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II CONGRESSO INTERNACIONAL MÉDICO-ACADÊMICO DO MARANHÃO

ANAIS DO CONGRESSO INTERNACIONAL


MÉDICO-ACADÊMICO DO MARANHÃO

22 a 24 de Outubro de 2014
WH Rio Poty Hotel – São Luís – Maranhão
ANAIS DO II CONGRESSO INTERNACIONAL
MÉDICO-ACADÊMICO DO MARANHÃO

ISSN: 2358-7407

Ano 2015, volume 02, número 01, mês 10

São Luís – Maranhão

2015
Apresentação
Prezados congressistas,

É com grande satisfação que chegamos à concretização deste evento tão esperado.
Foram dias de muita dedicação e compromisso com o objetivo de oferecer o que há de mais
moderno na Medicina e nas Ciências da Saúde, além de proporcionar um espaço de integração
acadêmica e participação científica. Neste II COIMAMA, contamos com a presença de grandes
personalidades da Medicina brasileira, que gentilmente aceitaram o convite para atuarem nesse
momento de enriquecimento intelectual e cultural de nosso Estado.

Agradecemos a presença de todos e desejamos um bom congresso!

A Comissão Organizadora.
Mensagem do Presidente
Prezados(as) Congressistas,

Em nome da Comissão Organizadora, tenho o prazer de convidá-lo para o II


Congresso Internacional Médico Acadêmico do Maranhão (COIMAMA), I Mostra Estadual de
Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família, I Encontro Norte-Nordeste de Ligas
Acadêmicas de Medicina e I Simpósio de Cuidados Farmacêuticos, evento que será realizado nos
dias 22 a 24 de Outubro de 2015, no WH Rio Poty Hotel, em São Luís-MA.
Há dois anos, em meio a diálogos informais, idealizamos a organização de um evento
científico gerido por acadêmicos, de várias Instituições de Ensino Superior do Estado e fora dele,
centrado no desenvolvimento científico do Estado do Maranhão, estimulando o debate, a
pesquisa e a multidisciplinaridade na área da saúde. A concretização do I COIMAMA foi muito
além de todos aqueles primeiros rabiscos/ideias/metas da primeira reunião de que ocorreu em
2013. De sonho longínquo, hoje já estamos em sua segunda edição, na qual, assim como a águia
com forças renovadas, nos desafiaremos a voos mais altos e com maior precisão.
Nesta segunda edição, o lema do congresso será INTERATIVIDADE. Serão 9 salas com
programação simultânea abrangendo palestras, debates, mesas-redondas, discussão de casos
clínicos, oficinas, trabalhos científicos, cursos e minicursos com a participação de profissionais,
das mais diversas áreas, de prestígio local, nacional e internacional. Além disso, ampliaremos as
funções do nosso aplicativo, no qual haverá muitas novidades antes e durante o evento, onde
os congressistas poderão interagir entre si e com as palestras, discussões de casos clínicos e
outros recursos audiovisuais. Repetindo o sucesso da primeira edição, a II Mostra Fotográfica
do COIMAMA homenageia o renomado médico e antropólogo maranhense RAIMUNDO NINA
RODRIGUES, importante figura social, jurídica e do desenvolvimento da saúde do país.
Contaremos também com a I Mostra Estadual de Experiências em Atenção Básica e
Saúde da Família para debater o desenvolvimento da Atenção Básica no Estado, as mudanças,
desafios, experiências exitosas das Equipes de Saúde da Família, políticas governamentais
nacionais e estaduais para aprimoramento da qualidade da Saúde da Família.
Ampliamos a tão exitosa participação das Ligas Acadêmicas que ocorreu no I
COIMAMA, dentro do I Encontro Maranhense de Ligas Acadêmicas de Medicina, para o I
Encontro Norte-Nordeste de Ligas Acadêmicas de Medicina, em parceria com a Associação
Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina (ABLAM), braço da Associação Médica Brasileira
(AMB). O encontro será um espaço único para debater a formação e estruturação das Ligas
Acadêmicas, além de várias oficinas e cursos ministrados pelas Ligas Maranhenses.
Em parceira com o Centro de Informações sobre Medicamentos do departamento
de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) inovaremos com a realização do I
Simpósio de Cuidados Farmacêuticos, abrangendo o novo âmbito assistencial do farmacêutico,
em diversos pontos da rede de saúde.
Espero contar com a sua participação, com as suas experiências, fotos e trabalhos
científicos no II COIMAMA. Estamos ansiosos para recebê-lo na ilha de São Luís!

Yuri Lopes Nassar


Presidente da Comissão Organizadora – Associação dos Estudantes de Medicina do Maranhão
Comissão Organizadora
Yuri Lopes Nassar – Presidente

Marcos Antonio Custódio Neto da Silva - Vice-Presidente

Rebeca Costa Castelo Branco - Tesoureira

Aimê Villenuev de Paula Guedêlha


Alana Carynne Pereira Arruda
Andreia Aline Santana Guida
Andressa Oliveira Diniz
Andrey Salgado Moraes Filho
Antonio Joatan de Barros Filho
Bianca Santos Serra
Brunna de Sousa Silva
Carla Maria da Silva Santos - Secretária
Carla Regina Feitosa Grosse da Silva
Caroline Carvalho de Araújo
Cintia Maria Carvalho Ribeiro
Débora Castro Sousa
Flávia Coelho Mohana Pinheiro
Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues
Franklin Pablo Souza Vasconcelos
Hysania Alexia Alves Silva
Iasminy Morais Ribeiro
Ingrid Danyelle Moraes Penha
Juliane Brígida Silva do Nascimento
Mario Jardeson Silva Santos
Matheus Castelo Branco Batista
Mohammed Damasceno Guimarães
Raissa Lorena Brito Amorim
Raissa Neruza Santana Alves
Renata Silva do Nascimento
Ronan Lacerda Barbosa
Roseliny de Morais Martins Batista
Tâmara Aroucha Matos
Thallita de Oliveira Amorim
Verônica Maria da Silva Eidan
Membros-Diretores
Comissão Científica

Presidente:
Ilis Maria Lucas Xavier

Membros:
Ana Paula Silva de Azevedo dos Santos
Antônio Gonçalves Filho
Érica Silva Martins
Flávia Castello Branco Vidal
Flávia Raquel Fernandes do Nascimento
Geusa Felipa de Barros Bezerra
Graça Maria de Castro Viana
Iolanda Margarete de Araújo Rêgo
Janieny Vieira da Silva
Joana Kátya Veras Rodrigues Sampaio Nunes
José Albuquerque de Figueiredo Neto
José Delfim Mohana Pinheiro
José Eduardo Batista
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
Laíze Carvalho
Lilaléia Gonçalves França
Luciane Maria Oliveira Brito
Maria Bethânia da Costa Chein
Maria do Carmo Lacerda Barbosa
Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento
Maria dos Remédios Feitas Carvalho Branco
Maria do Rosário da Silva Ramos Costa
Melina Serra Pereira
Núbia Barros de Araújo Gomes
Zeni Carvalho Lamy
Agradecimentos
Ao Magnífico Reitor da Universidade Ceuma (UniCeuma)
Prof. Saulo Henrique Brito Matos Martins

Ao Magnífico Reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMAI)


Prof. Natalino Salgado Filho

Ao Magnífico Reitor da Universidade Estadual(UEMAI)


Prof. Gustavo Pereira da Costa

Ao Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Ceuma


Prof. Ivan Abreu Figueiredo

À Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão


Profa. Maria do Carmo Lacerda Barbosa

À Presidente da Comissão Científica


Profa. Ilis Maria Lucas Xavier

À Vice-Presidente da Comissão Científica


Profa. Maria Luiza Cruz

Aos Membros da Comissão Científica

Aos Palestrantes

Aos Patrocinadores

Aos Congressistas
Informações Gerais

INSCRIÇÕES
A inscrição no evento é obrigatória para todos os participantes. Mediante a
apresentação do comprovante de inscrição, o participante receberá o material e a programação
do II Congresso Internacional Médico-Acadêmico do Maranhão/ II COIMAMA na secretaria do
evento.

CRACHÁS
Por motivo de controle e segurança, será obrigatório o uso do crachá em todas as
atividades do congresso e nas dependências do Auditório do WH Rio Poty. A perda ou o extravio
deverão ser imediatamente comunicados à Comissão Organizadora.

FUMANTES
O Ministério da Saúde adverte: FUMAR é prejudicial à saúde. Recomendamos e
pedimos a gentileza de não fumar dentro dos auditórios nos quais se realizarão o II Congresso
Internacional Médico-Acadêmico do Maranhão/ II COIMAMA

CELULARES/BIPs
Em respeito aos palestrantes e demais congressistas, solicitamos que todos os
aparelhos estejam desligados dentro do auditório. Caso seja necessário usá-los, ative-os nos
modos vibracall ou silencioso.

PROJEÇÃO DE SLIDES
Os expositores deverão procurar a secretaria para entrega do material de projeção
(palestras e temas livres orais) com antecedência mínima de 01 (uma) hora da respectiva
atividade científica. Os materiais deverão ser necessariamente em CD (não serão aceitos
materiais em pen-drive, cartão de memória ou em outras mídias flash).

TEMAS LIVRES ORAIS


O apresentador deverá chegar com, no mínimo, 01 (uma) hora de antecedência para
sua apresentação, assinar a lista de frequência e entregar o material, sendo a tolerância máxima
de 15 (quinze) minutos, ou seja, 45 (quarenta e cinco) minutos antes da apresentação. Atente
para os horários individuais de apresentação que se encontram mais adiante neste informativo.
PÔSTERES
Os pôsteres serão expostos em retângulos de 120 cm de altura por 90 cm de largura.
Os pôsteres deverão ser montados no dia da apresentação às 08:00h da manhã, no início das
atividades do Congresso, onde serão verificados pela Comissão Organizadora e retirados às
18:00h, com o fim das atividades do dia. Cada pôster será apresentado no turno da manhã, da
tarde ou da noite, conforme divulgado previamente pela organização (A montagem e
desmontagem dos pôsteres são de responsabilidade dos apresentadores do trabalho, sob a
orientação dos organizadores do COIMAMA. A comissão organizadora não se responsabiliza por
danos, extravios, desaparecimento ou qualquer outro imprevisto que venha a ocorrer com os
pôsteres ou outros materiais). O apresentador do pôster deverá comparecer com 1 (uma) hora
de antecedência e assinar lista de frequência. A ausência do apresentador no horário do
julgamento acarretará desclassificação automática do trabalho.

PREMIAÇÃO
Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nas categorias tema livre oral e pôster
serão divulgados no encerramento do Congresso e receberão certificado de classificação e
prermiação correspondentes.
Temas Livres
ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES COM ANEMIA
TL01 FALCIFORME DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS: UM ESTUDO DE
BASE POPULACIONAL NO NORDESTE BRASILEIRO
Autores: Yuri Jivago Silva Ribeiro; Cyrene Piazera Silva Costa; Amanda Ferreira de Sousa Pinheiro; Soraia de
Fátima Carvalho Sousa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yuri Jivago Silva Ribeiro
Contato: yuri_r_ribeiro@hotmail.com

Introdução: As doenças falciformes são alterações hematológicas genéticas caracterizadas pelo predomínio
da hemoglobina S (Hb S). No Brasil a mais prevalente delas é a Anemia Falciforme (AF), que ocorre nos
indivíduos homozigotos para Hb S. A forma heterozigota da doença denomina-se Traço Falciforme (TF), na
qual o gene da Hb S combina-se com a Hb A (hemoglobina normal). Indivíduos com TF são geralmente
assintomáticos e sua expectativa de vida é semelhante à da população geral. Objetivos: Objetivou-se avaliar
a assistência odontológica prestada aos indivíduos com Anemia Falciforme (AF) em di ferentes faixas etárias,
por meio da análise quantitativa dos procedimentos realizados na Supervisão de Hematologia e
Hemoterapia do Maranhão. Material e Métodos: O desenho deste estudo foi do tipo retrospectivo, obtido
de dados secundários de prontuários dos pacientes com AF tratados ou em tratamento no setor de
Odontologia da HEMOMAR, no período de 2000 a 2011. A pesquisa foi realizada após aprovação do Comitê
de Ética e Pesquisa local protocolo n° 0067182011-73. Um examinador (Kappa=0.91) analisou 574
prontuários. Foram coletadas informações sobre sexo, faixa etária, tempo em tratamento odontológico,
número de pacientes submetidos a tratamento periodontal (TP), número de dentes restaurados (DRs),
extraídos (DEx) e tratados endodonticamente (DTe). Efetuaram-se os testes de Kruskall-Wallis seguido de
Resultados: Houve diferença dos DRs, DEx (p<0.05), DTe e TP
(p<0.001) entre as faixas etárias. Houve menos DRs em crianças quando comparadas às demais faixas etárias
(p<0.001). Houve correlação positiva forte entre faixa etária e DEx (r=0.93; p=0.025) e DTe (r=0.92; p=0.028)
e positiva fraca com DRs (r=0.153; p<0.001). Conclusão: Conclui-se que existe associação entre as faixas
etárias e os tipos de procedimentos odontológicos curativos realizados.

EFEITOS CITOTÓXICOS DE EUTERPE OLERACEA MART. EM


TL02
CÉLULAS MALIGNAS HUMANAS
Autores: Dulcelena Ferreira Silva; Flávia Castello Branco Vidal; Marcos Antonio Custódio Neto da Silva;
Rebeca Costa Castelo Branco; José Andrés Morgado Díaz; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Marcos Antonio Custódio Neto da Silva
Contato: marcos_antonio456@hotmail.com

Introdução: A juçara, Euterpe oleracea Mart., fruta indígena da Amazônia Legal, é rica em fitoquímicos com
atividades anti-oxidante, antiinflamatória e anti-câncer. Objetivos: Este estudo tem por objetivo analisar os
efeitos do extrato hidroalcoólico da casca, caroço e fruto total da juçara, Euterpe oleracea Mart., nativa do
Estado do Maranhão em diferentes linhagens de células malignas humanas. Métodos: Os extratos
hidroalcoólicos da casca, caroço e fruto total foram obtidos no Laboratório de Farmacologia e Psicobiologia
da UERJ. As linhagens celulares utilizadas nos ensaios foram MCF -7 e MD-MB-468 (adenocarcinoma de
mama), CACO-2 e HT-29 (adenocarcinoma colo retal). As linhas celulares derivadas de adenocarcinomas de
mama e colo-retal foram tratadas com 10, 20, e 40 ug/mL de extratos hidroalcoólicos da casca, caroço e
fruto total, durante 24 e 48 h. Após o tratamento, a viabilidade celular foi medida utilizando-se ensaios de
3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-difeniltetrazólio (MTT) e as características morfológicas das células foram
observadas por microscopia de luz e de transmissão. Também foi avaliado o tipo de morte celular. Os dados
foram analisados estatisticamente pela análise de variância (ANOVA), seguido pelos pós-testes de Tukey ou
de Dunnett. Resultados: Observou-se que, de todas as linhas celulares testadas, as células MCF-7 foi a única
linhagem que respondeu ao tratamento com o extrato de juçara. Os extratos causaram redução significativa
(p <0,01) na viabilidade celular e alteraram as características morfológicas das células, induzindo o
aparecimento de vacúolos autofágicos, como observado por microscopia electrónica de transmissão. Além
disso, o aumento da expressão de LC3BII, um marcador de proteína de formação de autofagossomos foi
observado por western blotting. Ensaios Caspase Glo ™ e observações morfológicas por coloração nuclear
DAPI e microscopia eletrônica de transmissão não indicaram quaisquer eventos apoptóticos. Conclusão: Os
dados são conclusivos para ocorrência de morte celular por autofagia em linhagem celulares de carcinoma
de mama MCF-7 quanto tratadas com extrato hidroalcoólico da casca, caroço e fruto total da juçara do
Maranhão. Esta descoberta do potencial anti-câncer da juçara pode ajudar no desenvolvimento de drogas
quimiopreventivas e pode ter efeitos terapêuticos no tratamento de câncer da mama.

ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE ENTRE PESSOAS


TL03
SURDAS NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIS - MA
Autores: Dayanne Bevilaqua Neves; Letícia Silva Muniz; Débora Cruz Silva; Ilana Mirian Almeida Felipe;
Serlyjane Penha Hermano Nunes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Letícia Silva Muniz
Contato: day_beves@hotmail.com

Introdução: A deficiência auditiva pode ser congênita e adquirida e é definida como a diminuição da
capacidade de percepção normal dos sons, de modo que a audição não tem sua funcionalidade total na vida
comum. As pessoas com deficiência auditiva precisam de acesso à saúde, não somente relacionado com a
deficiência em si, mas também precisam ser assistidas através de medidas de prevenção, tanto as que são
feitas em nível populacional, na forma de políticas ou campanhas de divulgação na mídia, como em nível
individual, nas consultas com profissionais da saúde. Objetivos: Avaliar a acessibilidade aos serviços de
saúde entre pessoas surdas, bem como seus problemas e obstáculos para o atendimento. Métodos: Estudo
descritivo com abordagem qualitativa constituído por 9 adultos surdos, que foram entrevistados utilizando-
se a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, com auxílio de um intérprete. O projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão (parecer 509.115). Os alunos responderam a
um questionário semi-estruturado com questões abordando assuntos referentes à acessibilidade da pessoa
surda aos serviços de saúde. As análises foram realizadas com base na técnica de análise de conteúdo,
modalidade temática, da qual emergiram quatro categorias: comunicação, autonomia, sentimentos:
percepção do surdo sobre o atendimento em saúde e compreensão da terapia. Resultados: O número de
profissionais aptos a se comunicar usando a LIBRAS é reduzido, o que dificulta a comunicação com o
profissional de saúde que o atende, agravado pelo fato de que raramente encontram intérpretes para
auxiliá-los. A ausência de interação entre o surdo e o profissional de saúde também lhes impede de
estabelecer um vínculo com estes, o que poderiam deixar-lhes mais seguros em relação ao atendimento, e
os obriga a depender de outras pessoas, seja para auxiliar no processo de comunicação, seja para entender
sobre sua condição, seu tratamento e procedimentos que podem ser realizados para sua melhora,
dificultando sua autonomia e deixando-os, constrangidos. Conclusão: A maioria dos serviços e informações
de saúde encontram-se inacessíveis aos surdos dadas à deficiência em se estabelecer um processo de
comunicação eficiente com o profissional de saúde, acrescido do fato de que a própria sociedade ainda vê
o surdo como alguém incapaz de tomar suas próprias decisões em relação à sua saúde e terapia, mantendo-
lhes na dependência de outras pessoas.

CORRELAÇÃO ENTRE HEPATITE A E HELICOBACTER PYLORI EM


TL04
SÃO LUÍS - MA
Autores: Fernando Félix Calvet Campêlo; José de Macêdo Bezerra; Rodrigo Duart Martins Souza; Marcos
Antonio Custódio Neto da Silva; Graça Maria de Castro Viana; Maria do Desterro Soares Brandão
Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Marcos Antonio Custódio Neto da Silva
Contato: marcos_antonio456@hotmail.com
Introdução: A infecção pelo Helicobacter pylori acomete mais da metade da população mundial, sendo mais
freqüente nos países subdesenvolvidos.. Objetivos: Objetivou-se associar infecção por Hepatite do tipo A
com positividade por H. pylori em indivíduos adultos de São Luís - MA – Brasil. Métodos: A amostra foi
composta por 143 pacientes com idade entre 17 e 70 anos atendidos no Hospital Universitário da
Universidade Federal do Maranhão, com queixas do trato digestivo superior, encaminhados ao Centro de
Endoscopia, sendo coletada história clínica simplificada, biópsia da região antral e sangue venoso. Para
análise estatística, considerou-se valor significativo de p<0,05 Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Resultados:
A positividade para infecção por Helicobacter pylori foi de 75,5% e a soroprevalência para Hepatite viral A
(HVA) foi de 94,9%, não houve diferença significativa quando comparada ao sexo. A análise da associação
da infecção por H. pylori pela sorologia para HVA mostrou que, dos 134 indivíduos que fizeram testes para
ambas as infecções, 72,4% foram positivos para ambos os testes; 2,2% negativos para H. pylori e HVA; 22,4%
positivos apenas para HVA e 3% positivos apenas para H. pylori. A análise estatística mostrou que não houve
associação significativa para as duas infecções. Conclusão: s dados apresentados neste trabalho corroboram
os achados da literatura em que não há associação da infecção pelo vírus da hepatite A e infecção por
H.pylori.

ASPECTOS NUTRICIONAIS ASSOCIADOS À CÁRIE EM


TL05
ADOLESCENTES
Autores: Yuri Jivago Silva Ribeiro; Layna Crisitne de Brito Rocha; Rui Robson Loureiro Paixão Júnior; Deborah
Raquel Caldas da Rocha; Dayanne de Sousa do Carmo; Cecilia Claudia Costa Ribeiro.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yuri Jivago Silva Ribeiro
Contato: yuri_r_ribeiro@hotmail.com

Introdução: Nos últimos cinquenta anos, foi observada uma transição nutricional caracterizada pelo
aumento significativo da prevalência de sobrepeso e obesidade. Hábitos alimentares relacionados à
obesidade também podem determinar uma maior prevalência de cárie dentária, especialmente a alta
frequência de ingestão de açúcares de adição. O consumo destes açúcares, além de estar relacionado a
essas duas patologias, está positivamente associado com maiores níveis de LDL e triglicérides, e menores de
HDL, os quais são indicadores do risco de doença cardiovascular. Objetivos: Avaliar aspectos nutricionais
associados à cárie em adolescentes de São Luís – MA.. Métodos: O Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovou o estudo (parecer nº 441.226). Todos
os escolares que necessitaram assistência médica, nutricional ou odontológica foram encaminhados para
atendimento na UFMA. O presente estudo é uma investigação epidemiológica observacional do tipo
transversal que tem por objetivo avaliar se existe associação entre estado nutricional e o desfecho cárie
dentária em adolescentes. Cento e trinta adolescentes, com 17 e 18 anos, foram avaliados em escolas
públicas estaduais sorteadas entre as residentes na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil. A cárie dentária
foi avaliada pelo índice de Nyvad et al. Foram avaliados, como variáveis explanatórias, o IMC e os seguintes
parâmetros sanguíneos: triglicérides, colesterol total, HDL e LDL. Como variáveis de ajuste confundidor as,
foram utilizadas a renda em reais e cor da pele. Utilizou-se análise de regressão multivariada de Poisson
executada no software STATA 10.0 (Stata Corp., College Station, Texas, EUA). Resultados: Estimaram-se as
razões de incidência (IRR) ajustadas e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC 95%), sendo o nível de
significância fixado em 5%. Sobrepeso/obesidade (p= 0,000; IRR 1,64; IC 1,31−2,05), níveis séricos elevados
de LDL (p= 0,024; IRR 1,22; IC 1,02−1,46), triglicérides (p=0.048; IRR 1,14; IC 1,00−1,30) e colesterol total
(p=0,100; IRR 1,11; IC 0,98−1,25), e o HDL baixo (p=0.095; IRR 1,17; IC 0,97−1,42) mostraram-se associados
a ter um maior número de dentes cariados. Conclusão: Os achados deste estudo apontam uma relação entre
indicadores de risco de doença cardiovascular e gravidade de cárie em adolescentes, sugerindo a existência
de um fator causal comum a essas patologias,
COMPORTAMENTO SEXUAL ENTRE PESSOAS SURDAS NO
TL06
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS/MA
Autores: Débora Cruz Silva; Letícia Silva Muniz; Dayanne Bevilaqua Neves; Serlyjane Penha Hermano Nunes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Letícia Silva Muniz
Contato: debora-cruz@hotmail.com

Introdução: A sexualidade é um tema por muito tempo considerado um tabu na sociedade, porém é de
extrema urgência e importância. A maioria das informações acerca da sexualidade são direcionadas ao
público ouvinte, deixando o surdo à margem da informação ou limitando seu acesso a informações
fragmentadas e insuficientes para melhor compreensão sobre tais assuntos. Objetivos: Apreender a
realidade social, econômica e de acesso à informação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs),
sexualidade e métodos contraceptivos da pessoa surda, identificando problemas relacionados aos mesmos.
Métodos: Este é um estudo descritivo e observacional constituído por 26 alunos de duas instituições de
referência na educação de surdos localizadas em São Luís/MA. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, com o parecer de número 509.115. Os
alunos responderam a um questionário estruturado sobre características sociodemográficas, métodos
contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, com a presença do pesquisador
durante todo o tempo próximo ao respondente e um intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) que
os acompanhara em todas as aplicações, a fim de solucionar eventuais dúvidas que surgissem durante as
entrevistas. Resultados: Quando questionados acerca da vida sexual, a 76,5% dos entrevistados afirmou
terem a iniciado principalmente entre os 17 e 19 anos. Destes, 70,6 % também afirmou terem utilizado a
camisinha na primeira relação sexual e 80,4% ref eriram-se optar pelo uso da mesma em todas as relações
sexuais. Dentre os métodos contraceptivos citados durante as entrevistas, os surdos demonstraram
conhecer e saber usar mais a camisinha masculina e a pílula/comprimido. Percebeu-se uma discrepância
entre conhecer e saber usar os métodos. Há confusão e dúvidas no que se diz respeito ao conhecimento
sobre as DSTs, principalmente em relação à AIDS, seus modos de transmissão e prevenção. Grande parte
dos surdos recebem orientações acerca da sexualidade na escola e, quando têm dúvidas sobre o assunto,
procuram os familiares. Conclusão: Observou-se que a maioria dos surdos entrevistados ainda possuem
dúvidas acerca da sexualidade e referiram-se necessitar de alguém específico para solucioná-las. Faz-se
necessário a intensificação de campanhas voltadas especialmente para este público com o uso de materiais
impressos e através da mídia, bem como também nas escolas.

