são, em
ordem decrescente, a artéria subclávia, a braquial, a ulnar e a radial. A principal causa dos aneurismas
verdadeiros em artérias dos membros superiores, abaixo da artéria axilar e, em específico, da artéria radial,
é o trauma contuso repetitivo. Relato de caso: Pesquisa em prontuário e revisão bibliográfica da literatura
nacional e internacional, abrangendo artigos de revisão e artigos originais publicados sobre o assunto,
durante Agosto de 2015. P.J.M, feminino, 78 anos,, natural e procedente de São José de Ribamar- MA., deu
entrada no Hospital Dr Carlos Maciera através do serviço de emergência com quadro de pneumonia
comunitária, associada a desconforto respiratório, dois episódios de síncope e PCR a porteriori. Foi
submetida a cineangiocoronariografia, a qual evidenciou 50% de lesão em artéria descendente anterior e
50% de obstrução em coronária direita. Após dois dias de evolução, apresentou flogose e dor intensa em
MSD. Ao realizar doppler arterial e venoso do MSD identificou-se pseudoaneurisma na face ventral do
punho, em comunicação com artéria radial em seu terço distal, medindo 3,5x2,5cm e apresentando fluxo
turbilhonado em seu interior. Uma complicação rara da cinecoronariografia pelo acesso radial é a formação
do pseudoaneurisma no local da punção, com incidência estimada entre 0,029% e 0,19%. A formação do
pseudoaneurisma ocorre por ruptura e lesão da parede arterial no local da canulação radial, podendo levar
a hemorragia e hematoma local. Essas lesões vasculares estão associadas a múltiplas tentativas de punção,
uso de anticoagulantes, utilização de introdutores de grande calibre e infecção. O desenvolvimento do
pseudoaneurisma tem evolução clínica variável, podendo ocorrer algumas horas após a realização do exame
ou ser observado dias (7-40 dias) depois do procedimento. De acordo com uma metanálise, o acesso radial
apresenta risco 73% menor de sangramento maior, quando comparado com a via femoral, ocorrendo,
respectivamente, em 0,05% e 2,3%. Considerações finais: O acesso radial para realização de procedimentos
coronários tem apresentado crescente utilização nas últimas décadas, com menores taxas globais de
complicações e menor custo hospitalar2 em comparação com a abordagem femoral.
Introdução: A apendicite aguda ocorre em aproximadamente uma a cada 2.000 gestações, e, embora
infreqente, é a afecção abdominal cirúrgica não-obstétrica mais frequente durante a gravidez. O quadro
clínico-laboratorial muitas vezes é confundido com alterações próprias da gravidez (vômitos, desconforto
abdominal, leucocitose discreta) ou pelo temor de alguns cirurgiões em indicar uma intervenção cirúrgica
de urgência em uma gestante, sob risco de desencadear trabalho de parto prematuro ou óbito fetal. O
presente relato visa apresentar quadro clínico de apendicite aguda em paciente no segundo trimestre de
gestação. Relato de caso: Pesquisa em prontuário e revisão bibliográfica da literatura nacional e
internacional, abrangendo artigos de revisão e artigos originais publicados sobre o assunto, durante Agosto
de 2015. Paciente do sexo feminino, 16 anos, G2P1(natimorto), IG: 22 sem, natural de Morros – MA e
residente em São Luís-MA. Iniciou quadro de dor em abdome inferior, acompanhada de náuseas e vômitos,
inapetência, febre não termometrada e disúria, perdurando por 11 dias. Apresentou quadro clínico
mascarado por uma infecção do trato urinário, evoluindo, portando, desfavoravelmente com
comprometimento do estado geral, ruídos hidroaéreos débeis, abdome em tábua, Blumberg positivo em
fossa ilíaca direita, com posterior abortamento fetal, após intervenção cirúrgica. Durante assistência, foi
realizada laparotomia de urgência com incisão mediana umbílico pubiana. USG da admissão revelou
apendicite supurada e tamponada/ USG obstétrica: embrião único e vivo. Considerações finais: Concluímos
que o abdome agudo durante a gestação é de difícil diagnóstico devido às alterações anatômicas, fisiológicas
e laboratoriais. A gravidade é semelhante à paciente não gestante, fazendo-se necessário fornecer
diagnóstico precoce bem como conduta precisa. Na apendicite aguda, os sinais costumam ser habituais no
primeiro trimestre, com dor à palpação em fossa ilíaca direita. Com a progressão da gestação, a dor à
palpação torna-se difusa ou localizada no flanco direito ou região periumbilical. Existe ainda a teoria clássica
de que com a progressão da gravidez a dor da apendicite aguda deixaria de se localizar no quadrante inferior
direito e passaria para o quadrante superior direito. Na gestante, a ultrassonografia deve ser o primeiro
exame de imagem a ser solicitado em caso de suspeita de apendicite. Em casos que permanecem indefinidos
e suspeitos, pode-se utilizar a ressonância magnética.
.
P35 NECROSE GLÚTEA INDUZIDA POR SILICONE INDUSTRIAL
Autores: Renata Rebouças Moura; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Adriana Aíla Rocha Araújo;
Claudia Tamires Sousa Leite; Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes; Lelia Maria Alves Duarte.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Renata Rebouças Moura
Contato: renatareboucasrm@hotmail.com
Introdução: O uso de óleo ou silicone industrial tem sido amplamente registrado em procedimentos
estéticos ilegais desde a década de 60. A facilidade de acesso aos materiais, o baixo custo e a falta de
informações sobre os riscos que essa prática traz à saúde faz com que muitas pessoas optem por esse
procedimento tão arriscado. Diferente das próteses, o silicone líquido não é envolvido por uma membrana
resistente, possibilitando a sua disseminação pelo corpo e favorecendo processos inflamatórios, como
necrose da área afetada que pode evoluir para amputação, infecção generalizada, migração do produto para
sistema linfático e venoso e, de forma mais grave, óbito. Apesar de ser nocivo à saúde, esse procedimento
é feito em larga escala, com relatos desastrosos de seu uso. Relato de caso: Paciente RRS, sexo masculino,
23 anos, vítima de necrose em ambos os glúteos após injeção de um litro de silicone industrial no município
de Sobral- CE, em 08 de junho de 2014. Procurou atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral
(SCMS), referindo dor em queimação nos glúteos, rubor, calor e edema há 15 dias. Referiu que desde
aplicação do silicone na região ele sentia dores de forte intensidade. Evolui com febre e saída de secreção
purulenta na região. Admitido no ambulatório com quadro clínico, exames laboratoriais e evolução do
paciente com indicativos de infecção grave induzida pelo uso errôneo do produto, sendo submetido à
debridamento do tecido desvitalizado. Havendo melhora do quadro, com granulação da região, epitelização
das bordas e posterior enxerto. O paciente recebeu alta em julho de 2014. Considerações finais: Silicone
líquido industrial deve ser contraindicado como material de preenchimento e modificação do contorno
corporal, podendo apresentar graves complicações e danos no organismo, como cicatrizes de grandes
proporções, sequelas estéticas e funcionais, até mesmo o óbito.
Introdução: As cirurgias de adenoamigadalectomias vendo sendo muito comum em crianças a partir dos
quatro anos de idade. Atualmente é por este motivo que os consultórios e clinicas de otorrinolaringologistas
vem apresentando procura significativa. Uma vez que o crescimento das amidalas e o aparecimento de
adenoides desencadeiam problemas que afetam diretamente na qualidade de vida dos pacientes.. Relato
de caso: O estudo relata o caso clinico de um paciente com crises recorrentes de amigdalites que
desencadeou outros sintomas na vida do paciente. D.C.M, de 04 anos, foi submetido a amidalectomia por
apresentar recorrência de amigdalites, rinites e apneia durante o sono. D.C.M, teve o primeiro episodio com
02 anos de idade, onde apresentou como sintomas: febre alta (39,9), mal esta, dificuldade para alimentação,
vômitos após tentativas de alimentação, halitose e obstrução nasal. O mesmo foi levado ao serviço de
emergência e foi avaliado por pediatra onde fechou o diagnostico de amigdalite, após avaliação foi prescrito
ante térmico e antibiótico por 05 dias. Após terceiro dia de medicação percebeu-se melhora significativa do
quadro, ficando bem com 05 dias de medicação. D.C.M , chegou a apresentar um episodio de amigdalite a
cada dois meses. Chegando a ter 6 episódios de amidalites por ano. Considerações finais: D.C.M, foi
submetido adenoamigadalectomia, onde obteve melhora e qualidade de vida diante de todo caso clinico
apresentado. Vem evoluindo muito bem, quanto aos sintomas antes existentes. Não apresenta mais ronco
e salivação noturna, halitose, sono inquieto postura de respirador bucal, déficit de atenção, dificuldades
para ganhar e crescimento, bem como dificuldade para alimentação..
Introdução: A angina de Ludwig é uma celulite potencialmente fatal, incomum, aguda e tóxica dos espaços
submandibulares, em geral 2º ou 3º molar inferior, sublinguais e submentoniano. Pode ser odontogênica
(cáries) ou não-odontogênica (infecção oral) por bactérias dos gêneros Streptococcus, Bacterioides e
Fusobacterium. Nela ocorrem a priori febre e edema naqueles espaços, o que, postergado, implica graves
intercorrências e morbimortalidade elevada. Fazem-se mister exames de imagem, culturas e tratamento
empírico clínico e cirúrgico de imediato, atentando-se às vias aéreas, profilaxia para tétano e manejo da
sepse. Relato de caso: mulher, 25 anos, admitida no Hospital de Urgência de Teresina em junho/2015,
devido à complicação de drenagem de abscesso dentário uma semana antes, seguindo com persistência de
odor fétido, necrose infectada de pele e tecidos profundos cervicais e abdominais, febre, taquipneia,
taquicardia, flutuação cervical e contratura de musculatura cervical anterior. A tomografia computadorizada
demonstrou presença de coleção em região cervical anterior com infiltração para mediastino com possível
comprometimento cardíaco, além da parede abdominal anterior. Os exames bioquímicos revelaram
anemia, hematócrito diminuído, leucocitose com desvio à esquerda, aumento das aminotransferases e
ureia. A cultura do fragmento cirúrgico evidenciou presença de Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL
(beta lactamase de espectro ampliado) sensível somente aos carbapenêmicos, amicacina e colistina.
Destarte, prontamente drenaram-se a pa rede abdominal e as regiões cervicais e mediastinal superior e
tratamento clínico. Segue internada em curva de melhora após 36 dias da primeira abordagem do estado
geral, das feridas e parcialmente da contratura cervical. Considerações finais: A angina de Ludwig embora
seja uma patologia rara, caso não conduzida de forma correta pode comprometer a vida do paciente em
virtude da obstrução das vias aéreas. Relata-se aqui um caso devido a cárie (causa odontogênica) cujos
cuidados dependem de manejo rápido e preciso para reduzir a mortalidade.
Introdução: A apendicite aguda constitui a emergência cirúrgica mais comum no nosso meio. O tratamento
da apendicite aguda é cirúrgico e deve ser efetuado tão logo o diagnóstico estiver estabelecido. Seu
diagnóstico e o tratamento cirúrgico precoce influem diretamente no prognóstico dessa patologia.
Objetivos: Conhecer o perfil epidemiológico, comportamento clínico na apendicite aguda e as medidas
cirúrgicas em adultos submetidos a apendicectomias. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal,
descritivo, de análise quantitativa, com análise de 87 prontuários de pacientes submetidos a
apendicectomias, assistidos em um hospital público de alta complexidade no estado do Maranhão, no
período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015. Resultados: Os dados da Tabela 1 demonstraram que dos
pacientes apendicectomizados no período estudado, houve maior prevalência de indivíduos do sexo
masculino (71,1%) em comparação ao sexo feminino (28,8%), com faixa etária de 41 a 50 anos (30,7%) e de
raça branca (43,5%). Na Tabela 2, em relação às variáveis clínicas e cirúrgicas, observou-se maior percentual
de pacientes sintomáticos no pré-operatório (97,2%), além de maior prevalência, na técnica adotada, da
apendicectomia por laparotomia (60%) em detrimento da videolaparoscópica (39,9%). Esta tabela
demonstra ainda que a grande maioria dos pacientes não evoluiu com complicações tanto no pré-operatório
(92,2%) como no pós-operatório (95,8%) e que dentre todos os tipos de incisão, aquela predominantemente
encontrado foi a incisão para laparoscopia (39,9%) e dentre as incisões para apendicectomias abertas, a
mais usada foi a de McBurney. Conclusão: Conclui-se que no período analisado, em um hospital público de
alta complexidade no Maranhão, as apendicectomias foram realizadas com maior frequência em pacientes
do sexo masculino e naqueles com idade entre 41 e 50 anos e de raça branca. Dentro do perfil clínico, a
maioria dos pacientes encontrava-se sintomáticos no pré-operatório, bem como não apresentaram
complicações tanto no pré, como no pós-operatório. Entre as apendicectomias convencionais, a incisão mais
usada foi a clássica incisão de McBurney.
Introdução: No contexto das infecções hospitalares (IH), a Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) tem sido
apontada como um dos mais importantes sítios de infecção, levando a um aumento médio de 60,0% no
período de internação, além de exigir grandes esforços para sua prevenção. A infecção de sítio cirúrgico é a
mais importante causa de complicações do pós-operatória no paciente cirúrgico. Estatísticas do Centro para
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicam que 14 a 16% das infecções hospitalares são atribuídas às
infecções de sítio cirúrgico, fato esse que adiciona-se a significativos custos relativos à cuidados de saúde
devido a complicações dessas infecções. A ISC é uma complicação relevante, por contribuir para o aumento
da mortalidade e morbidade dos pacientes pós-cirúrgicos causando prejuízos físicos e emocionais como os
afastamentos do trabalho e do convívio social. Além disso, eleva consideravelmente os custos com o
tratamento, repercutindo também em uma maior permanência hospitalar. Objetivos: Analisar os pacientes
submetidos à gastrectomia que evoluíram com infecção de sítio cirúrgico em um Hospital Geral de São Luis
– MA e caracterizar o perfil dos pacientes submetidos a gastrectomias, identificando a frequência de
infecção do sítio cirúrgico na amostra analisada, a correlação dos fatores de risco associados ao paciente e
ao procedimento cirúrgico. Métodos: Estudo retrospectivo por meio do levantamento de informações
contidas nos prontuários médicos dos pacientes submetidos à gastrectomia eletiva no período de janeiro a
dezembro de 2014, em um Hospital Geral no município de São Luis. O presente estudo não foi analisado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma. Resultados: Em 60 casos investigados detectou-
se a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico em 5 situações (8,3%), onde se verificou que 60% foi classificada
como infecção incisional superficial; 40% incisional profunda e em relação a classificação órgão/cavidade .
Conclusão: Os resultados deste estudo oferecem aos profissionais do controle de infecção hospitalar novas
perspectivas para a continuidade da busca de um índice de risco cada vez menor para os pacientes
submetidos a gastrectomias.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: GASTRECTOMIA VERTICAL
P42
LAPAROSCÓPICA
Autores: Lucas Luís Sousa Véras; Brenda Lima Costa; Ozimo Pereira Gama Filho; Alana Vitória Sousa
Gonçalves; Marcelo Emanuel Ericeira da Costa; Diego Henrique de Carvalho Rodrigues
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Brenda Lima Costa
Contato: lucasveras.med@hotmail.com
Introdução Operações bariátricas em casos de obesidade proporcionam redução ponderal expressiva e
sustentada em longo prazo, remissão e controle de diversas doenças associadas,como o DMT2 e melhora
nos indicadores de qualidade de vida. Existem várias técnicas,e das técnicas mistas,a principal representante
é a gastroplastia vertical com derivação gástrica em Y de Roux (DGYR),sendo a intervenção cirúrgica mais
realizada no Brasil e no Mundo. Relato de experiência: Desde Janeiro de 2010 até Dezembro de 2012,foram
realizados em nosso serviço 35 casos de Gastrectomia Vertical Laparoscópica(GVL) como
Procedimento Bariátrico Único com avaliação retrospectiva de todos os pacientes e nenhum se perdeu de
follow-up. O presente estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma.
Indicações para a GVL sobre outros procedimentos bariátricos eram a preferência do
paciente(n=21),obesidade grave com IMC superior a 60 kg/m2(n=9) e aderências abdominais superiores
graves ou esteatose hepática severa(n=5).A maioria era do sexo feminino(N:29), com idade média de
44(desvio padrão±13) anos.No pré-operatório,a média do IMC foi de 47,3(DP±9,8)kg/m2.Taxas de
comorbidades relacionadas à obesidade pré-operatórios foram de 42%(n=14) para o diabetes mellitus tipo
2 (DM2),60%(n=21)para hipertensão,39%(n=13) para dislipidemia,67%(n=23) para a apneia obstrutiva do
sono (OSA),72%(n=25) para artrose do joelho e 43%(n=15) para a depressão e/ou ansiedade.A duração
média da cirurgia foi de 65(DP ± 21)minutos.Ocorreram quatro complicações perioperatórias:1-
hemorragia na linha de grampeamento,2-lacerações do lobo hepático esquerdo e 1–perfuração do fundo
gástrico.Todas foram resolvidas no intra-operatório e sem necessidade de reoperação. O tempo médio de
internação foi de 5 dias (DP±2). Estudos de imagem no pós-operatório foram realizados em 7 pacientes e
nenhum foi positivo para o vazamento de linha de grampos.O tempo de seguimento pós-operatório foi de
6 meses.A perda de peso média de 29,4(DP±11,0)kg.Perda de peso global de 6,5(DP±2,8)kg/mês.Resolução
ocorreu em 88% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2, 76% com hipertensão,56% com
dislipidemia,62% com OSA,63% com dor articular e 80% com depressão/ansiedade. Satisfação geral foi
classificada como excelente por 83% dos pacientes,bom por 12% e ruim por 5% dos pacientes.
Considerações finais: A análise preliminar da nossa experiência com LSG indica que este é um procedimento
eficaz e seguro para o tratamento da obesidade.
Introdução: Os tumores malignos primários do sistema biliar extra- hepático,sobretudo os do terço superior
da via biliar principal,em particular o tumor de Klatskin,representam um desafio da cirurgia hepatobiliar e
seu manuseio não está bem estabelecido. Relato de caso: Feminino,75 anos,natural e residente em São
Luis (MA),procedente de hospital público,admitida em 07/02/2015 com dor em
hipocôndrio direito,constipação intestinal,inapetência,além de episódios de vômitos e colúria.
Exame físico:regular estado geral,emagrecida,ictérica(3+/4+),hipocorada (2+/4+).ColangioRM:discreta
dilatação biliar intrahepática por redução do calibre na origem do ducto hepático comum;hepatocolédoco
proximal mal visualizado compossível compressão;vesícula biliar tópica,com dimensões,forma e contornos
Introdução: O linfoma não-Hodgkin (LNH) é uma neoplasia maligna que se origina nos linfonodos, ocorrendo
cerca de 100 vezes mais em pacientes HIV positivos. Relato de caso: Paciente masculino, 37 anos, branco,
casado, caminhoneiro, faz uso de bebida alcoólica regularmente e história prévia de síndrome colestática e
hepatocelular, implantação de prótese biliar. Paciente com enterorragia e hematêmese admitido em
hospital de referência em emergência oncológica foi transferido para unidade de terapia intensiva(UTI),
evoluindo com sepse biliar, insuficiência respiratória aguda e rebaixamento do sensó rio, necessitando de
sedação e intubação orotraqueal. Ao exame físico: tórax plano, murmúrios vesiculares diminuídos em base
direita, presença de úlcera por pressão em região sacral, abdômen globoso, ruídos hidroaéreos ausentes,
órgão genital edemaciado, linfedema em membros superiores, edema de membros inferiores (+4/+4),
paresia e agitação psicomotora (RASS +3). Apresentava-se em nutrição parenteral, ventilação mecânica
(score BPS 6) e eliminação vesical por sonda vesical de demora. O tratamento medicamentoso consistiu em
sedativos, analgésicos, bloqueador neuromuscular, antibiótico, antiparasitário, antinauseante,
antiulcerosos, carmelose sódica, enoxaparina sódica, rasburicase e insulina humana regular. Exames
laboratoriais indicaram anemia, plaquetopenia, aumento de leucócitos jovens, presença de
klebsiellapneumoniae ESBL, diminuição de ácido úrico e aumento do ß2-microglobulina, desidrogenase
lática (LDH) e glicose. Exames de imag ens sugeriram massa pancreática com infiltração duodenal, varizes
em terço distal do esôfago, gastrite enantematosa e hipotrânsparência difusa de hemitórax direito.
Diagnosticado com herpes esofagiana e linfoma não-Hodgkin difuso de células B, e acrescido a terapêutica
medicamentosa o aciclovir, ciclofosfamida (CTX) e tratamento quimioterápico, evoluiu com score RASS –5 e
RASS –1. Posteriormente descoberto HIV, inicia tratamento antirretroviral (TARV) e protocolo
quimioterápico R-CHOP (exceto CTX), após estabilidade hemodinâmica recebeu alta da UTI. Considerações
finais: O LNH é uma das doenças definidoras da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) e indica-se
o rastreamento do HIV em associação ao diagnóstico da neoplasia. Clinicamente, os LNH sistêmicos se
apresentam em estádio avançado, estando o prognóstico dependente da idade, diagnóstico prévio de SIDA,
capacidade física limitada e o envolvimento da medula óssea.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LINFOMA DE
P45
HODGKIN EM RECIDIVA: RELATO DE CASO
Autores: Dayanne da Silva Freitas; Luciana da Silva Viana; Fabíola Nassar Sousa Frazão; Maria do Desterro
Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Apresentador(a): Fabiola Nassar Sousa Frazão
Contato: daday.15@hotmail.com
Introdução: O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia caracterizada por proliferação de células de
morfologia variável, normalmente linfócitos B multinucleados. No Brasil, estima-se 1.300 casos novos em
2014 de linfoma de Hodgkin em homens e 880 em mulheres. Relato de caso: Paciente feminina, 20 anos,
negra, com diagnóstico médico de linfoma de Hodgkin clássico, subtipo esclerose nodular, estádio IV.
Apresenta padrão alimentar e de sono irregular, ingesta hídrica insatisfatória e dieta rica em gorduras
saturadas. Nega tabagismo, alcoolismo e uso de outras drogas. Procurou atendimento referindo dor lombar
e paraparesia, realizado tomografia computadorizada evidenciando lesão lítica em vértebra lombar L3, lesão
pulmonar peribrônquica bilateral e massa mediastinal. Realizado biopsia de linfonodo, sendo diagnosticada
com linfoma de Hodgkin subtipo Esclerose Nodular, estádio IV, foi encaminhada ao hospital de referência
em oncologia para tratamento de intercorrências clínicas. Foi internada e apresentou paraplegia,
linfadenomegalias axilares, cervicais e retroperitoneais. Acrescido de infecções por herpes genital,
candidíase e vaginose bacteriana. Realizou radioterapia de urgência (seguimento L2-L4, em dose única de
800 cGy) e pulsoterapia com dexametasona devido a síndrome de compressão medular, evoluiu com
melhora progressiva da força muscular. Em seguida iniciou o tratamento quimioterápico (TQ)
antineoplásico, e recebeu alta hospitalar, porém retornou para inserção de cateter implantado no hemitórax
direito. Seguiu com TQ durante seis meses sob sup ervisão ambulatorial. Realizou biopsia supraclavicular e
foi constatado doença em progressão. Iniciou novo TQ e um dia após início do tratamento a paciente
retornou ao hospital apresentando quadro de hiperêmese, anorexia e dor em arcos costais, foi internada e
recebeu tratamento para intercorrências. As principais intervenções de enfermagem foram: monitorar os
parâmetros hematológicos e renais, bem como o nível de eletrólitos séricos, realizar controle da diurese
antes e após a administração da cisplatina; estimular e monitorizar a ingestão hídrica, monitorar a
ocorrência da síndrome de citarabina, orientações ao paciente e/ou familiares sobre os efeitos colaterais e
cuidados após quimioterapia. Considerações finais: O plano assistencial de enfermagem proporcionou a
prescrição de cuidados suprindo as demandas físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente.
Introdução: câncer de pulmão é a mais comum neoplasia em mortalidade e incidência no mundo. O INCA
estima que ocorreram 27.330 novos casos desse câncer no Brasil em 2014. Esse tipo de neoplasia é
geralmente detectada em estágios avançados, pois a sintomatologia nos estágios iniciais da doença é
inespecífica. Com isso, o câncer de pulmão permanece como uma doença altamente letal, sua razão
mortalidade\incidência (M\I) é de, aproximadamente, 0,86. A disseminação para linfonodos locorregionais
é um fator determinante no prognóstico dessa doença, pois sabe-se que pacientes com estadiamento I do
câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) e sem metástases linfonodais detectadas podem
desenvolver recidivas precoces, mesmo após a completa remoção cirúrgica do tumor. O estudo objetiva
avaliar os efeitos do diagnóstico tardio da neoplasia de pulmão, assim como discutir sobre as perspectivas
de prognóstico. Relato de caso: T.A.S.C, feminino, 51 anos, doméstica, viúva. Paciente procurou
atendimento com queixa de astenia, vômito, dor precordial intensa e ventilatório-dependente, tendo
conduta terapêutica com ácido acetilsalicílico. Foi transferida para o Hospital de Urgências de Teresina com
suspeita de Síndrome Coronariana Aguda. Paciente afirma ser tabagista por 35 anos (20 cigarros/dia), ter
hipertensão arterial sistêmica e pai falecido por Infarto Agudo do Miocárdio. Apresenta ao exame físico
linfonodomegalia cervical. Informa perda de peso (6 kg em 18 dias) e sudorese noturna. Os exames de
imagem mostraram linfonodomegalias retroperitone ais em andar superior do abdômen, nódulos hepáticos
hipodensos nos segmentos I e III, nódulos sólidos na topografia das glândulas suprarrenais e
linfonodomegalias retroperitoneais, característicos de neoplasia metastática. Mostrou, também, massa
sólida mal delimitada na região hilar inferior compatível com neoplasia pulmonar. Considerações finais: As
características evolutivas da neoplasia pulmonar e fatores associados ao médico, ao sistema de saúde e ao
próprio paciente podem ser responsabilizadas pelo diagnóstico tardio e ineficácia em aumentar a sobrevida
dos pacientes. Portanto, se por um lado é necessário identificar precocemente os pacientes em maior risco
de desenvolver essa doença, por outro, é preciso reestruturar o atendimento ambulatorial no sistema
público de saúde, de forma a aperfeiçoar a marcação de consultas e os pedidos de exames com finalidade
diagnóstica, reduzindo-se, o prazo para detecção do câncer.
Introdução: O câncer do colo do útero apresenta-se ainda como uma das enfermidades que mais ocasionam
morbidade e mortalidade na população feminina em todo o mundo, que pode ser curada quando
diagnosticada precocemente. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) representa doença sexualmente
transmissível viral mais frequente no mundo, sendo que, para o Brasil, são estimados 685.400 novos casos
de HPV anualmente, além de ser a principal causa para a ocorrência das neoplasias cervicais. Objetivos:
avaliar os tipos de papilomavírus humano e suas associações com fatores de risco relacionados à infecção
dos mesmos em mulheres em São Luís-MA. Métodos: Estudo transversal, com 129 mulheres, entre 18 e 60
anos de idade, atendidas no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal
do Maranhão, no período de agosto de 2014 a julho de 2015. Foram selecionadas pacientes do sexo
feminino com vida sexual ativa e com presença de lesões genitais com aspecto clínico ou subclínico de
infecção por HPV. Estas mulheres foram submetidas a uma entrevista com questionário estruturado; sobre
variáveis sociodemográficas e comportamentais. Em seguida, foram encaminhadas para a avaliação
ginecológica, por meio da coleta de material cervico-vaginal. Para a análise dos dados, utilizou-se o
programa Word e Excel 2010. Resultados: O perfil epidemiológico das mulheres avaliadas caracterizou-se
por idade média de 33,91 anos, raça parda (63,57%), solteira (37,98%), com nível de escolaridade ensino
médio completo (34,11%). Grande parte (31,78%) possuiu 1 parceiros sexuais ao longo da vida, sendo cerca
de 29,46% tiveram 4 ou mais parceiros. Menos da metade (42,85%) utilizavam preservativo e não em todas
as práticas sexuais. A lesão cervical predominante foi a lesão de baixo grau, NIC I, com 47,28%. Em relação
ao subtipo de HPV infectante, o 16 predominou nas infecções cervical (41,03%). Conclusão: O perfil
epidemiológico das mulheres da maranhenses apresentado no estudo e a correlação entre a infecção
cervical com o HPV, reafirma o já discutido pela literatura em relação ao Brasil. Em vista da prevalência dos
oncogênicos de alto risco analisados nas pacientes, deve-se preconizar a importância de políticas públicas
que estabeleçam estratégias de intervenção envolvendo a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento
oportuno desses agravos, a fim de que haja promoção na qualidade de vida dessa população.
Introdução: O Papilomavírus Humano é um patógeno bem adaptado para infectar o epitélio. Estima-se que
pelo menos 50% dos indivíduos sexualmente ativos entrarão em contato com o HPV em algum momento
de suas vidas. Pesquisas revelaram uma íntima relação entre o HPV e o surgimento de câncer cervical, assim
como as lesões precursoras. O intervalo de tempo entre o pico da infecção por HPV e o pico de incidência
de câncer é duas a quatro décadas, tornando as infecções iniciais e lesões precursoras do câncer do colo do
útero um alvo apropriado para triagem. Objetivos: Relacionar a presença de les ões intra-epiteliais e os tipos
de HPVs em mulheres, e verificar a compatibilidade dos métodos clínicos diagnósticos sugestivos de HPV,
com os métodos laboratoriais por meio de PCR. Métodos: Estudo transversal, com 129 mulheres, entre 18
e 60 anos de idade, atendidas no Centro de Pesquisa Clínica do HUUFMA, de agosto de 2014 a julho de 2015.