SENSIBILIDADE DA DENTINA E O IMPACTO NA QUALIDADE DE


TL07
VIDA DE PACIENTES COM PERIODONTITE CRÔNICA
Autores: Rebeca Costa Castelo Branco; Yuri Jivago Silva Ribeiro; Marcos Antonio Custódio Neto da Silva;
Arima Arruda Jucá; Rui Robson Loureiro Paixão Junior; Adriana de Fatima Vasconcelos Pereira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yuri Jivago Silva Ribeiro
Contato: yuri_r_ribeiro@hotmail.com

Introdução A sensibilidade da dentina é causada pela exposição de dentina como consequência da perda
de esmalte e/ou cemento com dor de curta duração associada aos estímulos térmicos, químicos,
evaporativos ou osmóticos.. Objetivos: O objetivo da pesquisa foi verificar a presença da sensibilidade da
dentina e seu impacto na qualidade de vida de pacientes periodontais. Métodos: O presente estudo foi
submetido à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Presidentes Dutra – UFMA
por meio da Plataforma Brasil (Parecer nº 275.507). Foram examinados 36 pacientes com periodontite
crônica de ambos os sexos na faixa etária de 18 a 59 anos na Clínica de Odontologia da Universidade Federal
do Maranhão. Os participantes responderam a um questionário socioeconômico e sobre hábitos de higiene
bucal. O impacto da sensibilidade da dentina na qualidade de vida foi avaliado pelo OHIP-14 (Oral Health
Impact Profile). Clinicamente, a sensibilidade da dentina foi avaliada pela utilização de spray ar-água e sonda
exploradora nº 05, utilizando-se escores de 0 a 3. Os dados foram submetidos à análise descritiva.
Resultados: Os resultados mostraram que 18 pacientes apresentaram sensibilidade da dentina, nos quais
os pré-molares foram os dentes mais acometidos (55,5%). A sensibilidade da dentina foi mais observada
pela spray ar-água (86,1%), em seguida pela sonda exploradora (51%). Desconforto/dor leve (escore 1) foi
mais encontrado com spray ar-água (43,50%), enquanto que dor severa que persiste após estímulo foi mais
verificada pela sonda exploradora nº 05 (51%). O OHIP-14 revelou impacto de fraco (66,67%) a médio
(33,33%) nos pacientes com sensibilidade da dentina. Os indivíduos sem sensibilidade apresentaram
impacto fraco (94,44%). Conclusão: Conclui-se que a sensibilidade da dentina afeta parte dos pacientes
periodontais com impacto de fraco a médio na qualidade de vida.

TL08 PRURIDO NODULAR DE HYDE: UM RELATO DE CASO


Autores: Brunna de Sousa Silva; Rafaelly Luz Mendes; Maylla Moura Araújo; Teodoro Bernardes de Lima
Neto; Danielly Luz Mendes; Analexia de Arêa Leão Brito.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Brunna de Sousa Silva
Contato: brunna_lb@hotmail.com

Introdução: Hyde descreveu uma erupção idiopática rara e incurável, caracterizada por numerosos nódulos
persistentes afetando principalmente a face extensora dos braços e pernas das mulheres chamando-se de
prurido nodular (PN). O presente trabalho tem como objetivo esclarecer os sinais clínicos, os sintomas, os
manejos diagnóstico e terapêutico de uma doença rara na vivência clínica dos profissionais de saúde. Realto
de Caso:: J.C.O, 55 anos, masculino, deu entrada no Serviço de Dermatologia em São Paulo – SP em maio de
2014, queixando-se de lesões pruriginosas que iniciaram-se em membros inferio res disseminando para os
membros superiores, região dorsal e sacral, com evolução de cinco anos. Procurou o serviço supracitado,
onde foi observado, ao exame físico, pápulas violáceas, coalescentes, formando placas com depressão
central hipocrômicas, algumas escoriadas em membros superiores e inferiores, glúteos, tronco, região
sacral. Foi feita a biópsia de uma lesão do abdome, onde foi evidenciado através da análise histopatológica,
dermatite psoriasiforme escoriada com infiltrado perivascular superficial e hiperplasia
pseudoepiteliomatosa focal. O quadro histológico descrito corresponde ao PN de Hyde. Iniciou-se o
tratamento tópico com corticosteróide de alta potência (halobetasol) e hidratação vigorosa, com discreta
melhora. Após trinta dias, paciente foi encaminhado para fototerapia, visto que não foi possível realizar o
tratamento com a talidomida, considerada a droga de escolha para essa entidade, visto que, sua liberação
pelo Ministério da Saúde, só é autorizada para o tratamento de reação hansênica tipo 2 e/ou mieloma
múltiplo. O desfecho clínico não pôde ser observado, pois o paciente não deu seguimento ao tratamento.
Considerações Finais: O PN de Hyde é uma doença rara, de causa desconhecida, mais comum em mulheres
de meia idade. Na prática clínica, deve ser lembrado como diagnóstico diferencial do líquen simples crônico,
líquen plano hipertrófico, penfigoide nodular, epidermólise bolhosa e queratoacantoma. Há diversos
tratamentos citados na literatura, porém nenhum mostrou-se totalmente eficaz. É provável que as doenças
subjacentes, locais ou sistêmicas de natureza psíquica desempenham papéis importantes na sua gênese.

ADENOCARCINOMA GÁSTRICO METASTÁTICO EM ÁTRIO


TL09
DIREITO: RELATO DE CASO
Autores: Anna Catharina Feitosa Couto; Viny Sampaio de Brito; Isadora Carvalho Queiroz; Tailine Laís Lopes
Bandeira; Joana Ferreira Silva Sousa; Jocerlano Santos de Sousa.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Tailine Laís Lopes Bandeira
Contato: tailine.lopes@icloud.com

Introdução: Metástases cardíacas são 20 a 100 vezes mais comuns que tumores primários do coração,
porém constituem evento raro que ocorre em 2,3 a 18% dos casos de metástases. Essa baixa ocorrência de
metástases para o coração se deve, segundo Prichard, à força de contração miocárdica, ao metabolismo
peculiar do músculo estriado, à elevada velocidade do sangue através do coração e da distância entre a área
cardíaca e os vasos linfáticos . Normalmente as células neoplásicas chegam ao coração por via hematogênica
através da veia cava e implantam-se no átrio e ventrículo direitos. Em relatos de casos, o átrio direito é a
cavidade mais acometida. Metástases para o coração são clinicamente silenciosas em mais de 90% dos casos
e quando sintomáticas cursam com sintomas de insuficiência cardíaca direita. Os tumores primários que
mais frequentemente estão relacionados com essas metástases são os melanomas, tumores mediastinais,
adenocarcinoma broncogênico e carcinoma de mama, porém a metástase cardíaca do trato gastrointestinal
é extremamente rara. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 58 anos, em pós-operatório tardio de
esofagectomia por tumor de fundo gástrico deu entrada no hospital de referência com queixa de dispnéia
importante e edema de membros superiores e face. Realizado investigação com tomografia de tórax,
evidenciando massa intracardíaca que acomete toda a cavidade atrial direita e com extensão para veias cava
superior e inferior. Feita hipótese diagnóstica de trombo paraneoplásico ou tumor cardíaco. Indicada
cirurgia para remoção de massa com tática cirúrgica para circulação extracorpórea por veia jugular interna
direita, veia femoral direita e aorta ascendente. O achado intraoperatório evidenciou massa endurecida em
todo o átrio direito e sem plano de resseção. Realizada coleta de material e enviado para estudo anátomo-
patológico. O estudo indicou adenocarcinoma gástrico. O paciente evoluiu bem e teve alta da unidade de
terapia intensiva (UTI) no segundo dia pós-ope ratório para seguimento clínico com a equipe oncológica.
Considerações Finais: As metástases cardíacas têm sido encontradas em diversas estruturas, sendo raro o
acometimento por tumor proveniente do trato gastrointestinal. Nosso caso indica que o seguimento pós-
operatório de pacientes tratados para alguns tipos de tumores, deve incluir estudo do coração e grandes
vasos para uma possível abordagem terapêutica em fases iniciais.

TL10 PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO DO ESPAÇO MASTIGATÓRIO


Autores: Anna Catharina Feitosa Couto; Viny Sampaio de Brito; Francisco Rodrigues de Sousa Júnior;
Monique Cavalcante Borges Leal; Leonardo Augusto Costa Martins; Ana Cecilia Carneiro Almeida
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Monique Cavalcante Borges Leal
Contato: annacatharina94@gmail.com

Introdução: O pseudotumor inflamatório (PTI) é uma patologia neoplásica benigna que acomete ambos os
sexos. É possível encontrá-lo em qualquer local do corpo. Excluindo a órbita, o PTI ocorre raramente em
outros locais da cabeça e do pescoço, onde costuma comportar-se de forma agressiva com rápido
crescimento e destruição óssea. A etiopatogenia dessa doença não é clara. Acredita-se que ocorra uma
reação inflamatória exacerbada a uma lesão tecidual infecciosa ou autoimune. Na cabeça e no pescoço, o
PTI geralmente apresenta-se com edema e dor local. O PTI não possui imagens patognomônicas. A
ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC) podem ser úteis no diagnóstico
diferencial. A biópsia e cultura são procedimentos escolhidos para exclusão de outras lesões.
Histologicamente, trata-se de uma lesão benigna formada por células inflamatórias e células fusiformes,
imersas em um estroma fibroso. A imuno-histoquímica contribui para confirmação diagnóstica. O
tratamento do PTI varia de acordo com a localização e o grau de invasão. Ressecção cirúrgica ou terapia com
esteroides são as mais indicadas. O PTI apresenta curso e evolução bastante variáveis, ocorrendo recidiva
local em 25% dos casos, com raros relatos de metástases à distância e remissões espontâneas. Relato de
Caso: Relatamos o caso de um homem de 50 anos que em fevereiro de 2013 notou incômodo na região
temporal à direita. Ao exame físico, em abril de 2013, apresentava assimetria facial, com aumento de
volume da região temporal à direita. Realizou TC, que mostrou imagem expansiva sólida de limites mal
definidos e destruição óssea, com epicentro no espaço mastigador direito, medindo 6,9cm. Foi realizada
biópsia da lesão. O exame anátomo-patológico sugeriu tratar-se de PTI, o que foi confirmado pela
imunohistoquímica. O paciente perdeu seguimento, não recebeu nenhum tipo de tratamento. Retornou 3
meses após a cirurgia, foi repetida a TC, que mostrou redução significativa das dimensões da lesão, não
tendo sido mais observada erosão óssea. Paciente foi avaliado em outro serviço, e foi tratado com
esteróides, entre setembro e dezembro de 2013. Retornou em agosto de 2014, foi submetido à RM, que
mostrou remissão completa da lesão. Considerações Finais: O pseudotumor inflamatório tem apresentação
semelhante à neoplasias malignas expansivas. Portanto, esta patologia deve ser conhecida por todos os
médicos que se proponham a tratar pacientes com câncer.
A IMPORTÂNCIA DO APOIO AOS FAMILIARES NO PROCESSO DE
TL11 TRATAMENTO DO CÂNCER EM UMA CASA DE APOIO, EM SÃO
LUÍS-MA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Raíssa da Silva Santos; Suzanne Marcelle Martins Soares; Mirza Ferreira Lima Barbosa; Brunna Aline
Muniz; Lorena Natali Cardoso Fernandes Caldas; Consuelo Penha Castro Marques .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Raíssa da Silva Santos
Contato: raissasantos-nt@hotmail.com

Introdução: O câncer é uma das doenças crônico-degenerativas que geram mais transtornos ao doente e à
sua família. Isto se justifica nas importantes mudanças no modo de vida do paciente e da família, desde o
âmbito físico até o emocional decorrentes do desconforto ocasionado pela dor, pela desfiguração, pela
dependência e pela perda da autoestima. Nesse processo, a família é apontada como a principal fonte de
apoio e o binômio paciente-cuidador é considerado uma unidade de atenção, de forma que o câncer deve
ser tratado como problema e questão familiar. Considerando o papel dos familiares n esse momento, torna-
se essencial oferecer apoio social ao binômio paciente-cuidador no intuito de dirimir as dificuldades que
estão vivenciando. Relato de Experiência: A Fundação Antonio Brunno-Casa de Apoio a Pacientes com
Câncer, em São Luís-MA, é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que acolhe pessoas
com câncer e acompanhantes que residem no interior do estado Maranhão e estão em tratamento na
capital. A casa oferece acomodação, alimentação e lazer aos residentes. Os acompanhantes colaboram nas
tarefas da casa. Durante a visita, foi possível verificar a existência de um forte vínculo entre os moradores.
Os administradores criaram a instituição por influência de seu filho Antonio Brunno, que faleceu em
decorrência do câncer. Constatou-se, em conversa com os residentes, que a estadia na casa proporciona o
sentimento de pertencimento, o que contribui para a redução do sentimento de perda decorrente da
condição da doença. A s atividades de lazer, as conversas em grupo e as práticas religiosas são, segundo
moradores, importantes recursos de enfrentamento. Considerações Finais: A vivência na casa favorece a
construção de laços após a perda de referências sociais decorrentes das mudanças geográficas. A partilha
de experiências semelhantes aproxima pessoas com histórias de vida diferentes e cumpre a função de
suporte. Dessa forma, ajuda o familiar a amenizar a distância dos entes queridos e o afastamento de suas
atividades rotineiras. Em se tratando dos cuidadores, a calorosa recepção e convivência reduz o sentimento
de estranhamento e aumenta o sentimento de pertencimento. Depreende-se disso que a fundação oferece
aos seus residentes muito mais que abrigo e comida. A casa constitui uma nova família, onde os laços
afetivos tornam-se motivadores na busca da cura.

INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM REGIÃO ANAL


TL12
EM MULHERES DE SÃO LUÍS-MA
Autores: Marília de Oliveira Bringel ; Mariana Santos de Castro; Mariane Fernandes Barbosa; Patrícia
Travassos Cutrim; Maria Bethânia da Costa Chein; Luciane Maria de Oliveira Brito
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Marília de Oliveira Bringel
Contato: marilia.bringel@hotmail.com

Introdução A incidência da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) vem aumentando acentuadamente
nos últimos trinta anos. Estima-se que aproximadamente 50% dos indivíduos com vida sexual ativa entrarão
em contato com o HPV em algum momento de suas vidas, principalmente em região genital. Estudos têm
demonstrado que a infecção por HPV no colo do útero apresentou-se como fator predisponente para a
infecção em outros sítios, principalmente na região anal, visto que ambas as regiões possuem características
histológicas semelhantes, favorecendo o aparecimento de câncer anal. Objetivos: Este trabalho buscou
identificar fatores de risco para a infecção pelo HPV em região anal, bem como comprovar a ocorrência da
contaminação sequencial por HPV no colo do útero e ânus. Métodos: Estudo analítico transversal realizado
entre agosto de 2014 e junho de 2015, em uma população de 45 mulheres entre 14 e 54 anos atendidas no
Centro de Pesquisas Clínicas da Universidade Federal do Maranhão, que apresentaram citologia oncótica
cervical com evidência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e/ou possuíam lesões sugestivas de infecção
anal e/ou cervical pelo HPV. As pacientes foram submetidas a um interrogatório sociodemográfico,
comportamental e ginecológico, bem como a procedimentos de inspeção anal e anuscopia com ácido
acético a 2% e Lugol a 5%, além da coleta de material para realização de citologia anal e identificação de
DNA-HPV na região através do método de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dentre as pacientes com PCR de região anal positiva para
HPV, o subtipo mais encontrado foi o HPV 16, em 50% das pacientes. Tabagismo, etilismo, início precoce da
atividade sexual (até os 15 anos), ter tido mais de 1 parceiro sexual e o não uso de preservativo durante as
relações sexuais, mostraram relevante prevalência entre as mulheres acometidas pelo HPV na região anal.
Ficou também comprovada a associação entre a presença de HPV na região cervical e HPV na região anal
(OR = 28 [1,20 – 648, p = 0,02), comprovando o processo de contaminação sequencial. Conclusão: Os dados
obtidos neste estudo confirmaram os fatores sociodemográficos, comportamentais e ginecológicos já
identificados previamente em outros estudos para a infecção por HPV, além de alertar a importância no
aperfeiçoamento de técnicas de rastreio precoce da infecção, educação sexual e melhorias no
acompanhamento clínico destas pacientes.

PNEUMOCISTOSE E NEUROTOXOPLASMOSE ASSOCIADAS À


TL13
COINFECÇÃO LEISHMANIA/HIV – RELATO DE CASO
Autores: Luciano Vanolli; Elisabeth Coelho Morais; Laís Cristina Aguiar de Castro; Conceição de Maria
Pedrozo e Silva de Azevedo.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Laís Cristina Aguiar de Castro
Contato: laisaguiarcastro@gmail.com

Introdução: A pneumocistose e a neurotoxoplasmose são infecções que acometem principalmente invíduos


imunocomprometidos, de caráter potencialmente fatal. Dentre os pacientes com maior risco de
acometimento estão os pacientes HIV positivo, com baixa contagem de CD4. Objetivos: Descrever um caso
de coinfecção Leishmaniose Visceral - LV/HIV com pneumocistose e neurotoxoplasmose como complicação
fatal. Métodos: Descreve-se um caso de evolução clínica para pneumocistose e neurotoxoplasmose de
paciente imunocomprometido por coinfecção LV/HIV, internado em hospital de referência em Infectologia
do estado do Maranhão, através de acompanhamento clínico e laboratorial, análise de prontuário e coleta
de dados. Resultados: G.R.F., 47 anos, masculino, pardo, pintor, natural e residente em São Luís-MA, com
diagnóstico prévio de HIV desde 2006, em uso irregular de TARV, internado em 04/2015. Paciente relata
início dos sintomas em 12/2014 apresentando tosse, dispneia, hepatoesplenomegalia, dor abdominal
difusa, febre persistente, anorexia, diarreia muco sanguinolenta, perda ponderal. Há 01 ano realizou
tratamento para LV. Exames laboratoriais evidenciaram pancitopenia e mielograma positivo para
Leishmania. Pesquisa de BAAR negativa. Carga viral para HIV de 1.632,439 e CD4 de 72 células/mm3. CT de
crânio demonstrou presença de nodulações mal definidas no hemisfério esquerdo, edema adjacente em
região frontal e lobo temporal esquerdo com colapso de VLE, desvio das estruturas de linha média e
distensão do VLD. No CT de tórax foram observadas bolhas parasseptais e centrolobulares nos lobos
superior e inferior do pulmão D, opacidade nodular com contornos irregulares no lobo superior D e nódulos
de densidade de partes moles nos lobos superior e inferior E. A radiografia de tórax constatou condensação
em base de pulmão D. Durante a internação, realizou tratamento para LV com Anfotericina B lipossomal.
Veio a óbito em 25/04/15 com diagnóstico conclusivo de choque séptico pulmonar, neurotoxoplasmose,
pneumocistose. Conclusão: A pneumocistose e a neurotoxoplasmose são, frequentemente, as primeiras
infecções oportunistas diagnosticadas nos indivíduos com HIV e constituem as principais causas de
mortalidade neste quadro, principalmente por colapso respiratório e encefalite, respectivamente. A
investigação precoce e o uso de métodos acurados, para o diagnóstico da coinfecção LV/HIV, tornam-se
primordiais para a boa condução da terapêutica clínica e bom prognóstico do paciente.
OBESIDADE ABDOMINAL EM ADULTOS ATENDIDOS EM UMA
TL14 CLÍNICA ESCOLA DE SÃO LUÍS (MA), BRASIL: PREVALÊNCIA E
FATORES ASSOCIADOS
Autores: Allanne Pereira Araújo; Janaina Maiana Abreu Barbosa; Rafaella Santos Sabóia; Carlos Eduardo
Pires Galvão
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Allanne Pereira Araújo
Contato: allannep@hotmail.com

Introdução A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública associada a diversos agravos
desencadeados pelo excesso de gordura corporal, principalmente àquela localizada na região abdominal.
Objetivos Determinar a prevalência de obesidade abdominal e verificar associações com fatores
socioeconômicos e estilo de vida em adultos atendidos em uma clínica escola de São Luís - MA. Métodos:
Estudo transversal, retrospectivo e analítico, realizado com 1022 prontuários devidamente preenchidos.
Considerando-se probabilidade de erro do tipo I de 5%, nível de confiança de 95% e poder estatístico d e
80%, foram avaliados 1.022 prontuários que contemplam os critérios de inclusão. Foram coletados dados
socioeconômicos (sexo, idade, estado civil, renda familiar e escolaridade), antropométricos (peso, altura,
Índice de Massa Corporal – IMC, Circunferência da Cintura – CC e Relação Cintura Estatura - RCEst) e estilo
de vida (tabagismo, etilismo, prática de atividade física). Utilizou-se o programa estatístico Stata® 12.0. Foi
realizado o Teste de Qui Quadrado. A associação entre as variáveis foi considerada significante quando valor
de p < 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Maranhão
(CEUMA) com parecer N°976.916.. Resultados: Predominou o sexo feminino (81,5%), com idade de 40 a 49
anos (30,3%) e renda inferior a 01 salário mínimo (45,2%). Quanto à situação conjugal, 58,9% viviam sem
companheiro e 53,6% possuíam ensino médio. Houve maior frequência de não fumantes (96,7%),
sedentários (74,3%) e 74,3% negaram ingestão alcoólica. De acordo com o IMC, o excesso de peso
correspondeu a 77,1% dos casos. Quando avaliados pela CC, 64,2% apresentaram alto risco para
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e segundo a RCEst, 79,8% dos participantes estavam com
risco para obesidade abdominal. Observou-se também que 53,2%, 33,1% e 50,6% dos indivíduos com risco
para obesidade abdominal possuíam ensino médio (p=0,0001), tinham de 40 a 49 anos (p=0,001) e viviam
com companheiro (p=0,0001), respectivamente. Dentre aqueles com excesso de peso, 35,4% tinham de 40
a 49 anos (p=0,001) e 51,5% viviam com companheiro (p=0,002). Conclusão: Estratégias educacionais para
melhorar a qualidade de vida na população são essenciais para redução dos elevados níveis de excesso de
peso.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS HEPATITES VIRAIS NO


TL15
ESTADO DO MARANHÃO ENTRE 2011 E 2014
Autores: Leonel Vieira Silva; Daniella Fahd Jacone; Lara Paraguassu Demes; Thiago Igor Aranha Gomes;
Andressa Oliveira Diniz.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Leonel Vieira Silva
Contato: leonel.991@gmail.com

Introdução: As hepatites virais constituem um grupo de doenças infecciosas cujo espectro clínico é muito
amplo, variando entre formas agudas ou crônicas, que podem evoluir para cirrose ou carcinoma
hepatocelular. Os possíveis agentes etiológicos são os vírus A, B, C, e, em casos raros, D ou E, e a via principal
de transmissão difere na dependência do agente envolvido. Os Vírus A e E são de transmissão fecal-oral,
enquanto os outros variam entre sexual, vertical e sanguínea (seringas e agulhas contaminadas,
hemodiálise). Em geral, as hepatites agudas são de caráter auto limitante, porém, quando se refere aos vírus
B e C, um número significativo pode evoluir para doença crônica. Apresenta grande relevância econômica e
social, tendo em vista sua elevada incidência e prevalência em determinadas faixas etárias, além da
possibilidade de evolução para formas crônicas ou outros agravos de saúde. Objetivos: Conhecer o perfil
epidemiológico, entre os anos de 2011 e 2014, dos pacientes notificados com hepatite viral no Estado do
Maranhão. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, referente ao período de Janeiro de 2011 a Dezembro
de 2014. Foram selecionados os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação
(SINAN), e organizados de acordo com o ano da notificação, sexo, faixa etária e forma clínica. Resultados:
De Janeiro de 2011 a Dezembro de 2014, foram notificados 2651 diagnósticos de hepatite viral, sendo 34,5%
em 2011, 24,6% em 2012, 19,1% em 2013 e 21,6% em 2014. Observou-se equilíbrio entre os sexos: o sexo
masculino foi responsável por 52% das notificações, enquanto o sexo feminino teve 48%. As faixas etárias
predominantes foram entre 0 a 9 anos e 40 e 59 anos, ambas com 26%. Em 57% dos casos, os pacientes
foram diagnosticados com a forma aguda, enquanto 39% dos pacientes diagnosticados portavam o vírus ou
tinham a forma crônica da hepatite. Conclusão: Observa-se discreta redução nas notificações de hepatites
virais no Maranhão a partir de 2011, além da maior ocorrência de casos agudos. As faixas etárias
predominantes provavelmente são conseqüência da etiologia da doença e suas diferentes formas de
transmissão. É possível que a diminuição no número de notificações decorra da redução do nível de
contaminação acidental, por maior preocupação com a biossegurança.