Foram selecionadas mulheres que apresentaram sinais subclínicos ou lesões macroscópicas sugestivas de
infecção pelo HPV ou aquelas que apresentaram na citologia oncótica cervical neoplasia intraepitelial
cervical (NIC) ou adenocarcinoma in situ (AIS). Elas foram submetidas a um questionário estruturado,
colposcopia e coleta de epitélio cervical para detecção do DNA-HPV por meio de PCR. Para a análise dos
dados, utilizou-se Word e Excel 2007. Resultados: As mulheres caracterizaram-se por idade média de 33,7
anos, cor parda (63,56%), solteira (37,98%), com nível de escolaridade ensino médio completo (34,11%). A
idad e média da primeira relação sexual foi de 17,4 anos; 29,45% possuíram mais de 4 parceiros ao longo da
vida e 69,76% não faziam uso regular da camisinha. Quanto aos sintomas ginecológicos, 51,16%
apresentaram leucorreia e 34,10% apresentaram dispareunia. A lesão cervical predominante foi NIC I, com
47,28%. O subtipo de HPV predominante foi o 16 (34,04%), ocorrendo em pacientes com alterações
precoces e inespecíficas no preventivo, e até mesmo em resultados normais. Quanto à colposcopia, 33,33%
apresentou epitélio acetorreativo e 23,25% Schiller positivo. Conclusão: Este estudo reafirma a correlação
entre a infecção cervical pelo HPV com alterações subclínicas presentes à colpocitologia oncótica e
colposcopia, já discutida pela literatura. São necessários outros estudos que investiguem a infecção cervical
pelo HPV, visando à detecção precoce da infecção e contribuindo para a redução da prevalência do câncer
cervical.
Introdução: O projeto “Assistência às Doenças Crônicas na Cidade Universitária da UFMA: Viva Saúde”,
desenvolvido por estudantes da área da saúde da Universidade Federal do Maranhão, pauta-se no tripé
ensino-pesquisa-extensão, visando o acompanhamento ambulatorial de pacientes advindos da área Itaqui-
Bacanga, especialmente mulheres, tendo como enfoque a prevenção do câncer (CA) de colo uterino e de
mama. Objetivos: Relatar experiência de uma prática ambulatorial no contexto de um projeto de extensão
universitária que engloba ações de promoção e prevenção de saúde. Métodos: Trata-se de um relato do
trabalho desenvolvido por alunos de Medicina do 2º período em projeto de extensão com o auxílio de
profissionais da saúde e alunos voluntários. Realiza-se exame de Papanicolau e exame físico das mamas para
o rastreamento de CA de colo de útero e de mama, além de atendimento ambulatorial de caráter
generalista. Os voluntários realizam capacitações internas, a fim de aprimorar o conhecimento científico e
as técnicas usadas nos exames, o que propicia a integração do aprendizado acadêmico como forma de
responder às demandas sociais. Resultados: Notou-se um aumento na procura dos serviços prestados e no
número de estudantes voluntários no projeto. A inibição de alguns pacientes em serem atendidos por alunos
diminuiu, à medida que os próprios alunos passaram a garantir um acolhimento humanizado. Nos
estudantes, notou-se maior confiança em realizar as anamneses e os exames, já que o projeto dá certa
liberdade para este se descobrir como profissional. Além disso, a produção científica relacionada às áreas
do conhecimento pertinentes ao projeto obteve grande crescimento. Por meio do "Viva Saúde", observou-
se a importância da abordagem multidisciplinar do atendimento, pois, por meio da relação voluntários-
pacientes, proporciona-se um vínculo de confiança que permite uma linha de cuidado contínua e efetiva na
qual as mulheres realizam seus exames periodicamente, bem como permite o acompanhamento das
doenças crônicas prevalentes na comunidade. Conclusão: projeto estimula a correlação de conhecimentos
da graduação, assim como propõe o estabelecimento de uma relação médico-paciente pautada no respeito
e na reciprocidade, observando a importância da integralidade e do atendimento ambulatorial para
prevenção e promoção de saúde.
GESTAÇÃO HETEROTÓPICA: ESTUDO DE CASO EM PACIENTE
P50 ATENDIDO NO HOSPITAL E MATERNIDADE DOM ORIONE
(HMDO) DE ARAGUAÍNA/TO
Autores: João Victor Pereira Gomes; Tássylla Caroline Ferreira Pereira; Guilherme Nunes Skripka; Gustavo
Luiz Maia Pereira; Gilson Pinto Ribeiro.
Instituição(ões): FAHESA
Apresentador(a): Guilherme Nunes Skripka
Contato: gustavoluys17@gmail.com
Introdução: A gestação heterotópica é uma condição rara na qual se encontra gestação ectópica
simultaneamente a uma gestação intra-uterina. No passado, a incidência de gestação tópica associada a
uma ectópica era 1:30.000. Com o advento das técnicas de reprodução assistida, a frequência desta
complicação aumentou para 1:100-500 gestações. As gestações ectópicas podem se implantar em
diferentes sítios extra-uterinos, como a cicatriz cesariana, abdome, cérvice e outros, contudo o pólo de
nidação mais comum, nesses casos, é o tubário, sendo que a localização e o estágio de desenvolvimento
dessa entidade clínica geram sinais e sintomas específicos. O diagnóstico precoce é de difícil realização,
ocorrendo habitualmente somente após a rotura da gravidez ectópica, porém o diagnóstico deste caso foi
realizado após exame ultrassonográfico realizado sob suspeita de aborto incompleto. O aumento da
incidência desta complicação, principalmente frente a gestações obtidas por fertilização in vitro, associado
à gravidade desta manifestação clínica e a necessidade de gerar mais informações sobre o tema, incentivou
o relato deste caso visando alertar os obstetras e ultra-sonografistas. Relato de caso: aciente feminina,
nascida em 16 de Junho de 1983, na época possuía 30 anos, atual de Araguaína-TO, cor negra, chega ao
Hospital e Maternidade Dom Orione (HMDO) com quadro urgente de tratamento de gestação heterotópica
no dia 11 de Setembro de 2013, após constatação de gestação ectópica tubária por meio de exame
ultrassonográfico e físico (toque ginecológico). Paciente foi internada referindo perda de sangue há mais ou
menos 3 dias, com colo fechado e gestação gemelar com gravidez tópica de sete semanas e dois dias mais
outra ectópica de trompa esquerda. Ao exame obstétrico, constatou-se: fundo uterino (FU): 36; batimento
cardíaco fetal (BCF): 140; DU:+; pressão arterial (PA): 120/80 milímetros de mercúrio (mmHg). Ao exame do
toque ginecológico notou-se que o útero se encontrava antero verso fletido (AVF) com aspecto globoso e
apresentando sangramento discreto. A paciente foi indicada a fazer laparotomia para cirurgia da prenhez
ectópica associada a ressecção da tuba uterina esquerda. Após realizado a laparotomia, tendo sido realizada
sapingectomia à esquerda, sem intercorrências no ato, foi feito inicialmente à paciente em pós-operatório
(PO) uma dieta zero (jejum) por 12 horas, seguida por administração de solução de soro fisiológico 0,9%
(1000mL) por via intravenosa (IV), Metoclopramida Cloridrato 10mg/2mL por via intramuscular (IM). Para
posteriores cuidados, foram medicados Dipirona Sódica 500mg (IV), Tenoxicam 20mg (IV), Nalbufina
Cloridrato 10mg/mL (IM), Progesterona 200mg (IV), Cefalotina Sódica (IV) e Solução Glicosada 5% (500 mL).
Foi feita sondagem vesical de demora mediante ao PO de cirurgia de risco.Paciente evolui bem, sem queixas
de algia e perdas sanguíneas, passando a ter sua dieta regularizada e fazendo uso de Dipirona Sódica 500mg
por via intravenosa (IV), Dimeticona 40mg (IV), e Bisacodil 5mg (IV) . Retirada de sonda vesical 12 horas após
cirurgia. Apresentava abdome flácido, pouco doloroso à palpação superficial e profunda e diurese presente
e clara. A paciente recebe alta do hospital dia 14 de setembro de 2013, visto que a mesma se apresentava
lúcida, afebril e demonstrava melhoras em seu quadro clínico. A paciente retorna ao HMDO dia 16/09/2013
para a realização de curetagem, com diagnóstico de aborto incompleto, sendo assim, internada. Após feito
o ato cirúrgico, sem intercorrências, paciente foi submetida a dieta zero por 6 horas após dieta branda.
Houve a administração de dipirona sódica 500mg, diclofenaco potássico 50mg, omeprazol 20mg, ceftriaxona
1g IV/IM e metronidazol 5mg/mL – 100mL.. Paciente evolui em bom estado geral (BEG), sem queixas e com
sangramento vaginal discreto, recebendo alta do HMDO no dia 18/09/2013. Considerações finais: A
gravidez heterotrópica é uma manifestação clínica rara e pode apresentar um alto grau de mortalidade, já
que seu diagnóstico precoce é difícil. Geralmente, sendo feito somente depois de ocorrida a ruptura da tuba
uterina, e seu tratamento é cirúrgico, dessa forma, possuindo um certo risco ao paciente.Assim, por ser uma
entidade que está se tornando cada vez mais frequente no âmbito hospitalar e seu prognóstico está
diretamente relacionado a precocidade de seu tratamento, torna-se necessário a produção deste relato de
caso para auxiliar na identificação e evolução da patologia.
Introdução: Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o câncer de colo de útero está
entre os tipos de câncer com maior mortalidade no país. No Maranhão, ele é o segundo mais incidente entre
as mulheres, tendo sido registrados mais de 800 casos em 2014. A prevenção primária do câncer do colo do
útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A maioria das
mulheres procura atendimento ginecológico somente nos casos sintomáticos, comprovando o
desconhecimento delas a respeito do exame preventivo em questão. Objetivos: Identificar prevalência das
mulheres com conhecimento acerca do exame Papanicolau na prevenção de câncer de colo do útero em
UBS. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa realizada com 28 mulheres
sexualmente ativas, com faixa etária entre 15 e 69 anos, por meio de entrevistas na Unidade Básica do Tibiri,
São Luis- Ma, no segundo semestre de 2014. Os depoimentos visavam estabelecer o conhecimento das
mulheres a respeito do exame preventivo. As entrevistas foram gravadas e manuscritas, as mulheres falaram
livremente sobre as perguntas norteadoras, não havendo interferências das pesquisadoras. Resultados: De
acordo com o questionário aplicado com as 28 mulheres entrevistadas, 14 tinham idade entre 15 e 28 anos
e 15 de 29 a 69 anos. Quanto ao estado civil 13 eram solteiras, 9 casadas, 1 viúva e 5 moravam com parceiro.
Em relação a coitarca, as mulheres relataram início entre 12 e 20 anos de idade, sendo a maior prevalência
aos 16 anos. Com relação ao exame, 24 mulheres relataram conhecimento e já haviam feito o preventivo; 4
desconheciam e nunca o tinham feito. Das mulheres que já haviam realizado o Papanicolau, 14 relataram
que faziam geralmente na frequência de um ano. Porém, não sabiam a real função do exame, somente 5
sabiam da importância dele no rastreamento do CA de útero. Os fatores da não realização do Papanicolau
apareceram associados à idade mais avançada e à promiscuidade, revelando um desconhecimento da
relação entre sexarca precoce e o desenvolvimento do câncer, além da escassez de instrução pela Equipe
de Saúde da Unidade. Conclusão: O trabalho buscou identificar os motivos que influenciam as mulheres a
não realizarem o exame Papanicolau. Definindo, assim, estratégias de intervenções mais eficientes e
adequadas às reais necessidades da população feminina. Intervindo na prevenção do CA de colo e
compreensão acerca do exame Papanicolau.
Introdução: No Brasil, estima-se que 630.000 pessoas de 15 a 49 anos vivam com Vírus de Imunodeficiência
Humana (HIV). Com relação à infecção pelo HIV em gestantes, um total de 77.066 casos foi notificado no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2000 a 2014, sendo o Nordeste
portador de 14,9% dos casos. O Ministério da Saúde tem investido no fornecimento de teste rápido para o
acesso ao diagnóstico durante o pré-natal na Atenção Básica de Saúde, pois o conhecimento do estado
sorológico da infecção pelo HIV e o diagnóstico precoce permitem a adoção de med idas que reduzem o
risco de transmissão vertical. Objetivos: Avaliar as condições sócio-demográficas e ambientais envolvidas
nas gestantes diagnosticadas com HIV no município de Caxias- MA. Métodos: Estudo epidemiológico
realizado por meio de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado
da Saúde do Maranhão com todos os casos notificados (N=25 casos) de gestantes infectadas pelo HIV entre
janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Resultados: Foram notificados 25 casos de gestantes HIV positivas,
sendo destas 64% com idade entre 20 a 29 anos, com ensino fundamental incompleto (32%); de cor parda
(56%) e residente na zona urbana (76%). O pré-natal foi realizado em 96% dos casos e a evidência
laboratorial foi obtida antes ou durante o pré-natal em 80% das gestantes. A profilaxia no momento do
trabalho de parto foi realizada em 60% dos partos e a quimioprofilaxia nas primeiras 24 horas em 76% dos
neonatos. Conclusão: A infecção do HIV em gestantes atinge mulheres jovens e com baixo nível de
escolaridade. Observa-se a tendência de interiorização da infecção pelo HIV, no qual nota-se progressiva,
embora incipiente, propagação da epidemia para municípios distantes. A cobertura pré-natal e o diagnóstico
são acessíveis à maioria das mulheres e a oferta de ARV às gestantes no momento do parto e aos recém-
nascidos atinge cifra próxima a 60% o que deve ser ampliada no intuito de erradicar a transmissão vertical.
Introdução: A sífilis gestacional é uma doença que ainda apresenta prevalência significativa, com relevante
letalidde, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento, o que gera uma transmissão vertical
estimada em 25%, sendo responsável por mais de 500 mil mortes fetais. Contudo, a sífilis gestacional exibe
diagnóstico simples e tratamento eficaz, levando, assim, à possibilidade de menores custos relativos ao
tratamento de seqüelas dessa infecção. Objetivos: Conhecer a epidemiologia da sífilis em gestantes no
município de Caxias do Estado do Maranhão. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo,
com análise quantitativa de dados, referente aos anos de janeiro de 2009 a dezembro de 2014 dos casos
notificados de Sífilis em gestantes (N=66 casos). A pesquisa foi realizada na Vigilância Epidemiológica da
cidade de Caxias - MA. Resultados: Foram notificados 66 casos de gestantes com sífilis no município
analisado sendo destas 64% com idade entre 20 a 29 anos; donas de casa (88%); com ensino fundamental
incompleto (53%); de cor parda (56%) e residente na zona urbana (86%). Houve uma prevalência de 63,64%
das gestantes com sífilis (42 pacientes) no estágio primário da doença, além disso, o tratamento com
Penicilina G benzantina foi o mais utilizado (75%). Conclusão: Nos dados levantados houve significativa
diminuição dos casos de sífilis gestacional no ano de 2014 em Caxias, mostrando-se como reflexo da redução
desses casos em nível nacional. A idade das gestantes com sífilis esteve em sua maioria na faixa de 21 a 30
anos, a e scolaridade das gestantes com sífilis é de ensino fundamental incompleto, resultado que concorda
com vários estudos desenvolvidos relacionando escolaridade e sífilis gestacional. Em nosso estudo foi
observada a prevalência de Sífilis no estágio primário, e o maior uso do tratamento com Penicilina G
benzantina nas gestantes com sífilis da cidade de Caxias- MA.
Introdução: Tuberculose é uma doença infecto -contagiosa, transmitida pelo ar, cujo agente etiológico é o
Myobacterium tuberculosis que atualmente se tornou um problema de saúde pública mundial. Durante a
gravidez, a tuberculose pode ser tratada com sucesso, utilizando drogas não teratogênicas como isoniazida,
rifampicina e pirazinamida; porém, o não tratamento adequado, resultando em doença não curada, é
associada à morbimortalidade entre mulheres grávidas, com possibilidade de disseminação pela veia
umbelical, pela transmissão pós-parto para o neonato e outros contactuantes. Objetivos: Traçar o perfil
epidemiológico dos casos de tuberculose em gestantes no estado do Maranhão, descrevendo caracteres
referentes aos pacientes notificados. Métodos:. Estudo transversal baseado em todos os dados (N =28672)
relacionados aos casos de tuberculose em gestantes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) de janeiro de 2004 a dezembro de 2014 notificados no Maranhão. Dos casos registrados, foram
coletadas características previamente selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil: município
de notificação, faixa etária, tipo de entrada, forma da tuberculose, realização da cultura de escarro,
coinfecção com HIV e situação de encerramento. Posteriormente, esses dados foram exportados para o
programa Microsoft Excel versão 2010 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados O
espaço amostral total do período analisado foi de 28672 gestantes. Destas 35,9% foram notificadas no
município de São Luís. A faixa e tária com maior número de registros foi entre 20 e 39 anos (41,5%). Quanto
a forma de entrada, 82,4% foram casos novos e a forma da tuberculose mais prevalente foi a pulmonar
(90,6%). Em relevante parcela das gestantes, não houve realização da cultura de escarro (88,75%) e em
55,3% não houve realização do teste para HIV. A situação de encerramento da grande maioria dos casos foi
a cura (72,4%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de tuberculose em
gestantes residentes em São Luís, inseridas na faixa etária dos 20 aos 39 anos, a grande maioria serão casos
novos, com a forma de apresentação de tuberculose do tipo pulmonar, a cultura de escarro e a testagem
para HIV não são realizadas com frequência, e as gestantes tem um alto índice de cura.
Introdução: A dengue grave, antigamente chamada de hemorrágica, segundo a nova classificação da OMS
em vigor desde janeiro de 2014, se tornou um problema de saúde pública devido aos inúmeros casos da
doença e elevado número de óbitos. Todo caso que apresente um ou mais desses sintomas: extravasamento
plasmático grave, hemorragia grave e envolvimento grave de órgãos é considerado caso suspeito de dengue
grave e deve ser realizado cuidados intensivos caso haja deterioração clínico-laboratorial. Objetivos:
Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com Dengue Grave na região nordeste observados entre os
anos de 2005 e 2015 considerando o número de casos confirmados e número de óbitos. Métodos: estudo
do tipo quantitativo epidemiológico e exploratório, de dados secundários, de todos os casos ocorridos e
notificados na região nordeste pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM) para o
período de janeiro de 2005 a julho de 2015. Resultados: O sistema de classificação da Dengue foi alterado
e desde 28 de fevereiro de 2014, a notificação e análises epidemiológicas dos casos de dengue são feitas
pela nova classificação da OMS e notificados exclusivamente por intermédio do Sinan Dengue Online. Os
resultados obtidos demonstraram que a região Nordeste apresentou no período observado 7440 casos de
Dengue grave que correspondem a (36,54%) dos casos notificados no país. Os estados com maior número
de casos registrados foram: Ceará, 153 (21,86%), Bahia 105 (18,3%) e Rio Grande do Norte 57 (14,9%),
respectivamente. Em relação ao número de óbitos, na região ocorreram 647 óbitos durante o período em
análise (25,88%) das notificações do país. O estado com a maior ocorrência foi o Ceará com 202 mortes
registradas e Alagoas apresentou o menor número, com apenas 28 casos. Conclusão: A pesquisa
demonstrou que a Dengue Grave, constitui-se um sério problema de saúde pública no país sendo
responsável por um grande número de óbitos todo ano. A região nordeste foi responsável por quase 37%
dos casos no país, tendo sido registrados nessa região, quase 26% do total de óbitos por essa causa. É
imprescindível que a nova classificação proposta seja conhecida por todos os médicos e profissionais de
saúde, visto que a ocorrência de casos ainda é bastante significativa pois ainda não se vislumbra, a curto e
médio prazo o controle dessa doença no Brasil.
Introdução: As hepatites virais são um grupo de viroses sistêmicas hepatotrópicas que produzem quadros
de hepatite aguda (inaparente ou sintomática). A depender do agente etiológico, da carga viral e de
condições do hospedeiro, podem evoluir para hepatite crônica, cirrose, câncer de fígado e formas agudas
fulminantes. A grande maioria dos casos de hepatites virais são causados por um dos cinco agentes: Vírus
da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e o vírus
da hepatite E (HEV). Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes c om hepatites virais no estado
do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados. Métodos: Estudo transversal
baseado em todos os dados (N =6347) relacionados às hepatites virais do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN) de janeiro de 2007 a maio de 2015 notificados no Maranhão. Dos casos registrados,
foram coletadas características previamente selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil:
município de notificação, sexo, faixa etária, raça, escolaridade, classificação etiológica e forma clínica de
apresentação. Posteriormente, esses dados foram exportados para o programa Microsoft Excel versão 2010
e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados: O espaço amostral total do período
analisado foi de 6347 pacientes. Destes 42,5% foram notificados no município de São Luís. O sexo com maior
número de casos registrados foi o sexo masculino (52,3%). Quanto a faixa etária, 23,3% dos pac ientes
estavam entre os 20 e 39 anos. Houve uma maior prevalência em pacientes da raça parda (57,9%) e com o
ensino fundamental incompleto (30,7%). Observou-se que 52,2% dos casos foram de hepatite A, seguidos
por 23,9% de casos de hepatite B. A forma clínica de manifestação mais prevalente foi a de hepatite aguda
(60,5%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de hepatites virais em
pacientes residentes de São Luís, a maioria é do sexo masculino, inseridos na faixa etária dos 20 aos 39 anos,
de raça parda e com ensino fundamental incompleto. Prevaleceram casos de hepatite A e a forma de
apresentação clínica mais comum é a de hepatite aguda.
Introdução: O Brasil caracteriza-se pelo clima tropical e pela grande diversidade da fauna. Pertencentes à
fauna do país encontram-se um grupo de animais de interesse médico, os animais peçonhentos. Dentre os
acidentes causados por animais peçonhentos, os ofídicos são os de maior importância médica devida sua
grande frequência e gravidade. Em função disso, esse tipo de acidente é um importante problema de saúde
pública. No Brasil, são registrados anualmente mais de 37.000 acidentes por escorpiões, 26.000 por
serpentes e 20.000 por aranhas. Quanto à letalidade, os acidentes por serpentes represe ntam 0,5%, por
escorpiões 0,2% e por aranhas 0,1% dos casos. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos acidentes por
animais peçonhentos no estado do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados.
Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal, baseado em todos os dados (N=16298) disponibilizados
pelo Ministério da Saúde através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN no período
de janeiro 2007 a dezembro 2014. Dos casos registrados coletou-se características previamente
selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil: tipo de acidente, sexo, faixa etária, raça,
escolaridade, gravidade e evolução dos casos. Os dados coletados foram tabulados e analisados
estatisticamente. Resultados: O espaço amostral total no período analisado foi de 16298 acidentes por
animais peçonhentos. Deste total, 74,2% foram provocados por serpentes. Quanto ao sexo dos pacientes,
72,6% pertenciam ao sexo masculino e a faixa etária com maior número de notificações foi entre 20 e 39
anos (37%). 70,4% dos pacientes notificados foram classificados como pardos e em 94,2% dos casos não se
obteve informações quanto a escolaridade. Em relação a gravidade, 56,7% foram acidentes considerados
leves e 84,2% dos pacientes foram curados. Somente 0,62% evoluíram para óbito por conta da causa
notificada. Conclusão: Conclui-se que, no estado do Maranhão há uma maior prevalência de acidentes com
serpentes, em pacientes do sexo masculino, com uma idade entre 20 e 39 anos, pardos, sem informações
quanto a escolaridade. Os acidentes em sua maioria são leves e apenas uma parcela não muito significativa
evolui para o óbito.
Introdução: As questões éticas vêm sendo alvos constantes de discussões tendo em vista o crescente
número de ocorrências devido ao descaso com a vida, principalmente na área médica, isso se constitui uma
preocupação social que pode repercutir na saúde pública do Brasil. Objetivos: O objetivo desse estudo foi
analisar a percepção ética de estudantes de medicina de uma faculdade privada e uma universidade pública
em Teresina-PI. Métodos: O estudo tem caráter descritivo e analítico com a abordagem quantitativa
realizado a partir de um questionário padronizado após aprovação do comitê de ética número 920.192 e,
em seguida, analisados através do programa estatístico SPSS versão 20.0.Os acadêmicos foram
questionados, no período de agosto a dezembro de 2014, quanto ao conhecimento do código de ética
médica, percepção quanto ao mau comportamento ético dos docentes, alteração na concepção e no
comportamento ético em comparação ao início de seu curso, momento adequado para ensinar a disciplina
e frequência de atualização quanto à ética médica. Resultados: Foram analisados 162 alunos, do 1º, 2º, 7º
e 8º períodos, sendo 53,09% de uma instituição privada e 49,61% de uma pública. Desse total 92 (62,07%)
eram do gênero masculino e 70 (37,93%) do feminino.Quanto ao conhecimento do CEM, 124 (76,54%)
afirmaram ter lido parcialmente, 29 (17,90%) nunca leram e 9 (5,56%) leram completamente. 66,05%
declararam ter professores com mau comportamento ético e 45,06% afirmaram que os docentes médicos
feriram o CEM. Cerca de 143 (88,8 7%) dos estudantes pesquisados afirmaram ter mudado seu
comportamento ético quando comparado ao início do curso, 42 (25,83%) preferem ter a disciplina
ministrada no 1º semestre, 51 (31,48%) em todos os períodos ,18 (11,11%) como optativa e o restante 51
(31,32%) em outros períodos. 109 raramente se atualizam, 18 (11,11%) nunca, 17 (10,49%) anualmente, 13
(8,02%) semestralmente e 5 (3,09%) mensalmente. Conclusão: Constatou-se apesar do baixo interesse pelo
conhecimento do CEM e em atualização ética, os acadêmicos em sua maioria consideram necessário ser
ministrada a disciplina em todos os semestres, relatam mudanças no comportamento moral em relação ao
início do curso e destacam professores considerados maus exemplos no cumprimento do CEM e no
comportamento ético profissional. Verifica-se a necessidade de medidas para que o ensino ético durante a
graduação não repercuta negativamente na formação dos futuros profissionais.
Introdução: O Zika Vírus é uma patologia emergente, considerada como um potencial problema de saúde
pública, transmitida através do mesmo mosquito Aedes aegypti, também transmissor da Dengue, com alto
potencial de contaminação e dificuldade patente de eliminação do vetor. O vírus Zica tem os seguintes
sintomas: febre, cefaléia, artralgia, mal-estar, exantema na face, tronco e membros superiores, além de
intenso. O conhecimento sobre esta doença ainda é limitado e a compreensão da real situação
epidemiológica ainda é restrita, com subnotificação de casos e diagnósticos baseados apenas em asp ectos
clínicos. Uma das grandes dificuldades de diagnóstico, deve-se à ausência de sorologia disponível
comercialmente para detecção de anticorpos para Zika Vírus no Brasil. Na Bahia, primeiro Estado a notificar
o aparecimento do Zika vírus, a análise epidemiológica apresenta um avanço se comparado às demais
regiões do Brasil. Objetivos: Analisar a incidência do vírus Zika, no Estado da Bahia de janeiro a julho de
2015. Métodos: Levantamento epidemiológico, baseado em dados obtidos através de boletim
epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e Datasus, em 2015. Resultados: A Zika teve seus
primeiros casos identificados na Bahia, em fevereiro de 2015. Foram notificados 34.518 casos suspeitos de
Zika, em 199 (47,72%) municípios, entre os quais destacam-se: Salvador (44,16%), Camaçarí (15,90%), Jequié
(3,63%) e Porto Seguro (3,11%) que concentram 82,91% dos casos. A situação epidemiológica apresenta
tendência linear crescente ao avali ar a distribuição segundo semana epidemiológica. Em relação à faixa
etária, a incidência é maior entre os 20 e 39 anos. A incidência de complicações neurológicas, associadas ao
Zika vírus, foi de 115 casos. Destes, 53 foram confirmados como Síndrome de Guillain-Barré, 24 descartados
e 32 estão em investigação para classificação da manifestação neurológica e a etiologia. Dentre os
confirmados, 49(92%) estão, potencialmente, relacionados à história pregressa de infecção por ZIKA e
02(6,9%) relacionados à dengue, com sorologia reagente. Conclusão: O datasus ainda não apresenta dados
notificados sobre Zica. Através do estudo epidemiológico realizado e sabendo-se que inúmeros casos foram
subnotificados, observa-se a necessidade de maior acompanhamento, e de medidas mais efetivas e
eficientes de controle e combate do vetor transmissor, para impedir a disseminação dessa patologia, bem
como reduzir o índice de complicações.
Introdução: No Brasil, o ritmo de crescimento da população idosa segue a tendência mundial, acompanhado
de mudança sociocultural das atitudes relativas à sexualidade e ao envelhecimento. A fragilidade em idosos,
acompanhada de algumas doenças comuns, dificulta o diagnóstico de infecção por HIV, tendo seus sintomas
confundidos com os dessas outras infecções. Tanto o idoso como os profissionais de saúde tendem a não
pensar na aids e, muitas vezes, negligenciam a doença nessa faixa etária. Objetivos: O objetivo deste estudo
foi descrever as características da AIDS em idosos do Estado do Ceará, na última década. Métodos: Realizou-
se um estudo de série temporal, com dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) entre janeiro de 2005 e dezembro de 2014. Resultados: Foram diagnosticados 10.299 novos casos,
sendo 1,5% (151) em idosos, 85,4% com comportamento heterossexual e 29,3% casados. A maioria deles,
residentes em Fortaleza (85,6%), com idade entre 60 e 69 anos (86,8%), gênero masculino (60,9%), raça
parda (61,6%). A proporção de casos homem/mulher teve seu pico em 2005 (5,5:1) reduzindo a partir daí,
atingindo o valor médio de 0,8:1 no período entre 2008 e 2011, e voltando a aumentar, chegando a 3,3:1
em 2014. Os grupos com menor escolaridade tiveram maiores coeficientes de incidência. A elevada
proporção de variáveis ignoradas reforça a implicação do sistema de investigação sobre a qualidade da
informação. Conclusão: Concluiu-se que a AIDS em idosos apresentou tendência de crescimento entre os
homens, com idades entre 60 e 69 anos, heterossexuais e casados, na última década, o que justifica a
implantação de campanhas de prevenção específicas para esta população, visando o enfrentamento da
doença.