ESCALA DE CLASSIFICAÇÃO DE AUTISMO NA INFÂNCIA: SOB A


TL16
PERCEPÇÃO DE ENFERMEIRAS
Autores: Tayanne Queiroz Porcinio; Andressa Arraes Silva; Thaisa Negreiros de Melo; Lais Gomes Silva
Guajajara; Priscilla Ingrid De Sousa Ferreira; Maria Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Tayanne Queiroz Porcinio
Contato: tayanne.queiroz@hotmail.com

Introdução: O autismo infantil é uma síndrome de alta complexidade por envolver uma variabilidade de
comprometimento no desenvolvimento motor, linguístico, social e cognitivo da criança. Para viabilizar a
assistência a esse público, estudos apontam a Escala de Classificação de Autismo na Infância (CARS) como
um instrumento preciso e claro por tornar a classificação e o reconhecimento do autismo mais fácil, pois
fornece informações sobre o comportamento geral da criança e define a gravidade dos sintomas
apresentados. Objetivos: Analisar a utilização da CARS sob a percepção de enfermeiras, como estratégia
que possibilite uma abordagem que favoreça a participação ativa dos enfermeiros no cuidado à criança
autista. Métodos: Estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa e desenvolvido através do
método de pesquisa-ação. Protagonizado por 4 enfermeiras que atuam no Centro de Atenção Psicossocial
Infantil Juvenil (CAPSij) da cidade de Imperatriz-MA. Foi realizada uma capacitação individual sobre a CARS,
e entregue para cada enfermeira uma cópia desta. Sendo monitoradas enquanto faziam uso da CARS na
assistência. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário com pergunta aberta a respeito da
utilização da CARS a prática profissional. As participantes foram identificadas através de nomes de escritoras
diagnosticadas como autistas. Para a análise dos dados, foi aplicada a técnica de Análise de conteúdo de
Bardin. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética sob o número do parecer 1.073.622. Resultados: Nos
discursos, uma das entrevistadas referiu dificuldade ao analisar e utilizar a escala na assistência de
enfermagem à criança. Mas as demais enfermeiras avaliaram o instrumento como um facilitador na
assistência de enfermagem voltada para as crianças autistas atendidas no CAPSij, e ainda deixaram evidente
a importância deste para elaboração de um plano terapêutico adequado e mais eficaz para cada criança.
Nenhuma das enfermeiras relataram alguma desvantagem na utilização da escala como instrumento a ser
utilizado no plano de cuidados de enfermagem dentro do CAPSij. Conclusão: Dessa forma a pesquisa-ação
contribuiu para aumentar o conhecimento das enfermeiras acerca do autismo e incentivou a adoção de uma
conduta mais sistematizada na assistência de enfermagem voltada às crianças com transtorno de
desenvolvimento, possibilitando através da CARS uma atenção mais detalhada à criança autista e sua
família.

EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO DE ACUPUNTURA EM UMA


TL17
UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL
Autores: Lidiane Moreira Lima Rebouças; Antonia Gabriela Albuquerque Rezende; Hiago Rafael Amorim
Silva; Ilka Luanna Barros Silva; Mércia Leite de Souza
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Lidiane Moreira Lima Rebouças
Contato: lidianemlr@oi.com.br

Introdução: a acupuntura é um recurso terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas em pontos
específicos do corpo, induzindo a liberação de neurotransmissores, resultando em ações analgésicas,
antiinflamatórias e moduladoras sobre o sistema neuroimuneendócrino e sobre as emoções. A Organização
Mundial de Saúde reconheceu diversas disfunções tratadas pela acupuntura nas diversas áreas da saúde.
Desde o início da década de 80, a acupuntura era utilizada na rede pública de saúde de forma fragmentada,
porém, com o reconhecimento dos resultados satisfatórios da mesma, a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (2006) recomendou a adoção desta no Sistema Único de Saúde (SUS),
principalmente na atenção básica. Relato de Experiência: o projeto ”Sem Dor” foi idealizado por uma
médica acupunturiatra, com o objetivo de disponibilizar o atendimento médico acupunturiátrico para
usuários do SUS, fornecendo uma atenção integrativa e individualizada. Assim, em parceria com o curso de
Medicina da Universidade CEUMA, o projeto iniciou suas atividades em um ambulatório da Unidade Mista
do Bequimão (São Luís, Maranhão, Brasil), no ano de 2011. São atendidos pacientes de todas as idades, com
quadros álgicos variados, avaliados criteriosamente (por meio de anamnese, exame físico e de exames
complementares), sendo estabelecido o diagnóstico clínico e elaborado o protocolo de tratamento,
incluindo a terapia farmacológica, se necessária. As sessões, instituídas uma vez por semana, utilizam a
técnica de agulhamento s eco; as agulhas são metálicas, estéreis e descartáveis. Nas sessões (em média 10),
o paciente permanece em posição confortável por 20 minutos; como o tratamento é individualizado, poderá
haver mudanças no número de sessões. Dessa forma, durante os quatro anos do projeto “Sem Dor”, vários
pacientes foram atendidos (média de 1920 atendimentos), observando-se uma série de benefícios relatados
por estes, dentre os quais, rápida e significativa ação analgésica, redução no uso de fármacos, além da
melhora dos aspectos afetivos e da qualidade de vida dos mesmos. Considerações Finais:: Os resultados
positivos do projeto “Sem Dor” evidenciam que a acupuntura é um recurso terapêutico que se adequa
perfeitamente ao princípio de integralidade do SUS, configurando ainda como uma possibilidade concreta
de redução de gastos públicos com a saúde.

MARCAS DA AIDS NA TRAJETÓRIA DE VIDA DE MULHERES


TL18
IDOSAS: LIMITAÇÕES, DESAFIOS E RESILIÊNCIA
Autores: Francisco Dimitre Rodrigo Pereira Santos; Leila Rute Oliveira Gurgel do Amaral; Vinícius Lopes
Marinho; Cláudia Regina de Andrade Arrais Rosa; Camila Carmem Gomes Fernandes .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão e Universidade Federal do Tocantins
Apresentador(a): Francisco Dimitre Rodrigo Pereira Santos
Contato: franciscodimitre@hotmail.com

Introdução: Historicamente a mulher acabou negligenciando a própria saúde para cuidar dos filhos e servir
ao cônjuge sexualmente ficando mais suscetível ao desenvolvimento de doenças; dentre elas a AIDS, a
feminilização da AIDS vem exacerbando-se nas mulheres idosa. A mulher idosa infectada pelo HIV, na
maioria das vezes descobre o diagnostico após o obtido do marido e/ou separação e quando os filhos já
tornaram-se independentes e estruturaram sua família. Objetivos: analisar as marcas da AIDS na vida de
mulheres idosas. Métodos: Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado no SAE - Serviço de A tendimento
Especializado de Imperatriz-MA; aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Tocantins-CEP/UFT com numero de protocolo 105/2014. Fizeram parte da amostra 4 mulheres que foram
entrevistas seguindo um roteiro de entrevista semiestruturada, a coleta foi grava em forma de áudio e
depois transcrita. Para analisar os dados foi utilizada a técnica de analise de conteúdo e os resultados foram
organizados em unidade de registro e unidade de contexto. Resultados: Para organização dos resultados,
os dados foram dispostos em categorias: não pronunciamento do nome da doença - as mulheres nomeiam
a AIDS por outros substantivos (estreitamente negativos); fortalecimento dos laços religiosos e familiares –
as entrevistadas se fortaleceram na religião e acreditam que serão curadas por Deus; após o diagnostico as
relações familiares se fortificaram, buscando nas filhas apoio; convívio com a doença – ao receber o
diagnostico pensavam que i am ser rejeitadas pelos familiares; indícios de resiliência – as protagonistas
realizam o tratamento regularmente e afirmaram serem felizes. Conclusão: As mulheres reportaram
fragilidades quando ao pronunciamento do termo HIV ou AIDS, buscam a cura em forças divinas e apoio nos
familiares em especifico às filhas, sentimentos como medo da rejeição e limitação de desejos, no entanto
as entrevistas mostraram indícios de construção do processo de resiliência.

PERFIL DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS PRESCRITOS EM


TL19
UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)
Autores: Mirlley Cristina Ferreira Borges; Suanne Ferreira Marinho; Sally Cristina Moutinho Monteiro; Ilka
Kassandra Pereira Belfort; Marcia de Souza Rodrigues
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mirlley Cristina Ferreira Borges
Contato: mirlleycfb@hotmail.com

Introdução: Atualmente milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas sociais relacionados ao
abuso de drogas ou álcool e o atendimento a essas pessoas é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
nos Centros de Atenção Psicossocial- álcool e drogas (CAPS-AD), os quais disponibilizam tratamento ao
abuso e dependência de substâncias psicoativas. Os projetos terapêuticos variam de acordo com a avaliação
clínica do paciente, mas na sua maioria os medicamentos psicotrópicos são utilizados. No Brasil, os
medicamentos psicotrópicos são causas frequentes de intoxicação medicamentosa, dentre eles os
benzodiazepínicos, barbitúricos, antidepressivos e anticonvulsivantes. Objetivos: Dessa forma, o presente
estudo tem como objetivo conhecer o perfil de utilização de psicofármacos prescritos e suas associações em
um CAPS-AD. Métodos: A pesquisa foi realizada através da avaliação dos prontuários dos usuários em
tratamento no CAPS-AD do município de São Luís, Estado do Maranhão. A coleta de dados foi realizada no
período de abril a julho de 2015. Os parâmetros levantados foram: sexo, faixa etária, impressão diagnóstica,
os agentes medicamentosos antidepressivos e antipsicóticos prescritos e suas associações. Resultados:
Foram avaliados 110 prontuários de usuários que frequentam periodicamente o CAPS-AD, sendo que 16%
pertenciam ao sexo feminino e 84% ao sexo masculino. A faixa etária mais prevalente foi entre 40-49 anos
(36%). Entre as principais impressões diagnósticas estão os quadros de transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool (F10), sendo os transtornos mentais e comportamentais devidos
ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas - síndrome de dependência (F19.2) a
mais prevalente (23%). A classe terapêutica dos medicamentos mais usados são os
ansiolíticos/anticonvulsivante (41%), os antidepressivos (16%) e os antipsicóticos (15%). O antidepressivo
mais prescrito é a amitriptilina (29%) e o antipsicótico mais prescrito é a risperidona (35%), sendo que a
associação mais frequente com antidepressivo é de amitriptilina com clonazepam e em relação aos
antipsicóticos a associação mais frequente observada foi da risperidona com diazepam. Conclusão:
Verificou-se que o serviço do CAPS-AD atua de forma a buscar a articulação dos projetos terapêuticos e que
a utilização de medicamentos psicotrópicos ocorre na grande maioria dos usuários do serviço. Faz-se
necessário, porém, a realização de ações que promovam o uso racional desses medicamentos, visando a
segurança e eficácia terapêutica.

PREVALÊNCIA DO ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE DO VÍRUS DA


TL20
HEPATITE B EM MUNICÍPIOS MARANHENSES
Autores: Camila Maria Pinheiro de Mello e Silva; Lena Maria Barros Fonseca; Adalgisa de Souza Paiva
Ferreira; Max Diego Cruz Santos; Maria Josélia Diniz Moraes; Jomar Diogo Costa Nunes .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Camila Maria Pinheiro de Mello e Silva
Contato: camilampms@hotmail.com

Introdução: A hepatite B é um grave problema de saúde pública, de curso na maioria dos casos
assintomático, tornando seu diagnóstico muitas vezes tardio e prognóstico desfavorável aos portadores do
Vírus da Hepatite B. Apresenta uma prevalência com ampla distribuição mundial e brasileira e escassos
estudos de soroprevalência com população representativa no Estado do Maranhão. Objetivos: objetivou-se
investigar a prevalência do Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B (HBsAg) nos municípios
maranhenses de Urbanos Santos, Humberto de Campos, Axixá, Morros e Icatu. Métodos: utilizou-se o banco
de dados do “Estudo das Hepatites virais B, C e D nos Municípios de Urbano Santos, Humberto de Campos,
e da Região do Baixo Munim, Maranhão, Brasil”, com uma abordagem quantitativa, delineamento
epidemiológico transversal, realizado no período de março/2012 a julho/2015. Participaram do estudo
3.860 pessoas com idade mínima de 1 ano e residência fixa, no mínimo 6 meses. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário sob o parecer nº 448.731/2013. Resultados:
Encontrou-se uma população com perfil socioeconômico precário, na faixa etária de 20 a 39 anos (29,35%),
e média de idade de 28 anos, maioria feminina (57,9%), solteiros (33,22%) com ensino fundamental
(60,40%), renda familiar de menos de 1 salário mínimo (53,08%), maioria de cor parda (64,69%) e morando
na zona rural (63,32%). Detectou-se uma prevalência para o HBsAg de 3,29% (n=126), uma média de idade
entre os positivos de 38 anos e maior prevalência do H BsAg nas faixas etárias mais elevadas dos 60-79(7%);
e dos 80-99 anos (8%). Conclusão: Constatou-se uma prevalência intermediária nos municípios
maranhenses estudados, diferindo do resultado do Inquérito Nacional de base populacional realizado em
2010, onde as capitais brasileiras foram categorizadas como de baixa prevalência para o HBsAg. Além disso,
acredita-se que a positividade do HBsAg entre participantes com maior média de idade sucedeu-se pelo
período de implantação da vacinação contra a Hepatite B, que no Brasil teve início em meados de 1989,
beneficiando tardiamente essa parcela da população que podem ter sido infectados na fase perinatal ou na
infância, tornando-se portadores crônicos da doença
.
RELAÇÃO DA INTENSIDADE DA DOR COM OS TIPOS DE
TL21
CIRURGIAS ABDOMINAIS ALTAS
Autores: Victor Pereira Lima; Marcela Rangel Almeida; Francisco Dimitre Rodrigo Pereira Santos; Lívia Maia
Pascoal; Pedro Martins Lima Neto .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a Victor Pereira Lima
Contato: pereiravictorufma@gmail.com

Introdução: As cirurgias abdominais altas tem-se tornado cada vez mais rotineiras nos dias atuais,
destacam-se duas entre as mais frequentes: Laparotomia Exploratória e a Colecistectomia. A primeira
consiste em uma incisão cirúrgica da parede abdominal utilizada com fins exploratórios ou terapêuticos, já
a segunda é definida como a retirada da vesícula biliar quando esta se encontra em processo inflamatório.
A dor é uma das complicações mais frequentes no pós-operatório advindo do trauma do ato cirúrgico.
Objetivos: Comparar o nível de dor no pós-operatório entre a Laparotomia Exploratória e a Colecistectomia.
Métodos: Estudo transversal, quantitativo realizado com 30 pacientes divididos em dois grupos:
Laparotomia e Colecistectomia. Os dados foram coletados através de questionários que avaliavam a dor em
uma escala de 0 a 10 em pacientes até o 1º dia de pós-operatório. A seleção dos pacientes foi feita de forma
aleatória, os dados foram analisados pelo o teste t através do programa Bioestat 5.0. Estes dados fazem
parte de um projeto de pesquisa aprovado pelo CEP-UFMA com parecer 629.315 e todos os envolvidos na
pesquisa assinaram o TCLE de acordo com a Resolução n. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados: No grupo referente ao pós-operatório de Laparotomia nota-se um maior número de pacientes
do sexo masculino (86,66%) com média de idade de 39,502, paralelo a isso, no grupo de pós-operatório de
Colecistectomia observa-se a preponderância do sexo feminino (80%) e com média de idade de 42,298. Em
relação à intensidade da dor, os valores encontrados foram média de 5 para Laparotomia Exploratória e
média 2,6 para Colecistectomia. De acordo com os dados coletados foram alcançados um desvio padrão
(DP) de 30,892 e p= 0,0093. Conclusão: Conclui-se, portanto, que o nível da dor é mais acentuado no pós-
operatório de Laparotomia Exploratória em detrimento à Colecistectomia, isso foi constatado pela média 5
da intensidade a dor nos casos de pacientes submetido a Laparotomia. Com estes dados é possível perceber
a importância do acompanhamento pela equipe de saúde no pós-operatório com o constante
desenvolvimento de cuidados à nível interdisciplinar, sejam eles medicamentosos ou não, que visem o alívio
da dor principalmente em pacientes no pós-operatório de Laparotomia Exploratória.
CONHECIMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR POR
TL22
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autores: Thaisa Negreiros de Lima; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Adna Nascimento Souza;
Tayanne Querioz Porcínio; Lais Gomes Silva Guajajara; Maria Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thaisa Negreiros de Lima
Contato: day_beves@hotmail.com

Introdução O Transtorno Bipolar de Humor (TBH) é um distúrbio que, apesar da origem remota, ainda é
pouco discutido pela sociedade, e as discussões são ainda menos evidente quando a doença acomete
adolescente. Sendo a escola um local de vivencia do adolescente e tendo esta, o professor como sujeito
mediador do processo de ensino-aprendizagem, este além de acompanhar a formação intelectual dos
adolescentes precisa estar atento a dificuldades, que podem ser indicativos de problemas de cunho mental,
como o TBH. Objetivos: Analisar o conhecimento dos professores de Ensino Fundamental de um município
do Maranhão acerca do transtorno bipolar na adolescência. Métodos: Estudo descritivo com abordagem
quantitativa realizado em escolas da rede municipal de Imperatriz-MA. A amostra foi composta por 80
professores. Os critérios de inclusão foram: ser professor de 6º ao 9º ano, atuar cotidianamente com
adolescentes. Os critérios de exclusão foram: professores que não completaram os questionários. Foi
aplicado um formulário semiestruturado durante a abordagem direta dos professores com questões
referentes ao conhecimento sobre o TBH e dados do participante. A pesquisa teve aprovação do Comitê de
Ética com o parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Os dados coletados foram tabulados no programa
Microsoft Excel® 2010 para análise estatística e confrontados com a literatura sobre a temática. Resultados:
O número de profissionais aptos a se comunicar usando a LIBRAS é reduzido, o que dificulta a comunicação
Dos professores pesquisados 72,50% possuem conhecimento superficial sobre o TBH. Sobre a gravidade do
TBH, 67,50% assinalaram que essa é uma patologia grave. Ques tionou-se se eles têm algum aluno com esse
tipo de transtorno, 48,75% responderam não saber, 33,75% disseram não e somente 17,50% afirmaram ter
aluno com TBH. Em relação aos sintomas do TBH, a maioria (61,25%) assinalou a agitação, inquietação física
e mental; também foram citados como sintomas dificuldade em focar atenção (60%) e inquietação ou
irritabilidade (60%). Conclusão: O conhecimento dos professores pesquisados acerca do transtorno bipolar
está muito aquém do ideal, evidenciando dessa forma uma necessidade de capacitação para desenvolver a
habilidade do professor em reconhecer e lidar com alunos com os primeiros sinais/sintomas de transtornos
mentais como TBH. Nesse sentido, o enfermeiro poderá elaborar instrumentos educativos para atuar na
escola ofertando treinamento sobre a saúde mental na adolescência ao professor, fortalecendo o vínculo
das escolas com a rede de atenção a saúde mental no município.

VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SUS: UMA ÓTICA


TL23
TRANSDISCIPLINAR
Autores: Andrey Salgado Moraes Filho; Vanessa Samer Siqueira Silva; Raissa Neruza Santana Alves; Nathália
Rabelo Oliveira; Guilherme Araújo Rayol.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andrey Salgado Moraes Filho
Contato: day_beves@hotmail.com

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) surge com uma proposta universal, equânime e integrada
frente a um modelo que há muito já estava fadado ao fracasso, um modelo desigual, verticalizado, de cunho
essencialmente curativo. Diante de tal perspectiva, o VER-SUS (Vivência e Estágios na Realidade do SUS)
configura-se como um dispositivo que permite aos participantes experimentarem os desafios da
concretização do SUS e de seus princípios no cotidiano dos serviços de saúde. Para isso, a
transdisciplinaridade se materializa com uma variável vital durante o processo, uma vez que se preocupa
com a interação entre as disciplinas, promovendo o diálogo e a ideia de interdependência entre os
diferentes profissionais. Relato de Experiência: A vivência foi realizada no período de 16 a 23 de Julho do
corrente ano, estando imersos 43 viventes e 07 facilitadores entre alunos e profissionais das mais diversas
áreas – Medicina, Psicologia, Enfermagem, Odontologia, Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social – fato
que possibilitou a compreensão acerca da essencialidade no que tange a existência de uma equipe
transdisciplinar no processo de promoção de saúde. Os participantes foram divididos em duas modalidades
de grupos, Núcleos de Base (NB) para momentos de discussão sobre temas como: humanização, aspectos
constitucionais sobre o SUS, casos clínicos; e os Grupos de Vivência (GV) para as visitas em loco. Ao longo
do período da imersão os viventes foram colocados frente ao funcionamento dos serviços de saúde em rede,
problematizando as várias dimensões d o processo saúde/doença, e principalmente, distanciando suas
formações da fragmentação do conhecimento em campos disciplinares cada vez mais restritos. Foi possível
conhecer a organização do sistema, suas políticas e programas, o que implicou no reconhecimento da
transdisciplinaridade enquanto ferramenta indispensável às múltiplas dimensões do cuidado.
Considerações Finais: O VER-SUS exerceu um papel fundamental para a construção dos viventes enquanto
agentes de transformação na realidade do Sistema Único de Saúde. As vivências nos serviços de saúde
possibilitaram um melhor entendimento sobre as atividades que competem a uma equipe transdisciplinar,
e a substancialidade de sua existência no processo de promoção de saúde, estabelecendo troca de
conhecimentos dentro das respectivas áreas. A partir disso, foi possível destacar que o SUS conta com vários
serviços interligados que promovem o cuidado integral ao paciente.