Introdução: A meningite é um relevante problema de saúde pública, responsável por alta mortalidade e
morbidade em crianças, apesar de recentes avanços nos métodos diagnósticos e terapêuticos. Cerca de 5%
a 40% das crianças morrem em decorrência dessa doença, e 5% a 30% dos sobreviventes apresentam
sequelas neurológicas. Vários agentes podem causar meningites na infância, como bactérias, vírus, fungos,
espiroquetas, helmintos e protozoários. As manifestações clínicas variam de acordo com a idade e duração
da doença. Sintomas inespecíficos podem estar presentes, como mialgia, hipotensão, taquicardia, artralgia,
petéquias, febre, irritabilidade e abaulamento de fontanelas. O diagnóstico definitivo depende do exame do
líquor cefalorraquidiano, que varia de acordo com o agente etiológico, no qual avalia-se celularidade,
bioquímica, Gram e cultura. O tratamento empírico para meningite deve ser iniciado imediatamente após a
coleta do líquor e das hemoculturas, direcionado aos patógenos mais frequentes. Objetivos: O presente
estudo visa avaliar as características epidemiológicas referentes a crianças com idade entre zero e quatro
anos, atendidas em Araguaína - TO, no período de janeiro de 2010 a junho 2015, traçando um perfil
epidemiológico, confrontando com a literatura. Métodos: Foram coletados dados a partir da base de dados
eletrônica do SINAN-Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, através do
qual foram obtidas informações referentes à: idade, sexo e letalidade. Os dados foram analisados utilizando-
se o software Epi Info 7 e o Excel. Resultados: Nesse período foram notificados 74 casos de meningite: 37
(50%) eram crianças menores de um ano; 37(50%) do sexo feminino e 37(50%) do sexo masculino. Houve
quatro (5,4%) óbitos notificados, devido complicações da meningite. A maior incidência da doença foi em
2014, com 24 (32,4%) novos casos. Conclusão: Apesar de um número relativamente alto de meningite nessa
faixa etária, a letalidade por esta causa, mostrou-se baixa, no limite inferior encontrado na literatura. A
incidência da doença em crianças menores de um ano foi responsável por metade dos casos da faixa etária
analisada, refletindo, possivelmente, a imaturidade do sistema imunológico delas. Não houve diferença
quanto à incidência de meningite entre sexos, diferentemente da literatura, que apontou o sexo masculino
como sendo o mais acometido.
Introdução: As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos que têm em comum o
hepatotropismo. A prevenção dessas hepatites é um grande desafio para o sistema de saúde pública dos
países e das comunidades médica e científica. Desse modo, os vírus das hepatites ocasionam importante
morbimortalidade no mundo, causando doença hepática aguda e crônica. Objetivos: Analisar a ocorrência
de hepatites virais no Maranhão nos anos de 2007 a junho de 2015. Métodos: Trata-se de um estudo
quantitativo epidemiológico elaborado a partir de dados referentes às hepatites virais retirados do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram analisados de acordo com a classificação
etiológica, faixa etária, forma clínica e sexo. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office
Excel 2014. Resultados: No período de 2007 a junho de 2015, notificaram-se 6.358 casos de hepatites virais
no estado do Maranhão. Quanto à classificação etiológica, 143 (2,3%) casos foram ignorados, 3.313 (52,1%)
pacientes foram notificados apenas com hepatite A, enquanto 1.528 (24,4%) apresentaram apenas o vírus
B e 1.263 (19,9%) pacientes apenas o vírus C. Sete (0,1%) pacientes apresentaram as hepatites B e D, 39
(0,6%) foram identificados com os vírus B e C, 22 (0,3%) com os vírus A e B, quatro (0,06%) com as hepatites
A e C, e 39 (0,6%) pacientes consultados não se aplicam a esses grupos citados anteriormente. A maior
frequência de casos ocorreu na faixa etária de 20 a 39 anos com 1483 casos (23,3%), seguido pela faixa de
40 a 59 anos com 1333 (21,0%) e pela faixa de 5 a 9 anos com 1214 casos (19,1%). Entretanto, o menor
número ocorreu em pessoas com idade superior a 80 anos, com apenas 32 casos (0,5%). 3846 casos se
apresentaram sob a forma clínica de hepatite aguda (60,6%), 2286 casos sob a forma de hepatite crônica
(35,9%), 12 casos sob a forma de hepatite fulminante (0,2%), 91 casos com forma clinica inconclusiva (1,4%)
e 123 casos não tiveram a forma clínica especificada (1,9%). Ademais, notificaram-se 3326 casos em
indivíduos do sexo masculino (52,3%) e 3032 do sexo feminino (47,7%). Conclusão: Com base nos dados,
notou-se que a ocorrência de hepatites virais entre 2007 e junho de 2015 no Maranhão predominou na
forma isolada de hepatite A, na faixa etária de 20 a 39 anos, em indivíduos do sexo masculino. Ademais,
observou-se que a maior parte dos casos registrados apresentou-se sob a forma clínica de hepatite aguda.
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Apesar
de ser uma das patologias mais antigas no mundo, continua entre as doenças que mais afetam as pessoas.
Além disso, a co-infecção TB/HIV aumenta a incidência, a prevalência e a mortalidade por TB. Objetivos:
Determinar o perfil epidemiológico dos casos de tuberculose no Piauí, entre 2008 e 2014, segundo gênero,
faixa etária, forma de tuberculose, tipo de entrada, coinfecção HIV/AIDS e evolução. Métodos: Trata-se de
um estudo epidemiológico de caráter descritivo e retrospectivo dos casos de tuberculose no Piauí no
período entre 2008 e 2014. Os dados foram verificados no banco de dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN). Em seguida, foram analisados e agrupados em planilhas do software
Microsoft Excel e expostos em tabela. Resultados: Entre 2008 e 2014, foram notificados 6307 casos de
tuberculose no Piauí, sendo que 82,8% eram pulmonares e 14,6%, extrapulmonares. 995 casos aconteceram
em 2009 e apenas 785, em 2014. Observou-se um predomínio do gênero masculino, já que 4086 casos de
tuberculose foram em homens, correspondendo a 64,8% dos casos. 32,8% ocorreram na faixa etária entre
20-49 anos e 34,4%, entre 40-59 anos, resultando nas duas faixas etárias mais frequentes. As formas de
tuberculose extrapulmonar mais comuns são ganglionar e óssea, sendo que foram registrados 215 e 84
casos, respectivamente. 5,5% dos casos foram recidivantes e 2,4%, reingresso após abandono. Quanto à
coinfecção HIV/AIDS e tuberculose, 5,1% dos casos são coinfectados, entretanto 19 casos têm apenas o
vírus. 63,4% evoluíram para cura e 3,4%, para óbito. Conclusão: Nota-se que há predomínio de casos de TB
no gênero masculino, na faixa etária entre 40 e 59 anos e da forma pulmonar. A maioria são casos novos,
mas há uma parcela significativa que ocorre devido ao abandono do tratamento. Evidenciou-se também
redução dos casos nos últimos anos e a maioria tem evolução favorável com resolução do quadro.
Introdução: A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma infecção sistêmica causada
por um protozoário do gênero Leishmania. A doença é caracterizada por hepatomegalia, esplenomegalia,
febre, caquexia e anemia. As opções terapêuticas para a doença são diversificadas e dependem de diversos
fatores, tais como a área geográfica da infecção, o desenvolvimento de resistência aos tratamentos
habituais, co-infecção pelo HIV, desnutrição e outras infecções concomitantes. A maioria dos pacientes com
leishmaniose visceral respondem bem ao tratamento com antimoniais, ou com a terap êutica de segunda
linha, como pentamidina ou anfotericina. Entretendo um pequeno número de pacientes podem desenvolver
um quadro refratário ao tratamento medicamentoso, com recaídas da doença e permanência dos padrões
clínicos e laboratoriais. Relato de caso: Paciente J.F.A., 55 anos, sexo masculino, agricultor, natural de
Teresina-PI, procedente de Acauã-PI. Portador de leishmaniose visceral crônica, sofre de episódios
recorrentes de astenia, palidez cutâneo-mucosa e distensão abdominal. Possui um diagnóstico consistente
de leishmaniose visceral confirmado por testes laboratoriais, incluindo o achado de amastigotas do parasita
em esfregaços de medula óssea. O exame clínico revelou BEG, palidez cutâneo-mucosa (+/4+), afebril
(36,5°C), distensão abdominal com dor leve após palpação profunda e esplenomegalia (9 cm abaixo da
margem costal). O paciente recebeu o tratamento recomendado para a leishmaniose visceral, antimônio
pentavalente (20 mg/Kg/dia EV) durante 30 dias consecutivos, com apenas melhora sintomática transitória
seguida de recaída. O esquema foi repetido mais uma vez sem melhora clínica. A seguir foi administrada
anfotericina B lipossomal 3 mg/kg/dia, durante 7 dias com pouca melhora clínica. Devido à alta toxicidade
da anfotericina, a droga foi suspensa e o paciente encontra-se apenas sendo tratado com medidas de
suporte. Considerações finais: A leishmaniose visceral é uma doença grave que está associada com
desnutrição, anemia, hepatoesplenomegalia, hiperesplenismo, processos infecciosos e coagulopatias. O
fracasso no tratamento clínico não é muito comum devido à alta efetividade das drogas disponíveis,
principalmente a anfotericina. Alguns aspectos como co-infecção, desnutrição ou falha na prescrição devem
ser investigados em pacientes resistentes ao tratamento clinico da leishmaniose visceral.
Introdução: A esquistossomose é uma endemia parasitária típica do Nordeste que continua a ser um grave
problema de Saúde Pública. Também conhecida por barriga d’água, xistosa ou doença do caramujo, é
caracterizada na forma mais grave, a hepato-esplênica, pelo aumento do fígado e do baço. O diagnóstico e
o tratamento são relativamente simples, mas a erradicação da doença só é possível com medidas
preventivas. Objetivos: Levantar um perfil epidemiológico de Esquistossomose Mansoni (EM) na região
Nordeste de 2010 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo epidemiológico retrospecti vo
elaborado a partir de dados retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram
analisados todos os dados de EM referentes à faixa etária, sexo, escolaridade e evolução da doença na região
Nordeste de 2010 a 2015. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office Excel 2014.
Resultados: Foram notificados 7298 casos de Esquistossomose no Nordeste, sendo 3974 (54,5%) no sexo
masculino e 3323 (45,5%) no sexo feminino. Do total de casos, o maior número ocorreu na Bahia (BA) com
3787 casos (51,9%), seguido do Pernambuco (PE) com 1650 (22,6%). O ano de maior ocorrência foi 2011,
somando 1526 (20,9%) dos casos, entre os quais a maioria se concentrou na BA com 749 (49,1 %) dos casos
neste ano. A maioria evoluiu para cura com 3347 casos (45,9%), seguido de 185 casos (2,5%) classificados
como Não Cura; ocorreram 141 óbitos por esquistossomose, os quais predominaram no PE (91 casos). A
maior frequência de casos ocorreu na faixa etária de 20-59 anos com 4618 casos (63,3%), seguido por
pessoas com idade menor que 20 anos com 1625 casos (22,3%). Analisando os graus de escolaridade, 2701
casos foram ignorados ou brancos e 543 correspondentes a analfabetos. A maior ocorrência deu-se em
pessoas com escolaridade restrita ao ensino fundamental com 2858 casos (39,2%); houve ocorrência
intermediária em pessoas no ensino médio com 863 (11,8%) e menor ocorrência naqueles em educação
superior com 122 casos (1,7%). Conclusão: Foram notificados numerosos casos de EM no Nordeste,
principalmente na Bahia e em Pernambuco, sendo este último o estado de maior número de óbitos. A
doença é mais frequente em homens e na faixa etária de 20-59 anos; e na maioria dos casos evolui para
cura, mostrando que o tratamento adequado é eficaz. Além disso, naquelas pessoas alfabetizadas,
percebeu-se que o número de casos é inversamente proporcional ao aumento de escolaridade.
Introdução: Celulite bacteriana é um processo inflamatório agudo que acomete derme e tecido celular
subcutâneo. Os agentes mais comuns são Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus. As áreas mais
envolvidas são membros inferiores e superiores, face, tronco e nádegas. Apresenta hiperemia, edema, calor
local e aumento dos linfonodos regionais. Vesículas e hemorragias cutâneas estão associadas à infecção
grave e toxemia. Febre, taquicardia e hipotensão estão em alguns casos, surgindo pouco após a lesão
cutânea. Uma coleção purulenta local pode surgir culminando em abscesso subcutâneo, e ainda, causar
necrose de pele. O diagnóstico é clínico. Exames laboratoriais mostram leucocitose com desvio a esquerda,
PCR, ASLO positivos. A TC e US são úteis para detectar abscessos e guiar a drenagem. O tratamento visa a
cobertura do principal agente, sendo os antibióticos de escolhas os betalactâmicos. Relato de caso: L.B.Q.F,
9 anos, feminino, procedente de Pinheiro – MA, comparece ao Hospital da Criança em São Luís – MA com
febre, dor, hiperemia e edema em toda a extensão do membro superior esquerdo há 4 dias, após realização
de punção venosa na região dorsal na mão esquerda que progrediu rapidamente. Ao exame apresentava
febre de 39,5° C, dor, edema, hiperemia e calor em todo o MMSS esquerdo. A menor foi internada e tratada
com Oxacilina durante 14 dias, evoluindo com melhora clínica e apresentando posteriormente coleção no
antebraço. Foi feita fasciotomia para drenagem de abscesso subcutâneo. Após 3 dias do procedimento
cirúrgico, apresentou cefaleia frontal de fortíssima intensidade e vômito. A TC evidenciou imagem sugestiva
de abscesso cerebral (3,8 x 3,2 cm) A paciente foi encaminhada à neurocirurgia para drenagem do abscesso
cerebral em uso de Vancomicina. Considerações finais: O abscesso cerebral é uma coleção focal no
parênquima cerebral como complicação de diversas infecções, trauma ou cirurgia. Desenvolve-se por
contiguidade, via hematogênica ou via direta. As manifestações clínicas podem ser do tipo síndrome
infecciosa, com mal estar e febre; hipertensão intracraniana com cefaléia e vômitos e síndrome neurológica
focal. O diagnóstico é baseado na clínica, exame neurológico e neuroimagem. O tratamento é feito com
antibióticos, tratamento neurocirúrgico do abscesso e tratamento do foco primário da infecção.
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) são
consideradas de grande importância para a Saúde Pública devido a sua magnitude, transcendência e
expansão geográfica. Já que a LV não é uma doença definidora de AIDS e, consequentemente, pode ser
considerada oportunista, casos dessas patologias concomitantes ainda continuam subestimados.
Observado o aumento de tal coinfecção tornam-se necessárias publicações desses casos objetivando maior
esclarecimento dos profissionais e a investigação de terapêuticas que aumentam a sobrevida dos pacientes.
Relato de caso: Paciente do sexo masculino, pardo, 56 anos, solteiro, atualmente vigilante, anteriormente
lavrador, natural de Morros-MA e residente em São Luis – MA, admitido em 14/04/2014, em hospital de
referência para pacientes com HIV/AIDS no estado do Maranhão, apresentando anorexia, perda ponderal
progressiva, astenia há 6 meses. Verificou-se, na ectoscopia, hepatomegalia, palidez cutâneo-mucosa
(++/4+), equimoses cutâneas, dificuldade para deambular e edema em MMII. A avaliação laboratorial
evidenciou pancitopenia. Foi internado e, após exclusão de outras patologias, fez-se o diagnóstico de LV
(por meio de mielograma, teste de imunofluorescência indireta, ambos reagentes para Leishmania sp).
Iniciou-se o tratamento com Anfotericina B lipossomal 50mg/dia (por 10 dias). Com relação ao HIV, o
diagnóstico foi realizado por meio do teste ELISA anti-HIV 1 e 2 com resultado reagente, sendo confirmado
por Western Blot reagente, todavia o paciente relato u que não havia iniciado o tratamento com os
antirretrovirais. Iniciou-se o tratamento com 3TC+TDF+EFZ (300mg+300mg+600mg/dia) em 19/04/2014. No
mesmo dia, o paciente apresentou edema generalizado, entrando na UTI com enterorragia, dispneia
intensa, hipotensão, taquicardia, sibilos e creptos difusos bilateralmente. Veio a óbito em 20/04/2014.
Considerações finais: O caso relatado demonstra a importância da identificação de comorbidades graves,
que apresentam sintomas inespecíficos e que em alguns casos de coinfecção com HIV, como foi o caso
mostrado, pode apresentar prognóstico desfavorável. A interação entre as duas doenças tem consequências
funestas, com maior letalidade, dado exposto em outros estudos, entre os coinfectados e maior dificuldade
de diagnóstico. Salienta-se, portanto, a relevância do diagnóstico precoce e adesão ao tratamento para
assim favorecer uma maior sobrevida desses pacientes.
Introdução: Intoxicação é a manifestação, através de sinais e sintomas, dos efeitos nocivos ao organismo
vivo como resultado da sua interação com alguma substância química. Pode ocorrer na forma de acidente,
tentativa de assassinato ou de suicídio e a identificação do produto tóxico e do perigo envolvido são
fundamentais para um tratamento eficaz. Objetivos: Analisar a ocorrência de Intoxicação Exógena (IE) no
Nordeste do Brasil de 2010 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo elaborado
a partir de dados retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificaçã o (SINAN). Foram analisados
os dados referentes à faixa etária, sexo, agente tóxico, circunstância e evolução dos casos no Nordeste de
2010 a 2015. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office Excel 2014.. Resultados: Foram
notificados 98.552 casos de IEs no Nordeste, sendo 51.107 (51,86%) no sexo feminino e 47.417 (48,11%) no
sexo masculino. O maior número de casos ocorreu em Pernambuco (PE) com 33.205 (33,69%), seguido da
Bahia (BA) com 15.973 (16,21%). A maior ocorrência foi em 2014, somando 24.389 (24,75%) dos casos. A
maioria das IEs notificadas foram por medicamentos, com 28.782 (29,20%) casos; 14.803 (15,02%) por
alimentos e bebidas; 8.314 (8,44%) por abuso de drogas; 5.346 (5,42%) por raticidas; 5.202 (5,28%) por
produtos domiciliares; e 4.648 (4,72%) por agrotóxicos agrícolas. Das intoxicações notificadas, 23.049
(23,39%) casos foram assumidos como tentativas de suicídio; 15.563 (15,79%) referidos como acidental;
10.083 (10,23%) por in gestão de alimento; 7.853 (7,97%) por uso habitual de medicamentos; e 7.182
(7,29%) por abuso de medicamentos. A maioria evoluiu para cura, sendo 65.328 (66,29%) casos sem sequela
e 1.459 (1,48%) com sequela. No mesmo período foram notificados 1.266 (1,28%) óbitos por IEs. Os casos
predominaram em pessoas na faixa etária menor que 20 anos com 39.207 (39,78%) casos, seguido com
idade de 20-39 anos com 38.685 (39,25%). Conclusão: Observou-se que as IEs são mais frequentes na
população feminina e em pessoas com idade menor que 20 anos. Houve predomínio em 2014, com maior
ocorrência em PE. A maioria das IEs foram por medicamentos e em grande parte por tentativa de suicídio.
Dentre os casos notificados no Nordeste, a maioria evoluiu para cura. A identificação e a descrição das
características epidemiológicas dos casos de IE são de grande relevância para o plano de tratamento e para
o planejamento de medidas de prevenção.
Introdução: A dengue é uma arbovirose que vem causando sérios problemas de saúde pública, em regiões
tropicais e subtropicais do planeta, sendo responsáveis por altos índices de casos nos últimos anos. Em 2014,
foram registrados 591.080 casos notificados de dengue no país. Entre 2007 e 2009, observou-se aumento
das formas graves, atingindo, principalmente, crianças. Caracteriza-se por um cenário de transmissão
endêmica/epidêmica em grande parte do país com grandes mudanças no padrão epidemiológico. Objetivos:
Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com dengue na região nordeste observa do entre os anos
de 2010 e 2015, incluindo a incidência e o número de óbitos. Métodos: estudo do tipo quantitativo
epidemiológico e exploratório de dados secundários e notificados na região nordeste pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAM) para o período de janeiro de 2010 a julho de 2015.
Resultados: Os dados obtidos evidenciam que a região nordeste apresentou no período observado 828
óbitos correspondendo a 25,7% dos casos no país. Considerando a incidência (calculada na proporção de
um caso a cada 100 mil habitantes), os três estados com as maiores taxas registradas foram: Alagoas (3789),
Rio Grande do Norte (3414) e Ceará (2889), respectivamente. Em relação ao número de óbitos os estados
que apresentaram maior ocorrência no período observado foram: Ceará 266 (32,13%) Pernambuco 162
(19,57%) e Bahia 116 (14,0%), correspondendo a mais da metade do número de óbitos na região. Conclusão:
A pesquisa demonstrou que o número de óbitos ainda é significativo na região. É imprescindível a
intensificação, assim como melhorias na qualidade das atuações da vigilância epidemiológica, entomológica
e das políticas de saúde pública no controle da dengue. Não menos importante é a participação da
população e uma boa interação dessa com os serviços de saúde garantindo uma maior eficácia na prevenção
e controle da dengue
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PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA MENINGITE NO ESTADO
P74
DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2013 A JUNHO DE 2015
Autores: Helena Maria Fonseca De Sousa; João Gabriel Dias Brasiliense Frota; Cláudia Tamires Sousa Leite;
Renata Cristina Araújo De Abreu; Karla Luciana Lima Rocha; Renata Cristina Araújo De Abreu.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Helena Maria Fonseca De Sousa
Contato: helena.marya26@gmail.com
Introdução: Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios
metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina,
na secreção de insulina ou em ambas. O número de indivíduos diabéticos está aumentando em virtude do
crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da crescente prevalência de
obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM e estima-se que até 2030
serão 300 milhões de adultos com DM. Objetivos: Analisar e demonstrar o perfil epidemiológico dos
pacientes com DM acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (ESF) no Centro de Saúde Djalma
Marques, Turu, São Luís-MA, Brasil em relação ao gênero, à idade e as medicações em uso, sendo que foram
levadas em conta apenas as disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de uma
pesquisa de perfil de saúde, descritiva e com abordagem quantitativa. A pesquisa foi feita através do Livro
de Registros dos Diabéticos da Unidade Básica de Saúde (UBS) em questão por meio dos dados do cadastro
Manual de Instalação e Operação – HIPERDIA, no período de Abril de 2013 até Julho de 2015. Resultados:
Observou-se que dos 100 pacientes analisados, 54% tinham entre 61 a 80 anos; 34% entre 41 a 60 anos; 8%
entre 81 a 100 anos; 2% abaixo de 40 anos e 2% acima de 100 anos. Em relação ao gênero, 65% eram do
gênero feminino. Quanto à medicação, 75% fazem uso de Glibenclamida; 68% de Metformina e 11% de
Insulina. Conclusão: O perfil epidemiológico do estudo traçado apresenta a maioria dos pacientes de sexo
feminino. A faixa etária predominante está entre 61 a 80 anos. A medicação em uso predominante foi
Glibenclamida. Esta pesquisa demonstra a importância do programa ESF e da distribuição gratuita dos
medicamentos antidiabéticos aos pacientes como forma de maior adesão ao tratamento e melhoria da
qualidade de vida. Ressalta-se, também, a necessidade do constante aprimoramento às ações preventivas,
diminuindo dessa forma internações, e consequentemente gastos públicos evitáveis, possibilitando o uso
desses recursos em outras áreas de saúde.
Introdução: a Leishmaniose Visceral (LV), ou calazar, é uma doença infecciosa, de evolução crônica grave,
potencialmente fatal (10%). É causada por protozoários do gênero Leishmania, pertencentes ao complexo
Leishmania donovani, transmitida por meio da picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis. A suspeita clínica
baseia-se na historia de febre, anemia, diarreia, emagrecimento, adinamia e hepatoesplenomegalia. O
ministério da saúde relata a ocorrência de 3.100 casos novos por ano no Brasil, 54% deles em crianças
menores de 10 anos. As mudanças na economia mundial contribuíram para um processo de tr ansição
epidemiológica: transferência de perfis de morbi-mortalidade característicos do meio rural para o meio
urbano (urbanização da LV). Tal fato compromete os esforços dos órgãos de saúde para efetivo controle da
doença nos diferentes ambientes Objetivos: descrever o perfil epidemiológico dos pacientes notificados
com Leishmaniose Visceral no Estado do Maranhão, no período de 2010 a 2013. Métodos: estudo descritivo
retrospectivo, a partir dos casos notificados no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação
Compulsória, referentes aos anos de 2010 a 2013. Os dados foram organizados segundo idade, sexo,
raça/cor, município de notificação e zona de residência. Resultados: no período em questão, foram
notificados 1.493 casos de LV, sendo 354 (23,7%) em 2010, 381 (25,5%) em 2011, 239 (16%) em 2012 e 519
(34,8%) em 2013. Em relação à idade, as faixas etárias mais acometidas foram de 1 a 4 anos (40,7%), 20 a
39 anos (16,5%), menores de 1 ano ( 13,1%) e 5 a 9 anos (11,4%). Quanto ao sexo, 906 casos (60,7%) eram
do sexo masculino e 587 (39,3%), do sexo feminino. Em relação à raça/cor, as mais acometidas foram parda
(72,9%), branca (12,7%) e preta (9,8%). Os municípios com maior número de casos foram São Luís (7,8%),
Imperatriz (6,6%) e Caxias (6,3%). E a zona de residência que concentrou casos foi a urbana (65,2%).
Conclusão: evidenciou-se, entre 2010 e 2011, um aumento no número de casos de LV no Maranhão, o que
não foi observado em 2012. Em geral, identificou-se um predomínio de casos na faixa etária de 1 a 4 anos,
na raça parda e no sexo masculino. Observou-se que São Luís se mantém como o líder em número de casos
notificados de LV, porém, observa-se que a distribuição dos casos pelos municípios é constante, sem
disparidades significativas. O mesmo não se observa em relação à zona de residência, onde se observa
predomínio marcante de casos na zona urbana.
Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa, ocasionada por uma bactéria, Treponema pallidum, com
transmissão predominantemente sexual. A sífilis congênita resulta da transmissão dessa bactéria por via
hematogênica da gestante não tratada ou inadequadamente tratada, para o seu concepto por via
transplacentária. Devido a sua alta taxa de transmissão vertical, a vigilância epidemiológica busca notificar
os casos dessa enfermidade, para controlar a transmissão do agente etiológico. Objetivos: Relatar, em
números, os casos confirmados notificados de sífilis congênita no Estado do Piauí, Brasil, no período
compreendido entre 2010 e 2013, fazendo um comparativo com o de gestantes que realizaram o pré-natal,
bem como a realização do tratamento para sífilis no parceiro. Métodos: Estudo de natureza quantitativa
baseado em dados secundários obtidos pelo site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
Resultados: A pesquisa realizada encontrou que o número de casos confirmados notificados de sífilis
congênita no estado do Piauí, Brasil, nos anos de 2010, 2011,2012, 2013 foram 29 , 36, 79 , 32 ,
respectivamente, totalizando a soma de 177 casos para o período em estudo. Dos casos confirmados
evidenciou-se que 145 realizaram o Pré-Natal, 28 não realizaram e 4 não tiveram acompanhamento
adequado (Ign/Branco). Foi analisado que durante esse período, dos casos confirmados, 113 parceiros não
realizaram tratamento, 40 parceiros realizaram tratamento e 24 não tiveram acompanhamento adequado
(Ign/Branco). Conclusão: Os resultados sugerem, pela proximidade de valores coletados nas variáveis
consideradas como casos totais confirmados, tratamento do parceiro e pré-natal, falhas no sistema de
controle das DSTs, nos programas de pré-natal e a da execução dos protocolos pelas maternidades.
Portanto, deve haver uma atenção voltada para melhorias na realização do pré -natal por parte dos
profissionais de saúde, além da promoção de saúde a respeito das DSTs para que os pacientes discriminem
as possíveis situações de risco em suas práticas sexuais; desenvolva a percepção quanto à importância do
seu tratamento e de seus parceiros sexuais e de comportamentos preventivos. Promoção do uso de
preservativos. Aconselhamento aos parceiros. Educação em saúde, de modo geral.
Introdução: A doença de Kawasaki é uma vasculite sistêmica aguda de etiologia desconhecida, cujo
diagnóstico baseia-se em critérios clínicos. Ocorre predominantemente em lactentes e crianças menores de
cinco anos de idade. É considerada a principal causa de cardiopatia adquirida na infância. Objetivos:
Descrever as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais dos casos de doença de Kawasaki
acompanhados no Hospital Infantil de referência do Estado do Piauí, no período de junho de 2008 a junho
2014. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de uma série de casos de pacientes com dia gnóstico de
doença de Kawasaki, através das informações contidas nos prontuários. Os dados foram processados no
software SPSS 13.1 Resultados: A amostra foi constituída de sete casos. A idade variou de um a oito anos. A
proporção meninos/meninas foi de 2/5. Receberam outros diagnósticos prévios quatro (57,1%) dos
pacientes, sendo que 28,5% dos casos foram inicialmente diagnosticados como escarlatina e artrite, cada
um deles e outros 14,2%, como sepse e otite. O tempo de febre variou de sete a quinze dias. Três (42,8%)
crianças apresentaram cinco dos sinais sugestivos da doença (exantema, alterações de extremidades,
enantema, conjuntivite e linfonodos cervical); três (42,8%) com quatro sinais e uma (14,2%) com três sinais.
Três (42,8%) crianças receberam gamaglobulina entre o oitavo e o décimo dia de evolução da febre. Duas
(28,5%) das crianças ficaram afebris após infusão da primeira dose da medicação e a outra (14,2%) manteve
a febre por mais de 24 horas, necessitando de uma segunda da imunoglobulina. Seis (85,7%) usaram o Ácido
Acetil Salicílico na dose (80 a 100mg/kg/dia) dose de ataque e uma (14,2%) fez a dose de 50mg/kg/dia. Todos
os pacientes realizaram ecocardiograma, porém, nenhum apresentou alteração cardíaca. Conclusão: Apesar
do número limitado de casos da doença no estudo, observa-se que algumas características da população
estudada assemelham-se às descritas na literatura, como as manifestações clínicas, a idade, a resposta à
gamaglobulina e os exames laboratoriais. Observou-se que antes de se diagnosticar a doença de Kawasaki
é frequente o diagnóstico prévio com outras doenças, sobretudo, as de causas infecciosas. Logo, é
necessário que o pediatra fique alerta quanto à doença de Kawasaki, como diagnóstico diferencial das
doenças febris, visando diagnosticar precocemente a doença e instituir a terapêutica, minimizando os riscos
e possíveis sequelas.
Introdução: A doença de still do adulto (DSA) é uma rara e complexa síndrome auto inflamatória
(poligênica), de causa desconhecida, que se apresenta em um quadro heterogêneo de febre, poliartralgia,
exantema, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, leucocitose e elevação das enzimas hepáticas, taxa de
sedimentação de eritrócitos e ferritina. Afeta preferencialmente pessoas jovens e tem uma distribuição
etária bimodal, entre 15-25 e 36-46 anos de idade. O diagnóstico pode ser muito complexo devido não
existirem testes específicos e achado histopatológico patognomônico, sendo, portanto, um diagnóstico de
exclusão. Relato de caso: R.O.S., 30 anos, sexo feminino, solteira, lavradora, admitida em hospital de
referência, com quadro de artralgia e edema articular há 1 mês com episódios de febre e calafrios
intermitentes. Há 6 anos, no primeiro trimestre de sua primeira e única gravidez, a paciente apresentou
edema progressivo inicialmente nas pequenas articulações (interfalângicas, metacarpofalângicas) que em
cerca de 2 dias já estava presente nas médias e grandes articulações. O edema era acompanhado de artralgia
e um quadro de febre alta com intensos calafrios. Após uma semana do início dos sintomas, surgiram
exantemas cutâneos nos membros inferiores. Já no segundo trimestre de gestação, ela foi diagnosticada
com DSA e foi realizado o parto precocemente. Desde então, ela vem apresentando períodos de remissão
dos sintomas de mais ou menos dez meses, com crises anuais de duração de dois meses, geralmente no
início do ano. Durante as cris es, há um aparecimento súbito de artrite nas pequenas articulações
(interfalângicas, metacarpofalângicas) com progressivo acometimento de artralgia nas articulações do
punho, joelho, tornozelo, cotovelo, ombro, coluna cervical. Há também febre alta e intermitente, calafrios,
rigidez matinal e edema das articulações interfalângicas e do punho. Na internação, os exames de
radiografia dos punhos e mãos demonstraram calcificações arteriais em partes moles. Exames laboratoriais:
velocidade de hemossedimentação de 22mm/1ª hora; Proteína C reativa, 16,94 mg/mL; alanina
aminotransferase, 80 U/L; Leucócitos, 14,30x10³/µL; Ferritina, 264 ng/mL; Capacidade ferropéxica, 326
µg/dL; Ferro, 527 µg/dL. Considerações finais: As manifestações constitucionais da DSA normalmente são
importantes, necessitando de internação. O prognóstico da doença de Still do adulto é bom, com a maioria
dos pacientes apresentando uma doença sistêmica recorrente.
Introdução: A Tromboangeíte Obliterante ou Doença de Buerger é uma doença dos vasos periféricos, ou
seja, que acomete artérias e veias de pequeno e médio calibre das extremidades. Apresenta maior
acometimento de homem adulto jovem, tabagista entre os 20 e 40 anos de idade. Por ser uma doença que
pode ocluir diversos vasos, a sintomatologia é muito variável. O tratamento é principalmente a parada do
fumo. O prognóstico da doença é muito ruim, pois a remissão da doença é difícil mesmo nos pacientes que
param de fumar. Relato de caso: J.P.A., 70 anos, cadeirante, natural e residente em Morros, hipertenso não
controlado, diabético controlado, tabagista de meio maço por dia. Deu entrada na emergência da UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) com história de mãos e pés sinais de isquemia. Acompanhante relata que
5 dias observou o surgimento de manchas roxas nas mãos, pés e ponta do nariz do paciente. Referia também
que, além disso, o paciente apresentava tosse produtiva há mais de duas semanas. Ao exame apresentava
extremidades frias, dor a palpação dos pés e edema +++/4+, pulso pedioso presente bilateralmente,
ausculta cardíaca normal, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente, mas diminuído
globalmente, sibilos difusos e creptações em hemitórax direito. Foi solicitado hemograma que apresentou
plaquetopenia de 56000. Por todos os achados foi levantada a hipótese de doença de Buerger, apesar dessa
doença acometer indivíduos jovens com maior frequência. A conduta foi internação para estabilização do
quadro, porém a família não aceitou a internação e assinou a alta à revelia. Após três dias, o paciente voltou
já em quadro séptico, com necessidade de suporte ventilatório e hemodinâmico. Foi mandando para área
vermelha, mas acabou evoluindo ao óbito. Conclusão: A tromboangeíte obliterante é uma grave doença
que afeta pequenos vasos pequenos e médios. Tem uma íntima ligação com o tabagismo e acomete com
maior frequência homem jovem. O caso exposto mostrou algo diferente da epidemiologia normal, pois a
doença acometeu um idoso. Outro ponto visto foi que o não tratamento correto acabou por gerar graves
complicações e óbito do paciente.
Introdução: A hérnia de disco intervertebral lombar é a principal causa da lombociatalgia. É uma patologia
relativamente frequente, cuja incidência anual estimada na população do mundo ocidental varia de 0,1 -
0,5%. Atualmente essas patologias estão sendo solucionadas através de procedimentos cada vez menos
agressivos, os quais consistem em se realizar mini incisões com utilização de microscópio ou endoscópio.
Essas técnicas promovem uma rápida recuperação dos pacientes e menor agressão a estruturas não
envolvidas na patologia de base. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 59 anos de idade, funcionária
pública e com histórico de lombociatalgia direita há 11 meses, sem resposta a tratamento clínico com
antiinflamatórios não esteroidais, analgésicos, fisioterapia e hidroterapia. Ao exame físico apresentava dor
importante com limitação de movimento da coluna lombar, Teste de Lasegue +, parestesias em dermátodos
L4-L5, força muscular grau 5, reflexos normoativos, além de VAS de 8 e Oswestry de 83%. Foram solicitados
exames de imagem os quais demonstraram espondilose lombar inicial sem sinais de instalibilidade em raio
x e hérnia discal foraminal direita com compressão de raiz nervosa em ressonância magnética. Paciente foi
então submetida a tratamento cirúrgico por via endoscópica com transoperatório sem intercorrência. No
pós-operatório apresentou VAS de 2 e Oswestry de 33%, permaneceu em internação hospitalar por 16 horas
após o procedimento e retornou ao trabalho no oitavo dia pós operação. Atualmente encontra-se em bom
estado geral e não apresenta déficit neurológico. Considerações finais: As cirurgias minimamente invasivas,
como a por via endoscópica, são extremamente importantes em pacientes em que o tratamento clínico não
for eficaz e em que o cirúrgico for indicado, pois além de promoverem menor risco transoperatório
promovem menor agressão de estruturas e assim proporcionam uma mais rápida recuperação dos
pacientes.
Introdução: As lesões da coluna cervical são cada vez mais frequentes, em decorrência do número crescente
de acidentes de alta energia. Existem várias classificações para as lesões da coluna cervical, sendo que as
melhores preocuparam-se em identificar as lesões instáveis da coluna cervical (1). As fraturas do atlas
correspondem a 2% das fraturas da coluna vertebral e a 10% das fraturas da coluna cervical (2). Em 1920,
Jefferson descreveu a fratura em explosão do atlas atribuindo a ela o mecanismo de carga axial ao topo da
cabeça (3). A segunda forma mais comum de fratura do Atlas (C1) é a fratura po r explosão ou fratura de
Jefferson, que consiste em um ou dois traços de fratura no arco anterior e no posterior (4). Relato de caso:
JOPL, 19 anos, estudante, natural e residente em São Luís - MA, foi trazido pelo SAMU com história de
trauma cranioencefálico (TCE) associado a trauma raquimedular. O acompanhante referiu que o trauma
ocorreu quando o paciente efetuou um mergulho e acabou chocando a cabeça no fundo da piscina. Referia
também que desde o momento do acidente o paciente permaneceu letárgico e teve um episódio de vômito.
Ao exame primário, o paciente se encontrava com imobilização cervical e em prancha rígida, Glasgow 10,
estável hemodinamicamente e sem outras alterações. Foi encaminhado para a tomografia computadorizada
(TC) de crânio e coluna cervical. A TC de crânio não evidenciou nenhuma alteração, porém foi visto fratura
de Atlas (C1) ou fratura de Jefferson. Durante o exame secundário, o paciente iniciou com quadro de choque
medular. Foram utilizadas atropina e noradrenalina na tentativa de reversão do quadro, e após estabilização
parcial o paciente foi mandado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante sua estada na UTI, o
paciente continuou a utilizar drogas vasopressoras, porém evoluiu ao óbito após dois dias. Considerações
finais: A lesão raquimedular é um grave tipo de trauma que pode gerar risco a vida do paciente. A fratura
de Jefferson é uma lesão que normalmente ocorre associada ao TCE e requer rápida estabilização. No relato
apresentado foi possível perceber que mesmo o paciente tendo sido corretamente atendido, o quadro
evoluindo para um choque neurogênico que e posteriormente para óbito. Dessa forma fica claro que nem
sempre as medidas de suporte são suficientes e que o ideal é a prevenção desse tipo de trauma.
Introdução: A Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) é uma deformidade da cabeça do fêmur que ocorre na
infância devido à obstrução transitória da circulação nesta área. A incidência varia de 1:1200 a 1:1250, sendo
maior a frequência no sexo masculino, em uma proporção de 4:1. A faixa etária de acometimento varia de
2 a 16 anos, com pico de aos 6 anos. O quadro clínico é manifestado por dor, claudicação e limitação da
amplitude do movimento articular. Há também diminuição da abdução, da flexão e da rotação medial do
quadril. O diagnóstico é realizado pelo quadro clínico e confirm ado com o exame radiográfico e/ou outros
exames complementares. O tratamento conservador pela fisioterapia é o método de escolha para a grande
maioria dos casos de DLCP. O tratamento cirúrgico fica em um segundo plano e é mais utilizado em casos
mais graves ou refratários ao tratamento clínico. Relato de caso: JPDS, 5 anos, estudante, natural e residente
em São Luís, foi encaminhado ao ambulatório de ortopedia pediátrica por história de dor e diminuição do
movimento de perna esquerda há mais ou menos 4 meses. Mãe referia também ter observado que além da
dor, a criança vinha apresentando uma marcha diferente da habitual nas últimas semanas. Mãe negava
qualquer trauma na região ou alteração no local da dor. Ao exame físico, a criança se encontrava com visível
quadro álgico, apresentava claudicação da marcha e diminuição da abdução do quadril esquerdo. Foi
solicitada radiografia ântero-posterior de quadril que evidenciou necrose da cabeça do fêmur esquerda
fechando o diagnóstico de DLCP. Foi indicado tratamento conservador através de tratamento
fisioterapêutico. Foram realizadas 20 sessões de fisioterapia, ao longo de um período de 12 semanas. Novas
radiografias de controle foram solicitadas e demonstravam a regressão do quadro. A mãe foi orientada a
fazer o acompanhamento mensal e evitar que a criança evitasse esporte e atividades de impacto.Também
foi orientado o acompanhamento mensal no ortopedista e a manutenção dos exercícios de fortalecimento
do membro. Considerações finais: A DLCP tem sido muito estudada, porém é uma alteração
subdiagnosticada. É uma alteração relativamente frequente na infância e a ausência do diagnóstico e
tratamento corretos podem trazer seria consequência na formação óssea do membro afetado.O tratamento
tem por objetivo impedir a deformidade, intervir no distúrbio de crescimento e impedir a ocorrência de
artropatia degenerativa.
Introdução: Dentre os agravos por causas externas(ACE), estão: acidentes(não intencionais) e violência
(intencional). Como causas acidentais, tem-se agravos devido ao trabalho, às quedas, ao trânsito, os
envenenamentos, afogamentos, dentre outros. Dentre os violentos estão agressões e lesões
autoprovocadas. Estes agravos são considerados um problema de Saúde Pública pois afeta a saúde
individual e coletiva e exige a elaboração de políticas específicas, a fim de alcançar sua prevenção e
tratamento. Desde 1998, estes agravos estão entre as maiores causas de mortalidade do SUS. No Brasil,
predom ina a taxa de mortalidade por causas intencionais (homicídios), seguido dos acidentes de transporte.
Para minimizar esse problema foi criado no Brasil, em 2001, a Política Nacional para Redução da
Morbimortalidade por Acidentes e Violências que traz em suas diretrizes consolidação e ampliação do
atendimento pré-hospitalar, e do atendimento voltado a recuperação e reabilitação, bem como apoio ao
desenvolvimento de estudos e pesquisas. Objetivos: Analisar as características da incidência de internações
por agravos por causas externas em Pinheiro-MA, no período de 2010-2014. Métodos: Estudo transversal,
com dados secundários referente aos anos de 2010-2014, provenientes do Sistema de Informação do SUS,
DATASUS, sobre o município de Pinheiro-MA. Os dados foram submetidos a análise estatística através dos
testes ANOVA e FRIEDMAN, para análise das variáveis. Resultados: Existe alta incidência de internações por
ACE, a incidência foi crescente até 2 013 e apresentou leve declínio em 2014, a faixa etária com maior
incidência de internações foi de 20-29 anos, o sexo mais afetado foi o sexo masculino, com significância
estatística, p<0,01. A raça com maior incidência foi a parda, com forte correlação aos agravos, p<0,001.
Houve também significância estatística entre a taxa de internação e a taxa de mortalidade; entre os
acidentes automobilísticos e motociclisticos, bem como acidentes ocorridos durante a prestação de serviços
cirúrgicos em relação ao total e as sequelas em relação ao total, todos com p<0,05. Conclusão: Os achados
sugerem elevada incidência de internações por ACE, com grande incidência de acidentes de transporte e
alto índice de sequelas e acidentes decorrentes dos procedimentos cirúrgicos. Dessa forma é necessário
investir na prevenção de acidentes e na melhoria do atendimento médico e cirúrgico do município.
Introdução: As Doenças Cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, sendo as doenças
isquêmicas cardíacas- entre as quais a Doença Arterial Coronariana (DAC)- as mais danosas. A formação da
placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido a diversos fatores de risco como
dislipidemias, hipertensão arterial, tabagismo ou obesidade. Diversos estudos mostraram que as mulheres
menopausadas possuem uma grande prevalência de DAC, as teorias ressaltam que esse fato é devido à
redução dos níveis de estrogênio plasmático. A literatura afirma ainda, que os fatores de risco para DAC
podem ser prevenidos de diversas formas, principalmente com atividade física regular e redução de fatores
de risco como o tabagismo. Objetivos: Analisar os aspectos comportamentais de mulheres diagnosticadas
com Doença Arterial Coronariana. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo caso-controle com 72 mulheres
(36 casos e 36 controles), entre 35 a 65 anos, atendidas em ambulatório de pesquisas clínicas em São Luís-
MA, no período de julho de 2012 a agosto de 2015. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e
realizada a análise de exames de diagnóstico para DAC. Os aspectos éticos foram respeitados, sob CEP nº
195.357. Resultados: A análise das variáveis mostrou que mulheres com DAC apresentam um aumento na
prática de atividade física em comparação ao grupo de pacientes sem DAC, entretanto, o número de ex-
tabagistas é mais significativo em pacientes com a doença (25% no grupo caso, contra 19% no controle). As
comorbidades mai s prevalentes são hipertensão (35%), dislipidemias (30%) e diabetes (22%). Foi
evidenciada uma diminuição da atividade sexual em pacientes com DAC. Conclusão: É evidente que
pacientes diagnosticas com DAC, possuem uma mudança nos hábitos de vida, isso se deve talvez ao fato do
maior acompanhamento médico e uma preocupação elevada com a saúde, além disso, as comorbidades
associadas se enquadram nos fatores de risco para doenças cardiovasculares, ressaltando a necessidade de
campanhas preventivas mais eficazes. Entretanto, mais estudos são necessários para avaliar a relação entre
climatério e menopausa com o risco de desenvolvimento de DAC.
Introdução: O câncer de pulmão é uma neoplasia muito comum e de mortalidade elevada em todo o mundo.
Antes considerada uma doença dos homens de países industrializados, ela tornou-se mais incidente nas
mulheres. Razões que justificam esse aumento entre elas são: sua maior suscetibilidade a uma carga
tabágica menor que a dos homens, e o fato de que a população feminina de fumantes vem crescendo. O
tabagismo é o principal fator de risco responsável pela alta incidência do câncer de pulmão. Objetivos: Fazer
o levantamento sobre a prevalência de fumantes ativos nas regiões norte e nordeste do Brasil no período
de 2010 a 2013; relacionar o número de fumantes ativos e o surgimento de novos casos de câncer de pulmão
nas regiões Norte e Nordeste nos anos de 2010 a 2013. Métodos: O trabalho consiste em um estudo
descritivo transversal e retrospectivo. Os dados sobre a prevalência de fumantes ativos foram obtidos a
partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e da análise da Pesquisa
Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de
incidência de câncer de pulmão foram obtidos tanto do DATASUS quanto dos Registros de Câncer de Base
Populacional, gerados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Resultados: Sobre a prevalência de
fumantes homens no período de 2010 a 2013, a região Norte possui a média de 16,25% e o Nordeste,
14,27%. Em relação às mulheres, a região Norte possui o índice de 7,32% e o Nordeste, 6,25%. Nesse
período, a incidência de neoplasia de pulmão entre os homens na região Norte, em média, foi de 8,07
casos/100.000 habitantes. Já no Nordeste, a média foi 8,78. Para as mulheres, as taxas de incidência do
câncer nas regiões Norte e Nordeste são, respectivamente, 5,08 e 5 casos/100.000 habitantes. Conclusão:
Observa-se que os índices relacionados à prevalência de fumantes e a incidência de câncer de pulmão são
maiores no sexo masculino. Na região Norte há mais fumantes homens que na região Nordeste, mas esta é
a mais incidente quanto à neoplasia citada. Essa divergência é decorrente de uma maior interrupção do
consumo do cigarro, seja por cessação do tabagismo ou por morte, sendo essa a causa mais provável, devido
à alta letalidade da neoplasia pulmonar associada. Ainda considerando esses quesitos, a região Norte possui
ambas as taxas as mais elevadas entre as mulheres, fato que é justificado pelo aumento tanto do número
de fumantes quanto do câncer de pulmão.
Introdução: A hepatite B é um grave problema de saúde pública, de curso na maioria dos casos
assintomático, tornando seu diagnóstico muitas vezes tardio e prognóstico desfavorável aos portadores do
Vírus da Hepatite B. Apresenta uma prevalência com ampla distribuição mundial e brasileira e escassos
estudos de soroprevalência com população representativa no Estado do Maranhão. Objetivos: objetivou-se
investigar a prevalência do Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B (HBsAg) nos municípios
maranhenses de Urbanos Santos, Humberto de Campos, Axixá, Morros e Icatu. Métodos: utilizou-se o banco
de dados do “Estudo das Hepatites virais B, C e D nos Municípios de Urbano Santos, Humberto de Campos,
e da Região do Baixo Munim, Maranhão, Brasil”, com uma abordagem quantitativa, delineamento
epidemiológico transversal, realizado no período de março/2012 a julho/2015. Participaram do estudo
3.860 pessoas com idade mínima de 1 ano e residência fixa, no mínimo 6 meses. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário sob o parecer nº 448.731/2013. Resultados:
Encontrou-se uma população com perfil socioeconômico precário, na faixa etária de 20 a 39 anos (29,35%),
e média de idade de 28 anos, maioria feminina (57,9%), solteiros (33,22%) com ensino fundamental
(60,40%), renda familiar de menos de 1 salário mínimo (53,08%), maioria de cor parda (64,69%) e morando
na zona rural (63,32%). Detectou-se uma prevalência para o HBsAg de 3,29% (n=126), uma média de idade
entre os positivos de 38 anos e maior prevalência do HBsAg nas faixas etárias mais elevadas dos 60-79(7%);
e dos 80-99 anos (8%). Conclusão: Constatou-se uma prevalência intermediária nos municípios
maranhenses estudados, diferindo do resultado do Inquérito Nacional de base populacional realizado em
2010, onde as capitais brasileiras foram categorizadas como de baixa prevalência para o HBsAg. Além disso,
acredita-se que a positividade do HBsAg entre participantes com maior média de idade sucedeu-se pelo
período de implantação da vacinação contra a Hepatite B, que no Brasil teve início em meados de 1989,
beneficiando tardiamente essa parcela da população que podem ter sido infectados na fase perinatal ou na
infância, tornando-se portadores crônicos da doença.
Introdução O abscesso cerebral constitui uma complicação grave em pacientes portadores de cardiopatia
congênita cianótica, sendo importantes a detecção precoce e conduta terapêutica eficaz. A incidência de
abscesso cerebral na população com cardiopatia congênita cianótica varia de 4% a 18, a média etária é de 8
anos. Alguns autores referem que a principal causa é a comunicação direito-esquerda. O sangue venoso
mistura-se ao sangue arterial antes de passar pela circulação pulmonar, deixando assim de ser filtrado (as
bactérias seriam interceptadas por fagócitos), permitindo a passagem de microrganismos para a circulação
cerebral. Relato de caso: Menina, 7anos, comunicação interventricular, Situs Inversus e Atresia Pulmonar,
cirurgia em 2008, aguardando nova abordagem. Mãe relata que criança queixava-se de cefaléia moderada
há anos, com aumento da frequêcia e intensidade em julho de 2015 com vômitos e crise convulsiva.
Procurou o Hospital de Santa Inês, sendo transferida para o Hospital da Criança. Fez tomografia em 21/07
evidenciando abscesso cerebral em lobo frontal esquerdo. Admitida em 04/08 no Hospital Materno Infantil
(HMI), foi realizada drenagem de abscesso em 05/08. Em 07/08, estava em uso de Ceftriaxone,
Metranidazol, AAS, Dexametasona, Dipiridona, Diazepam, Fenitoína, Morfina, Ondansetron e Tramadol.
Estável hemodinamicamente, em máscara Venturi com queda de saturação chegando a 14%. Encontrava-
se irritadiça, extremidades frias, mucosas secas, aceitando dieta. Apresentava picos febris. Estado geral
grave, saturação de O²=60%. Puls os centrais e periféricos finos e baqueteamento digital. Murmúrios
vesiculares presentes, sem ruídos adventícios. Bulhas normofonéticas, regular em 2 tempos. Sopro sistólico
Grau II, freqüência cardíaca 117 batimentos por minuto e pressão arterial 89x63(72) mmHg, queixando-se
de cefaleia, sem convulsão. Iniciou vancomicina. Aguardando cirurgia cardiovascular, ecocardiograma em
29/07 mostrou 2 colaterais e "shunt" aorta artéria pulmonar com fluxo funcionante. Podendo ser
insuficiente devido à superfície corporal da criança. Considerações finais: O abscesso cerebral continua a
ser uma complicação rara grave em cardiopatia congênita cianótica com mais de dois anos de idade. O
diagnóstico precoce é fundamental e, perante suspeita clínica, impõe-se a necessidade de diagnóstico com
a tomografia computadorizada. A terapêutica medicamentosa e cirúrgica precoce e adequada permite bons
resultados imediatos e em longo prazo.
Introdução: A Doença de Forestier trata-se de uma doença não inflamatória que afeta a coluna vertebral,
preferencialmente em homens idosos. Não é rara, mas é frequentemente não reconhecida e pode levar a
relevante morbimortalidade. Quando acomete a coluna cervical, pode gerar importantes manifestações
otorrinolaringológicas. Tipicamente, identificam-se osteófitos nas regiões anteriores e laterais dos corpos
vertebrais. Os osteófitos podem se desenvolver e levar à compressão extrínseca em tecidos locais. Relato
de caso: I.F.S., masculino, branco, 64 anos. Acompanhado em serviço de otorrinolaring ologia devido ao
quadro crônico e progressivo de disfagia para alimentos sólidos, por 2 anos. Negava disfagia para líquidos,
disfonia, dispneia e tosse. Antecedente de hipertensão arterial sistêmica em uso de Losartan 50mg/dia. Ao
exame de videolaringoscopia, foi revelado um abaulamento submucoso em topografia de hipofaringe,
dificultando exame de estruturas laríngeas posteriores. Durante a investigação complementar, foi
submetido a radiografia cervical simples de coluna cervical, a qual evidenciou a calcificação de ligamento
longitudinal anterior e presença de osteófitos. A esofagografia confirmou achados da radiografia cervical e,
ainda, acúmulo de contraste em seios piriformes em fase tardia. Por fim, a ressonância nuclear magnética
de coluna cervical indicou achados de alterações ósseas, sem comprometimento de partes moles. O caso
foi avaliado por equipe multidisciplinar, sendo optado por tratamento com fisioterapia e fonoterapia da
deglutição, obtend o bons resultados. Considerações finais: Uma vez que é comum o não reconhecimento
da Doença de Forestier, deve-se considerar esta hipótese diagnosticada em pacientes idosos que se
apresentem com disfagia, disfonia, apneia do sono, tosse, globus faríngeo ou sensação de corpo estranho
na garganta, os quais são sintomas comuns na prática otorrinolaringológica. A suspeita deve conduzir à
investigação, que pode se iniciar com uma radiografia simples de coluna cervical. O diagnóstico precoce é
importante para o início de um acompanhamento multidisciplinar que melhore a qualidade de vida do
paciente.
Introdução: A assistência a ser desenvolvida pelo enfermeiro ao cliente portador de lesão crônica deve
conter um conjunto de estratégias que possibilitem a melhor escolha terapêutica, ao qual se dá o nome de
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Baseado nesse contexto, os autores implementaram o
projeto: APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS
CRÔNICAS, realizado no Pronto Socorro Municipal da cidade de Bacabal – MA, de maio a junho de 2014, o
qual tornou possível a elaboração desse relato de experiência com o objetivo de mostrar a relevância da
implantação do processo de enfermagem no tratamento das feridas crônicas. Relato de experiência: O
estudo deu-se na unidade hospitalar, onde aconteceu a apresentação da pesquisa aos enfermeiros, seguido
da assinatura dos termos de consentimento. Observou-se como era realizada a assistência, a qual não
acontece de maneira padronizada, e logo depois os profissionais responderam ao questionário sobre o
conhecimento e a importância da SAE no tratamento das feridas crônicas. Sobre sua importância, foram
unânimes em citar a organização dos trabalhos da equipe e o melhor prognóstico para o paciente. A terceira
etapa da pesquisa consistiu na apresentação de um modelo de sistematização, através de palestras sobre
sua aplicação no tratamento das lesões. Após a aplicação foi realizada uma entrevista para investigar sobre
as dificuldades e as vantagens da SAE para o trabalho do enfermeiro no atendimento a esses clientes. A
maior dificuldade relatada foi a falta de tempo devido à grande demanda de pacientes por enfermeiro.
Interrogou-se sobre as sugestões para a implementação definitiva da SAE no hospital em questão e foi citada
a conscientização por parte das equipes. Podemos observar o interesse dos entrevistados em utilizar o
processo de enfermagem nas suas rotinas de trabalho, pois prioriza as necessidades pessoais de cada
paciente, diminuindo o tempo de internação. Considerações finais: A realização deste estudo permitiu-nos
inferir que os profissionais entrevistados apesar de possuírem conhecimento abrangente sobre a SAE e a
importância da sua implementação no tratamento de feridas crônicas, enfrentam grandes dificuldades que
impedem de aplicá-la em suas rotinas. Para tanto, destacamos a necessidade de mudança, para que a
assistência de enfermagem seja realizada de maneira sistematizada e com mais qualidade.