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DAS GESTANTES QUANTO À


TL24 ASSISTÊNCIA PRÉ- NATAL, ATENDIDAS EM UMA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS
Autores: Ana Karolina Carneiro Cutrim; Ariane Braga; Carla Caroline Vieira e Silva; Lorena Arruda; Celma
Barros;.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Ana Karolina Carneiro Cutrim
Contato: karolcutrim@hotmail.com

Introdução: A gravidez é uma experiência complexa com aspectos diferentes para cada mulher. Faz-se
necessária uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada, com ações que integrem todos os
níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido. Objetivos:
Avaliar a satisfação das gestantes assistidas pelo pré-natal em uma UBS de São Luís-MA. Métodos: Estudo
descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde
Djalma Marques, referência para o atendimento de gestantes de baixo risco no bairro Matões-Turu, em São
Luís-MA. Participaram do estudo 17 gestantes, entre 18 e 38 anos. O desenvolvimento do estudo ocorreu
conforme as normas da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (MS) e o
projeto de pesquisa já foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade
Ceuma com o número CAAE 41820815.9.0000.5084. Resultados: Quando questionadas acerca do
acolhimento na assistência pré-natal, a maioria das gestantes relataram que se sentem acolhidas na Unidade
de Saúde. Foi possível detectar que esta satisfação descrita pelas gestantes foi obtida por meio de
percepções gerais, levando em consideração tanto a forma como o atendimento é realizado, as
comodidades oferecidas por uma Unidade próxima as suas residências e avaliando os aspectos positivos e
negativos. Quanto à humanização dos profissionais envolvidos no atendimento pré-natal, compreendendo
nesta modalidade todos os profissionais que possuem contato com a gestante e que estão inseridos no
atendimento à necessidade da gestante, pode-se perceber que a maioria das gestantes entrevistadas
sentiram-se ouvidas pelos profissionais, tiveram a percepção que os profissionais dispenderam atenção as
suas queixas e dúvidas. Em relação às dificuldades enfrentadas pelas gestantes e os aspectos que gostariam
que fossem aperfeiçoados, a maioria enfatizou a falta de estrutura e materiais da unidade básica de saúde,
bem como a falta de medicamento na farmácia. Conclusão: Identificou-se que o papel do usuário como
protagonista do sistema de saúde tem impacto direto na melhoria da relação entre ele e o serviço.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO
TL25
HIDROALCOÓLICO DE PERSEA AMERICANA MILL
Autores: Lilaléa Gonçalves França; Emerson Luzas Frazão Sousa; Abner de Oliveira Freire; Vitor Fernandes
Rios; João Batista Santos Garcia; Maria do Socorro de Sousa Cartágenes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Vitor Fernandes Rios
Contato: vitorriosjudo@hotmail.com

Introdução: A evolução da espécie humana sempre esteve associada ao uso e/ou interesse pelo
desenvolvimento de fármacos a partir de produtos naturais, o que ressalta a importância do conhecimento
tradicional para a evolução do conhecimento científico, particularmente os estudos químicos e
farmacológicos, que investigam cada vez mais a eficácia de bioprodutos, principalmente aqueles
empregados na medicina popular com finalidades terapêuticas. A tradição popular e a vontade de obter
alívio para o sofrimento apresentam atualmente um espaço significativo na sociedade, seja pela
automedicação ou pel a indicação medicamentosa credenciada. A espécie vegetal Persea americana
(abacateiro) apresenta indicação de uso popular como regulador hormonal, antifúngico, antinflamatório e
antioxidante, conferindo a mesma um potencial terapêutico. Objetivos: Avaliar a atividade antinociceptiva
do extrato hidroacoólico de Persea americana (EHPA) utilizando o método de contorções abdominais
induzidas por ácido acético. Métodos: O extrato foi obtido por maceração (1:3) utilizando folhas da espécie
pulverizadas e etanol a 70% como solvente. Após jejum de 4 horas, os animais foram divididos
randomicamente em seis grupos e tratados por via oral com EHPA (1, 5 ou 29.4 mg/Kg) ou com o veículo
(salina). Decorridos 30 minutos, todos os animais foram induzidos com ácido acético 0,8% (0,1ml/10g de
peso; via intraperitoneal). A manifestação da dor foi caracterizada por contorções abdominais dos animais
seguidas de torções do tronco e extensão dos membros posteriores, durante 20 minutos, dividindo esse
intervalo de tempo em quatro momentos de 5 minutos de observação. Os resultados foram expressos em
números de contorções realizadas. Resultados: No decorrer da avaliação, o EHPA na dose de 1 mg/Kg foi o
que obteve melhores resultados na diminuição do número de contorções abdominais e, portanto, maior
potência analgésica. As doses de 5 e 29.4 mg/Kg geraram ações analgésicas menos eficazes. Conclusão: O
EHPA reduziu os sinais dolorosos em camundongos induzidos com ácido acético.

AVALIAÇÃO POSTURAL DE ESCOLARES DO ENSINO


TL26
FUNDAMENTAL DE SÃO LUÍS-MA
Autores: Fernando César Vilhena Moreira Lima; Marcus Vinícius Viégas Lima; Hellyne Giselle Reis Madeira.
Instituição(ões): Universidade Ceuma, Faculdade Santa Terezinha e Programa de Pós Graduação em
Ciências da Saúde - UFMA
Apresentador(a): Marcus Vinícius Viégas Lima
Contato: m.viegas.lima@gmail.com

Introdução e Objetivos: O propósito deste estudo foi avaliar a postura dos escolares da rede de ensino
pública e privada da cidade de São Luís-MA. Métodos: Foram selecionadas de forma aleatória, de 29 escolas,
862 alunos com média de idade de 13,2 anos e estatura 154,90 cm. O registro fotográfico foi realizado na
vista posterior e perfil. As imagens obtidas foram digitalizadas e quantificadas através do software
Alcimagem versão 2.1 ®, aplicando os princípios da fotogrametria computadorizada. A tabulação dos dados
e a análise estatística foram realizadas através do programa BIOESTAT 3.0. Resultados: Observou-se uma
prevalência geral de 16,24 % das alterações posturais distribuídas da seguinte maneira: 4,2% apresentaram
alteração do ângulo de linha espondiléia (ÂLE), 4,5% do ângulo de desnível de ombros (ÂDO), 5,1% do ângulo
de cifose (ÂCI) e 4,2 % do ângulo de lordose (ÂLO). Conclusão: Desta forma, ressalta-se a importância da
realização de avaliações posturais periódicas no âmbito escolar, com o intuito de prevenir alterações
posturais que possam comprometer futuramente sua qualidade de vida.
ESTRATÉGIA PARA LIDAR COM O ALUNO ACOMETIDO DE
TL27 DOENÇA MENTAL POR PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Autores: Lourival Vitor de Sousa; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Thaisa Negreiros de Melo; Priscilla
Ingrid de Sousa Ferreira; Antoninho Barros Milhomem; Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Lourival Vitor de Sousa
Contato: lourivitor@gmail.com

Introdução: Estudos preveem até o fim da década, uma incidência de 50% de transtornos de ordem mental
na população mundial em todas as faixas etárias e estudos epidemiológicos brasileiros tem revelado
prevalência de desordens psiquiátricas de 10% a 20%, no grupo etário entre 05 e 14 anos. A escola é o local
onde crianças e adolescentes passam boa parte do seu dia, constituindo-se um lugar privilegiado para a
observação, discussão e desenvolvimento de estratégias que permitam adequação e efetivação da
aprendizagem, destacando o professor como protagonista na identificação precoce de sinais e sintomas e
mediador de possíveis tratamentos. Objetivos: Identificar estratégias de professores para lidar com o aluno
acometido de doença mental. Métodos: Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Participaram da
amostra 54 professores que atuam no ensino fundamental do 6º ao 9º ano de escolas da rede municipal de
Imperatriz - MA. A coleta de dados ocorreu em abril de 2015 por meio de um questionário semiestruturado
contendo perguntas objetivas e abertas sobre estratégias de professores frente à doença mental, além de
dados do participante. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel®, versão 2010, de modo a
permitir uma melhor visualização dos dados e apresentados em tabela, em frequência e percentual. A
pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética sob parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Resultados:
uando interrogados 32,5% dos professores responderam conduzir à direção e/ou coordenação pedagógica,
16,25% responderam usar como estratégia encaminhar ao psicólogo ou serviço especializado, 7,5%
assinalaram conversar com os pais ou responsáveis e 11,25% não responderam. Sendo possível perceber
que uma quantidade relevante de professores não fica inerte frente a casos de transtornos mentais, uma
vez que estudos apontam o papel essencial da escola em conhecer e avaliar o potencial e as possibilidades
de efetivação da aprendizagem formal quando houver a presença de transtornos psiquiátricos. Conclusão:
Logo, é possível perceber uma relevante participação dos professores diante da percepção e tomada de
decisão de estratégias para lidar com alunos acometidos de transtornos mentais, corroborando para
efetivação do aprendizado e permanência do aluno no ambiente escolar. Ambiente este onde o enfermeiro
pode oferecer apoio educativo em saúde e norteador, facilitando assim a melhor decisão estratégica e
interligando a escola com a rede de atenção à saúde mental.

“RISCOS OCUPACIONAIS”: RELATO DE EXPERIÊNCIA


OBSERVACIONAL AOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA
TL28
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UMA UNIDADE BÁSICA EM
SÃO LUIS-MA
Autores: Leonizia Antunes Ramos Duarte; Daniela Batalha Jardim Ramos Rocha; Daniel Rocha Pereira;
Thiago Rafael Gonçalves Duarte.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Leonizia Antunes Ramos Duarte
Contato: thiagorgduarte@gmail.com

Introdução: Na busca de primar pela segurança, redução de danos e satisfação dos funcionários dentro do
ambiente de trabalho, foi observado um conjunto de ações como vigilância sanitária, epidemiológica,
promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador. Os riscos ocupacionais são entendidos como
uma ou mais situações no procedimento de trabalho com potencial necessário a originar danos, acabando
com o equilíbrio mental, físico e social dos profissionais. Relato de Experiência: Este relato ocorreu da
observação em uma unidade básica de saúde, no período de 2 meses no ano de 2 014 com os profissionais
da enfermagem, em diversos setores desta unidade. Tais como: ambulatório de enfermagem, sala de vacina,
curativo, pesagem e farmácia, onde estes exerciam papeis fundamentais na assistência e que estão
constantemente expostos aos riscos ocupacionais (físicos, químicos e biológicos) em seu ambiente laboral.
Observou-se ainda que, à medida que o risco biológico em relação à equipe de enfermagem aumenta, torna-
se bastante preocupante, devido à alta exposição a fluidos corpóreos em grande quantidade, além da
dificuldade em manusear e descartar os materiais perfurocortantes. Um outro agravante encontrado em
relação aos riscos químicos, é que mais da metade dos profissionais não sabem reconhecer os mesmos e
também houve uma resistência ao uso de equipamento de proteção individual, bem como, tendo uma
carência de distribuição desse material pela instituição. As Unidades Básicas de Saúde geralmente se
encontram em locais menos favorecidos e distantes, circunstância que beneficia a exposição mediante a
violência oriunda do local. Considerações finais: Dirigir um olhar diferenciado ao profissional da
enfermagem, através da prática de educação continuada por parte da instituição, tanto para manter os
profissionais atualizados como para conhecimento dos mesmos quanto aos riscos ocupacionais que são
submetidos e do seu autocuidado.

EFEITOS METABÓLICOS DO EXTRATO DE JACARANDÁ


TL29 DECURRENS CHAM. EM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME
METABÓLICA EM RATOS INDUZIDOS POR PREDNISONA
Autores: Nathália Torres Araújo; Gustavo Araújo da Conceição; Neemias Neves da Silva; Roberta Sabrine
Duarte Gondim; Mariana Barreto Serra; Iracelle Carvalho Abreu.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Nathália Torres Araújo
Contato: nathalia.torres46@gmail.com

Introdução: A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de disfunções associadas aos
fatores de risco de doenças cardiovasculares, promovido principalmente por intolerância à glicose e
deposição de gordura no fígado e em tecido muscular, ocasionando resistência à insulina. Alguns compostos
exógenos com atividade glicocorticoide como a prednisona são amplamente utilizados na prática clínica
devido aos seus efeitos anti-inflamatórios, antialérgicos e imunossupressores. Porém, quando
administrados em excesso ou por longos períodos podem causar vários efeitos adversos como intole rância
à glicose, RI, hiperglicemia e dislipidemia, atuando principalmente, nos tecidos muscular e hepático. A
espécie J. decurrens Cham., (Bignoniaceae), é frequente no Estado do Maranhão. É usada popularmente, no
tratamento de inflamações e infecções, diabetes, hiperlipidemia e problemas reumáticos. Objetivos:
Analisar os efeitos metabólicos de uma formulação farmacêutica via oral, contendo o extrato hidroalcoólico
de J. decurrens CHAM. e seus efeitos acerca de parâmetros metabólicos, em ratos com síndrome metabólica
induzidos por prednisona. Métodos: Foi preparada uma formulação oral à base do extrato hidroalcoólico de
J. decurrens para estudar seus efeitos sobre a síndrome metabólica induzida por glicocorticoide em ratos.
As alterações metabólicas foram induzidas diariamente por uma solução de prednisona 80mg/kg, via oral,
durante 30 dias e foram avaliadas por monitoramento do peso corporal e consumo de ração, análises
bioquímicas e cálculos dos índices cardiometabólicos (Índice de Castelli I e II e a razão TG/cHDL). Este
trabalho encontra-se aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFMA, registrado sob
o nº do protocolo 23115.012396/2011-15. Resultados: A formulação oral obtida com o extrato
hidroalcoólico de J. decurrens CHAM. foi capaz de melhorar a eficiência alimentar dos animais tratados nas
diferentes doses; evitou alterações nos valores da glicemia, dislipidemia secundária e não causa efeitos
tóxicos nas funções hepáticas e renais. Além disso, promoveu uma redução dos riscos aterogênicos e a
possibilidade de doença cardiovascular, associada à resistência à insulina. Conclusão: Acreditamos que esta
formulação possa ter potencial terapêutico em patologias cujo tratamento exige uso relativamente
prolongado de GC em altas doses, e que também possa contribuir para o tratamento da Síndrome
metabólica e do Diabetes mellitus tipo 2.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE ENTRE CASOS
TL30 NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE CAXIAS, ESTADO DO
MARANHÃO, BRASIL
Autores: Dyego Mondego Moraes; Luciano André Assunção Barros; Bento Berilo Lima Rodrigues Segundo;
Rôlmerson Robson Filho .
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): : Dyego Mondego Moraes
Contato: dyego014@hotmail.com

Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada por um bacilo, o Mycobacterium
tuberculosis. No mundo, é a quarta entre as causas de morte por doenças infecciosas, sendo que o Brasil é
o 19o entre os 22 países mais afetados por essa enfermidade preocupando assim as autoridades sanitárias
até os dias de hoje. O presente estudo descreve o perfil clínico e epidemiológico da doença entre casos
notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, Estado do Maranhão, no período de janeiro de 2012
a dezembro de 2014. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da tuberculose e avaliar o programa de
controle da tuberculose do município de Caxias. Resultados: Verificou-se predomínio da doença em pessoas
do sexo masculino (62,37%), na faixa etária de 35 a 49 anos (29,03%), analfabetos (23,66%) e pardos
(67,74%). A incidência média foi de 38,95 casos por 100.000 habitantes por ano, respectivamente, nos anos
de 2012 à 2014. Com relação aos aspectos clínicos, 93,55% dos doentes apresentaram tuberculose
pulmonar. De todos os casos, a baciloscopia foi realizada em 89,25%; destes, 69,89% apresentaram
resultado positivo. Também foi realizada a radiografia de tórax em 80,65%, sendo que destes, 94% foram
considerados suspeitos. Quanto à evolução dos casos, 75,27% foram curados, ocorreram nove casos de
óbito por tuberculose (4,84%) e cinco casos de abandono (2,59%) do Programa de Controle de Tuberculose
(PCT) do município. Ao se confrontar os dados obtidos no estudo com os parâmetros estaduais, percebe-se
que a incidência caxiense é cerca de 38% maior que a taxa estadual (28,08/100.000 hab), apesar de ser bem
próxima da média nacional. Essa discrepância ,entretanto, pode ser fruto da subnotificação em outros
municípios. Quando se avalia a taxa de mortalidade caxiense, maranhense e brasileira, não há alteração
significativa entre tais valores. De acordo com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a taxa de
cura está inferior à recomendada e a baciloscopia é realizada em ritmo inferior ao sugerido pelo Programa,
podendo contribuir para o baixo percentual de cura. Conclusão: O estudo realizado revelou, quanto à
Tuberculose no município de Caxias: maior prevalência em homens, adultos, pardos, de menor escolaridade
e com Tuberculose pulmonar. Além disso, o Programa de Controle da Tuberculose de Caxias não conseguiu
atingir as metas propostas pelo Ministério da Saúde, provando assim a necessidade de melhora por parte
dos serviços de saúde municipais.

TL31 SÍNDROME DE CHILAIDITI: RELATO DE CASO


Autores: Antonia Dorotheia Rodrigues Rezende; Ariosvaldo Guimarães Gaioso Neto; Maira Beatrice Salmito
Mendes; Fernando Couto Portela; Letícia Rezende da Silva Sobral; Tassia Tajla Pereira Herenio Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Antonia Dorotheia Rodrigues Rezende
Contato: doroth.rezende@hotmail.com

Introdução: Denomina-se síndrome de Chilaiditi a interposição temporária ou permanente do cólon ou


intestino delgado no espaço hepatodiafragmático, causando sintomas. A apresentação isolada e
assintomática é conhecida como sinal de Chilaiditi. Relato de Caso: Paciente sexo feminino, parda, 67 anos,
que recorre ao serviço de urgência por quadro com 07 dias de evolução de dor abdominal em abdome
superior, de forte intensidade, em pontada, progressiva, com leve melhora com uso de sintomáticos. Evoluiu
a dor com alterações do habito intestinal, relatando constipação e episódios diarréicos, asso ciados a
náuseas, vômitos e inapetência. Nega febre. Ao exame físico, apresentava em regular estado geral,
eupnéica, hipocorada(+/4), desidratada(++/4), lúcida e orientada em tempo e espaço, , com taquipneia
(frequência respiratória de 32 ipm), taquicardia (frequência cardíaca de 116 bpm), pulsos amplos e
simétricos, com pressão arterial de 130 × 90 mmHg. Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações.
Abdome distendido, com ruídos hidroaéreos presentes, doloroso a palpação profunda, timpânico a
percussão, presença de peristalse de luta.De imediato, foram solicitados os seguintes exames:Hb:13,7/ Ht:
39,6/ Leuc:4520/Plaq:195000/PCR:1,2/ Na: 136/K: 4,3. Realizou USG de abdome total que evidenciou
distensão colônica difusa com interposição de alça entre diafragma e fígado (sinal de chilaidite), além de
distensão difusa do intestino grosso.optou-se por medidas conservadoras, com dieta zero e hidratação.
Considerações finais: O sinal de Chilaiditi é raro, sua incidência chega a 0,3% em radiografias simples de
tórax e a 2,4% em tomografias computadorizadas de tórax/abdome. Foi inicialmente descrito por
Demetrious Chilaiditi em 1910, como achado acidental na radiografia de tórax, consistindo na interposição
de alças intestinais entre o diafragma e o fígado, sendo por vezes confundido com pneumoperitôneo.
Quando associado à sintomatologia como náuseas, vômitos, dor abdominal ou anorexia, designa-se por
Síndrome de Chilaiditi..O tratamento na maioria dos casos é conservador, com descompressão cólica com
sonda ,nasogástrica, repouso no leito e hidratação, exigindo intervenção cirúrgica quando se complica por
volvo, isquemia intestinal ou dor abdominal persistente.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE AFECÇÕES GÁSTRICAS NO


TL32 ACOLHIMENTO DE USUÁRIOS SUBMETIDOS A ENDOSCOPIA
DIGESTIVA ALTA EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE IMPERATRIZ-MA
Autores: Mayra Fernanda Ferreira Costa Silva; Thayson de Sousa Lima; Lucykele Ferraz Gonçalves; Mirian
Nazaré Mesquita Figueira; Arlene Teixeira Medeiros; Maria Aparecida Alves de Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mayra Fernanda Ferreira Costa Silva
Contato: mayyra_fernanda@hotmail.com

Introdução: O estômago é um órgão muscular, oco, localizado no trato gastrointestinal superior que
consiste em secretar o suco gástrico, que contém ácido clorídrico, é necessário que a mucosa gástrica esteja
íntegra para realizar seu papel protetor do tecido gástrico. No entanto, fatores como má alimentação, uso
indiscriminado de medicamentos e a infecção por Helicobacter pylori levam a lesão e inflamação da mucosa
gástrica, e assim o surgimento de sintomas dispépticos e desenvolvimento de afecções gástricas graves, que
elevam a morbidade e mortalidade da população acometida. Diante d isso, faz-se necessário a elaboração
de medidas estratégicas com intuito de reduzir as doenças gástricas, como as práticas de educação em
saúde. Relato de Experiência: O presente estudo foi realizado com pacientes submetidos à Endoscopia
Digestiva Alta, em uma sala de espera do Serviço de Endoscopia de um hospital público de Imperatriz - MA,
no período de junho de 2015. A ação foi dividida em etapas. A primeira consistiu em uma breve
apresentação das discentes e das temáticas a serem abordadas ao longo da educação em saúde. Na segunda
etapa foi proposto que os participantes relatassem suas experiências, favorecendo um ambiente mais
propício a um diálogo. A terceira etapa foi desenvolvida para que expressassem suas dúvidas e anseios sobre
as temáticas. A quarta etapa constituiu-se de orientações e esclarecimento na qual foram abordados:
recomendações para o pré-intra-pós exame; elucidada todas as etapas do procedimento endoscópico;
enfatizada qual a importância do exame e quais morbidades o mesmo pode identificar; a importância da
adesão à terapêutica farmacológica para as afecções gástricas e orientação sobre hábitos alimentares. Na
última etapa foram realizadas perguntas sobre os temas abordados, como forma de avaliar o conhecimento
adquirido pelos usuários. Esta análise permitiu constatar que a experiência da prática de educação em saúde
obteve aceitação satisfatória dos pacientes, em virtude de não terem dificuldade de expor suas dúvidas
diante de outras pessoas. Considerações finais: Espera-se que os acadêmicos e a equipe de saúde possam
por meio de ações criativas e motivadoras fortalecerem as ações de educação em saúde, a fim de
proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes dispépticos, prevenindo complicações como as
neoplasias gástricas e contribuindo de forma efetiva para a diminuição das morbidades gástrica.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE O HELICOBACTER PYLORI
TL33 VOLTADA À USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DE
IMPERATRIZ-MA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Lucykele Ferraz Gonçalves; Antoninho Barros Milhomem; Mayra Fernanda Ferreira Costa Silva;
Kembory Gonçalves dos Santos; Jeane da Silva Almeida; Maria Aparecida Alves de Oliveira
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Lucykele Ferraz Gonçalves
Contato: lucykele2.0@outlook.com

Introdução: O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria gram-negativa cujo mecanismo patogênico
permitiu sua adaptabilidade ao ambiente ácido do estômago, sendo que este consiste na produção de
enzimas como a urease que reage com ácido clorídrico produzindo amônia e elevando o pH estomacal
permitindo que a bactéria se torne resistente e colonize o epitélio gástrico. Epidemiologicamente, a infecção
por H. pylori prevalece na área urbana e acomete mais de 50% da população mundial. Diante disso,
evidenciou-se a relevância da educação em saúde como forma de disseminar conhecimento sobre a
bactéria, sua transmissão e as doenças desencadeados pela mesma permitindo, dessa forma, a prevenção
de novos casos de infecção e consequentes agravos. Em virtude do abordado, o trabalho objetiva relatar
ações de educação em saúde sobre o H. pylori realizadas por acadêmicos de enfermagem com usuários de
um Serviço de Endoscopia Digestiva Alta (EDA) de Imperatriz-MA, no período de maio a junho de 2015.
Relato de Experiência: A educação em saúde se deu a partir da necessidade de esclarecimentos sobre o H.
pylori, tendo em vista o desconhecimento do público sobre a temática, o que foi passível de observação
através das atividades do projeto de pesquisa da Universidade Federal do Maranhão intitulado “Estudo
Clínico e Epidemiológico do Helicobacter pylori e sua Associação com as Afecções Gástricas em Imperatriz-
MA. Inicialmente foram apresentados os acadêmicos e o tema a ser abordado. Em seguida foram elucidadas
as características desse micro- organismo e suas formas de transmissão. Posteriormente, enfatizou-se as
doenças gástricas associadas à bactéria, como gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico. Conseguinte,
ressaltou-se a prevenção: higiene adequada das mãos e dos alimentos, ingestão de água filtrada. Além de
como proceder frente à detecção do H. pylori através da EDA, esclarecendo aos pacientes quando é
recomendado fazer a erradicação da bactéria e importância da adesão ao tratamento. Por fim, abriu-se um
espaço para levantamento de possíveis dúvidas e/ou exposição de experiências sobre o tema..
Considerações finais: Diante do vivenciado, notou-se a relevância da educação em saúde como forma de
promover o indivíduo como protagonista do autocuidado o que possibilita um vínculo do profissional de
saúde com seu cliente, tornando a prestação de assistência holística e humanizada. Além de aproximar os
acadêmicos de enfermagem das necessidades reais dos usuários do serviço.

ADRENALECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA


TL34
FEOCROMOCITOMA, UM RELATO DE CASO
Autores: Bruno William Lopes de Almeida; Débora Sara Neves Lima; James da Silva Rocha Filho; Lucas
Alcobaça Gomes Machado; Iolanda Felipe da Silva; Ana Amélia de Carvalho Melo Cavalcante.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Débora Sara Neves Lima
Contato: desaneli13@hotmail.com

Introdução: Feocromocitomas são tumores originários das células cromafins da glândula adrenal,
caracterizada pela autonomia na produção de catecolaminas. Representam uma causa incomum de
hipertensão arterial; porém seu diagnóstico deve ser considerado nos pacientes que apresentem
hipertensão intermitente, resistente, assim como sintomas ou sinais sugestivos. A tríade clássica do
feocromocitoma, associado à hipertensão arterial, é composta por cefaléia, sudorese profusa e palpitações.
O tratamento recomendado é a dissecação da glândula adrenal por procedimento cirúrgico, seja aberto ou
por laparascopia. Relato de Caso:: J.S.A, homem , 26 anos, natural da zona urbana de Teresina, PI. Foi
admitido em um Hospital Público de Teresina com queixa de quadro de paroxismos de sudorese,
taquicardia, calafrio, palpitação, cefaléia e vômitos há seis meses. Os episódios de paroxismos ocorriam
cerca de duas a três vezes por dia, com duração aproximada de 20 minutos, de início súbito, segundo o
paciente.. Ao exame físico apresentou taquicardia (140 bpm) e pressão arterial elevada (184 × 114 mmHg)
e alegou episódios semelhantes nos últimos 2 meses. Após manejo da crise hipertensiva o paciente foi
encaminhado para investigação ambulatorial. Em função da baixa faixa etária, a hipótese de
feocromocitoma foi considerada. Após exame de urina e sangue, foi realizado o exame de imagem e
confirmada suspeita de tumor adrenal secretor de adrenérgicos. Com o diagnóstico de feocromocitoma e já
fazendo uso do preparo medicamentoso adequado (bloqueadores alfa-adrenérgicos para o controle dos
paroxismos) por um período superior a 30 dias, foi realizado procedimento cirúrgico videolaparoscópico, no
qual efetuou-se adrenalectomia esquerda. Evoluiu sem intercorrências no pós-operatório e recebeu alta
hospitalar em bom estado geral, assintomático, com níveis glicêmicos controlados apenas com dieta para di
abético e níveis pressórios estáveis. Considerações finais: O tratamento cirúrgico é a conduta terapêutica
definitiva. A adrenalectomia videolaparoscópica é um método seguro e eficaz oferecendo os benefícios da
cirurgia minimamente invasiva. Estes benefícios incluem tempo cirúrgico aceitável, rápida recuperação pós-
operatória e alta precoce. Comparada com a cirurgia aberta, está associada a menor sangramento intra-
operatório, menor uso de analgésicos no pós-operatório, com tempo operatório semelhante ou até menor.

O ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA À CRIANÇA AUTISTA: UM


TL35
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Andressa Arraes Silva; Naria Neyrian de Fátima Fernandes
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andressa Arraes Silva
Contato: andressinha_arraes5@hotmail.com

Introdução: O autismo ocupa o terceiro lugar, dentre os distúrbios de desenvolvimento infantil e sua
prevalência vem crescendo de forma significativa. Este transtorno global é caracterizado de alta
complexidade por envolver uma variabilidade de comprometimento no desenvolvimento motor, linguístico,
social e cognitivo da criança. Apesar de décadas de pesquisas e investigações, a etiologia do autismo ainda
permanece indefinida. Para auxiliar na identificação de crianças com autismo vem sendo validada no Brasil
a Escala de Classificação de Autismo na Infância (CARS), um dos instrumentos mais utilizado na avaliação de
criança autista, pois permite a classificação do autismo leve, moderado e grave. O enfermeiro deve estar
capacitado para a detecção precoce dos sinais do autismo, e o uso desta escala possibilitará isto. Relato de
experiência: O projeto que resultou na redação deste relato foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal do Maranhão – UFMA sob o número do parecer 1.073.622, acontecido no período
de dezembro de 2013 a junho de 2014 no Centro de Atenção Psicossocial Infantil Juvenil (CAPSij) do
município de Imperatriz – MA. A partir de então por meio de diário de pesquisa, consulta à ficha de triagem,
observação estruturada (pesquisador participante), participação nas atividades clínicas, conversas com os
profissionais, percebeu-se que o papel do enfermeiro no CAPSij, frente à criança autista, está direcionado
apenas para a implementação das terapêuticas do cuidado determinado pelo psicólogo. As enferm eiras
ficavam restritas ao preenchimento dos pequenos espaços das fichas de triagem e não utilizavam outro
instrumento para avaliação e levantamento de diagnósticos de enfermagem. Desse modo buscou-se
orientá-las quanto ao uso da CARS como forma de incentivo à educação continuada e aperfeiçoamento da
avaliação clínica da criança. Considerações finais: A inserção de uma escala para possibilitar a identificação
das características do autismo, na rotina de trabalho dessas profissionais, foi fundamental para estabelecer
maior participação destas no diagnóstico e planejamento terapêutico para cada criança. A ideia norteadora
deste estudo foi a de que ele possa contribuir para aumentar discussões e reflexões sobre as atribuições do
enfermeiro diante da assistência à criança autista, se de fato este profissional está contribuindo para
melhoria da saúde no âmbito psicossocial.
PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE SINTOMAS DO
TL36
TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR EM ADOLESCENTES
Autores: Thaisa Negreiros de Melo; Raquilma Lourdes Dantas Dias Parreão; Adna Nascimento Souza;
Tayanne Queiroz Porcínio; Laís Gomes Silva Guajajara; Maria Neyrian de Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thaisa Negreiros de Melo
Contato: thaisanegreiros@hotmail.com

Introdução: Estudos têm apontado à possibilidade do surgimento do Transtorno Bipolar de Humor (TBH)
em qualquer pessoa a partir da adolescência, evidenciando uma maior incidência nessa faixa etária. Assim,
considerando que a escola é um cenário rico para acompanhar o desenvolvimento psicossocial do
adolescente e o professor o principal agente de observação, o conhecimento sobre essa temática torna-se
importante para estabelecer o diálogo sobre o TBH na adolescência no âmbito escolar. Objetivos Identificar
a visão de professores sobre os sintomas de TBH em adolescentes. Métodos: Estudo descritivo de
abordagem quantitativa, incluindo 80 professores que atuam no ensino fundamental do 6º ao 9º ano de
escolas da rede municipal de Imperatriz-MA. Os dados foram coletados em abril de 2015 por meio de um
questionário semiestruturado contendo perguntas objetivas e subjetivas sobre TBH e estratégias frente ao
TBH, além de dados do participante. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel®, versão 2010,
de modo a permitir uma melhor visualização e apresentados na forma de tabela em frequência. A pesquisa
teve aprovação do Comitê de Ética sob parecer de número 1.014.491 de 31/03/2015. Resultados Dos
participantes pesquisados sobre os sintomas característicos do TBH, 57,5% assinalaram sentir-se ou estar
agitado demais ou excessivamente devagar e 56,25% responderam humor excessivamente animado,
exaltado, eufórico, alegria exagerada, sendo que a maioria (58,75%) assinalou a alternativa de contradições
nas manifestações de conduta repetidamente e alternativamente como características do TBH na
adolescência sendo preocupante, haja vista essa característica estar incluída na síndrome da adolescência
normal proposta por Knobell. Quanto à estratégia para lidar com aluno portador de TBH, 36,25%
responderam maior compreensão, paciência, e/ou trabalho individualizado, por outro lado somando os que
não responderam, não sabem como agir, não utilizam nenhuma estratégia diferenciada tem-se um total de
40%. Conclusão: Evidenciou-se dessa forma uma necessidade da realização de ações educativas que
capacite o professor a enxergar os alunos de forma holística, tendo a percepção de diferenciar as atitudes e
comportamentos esperados para à adolescência do comportamento patológico, adotando assim medidas
cabíveis. Pretendendo-se por meio deste estudo colaborar para o aumento da discussão sobre TBH na
adolescência, no sentido de facilitar e despertar a compreensão sobre a doença.

PERCEPÇÕES DE VIVENTES DO VERSUS ACERCA DO SISTEMA


TL37
ÚNICO DE SAÚDE
Autores: Yuri Lopes Nassar; Bruno Luiz Avelino Cardoso; Samily Natania Alves Meireles Aquino; Rebeca
Costa Castelo Branco.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão, Universidade CEUMA, Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Bruno Luiz Avelino Cardoso
Contato: yuriln@hotmail.com

Introdução: O VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde) caracteriza-se por
um estágio de imersão com o objetivo de que você conheça o Sistema de Saúde Brasileiro, através de
diversos encontros na rede local/regional. Além disso permite que você possa trocar experiências com os
atores da rede, com integrantes de movimentos sociais e estudantes (graduação, residentes, ensino técnico
em saúde), contribuindo com a Educação Permanente de todas (os) envolvidos. Por ter um caráter de
imersão, no VER-SUS convive-se com um grupo de pessoas, por um breve/intenso período d e tempo (7 a
15 dias), compartilhando experiências e convívio coletivo durante todo o tempo. Relato de experiência: O
presente relato de experiência constitui-se como estudo comparativo, realizado no período de 16 a 23 de
Julho de 2015 no Projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS). Utilizou-
se um questionário estruturado (em quatro domínios, sendo eles: “Princípios Doutrinários”, “Princípios
Estruturais”, “Funcionamento do SUS” e, “Conhecimentos Gerais sobre o SUS”), que foi aplicado no período
inicial e final da vivência, composto por 20 questões avaliativas sobre os conhecimentos gerais do SUS. Em
relação à aquisição de conhecimentos básicos, para uma atuação eficaz no Sistema, houve uma alteração
significativa (0,53 - 0,8) enquanto ao processo de aprendizagem no Projeto. Quanto ao conceito de equidade
(0,30 – 0,425) assimilaram corretamente. Na questão sobre a “Participação Social” notou-se maior
compreensão (0,35 - 0,575) do protagonismo dos usuários em Conselhos e Conferências de Saúde.
Observou-se dificuldade quanto aos critérios para os recursos financeiros (0,40 - 0,325), e maior
aprendizagem quanto aos objetivos e atribuições do SUS (0,45 – 0,60). No que tange aos conhecimentos
sobre a Lei 8.080 os viventes apresentaram maior entendimento (0,50 – 0,825) no decorrer do projeto, e
baixa compreensão quanto à criação do SUS (0,45 – 0,30), em contrapartida ampliaram o repertório quanto
a peculiaridade do termo “único” para o SUS (0,50 – 0,575). Considerações finais: Compreende-se que os
viventes do programa demonstraram preparo quanto à sua futura atuação profissional de forma eficaz no
SUS, e maior compreensão quanto ao domínio “Funcionamento do SUS”, podendo ser atentado os
processos de discussão e reflexão teórico-práticas desenvolvidas no Projeto. Consideram-se, criação e
financiamento do Sistema, como fatores preponderantes para exploração nas demais vivências e, o
incentivo à (re)construção de conceitos, como mecanismos essenciais para aprendizagem no VER-SUS.

RELAÇÃO ENTRE RENDA FAMILIAR E QUANTIDADE DE FILHOS:


TL38
ANÁLISE EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Autores: Gissela Santos Lindoso; Felipe de Queiroz Leite; Ercinia Gomes Duailibe Barros; Poliana Vieira
Gomes Caetano; Liane Batista da Cruz Soares; Eduardo Marinho Cavalcante Lima .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Gissela Santos Lindoso
Contato: gisselalindoso@hotmail.com

Introdução: A correlação entre fecundidade e renda é bastante discutida. De maneira geral, famílias com
níveis de renda mais elevados têm menos filhos do que as famílias de baixa renda. Porém essa realidade
vem sendo modificada e a taxa de fecundidade vem caindo, independentemente do nível socioeconômico
ocupado, em todos os Estados brasileiros. Objetivos: analisar a relação entre a renda familiar e a quantidade
de filhos em gestantes assistidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Djalma Marques em São Luís -
Maranhão. Métodos: estudo descritivo, retrospectivo, mediante revisão de literatura e análise dos dados
dos questionários aplicados com as gestantes no período de setembro de 2013 a setembro de 2014. Para a
coleta de dados foi utilizado um questionário formulado pelos preceptores do Pet – Saúde Redes e aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma (parecer nº. 743094). Resultados: das 48
gestantes estudadas, 29 (60,41%) possuíam outros filhos. Com relação à renda, famílias que recebiam até
um salário mínimo e famílias com renda entre dois a quatro salários, tinham entre um e três filhos, sendo a
média de apenas um filho por família. Conclusão: a diminuição na quantidade de filhos por família à medida
que o país vai se urbanizando e a população vai tendo acesso às políticas públicas de educação e saúde,
conscientizando-a quanto a importância do planejamento familiar.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA NA DOAÇÃO DE SANGUE: O PAPEL


TL39
DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Autores: Laís dos Santos Pimentel; Manuela dos Santos Pereira; Leonardo Silva de Melo Aretuza Andrade
Ferrante; Claudia Regina de Andrade Arrais Rosa; Antonia Iracilda e Silva Viana .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): : Laís dos Santos Pimentel
Contato: lais.pimentel@hotmail.com

Introdução: Incentivada no Brasil desde 1940, a doação voluntária de sangue é espontânea quando
motivada para manter o estoque de sangue sem relação com o receptor, e de reposição quando advinda
para atender à necessidade de um paciente repondo o estoque. Entretanto, a dificuldade dos hemocentros
em manter o estoque de sangue para atender às necessidades ainda perdura, já que não há um substituto
para todo o tecido sanguíneo. Isso inclui desvincular-se de antigos moldes, em que o doador só é convidado
a doar quando algum familiar precisar de transfusão. Objetivos: Discutir o papel da educação em saúde para
sensibilizar o voluntariado; Analisar a quantidade de doações de reposição e espontânea no período de
2013-2014. Métodos: A presente pesquisa utilizou como metodologia a pesquisa documental, que foi
realizada no Hemonúcleo de Imperatriz-MA, e teve como base o banco de dados referente aos doadores
dos anos de 2013 e 2014. As informações coletadas referem-se aos tipos de doadores encontrados:
espontâneo (primeira vez e esporádico) e reposição. Posteriormente, os dados foram tabulados e analisados
para permitir uma comparação entre os tipos doadores, bem como a relação com a média nacional e com
a literatura, interligando à necessidade de incentivo a doações. Resultados: Em 2014, a população brasileira
doadora era 1,8% (BRASIL, 2014), enquanto o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (2013) seria
de 3% a 5% para manter os estoques regulares. Em 2013, o total de doadores imperatrizenses era 13303, e
em 2014, 13510; um acréscimo de força inexpressiva de 1,5%. Desse somatório, 48% são doadores de
reposição em 2013 e 45% em 2014, e no Brasil, em 2012, era de 35,5%. Além da importância de ampliar o
número de doadores espontâneos, os dados apontam para a necessidade de sensibilizar o dador de
reposição para se tornar um doador espontâneo. A Educação em Saúde é imprescindível para atrair o
voluntariado, especialmente com programas que objetivem alertar quanto à importância da doação
voluntária, assegurando a ascensão do padrão de qualidade da coleta à transfusão. Conclusão: É
fundamental a dedicação no rompimento com as dificuldades para o aumento do voluntariado capaz de
solidificar um trabalho com maior excelência, exercendo a cidadania, conquistando adesão e fidelização de
doadores e promovendo um vínculo entre doador e serviço.
Pôsteres
POTENCIAL ANTINFLAMATÓRIO E ANTINOCICEPTIVO DE
P01
JACARANDA DECURRENS CHAM. EM ROEDORES
Autores: Mariana Barreto Serra; Thaciane Pinho Sodré; Neemias Neves; Gustavo Araújo da Conceição;
Iracelle Carvalho Abreu; Antonio Carlos Romão Borges.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Gustavo Araújo da Conceição
Contato: maribserra@hotmail.com

Introdução: A espécie Jacaranda decurrens CHAM., (carobinha) apresenta prevalência no Estado do


Maranhão, tendo seu uso popular como cicatrizante, depurativa do sangue e no tratamento de distúrbios
cutâneos causados pela sífilis. Objetivos: Estudar o potencial antinflamatório de antinociceptivo de
Jacaranda decurrens CHAM. em roedores. Métodos: Para testar a atividade anti-inflamatória e
antinociceptiva, obteve-se o extrato hidroalcoólico (EHJ) das folhas pulverizadas da planta pelo método de
maceração em etanol 70% e hidromódulo de 1:10, concentrado, liofilizado e ressuspendido em
propilenoglicol. Para o estudo da inflamação foram utilizados Rattus norvegicus, tratados 1h (salina ou EHJ
250mg/Kg) ou 30min. (indometacina 10mg/Kg) antes da indução do estímulo flogístico por carragenina 1%
(IP). Após 4h foi realizada a contagem global de leucócitos do líquido ascítico em câmara de Neubauer. Na
contorção abdominal e no teste da formalina, camundongos (swiss) de todos os grupos, foram tratados 1h
(salina ou EHJ 100 ou 250mg/Kg) ou 30 min (indometacina 10mg/Kg) antes da aplicação do ácido acético 1%
(IP) ou formalina 1% (intra plantar), sendo calculado o percentual de inibição das contorções abdominais e
da dor por formalina. Resultados: No protocolo de peritonite, o grupo EHJ 250 mg/Kg, reduziu em 25,75%
(2.446,15 leucócitos/mm³) a contagem global de leucócitos em relação ao grupo carragenina (3.294,44
leucócitos/mm³), além de não ter diferido estatisticamente entre os grupos controles salina (1.261,54
leucócitos/mm³) e indometacina (2.022,22 leucócitos/mm³). No teste de contorções abdominais, no
período de 5-10 min, o grupo EHJ 250 mg/Kg reduziu em 67,46% (4,1 contorções/animal) quando
comparados ao grupo salina (12.6 contorções/animal). No teste da formalina, no segundo período de
análise, (tempo 15- 30 min), o tratamento com EHJ (100 e 250 mg/Kg) reduziu, de forma dose dependente,
o tempo do estímulo doloroso, em 50,63% (76,36±17.88seg) e 86,03% (21,61±13.18seg), respectivamente
em relação ao grupo salina (154,67 ± 16,84seg). Conclusão: Sugere- se que a presença de metabólitos
secundários da classe dos taninos e flavonóides no extrato hidroalcoolico das folhas de Jacaranda decurrens
CHAM. possam estar relacionados com a ativação ou inibição de moléculas capazes de reduzir a migração
de células inflamatórias, tal como promover a diminuição do limiar da dor. Este trabalho foi submetido ao
CEUA, sob nº de protocolo: 23115.018269/2014-6.

BIOPROSPECÇÃO DAS FOLHAS DA ESPÉCIE VEGETAL


P02
HIMATANTHUS DRASTICUS (JANAÚBA)
Autores: Gizelli Santos Lourenço Coutinho; Tarciano Nascimento Pereira; Luiz Mario da Silva Silveira;
Antonio Carlos Romão Borges; Marilene Oliveira da Rocha Borges; Roberto Sigfrido Gallegos Olea.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Tarciano Nascimento Pereira
Contato: maribserra@hotmail.com

Introdução: No Maranhão, o extrativismo de Himatanthus drasticus (janaúba) tem adquirindo importância


como uma alternativa de renda para a população, porém poucos estudos são achados na literatura sobre as
folhas desta espécie. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo determinar a composição fitoquímica e de
metais, além de avaliar a atividade antioxidante e microbiológica do extrato hidroalcoólico das folhas da
espécie vegetal Himatanthus drasticus. Métodos: Realizaram-se testes qualitativos para detecção de
metabólitos secundários e a detecção de minerais foi realizada por ab sorção atômica (técnica ICP-OES). Em
relação à atividade antioxidante utilizou-se o método in vitro com DPPH e para a atividade antimicrobiana
foram utilizadas cepas padrão (ATCC) de bactérias gram-positivas (Staphylococcus aureus, Streptococcus
agalacicus), gram-negativas (Pseudomonas aeruginosa,Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus
mirabilis) e leveduras do gênero Candida (C. albicans, C. parapsilosis, C. tropicallis, C.glabrata), através de
testes em difusão no meio sólido e difusão em ágar, determinando-se a Concentração Inibitória Mínima
(CIM). Resultados: Foram encontrados nas folhas de Himatanthus drasticus flavonoides, taninos
condensados, alcalóides, esteróides livre, triterpenos, saponinas, resinas, cumarinas e predominância de
minerais do tipo cálcio, potássio, fósforo e magnésio. A atividade antioxidante apresentou CE50 de 31,62
µg/mL e, na atividade antimicrobiana, houve inibição de todas as cepas testadas a uma CIM de 15 % pela
técnica de diluição em ágar). Conclusão: Esses resultados apresentam dados preliminares, a respeito da
espécie vegetal Himatanthus drasticus, contudo novos estudos devem ser realizados para melhor
esclarecimento sobre a utilização desta espécie pela população maranhense.

EFEITOS DE BORRERIA VERTICILLATA (L.) G. MEY. SOBRE A


P03
NOCICEPÇÃO EM MODELO DE DOR NEUROPÁTICA
Autores: Rosa Helena Moraes Silva; Nathália de Fátima Melo Lima; Alfredo José Barreto Sampaio Júnior;
Lilaléa Gonçalves França; Maria do Socorro de Sousa Cartágenes; João Batista Santos Garcia .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Rosa Helena Moraes Silva
Contato: lenna1911@hotmail.com

Introdução: A dor neuropática ocorre como por lesão ou por doenças que afetam o sistema
somatossensitivo. Seus mecanismos revelam a sensibilização central ou periférica de receptores, redução
dos limiares dos potenciais de açãO e liberação de neurotransmissores excitatórios. A espécie Borreria
verticillata (L.) G. Mey é conhecida como vassourinha de botão, sendo utilizado para reumatismos,
infecções, antipirético e analgésico. Objetivos: Avaliar os efeitos de Borreria verticillata sobre a nocicepção
em modelo de dor neuropática. Métodos: oram utilizadas folhas secas de Borreria verticilla ta, maceradas
com álcool etílico 70% durante 5 dias. Após isso, realizou-se filtração e concentração obtendo-se extrato
hidroalcóolico de Borreria verticillata (EHBV).Para indução da dor neuropática foi realizada constricção do
nervo ciático, através de amarradura em quatro regiões em torno do nervo. Os animais (CEUMA n°05/13,
protocolo 23115.0060401/2013-04) foram divididos em três grupos: constricção (GCT), salina (GSC) e sham
(GS). Os GCTs foram tratados durante 10 dias por via oral com salina 0,1mL/Kg ou EHBV 100mg/Kg,
200mg/Kg e 500mg/Kg, os GSC e GS foram tratados com salina. Avaliou-se a hiperalgesia térmica pelo tail
flick e alodínia mecânica pelos filamentos de Von Frey, no dia 0 (basal), 1, 5 e 10 e após esse período foram
realizadas análises bioquímicas séricas do sangue periférico. Resultados: O EHBV apresentou taninos
condensados, terpenos/esteróides e alcalóides. O EHBV 500 mg/Kg aumentou o tempo de resposta a teste
térmico no 5ºdia em 130% quando comparado ao GSC. O EHBV 100 mg/Kg reduziu a alodínia mecânica em
39,3%, 34,2%, 40,2% e 27,6% em comparação aos GSC, GCT, GS e EHBV 200 mg/kg respectivamente no dia
10. O EHBV 200 no mesmo período de tempo aumentou em 42% a resposta ao teste em comparação ao
grupo GSC e 45,9% em comparação a GS. Ainda no mesmo período de tempo, a dose EHBV 500mg/Kg
reduziu o tempo de resposta ao teste em 42,4% em relação ao grupo GSC, 99,3% em relação ao GCT, 40%
em relação ao GS e em 60% em relação ao EHBV 200mg/Kg. O EHBV nas doses utilizadas, não produziu
alterações nas dosagens de AST, ALT, creatinina, uréia, glicose, colesterol total, HDL e triglicerídeos.
Entretanto, o EHBV 100 diminiu as concentrações da lipoproteína de alta densidade (HDL) em 41,1% quando
comparado ao GS). Conclusão: O tratamento com o EHBV diminui as respostas aos testes de sensibilidade
térmica e mecânica, sugerindo-se dessa forma um potencial analgésico.

ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM


P04
PLANTAS TÓXICAS NA CIDADE DE SÃO LUÍS - MA, BRASIL
Autores: Tássio Rômulo Silva Araújo Luz; José Antonio Costa Leite; Daniela Patrícia Brandão Silveira; Maria
Cristiane Aranha Brito; José Wilson Carvalho de Mesquita; Denise Fernandes Coutinho Moraes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Tássio Rômulo Silva Araújo Luz
Contato: tassioromulo@hotmail.com
Introdução: Muitas plantas apresentam substâncias tóxicas que podem provocar danos à saúde. Segundo o
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) da FIOCRUZ, 60% dos casos de
intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de 9 anos, dos quais 80% são
acidentais. Objetivos: Avaliar o conhecimento de estudantes de escolas municipais de São Luís - MA sobre
plantas tóxicas, bem como realizar conscientização sobre medidas preventivas de acidentes. Métodos:
Trata-se de um relato de experiência dos alunos do Programa de Fitoterapia/UFMA, organizado a pa rtir de
informações sobre plantas tóxicas obtidas durante palestras a alunos do ensino fundamental de escolas
municipais de São Luís - MA sobre fitoterapia. Durante as palestras, foram apresentadas 10 plantas tóxicas:
Comigo-Ninguém-Pode, Mamona, Aveloz, Mandioca-Brava, Pinhão Roxo, Urtiga, Tinhorão, Coroa de Cristo,
Espada de São Jorge e Chapéu de Napoleão e avaliou-se o conhecimento e facilidade de obtenção. Por se
tratar de experiência de ensino-aprendizagem, não houve necessidade da formalização do procedimento
de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Durante o estudo, observou-se que 63% dos alunos
tinham fácil acesso a algumas das plantas tóxicas apresentadas, em casa, na rua ou na escola; 92,5%
desconheciam a toxicidade de pelo menos 3 das plantas tóxicas listadas, sendo as mais frequentes Comigo-
Ninguém-Pode, Tinhorão e Mamona. As plantas Urtiga e Chapéu de Napoleão eram as mais conhecidas dos
estudantes. Comigo-Ninguém -Pode e Aveloz têm emprego ornamental, o que intensifica o risco de
acidentes por ingestão ou contato com partes desses vegetais, principalmente por crianças. Outro fator
relacionado às intoxicações é a ideia comum de que “Se vem da natureza não faz mal”, excluindo a
possibilidade de uma planta causar qualquer dano à saúde, o que torna importante a desmistificação desse
conceito. Para a prevenção de tais acidentes foram realizadas ações educativas, informando sobre a
toxicidade dessas plantas e as medidas de primeiros socorros. Conclusão: erificou-se que o
desconhecimento das espécies vegetais tóxicas, assim como sua facilidade de acesso, são os principais
fatores relacionados à ocorrência de intoxicações. Neste contexto, acredita-se que a melhor forma de
prevenir acidentes é a divulgação das espécies tóxicas em programas educativos junto à população,
contribuindo para a diminuição dos acidentes com as mesmas.