Introdução: No contexto da saúde mental, de acordo com as positivas mudanças conquistadas ao longo do
tempo, o modelo “psiquiatrocêntrico" ganhou um importante espaço, tendo como base o atendimento
extra-hospitalar. Nesse contexto, considera-se significativa a discussão sobre dificuldades da assistência
atrelada a formação acadêmica dos profissionais. Objetivos: Analisar dificuldades de enfermeiros na
assistência ao portador de transtorno mental paralelo a formação acadêmica, sob a perspectiva da Política
Nacional de Humanização. Métodos: Estudo descritivo de natureza qualitativa. Amostra com 14 enfermeiros
das equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Imperatriz-MA. Os dados foram obtidos por
meio de observação e entrevista não-estruturada com perguntas abertas sobre dificuldades no
atendimento, formação acadêmica, além de dados sociodemográficos. A coleta de dados ocorreu durante
o mês de junho de 2014. Os dados foram avaliados por meio da análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa
teve aprovação do Comitê de Ética sob o parecer de número 661.508 de maio de 2014. Resultados: Em
relação à contribuição acadêmica, os enfermeiros consideram não ter sido suficiente o estudo sobre saúde
mental de forma teórica e prática. Durante a formação, observam-se instituições de ensino ainda focadas
no modelo curativo\hospitalar. Entretanto, o acadêmico necessita conhecer o cuidado em saúde primária e
de como realizá-lo em sua carreira profissional. Durante a assistência ao portador de transtorno mental,
enfermeiros mencionaram dificuldades, como a falta do profissional médico psiquiatra nas Unidades Básicas
de Saúde, falta de apoio ao tratamento por parte dos familiares e a dificuldade de diálogo usuário –
profissional. Apenas dois enfermeiros relataram não ter dificuldades em assistir o paciente com transtorno
mental. Conclusão: Um dos objetivos propostos pelas novas políticas de atenção à saúde mental é substituir
concepções e paradigmas já predefinidos e enraizados, quando o portador de transtorno mental ainda é
segregado e alheio à sua cidadania. Portanto, a qualidade da assistência se dará quando houver união entre
serviços de saúde e instituições acadêmicas, levando em consideração a boa formação acadêmica e
melhores condições de infraestrutura física e humana.
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no Brasil. É causado
por uma oclusão trombótica das artérias coronárias, que resulta em processo de necrose do tecido
subendocárdico. Segundo dados do DATASUS, cerca de 66.000 pacientes vãos a óbito todos os anos devido
a esta causa. Estudos afirmam que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) quadruplica o risco de IAM no
Brasil, e 43% dos primeiros episódios de IAM poderiam ser prevenidos caso a HAS fosse controlada. Entre
os fatores para o IAM podemos também destacar: tabagismo, sedentarismo, estresse, obesidade, diabetes
mellitus, dislipidemia e história familiar de coronariopatia precoce (antes dos 60 anos) Objetivos: Avaliar o
perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por IAM em Marabá – PA no período de 2013 a 2015,
visando analisar quais os fatores de risco mais predisponentes para tal evento. Métodos: Este trabalho
consiste em um estudo retrospectivo incluindo a revisão de 62 arquivos de prontuários de pacientes
internados na clínica cardiológica do Hospital Regional Público do Sudeste do Pará entre os anos de 2013 a
2015. Dentre estes foram selecionados os prontuários de pacientes com diagnóstico de IAM e dos mesmos
foi realizada a frequência dos fatores de risco para tal evento, como idade, gênero, hipertensão arterial
sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). Resultados: Dos arquivos analisados 25% apresentaram IAM,
sendo que 59% destes eram do sexo feminino. Todos os pacientes acometidos por IAM apresentavam HAS
(100%), e apenas 18,75% destes (n=3 ) apresentavam DM. Quanto à idade dos pacientes, o maior número
de casos (87%, n = 14) ocorreu em pacientes com idade maior que 50 anos de idade. Conclusão: Através dos
dados obtidos, pode-se afirmar para o universo da pesquisa, que a alta frequência dos fatores de risco
cardiovascular em pacientes acometidos por IAM (sendo a HAS o fator mais prevalente), reforça a
significância de um controle sobre esses fatores contribuintes para eventos isquêmicos.
Introdução: A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância – AIDPI foi elaborada no
intuito de reduzir a morbimortalidade em pacientes na faixa etária de 0 à 5 anos. Desse modo, a estratégia
vem sendo caracterizada como uma abordagem simultânea e integrada à criança dando ênfase ao conjunto
de doenças mais prevalentes neste período. Objetivos: avaliar o conhecimento dos enfermeiros da Atenção
Básica a cerca do AIDPI em Imperatriz – MA. Métodos: estudo do tipo descritivo exploratório, com
abordagem quantitativa, realizado durante a segunda quinzena do mês de junho de 2013 com enfermeiros
atuantes nas Equipes de Saúde da Família (ESF) de Imperatriz – Ma. A amostra constitui-se de 35 enfermeiros
com mais de 6 meses de atuação em ESF. Os dados foram coletados através de um questionário de múltipla
escolha e analisados pelo software Epi Info® versão 7,0. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –
TCLE foi utilizado conforme a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.
A pesquisa segue em apreciação do comitê de ética apresentando Certificado de Apresentação para
Apreciação Ética – CAAE número 17892013.1.0000.5087. Resultados: a maior parte da amostra era do sexo
feminino (89%), com tempo de graduação entre 5 a 8 anos (45,71%) e com tempo de atuação na Atenção
Básica entre 6 meses a 4 anos (42,86%). Os dados mostraram que 23 (66%) dos enfermeiros eram
capacitados pela estratégia AIDPI, porém, 3 (8,57%) destes preferiam utilizar o Protocolo Municipal em
detrimento à es tratégia. Em relação ao conhecimento a cerca da estratégia AIDPI foi evidenciado que a
amostra teve o maior índice de acerto nas questões referentes ao Publico Alvo da Estratégia (97%) e
Patologias Abordadas pela Estratégia (94%), os menores índices de acerto foram para Desnutrição Grave
(31%), Desidratação (29%), Contraindicações Vacinais (23%) e Desenvolvimento da Criança (6%). Conclusão:
a Atenção Básica de Imperatriz - MA tem em sua maioria enfermeiros capacitados para a realização do
atendimento de enfermagem de forma integral às crianças com base na estratégia AIDPI, em contraposição,
foi observado ausência de conhecimento por parte dos enfermeiros avaliados em questões essenciais
abordadas pela estratégia AIDPI, o que nos faz ressaltar a importância da educação continuada nos serviços
de saúde do município.
Introdução: A hipertensão arterial é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.
Trata-se de uma patologia multifatorial e as situações que a desencadeiam estão cada dia mais presentes
na vida contemporânea, tornando-se de extrema importância identificar precocemente seus fatores de
risco. Objetivos: objetivo geral: conhecer os fatores de risco para hipertensão arterial em acadêmicos do 1º
período de Enfermagem de uma Universidade privada de São Luís – MA, objetivos específicos: identificar
dados do perfil socioeconômico dos alunos estudados; listar fatores de risco modificáveis e não modificáveis
para hipertensão arterial no grupo de estudo e identificar comorbidades nos sujeitos de estudo. Métodos:
O estudo foi de caráter exploratório-descritivo, prospectivo, transversal e com análise quantitativa dos
dados. O instrumento para a coleta de dados foi um questionário, aplicado de forma individualizada,
analisando o estilo de vida destes jovens, assim como fatores hereditários. Em atendimento a Resolução
466/12 sobre ética na pesquisa que envolve seres humanos, a pesquisa foi iniciada após a aprovação do
comitê de ética em pesquisa da Universidade CEUMA, com o parecer nº 42836815.2.0000.5084 e
consentimento formal através de ofício, encaminhado à coordenação do curso de Enfermagem da
instituição, assim como a pesquisadora forneceu um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE,
para os acadêmicos, com os devidos esclarecimentos da pesquisa e a fim de receber autorização dos
mesmos para a aplicação do questio nário, como também para utilizar as informações coletadas apenas
para fins científicos, garantindo o sigilo dos dados, assim como não provocar nenhum dano financeiro e
moral aos participantes. Foram entrevistados 52 universitários. Resultados: em relação a faixa etária, o
maior percentual encontrava-se entre 20 a 25 anos (67%), mulheres (81%), solteiras (73%) e de cor branca
(42%). Referem ser etilista (58%), ingerir bebida alcoólica esporadicamente (71%) e negam uso do tabaco
(77%). Afirmam praticar exercícios físicos (62%), com frequência de 3 a 4 vezes por semana (33%). Ingerem
Fast Food semanalmente (48%), alimentam-se 2 a 3 vezes na semana com verduras e legumes (46%).
Possuem casos de hipertensos na família (77%), sendo o pai (40%) na maioria das vezes. Em relação às
comorbidades, foram identificados hipertensos (3,8%), diabéticos (1,9%) e obesos (5,7%). Conclusão: Os
dados obtidos indicam a presença de fatores de risco modificáveis e não modificáveis no grupo estudado;
outro ponto importante a salientar é faixa etária dos pesquisados e o estilo de vida dos mesmos. Portanto,
tais resultados chamam a atenção para uma população jovem que necessita de informação e sensibilização
para a síndrome da hipertensão arterial com suas complicações e, também, por tratar-se de acadêmicos
que lidarão com o compromisso da promoção da saúde.
Introdução: O processo saúde-doença sofre influências diretas do ambiente e das condições físicas a que
estamos expostos. O crescimento das cidades gera impactos ambientais e socioeconômicos, diretamente
relacionados ao processo saúde-doença, através dos Determinantes Sociais em Saúde. As construções
convencionais elevam a temperatura interna das casas, gerando maior consumo de energia para tornar o
ambiente agradável. Também diminuem sombras e não permitem absorção da água das chuvas, devido à
impermeabilização dos solos, podendo provocar enchentes, que trazem inúmeras doenças, como
leptospirose e dengue. Telhados convencionais absorvem radiação solar, trazendo impacto negativo na
qualidade do ar, afetando a saúde pública. Quanto maior a temperatura ambiente, o ar atua como
catalisador, e acrescenta poluição atmosférica, tornando baixa a qualidade do ar, gerando aumento de
doenças respiratórias. Os telhados de cobertura verde são constituídos por sistema de engenharia que
permite a plantação sobre uma laje convencional, gerando impactos positivos na saúde. Objetivos: Realizar
análise comparativa da temperatura interna e externa de casas de telhado com cobertura verde e de telha
convencional, visando a economia de energia para resfriamento, menor impacto ambiental, melhores
condições de saúde da população, preservação do ambiente. Métodos: Utilizaram-se duas casas de
alvenaria idênticas, uma ao lado da outra, na região nordeste do país, em clima quente e úmido, diferindo
apenas em relação à cobertura: uma com telhado verde e outra com telhado convencional. Tiveram suas
temperaturas e umidade mensuradas durante 31 dias, tanto externa quanto internamente, através de
sensores de temperatura. Resultados: As temperaturas dentro da casa com telhado verde foram menores
que as da casa com telhado convencional, e foram menores que no ambiente externo. As temperaturas
dentro da casa com telhado convencional foram maiores que as do ambiente externo. Conclusão: O telhado
com cobertura verde colabora para diminuir a temperatura interna da casa, reduzindo o consumo de energia
para resfriamento de ambientes; melhora isolamento acústico da edificação, através da vegetação, que
funciona absorvendo e isolando ruídos; melhora o ar em seu entorno, ao diminuir a poluição; diminui a
possibilidade de enchentes, por reter melhor a água da chuva. Com estas características, a saúde pública
adquire vantagens ao utilizar-se telhado verde em larga escala.
Introdução: A adolescência é o período de transição entre a infância e idade adulta, fase que se caracteriza
pelo crescimento acelerado, mudanças físicas e psicológicas que influenciam diretamente nos hábitos
alimentares destes indivíduos e consequentemente no estado nutricional. Este ciclo de vida tem sido
apontado como período estratégico de prevenção de doenças e promoção de saúde, pois muitas doenças
que acontecem na idade adulta poderiam ter sido prevenidas na adolescência. Objetivos: Verificar o estado
nutricional e o estilo de vida dos adolescentes atendidos em um ambulatório de nutrição de uma Clínica
Escola em São Luís-MA. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal, realizado com 217
prontuários de indivíduos de 10 a 19 anos, de ambos os sexos. Dados demográficos, socioeconômicos, de
estilo de vida e antropométricos foram coletados dos prontuários. O índice de massa corpórea (IMC) foi
classificado em percentis, de acordo com o sexo e idade, e foram adotados os critérios propostos pela
Organização Mundial da Saúde (2007). Os pontos de corte adotados para a classificação da circunferência
da cintura (CC) foram os propostos por Taylor et al (2000) que identificam obesidade abdominal quando a
CC ≥ percentil 80, ajustado para idade e sexo. O programa Stata versão 12.0 foi utilizado para fazer a análise
descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital São Domingos com número de
973.773/2015. Resultados: A maioria dos adolescentes era do sexo feminino (61,8%), com idade de 10 a 14
anos (58,1%), a média de idade foi de 13,9 ± 2,8 anos, 58,3% estavam no ensino fundamental e 50% tinham
à renda familiar de 1 salário mínimo. Quanto ao estilo de vida, 98,6% não eram fumantes, 97,2% não
consumiam bebida alcóolica, 59,8% relataram não praticar atividade física e 62,9% faziam de 5 a 6 refeições
por dia. Em relação às características antropométricas dos adolescentes, a média do IMC foi de 22,5 ±
6,7kg/m2 e a da CC de 77,3 ± 15 cm, quanto à classificação do IMC, 44% das meninas e 48,2% dos meninos
encontravam-se com excesso de peso. Com relação à CC, 41,9% das meninas e 50% dos meninos
encontravam-se com risco para doenças cardiovascular. Conclusão: Diante do exposto observou-se que há
um número significativo de adolescentes com excesso de peso. Dessa forma é de suma importância que os
adolescentes tenham uma boa adesão ao tratamento nutricional com o objetivo de ter hábitos alimentares
mais saudáveis e prevenir futuras doenças.
.
A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS NA MELHORA DOS
P104
SINTOMAS ÁLGICOS EM PACIENTES IDOSOS
Autores: Jessica Da Silva Prates; Thalyta Batista De Sousa; Cintia Moura Carvalho; Evellyn Batista Da Silva
Flizikowski; Joycce Huanna De Souza Silva; Joana Elisabeth De Sousa Martins Freitas.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Jessica Da Silva Prates
Contato: prates.jessica@hotmail.com
Introdução: Na população de idosos, a dor é a queixa mais frequente. A tendência atual dos idosos é
apresentar condições clínicas crônicas, podendo-se relacionar com a dor de caráter contínuo. Na Atenção
Primária de Saúde é fundamental medir esses aspectos, avaliar necessidades e monitorar progressos para
obter uma melhor qualidade de vida. Objetivos: Descrever o perfil social, a autopercepção da saúde, as
atividades físicas praticadas e há quanto tempo são realizadas, por idosos numa instituição na Atenção
Básica de Saúde. Conhecer o desempenho funcional de idosos que praticam atividade física e avaliar o grau
de dor desses idosos. Métodos: Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade FACID
de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, prospectiva, abordagem quantitativa,
numa amostra de 43 idosos, entre agosto e setembro de 2013, escolhidos aleatoriamente, praticantes de
atividades fi ́sicas em Instituição de Atenção Básica ao Idoso em Teresina-PI. Aplicados questionários com
levantamento de dados sobre idade, gênero, cor, escolaridade, autopercepção da saúde, atividades físicas
e tempo de prática; instrumentos de Atividade Básica da Vida Diária (AVD), Atividades Instrumentais da Vida
Diária (AIVD) e Geriatric Pain Meansurement (GPM). Dados analisados pela estatística descritiva, do teste T
Student e análises de Pearson e Spearman. Resultados: Do total de idosos, 60 a 75 anos (76,7%), maiores
de 75 anos(10%); 95,3% do gênero feminino; cor negra (46,5%), pardos (37,2%), brancos (16,3%); sem
estudos (20,9%), ensino fundamental (60,5%), ensino médio (9,3%), ensino superior (2,3%); 79,1% tinham
uma auto-percepção da saúde boa e 20,9% de regular a ruim; 58% praticavam capoterapia, 23% dança e
19% tai chi chuan; duração de atividade física média de 47,14 meses. Para a realização das AVDs, 100%
independentes e nas AIVDs, independência em atividades como cozinhar (95,3%), fazer compras (95,3%) e
deslocar-se (95,3%). A pontuação do Geriatric Pain Meansurement (GPM) foi bastante satisfatória
mostrando que a dor nessa população encontra-se em baixo grau.. Conclusão: A pesquisa confirma a
posição de que as intervenções de exercícios físicos produzem melhoras significativas dos sintomas álgicos
em idosos, melhorando assim a qualidade de vida. É importante a atividade física para a boa saúde e
promoção de um processo de envelhecimento ativo e saudável.
Introdução: Os acidentes na infância são frequentes e constituem um grave problema de saúde pública.
Geralmente, são considerados inevitáveis e imprevisíveis, porém quase sempre ocorrem como
consequência do grau de desenvolvimento da criança, comportamento da família, ocorrências de situações
facilitadoras e inexistência de medidas preventivas. Objetivos: Identificar as ocorrências dos acidentes
domésticos com crianças, registrados em uma instituição de saúde em São Luís-MA no período de janeiro
de 2014 à janeiro de 2015,caracterizar os aspectos sociodemográfico das crianças e do cuidador, destacar
quais os tipos de acidentes ocorrido com o grupo de estudo e identificar a evolução dos casos. Métodos: A
pesquisa desenvolvida foi um estudo descritivo, retrospectivo com análise quantitativa, realizada em uma
instituição de pronto atendimento. A amostra foi composta de 574 prontuários de crianças que sofreram
algum acidente doméstico e que foram atendidos nessa instituição, no período de janeiro de 2014 a janeiro
de 2015. A coleta de dados foi realizada, no mês de maio de 2015, através de um formulário elaborado pela
autora, pertinentes ao objetivo do projeto. As análises e discussões dos resultados obtidos durante a
investigação através das fichas seguiu da seguinte composição: sexo, faixa etária,tipo de acidente e evolução
do acidente domestico. Na fase da redação foi escrito o texto em forma dissertativa, já embasada nos
conhecimentos adquiridos com a leitura e análise dos dados em forma de tabela e posteriormente
tabulados. F oi realizada através do programa Excel e confecções de tabelas para melhor entendimento a
apresentação dos dados. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética, através do CAAE nº
42836915.1.0000.5084 e pelo responsável da unidade de pronto atendimento em São Luís - MA. Para o
responsável da instituição de saúde pesquisada foi encaminhado um ofício, sendo a coleta dos dados
iniciada somente após a aprovação do mesmo. Inicialmente, foi encaminhado ao Pronto Atendimento de
Saúde, que serviu de campo de pesquisa, um ofício solicitando autorização do campo para a coleta de dados.
Foram obedecidos os preceitos éticos, de acordo com a Resolução no 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde, para pesquisa com seres humanos. Resultados: Os resultados foram: 64,7% eram do sexo masculino
e 33,7% estavam com idade entre 7 a 11 anos, 51% estavam em companhia da mãe durante a ocorrência
do acidente doméstico, 34,5% sofreram queda, a região corpórea mais atingida foi os membros superiores
(31,8%) e 85% tiveram alta após o atendimento na instituição de saúde. Conclusão: Diante do exposto,
conclui-se que as crianças são vulnerais aos acidentes e que maioria das vezes os acidentes ocorrem nos
seus lares, portanto, o ambiente doméstico pode ocasionar trazer riscos para as crianças, sendo necessária
a contínua observação das condições facilitadoras para esse evento.
Introdução: O processo saúde-doença sofre influências diretas do ambiente e das condições físicas a que
estamos expostos. Com o processo de desinstitucionalização, o atendimento às necessidades básicas dos
pacientes, a coordenação de suas atividades diárias, administração de medicação, acompanhamento aos
serviços de saúde, passaram a fazer parte do cotidiano dos familiares. Os familiares cuidadores passaram a
manejar os episódios de crise, fornecer-lhes suporte social, arcar com gastos e superar as dificuldades dessas
tarefas. Influem no manejo da sobrecarga a disponibilidade de redes de suporte social, as leis
sociosanitárias, a estrutura e adequação dos serviços de saúde mental. Relato de experiência: Esse caso
clínico envolve um paciente diagnosticado com HIV, a cerca de 2 anos, que após a notícia devido ao seu
padrão de comportamento agressivo foi internado pelos familiares imediatamente em uma instituição
psiquiátrica. Trata-se de um homem de 43 anos de idade, divorciado, sem filhos. Decidiu largar o emprego,
pois relatou que não podia mais trabalhar devido a doença. Seu irmão mais velho (S.) decidiu acompanhá-
lo em consultas médicas e psicológicas. À medida que o paciente se tornava mais dependente, emergia a
necessidade de ter um cuidador mais presente. S. havia assumido algumas responsabilidades quanto ao
cuidado do paciente, porém estas se intensificaram quando o estado de saúde deste se agravou. S.
interrompeu o trabalho, era casado e tinha dois filhos. Sua rotina começou a ser alterada, e o lazer subtraído.
O elevado nível de estresse e de ansiedade acarretou em S. distúrbios do sono e de apetite, o que ocasionou
um considerável aumento de peso. Conflitos no casamento ameaçaram uma separação conjugal.
Considerações finais: Dirigir um olhar empático ao cuidador, oferecendo-lhe assistência integral por sua
tarefa, considerando as fontes primárias de estresse e de possível interferência negativa tanto na sua saúde
física quanto emocional, deve receber destaque nos métodos interventivos. O reconhecimento de sua
importância, contribuições e das dificuldades que enfrentam constitui um passo decisivo para o
desenvolvimento de práticas de atendimento comunitário sensíveis às necessidades dessa população, tais
como implantação de grupos psicoeducativos, visitas domiciliares regulares e auxílio para o
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da sobrecarga.
Introdução: O atendimento a pacientes psiquiátricos demanda habilidades sociais específicas para o seu
manejo. O profissional da saúde mental lida diretamente com contingências diversificadas no seu ambiente
de trabalho, o que exige um tato apurado para as nuances e comportamentos que são manifestados pelos
pacientes e demais profissionais na instituição de saúde. Sabe-se que, de acordo com as novas diretrizes
para o tratamento da saúde mental, os cuidados a pacientes psiquiátricos se estenderam para os familiares
e passaram a não estar restrito às unidades de saúde. Entretanto, o modelo hospitalocêntrico ainda está
ligado ao incentivo sociocultural para a sua manutenção. Questões trabalhistas (ambiente de trabalho,
salário, carga horária) podem ser fatores preponderantes para o desencadeamento do estresse ocupacional
e as habilidades sociais podem ser um fator de auxilio para o profissional no seu setting de trabalho, pois
são base para gerar interações sociais proveitosas. Relato de experiência: Trata-se de um processo de
observação retrospectiva realizado durante pesquisa em saúde mental, a respeito do manejo junto a
pacientes psiquiátricos. O ambiente psiquiátrico (institucionalizante) diverge notavelmente do contexto
social extra-clínica. Embora os desafios da reforma psiquiátrica estejam em processo de implementação,
ainda há modelos clínicos asilares. É evidente que houve mudanças neste processo, entretanto ainda há
objetivos a serem alcançados em relação ao alvo preconizado pela Lei 10.216. Com isso, nota-se a carga
horária semanal de trabalho que pode vincular a níveis consideráveis de estresse ocupacional resultado da
sobrecarga. O Treino de Habilidades Sociais (THS) como um conjunto estratégias nas relações interpessoais
pode auxiliar consideravelmente no ambiente de trabalho, favorecendo aos profissionais uma interação
melhor executada e, saudável no clima organizacional e, modelos comportamentais adequados aos
pacientes psiquiátricos presentes no local. Considerações finais: Para autores referenciais no tema de THS,
quando os profissionais apresentam um padrão de comportamento socialmente habilidoso, podem
contribuir em grande escala tanto para o avanço do clima organizacional e qualidade das relações
interpessoais dentro da empresa, quanto para o público em geral. Neste sentido, ressalta-se a importância
do THS para os profissionais da saúde, afim de um trabalho satisfatório e proveitoso junto à instituição e
aos usuários dos serviços.
Introdução: A formação medica exige dos alunos muita dedicação, foco e esforço. A grade curricular
demasiadamente complexa exige muito do aluno, privando-o, em sua grande maioria, do sono, de horas de
lazer, atividade física, relacionamento familiar, dentre outros. E esquece-se que essas atividades primordiais
para a saúde mental e passa a torna-las segundo plano. Relato de experiência: Um dos maiores problemas
enfrentados pelo aluno é o estresse, que consiste em um estado de tensão responsável por uma ruptura na
homeostase do organismo. Este, por sua vez, está associado à adaptação ao novo método de ensino e
aprendizagem, à grande quantidade de matérias e conteúdo, ao contato iminente com o paciente, com a
morte e com a escolha da especialidade.
Com o tempo dedicado em realizar as atividades da formação superior, o acadêmico é forçado a adotar um
novo estilo de vida. Tendo que replanejar e abdicar de algumas de suas atividades em detrimento dos
compromissos de curso que escolheu. Devido à grande carga horária semanal dedicada ao curso, os
acadêmicos são levados a adotarem estilos de vida considerados não saudáveis, com pouca ou nenhuma
prática de atividade física, tendo o alcoolismo e a drogadição como método de enfrentamento imediato aos
problemas e ansiedade oriundos do curso, alimentação baseada em fast food ou restaurantes para refeições
rápidas e comportamento de risco oriundo da promiscuidade, algo intensificado pela diminuição de pudores
e amadurecimento. Com isso, mesmo estudando e estando ciente dos riscos enfrentados diariamente com
estes comportamentos, o acadêmico encontra-se em um dilema no que tange ao saber e não fazer por não
haver tempo pertinente. Assim, ao se analisar os acadêmicos do curso de medicina de uma universidade
privada de Brasília observou-se que a grande maioria adota tais hábitos de vida não saudáveis.
Considerações finais: Dessarte, os jovens estudantes sofrem desde sua formação médica o que
teoricamente só conheceriam na residência ou trabalho em geral: o estresse, burn out, ansiedade,
comportamento de risco, alimentação não saudável, entre outros, pois acabam encontrando assim uma
maneira de coexistir com o bom andamento do curso superior em medicina.
Introdução: O principal objetivo deste relato é apresentar a política de Redução de Danos e suas
possibilidades quanto ao acolhimento e escuta dos usuários em um Centro de Atenção Psicossocial de Álcool
e outras Drogas (CAPS ad). É importante ressaltar que para falar de Redução de Danos é necessário
contextualizar historicamente, levando em consideração a história da loucura brasileira até chegar ao atual
modelo de atenção à saúde mental, que possibilitou o fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS). Relato de experiência: O desenvolvimento deste relato foi suscitado na realização de estágio em
Psicologia e Processos Sociais em um CAPS ad. Diante de tantas possibilidades de trabalho por parte dos
profissionais desse serviço, a Redução de Danos se destacou por não ter como foco a abstinência. Nessa
perspectiva, o que está em questão é o sujeito, sua história de vida e não a substância que o mesmo
consome. A Redução de Danos teve sua origem na Inglaterra, em 1926 e chega ao Brasil no ano de 1989, ela
nos mostra na prática que não há uma sociedade livre de drogas, é necessário pensar novas possibilidades
para os usuários de substâncias lícitas e ilícitas. Portanto, é de fundamental importância apostar nesses
usuários de álcool e outras drogas como sujeitos responsáveis por suas escolhas, com direito a ter um
tratamento em liberdade e seu desejo ser escutado pelos profissionais. Considerações finais: O
desenvolvimento deste relato foi suscitado na realização de estágio em Psicologia e Processos Sociais em
um CAPS ad. Diante de tantas possibilidades de trabalho por parte dos profissionais desse serviço, a Redução
de Danos se destacou por não ter como foco a abstinência. Nessa perspectiva, o que está em questão é o
sujeito, sua história de vida e não a substância que o mesmo consome. A Redução de Danos teve sua origem
na Inglaterra, em 1926 e chega ao Brasil no ano de 1989, ela nos mostra na prática que não há uma
sociedade livre de drogas, é necessário pensar novas possibilidades para os usuários de substâncias lícitas e
ilícitas. Portanto, é de fundamental importância apostar nesses usuários de álcool e outras drogas como
sujeitos responsáveis por suas escolhas, com direito a ter um tratamento em liberdade e seu desejo ser
escutado pelos profissionais.
P113 AGENESIA DE CORPO CALOSO
Autores: Israel Amâncio Mendes; Maria De Jesus Torres Pacheco; Mônica Da Cunha Machado Resende;
Tárcia Heliny Nojoza; Talyta Garcia Da Silva; Rayanne Layla Morgado Fonseca.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mônica Da Cunha Machado Resende
Contato: monica.cmr@hotmail.com
Introdução: O corpo caloso, a maior das comissuras inter-hemisféricas, é formado por um grande número
de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular
do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Sua formação se inicia em torno
da 12ª semana de gestação e ele encontra-se completamente desenvolvido entre a 18ª e 20ª semanas de
vida intra-uterina. Suas lesões determinam o aparecimento de distúrbios psíquicos, caracterizados por
apatia, pobreza do pensamento e dos movimentos, perda da memória para fatos recente s, modificações
no caráter (irritabilidade, versatilidade do humor, desconfiança), déficit da atenção voluntaria e espontânea
e grande fatigabilidade mental. A prevalência da agenesia do corpo caloso estimada é de 1% da população.
Sabe-se que a agenesia de corpo caloso é uma malformação relativamente frequente. Relato de caso:
Criança do Sexo feminino pesando 13 kg, 18 meses, residente de São Luís acompanhada de genitora (mãe)
compareceu no ambulatório de pediatria do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Matos em São Luís, Maranhão.
Genitora relata que teve o diagnóstico de Agenesia de Corpo Caloso-ACC evidenciado em US Gestacional e
após o nascimento foram realizados ressonância magnética que confirmou o diagnóstico de ACC e
tomografia de crânio, eletroencefalograma apresentou-se normal, tendo também um desenvolvimento
normal. A mesma faz uso de anticonvulsivante (fenobarbital), faz acompanhamento com neurologista e
endocrinologista. Considerações finais: A agenesia do corpo caloso pode estar associada a síndromes
genéticas, cromossomopatias ou outras malformações do sistema nervoso central e extra sistema nervoso
central, que são fatores de mau prognóstico. O paciente avaliado no relato de caso não apresenta
anormalidades no seu desenvolvimento, apresentou uma crise convulsiva, agora tratada com
anticonvulsivante, em seus exames neurológicos não apresentou qualquer anomalia, no entanto esta
condição é rara. Observa-se que não existe muitas pesquisas que possam corroborar para maior
entendimento dessa doença. Compreende-se que essas alterações ocorrem em 3 de cada 1000 crianças
nascidas vivas, sendo essas anomalias responsáveis por 75% das mortes fatais e cerca de 50% dos defeitos
congênitos.