TOXICIDADE AGUDA E CRÔNICA DO EXTRATO AQUOSO DOS


P05
FRUTOS DE MORINDA CITRIFOLIA LINN
Autores: Rosa Helena Moraes Silva; Layne Moreira Bezerra; Nathália de Fátima Melo Lima; Maria do Socorro
de Sousa Cartágenes; Antonio Carlos Romão Borges; Marilene Oliveira da rocha Borges.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Rosa Helena Moraes Silva
Contato: lenna1911@hotmail.com

Introdução: A toxicidade aguda é definida como os efeitos adversos de uma substância que acontecem após
administração de dose única ou múltiplas, dentro de 24 horas e a toxicidade crônica é definida pela
administração repetida para obtenção dos efeitos tóxicos. Morinda citrifolia L. (Noni) apresenta atividade
antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, antiangiogênica, imunomodulatória e antibacteriana.
Objetivos Avaliar a toxicidade aguda e crônica do extrato aquoso dos frutos de Morinda citrifolia. Métodos:
Os frutos da espécie Morinda citrifolia L. foram coletadas e catalogadas sob nº 1386 no Herbário Ático
Seabra, no Campus Bacanga- UFMA. Os frutos foram triturados em turbolizador com água por 10 minutos,
armazenado sob refrigeração por 24 horas, filtrado e concentrado. Foi realizada análise fitoquímica do
extrato aquoso de Morinda citrifolia (EAMC). Para os testes toxicológicos foram utilizados ratos (Comitê de
Ética da UEMA, parecer nº 01/09- CEEA) adultos machos, distribuídos em grupos de 6 animais cada. Para
toxicidade aguda os animais foram tratados por via oral (v.o.), com dose única de 1,0 g/Kg ou 2,0 g/Kg do
EAMC. O grupo controle recebeu NaCl 0,9 % (0,1mL/100g). Durante o período de 14 dias foram avaliados o
peso corporal, o consumo de ração e o comportamento dos animais de acordo com Malone (1997). Para
toxicidade crônica os animais foram tratados com 0,5g/Kg/dia via oral do EAMC durante 30 dias. O grupo
controle recebeu NaCl 0,9 % (0,1mL/100g). Durante esse período foram avaliados o peso corporal, o
consumo de ração e o comportamento dos animais. Posteriormente foi realizada coleta sanguínea para
análises bioquímicas. Resultados: Na análise fitoquímica do EAMC foram detectados fenóis, taninos,
saponinas, flavonas e cumarinas. A toxicidade aguda demonstrou que o EAMC, nas doses empregadas, não
alterou os parâmetros estimulantes ou depressores do sistema nervoso central, alterou a glicose, colesterol
total, HDL, triglicerídeos, uréia, proteínas totais e não causou mortalidade nos animais. A toxicidade crônica
demonstrou que a dose de 0,5g/Kg promoveu aumento de 17.63% na glicemia, 24.38% de proteínas totais,
78.82% uréia, 38.93% de AST quando comparados ao grupo controle). Conclusão: A avaliação da toxicidade
aguda demonstrou que o EAMC não apresenta efeitos toxicológicos, entretanto o tratamento crônico
aumentou a concentração dos parâmetros bioquímicos analisados, sugerindo-se estudos com doses e
tempo de tratamento maiores.

AVALIAÇÃO DO MESOCARPO DO BABAÇU COMO ESPESSANTE


P06
PARA AUXILIAR NA ALIMENTAÇÃO DE PACIENTES COM DISFAGIA
Autores: Fernanda Oliveira Sousa; Lívio César Cunha Nunes; Francisco Cardoso Figueiredo; Laynne Hellen
de Carvalho Leal; Diego Shylton Oliveira Moura; Ana Paula dos Santos Correia Lima da Silva .
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí
Apresentador(a): Fernanda Oliveira Sousa
Contato: nandiveira@yahoo.com.br

Introdução: O babaçu é uma árvore da família das palmaceas Arecaceae. O seu fruto é um coco composto
de quatro partes: epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa. Por ser rico em amido (50 a 60%), estuda-
se esse material na função de adjuvante farmacêutico. O potencial gelificante do amido já é conhecido e
essa característica tem melhorado a qualidade de vida de milhares de pacientes com problemas na
deglutição de alimentos líquidos. Objetivos: Sabendo-se do potencial biológico desta palmeira e da escassez
de estudos que comprovem sua eficiência na indústria de alimentos e medicamentos, este trabalho buscou
obter e caracterizar géis a base de amido do mesocarpo do coco babaçu, para utilizá-lo como espessante no
auxílio da alimentação de pacientes com disfagia. Este estudo visa ainda o desenvolvimento tecnológico
industrial deste material vegetal e a valorização das riquezas regionais. Métodos: Para a obtenção do amido
contido no mesocarpo do coco seguiu-se as etapas de peneiração, lavagem com água, metabissulfito de
sódio 5 g/L, hidróxido de sódio a 0,05 mol/L, álcool etílico e por fim seco em estufa. Para comparação dos
efeitos da purificação nas características do gel, quatro amostras foram analisadas: mesocarpo do babaçu,
sem tratamento, mesocarpo tamisado, amido de mesocarpo purificado e amido farmacêutico. Resultados:
Os resultados mostram que todos os géis formados apresentaram comportamento não newtoniano,
pseudoplástico. O pico de viscosidade do amido do mesocarpo foi de 1443,7 cP a 80,7 °C, muito superior ao
amido farmacêutic o que foi de 79,8 cP a 71,3 °C. o mesocarpo do coco babaçu é considerado um material
vegetal bastante promissor como excipiente na produção de medicamentos e/ou até mesmo como
ingrediente na indústria cosmética ou alimentícia, pois o mesmo apresentou características térmicas e de
gelificação semelhantes às de substâncias já amplamente utilizadas nessas indústrias: o amido e goma
xantana. Conclusão: Finalmente este trabalho amplia o conhecimento das características físico-químicas do
amido do mesocarpo do Babaçu e das suas microestruturais durante o cozimento, em combinação com as
propriedades de transformação dos componentes do amido. Mais testes devem ser realizados a fim de
comprovar seus benefícios fisiológicos na interação alimentar.

AVALIAÇÃO DO EFEITO PROFILÁTICO DE BORRERIA


P07
VERTICILLATA (L.) G. MEY.EM MODELO DE DOR NEUROPÁTICA
Autores: Nathália de Fátima Melo Lima; Rosa Helena Moraes Silva; Lilaléa Gonçalves França; Mariana
Amaral Oliveira; Maria do Socorro de Sousa Cartágenes; João Batista Santos Garcia.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Nathália de Fátima Melo Lima
Contato: n.lima89@live.com

Introdução: A dor neuropática acomete cerca de 7-8% da população mundial e se caracteriza por sintomas
de alodínia e hiperlagesia. Borreria verticillata (L.) G. Mey. é amplamente utilizada no senso comum no
tratamento de diversas patologias e possui ação antiinflamatória e analgésica cientificamente comprovada.
Objetivos: No presente estudo, avaliou-se o efeito profilático do extrato hidroalcoolico de folhas da Borreria
verticillata (L.) G. Mey. (EHBv) por via oral, em modelo experimental de dor neuropática (DN) em ratos.
Métodos: O extrato foi obtido por maceração (1:3) utilizando folhas da espéci e pulverizadas e etanol a 70%
como solvente. Os animais dos grupos PEBv 200 e PEBv 500 foram tratados profilaticamente por via oral
com EHBv nas doses 200 mg/Kg e 500 mg/Kg, respectivamente, durante 15 dias. No mesmo período de
tempo os grupos SEM DN e DN SALINA receberam volume equivalente de NaCl 0.9%. No 16° dia induziu-se
DN nos grupos DN SALINA, PEBv 200 e PEBv 500 através do método de Bennet & Xie (1988), realizando
quatro amarraduras no nervo ciático da pata direita do animal.No grupo SEM DN não houve indução. Os
animais foram avaliados quanto aos sinais comportamentais de dor crônica nos dias 0 (antes do tratamento
profilático), 15 (último dia de tratamento profilático), 17 (primeiro dia após indução) e 21 (quinto dia após
indução) nos testes de alodínia mecânica (Von Frey), hiperalgesia térmica (Placa Quente) e deambulação
forçada (Rotarod test). Este trabalho está aprovado na Comissão Ética no uso de animais (05/13) sob o
protocolo 23115. 006040/2013-04. Resultados: A indução pelo método de quatro amarraduras causou dor
neuropática com os sinais clássicos de alodínia e hiperalgesia significativos. O tratamento profilático com o
EHBv (200 mg/Kg e 500 mg/Kg) aumentou o limiar de dor dos animais no primeiro dia após a indução de
DN, porém no quinto dia de avaliação clínica houve um decréscimo dos valores referentes a alodínia e
hiperlagesia. Conclusão: Conclui-se que o EHBv conferiu efeito protetor em modelo experimental de DN em
ratos, porém sem efeito residual.

PREVALÊNCIA DE AGENTES MICROBIOLÓGICOS EM EXAMES


P08 CITOLÓGICOS REALIZADOS NO NÚCLEO DE IMUNOLOGIA BÁSICA
E APLICADA
Autores: Andrey Salgado Moraes Filho; Marcos Antonio Custódio Neto da Silva; Rebeca Costa Castelo
Branco; Geusa Felipa de Barros Bezerra; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andrey Salgado Moraes Filho
Contato: andrey_salgado10@hotmail.com

Introdução: A flora vaginal normal é constituída por uma grande variedade de microorganismos, que se
modificam durante o processo fisiológico normal de amadurecimento da mulher. A ocorrência de
inflamações e/ou infecções vaginais constituem uma das principais causas de queixas em mulheres que
procuram clínicas ginecológicas, sendo que vaginose bacteriana, candidíases e tricomoníases representam
cerca de 90% das desordens de origem infecciosa do trato genital feminino. O uso do esfregaço cérvico-
vaginal corado pelo método Papanicolau, é um recurso empregado por sua praticidade, baixo custo e colhe
ita de rotina e é utilizado, principalmente, para pesquisa de câncer de colo uterino ou lesões precursoras de
neoplasia cervical, além do rastreio de agentes de DST's e observação de vaginose bacteriana ou
vulvovaginite. Objetivos: Objetivou-se analisar a prevalência de microrganismos relacionados a infecções
genitais em esfregaços cérvico-vaginais coletados de janeiro de 2009 a dezembro de 2012 no Núcleo de
Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) da Universidade Federal do Maranhão. Métodos: Foram analisados 845
exames citopatológicos de mulheres atendidas no Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) da
Universidade Federal do Maranhão entre janeiro de 2009 a dezembro de 2012. Os exames foram realizados
no NIBA pelo citologista e os dados obtidos a partir das fichas de prontuário. A análise estatística foi realizada
com auxílio do programa BioEstat 5.0. Esse projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética do
Hospital Universitário Presidente Dutra sob o parecer 001673/201140. Resultados: Entre janeiro de 2009 e
dezembro de 2012 foram realizados 845 exames citológicos de colo do útero. A prevalência total de agentes
microbiológicos foi de 38,3% (324/845). As prevalências de infecções por Gardnerella vaginalis, HPV,
Candida sp e Trichomonas vaginalis foram de, 23%(195/845), 10% (85/845), 3,67%(31/845) e 0,47%(4/845)
respectivamente. Conclusão: A prevalência de agentes microbiológicos nessa população é significativa. O
exame citológico é importante ferramenta de diagnóstico.

CITOTOXICIDADE INDUZIDA POR FRAÇÃO RICA EM


P09
POLISSACARIDEOS ISOLADOS DO MESOCARPO DE BABAÇU
Autores: Isolda Ribeiro e Silva; Letícia Prince Pereira Pontes; Luce Maria Brandão Torres; Vanessa Fátima de
Oliveira; Flávia Raquel Fernandes do Nascimento; Ana Paula Silva de Azevedo dos Santos.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Isolda Ribeiro e Silva
Contato: isolda.ribeiros@gmail.com

Introdução: Os polissacarídeos de fontes naturais são considerados moléculas modificadoras da resposta


imunológica, participando na ativação tanto da imunidade inata como adaptativa. A Attalea speciosa Mart.
ex Spreng (Babaçu), apresenta constituição rica em polissacarídeo e ensaios biológicos tem demonstrado
propriedades imunomodulatórias, como potencial adjuvante em imunoterapia antitumoral. Objetivos:
Avaliar a capacidade citotóxica da fração rica em polissacarídeos obtida do mesocarpo de babaçu em células
tumorais de Ehrlich. Métodos: Para a extração dos carboidratos totais, o pó do m esocarpo foi submetido à
extração aquosa em banho-maria a 80°C por 15 minutos, em quatro ciclos, obtendo a relação final de
1:120(droga: solvente). Após centrifugação (2500 rpm, 15 min), os sobrenadantes foram concentrados em
rotaevaporador, obtendo um Extrato de Carboidratos totais (ECT). Para obtenção da fração polissacarídica
(FP), foi adicionado etanol PA (3:1 v/v) ao ECT para precipitação dos polissacarídeos. A determinação dos
carboidratos no extrato foi realizada através de testes químicos qualitativos e HPAEC/PAD. E testes
quantitativos para carboidratos (método de Dubois) e proteínas (método de Bradford). Na avaliação de
citotoxicidade foram utilizados métodos de azul de tripam e MTT nas concentrações de 100-1,5 µg/mL.
Resultados: Demonstraram que a concentração de ECT e FP foram de 24,24 e 0,274 mg/mL respectivo. Nos
testes qualitativos foram identificados a presença de carboidratos simples e complexos em ambos os
extratos. Os perfis cromatográficos determinaram a presença de glicose, frutose e sacarose, e o de Bradford
demonstrou 1% de proteínas no extrato. No ensaio de azul de tripam, os resultados demonstraram que
tanto o extrato de ECT e FP apresentaram citotoxicidade apenas nas concentrações mais elevadas (5 e 2,5
ug/ml), com uma frequência de 46% e 60% de células mortas. A FP foi avaliada pelo MTT em dois tempos
diferentes (2 e 4h), os resultados mostraram citotoxicidade de 72% e 21% nos respectivos tempos com a
concentração de 100µg/ml. Em seguida foi determinada a concentração inibitória (IC50), que foi de 24,30
ug/ml e 69,04 ug/ml respectivamente nos tempos de 2 e 4h. Conclusão: De acordo com os resultados pode-
se concluir que o método extrativo utilizado conseguiu extrair o polissacarídeo, mostrando que o extrato
possui em sua maioria polissacarídeos não outros componentes, além de ter uma boa citotoxicidade em
relação as células tumorais.

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE


P10
COM DISLIPIDEMIA
Autores: José Helvécio Sales Júnior; Mariana Bezerra Serra; Gustavo Araújo da Conceição; Neemias Neves;
Nathália Torres Araújo; Iracelle Carvalho Abreu.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Gustavo Araújo da Conceição
Contato: jh.junior@hotmail.com

Introdução: O Seguimento farmacoterapêutico é uma prática profissional em que o farmacêutico se


responsabiliza pelas necessidades do paciente relacionadas aos medicamentos, através da resolução dos
Resultados Negativos a Medicamentos (RNM's), sobretudo no que se refere a distúrbios complexos, como
a dislipidemia, que se caracteriza pela elevação de lipídeos na corrente sanguínea oriunda de fatores
genéticos, epigenéticos e fisiológicos, podendo exigir terapia medicamentosa. Objetivos: O presente estudo
teve como objetivo aplicar o seguimento farmacoterapêutico e avaliar a influência do mesmo na
farmacoterapia de paciente com dislipidemia não controlada. Métodos: Utilizou-se o método Dáder para a
realização do acompanhamento farmacoterapêutico do paciente. Submeteu-se o paciente à uma entrevista
a partir do preenchimento da ficha de adesão, denominada ''Histórico Farmacoterapêutico’’ para
prospecção das possíveis interações medicamentosas e RNM's. O paciente assinou um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Detectado os RNM's, segue-se para a fase de estudo, análise e
intervenção, onde foi elaborado um plano terapêutico. O período de realização do estudo foi entre
Novembro e Dezembro de 2014. Resultados: Utilizou-se o método Dáder para a realização do
acompanhamento farmacoterapêutico do paciente. Submeteu-se o paciente à uma entrevista a partir do
preenchimento da ficha de adesão, denominada ''Histórico Farmacoterapêutico’’ para prospecção das
possíveis interações medicamentosas e RNM's. O paciente assinou um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Detectado os RNM's, segue-se para a fase de estudo, análise e intervenção, onde foi elaborado
um plano terapêutico. O período de realização do estudo foi entre Novembro e Dezembro de 2014.
Conclusão: De acordo com sua proposta, o acompanhamento farmacoterapêutico foi eficaz, sobretudo na
detecção dos RNM's e interações medicamentosas. E através do plano de das sugestões do farmacêutico a
paciente mostrou-se mais ciente e aberta a melhorar seu tratamento.

LEVANTAMENTO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE


P11 MAIOR COMERCIALIZAÇÃO EM UMA DROGARIA DE SÃO LUÍS,
(MA)
Autores: Tarciano Nascimento Pereira; Renatta Belfort de Souza; Nilton Boaes Barbosa; Josefa Cristina da
Silva Tavares; Rosália Moreira dos Santos; Gizelli Santos Lourenço Coutinho.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Tarciano Nascimento Pereira
Contato: tarciano08@hotmail.com

Introdução: Os fitoterápicos constituem uma modalidade de terapia complementar ou alternativa diante


das necessidades de saúde. Apresentam-se como uma alternativa em substituição ou complemento aos
medicamentos sintéticos. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo realizar o levantamento dos
fitoterápicos comercializados em uma drogaria da capital maranhense. Métodos: Constitui-se num
levantamento dos principais medicamentos fitoterápicos consumidos pela população no período de
setembro de 2014 a março de 2015. Resultados: Sendo 2297 fitoterápicos vendidos, com maior venda para
os mese s de dezembro (17,3%), março (16,6%) e janeiro (16%). Assim, ao estratificar os fitoterápicos mais
adquiridos de acordo com a droga vegetal, observou-se que a associações de Cynara scolymus e Peumus
boldus foram as mais procuradas, correspondendo 54,11%. Em seguida, Peumus boldus (23,9%), Mikania
glomerata (6,75%), Hedera helix (4,8%), Papaver somniferum (2,52%), Cordia verbanacea (1,43), Aesculus
hippocastanum (0,74%), Ginkgo biloba (0,71%), Passiflora incarnata (0,65%) e outras (4,39%), como os
fitoterápicos mais vendidos no estabelecimento farmacêutico. As formas farmacêuticas mais dispensadas
foram solução oral (78,5%), xarope (9,14%), cápsula (3%), elixir (2,52%), comprimido (2,09%), pastilhas
(1,22%) e outras (3,5%). Conclusão: Embora o estudo tenha levado em consideração apenas uma drogaria,
apresentou resultados importantes para que se avalie o consumo de fitoterápicos pela população
ludovicense, apontando para uma predominância de venda de medicamentos fitoterápicos para distúrbios
digestivos e respiratórios.

ANÁLISE DO PERFIL DAS PRESCRIÇÕES MÉDICAS EM UMA


P12
FARMÁCIA BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS
Autores: Laís de Nazaré Lobato Gonçalves; Alana Reis da Silva; Renatta Belfort de Souza; Letícia Prince
Pereira Pontes.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Laís de Nazaré Lobato Gonçalves
Contato: laislobato@yahoo.com.br

Introdução: As prescrições de medicamentos devem oferecer aos pacientes informações imprescindíveis


para a completude da segurança terapêutica. A Lei nº 5.991/73 preconiza vários critérios que muitas vezes
são negligenciados pelos prescritores dificultando o ato da dispensação e a orientação farmacêutica, que
contribui para o sucesso do tratamento e a segurança do paciente, segundo a RDC 36/13 da ANVISA.
Objetivos: Analisar as prescrições aviadas em uma farmácia básica do município de São Luís – MA. Métodos:
O estudo foi realizado com 350 prescrições, no período de março a junho de 2015. As prescrições médicas
foram analisadas quanto à existência ou ausência em relação à identificação do usuário, concentrações do
medicamento, data, forma farmacêutica, posologia, identificação do prescritor, assinatura e carimbo,
registro do CRM, descrição do medicamento segundo a DCB (Denominação Comum Brasileira),
especialidade do profissional prescritor, duração do tratamento, ilegibilidade e prescrições em que há ou
não o telefone e endereço do prescritor. Resultados: Das prescrições examinadas, foi observado que todas
(n=350) apresentavam carência de alguma informação. 100% das prescrições continham a identificação do
usuário; Em relação à concentração do medicamento, 24,3% (n=85) não discriminaram esse critério; 26,9%
(n=94) das prescrições, a data de emissão encontrava-se ausente; As prescrições que não apresentavam a
forma farmacêutica foi apenas 7,7% (n=27); Embora seja um erro grave, somente 6% (n=21) não po ssuíam
a posologia; Observou-se que 8% (n=28) estavam sem a identificação do prescritor, assinatura e carimbo,
ou presença do registro CRM; 11,7% (n=41) das receitas abordaram a falta da descrição do medicamento
segundo a DCB; 27,4% (n=96) não apresentavam a especialidade do prescritor; Com relação às prescrições
sem a duração do tratamento, observou-se que 40,6% (n=142) estavam sem esse requisito; Referente à
ilegibilidade foi atestado que 21,7% (n=76) apresentavam essa inconformidade; Identificou-se que nenhuma
das prescrições continha o telefone e o endereço do prescritor. Conclusão: As recomendações da legislação
não são devidamente cumpridas por muitos prescritores, o que pode contribuir para a ocorrência de erros
no ato da dispensação e no uso do medicamento. Estes profissionais devem se conscientizar sobre os riscos
gerados ao paciente, portanto, é imprescindível seguir a legislação vigente no que se refere ao ato da
prescrição.