Introdução: Fistulas carótido-cavernosas são comunicações anormais entre o sistema carotídeo e o seio
cavernoso, podendo ser de etiologia traumática ou espontânea. A causa traumática mais comum é o
traumatismo crânio-facial, que pode causar lacerações da artéria carótida interna em sua porção
intracavernosa devido a mecanismos de aceleração-desaceleração ou devido a espículas ósseas formadas
em fraturas de base de crânio. Os principais sintomas incluem proptose, quemose, sopros retro-orbitários,
diplopia e oftalmoplegia. Os principais diagnósticos diferenciais para essa síndrome são trombose do seio
cavernoso, fratura de órbita, aplasia de seio sigmoide e neoplasias oculares. Realizou-se análise do
prontuário do paciente e revisão de literatura com artigos do PubMed. Relato de caso: W.R.R., 25 anos,
sexo masculino, vítima de colisão automobilística. Foi admitido, no dia do acidente, em um hospital de
Itaúna-MG em Glasgow 6, devido a politrauma. Foi encaminhado ao Hospital João XXIII, no dia seguinte. Na
admissão encontrava-se anisocórico à esquerda. Realizou TC cervical e de crânio, que evidenciou HSAT,
hemoventrículo, pneumoencéfalo, fratura na base de crânio(esfenoide e etmoide posterior) e de facetas C3
e C4 à direita. Sugeriu hipótese diagnóstica de LAD. Evoluiu com rabdomiólise importante. Após suspensão
da droga vasoativa, evoluiu com distúrbio de coagulação e apresentou aumento importante de
transaminase . Posteriormente, apresentou nistagmo, proptose, ceratite de exposição e quemose. Ausculta
revelou um sopro na região lateral da órbita esquerda. Foi realizada angioTC de crânio, que confirmou o
diagnóstico de fistula carotido cavernosa. O exame evidenciou um aumento do calibre da veia oftálmica
esquerda e do seio cavernoso esquerdo e aneurisma em artéria carótida interna esquerda supraclinoidea.
Proposta embolização da fistula carotidocavernosa. Considerações finais: As Fístulas carótido-cavernosas
são quadros relativamente incomuns, estando presentes em 0,2% dos traumas de crânio fechados. Seus
sinais muitas vezes são comuns a diversas outras injúrias, mas seu diagnóstico não deve ser descartado na
presença de quadros como o descrito, mesmo na presença de outras lesões que poderiam justificar alguns
sintomas, como fraturas de órbita. A utilização de exames de imagem, como angioTC e angiografia, é
fundamental para fechar o diagnóstico em casos sugestivos de lesões vasculares como este. Diagnóstico e
tratamento precoces são necessários para evitar amaurose e maiores complicações neurológicas.
Introdução: Espondilodiscite é a infecção que acomete o disco intervertebral, corpo vertebral ou o arco
posterior da vértebra. É uma causa rara de lombalgia no adulto, afeta mais o sexo masculino e predomina
na faixa etária entre 50 e 60 anos. A dor lombar ou cervical, conforme a localização da infecção, é o sintoma
mais frequente, seguida pelos sintomas constitucionais e a febre. As manifestações neurológicas incluem
paresia, paraplegia e meningite. O tratamento conservador é feito com base no uso de antibióticos, uso de
órteses e repouso. Já o tratamento cirúrgico consiste na descompressão da coluna, desbridamento da área
infectada e fusão vertebral. Relato de caso: Paciente F.V.S.G, sexo masculino, 32 anos, solteiro, pardo,
pedreiro, natural e residente de Igarapé Grande-MA. Refere lombalgia, cruralgia e perda ponderal há cerca
de 12 meses, com surgimento de abcessos subcutâneos pelo corpo, principalmente na região cervical e
parede abdominal há cerca de oito meses. Relata que há 30 dias apresenta piora da dor lombar e dificuldade
de deambular. Ao exame físico: REG, consciente, orientado, normotenso (120/80 mmHg), afebril (36,5°C),
taquicárdico (130 bpm) e sinal de Lasègue positivo. Cultura de abscessos subcutâneos evidenciaram o
crescimento de S. epidermides. TC e RNM de coluna lombosacra demonstraram a presença de lesões
expansivas paravertebrais bilaterais e com comprometimento ósseo e dos discos intervertebrais, sugestivo
de abscesso e espondilodiscite. A punção das lesões intra-abdominais evidenciou material purulento e de
aspecto esve rdeado, porem com cultura negativa. Foi iniciado antibioticoterapia com Ceftriaxona 2g EV
12/12 hrs, Oxacilina 2g EV 4/4 hrs e Metronidazol 500 mg EV 8/8 hrs, associado com fisioterapia motora.
Não havia indicação para neurocirurgia. O paciente evoluiu para melhora do quadro, com melhora da
marcha, ausência de dor lombar, ganho de peso e aumento do apetite. Considerações finais: A
espondilodiscite no adulto é pouco frequente, porém potencialmente debilitante e neurologicamente
devastadora para alguns pacientes, sendo essencial pensar nessa hipótese diagnóstica perante um doente
com dorsolombalgia. O diagnóstico é difícil devido aos sintomas clínicos inespecíficos, ao curso insidioso da
doença, e à alta incidência de dor nas costas na população em geral.
Introdução: Pelagra foi descrita pela primeira vez em Espanha e Itália em meados do século 18. É uma
doença metabólica crônica, decorrente da deficiência celular grave de niacina (vitamina B3) ou de seu
precursor, o triptofano, é caracterizada por uma dermatite fotossensível pigmentada (normalmente
localizadas em áreas expostas ao sol), diarreia e demência, ocorrendo, sobretudo em pacientes desnutridos
e alcoolistas crônicos1-2. Relato de caso: Masculino, 60 anos, alcoolista crônico, procedente de Bragança
(PA), apresentando há cerca de 1 mês, lesões eritematosas vivas no dorso das mãos, membros superiores e
membros inferiores, tipo queimadura, que progressivamente evoluíram para lesões eritêmato-violáceas e
bolhosas. Associados a este quadro foram relatados diarreia há aproximadamente 8 dias, com fezes de
coloração amarelo-esverdeada com freqüência de 3 a 4 vezes ao dia, hiporexia e delírio. Durante a
anamnese, paciente relatou ser açougueiro e fazer consumo diário de grande quantidade de bebida
alcoólica, há mais de 30 anos.Ao exame físico, o paciente apresentava-se com tremor fino nas mãos,
desnutrido, hipocorado, desidratado (++/4+), acianótico, anictérico e afebril. Murmúrio vesicular presente,
com ausência de ruídos adventícios, apresentando freqüência respiratória de 18 incursões por minuto.
Bulhas normorrítimicas, normofonéticas em 2 tempos sem sopros, freqüência cardíaca de 71 bpm e pressão
arterial de 120/70mmHg. Apresentava as seguintes alterações laboratoriais: Hb: 9,0 / Ht:27,6 / VCM:99,26
/ K: 2,9.Apresentava lesões simétricas, crostosas sobre base exulcerada, com secreção purulenta e odor
fétido nos membros e máculas eritêmatovioláceas, bem delimitadas em membros superiores. O tratamento
foi feito com repouso no leito, alimentação adequada e suplementação das vitaminas do complexo B, neste
caso, o ácido nicotínico. Considerações finais: A pelagra é uma doença nutricional, caracterizada por
manifestações gastrointestinais, cutâneas e neuropsiquiátricas. No estudo de Murgan et al., o paciente
apresentou maior risco para desenvolver os sinais e sintomas da pelagra devido ao abuso de bebidas etílicas
e desnutrição. Para o seu tratamento, é necessário que se reverta o quadro de deficiência vitamínica
instalada. O diagnóstico é clínico, visto que não há provas conclusivas de laboratório e o prognóstico é bom,
sobretudo naqueles em que a terapia é instituída precocemente.
Introdução: A cada ano surgem novas substâncias medicamentosas. Buscando melhor desempenho, alguns
esportistas abusam dessas substâncias, e outros a utilizam e prescrevem por desconhecimento. Quanto à
odontologia, a literatura disponível relacionada ao esporte é escassa, e a prescrição medicamentosa pode
comprometer o desempenho atlético, com substâncias que causem doping. Objetivos: Relacionar as
substâncias medicamentosas possíveis de prescrição pelo dentista e que podem ser consideradas doping.
Métodos: Coleta dos dados através da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos de 2015 da Agência Mundial
Anti-Doping (WADA), consideradas doping, e consulta do uso de tais medicamentos nos livros de
farmacologia em odontologia. Foram selecionadas aquelas com indicações mais comuns em consultório
odontológico. Resultados: Foram encontradas as seguintes substâncias:
1. Adrenalina, efedrina e norfenefrina: Vasoconstritores, do grupo das catecolaminas. Aumenta frequência
dos batimentos cardíacos e do volume de sangue por batimento cardíaco, efeito hiperglicemiante, minimiza
o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal, e maximiza-o para músculos nas pernas e braços, além
de “queimar” gordura das células adiposas. Esta ação da adrenalina dá mais explosão aos atletas nas
competições. 2. Ibuprofeno, Cetoprofeno e Etoricoxib: Indicados em dor e inflamação do aparelho
estomatognático, Sua produção inclui o encapsulamento do princípio ativo com o uso de glicerol, que é
agente mascarante proibido pela WADA. 3. Corticosteroides (betametasona, dexametasona, prednisona,
hidrocortizona e cortisona). Anti-inflamatório, anti-edematoso, imunossupressor, antialérgico e medicação
de choque. Muito usados em odontologia. Todos glicocorticoides são considerados dopantes. Prescrição
deve adaptar-se às leis do esporte. 4.Insulina: Utilizado em emergências e controle de hiperglicemia. Diminui
a glicose do sangue, aumenta glicogênio tecidual e diminui ácido aceto-acético. O uso contínuo aumenta a
massa muscular. Muitos dentistas desconhecem substâncias que geram falso doping, que são de uso comum
para controle da dor, e integram a lista da WADA. Conclusão: A farmacologia deve ser de conhecimento
fundamental dos profissionais ligados ao esporte, evitando situações consideradas doping, e para que
atletas não tenham suas carreiras prejudicadas devido à ingestão de substâncias ilícitas.
ESTÁGIO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA
P124
IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Claudineide Alves Dos Santos; Olga De Jesus Ferreira Sales.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Claudineide Alves Dos Santos
Contato: santos.claupsi@gmail.com
Introdução: A transposição de grandes vasos ou grandes artérias é uma cardiopatia congênita cianogênica
que cursa com alta mortalidade no período neonatal. Tal patologia cursa com a existência de duas
circulações em paralelo, que não se interligam, quadro este que não é compatível com a vida. Sendo assim,
o que garante a sobrevida inicial desses pacientes é a presença de defeitos anatômicos benéficos como CIA
(comunicação interatrial), CIV (comunicação interventricular) e a PCA (persistência do canal arterial), pois
são estes defeitos que permitem a mistura parcial do sangue oxigenado, garantindo a vid a até que uma
correção cirúrgica seja estabelecida. Relato de caso: Este estudo trata-se de um caso de um recém-nascido
portador de cardiopatia congênita cianogênica grave, a qual foi diagnosticada aos 41 dias de vida, devido a
descompensação da cardiopatia por pneumopatia associada. Considerações finais: O paciente foi
encaminhado para hospital pediátrico onde foi feita estabilização clínica, diagnóstico clínico e
ecocardiográfico e onde será realizada a correção cirúrgica.
Introdução: O projeto de Estágios e Vivências na realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é uma
ferramenta que permite aos participantes experimentarem um novo espaço de aprendizagem dentro das
instituições de saúde e dentro das comunidades, ampliando a visão do que é saúde e doença dentro da
realidade de cada cultura, interdisciplinaridade, luta de classes, movimentos de gênero, minorias
populacionais, reforma política e outros aspectos intrínsecos ao SUS. Relato de experiência: O VER-SUS
Imperatriz ocorreu nos dias 1º a 10 de agosto de 2015 com cerca de 60 participantes, entre viventes e
facilitadores. Durante a manhã do dia 10 de agosto de 2015, a equipe do VER-SUS Imperatriz viajou rumo a
Aldeia São José (Krikati), no município de Montes Altos – MA, onde moram cerca de 770 pessoas. A
comunidade indígena goza energia elétrica, água encanada, escola e possui uma unidade de saúde com boa
estrutura física, equipamentos e farmácia básica, com medicamentos principalmente do programa
HIPERDIA. A unidade de saúde recebe duas equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros,
odontólogos, auxiliares de saúde bucal e técnicos de enfermagem e agentes indígenas de saúde, revezando-
se a cada 15 dias para prestação de serviços. Característica marcante observada na relação entre o serviço
de saúde prestado pelos profissionais e os cuidados de saúde oferecidos pelo pajé da tribo é da tolerância
e do respeito. Os dois não se anulam, trabalham sinergicamente para fornecer bem estar às pessoas que ali
vivem, logo a população passou a usar os fármacos trazidos pelo SUS, todavia não deixou de utilizar seus
tratamentos medicinais naturais e orações aprendidos culturalmente. Considerações finais: O VER-SUS
Imperatriz mostrou a importância de conhecer as realidades das comunidades afastadas dos centros
urbanos e fez refletir sobre o processo de saúde e de como a cultura das comunidades indígenas podem
exercer influência sobre ele. A sabedoria desses povos pode ser valorizada e deve trilhar ao lado do trabalho
da equipe multiprofissional da unidade e vice-versa e isso foi observado nitidamente na Aldeia São José.
Esse respeito mútuo é sinônimo de bem-estar, de tolerância, cuidado e, principalmente, de saúde.
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma entidade que apresenta elevados índices de
mortalidade, mostrando-se um importante problema de saúde pública. Cerca de metade dos casos ocorrem
no meio extra-hospitalar, sendo necessário uma abordagem efetiva para tal situação. Objetivos: Analisar o
conhecimento dos profissionais de saúde de Peritoró-MA a cerca do manejo da parada cardiorrespiratória.
Métodos: Os dados foram obtidos por meio de questionários formulados com embasamento em artigos
científicos sobre PCR e aplicados aos profissionais de saúde de Peritoró-MA. Resultados: Participaram dos
questionamentos 37 profissionais da saúde de Peritoró-MA, entre eles agentes comunitários de saúde,
técnicos em enfermagem e enfermeiros. Destes profissionais, 87% ainda não tinham tido contato com
instruções de suporte básico de vida e 35% do total já haviam se deparado com situações de PCR. A partir
dos dados analisados, conclui-se que o conhecimento sobre a abordagem e manejo da PCR no meio extra-
hospitalar por tais profissionais é insuficiente, visto que a maioria relata ausência de contato prévio com
treinamentos e/ou estudos similares. Conclusão: Tendo em vista os dados obtidos, nota-se uma deficiência
quanto às habilidades em manejar vítimas de PCR. Existe uma necessidade em implantar métodos no
sistema de saúde pública que oferte melhor formação teórico-prática sobre a parada cardiorrespiratória e
condutas que devem ser implementadas.
Introdução: A sífilis é uma doença infecto contagiosa, sexualmente transmissível e também transmitida
verticalmente na gestação, que pode causar graves problemas de saúde e sequelas ao feto. O conhecimento
dos principais fatores de risco envolvidos no processo de infecção da doença permite melhor abordagem no
seu diagnóstico e tratamento. Objetivos: Determinar os fatores de risco para a infecção por sífilis em
gestantes no período de janeiro de 2010 a junho de 2015, no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora das
Mercês do município de Pinheiro - Ma. Métodos: Foram incluídas no estudo 100 mulh eres que tiveram seus
partos nesse hospital. Toda gestante com o teste não treponêmico (VDRL) positivo, com qualquer titulação
e em qualquer momento da gestação foi considerada como portadora da infecção. A positividade do VDRL
foi correlacionada, através de questionário respondido pelas gestantes, com a idade e o estado civil da mãe,
o grau de instrução materno, a frequência de acompanhamento pré-natal, e a ocorrência de óbito neonatal.
Resultados: Observou-se que houve relação estatisticamente significante entre o VDRL positivo e o grau de
instrução materno, assim como a frequência de realização de acompanhamento pré- natal. Conclusão: A
baixa escolaridade da gestante, prematuridade do início da vida sexual ativa e a qualidade do atendimento
pré-natal são os principais fatores de risco para a infecção sifilítica durante a gestação.
Introdução: Estudos demonstram que diferenças no desempenho e habilidades motoras entre meninos e
meninas se tornaram alvo de preocupações, pois a indução de atividades específicas para cada sexo pode
influenciar as aquisições motoras das crianças. Objetivos: Comparar o desenvolvimento motor de meninos
e meninas de 0 a 2 anos. Métodos: Estudo observacional, analítico com delineamento transversal realizado
entre Abril a Junho de 2015, com 72 crianças assistidas em uma unidade básica de São Luís. Para coleta de
dados foi utilizado um questionário desenvolvido pelos pesquisadores referente aos aspect os
sociodemográficos e dados da criança, e o Teste Denver II, padronizado a população brasileira por Drachler
(2007). Na análise bivariada foi utilizado o Qui quadrado de Pearson, sendo considerado significativo p<0,05.
Este estudo foi baseado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas
envolvendo seres humanos e foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da UNICEUMA, com parecer nº
978.574. Resultados: Participaram do estudo 72 crianças, sendo, 52,8% (38) do gênero feminino e 47,2%
(34) masculino. Na comparação entre os gêneros não foi verificada nenhuma diferença no desenvolvimento
motor global de ambos (p=0,63). Conclusão: Diante do resultado, sugere-se estudos voltados para
identificação de possíveis diferenças no desenvolvimento motor fino e motor grosso entre os sexos, de
diferentes condições socioecônomicas, bem como em faixas etárias mais avançadas.
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
P130
ASSISTIDAS
Autores: Karlyne Araujo Souto; Brenda Lima Costa; Nathalia Farias Pereira; Jennifer Nayara Humbelino De
Carvalho; Karine Silva Pereira; Marcia Cristina Monteiro De Jesus Aguiar.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Karlyne Araujo Souto
Contato: karlyne.souto@hotmail.com
Introdução: A prática alimentar nos primeiros anos de vida é a base para a formação dos hábitos alimentares
da criança. Nos primeiros seis meses, recomenda-se a amamentação exclusiva. A partir dessa idade, a
tolerância gastrointestinal e a capacidade de absorção de nutrientes atingem um nível satisfatório
proporcionando maior adaptação física e fisiológica para uma alimentação variada, sendo recomendado 3
refeições ao dia, incluindo frutas e verduras. Objetivos: Descrever o comportamento alimentar de crianças
de 0 a 2 anos assistidas em uma unidade básica de São Luís –MA. Métodos: Foi realizado estudo descritivo,
observacional, transversal no período de fevereiro a julho de 2015, com 68 mães de crianças de 0 a 2 anos
assistidas no Centro de Saúde Genésio Ramos Filho. Para a coleta de dados foi utilizado um
questionário desenvolvido pelos próprios pesquisadores. As variáveis qualitativas são descritas em
frequência absoluta e percentual. Resultados: Entre as entrevistadas, 57,35% (29) relataram que seus filhos
não ingeriram biscoitos, salgadinhos ou enlatados nos últimos 7 dias, entretanto, 19,12% (13) relataram que
houve consumo desses alimentos todos os dias, 1,47% (1) de 4 a 6 dias por semana e 22,06% (15) de 1 a 3
dias por semana. Quando questionadas sobre hábitos saudáveis, 32,35% (22) afirmaram que os filhos não
ingeriram legumes nos últimos 7 dias, contudo, 41,18% (28) afirmaram que houve ingesta desses
alimentos diariamente, 5,88% (4) de 4 a 6 dias por semana e 20,59% (14) de 1 a 3 dias por semana.
Conclusão: Um percentual significativo de crianças faz ingestão de alimentados não recomendados pelo
Ministério da Saúde. Sabendo que as mães tem um papel importantíssimo da escolha desses alimentos,
sugere-se medidas educativas voltadas a essa população.
Introdução: O curso de medicina trouxe ao longo dos anos uma educação pautada em modelos biomédicos
de ensino e trabalho. Em virtude disso e dos professores serem, em sua maioria, também médicos, perdeu-
se com o passar dos anos a cultura de comunicação com outras áreas do conhecimento e da saúde. Relato
de experiência: Com o mercado de trabalho saturado de médicos desumanizados e com a necessidade de
humanização no atendimento, viu-se necessária a criação de matérias nos cursos de graduação em medicina
focadas na interdisciplinaridade com outras áreas, estando essas voltadas para a aceitação e diálogo com as
demais áreas da saúde.A interdisciplinaridade parte do principio de que o conhecimento não é fragmentado
e apresenta como objetivo principal a união do conhecimento obtido em outras áreas como a psicologia e
a enfermagem para serem utilizados e trabalhados em conjunto com os futuros profissionais em medicina.
A proposta da interdisciplinaridade é fornecer ligações de complementaridade, interconexões e
convergências, além disso, deve contemplar estratégias de aprendizagem que capacitem o aluno para a vida
em sociedade, visando à integração. Com a era da globalização, o professor deixou de ser o único detentor
de conhecimento e proporcionou um maior e mais rápido acesso dos alunos ao aprendizado.
A interdisciplinaridade propõe que professores de outras áreas trabalhem com os acadêmicos em medicina
suas especialidades, tornando as aulas mais comunicativas e interativas, onde o aprendizado se faz na tríade
aluno-professor-aluno. Considerações finais: Neste modelo, é de vital importância que haja um
aprofundamento da formação profissional para que se tenha a possibilidade de trabalho em conjunto,
criando formas de integrar o cuidado à saúde com os usuários do SUS e em rede privadas de saúde. Dessa
forma, trabalha-se a articulação cognitiva, afeto e cultura com o paciente, facilitando o manejo da empatia
e de entendimento do processo de saúde-doença-paciente.
Introdução: É muito comum encontrar professores que apresentem comprometimentos vocais que
dificultam sua atividade, uma vez que eles dependem da audição, voz, fala e linguagem como recurso
didático e de interação professor-aluno. Objetivos: Essa pesquisa tem o objetivo de verificar os hábitos
vocais em professores de uma escola pública de São Luís-MA. Métodos: estudo analítico, observacional do
tipo transversal, quantitativo, no período de 23 de março à 15 maio de 2015, que envolveu 10 professoras,
do sexo feminino, com faixa etária entre 25 a 48 anos de idade, atuantes em salas de aulas, onde
responderam a um questionário com 12 perguntas objetivas sobre os hábitos vocais. Resultados: Através
dos resultados foi possível observar que 50% das entrevistadas relataram que lecionam entre 10 e 15 anos,
30% entre 16 e 20 anos e somente 20% das professoras estão nesse mercado a mais de 20 anos, quanto à
carga horária 50%, referiram trabalhar por mais de 8 horas todos os dias, 30% de 4 à 6 horas e 20% de 7 à 8
horas, em relação à quantidade de alunos 90% tinham menos de 30 alunos e 10% mais de 30 alunos, a
respeito dos hábitos orais 38,5% falam alto, 34,5% gritam bastante durante as aulas e 9,5% delas fazem
consumo de bebidas alcoólicas, 30% delas se consideram descuidadas com a voz e 70% tomam alguns
cuidados preventivos. Conclusão: Conclui-se que há um número significativo de professores com hábitos
vocais alterados encontradas o que evidencia a precariedade das condições de saúde vocal desses sujeitos.
Introdução: A Fístula Arteriovenosa Renal (FAVR) é uma lesão vascular com comunicação do sangue arterial
e venoso no rim que pode ser congênita, idiopática ou adquirida. A FAVR está relacionada com o
desenvolvimento de insuficiência renal e cardíaca de alto débito, aumento da frequência e diminuição do
fluxo sanguíneo distal. O tratamento consiste na oclusão da FAVR ou a exérese parcial ou total do órgão.
Até 80% das FAVR são adquiridas e sua incidência está aumentando devido ao numero crescente de biopsias
renais, forte fator causador. Neste estudo, relatamos um caso de FAVR como causa de dor lombar crônica
com repercussão cardiovascular. Relato de caso: Paciente IJPA, sexo feminino, 78 anos, natural e
procedente de São Luis-MA, encaminhada por história de dor lombar crônica à direita há 15 anos, não
associado aos esforços físicos, e sem diagnóstico etiológico. Antecedente pessoal de hipertensão arterial de
difícil controle, mesmo em uso regular de 4 medicações em doses otimizadas, além de insuficiência cardíaca.
Referia ainda dispnéia aos pequenos esforços. Em investigação diagnóstica foram realizados radiografia de
tórax, que demonstrou aorta ateromatosa, radiografia de coluna lombar sem alterações e tomografia de
abdome total que revelou múltiplos vasos dilatados perirrenais direitos, com hidronefrose à direita.
Solicitada então cintilografia renal estática (DMSA – 99mTc) aonde foi visualizado área hipofuncionante em
terço médio à direita com hidronefrose e função renal de 47,7% sem demais alterações no rim esquerdo. O
estudo angiográfico diagnosticou fístula arteri ovenosa direita gigante, do ramo arterial segmentar médio
renal para veia renal, com pseudoaneurisma arterial maior que 2 cm e grandes ectasias venosas além de
estenose proximal da veia renal e artéria renal direita tortuosa e de calibre aumentado. Decidiu-se por
embolização da fístula arteriovenosa renal direita, com cateterização superseletiva distal da aferência
arterial com cateter 18 Fr, embolizada com 20 molas de platina, seguida de injeção controlada de 0,5ml de
Histoacryl a 33%, o que resultou na oclusão total da fístula arteriovenosa e veia renal pérvea. Atualmente,
paciente segue assintomática. Considerações finais: Trata-se de uma FAVR como causa de dor lombar e cura
completa após embolização.
Introdução: Entre as formas clínicas das leishmanioses, a Leishmaniose Visceral (LV) ou compreendem uma
das sete endemias mundiais de prioridade absoluta da Organização Mundial de Saúde (OMS), devido ao seu
caráter endêmico em várias regiões do mundo. A utilização do Sistema de Informações Geográficas (SIG) na
área da saúde pública permite mapear a doença, determinar fatores e delimitar as áreas de risco, permitindo
um melhor planejamento das ações de saúde para o controle da doença. Objetivos: Analisar a expansão
geográfica da leishmaniose visceral na Microrregião Lençóis Maranhense através da distribuição doença do
ano de 2007 a 2014. Métodos: Os casos notificados de LV do período do estudo (2007-2014) foram cedidos
pela Secretaria Estadual da Saúde do Maranhão (SES-MA). A partir desses dados, foram construídos mapas
temáticos que demonstram a evolução anal da distribuição espacial da LV na Microrregião Lençóis
Maranhense e um mapa da distribuição dos casos cumulativos do período. Para construção dos mapas, foi
utilizado o programa Terra View e para base cartográfica da microrregião estudada, foi utilizada a fonte do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A microrregião Lençóis Maranhense compõe a
Mesorregião Norte Maranhense e está localizado no litoral oriental maranhense apresenta uma área de
7.731 Km² e população em torno de 121.270 habitantes. Resultados: De 2007 a 2014, foram notificados 56
casos de leishmaniose visceral na microrregião Lençóis Maranhense. Em 2014, os municípios da
Microrregião Lençóis Maranhense já haviam notificado com pelo ao menos 2 casos de LV, sendo que em
2007, apenas 33,3% dos municípios haviam notificados casos de LV. Entre 2007 a 20147 foram notificados
em média 7 casos/ano. No entanto, em 2012 foram notificados apenas 3,6% (2) casos da LV na microrregião
apresentando a menor notificação anual do período estudado, entre 2013 e 2014 os casos notificados voltou
a ascender, apresentando no ano de 2014 o maior número de casos notificados de LV (19,6%). Conclusão:
Através dos mapas temáticos, foi possível identificar uma acentuada expansão geográfica da LV na
microrregião em estudo. Com isso, podemos evidenciar a importância do uso das ferramentas do SIG para
estudos epidemiológicos da LV, permitindo o estudo dinâmico e um avanço inestimável para o estudo e a
compreensão de doenças negligenciadas, oferecendo ao poder públicas tomadas de decisões mais
acertadas quanto à Saúde Pública.
Introdução: A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que envolve gênero, orientação sexual,
erotismo, envolvimento emocional, amor e reprodução. Objetivos: Objetiva-se identificar dificuldades
sexuais vivenciadas por pessoas com HIV/AIDS. Métodos: Estudo descritivo, realizado de janeiro a maio de
2015, o qual pertence ao projeto de extensão da Universidade Federal do Maranhão no município de
Imperatriz-MA. A pesquisa foi realizada no Serviço Ambulatorial Especializado – SAE adulto do município de
Imperatriz-MA. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Fed eral do Tocantins com o
parecer de número 105/2014. A coleta de dados foi realizada por entrevista através de um questionário
constituídos de perguntas fechadas e semiabertas. Participaram da amostra 69 pacientes, dentre eles 36
mulheres e 33 homens, respeitando resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: neste
estudo, 44,9 % relataram dificuldades na sua vida sexual após o diagnostico HIV positivo, alguns até mesmo
passaram a ter abstinência sexual. Nas pessoas que vivem com HIV e aids (PVHA) essas experiências
continuam sendo essenciais, no entanto, elas podem passar por transformações importantes após o
diagnóstico de sua infecção. O medo de infectar os (as) parceiros (as) e de ser rejeitado (a) por sua condição
sorológica é um desses aspectos. Nesses casos, observou-se a diminuição da libido e da valorização do sexo
após a contaminação pelo HIV. Conclusão: o conhecimento da infecção pelo HIV alterou o comportamento
sexual em número significativo dos pacientes entrevistados. Isso demonstra a necessidade de
acompanhamento multiprofissional que contemplem questões biopsicossociais dos pacientes portadores
de HIV/AIDS.
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar, uma doença infecto-parasitaria, não contagiosa, de
curso crônico que quando não tratada adequadamente pode levar a óbito em 90% dos casos. É considerada
uma das grandes doenças emergentes, negligenciadas e de difícil controle, sendo caracterizada pelo alto
potencial de letalidade. Através do coeficiente de letalidade é possível analisar o poder de uma doença
resultar em óbito, assim como, avaliar a qualidade da assistência médica prestada aos indivíduos notificados
com esta doença. Objetivos: Avaliar a situação da LV no Estado do Maranhão no ano de 2015 quanto ao
número de casos confirmados e óbitos por sexo e idade. Métodos: A partir dos dados informados pela
Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES-MA coletados nos meses de janeiro a junho de 2015,
realizou-se um levantamento dos casos confirmados e de óbitos por LV por município e calculou-se o
coeficiente de letalidade por sexo e idade. Resultados: No primeiro semestre de 2015, foram notificados no
estado do Maranhão 116 novos casos confirmados de LV, sendo que dos 217 municípios que compõem o
estado do Maranhão, 47 municípios apresentaram notificação. Neste mesmo período, foram notificados 17
óbitos em 15 municípios em decorrência da LV, sendo que a maioria dos indivíduos se encontrava na faixa
etária de 20 a 39 anos 33,3% e 61,1% eram do sexo masculino. Quanto ao coeficiente de letalidade, 73,3%
dos municípios notificados com óbitos apresentaram letalidade maior igual a 50%, sendo 40% deste com
coeficiente de letalida de 100%. Conclusão: Foi possível verificar um alto coeficiente de letalidade em
relação aos municípios notificados e este fato pode estar atrelado com a maior eficiência do sistema de
notificação, assim como a ausência de ações e medidas eficazes para prevenir e controlar o aparecimento
desta doença.
Introdução: Mesmo com os avanços atuais em termos de medicina, a tuberculose (TB) continua sendo um
problema de saúde pública pela alta prevalência de morbimortalidade. Objetivos: Este estudo caracterizou
o perfil epidemiológico dos casos de tuberculose registrados no município de Altos-Piauí, entre os anos de
1998 e 2012. Métodos: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva, de abordagem quantitativa, de
natureza exploratória, cujos dados foram obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde, tendo-se como
variáveis a frequência de ocorrência dos casos, gênero, faixa etária, exames realizados para dia gnóstico,
tipo de entrada, forma clínica e a situação de encerramento. Os dados foram organizados e analisados
através de planilhas do Microsoft Office Excel 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade Integral Diferencial sob o protocolo 17968514.2.0000.5211 e autorizado mediante
termo de fiel depositário pela instituição onde a pesquisa foi realizada. Resultados: No período estudado,
foram notificados 215 casos, com média de 14 por ano. Predomínio do gênero masculino com 63,26% e de
casos na faixa etária de 41 a 50 anos (20%). Dentre os exames realizados para contribuir e definir o
diagnóstico de TB, 174 (80,93%) realizaram baciloscopia de escarro, 155 (72,09%) o RX de Tórax, 19 (8,84%)
a histopatologia, 12 (5,58%) teste tuberculínico e 2 (0,93%) realizaram cultura. Em relação à forma de
entrada, 172 (86,05%) dos casos foram tratamento inicial, 28 (13,02%) retratamento por recidiva, 2 (0,93%)
retratados após o abandono . Dentre as formas clínicas, a pulmonar positiva apresentou-se com 107
(49,76%), a pulmonar negativa com 79 casos (36,74%). A ganglionar com 10 (4,65%), seguida pela pleural
com 8 casos (3,72%). A taxa de cura foi de 177 (82,3%) com 15 (6,98%) óbitos; 13 (6,05%) foram transferidos
para outro serviço de saúde; e 7 (3,26%) casos de abandono. Conclusão: O estudo caracterizou-se pela
tendência de diminuição de casos, com predomínio em homens na faixa etária de 21 a 50 anos, realização
da baciloscopia no escarro, como casos novos, forma pulmonar e alta por cura. Espera-se que os resultados
apresentados sirvam de base para um maior controle da doença contribuindo para a identificação dos
grupos de riscos e pontos de fragilidade do Programa com consequente diminuição da incidência da
tuberculose em Altos - Piauí.
Introdução: As mulheres biologicamente apresentam maior acúmulo de gordura na região abdominal, essa
deposição de tecido adiposo nessa região acarreta em maior predisposição para o aparecimento de doenças
e agravos crônicos. As medidas antropométricas são utilizadas para avaliar esse tipo de gordura e se
destacam como métodos de maior aplicabilidade, rápidos e de baixo custo. Estudos corroboram ao afirmar
que esses indicadores possuem relação com diversos tipos de doenças e com a distribuição da gordura
corporal em adultos. Objetivos: Verificar prevalência da obesidade abdominal, assim como sua associação
com os aspectos socioeconômicos e demográficos de mulheres adultas atendidas na Estratégia Saúde na
Família no município de São José de Ribamar – MA. Métodos Estudo transversal, quantitativo e analítico,
realizado com 120 mulheres de 20 a 49 anos do município de São José de Ribamar-MA. Para classificar a
obesidade abdominal foram utilizadas as seguintes variáveis: circunferência da cintura (CC), razão cintura
estatura (RCest), razão cintura quadril (RCQ) e índice de conicidade (IC). Também foi aplicado um
questionário socioeconômico e demográfico. Para análise estatística utilizou-se o teste Qui Quadrado. O
programa utilizado foi o Stata versão 12.0 e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. O projeto foi
aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital São Domingos com parecer consubstanciado sob protocolo de
número 973.770/2015. Resultados: Da amostra estudada, 65,8% tinham o ensino médio completo ou
incompleto, 60,8% não conviviam com companheiro, 59,2% tinham renda familiar de um a dois salários
mínimos e a média de idade foi de 31,5 anos. Os valores médios encontrados dos indicadores de obesidade
abdominal foram: CC de 86,3 ± 11,4 cm, REest de 0,56 ±0,07 cm, RCQ de 0,84 ± 0,06 cm e IC de 1,23 ± 0,08
cm. A prevalência da obesidade abdominal foi de 70,8% de acordo com a CC, 60,8% segundo a RCest, 74,2%
pelo IC e 45% pela RCQ. Houve associação estatisticamente significativa entre a idade e todos os indicadores
de obesidade abdominal aqui analisado: RCQ (p= 0,001), CC (p= 0,001), RCest (p= 0,002) e IC (p= 0,001).
Conclusão: Os resultados evidenciam um elevado percentual de mulheres com obesidade abdominal, sendo
necessário a implantação de programas que incentivem a reeducação alimentar e consequentemente o
controle da adiposidade abdominal, o que pode amenizar alguns fatores de riscos para as doenças
cardiovascular nesta população.
Introdução: O registro das informações referentes ao paciente é denominado prontuário médico. Este deve
ser composto por identificação, anamnese, exame físico, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado. É
essencial para proteção judicial do profissional, permitir comunicação entre profissionais e fundamentar
estratégias de gestão pública. Este estudo avalia o registro de dados, organização e utilização do prontuário
em unidades básicas de saúde. Objetivos: Estimar a taxa de utilização de prontuários eletrônicos e verificar
a qualidade do registro nos prontuários de serviços da atenção básica. Métodos: Estudo transversal
utilizando banco de dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica -PMAQ-
AB com informações obtidas por entrevistas com 17.202 profissionais de equipes de Unidades de Saúde e 4
usuários de cada unidade no ano de 2012. Este trabalho aborda as questões do segundo módulo do
instrumento do PMAQ denominado organização dos serviços, processo de trabalho das equipes de atenção
básica e acesso. Foi utilizado o programa Stata 12.0 no intuito de comparar a qualidade dos serviços entre
as regiões do Brasil. Foi realizado o teste qui quadrado para evidenciar as diferenças nas taxas estimadas.
Foram consideradas relevantes as diferenças com p valor ≤ 0,05. Resultados: A região Sul apresentou a
maior taxa de implantação de prontuário eletrônico, com 30,35%. Desse total 84,35% tinha o prontuário
integrado com outros pontos da rede de atenção. No Nordeste somente 1,33% tinha prontuário eletrônico
implantado. Na variável Letra Legível, o Norte apresentou a maior porcentagem, com 82,87% enquanto a
região Sul apresentou a menor, 70,06%. Um percentual de 9,10% das equipes da região Sudeste não tinha
o registro de Identificação do usuário (nome, sexo, idade). Esse percentual no Norte foi de 96,94%.
Conclusão: Nota-se a pequena adoção de prontuários eletrônicos no país. Este recurso mostrou-se eficaz
para registro dos dados dos usuários e integração com outros pontos da rede de atenção. Logo, seu uso
deve ser incentivado pelos gestores de Saúde. Ressalta-se a quantidade significativa de prontuários sem
identificação do usuário, evidenciando a má qualidade de preenchimento dos prontuários. Tal carência pode
ser corrigida pela adoção de um modelo-padrão para o registro. Fazer registro com letra legível foi prática
frequente em todas as regiões.
Introdução: O atendimento médico está relacionado a uma série de contingências desafiadoras, entre elas,
destacam-se experiências de estresse, vulnerabilidade, dor e perda, além do manejo técnico e terapêutico.
A formação de um profissional competente deve ser pautada no conhecimento e raciocínio clínico, na
habilidade prática e na relação médico-paciente. Essa está diretamente ligada às habilidades sociais (HS)
que englobam os componentes comportamentais, sejam verbais de conteúdo, verbais de forma (ou
paralinguísticos como fluência verbal) e não verbais (como contato visual e gestos), os componentes
cognitivo-afetivos (como emoções, crenças e expectativas) e os fisiológicos. Relato de experiência: Com
intuito de aprimorar o atendimento médico, a partir do terceiro período, os estudantes do curso de medicina
da FACIPLAC- Gama/DF participam de uma unidade curricular intitulada ‘Habilidades Profissionais, Atitudes
e Comunicação’ (Semiologia), em que são treinados anamnese, exames físicos específicos e as HS por um
grupo de professores médicos e psicólogos. Em sala de aula são realizadas atividades reflexivas sobre os
aspectos interpessoais no contexto da saúde, role playing de situações de atendimento em contextos
diferenciados, análise de filmes e desenvolvimento de checklist. Nos cenários de saúde, como hospital geral
e atividades com a comunidade, os alunos colocam em prática o que foi realizado em sala, que, por sua vez,
retroalimentam as atividades de sala de aula, já que as dificuldades vivenciadas são discutidas e
dramatizadas com ensaios comportamentais, a fim de aumentar o repertório cognitivo-comportamental
para lidar com situações que foram consideradas estressantes. Pode-se dizer que estratégias pedagógicas
diversas são utilizadas, como: a modelagem no cenário real, em que os alunos aprendem a variabilidade
comportamental de acordo com as contingências da prática; a modelagem através de atividades de ensaios
comportamentais; a modelação por observação vicária, a partir das cenas de filmes, das representações em
sala e pela conduta dos docentes; a aprendizagem por regras a partir das instruções recebidas e leitura.
Considerações finais: Entende-se que esta unidade curricular proporciona um preparo psicológico e técnico
para aplicação de uma boa anamnese pautada no profissionalismo, respeito e ética. Considera-se que a
aquisição de um repertório social habilidoso pode favorecer melhor ajustamento social e profissional.
Introdução: A dengue é uma doença causada pelo vírus dengue (DENV) um arbovírus da família Flaviviridae,
gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos (1-4) .O DENV, agente etiológico da Febre do Dengue
(FD) e da Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) é considerado o mais importante arbovírus que acomete o
homem em todo o mundo. A escassez de estudos sobre a incidência e a prevalência de dengue em São Luís,
torna indispensável à utilização de estudos epidemiológicos, como ferramentas para mensurar a incidência
e a prevalência dos casos de infecção. Objetivos Este estudo teve por objetivo caracterizar o perfil
epidemiológico da dengue no Município de São Luís - MA, abordando a distribuição espacial de casos
notificados, identificar áreas com variações na incidência e quais os sorotipos mais prevalentes. Além disso,
relacionar a distribuição espacial da incidência da dengue com variáveis demográficas, temporais e
meteorológicas. Métodos: Estudo observacional descritivo e retrospectivo, realizado no município de São
Luís, estado do Maranhão, Brasil, entre os anos de 2002 a 2012. Resultados: Um total de 21.986 casos de
dengue foi notificado na cidade de São Luís-MA no período estudado. A faixa etária mais atingida foi a de
20 a 49 anos, sem predomínio de sexo. Correlacionando-se os casos de dengue registrados com as condições
meteorológicas, como pluviosidade, temperatura e umidade do ar, os resultados mostraram que a
incidência de casos de dengue flutuou com essas variáveis climáticas, onde os maiores números de
notificados ocorreram no período chuvoso. Verificou-se um aumento das formas graves da dengue, como a
febre hemorrágica do dengue (FHD), em população previamente exposta a outro sorotipo. Com relação ao
índice de infestação predial foi observada uma forma desigual de distribuição das às larvas do mosquito A.
aegypti no período estudado, coincidindo com os anos de maior número de casos. Conclusão: Em suma, os
surtos de dengue apresentam características regionais quantitativas importantes, observando-se que das
cinco regiões brasileiras, a Nordeste é uma das mais afetadas e dos estados que a compõe, o Maranhão é
um dos que tem apresentado maior número de casos de dengue..
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 é uma patologia considerada por muitos pesquisadores por
características epidêmicas. Esta revisão analisa a importância dada a esse problema de saúde, quanto a
situação dos caminhoneiros que trafegam na BR 010-Imperatriz-MA Brasil e a contribuição proporcionada
pelas alterações alimentares e pela prática de atividades físicas. Objetivos: Verificar se o sedentarismo e o
tipo de alimentação dos caminhoneiros que trafegam pela BR-010 de Imperatriz-MA são fatores
significativos para o desenvolvimento da Diabetes Mellitus tipo 2. Métodos: Pesquisa aplicada na área de
Ciências da Saúde. Pesquisa de levantamento e pesquisa-ação, exploratória, descritiva e explicativa,
Realizada no Posto Fiscal, na BR010 - Imperatriz-MA, com amostra de 70 caminhoneiros. Utilizou-se
questionário e verificaram-se as medidas antropométricas. Os caminhoneiros assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido Resultados: Esses profissionais expõem-se a condições inadequadas de
trabalho, o que “favorece a adoção de um estilo de vida pouco saudável como sedentarismo, inadequados
hábitos alimentares”. A média da idade dos pesquisados é de 44 anos e de profissão 18 anos. Há prevalência
de hipertensão arterial e diabetes de 55,7% e 35,7%, respectivamente. Quanto ao estilo de vida, 14,2%
fumam, 11,4% fizeram uso de nicotina e 47,1% ingerem bebida alcóolica. Isso agrava o quadro de diabetes,
pois a bebida altera os níveis glicêmicos e a nicotina a ação da insulina. O cigarro diminui o apetite e
prejudica o olfato e paladar. Do grupo em estudo, 64,2% não realizam dieta saudável. Ingerem carnes, leite
e derivados ricos em gorduras, com ausência de cereais, frutas, verduras e legumes. Alterações na glicemia
e pressão arterial 35,7% e 55,7% respectivamente; 81,4% não praticam atividade física e 72,8% permanecem
parados por pelo menos 3 horas. A média geral de IMC foi de 26,7. 34,2% apresentam obesidade I - IMC
entre 30 e 34,9; 4,2% obesidade II entre 35 e 39,9 e 4,2% obesidade III entre 40 e 44,9%.. Conclusão: Foram
identificados fatores de risco para a Diabetes Mellitus tipo II na população estudada como má alimentação,
sedentarismo, tabagismo, etilismo, sobrepeso, obesidade grau I, II e III. É válido que os profissionais da área
da saúde preocupem-se com a prevenção, recuperação e promoção da saúde dos caminheiros. Sugere-se a
criação de pontos de apoio à saúde destes profissionais, melhorando sua qualidade de vida.
Introdução: O campo de atuação da fonoaudiologia no âmbito escolar é muito amplo. Tem como objetivo
não somente detectar as alterações no processo comunicativo, como também favorecer o desenvolvimento,
ou seja, usar estratégias com intuito de buscar ao máximo evidenciar o papel de cada um, através de
experiências, visando o desenvolvimento e aprendizagem. O conhecimento ocorre progressivamente por
meio da contínua interação entre o indivíduo e o meio físico e social. Diante disso é essencial uma interação
adequada entre a criança e a escola, onde está deve oferecer subsídios para o desenvolvimento da criança,
levando em consideração os aspectos sociais, cognitivos e linguísticos. Objetivos: O estudo teve por objetivo
realizar triagem fonoaudiológica em alunos de uma escola pública, visando detectar possíveis distúrbios de
aprendizagem e linguagem. Métodos: Este estudo foi realizado na escola municipal UEB Tom e Jerry, do tipo
observacional, com abordagem quantitativa, em uma turma do 1° ano composta por 17 alunos de faixa
etária entre 4 e 5 anos. Resultados: Foram observados 17 alunos onde 1 apresentou dificuldade na atenção
e concentração, alteração de psicomotricidade e alteração de linguagem oral e escrita. Observou-se nas
demais crianças desenvolvimento, com características peculiares a faixa etária. Na triagem fonoaudiológica
1 criança apresentou alteração de oclusão dentária (mordida aberta), hábitos nocivos, especificamente a
onicofagia em apenas 1 criança. Conclusão: A atuação fonoaudiológica no ambiente escolar é pouco
reconhecida, mas é uma área de grande importância para o diagnóstico e tratamento dos distúrbios de
leitura e escrita que são muito comuns no ambiente escolar e que podem prejudicar o desempenho dos
alunos. Diante disso, a fonoaudiologia vem proporcionando trabalhos e métodos voltados para prevenção
e reabilitação em crianças com transtornos de linguagem oral, audição, motricidade orofacial e escrita,
possibilitando o desenvolvimento adequado e minimizando os impactos que estas alterações podem
acarretar para a criança.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PET-REDE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL:
P149 PRIORIZANDO O ENFRENTAMENTO DO ÁLCOOL, CRACK E
OUTRAS DROGAS
Autores: Mirlley Cristina Ferreira Borges; Sally Cristina Moutinho Monteiro.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mirlley Cristina Ferreira Borges
Contato: mirlleycfb@hotmail.com
Introdução: O PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) é um programa instituído
pelo Ministério da Saúde (MS) para fomentar grupos de aprendizagem tutorial na vivência do Sistema Único
de Saúde (SUS). O PET-Saúde/Redes de Atenção Psicossocial, sob a Coordenação da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA), se desenvolveu durante dois anos (2013-2015) e foi composto por acadêmicos dos
cursos de Enfermagem, Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Farmácia, Medicina,
Odontologia e Educação Física de diferentes instituições de ensino superior de São Luís (UFMA, CEUMA e
CEST). Relato de experiência: O projeto teve como cenário de práticas o Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). O PET me permitiu a visualização e
compreensão da rede de serviços que integram a saúde mental no SUS, foi possível conhecer e vivenciar a
rotina de trabalho do município e presenciar o atendimento humanizado e a luta por um cuidado digno e
solidário dos usuários do serviço. No decorrer do projeto, foi possível ter um olhar crítico sobre o SUS,
colocando em cheque a informação das políticas públicas contidas nas portarias do MS versus a realidade
local do que se aplica-se (ou não) nesses serviços e como se dá o papel dos profissionais no planejamento e
execução das ações diárias. Além disso, as experiências e o contato direto com os usuários dos serviços (p.
ex.: durante oficinas terapêuticas e ações de redução de danos) me fez diminuir estereótipos e preconceitos
em relação ao sujeito psicótico e ao dependente de substancia psicoativa; bem como adquirir um novo olhar
sobre esta vertente do âmbito profissional farmacêutico. Ademais, o projeto propiciou um cotidiano
multiprofissional e interdisciplinar, sendo um dispositivo para melhor conhecer a dinâmica de
funcionamento do trabalho em equipe, entendendo a interdependência positiva que existe entre os
diferentes profissionais de saúde. Conclusão: Considero que a experiência no PET-Saúde/Redes foi uma
oportunidade de aprendizagem e amadurecimento acadêmico e também profissional, pois durante a
graduação não há disciplinas que abordam sobre a saúde mental e suas diretrizes e nem a prática do
farmacêutico neste contexto. Eu tive, portanto, a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre
essas políticas públicas, de conviver com as diferenças e conhecer estes serviços propiciando assim grande
mudança em minha formação.
Introdução: O Teste do Pezinho é um exame que realiza a detecção precoce de doenças crônicas em crianças
como a fibrose cística, a anemia falciforme, o hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria, entre outras. A
Triagem Neonatal, mais conhecida como o Teste do Pezinho, é uma estratégia de saúde pública que visa
prevenir as sequelas advindas do agravamento dessas doenças. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento
dos profissionais responsáveis pelo Teste do Pezinho sobre o exame de triagem neonatal (TN) e a técnica
utilizada durante o procedimento de coleta da amostra para realização da triagem. Métodos: rata-se de um
estudo descritivo e exploratório de cunho investigativo, desenvolvido em oito Estratégias de Saúde da
Família do município de Araguaína –TO que realizam o Teste do Pezinho, sendo essas escolhidas por meio
de sorteio. Foram feitas entrevistas individuais e semiestruturadas com os profissionais das unidades de
saúde que realizam o exame. Após a coleta, os dados foram tabulados e foi empregada a estatística
descritiva com a utilização da frequência relativa e absoluta para analisar esses dados. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de
Araguaína. Resultados: Com o estudo, observou-se que os enfermeiros e técnicos de enfermagem
entrevistados têm um conhecimento superficial sobre a triagem neonatal e alguns conhecimentos e atitudes
errôneas no que tange à realização do Teste do Pezinho, ainda que parte deles tenham recebido algum tipo
de qualificação para sua realização. Através da pesquisa foi possível identificar que falta qualificação dos
profissionais para a realização da triagem neonatal. Assim, torna-se notório que o não treinamento dos
profissionais pode levar a erros inaceitáveis, ainda mais por ser um exame em que o tempo é de extrema
importância, prejudicando também a qualidade do atendimento aos familiares. Conclusão: Acredita-se no
papel social dessa pesquisa, já que a identificação do conhecimento e atitudes dos profissionais da saúde
em relação ao Teste do Pezinho poderá contribuir para melhorar a qualidade da assistência em saúde
prestada à criança e a seus familiares.
Introdução: O curso de Medicina tem impacto emocional importante no estudante, em função dos diversos
aspectos estressores. Com educação pautada no modelo biomédico, a preparação não no treinamento de
habilidades sociais (HS), sendo as questões emocionais, em geral, negligenciadas. Sabe-se que a atenção
primária de saúde exige amplo repertório de HS para que o estudante seja capaz de identificar aspectos
psicossociais envolvidos no desconforto do paciente. Relato de experiência: O presente trabalho descreve
reações psicológicas geradas em uma estudante durante o primeiro contato com paciente infantil ocorrido
no segundo período do curso. Para treinar a intervenção discutiram-se os temas pertinentes em sala de
aula. No dia da visita à creche, uma estudante inicialmente permaneceu calada e escondida atrás dos
colegas. O contato direto com crianças de 3/4 anos gerou sentimentos de angústia, medo e ansiedade.
Acreditando que não tinha preparo técnico suficiente, apresentou falta de confiança e crença de
incapacidade. Relata vontade inicial de “matar as crianças” como estratégia de eliminar a situação aversiva.
Ao ver seus colegas brincando com as crianças, a estudante fez tentativas de aproximação que gerou
sentimentos de frustração e rejeição. Na primeira as crianças ignoraram a conversa e não a responderam,
fortalecendo a percepção negativa de autoeficácia e potencializando comportamentos de desistência de
estabelecer relação interpessoal. Ao pegar uma criança no colo e perceber seu choro, a estudante
novamente avaliou a situação negativamente. Seu pensamento foi de que causava o choro, mas descobriu
que era em função do carrinho de outra criança. De imediato, pensamentos menos catastróficos em relação
a si e o sentimento de alívio surgiram e a interação pôde ser estabelecida adequadamente. Conclusão: Ao
final, a estudante estava à vontade no contexto. Este relato evidencia a importância da habilidade de
autocontrole e expressividade emocional, do manejo de estresse e ansiedade e da confiança na própria
capacidade.
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA DST/AIDS COMO AUXÍLIO NO
P153
TRATAMENTO DAS PESSOAS PORTADORAS DO VÍRUS HIV/AIDS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Kayro Hairy Arrais Silva; Claudia Regina De Andrade Arrais Rosa; Conceição De Maria Aguiar Costa
Melo; Isabel Cristina Leal Fernandes.
Instituição(ões): Semed
Apresentador(a): Kayro Hairy Arrais Silva
Contato: kayrohairy_ef@hotmail.com
Introdução: Atualmente, a qualidade de vida é um dos principais focos para as pessoas portadoras do vírus
HIV. Devido ao tratamento farmacológico para o controle da replicação viral, outras complicações surgiram,
como: a redistribuição da gordura corporal, resistência insulínica e dislipidemia, afetando diretamente a
saúde da pessoa e entrando em conflito com o tratamento medicamentoso. Diante destas complicações, é
necessário um suporte de profissionais capacitados para intervir nas situações decorrentes. Assim, o
profissional de educação física exerce um papel de suma importância no auxílio ao tratamento. Relato de
experiência: Entretanto, este profissional ainda não estar inserido dentro da equipe multidisciplinar no
programa DST/AIDS do município de Imperatriz-MA. Diante disso, foi realizada uma intervenção com um
profissional de educação física, com objetivo de Incentivar os pacientes portadores do vírus HIV/AIDS sobre
a importância da atividade física no auxílio do tratamento, adquirindo assim, uma melhoria na qualidade de
vida. Esta intervenção ocorreu através de uma palestra com o tema “Vida Saudável”, na qual foram vistos
aspectos importantes da atividade física, bem como sua relação com as pessoas portadoras do vírus.
Também, foram realizadas algumas sessões de exercícios físicos com os pacientes. Foi observado que a
maioria dos participantes eram sedentários e tinham poucas informações sobre a necessidade de estarem
realizando alguma atividade física. Considerações finais: Dessa forma, podemos concluir que é necessário
ser inserido um profissional de educação física dentro do programa DST/AIDS, para proporcionar palestras,
sanar dúvidas, realizar e orientar práticas corporais adequadas aos pacientes, auxiliando no tratamento e
na prevenção de complicações, bem como proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Introdução: O curso de Medicina é um dos mais árduos e que exige esforço e tempo do aluno. Durante 6
anos são abordadas várias disciplinas teóricas e práticas, a fim de preparar o estudante para a carreira
profissional. Entretanto seu currículo apresenta algumas deficiências de ensino-aprendizagem devido às
dificuldades enfrentadas. Tal déficit vem sendo suprido com o apoio das ligas acadêmicas que proporcionam
maior contato e convivência do aluno com sua futura profissão. Elas atuam junto aos alunos desde o início
do curso, sendo divididas em especialidades, podendo o aluno optar pela de seu interesse ou curiosidade.
Objetivos: A presente pesquisa tem como objetivo demonstrar a importância das ligas acadêmicas ao tentar
suprir os déficits educacionais durante o curso de Medicina. Métodos: Análise sistemática de 26 ligas
acadêmicas de uma faculdade particular do Distrito Federal, buscando correlações e opiniões dentre seus
membros efetivos que demonstrem sua fundamental importância. Resultados: As ligas trabalham seguindo
o tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão. Deste modo, oferecem palestras; promovem feiras de
saúde com envolvimento da comunidade; oferecem projetos de pesquisa; organizam cursos, simpósios e
congressos para membros e não membros. A partir deste modelo de atuação o estudante tem a
oportunidade de conhecer e conviver com as diversas áreas médicas desde seu ingresso na faculdade,
colaborando desde já com e escolha da futura especialidade. Além disso, o acadêmico tem a possibilidade
de aprofundar conhecimentos previamente adquiridos e de entrar em contato com novos conhecimentos
durante as atividades produzidas pelas ligas. Os projetos de pesquisa são um dos principais recursos
oferecidos, já que permitem ao aluno produzir e publicar trabalhos científicos, com orientação de
profissionais conceituados, enriquecendo seu aprendizado e currículo.Tal trabalho desempenhado capacita
os alunos no desenvolvimento de habilidade pessoais como liderança, confiança, autocontrole,
expressividade, assertividade, amizades e principalmente experiência na organização de eventos científicos,
ponto tão falho na educação brasileira. Conclusão: As ligas atuando durante todo o curso de Medicina,
possibilitam ao aluno a capacidade de adquirir conhecimento, publicar, enriquecer o currículo, ter maior
interação com profissionais já formados e, principalmente, suprir o déficit educacional, promovendo assim
uma melhor formação do futuro profissional.
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por
níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle,
é considerada um dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes problemas de
saúde pública. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação
da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente. As DCV são ainda responsáveis
por alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados. Objetivos:
Analisar e demonstrar o perfil epidemiológico dos pacientes com HAS acompanhados pela Estratégia Saúde
da Família (ESF) no Centro de Saúde Djalma Marques, Turu, São Luís-MA, Brasil em relação ao gênero, à
idade e as medicações em uso, sendo que foram levadas em conta apenas as disponibilizadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de uma pesquisa de perfil de saúde, descritiva e com abordagem
quantitativa. A pesquisa foi feita através do Livro de Registros dos Hipertensos da Unidade Básica de Saúde
(UBS) em questão por meio dos dados do cadastro Manual de Instalação e Operação – HIPERDIA, no período
de Abril de 2013 até Julho de 2015. Resultados: Observou-se que dos 386 pacientes analisados, 50% tinham
entre 61 a 80 anos; 28,92% entre 41 a 60 anos; 17,5% entre 81 a 100 anos; 6,25% abaixo de 40 anos e 6,25%
acima de 100 anos. Em relação ao gênero, 65,9% eram do gênero feminino. Quanto à medicação, 55,95%
fazem uso de Captopril; 50% de Hidroclorotiazida; 19,43% de Enalapril e 18,39% de Propranolol. Conclusão:
O perfil epidemiológico do estudo traçado apresenta a maioria dos pacientes de sexo feminino. A faixa etária
predominante está entre 61 a 80 anos. A medicação em uso predominante foi Captopril. Esta pesquisa
demonstra a importância do programa ESF e da distribuição gratuita dos remédios anti-hipertensivos aos
pacientes como forma de maior adesão ao tratamento e melhoria da qualidade de vida. Ressalta-se,
também, a necessidade do constante aprimoramento às ações preventivas, diminuindo dessa forma
internações, e consequentemente gastos públicos evitáveis, possibilitando o uso desses recursos em outras
áreas de saúde.