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE DIABÉTICO


P13
E HIPERTENSO
Autores: Tássio Rômulo Araújo Silva Luz; José Antonio Costa Leite; Maria Luiza Cruz .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Tássio Rômulo Araújo Silva Luz
Contato: tassioromulo@hotmail.com

Introdução: O Diabetes é um distúrbio metabólico caracterizado pela elevação da glicemia devido à


deficiência de insulina, frequentemente associada com a sua resistência. Na hipertensão arterial sistêmica,
temos o aumento da pressão arterial que representa fator de risco para doenças cardiovasculares. Em vista
disso, a Atenção Farmacêutica é uma ferramenta fundamental para o acompanhamento
farmacoterapêutico, principalmente em pacientes diabéticos/hipertensos, que necessitam de cuidados
especiais envolvendo o esquema posológico, armazenamento adequado de medicamentos e alterações no
estilo de vida. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo acompanhar um paciente diabético e
hipertenso em politerapia, buscando detectar problemas relacionados a medicamentos, visando
alternativas que melhorem sua qualidade de vida. Métodos: O acompanhamento empregou o Método
Dáder, onde ocorreu: oferta do serviço, primeira entrevista, fase de estudo, fase de intervenção e avaliação
dos resultados. Resultados: Homem, 58 anos, 1,78 m, 80 kg, diabético há 25 anos, e hipertenso há 16 anos,
com dores articulares e de estomago. Na aferição de sinais vitais, a única constatação foi a hipertensão,
devido valor o elevado e constante da pressão arterial (150/100 mmHg). Nas medidas antropométricas foi
constatado que o paciente está com IMC>25 (sobrepeso), e circunferência abdominal elevada (100 cm)
aumentado risco de complicações metabólicas. Os exames laboratoriais do perfil glicídico (Glicose, HbA1C
e glicemia pós-prandial) encontram-se alterados, mesmo c om o uso de medicamentos. Quanto aos hábitos,
o paciente relatou que consome álcool aos finais de semana e suspende a medicação. O paciente utilizava:
Glibenclamida, Omeprazol, Cloridrato de metformina, Hidroclorotiazida, Losartana potássica, AAS.
Encontraram-se interações medicamentos de importância clínica e constatou-se que o paciente apresentava
dificuldade para utilizar a medicação, caracterizando a não adesão ao tratamento. Para resolução,
realizaram-se intervenções farmacêuticas, produzindo um diário de monitorização, uma cartilha de
recomendações, um guia de farmacoterapia e um porta medicamentos que indicava de maneira mais
prática a forma correta de utilizá-los. Conclusão: Com o seguimento farmacoterapêutico o paciente
conseguiu melhorar a sua qualidade de vida, pôde retirar todas as suas dúvidas e ser orientado não apenas
sobre o uso de medicamentos, como também em hábitos que podem ser modificados.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE AS INTOXICAÇÕES
P14 MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS NO ESTADO DO MARANHÃO, NO
PERÍODO DE 2009 A 2014
Autores: Isadora Léda Braga; João Gabriel Léda Braga; Beatiz Ximenes Mendes; Márcio Cícero de Campos
Estêves
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Gustavo Araújo da Conceição
Contato: isadora_leda@hotmail.com

Introdução: O crescimento da população idosa representa um dos grandes desafios da Saúde Pública no
Brasil. Este grupo populacional se encontra mais propenso a apresentar um número maior de doenças, por
conta disso está exposto a um maior consumo de medicamentos e, consequentemente, aos riscos de sua
utilização excessiva. Além disso, as mudanças características do envelhecimento, que podem comprometer
a ação e a metabolização dos fármacos no organismo, somadas à falta de conhecimento a respeito da
eficácia e da segurança de muitos medicamentos para o organismo delicado dos idosos, aumentam a
probabilidade de ocorrência de intoxicações e efeitos adversos nessa faixa etária. Objetivos: Traçar o perfil
epidemiológico dos casos de intoxicações medicamentosas em idosos no estado do Maranhão, descrevendo
caracteres referentes aos pacientes notificados. Métodos: Estudo transversal baseado em todos os dados
(N =25) relacionados aos casos de intoxicações medicamentosas em idosos (a partir de 60 anos) do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de janeiro de 2009 a dezembro de 2014 notificados no
Maranhão. Dos casos registrados, foram coletadas características previamente selecionadas segundo sua
relevância na formação do perfil: município de notificação, sexo, faixa etária, raça, escolaridade, forma de
intoxicação e evolução. Posteriormente, esses dados foram exportados para o programa Microsoft Excel
versão 2010 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados: O espaço amostral total do
período analisado foi de 25 idosos. Destes 32% foram notificadas no município de Barra do Corda, sendo
68% do sexo feminino. A faixa etária com maior número de registros foi acima de 80 anos (36%). Quanto à
raça, 56% eram pardos. 52% dos pacientes tinham ensino fundamental incompleto. A forma de intoxicação
mais frequente foi a automedicação, correspondendo a 32% do total e a grande maioria dos idosos (96%)
evoluíram para cura sem sequelas). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de
intoxicações medicamentosas em idosos residentes em Barra do Corda, do sexo feminino, acima de 80 anos,
da raça parda, com ensino fundamental incompleto, a forma de intoxicação mais frequente é a
automedicação e a taxa de cura é bastante elevada.

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO REALIZADO NO


P15 PACIENTE COM SÍNDROME METABÓLICA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: Tatiana Alves Miranda; Isolda Ribeiro e Silva; Maria Luiza Cruz.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Tatiana Alves Miranda
Contato: tatymiranda_91@hotmail.com

Introdução: A profissão farmacêutica passou por muitas transformações e insatisfações, desde a botica
onde o farmacêutico era conhecido e respeitado pela população, passando pelo surgimento da indústria
farmacêutica, que foram responsáveis por deixar o farmacêutico apenas como um vendedor de
medicamento e não mais como o manipulador. Diante dessa insatisfação em várias partes do mundo
(Espanha e EUA), surgiu o movimento da farmácia clínica, que visa à aproximação farmacêutico-paciente
primando pela melhoria e adesão do paciente ao tratamento. Objetivos: O objetivo do trabalho é aplicar na
paciente um seguimento farmacoterapêutico de forma a conhecer, analisar e avaliar sua vida terapêutica e
dessa forma intervir caso sua terapia polimedicamentosa, esteja afetando de forma errônea seu tratamento.
Métodos: O método utilizado para intervir na vida da paciente foi o método Dáder, onde se faz uso do
seguimento farmacoterapêutico, que tem como objetivo conhecer a terapia da paciente e dessa forma
identificar os problemas que possam estar ocorrendo, e intervir se necessário. Resultados: A paciente
escolhida era do sexo feminino com 59 anos, moradora da cidade de São Luís, diagnosticada com síndrome
metabólica, e que possuía umas das doenças descontrolada, a paciente faz uso dos seguintes
medicamentos: Sinvastatina-40 mg; Valsartana-320 mg; Glimepirida-4 mg; Metformina-500 mg e
Pantropazol 20 mg. Depois da análise da terapia, foram encontradas interações que não possuíam
significado clínico, e essas interações foram entre Sinvastatina e Pantropazol (medicamento usado
descontinuamente), e a Glimepirida e Metformina, mas os maiores problemas que tinham significado na
sua terapia era o fato dos medicamentos da paciente não guardar de forma adequado seu medicamentos
nem seus exames laboratoriais, o que impossibilitou sabermos quais eram os reais valores dos seus índices,
glicêmicos e de colesterol. Solicitou-se para paciente não fazer mais o uso do Pantoprazol, além da prática
de exercícios para melhora das dores nas articulações e um calendário para que ela pudesse ir
periodicamente ao médico e uma pasta para que ela pudesse guardar e conseguir identificar onde se
encontrava seus exames). Conclusão: Depois do acompanhamento feito com a paciente e visto que todas
as intervenções feitas foram muito bem recebidas, podemos concluir que o acompanhamento feito foi de
grande importância para a paciente, melhorando sua vida.

CUIDADOS FARMACÊUTICOS COM PACIENTE COM SÍNDROME


P16
METABÓLICA
Autores: Roberta Sabrine Duarte Gondim; Nathália Torres Araújo; Maria Luiza Cruz.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Roberta Sabrine Duarte Gondim
Contato: robertasabrine2@hotmail.com

Introdução: Atenção Farmacêutica é um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da


Assistência Farmacêutica. O seguimento farmacoterapêutico é considerado um componente da Atenção
Farmacêutica definido como "um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do
usuário relacionadas ao medicamento, detectando, prevenindo e resolvendo Problemas Relacionados aos
Medicamentos. Objetivos: Atenção Farmacêutica é um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no
contexto da Assistência Farmacêutica. O seguimento farmacoterapêutico é considerado um componente da
Atenção Farmacêutica definido como "um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas
necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, detectando, prevenindo e resolvendo Problemas
Relacionados aos Medicamentos. Métodos: Foi realizado um estudo de caso e descritivo para coleta de
dados, com o emprego do método Dáder. O paciente aceitou a participação da pesquisa por meio da
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. A coleta de dados foi realizada durante
o mês de Junho de 2015, tendo por base as fichas preenchidas durante as entrevistas e os exames
laboratoriais para a complementação. Os registros foram feitos no formulário farmacoterapêutico – método
Dáder. Para discussão dos resultados fora utilizados publicações regulares de periódicos. Resultados: I.V.S,
mulher 79 anos, 1,40 m de altura, 65 kg, IMC de 23,88 kg/m2 , possui ensino fundamental incompleto. É
hipertensa, fazendo uso de anti-hipertensivo há mais de 20 anos, usa medicamentos para diabetes,
colesterol e hipertensão. A usuária relatou não ser etilista, não ser fumante, não realiza atividades físicas no
momento e não faz nenhuma restrição na alimentação. Por ter artrite, queixa-se de dores nas articulações,
recomendou-se acompanhamento especialista e alguns exercícios que auxiliam no tratamento e no alívio
as dores. Conclusão: Verificou-se a grande importância do farmacêutico na intervenção e aconselhamento
sobre problemas de saúde, melhorando a qualidade de vida de pacientes portadores de doenças crônicas.
Neste caso, de acordo com relatos da paciente, o acompanhamento foi de suma importância para que os
medicamentos fossem utilizados de acordo com a necessidade, de forma que os parâmetros bioquímicos
permanecessem dentro da normalidade e associado a outras formas de tratamento como o uso de produtos
naturais, de maneira que o quadro de síndrome metabólica se mantivesse controlado.

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE COM


P17 HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS: RELATO DE
CASO
Autores: Brenda Laleska Pinheiro Alves; Samara Araújo Bezerra; Maria Luiza Cruz.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Brenda Laleska Pinheiro Alves
Contato: brenda.laleska@hotmail.com

Introdução: A polimedicação é necessária em muitos casos e necessita de supervisão devido os riscos de


interações medicamentosas e resultados negativos associados à medicação. Para melhores resultados com
a farmacoterapia, tem-se proposto a realização do seguimento farmacoterapêutico pelo farmacêutico
simultaneamente ao acompanhamento médico. Objetivos: Realizar o Seguimento Farmacoterapêutico com
um paciente escolhido para conhecer suas preocupações de saúde e acompanhar o seu tratamento médico
e, se necessário, propor maneiras de melhorar a sua qualidade de vida. Métodos: Realizou-se o seguimento
farmacoterapêutico utilizando o procedimento descrito no método Dáder obedecendo as seguintes fases:
oferta do serviço; primeira entrevista; análise situacional; fase de estudo; fase de avaliação; fase de
intervenção e entrevistas sucessivas. Resultados: Paciente do sexo masculino, 82 anos e com o seguinte
quadro de doenças: hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e glaucoma. É intolerante a lactose e
apresenta Índice de Massa Corporal de 26,74, enquadrando-se na categoria Pré-obeso.
Em entrevistas realizadas, o paciente apresentou a seguinte média de pressões arteriais:130/90 mmHg e
130/75mmHg. A terapia medicamentosa do paciente é composta por quatro medicamentos: losartana
potássica 50 mg, cloridrato de metformina 850 mg, gliclazida 30mg e maleato de timolol 0,5%. Não foram
encontradas interações medicamentosas de significado clínico. Quanto aos exames laboratoriais, a taxa de
HDL se apresentou baixa. Para melhorá-la e alguns hábitos alimentares inadequados, foi formulado uma
dieta equilibrada. A Hemoglobina glicada apresentou-se muito elevada (10,50%). Níveis maiores que 7%
caracterizam diabetes mal controlada com elevados riscos de complicações crônicas. Devido relato de
episódios de problemas em relação ao uso de medicamentos, ocorrendo trocas entre os mesmos, elaborou-
se um organizador de medicamentos como intervenção farmacêutica). Conclusão: O paciente do presente
trabalho apresentou um quadro clínico estabilizado com poucos níveis alterados. Ele aceitou todas as
intervenções que foram propostas para melhorar sua qualidade de vida. Este trabalho permitiu desenvolver
habilidades de comunicação e responsabilidade social, princípios bioéticos e na promoção da saúde,
possibilitando vivenciar o comprometimento do profissional farmacêutico perante a sociedade.

P18 FÍSTULA ÊNTEROVESICAL: RELATO DE CASO


Autores: Tâmara Aroucha Matos; Sílvio José Moreira Lima; Roseliny de Morais Martins Batista; Tarcísia
Bezerra de Alencar; Viviane Oliveira Arruda Carneiro; Vitor Augusto Ribeiro Oliviera.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Tâmara Aroucha Matos
Contato: tam_aroucha@hotmail.com

Introdução: Fístulas êntero- vesicais (FEV), também conhecidas como vesico-entéricas ou vesico- cólicas,
são patologias pouco frequentes resultantes de comunicação entre bexiga e alças intestinais, decorrentes
de Diverticulite (DVC) em 65% dos casos quando um fleimão ou abscesso estende ou rompe na parede da
bexiga adjacente, causando sintomas característicos de Pneumatúria e Fecalúria, considerados
patognomônicos da enfermidade. A Doença de Crohn ocupa o segundo lugar de causas, seguida das doenças
inflamatórias da pelve, neoplasia colorretal, de bexiga, útero, próstata, trauma, radiação, a lém de
procedimentos iatrogênicos no momento da inversão de Hartmann. O tratamento clínico com associações
de antibióticos, nutrição parenteral total e agentes imunomoduladores tem pouca eficácia, podendo
apresentar efeitos adversos como pancreatite, hepatite e nefrite. Atualmente, o procedimento de escolha
mais utilizado é a ressecção intestinal da porção acometida e anastomose primária da bexiga. Relato de
Caso: V.M.P, 61 anos, masculino, cor branca, casado, natural do município de Viana –Maranhão procurou
atendimento urológico com queixa de disúria intensa e persistente associada a Fecalúria e Pneumatúria que
se inciou em Dezembro de 2014. Foi realizada Videoendoscopia urinária na qual evidenciou área de
hiperemia interna em parede lateral esquerda e a presença de fezes na luz vesical. Foi realizada, ainda, uma
Urotomografia que confirmou diagnóstico de Fístula Vésico-Cólica, sendo o paciente submetido à
intervenção cirúrgica em Janeiro de 2015, com dissecção e rafia primária da fístula com evolução no pós-
operatório sem complicações, obtendo alta hospitalar no quinto dia de pós- operatório. Considerações
finais: Embora a FEV seja pouco frequente e de difícil diagnóstico, devem ser sempre avaliadas as
possibilidades de ocorrência quando se tratar de DVC e demais associações para que se possa chegar a um
tratamento eficaz e rápido, além de descartar associações com infecções do trato urinário, que ocorre com
grande frequência. Estudos demonstraram a possibilidade de um tratamento conservador sem intervenções
cirúrgicas, sendo realizados somente procedimentos medicamentosos de controle e exames radiográficos
de acompanhamento. Outras pesquisas postularam o uso de Octreotide no tratamento de câncer de reto,
obtendo o desparecimento de fístulas secundárias provavelmente em decorrência da vasoconstrição
esplênica e redução de secreções do trato gastrointestinal para bexiga causada pelo medicamento. Exames
radiográficos como tomografia computadorizada, enema opaco de bário e citoscopia são de grande
importância para um diagnóstico preciso e seguro, assim como para avaliações de controle. Portanto, uma
boa anamnese e um exame clínico detalhado fazem jus à importância do diagnóstico precoce da FEV,
evitando maiores intercorrências uma vez que possui alta morbimortalidade.

P19 TESTÍCULO ECTÓPICO EM PACIENTE POLITRAUMATIZADO


Autores: Adriana Aíla Rocha Araújo; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Renata Rebouças Moura;
Hélio Victor Almeida de Oliveira; Francisco Helialdo Sousa de Oliveira Filho; Maitê Dourado Costa.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Adriana Aíla Rocha Araújo
Contato: dricaaraujo2@hotmail.com

Introdução: Testículo ectópico é aquele que está localizado fora do trajeto normal extracanalicular em
direção ao escroto, diferindo dessa forma do testículo criptorquídico, pois este último se localiza fora da
bolsa escrotal, mas permanece em seu trajeto normal. Dados epidemiológicos estimam que 1 em cada 125
meninos apresente alguma forma de criptorquidismo e apenas 10% desses casos são testículos ectópicos.
Nesse sentindo, identifica-se a necessidade de investigar fatores que possam contribuir para a ocorrência
de testículo ectópico a fim de ter um bom prognóstico, visto que o mesmo pode inibir a produção normal
de esperma, além de ser mais vulnerável a lesões e possuir risco 40 vezes maior que a população normal de
degeneração maligna. Objetivos: Ressaltar a importância da avaliação pormenorizada em vítimas do trauma
com o intuito de não retardar o diagnóstico de patologias mais raras e impedir a progressão de lesões nesses
pacientes. Métodos: O estudo realizado foi do tipo descritivo e foi desenvolvido no Hospital Doutor
Clementino Moura- Socorrão II,em São Luís-MA, durante o período de Agosto a Setembro 2014. Resultados:
Paciente J.S, sexo masculino, 33 anos, vítima de acidente automobilístico no município de Pinheiro- MA, em
agosto de 2014. No momento do acidente foi encaminhado via SAMU para o Hospital Regional Antenor
Abreu, onde passou por cirurgia em ombro direito no dia 25 de agosto. Após três dias, o paciente teve
queixas de febre e cefaleia, sendo então solicitada uma TC de crânio. O paciente foi então encaminhado
para Hospital Socorrão II, onde passou por consulta com a clínica neurocirúrgica e foi diagnosticado
hematoma extra-dural fronto basal à direita, fratura em osso frontal acometendo teto orbitário à direita.
Durante a consulta neurocirúrgica observou-se que o paciente se queixava de dor abdominal intensa com
presença de extenso hematoma em região inguinal esquerda. Durante a avaliação da clínica cirúrgica foi
observado uma massa palpável em região inguinal esquerda, sendo então solicitado ultrassonografia de
abdome total que concluiu bolsa escrotal esquerda vazia. O testículo esquerdo se apresentava em posição
alta em topografia do canal inguinal ipsilateral, confirmando o diagnóstico de testículo ectópico. Conclusão:
Ao realizar esse trabalho, tornou-se evidente a dificuldade em nosso meio para diagnóstico de patologias
mais raras, como o testículo ectópico traumático, que por ser incomum, acaba não tendo a importância
devida por parte de muitos profissionais da saúde.

P20 HEMANGIOMA CAVERNOSO MEDIASTINAL: RELATO DE CASO


Autores: Layanna Bezerra Maciel Pereira; Rodrigo Torres da Costa; Maria Iracenny Moura Pessoa Lima;
Layanne Cavalcante de Moura; Kelwim Madson da Silva; Evandro Magno Firmeza Mendes.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Layanna Bezerra Maciel Pereira
Contato: layannamb@hotmail.com
Introdução: 0s hemangiomas mediastinais são tumores vasculares benignos raramente encontrados no
mediastino, entretanto são o tipo mais comum e, que correspondem a aproximadamente 0,5% de todos os
tumores mediastinais. O compartimento anterior do mediastino é mais acometido e o diagnóstico,
geralmente, se dá nas primeiras quatro décadas de vida, com o pico de incidência na primeira década. O
hemangioma cavernoso costuma ser diagnosticado em pessoas acima de 35 anos de idade, tendo sua
incidência igual nos homens e nas mulheres. O objetivo deste trabalho foi descrever as formas de
diagnóstico e tratamento do tumor. Relato de caso: R.F.S., 59 anos, sexo masculino, assintomático,
encaminhado ao ambulatório de cirurgia torácica após achado de imagem radiopaca em radiografia de
tórax, solicitado em consulta de avaliação clínica. Paciente negou tabagismo, doenças prévias e uso de
medicamentos de uso contínuo. A radiografia de tórax apresentou imagem sugestiva de massa tumoral em
ambos os lobos pulmonares superiores. A TC evidenciou discretas opacidades parenquimatosas em vidro
fosco em seguimento anterior do lobo superior do pulmão direito, além de volumosa lesão expansiva sólida
heterogênea, com múltiplas calcificações de permeio, de contornos lobulados e aparência neoplásica,
ricamente vascularizada, apresentando realce inomogêneo pelo meio de contraste, localizada em ápice
torácico esquerdo.Paciente foi submetido à ressecção de tumoração de mediastino na sua extensão cervical
e hilo pulmonar com esternotomia total e abertura da pleura parietal à esquerda. O histopatológico foi
conclusivo para hemangioma artério-cavernoso. Considerações finais: O presente estudo demonstra a
importância de se considerar o diagnóstico de hemangioma em pacientes adultos assintomáticos com
tumores do mediastino, por tratar-se de um tumor vascular benigno extremamente raro de diagnóstico
difícil por exames de imagem, sendo a excisão cirúrgica o procedimento de escolha, tanto para o diagnóstico
quanto para o tratamento.

REMOÇÃO DE MASSA TUMORAL EM MEDULA ESPINHAL A NÍVEL


P21 LOMBAR EM PACIENTE DE 4 ANOS DE IDADE NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUÍS
Autores: Leonardo Silva de Melo; Thalisson Paulo Sousa Madeira; Rayanne Layla Morgado Fonseca; Tárcia
Heliny Nojoza Mendonça; Mônica da Cunha Machado Resende; Maria de Jesus Torres Pacheco.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thalisson Paulo Sousa Madeira
Contato: leonardomelo91@gmail.com

Introdução: As massas tumorais podem comprimir a medula espinhal e pode estar associada a paresias,
parestesias de membros, causando dores locais e encefálicas, de forma a deprimir o estado neurológico do
paciente, podendo surtir efeitos temporários e, quiçá, permanentes. Relato de caso: Paciente L.A.C.,
masculino, 4 anos, residente em São Luís – MA, admitido em 25/05/2015, proveniente da UPA Vinhais.
Levado pela mãe ao HUPD apresentando dor pélvica, parestesia dos MMII e dificuldade para deambular,
sendo indicado procedimento neurocirúrgico na região lombosacral, após o diagnóstico inicial pelo método
de TC de coluna dorsolombar. Após 3 dias de internação, o TC de coluna verificou uma massa sólida, com
impregnação heterogênea pelo contraste, lobulada, medindo cerca de 4,0 x 2,6 x 2,4cm, localizado entre
D11-D12 e L1-L2, com epicentro aparente em partes moles posteriores ao canal medular, porém com
extensão ao mesmo, onde determina perda do plano de clivagem com a medula, apresentando ainda
paresia em MMII, evoluindo com apetite reduzido e perda de percepção ao evacuar. Ao exame físico
apresentou REG, acianótico, anictérico, afebril ao toque, corado, sem edemas, ativo, reativo ao manuseio e
acordado, MV presente, boa e ntrada de ar, sem ruídos adventícios, sem sinais de desconforto respiratório,
FR: 38irpm, RCR, 2T, BNF, no momento sem sopros, pulsos periféricos presentes, TEC < 2seg, FC: 110bpm,
semigloboso, flácido, indolor, não palpo VMG, RHA+, acordado, ativo e reativo ao exame, sem equivalente
convulsivos no momento, pupilas fotorreagentes e isocóricas, redução dos movimentos em MMII (mais à D,
porém com diminuição da forma mais à E), movimentos dos MMSS presentes, não deambula e não senta
há um mês. Considerações finais: Após a exérese da massa em coluna, o paciente foi admitido no leito da
UTI Pediátrica – HUMI em 02/06/2015, sendo tratado com Cefazolina, Morfina 0,1mg/kg/dia e
Dexametasona 0,6mg/kg/dia. O quadro de movimento dos MMII do paciente não obteve melhora com a
cirurgia, sua deficiência deu-se, provavelmente, pela compressão da medula espinhal a nível lombosacral,
apresentando priapismo, em REG, aceitando alimentação, afebril, ativo e reativo ao exame e eupneico.

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL SIMULANDO APENDICITE


P22
AGUDA: RELATO DE CASO
Autores: Fabiolla Maria Martins Costa; Braulio Nunes de Souza Martins Filho; Deise Laine da Silva Costa;
Ludmila Melo da Silva Cardoso; Domingos da Silva Costa.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Fabiolla Maria Martins Costa
Contato: fabiolla_mc@hotmail.com

Introdução: Intussuscepção é uma invaginação de um segmento intestinal para dentro da luz de sua porção
distal. A porção invaginada é chamada de intussuscepto e o segmento que recebe o intussuscepto chama-
se intussuscepiente. Em adultos é uma condição rara, responsável por cerca de 1 a 5% dos casos de
obstrução intestinal, o que faz com que a maioria dos cirurgiões tenha pouca experiência no seu manejo.
Aproximadamente 90% dos casos são secundários à lesão orgânica, diagnosticada, quase sempre, no per-
operatório. É a segunda causa mais comum de abdome agudo em crianças. O quadro clinico caracteriza-se
por dor abdominal, náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal, distensão e massa abdominal palpável.
O diagnóstico é baseado nos achados cirúrgicos. Contudo, exames de imagem e procedimentos
minimamente invasivos podem ser úteis. Relato de caso: A.M.S.P, 65 anos, feminino, hipertensa, com
quadro de dor abdominal há aproximadamente 15 dias, localizada em fossa ilíaca direita, com piora
progressiva, acompanhada de náuseas, hiporexia e diarréia aquosa na ordem de seis a oito episódios
evacuatórios/dia. Nega febre e vômitos. Ao exame físico: abdome em avental, ligeiramente flácido, com
dor, defesa e massa palpável em fossa ilíaca direita. Descompressão brusca positiva. Exames laboratoriais
sem alterações. Ultrassonografia de abdome total: colelitíase (achado incidental) e espessamento parietal
de alças em fossa ilíaca direita. Diagnosticada com abdome agudo inflamatório e indicada laparotomia
exploradora. Na abordagem cirurgica foi realizada incisão de Rockey-Davis, e, após abertura da cavidade
abdominal, encontrada pequena quantidade de líquido seroso na fossa ilíaca direita, apêndice vermiforme
e íleo terminal invaginados para o ceco. Devido ao insucesso na tentativa de redução do intussuscepto
(encarceramento), com o tecido colônico friável e adelgaçado, optou-se por realizar hemicolectomia direita
com anastomose primária íleo-transversa, látero-lateral em dois planos com categute cromado 3.0 e
prolene 3.0. Após término do procedimento, foi realizada abertura da peça cirúrgica. Não foi encontrado
nenhum sinal de malignidade. Considerações finais: A intussuscepção em adultos é uma condição que
desafia o cirurgião, tanto em relação ao diagnóstico, quanto à abordagem adequada. O diagnóstico é difícil
pelo baixo grau de suspeição, associado à sintomatologia subaguda e inespecífica. É quase sempre associada
a uma lesão orgânica e requer tratamento cirúrgico.