Introdução: A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e proteção de saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Deveria ser, preferencialmente, a porta de entrada
dos usuários do sistema. Assim, o ensino da Atenção Básica na graduação torna-se imprescindível e ainda é
um desafio. Este relato trás as experiências de alunos do curso de enfermagem obtidas durante a prática
dessa disciplina. Relato de experiência: As práticas de Atenção Básica II , do Curso de Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão aconteceram em um Centro de Saúde localizado em São Luís - MA, no
período de 7 de maio a 4 de junho de 2015. O grupo composto por dez acadêmicos era dividido diariamente
em duplas ou trios e distribuídos nos setores da unidade. No setor de triagem de adultos eram realizados os
serviços de verificação de pressão arterial, glicemia, pesagem e altura; na triagem infantil, as crianças
também eram pesadas e medidas; no setor de curativo, além desses, eram realizados retirada de pontos e
administração de medicações injetáveis sob prescrição médica. Na imunização eram orientados pela
enfermeira do setor e faziam a atualização das carteiras de acordo com o calendário vacinal, para adultos e
crianças, preenchendo adequadamente as que eram realizadas e colocando os respectivos aprazamentos.
Na consulta de enfermagem o atendimento era direcionado a pacientes com suspeita de hanseníase,
tuberculose e outras doenças, realização de exame preventivo, além de assistência às gestantes, que eram
examinadas, medindo-se a altura uterina, ausculta dos batimentos cardiofetais, análise e solicitação de
exames e demais orientações necessárias ao pré-natal. Eram feitas ainda ações de educação em saúde,
incluindo palestras sobre temas variados e o acompanhamento a tabagistas participantes de um programa
de redução do uso de tabaco, realizado na unidade. Considerações finais: Os acadêmicos puderam
desenvolver ações que perceberam os clientes em uma visão holística, contribuindo para a humanização da
assistência. Além disso, ao fim da prática, percebeu-se o quanto esta foi significante e enriquecedora para
os discentes, que puderam atuar em todos os setores da Unidade Básica, com certa autonomia e
responsabilidade, agregando conhecimentos práticos e científicos acerca da Atenção Básica em Saúde
durante a formação acadêmica.
Introdução: A tuberculose (TB) pulmonar é uma infecção contagiosa causada pelo Mycobacterium
tuberculosis. É uma das mais antigas doenças que acometem os seres humanos e constitui importante causa
de morte no mundo inteiro. A taxa de incidência global vem diminuindo lentamente (menos de 1%), sendo
estimada uma taxa de 139 casos/100 mil habitantes. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico
descritivo. Os dados coletados foram cedidos pela Vigilância Epidemiológica do Maranhão referentes aos
últimos quatro anos (2010-2014). Resultados: A população de referência da pesquisa foi composta de 117
62 casos notificados de tuberculose no período de 2010-2014. Com relação à frequência por Zona de
Residência observou-se que a zona urbana corresponde a área de maior número de casos (8241) seguida
pela zona rural (3108) e zona periurbana (152). Os homens são os mais acometido pela doença (63,7%). A
raça parda corresponde a pouco mais da metade dos casos de TB com 8022 casos acometidos. A faixa etária
mais afetada pela doença está entre 20-35 anos. No quesito escolaridade a faixa de 1ª a 4ª série incompleta
do Ensino Fundamental foi a que obteve maior porcentagem (19,4%). A TB é um problema de saúde
prioritário no Brasil. O agravo atinge todos os grupos etários, sendo a faixa etária de maior prevalência de
20-35 anos, correspondendo ao grupo de indivíduos economicamente ativos, o que é condizente com os
achados na literatura nacional. Segundo o Boletim epidemiológico nº 09/2015, 45,2% dos casos de TB
notificados em 2014 ocorreram em pa rdos, 12,3% em pretos, ambos representando a maioria dos casos de
TB, refletindo também a realidade maranhense. A situação da TB em nível mundial revela que a doença está
ligada a pobreza e à má distribuição de renda. A situação também foi observada na população estudada,
com baixa escolaridade, não tendo a maioria concluído o ensino fundamental. Conclusão: No Brasil a TB é
uma doença que afeta, principalmente, as periferias urbanas - favelas e, geralmente, está associada às más
condições de moradia e de alimentação, abuso de álcool, tabaco e outras drogas. O MA apresenta situação
igualmente alarmante. Em seu território, 22 municípios são considerados prioritários para o Programa
Nacional de Controle da TB. Em 2011, o Estado notificou 2071 casos apresentando uma taxa de incidência
de 31,2/100 mil hab., sendo o 5º em notificação no nordeste..
Introdução: O hipotireoidismo congênito é uma doença hereditária que afeta a capacidade de produção dos
hormônios tireoidianos em recém-nascido. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado pode evitar
danos irreversíveis ao desenvolvimento físico e cognitivo. Relato de caso: Paciente masculino, 37 anos,
procedente de Bacabal - MA, filho de pais não consanguíneos e com três irmãos adultos com
desenvolvimento normal. Nasceu de parto normal, a termo e sem intercorrências, com 2800 gramas e 48
centímetros, sem anotações sobre a escala de APGAR. Desde o primeiro mês de vida mostrou-se sonolento,
com comprometimento do desenvolvimento físico e psicomotor demorando para sustentar a cabeça e até
o momento da consulta inicial não o fazia de forma satisfatória. Não aprendeu a andar e falar, balbucia
algumas palavras ininteligíveis. Apresentava crises convulsivas ocasionais, autolimitadas, não relacionadas
a picos febris. Chegou ao consultório pesando 19,7 quilogramas e medindo 98 cm, Tanner P2 G1, sonolento,
hipocorado +/4, pele amarelada e ressecada, cabelos escassos, edema generalizado +/4, distensão
abdominal, hérnia umbilical, cifoescoliose em coluna, com histórico de alimentação hipoproteica e incapaz
de se locom over sozinho. Exames laboratoriais indicaram anemia, altos níveis de colesterol, deficiência de
vitamina D, TSH muito elevado, T3 e T4 baixos, testosterona em níveis infantis, ACTH e cortisol nos limites
inferiores da normalidade. Idade óssea com fises abertas e maturação irregular dos ossos do carpo. Iniciou-
se terapia com levotiroxina com aumento progressivo de dose até 75 mcg por dia e prednisona 0,25
mg/kg/dia nos primeiros 10 dias. No quarto mês retornou caminhando com ajuda, sem edema,
normocorado, emagrecido, alerta, com crescimento de 3 cm em 4 meses e exames laboratoriais normais,
elevação da testosterona para níveis puberais. No oitavo mês retornou caminhando com dificuldade, mas
sem ajuda, e falando poucas palavras quando estimulado. Nesta avaliação, manteve a velocidade de
crescimento e avanço dos caracteres puberais para P3G3. Considerações finais: O caso ilustra os danos
irreversíveis do hipotireoidismo não diagnosticado. O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 e
se tornou obrigatório a partir de 1992 em todo o país. Apesar da importância e obrigatoriedade a cobertura
ainda é heterogênea e não alcança 100% em nenhum dos estados.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
P160 DIABÉTICOS TIPO 2 EM UM AMBULATÓRIO DE
ENDOCRINOLOGIA
Autores: Laís Lucena Silveira; Carla Fernanda Santos Santana; Viviane Chaves De Carvalho Rocha; Braulio
Nunes De Souza Martins Filho; Gustavo Cruz Coelho; Arthur Lima De Berrêdo Martins.
Instituição(ões): Universidade Ceuma - UNICEUMA / Ambulatório de Endocrinologia do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA
Apresentador(a): Laís Lucena Silveira
Contato: laislsilveira@hotmail.com
Introdução: A co-infecção Mycobacterium tuberculosis com outros microrganismos apresenta-se cada vez
mais frequente, sendo particularmente importante a associação com o Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV).Essa associação leva a várias alterações no perfil clinico-epidemiológico da doença, os indivíduos que
apresentam a co-infecção TB-HIV apresentam taxas de mortalidade por tuberculose 2,4 a 19 vezes maior
que aquelas sem a co-infecção. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, os dados coletados foram
cedidos pela Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão acerca da frequência d a co-infecção HIV-
Tuberculose nos últimos quatro anos (2010-2014). Resultados Em relação à frequência de investigação de
indivíduos infectados com o vírus HIV que portam Tuberculose (TB) no Estado do Maranhão(MA), nos anos
de 2010 a 2014, verifica-se o total de 4362 casos de pacientes com tuberculose a serem investigados quanto
a presença de co-infecção com o vírus . Deste total, 199 casos se mostraram positivos à presença do vírus,
correspondendo a 4,6%; 2445 indivíduos apresentaram-se negativos para o vírus HIV com 56% dos casos;
176 casos apresentavam-se em andamento de investigação da presença do vírus representando 4% dos
casos e 1542 indivíduos portadores de tuberculose não foram investigados quanto a presença de co-infecção
pelo HIV correspondendo a 35,3% do total de pessoas com tuberculose no MA. Em pacientes HIV positivos
a apresentação clínica da tuberculose é influenciada pelo grau de imunossupressão e, de maneira geral, a
investigação diagnóstica da tuberculose na coinfecção é semelhante à investigação na população geral. O
advento da epidemia do HIV/aids nos países endêmicos para tuberculose tem acarretado aumento
significativo de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa e formas extrapulmonares. Estes
pacientes, em geral, são mais imunocomprometidos, apresentam mais reações adversas aos medicamentos
e têm maiores taxas de mortalidade agravadas pelo diagnóstico tardio dessas formas. Conclusão:
Evidenciou-se que a situação clinica e epidemiológica da coinfecção tuberculose/HIV é um grande problema
de saúde pública no Maranhão e impõe uma maior articulação entre os programas de controle da
tuberculose e os de DST/AIDS, além do compromisso e envolvimento político dos gestores e profissionais
de saúde no planejamento das ações e serviços de saúde.
Introdução: Atividades lúdicas estão cada vez mais sendo utilizadas em ações de educação em saúde com o
objetivo de simplificar as informações e garantir que o público alvo envolvido receba, de forma adequada,
os ensinamentos repassados. Cabrera & Salvi (2005) afirmam que o aprendizado e o ensino através de
brincadeiras possibilitam um enriquecimento na visão de mundo, socialização e troca de experiência,
levando os indivíduos à uma reflexão sobre as ações e, dessa forma, facilitando o aprendizado e assimilação
de ideias. Relato de experiência: Pensando em promover a saúde de uma maneira lúdica, um grupo de
alunos do curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão, localizado no município de Imperatriz,
desenvolveu a referida atividade em um projeto de intervenção para a disciplina: Bases da Formação
Científica I. Foi escolhido trabalhar com a temática de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS), uma vez que a melhor forma de evitar o desenvolvimento dessas patologias é com o auto cuidado e
desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis. A metodologia utilizada consistiu na confecção de folheto
autoexplicativo, na forma de um “jogo de verdadeiro ou falso” abordando alguns mitos e verdades acerca
dessas doenças. Esse jogo foi aplicado de casa em casa, tendo como público crianças, adultos e idosos e
cada residência. Foi orientado as famílias que o folheto deveria ser fixado na porta da geladeira, por se tratar
de um local de fácil visualização e estratégico. A população foi bem receptiva e participativa, demonstrando
interesse e disposição para realizar as medidas propostas. Como feedback da atividade desenvolvida, os
acadêmicos realizaram novas visitas às residências que haviam recebido as orientações, com o intuito de
avaliar a eficácia da ação. Considerações finais: Com o desenvolvimento de atividades lúdicas foi possível
perceber uma maior aceitação das práticas e sugestões levadas pelos acadêmicos de medicina em grande
parte dessa população ribeirinha, podendo contribuir de forma significativa para a promoção de saúde nessa
comunidade.
Introdução: Os primeiros dias na Universidade marcam a vida do estudante e podem causar impressões
responsáveis por características marcantes em toda a vida profissional do mesmo. Para o médico há o fator
elementar que é o contato com o objeto maior de sua formação, o paciente. Segundo Paulo Freire, “[...] não
há melhor aprendizado do que a própria vivência.”, dessa forma, vê-se a importância dos primeiros contatos
e primeiras experiências para a formação do médico competente e humanizado. Relato de experiência:
Trata-se de um relato de experiência que retrata as percepções de estudante s iniciantes do curso de
Medicina do Campus Pinheiro da Universidade Federal do Maranhão. O presente trabalho aborda
expectativas e vivências dos alunos frente aos primeiros contatos com os pacientes no inicio do curso em
três Unidades Básicas de Saúde locais. As novas diretrizes curriculares propiciam aos estudantes uma
aproximação precoce com a comunidade através do contato com paciente da Atenção Básica logo nos
primeiros dias de aula. Um preparo emocional e psicológico em relação às peculiaridades da população
atendida faz-se necessário, e vê-se que o fator psicopedagógico e o aprendizado teórico e prático a partir
das vivências adquiridas são de grande valia para um bom direcionamento dos alunos. As disciplinas de
Fundamentos da Prática Médica, Psicologia Médica e Bases da formação Científica levaram os grupos de
estudantes para as Unidades Básicas, promovendo ações de promoção e prevenção de saúde.
Considerações finais: O contato com novas realidades, em geral, pacientes de baixa renda, ou de pouco
estudo, que em muitas vezes não possuíam todos os recursos necessários para manter um bom
acompanhamento de saúde, foi de início um choque. Deparar-se com situações de carência, sofrimento, e
doenças graves ou terminais em pessoas que em sua maioria não tinham recursos para uma melhora do
quadro, provocaram reações de angústia e impotência nos estudantes. Porém, a vivência precoce com tais
pacientes fez com que o olhar dos alunos estivesse mais aguçado e preparado para as experiências durante
o curso de Medicina. A abordagem em sala de aula, direcionando um estudo teórico sobre a postura do
profissional médico é de grande valia para o entendimento sobre como manter um olhar humanizado ante
as experiências vividas, as expectativas, frustrações, a relação médico-paciente, o envolvimento emocional,
e tantos outros pormenores que permeiam a profissão médica nos dias atuais.
Introdução: O movimento “Novembro Azul” foi criado em 2012 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, um dos
objetivos dessa campanha é mudar os paradigmas e preconceitos em relação à ida do homem ao médico e
a realização de exames. O enfoque da campanha é o combate ao câncer de próstata, patologia que atinge
grande parte da população masculina e é o sexto tipo mais comum de câncer no Brasil e o segundo tipo de
câncer mais frequente em homens, após os tumores de pele. Relato de experiência: O presente trabalho
trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante o ensi no teórico-prático da
disciplina Fundamentos da Prática e Assistência Médica do curso de Medicina da Universidade Federal do
Maranhão, Campus Pinheiro, no Centro Ambulatorial de Pinheiro (CAP) durante a campanha Novembro
Azul. A clientela assistida nesse hospital compreende usuários do Sistema Único de Saúde, com público
variando entre homens, mulheres, idosos e crianças. As atividades teórico-práticas desenvolvidas ocorreram
no período da manhã, e os discentes foram divididos em grupos, cada um ficando responsável por um tema
importante no que tange ao cuidado e promoção da saúde masculina. Os temas abordados foram Prevenção
do câncer de próstata, Doenças sexualmente transmissíveis, Alimentação Saudável e Higiene Pessoal. Cada
equipe montou estandes ornamentados, fez distribuição de kits de higiene pessoal, preservativos e fez
demonstrações práticas sobre hábitos de higiene e a respeito das patologias abordadas. Além das falas
expositivas houve apresentações musicais, distribuição de lanche e folders. As atividades foram
supervisionadas pelas docentes responsáveis pelo módulo e pela equipe do Centro Ambulatorial.
Considerações finais: A realização do Projeto ‘Novembro Azul’ pelos alunos do curso de medicina da UFMA
e docentes do Módulo de Fundamentos da Prática e Assistência Médica, mostrou o desconhecimento da
população acerca da saúde do homem e prevenção de doenças, além do receio da população em buscar
ajuda e informação devido à ‘tabus’, como o relacionado ao exame do toque. Assim, observou-se um
resultado positivo do evento que teve outros temas como doenças sexualmente transmissíveis, alimentação
saudável e higiene pessoal, com a participação de toda população, realizando o intercâmbio entre a
universidade e a comunidade, promovendo educação em saúde e prevenção de doenças.
Introdução: A violência contra a mulher é um problema que ocorre em todas as classes sociais,
independente de cultura, raça ou status econômico. Essa pode se manifestar de várias formas e com
diferentes graus de severidade, sendo mais prevalente em famílias de baixa renda. Dentre elas a mais
relevante para a pesquisa em questão foi a doméstica. A Estratégia Saúde da Família (ESF) entra nesse
âmbito com o objetivo de facilitar a aproximação entre os profissionais de saúde e as pessoas,
principalmente no que se refere às vítimas. Objetivos: Analisar a repercussão da violência contra a mulher
e compreender como são instruídas pelos ACS em relação ao tema. Métodos Trata-se de uma pesquisa
descritiva de natureza qualitativa realizada junto a ACS, utilizando entrevistas. A pesquisa foi realizada no
segundo semestre de 2014 no bairro do São Francisco, localizado na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil.
Participaram onze agentes comunitários de saúde do total de catorze da Unidade Bezerra de Meneses. O
questionário era composto por doze perguntas a respeito da violência, que enquadravam nos seguintes
critérios: verbal, sexual ou física. Foram utilizadas algumas perguntas como: Durante o atendimento a uma
usuária, você suspeitou de situação de violência vivida por ela? Qual atitude você adotou? . Resultados De
acordo com o questionário aplicado aos onze agentes comunitários de saúde, oito já haviam presenciado
violência verbal durante o atendimento, entre eles, sete não interferiram por cuidados de segurança. Três
dos agentes relataram agressão física no horário da visita e dez afirmaram já ter visto sinais de hematomas
ou feridas. Todos alertaram a mulher sobre a possibilidade de denunciar. Os ACS dizem ser orientados a
respeito de como agir em situações de violência domiciliar e orientam as vítimas a denunciarem o infrator.
Eles narram que as vitimas em sua maioria negam ser violentadas e não gostam de conversar sobre o
assunto, mantendo-se em sigilo. Conclusão: Portanto, ao analisar as respostas e como os agentes de saude
agiram durante a entrevista percebeu-se dificuldade para aderir a mesma. Como a área em estudo é uma
zona de alto risco de violência tanto os agentes como as mulheres têm dificuldades para falar sobre o
assunto não se sentindo a vontade para denunciar. Por isso, é necessário dar uma maior atenção para as
vitimas tendo outros profissionais envolvidos, como psicólogos para incitar as mulheres a buscar apoio
emocional e a denunciar.
APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
P168 ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Andressa Arraes Silva; Mara Julyete Arraes Jardim; Lena Maria Barros Fonseca
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andressa Arraes Silva
Contato: andressinha_arraes5@hotmail.com
Introdução: A assistência a ser desenvolvida pelo enfermeiro ao cliente portador de lesão crônica deve
conter um conjunto de estratégias que possibilitem a melhor escolha terapêutica, ao qual se dá o nome de
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Baseado nesse contexto, os autores implementaram o
projeto: APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS
CRÔNICAS, realizado no Pronto Socorro Municipal da cidade de Bacabal – MA, de maio a junho de 2014, o
qual tornou possível a elaboração desse relato de experiência com o objetivo de mostrar a relevância da
implantação do processo de enfermagem no tratamento das feridas crônicas. Relato de experiência: O
estudo deu-se na unidade hospitalar, onde aconteceu a apresentação da pesquisa aos enfermeiros, seguido
da assinatura dos termos de consentimento. Observou-se como era realizada a assistência, a qual não
acontece de maneira padronizada, e logo depois os profissionais responderam ao questionário sobre o
conhecimento e a importância da SAE no tratamento das feridas crônicas. Sobre sua importância, foram
unânimes em citar a organização dos trabalhos da equipe e o melhor prognóstico para o paciente. A terceira
etapa da pesquisa consistiu na apresentação de um modelo de sistematização, através de palestras sobre
sua aplicação no tratamento das lesões. Após a aplicação foi realizada uma entrevista para investigar sobre
as dificuldades e as vantagens da SAE para o trabalho do enfermeiro no atendimento a esses clientes. A
maior dificuldade relatada foi a falta de tempo devido à grande demanda de pacientes por enfermeiro.
Interrogou-se sobre as sugestões para a implementação definitiva da SAE no hospital em questão e foi citada
a conscientização por parte das equipes. Podemos observar o interesse dos entrevistados em utilizar o
processo de enfermagem nas suas rotinas de trabalho, pois prioriza as necessidades pessoais de cada
paciente, diminuindo o tempo de internação. Conclusão: A realização deste estudo permitiu-nos inferir que
os profissionais entrevistados apesar de possuírem conhecimento abrangente sobre a SAE e a importância
da sua implementação no tratamento de feridas crônicas, enfrentam grandes dificuldades que impedem de
aplicá-la em suas rotinas. Para tanto, destacamos a necessidade de mudança, para que a assistência de
enfermagem seja realizada de maneira sistematizada e com mais qualidade.
Introdução: As chupetas e bicos são largamente utilizados em vários países, constituindo importante hábito
cultural em nosso meio. Com isto, a estimulação para sucção do leite materno pode ficar diminuído, levando
à menor produção do leite, com consequente desmame precoce. Objetivos: Este trabalho visa descrever a
frequência do uso de bicos artificiais durante amamentação em crianças assistidas em uma unidade básica
de saúde de São Luís- MA. Métodos: Estudo descritivo, observacional de corte transversal, com 50 crianças
com idade até 2 anos, assistidas na Unidade Básica de Saúde Djalma Marques, no período de maio a julho
de 2015. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário formulado pelos próprios pesquisadores com
dados de identificação e uso de sucção artificial. Os dados formam coletados pelos alunos do programa de
educação pelo trabalho para saúde (PETSAUDE) redes da Universidade Ceuma, que foram previamente
treinados. Resultados: Quanto à duração do aleitamento materno, todas as crianças foram amamentadas,
sendo 24% somente até os 3 meses de vida, 26% entre 4 e 6 meses e metade das crianças, 50% por mais de
6 meses. Em relação ao uso concomitante de chupetas durante amamentação, das 50 crianças pesquisadas,
36% delas fazia uso contínuo e diário de chupeta. A respeito do uso de mamadeira associado à
amamentação 52% das crianças utilizavam mamadeiras durante o mesmo período em que foram
amamentadas e 48% delas nunca fizeram uso de mamadeira até o momento da pesquisa. Conclusão:
Sabendo dos efeitos deletérios desses hábitos durante o período da amamentação, tornam-se necessárias
medidas educativas às mães e à população em geral, bem como aos profissionais da saúde.
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e de
referência, contemplando 190 milhões de habitantes. Tem enfoque no atendimento baseado na promoção
de saúde, prevenção de doenças e na recuperação dos indivíduos desconstruindo um conceito biomédico
de adoecimento e estabelecendo o atual conceito de saúde bio-psico-social. O projeto de Vivências e
Estágios na realidade do SUS (VER-SUS) é um projeto do Ministério da Saúde que proporciona a interação
de estudantes de graduação, estimulando a formação de profissionais cada vez mais comprometidos com o
SUS. Proporcionou às acadêmicas um pouco de altruísmo, bom senso, otimismo e realismo para
compreender o mesmo. A Saúde Coletiva é um campo que abrange a equipe multidisciplinar, tendo como
ponto principal ações de saúde voltadas para os cidadãos. O objetivo desse trabalho foi relatar experiências
e vivências com uma visão holística das políticas públicas de saúde em Imperatriz – MA.. Relato de
experiência: A vivência foi perpassada por indivíduos de diferentes cursos e regiões do Brasil que
interagiram visando a discussão, a desconstrução de preconceitos e reconstrução de entendimentos que
influenciam a atuação profissional. Foram 10 primeiros dias de Agosto de atividades intensivas e de imersão
total permitindo a ampliação dos conceitos relacionados ao SUS e movimentos sociais conhecendo
diferentes comunidades. Além dos debates diários, as estudantes tiveram acesso a toda realidade da saúde
pública e privada (Hospitais de média complexidade, Maternidade, Posto de Saúde e Caps), populações
indígenas, terreiro de umbanda, assentamento do MST e um lixão. Foi uma mistura de sentimentos que,
muitas vezes eram contraditórios, mas que permitiram a sensibilização quanto a diferentes situações
vivenciadas pelos indivíduos/usuários do sistema, as dificuldades e resultados positivo. Ao longo desses dias
de vivência foi possível a realização de um trabalho interdisciplinar através do acolhimento da opinião do
outro, respeitando individualidades e proporcionando a interação de diversos estudantes. Considerações
finais: A experiência foi importante para as acadêmicas para ampliarem seus conhecimentos a respeito do
SUS e a necessidade de reorientação multiprofissional em Saúde Pública. O estágio de vivência dá um
suporte necessário para compreender na prática a diversidade de usuários do sistema, o princípio da
equidade e assim, complementando a formação universitária da graduação em saúde.
Introdução: O aleitamento materno é considerado uma questão de saúde pública e suas vantagens são
reconhecidas em todo o mundo. Objetivos: Verificar a influência da amamentação exclusiva no
desenvolvimento motor de crianças de 6 meses a 2 anos. Métodos: Estudo observacional, analítico com
delineamento transversal entre Abril a Junho de 2015, com 56 crianças assistidas em uma unidade básica
de saúde de São Luis- MA. Foi utilizado um questionário sóciodemografico desenvolvido pelos próprios
pesquisadores e na analise do desenvolvimento motor foi utilizado o teste Denver II, padronizado a populaçã
o brasileira por Drachler (2007). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do UNICEUMA,
com parecer nº 978.574. Na analise bivariada foi utilizado o Qui quadrado de Pearson, sendo considerado
significativo p<0,05. Resultados Entre as 56 crianças analisadas, 57,1% (32) apresentaram desenvolvimento
motor fino dentro dos padrões de normalidade (p= 0,580) e 85,7% (48) desenvolvimento motor grosso
compatível com a idade apresentada (p= 0,001). Conclusão: Diante dos resultados obtidos, podemos
concluir que a amamentação exclusiva foi relevante para o desenvolvimento motor das crianças, sendo
essencial que haja mais programas que informe as gestantes sobre a importância da amamentação,
incentivando o aleitamento materno e zelando pela saúde do bebê.
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E HÁBITOS DE VIDA
P173
DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PRIVADA EM SÃO LUIS
Autores: Bruna Lais Costa Silva Corrêa; Marcos Roberto Campos De Macêdo; Ingrid Roberta De Azevedo
Carvalho; Eliete Costa Oliveira.
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Marcos Roberto Campos De Macêdo
Contato: brunalaiscorrea@outlook.com
Introdução: A adolescência é uma etapa evolutiva que, de acordo com a OMS compreende a idade de 10 a
19 anos, na qual se caracteriza profundas transformações que são decisivas na vida adulta, onde hábitos de
vida e estado nutricional influenciam para uma vida saudável no futuro, visando a prevenção de doenças e
bem estar. Essa fase é demandada por um aumento das necessidades nutricionais tal como a habilidade do
indivíduo em satisfazer estas necessidades. O estado nutricional e os hábitos de vida estão diretamente
ligados à prevalência de diversas doenças, sendo fatores significativos para o seu desenvolvimento.
Objetivos: Associar estado nutricional e hábitos de vida de adolescentes de uma escola privada em São Luis
- Maranhão. Métodos: A pesquisa foi realizada no dia 23 de setembro de 2014. Para a coleta de dados foi
utilizado um questionário adaptado de Monticelli (2010) e Santos (2012) contendo sete questões sobre
alimentação e hábitos de vida, além de medidas antropométricas de peso, altura e circunferência da cintura,
a alimentação foi avaliada conforme a pirâmide da sociedade brasileira de pediatria 2012. Para verificação
do diagnóstico nutricional foi utilizado o índice de massa corporal para a idade (IMC/I) e pontos de corte dos
valores da circunferência da cintura(CC. Resultados: As principais refeições realizadas foram, o café da
manhã, almoço e o jantar entre as meninas respectivamente com, 42%, 50% e 50,3%. A maioria dos
adolescentes consomem doces e refrigerante em grande quantidade. O consumo de frutas, legumes e
verduras é em grande maioria menor que o recomendado pela pirâmide alimentar. Na classificação do IMC
a maioria são eutróficos 69,6% e na CC mais da metade são adequados 85,7%. A maioria dos adolescentes
são ativo com 84,8%, e 25,2% são sedentários. Conclusão: Constatouse que o consumo inadequado de
refrigerantes entre os adolescentes tem relação com o seu estado nutricional. Observou-se que
adolescentes eutróficos são mais ativos, praticam atividades físicas mais vezes e gastam menos tempo
assistindo à televisão, jogando videogames e usando o computador do que as crianças com excesso de peso.
Os dados evidenciam a importância em promover mudanças no estilo de vida com a adoção de hábitos
saudáveis, desde a infância, e a sua manutenção por toda a vida. Adolescentes ativos favorecem uma
população adulta também ativa e saudável contribuindo, consequentemente, para a redução da incidência
de morbidade e mortalidade na idade adulta.