HÉRNIA UMBILICAL VOLUMOSA ENCARCERADA: RELATO DE


P23
CASO
Autores: Fabiolla Maria Martins Costa; Braulio Nunes de Souza Martins Filho; Deise Laine da Silva Costa;
Ludmila Melo da Silva Cardoso; Domingos da Silva Costa.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Fabiolla Maria Martins Costa
Contato: fabiolla_mc@hotmail.com

Introdução: As hérnias umbilicais representam entre 4 e 13% das hérnias da parede abdominal, com maior
prevalência à partir da quinta década de vida. Pode manifestar-se como um problema congênito, mas a
maioria (90%) dos casos ocorre na vida adulta de forma adquirida, sendo mais comuns em mulheres. Hérnias
desse tipo tendem a encarcerar e estrangular, sem resolução espontânea. Intervenções cirúrgicas de hérnias
abdominais estão entre os três procedimentos mais realizados nos Estados Unidos, sem dados precisos no
Brasil. O terceiro tipo mais comum de hérnia são as umbilicais, com maior prevalên cia em
afrodescendentes, mulheres e pacientes com condições que levam ao aumento da pressão intra-abdominal.
A maioria das hérnias umbilicais é diagnosticada clinicamente, no entanto, em alguns casos, exames de
imagem podem ser úteis. Relato de caso: J. R. S. O. masculino, 64 anos, lavrador, natural de São Luís,
admitido com queixa de dor e tumoração na região abdominal, há mais de 2 anos. Negava náuseas, vômitos
e alterações recentes do hábito intestinal. Relatava HAS, em tratamento. Paciente obeso, e história mórbida
familiar sem particularidades. Negava alcoolismo, tabagismo, alergias. Ao exame: bom estado geral,
normocorado, hidratado, eupnéico, afebril, normotenso, 120 bpm, 20rpm. Abdome globoso, flácido, com
volumosa hérnia umbilical irredutível, fixa e dolorosa à palpação. Exames laboratoriais dentro dos limites
de normalidade. Foi realizada hernioplastia umbilical com tela. Incisão mediana supra-umbilical, dissecção
e isolamento do saco herniário, seguida de dissecção e isolamento da aponeurose. Abertura do saco
herniário de paredes espessadas, contendo epíplon aderido encarcerado. Liberação das aderências.
Isolamento do saco herniário. Ressecção do saco herniário. Fechamento do peritônio parietal. Fechamento
da aponeurose. Fixação de tela de polipropileno com fio Vycril 2.0, em pontos separados. Colocação de
pontos no subcutâneo junto à tela para redução do EM. Sutura do subcutâneo. Colocação de dreno
tubolaminar no subcutâneo e fechamento da pele seguido de curativo compressivo. Considerações finais:
A hérnia umbilical é causada por um defeito no encerramento da cicatriz umbilical, de forma adquirida, na
maioria dos casos. Entre as principais complicações estão o encarceramento e estrangulamento, sendo o
tratamento cirúrgico o mais indicado para correção do defeito.

AMPUTAÇÕES DE EXTREMIDADES INFERIORES POR DIABETES


P24 MELLITUS: ESTUDO DESCRITIVO REALIZADO EM UM HOSPITAL
DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS-MA
Autores: Tatiana Cristina Fonseca Soares de Santana; Diná Pereira de Sousa; Deise Laine da Silva Costa;
Susana Fernandes Chaves; Thamyris Danusa da Silva Lucena .
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Susana Fernandes Chaves
Contato: sufchaves@hotmail.com

Introdução: O Diabetes Mellitus é considerado um importante problema de saúde pública no Brasil e no


Mundo. As complicações crônicas do diabetes são importantes causas de morbidade e mortalidade e dentre
elas se destacam as amputações de membros inferiores. Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes com
diabetes mellitus, identificar os fatores de risco e a frequência absoluta com que se submeteram a
amputações de membros inferiores. Métodos Realizou-se estudo descritivo transversal. Foram incluídos
neste estudo, pacientes adultos com diabetes mellitus internados no Hospital de Urgência e Emergêcia
Clementino Moura, no Município de São Luís, para serem submetidos à amputação de membros inferiores
por causas não traumáticas e não neoplásicas. Os dados sociodemográficos, clínicos e de hábitos de vida
foram coletados por meio de entrevista individual com os participantes, realizada no período de março a
abril de 2014, utilizando questionário estruturado. Resultados: A amostra foi constituída por 20 indivíduos
entre 50 e 94 anos. Os homens correspondiam a 55% do total, sendo que a maior parte das amputações
estava na faixa etária de 60 a 69 anos, correspondendo 40% do total de entrevistados e 55% eram
analfabetos. Os níveis de amputações pesquisados que mais apareceram foram os metatarsofalangeanas,
num total de 66,8%. Inúmeras variáveis participam da etiologia do diabetes mellitus e de suas complicações,
como características sociodemográficas, ambientais, genéticas, falta de acesso aos serviços de saúde,
duração da doença e comorb idades preexistentes. A maior parte dos fatores de risco relacionados é passível
de prevenção primária com a provisão de cuidados adequados à saúde. Conclusão: Considerando a
realidade atual, que aponta para o aumento exacerbado do número de diabéticos em todo o mundo, e
consequentemente maior morbidade e mortalidade decorrentes de suas complicações, faz-se necessário
oferecer a estes pacientes, suporte integral com acesso a equipes multiprofissionais de saúde, que são
coadjuvantes ao tratamento clínico e medicamentoso. O reconhecimento dos determinantes e dos fatores
intervenientes para o acometimento desse agravo levará à redução dos custos e à melhoria da qualidade da
assistência prestada na rede de serviços de saúde pública.
TUMOR NEUROECTODÉRMICO PRIMITIVO PERIFÉRICO DE
P25
PAREDE TORÁCICA (TUMOR DE ASKIN): RELATO DE CASO
Autores: Layanna Bezerra Maciel Pereira; Rodrigo Torres da Costa; Maria Iracenny Moura Pessoa Lima;
Elaine Pires Ferreira de Ferreira; Antônia Darlene dos Santos Medeiros; Evandro Magno Firmeza Mendes.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Layanna Bezerra Maciel Pereira
Contato: layannamb@hotmail.com

Introdução: O tumor de Askin é um tipo de neoplasia maligna de pequenas células redondas da região
toracopulmonar. É considerado membro da família de tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos
(pPNET) e tipicamente desenvolvem-se a partir do periósteo, tecidos moles e tecido extrapulmonar da
parede torácica. É incomum, representando 4 a 17% dos tumores de partes moles da infância. Eles se
originam a partir células totipotentes da crista neural, devido a uma translocação recíproca t (11,22) (q24
q12) semelhante à presente nos Tumores de Ewing, motivo pelo qual são incluídos na mesma família. O
objetivo deste trabalho foi descrever o quadro clínico, as características de imagem e evolução de um
sarcoma de Ewing/ PNET de parede torácica (Tumor de Askin). Relato de caso: W.M.P.S, sexo masculino, 17
anos, pardo, iniciou quadro de astenia há 6 meses, referindo uso de AINE,sem melhora do sintoma. Há 2
meses apresentou episódio de febre cessada ao uso de antitérmico, além de astenia recorrente. Uma
semana após, evoluiu com febre e cansaço, procurando atendimento médico. Ao exame físico notou-se uma
palidez mucocutânea, dispneia e ausência de murmúrio vesicular em hemitórax esquerdo (HTE). Realizou-
se radiografia de tórax PA e perfil, a qual revelou velamento do 1/3 inferior do HTE, seio costofrênico
obliterado e alargamento do respectivo espaço pleural lateral. Na TC helicoidal de tórax com contraste,
evidenciou-se massa tumoral heterogênea em 5º arco costal esquerdo com intenso realce ao meio de
contraste, maior volume lesional em região in tratorácica e derrame pleural à esquerda. A videotoracoscopia
com biópsia tumoral e drenagem torácica, confirmou o hemotórax e grande massa lobulada de parede
torácica anterior e lateral, atingindo o mediastino. Fez-se a análise imunohistoquímica do tecido, conclusiva
para Sarcoma Ewing/PNET de parede torácica. Foi iniciada quimioterapia, por ser o tratamento inicial de
escolha, visando uma abordagem cirúrgica subsequente. Considerações finais: O presente estudo
demonstra a complexidade que caracteriza o diagnóstico e tratamento dos sarcomas. A importância se dá
pela raridade dos tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos, particularmente, os de parede torácica
e pela necessidade da imunohistoquímica para confirmação diagnóstica.

EXPOSIÇÃO ANAL DE CATETER VENTRICULOPERITONEAL:


P26
RELATO DE CASO
Autores: Taynara Luna de Oliveira; Caroline Carvalho de Araújo; Igor Leonardo Vieira Caetano; Larissa
Gomes Farias; Jonas Brandão Pereira; Elis Raquel da Silva Araújo.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Taynara Luna de Oliveira
Contato: lunna.oliveira@hotmail.com

Introdução: A Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP) é um procedimento cirúrgico que estabelece uma


comunicação entre os ventrículos cerebrais e o peritônio (membrana que recobre a parede abdominal), por
meio de um cateter. Implica no desvio do líquido cefalorraquidiano (líquor) para a cavidade abdominal. A
DVP é um procedimento cirúrgico usado primariamente para tratar uma condição chamada hidrocefalia,
que ocorre quando o excesso de líquido cefalorraquidiano (líquor) é acumulado nos ventrículos do cérebro.
As complicações mais frequentes deste shunt são disfunção e infecções. Os locai s mais frequentes de
perfuração gastrointestinais são sigmoide, seguido de cólon transverso e estômago. Relato de caso: Criança
do sexo feminino, 4 meses de idade nasceu com mielomeningocele e hidrocefalia detectados ainda no pré-
natal. Foi submetida a cirurgia para correção do disrafismo no terceiro dia de vida e derivação ventrículo-
peritoneal (DVP) à direita aos 15 dias de vida. A mãe chegou ao hospital com queixa de que havia percebido
a saída de líquido claro pelo ânus da criança na noite anterior, com posterior projeção de tubo transparente
por onde gotejava este liquido após algumas horas. Referiu, ainda que o bebê estava mais sonolento.
Ao exame, a criança estava afebril, alerta, fontanela anterior deprimida, sem sinais de irritação meníngea.
A proctoscopia mostrou a presença de cateter de DVP exposto em cerca de 10 cm da borda anal.
A radiografia de trajeto evidenciou a perfuração pelo cateter no segmento sigmoide do intestino e seu
percurso até o ânus. A TC de crânio evidenciou a localização do cateter proximal a nível do septo pelúcido,
ausência de sinais de hidrocefalia e depressão da fontanela anterior. A criança permaneceu internada por
15 dias, quando recebeu antibioticoterapia e recebeu alta em excelente estado neurológico, fontanela
normotensa e orientação de retorno ambulatorial. Considerações finais: Diante do exposto, a indicação da
retirada cirúrgica do shunt trouxe um grande benefício para a paciente pela urgência do quadro. Após a
retirada, paciente não teve a necessidade de recolocação da derivação ventrículo-peritoneal.

MALFORMAÇAO ADENOMATÓIDE CÍSTICA PULMONAR EM


P27
RECÉM-NASCIDO: RELATO DE CASO
Autores: Auriane de Sousa Alencar; Juliana Bandeira da Rocha Lima; Gabriela Leal de Carvalho; Stéphannie
Fabiane Borges de Oliveira; Alex Jorge Medeiros Silva; Julião José de Alencar.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí; Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Auriane de Sousa Alencar
Contato: aurialencar@hotmail.com

Introdução: Anormalidade congênita na dicotomização do trato respiratório inferior, onde há crescimento


excessivo dos bronquíolos terminais, resultando em formação de inúmeros cistos e deficiência de alvéolos.
É doença rara, correspondendo a 25% das malformações pulmonares. Apresenta índice de mortalidade de
25% e boa evolução nos casos em que a terapêutica cirúrgica é aplicada. Relato de caso: Paciente recém-
nascido, 13 dias de vida, sexo masculino, foi encaminhado a Hospital infantil de referência para ressecção
de lesão cística adenomatosa no pulmão direito detectado pelo ultrassom gestacional. Ao exame,
apresentava fácies álgica, corado, hidratado, anictérico, bem perfundido e abdome flácido. Tomografia
computadorizada helicoidal do tórax evidenciou formações expansivas sólido-císticas, caracterizadas por
coleções confluentes de paredes parcialmente caracterizadas, exuberantes níveis hidroaéreos de permeio,
ocupando a quase totalidade do hemitórax direito, com discreto remanescente pulmonar aerado disposto
medialmente, além de rechaço contralateral da área cardíaca e mediastino superior. Leucograma
evidenciou linfócitos atípicos com citoplasma basofílico e escasso, vários neutrófilos multissegmentados
com granulações tóxicas finas e alguns monócitos com vacúolos citoplasmáticos. Realizou-se toracotomia
em hemitórax direito com incisão transversa ao nível do lobo superior. Prosseguiram-se com separação das
fissuras horizontal e oblíqua, secção do brônquio do lobo superior direito, lobectomia superior direita, sutu
ra do coto brônquico, revisão de hemostasia e aerostasia, drenagem e fechamento do tórax. Histopatológico
revelou lesões císticas em parênquima pulmonar revestidas por epitélio colunar ciliado sem atípicas, por
vezes, por células mucinosas e parede fibrocolagenizada associada a quadro morfológico compatível com
pneumonia. Iniciou-se esquema de antibiótico. Considerações finais: mbora os autores sejam unânimes em
reconhecer a raridade da doença, não há relatos atestando sua incidência populacional. O diagnóstico pré-
natal, associado a adequado planejamento terapêutico entre obstetras, neonatologistas e cirurgiões
pediátricos, poupa neonatos de desenvolverem síndrome de angústia respiratória imediatamente após o
nascimento, o que poderia ser fatal.

TETRAPARESIA PROGRESSIVA POR MALFORMAÇÃO


P28 ARTERIOVENOSA COM FÍSTULA CERVICAL EM PACIENTE NO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUÍS
Autores: Leonardo Silva de Melo; Thalisson Paulo Sousa Madeira; Talyta Garcia da Silva; Héron Máximo da
Cunha Gonçalves; Tárcia Heliny Nojoza Mendonça; Maria de Jesus Torres Pacheco.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thalisson Paulo Sousa Madeira
Contato: leonardomelo91@gmail.com

Introdução: Desenvolvimento anômalo vascular da circulação fetal com persistência de artérias primitivas
e ausência de capilares pode causar malformações arteriovenosas, sintomatizando, geralmente, na idade
adulta, por meio de fístulas. A taxa de mortalidade é de 10% a 29% após o sangramento. Relato de caso:
Paciente M.I.P.S., feminino, 51, residente em São Luís – MA, admitido em 05/08/2015, relatando
tetraparesia progressiva de início em 27/07/2015, sensibilidade tátil alterada em MMII/MMSS e não
deambulava. Após internação, apresentou sepse em foco urinário por E. Choli, sendo tratado com
Ciprofloxacino. Angiografia cerebral apresentou um pequeno aneurisma em componente arterial da MAV
possivelmente da artéria medular anterior. Ao exame físico realizado no dia 12/08/2015, o paciente
apresentava-se afebril, RCR 2T BNF, FC: 76bpm, pulsos periféricos amplos e simétricos, MVF s/ RA, eupneica
em ar ambiente, ABD flácido, indolor RH+ e ausência de edemas. Conclusão A tetraparesia progressiva
decorreu a partir da dilatação da artéria medula anterior, decorrendo de MAV, comprimindo a medula a
nível cervical causando o quadro clínico supracitado.

PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA FEMORAL COM FÍSTULA


P29
ARTERIOVENOSA APÓS PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO
Autores: Júlia Bezerra Fernandes; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Adriana Aíla Rocha Araújo.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Júlia Bezerra Fernandes
Contato: juliabf_12@hotmail.com

Introdução: Pseudoaneurismas são complicações vasculares caracterizadas morfologicamente, como


dilatações fusiformes ou saculares, representando, provavelmente, uma forma de dissecção, com ruptura
da artéria entre a camada média e adventícia da parede vascular ou resultante de fraqueza da própria
adventícia. Entre as lesões de extremidades inferiores, aparece com frequência em ordem decrescente, a
femoral superficial, poplítea, tibial, femoral comum e femoral profunda. Objetivos: Investigar as
circunstâncias que envolvem a formação de pseudoaneurismas, priorizando a análise dos fatores de risco
ao paciente, bem como a abordagem cirúrgica do caso em questão. Métodos: O estudo realizado foi do tipo
descritivo e foi desenvolvido no Hospital Doutor Clementino Moura – Socorrão II, em São Luís-MA, durante
o período de setembro a outubro de 2014. Resultados: Paciente, A.O.M, sexo masculino, 28 anos, vítima de
perfuração por arma de fogo em face lateral da coxa esquerda no dia 18.09.14, com fratura exposta do
fêmur na qual foi submetido à tração transesquelética, evoluindo com intenso hematoma na coxa esquerda,
não pulsátil e sinais de síndrome compartimental. O paciente foi submetido à arteriografia do membro
inferior esquerdo no dia 24.09.14 com evidência de pseudoaneurisma com fístula arteriovenosa (FAV) entre
a artéria e veia femorais superficiais. O procedimento cirúrgico foi realizado no dia 11.10.14 onde foi feita
uma exploração vascular do membro inferior esquerdo mais ligadura da veia femoral superfical; exérese da
veia safena magna com posterior enxerto arterial femoral superficial – femoral superficial com veia safena
invertida. A cirurgia decorreu durante 4 horas, sem intercorrências, com perfeita anastomose da veia
femoral superficial e enxerto da artéria femoral superficial para reestabelecimento da circulação venosa e
arterial do membro inferior esquerdo, evitando uma possível necrose com consequente amputação do
membro. Conclusão: O relato de caso proporcionou maior conhecimento sobre pseudoaneurisma com
fistula arteriovenosa. Tornou-se possível o entendimento da conduta correta a ser realizada nesses
pacientes, com diagnóstico a partir do exame físico e de exames de imagem, obtendo prognóstico
satisfatório após o procedimento cirúrgico.
DISSECÇÃO DE AORTA: ESTUDO DE CASO EM PACIENTE
P30 ATENDIDO NO HOSPITAL E MATERNIDADE DOM ORIONE
(HMDO) DE ARAGUAÍNA/TO
Autores: João Victor Pereira Gomes; Tássylla Caroline Ferreira Pereira; Vinícius Barbosa Cavalcante de
Menezes .
Instituição(ões): FAHESA
Apresentador(a): João Victor Pereira Gomes
Contato: tassyllamed@gmail.com

Introdução: O aneurisma dissecante refere-se à entrada de sangue na parede arterial e sua distribuição ao
longo do comprimento do vaso. A dissecção da aorta é uma doença grave necessitando de pronto
diagnóstico e condutas clínicas agressivas e, se não tratado, gera óbito em 75 a 90% dos pacientes, sendo
que 35% morrem nos primeiros 15 minutos e 75% resistem por uma semana. Dessa forma os aneurismas
dissecantes são classificados como a principal causa de morte relacionada à aorta. Relato de Caso:
Masculino, 57 anos, pedreiro, ex-tabagista, ex-etilista, atual de Carolina – MA, cor negra, chega ao Ho spital
e Maternidade Dom Orione (HMDO) em 03/05/2014, transferido do Hospital Regional de Araguaína (HRA).
Há 15 dias havia sido internado no Hospital local em Carolina – MA com queixa de dispneia ao repouso,
edema de membros inferiores, ortopneia e dor esternal irradiada por membro superior direito. Foi atendido
no HRA, no qual se concluiu pelos sinais e sintomas o seguinte diagnóstico: Quadro compatível com
insuficiência cardíaca congestiva, sopro diastólico aórtico, sistólico e mitral, pressão arterial em membro
superior direito inaudível e em membro superior esquerdo de 110 x 50 milímetros de mercúrio (mmHg),
durante a realização do ecocardiograma, foi detectada extensa dissecção aórtica tipo A, na direção tóraco-
abdominal. O paciente é transferido ao HMDO. A intervenção cirúrgica ocorreu no dia 06/05/2014,
corrigindo: a dissecção aguda de aorta (DAA), com troca de valva aórtica, revascularização dos vasos supra-
aórticos. A técnica utili zada foi Bentall de Bono com tubo valvulado e reimplante de ambas artérias
coronárias. No pós-operatório o paciente apresentou parada cardiorrespiratória (PCR), fibrilação atrial
revertida, insuficiência renal aguda revertida, doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), e insuficiência
venosa periférica que foi decorrida no dia 21/05/15 por trombo em veia poplítea e estenose significativa
próxima a artéria femoral comum gerando necrose de extremidade dos pododáctilos e edema de membros
inferiores. No entanto, o paciente evolui com melhora significativa do estado geral, apresentando remissão
quase total dos sintomas. Considerações finais: Percebe-se que a DAA é um caso grave, que possui como
fator predisponente a hipertensão arterial, dentre outros. Este relato expõe informações sobre um caso
atípico e severo que fortalece a necessidade de se considerar sempre essa patologia diante da natureza
aguda e traumática da mesma.

REVASCULARIZAÇÃO MECÂNICA DE OBSTRUÇÃO ARTERIAL


P31 AGUDA DE ORIGEM TROMBÓTICA EM MEMBRO SUPERIOR
DIREITO
Autores: Stefhanny Lohany Nunes Rodrigues; Marília Alves Araújo Ferreira; João Gabriel Raposo Martins
Ulisses; Eric Damasceno de Sousa Miranda; Carliny Ariádyne de Melo e Gomes; Gustavo Alves Araújo
Ferreira .
Instituição(ões): Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína
Apresentador(a): Stefhanny Lohany Nunes Rodrigues
Contato: stefhannyfany@gmail.com

Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) aguda decorre de uma obstrução súbita das
artérias e é caracterizada por perfusão inadequada no membro, sobretudo devido ao processo
aterosclerótico. Os principais sinais e sintomas são: dor, redução de temperatura, ausência ou diminuição
dos pulsos, cianose, alterações tróficas e claudicação intermitente. A maioria dos pacientes com trombose
arterial apresentam sintomatologia prévia, com claudicação intermitente do membro e ausência de pulso,
sendo compensada pela circulação colateral. A embolia arterial está relacionada com c asos de fibrilação
atrial, infarto do miocárdio prévio, aneurismas. A DAOP nos membros superiores tem menor incidência, mas
tem melhor prognóstico de vida e de salvamento do membro devido à rica circulação colateral. Relato de
caso: CACA, feminino, 45 anos, nega história de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e demais
comorbidades. Paciente deu entrada na UPA (unidade de pronto atendimento) de Araguaína-TO com
quadro de dor intensa palmar direita, com início há cinco dias, associada a cianose de extremidades,
destacando o terceiro quirodáctilo, diferença de temperatura com o lado esquerdo e perfusão capilar
periférica lentificada em quirodáctilos direitos. Encaminhada ao serviço de cirurgia vascular do HRA, onde
foi solicitado ultrassom com doppler para investigação. O estudo ultrassonográfico mostrou oclusão súbita
no segmento distal da artéria braquial, com a artéria ulnar ocluída em toda sua extensão e artéria radial
ocluída no seu segmento proximal, recebendo circulação colateral após oclusão. Foi planejado uma
trombectomia para a revascularização do membro superior direito, utilizando o catéter de Fogarty 3-0,
obtendo com sucesso a saída d os trombos e o fluxo sanguíneo restabelecido. A paciente evoluiu bem no
pós-operatório, sem queixas e intercorrências, recebendo alta. Considerações finais: isquemia aguda de
origem trombótica em membros superiores corresponde a 20% das obstruções e tem melhor prognóstico
comparada a de membros inferiores. Em geral não há ameaça de amputação devido a rica circulação
colateral, no entanto quando o resultado de um tratamento não é satisfatório as consequências são graves.
Por isso é importante abordar a obstrução arterial de maneira precoce e eficaz, minimizando o dano tecidual
e evitando possíveis complicações no membro.

P32 TERATOMA SACROCOCCÍGEO: UM RELATO DE CASO


Autores: Auriane de Sousa Alencar; Juliana Bandeira da Rocha Lima; Gabriella Leal de Carvalho; Stéphannie
Fabiane Borges de Oliveira; Alex Jorge Medeiros da Silva; Adriano Pádua Reis.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí; Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Auriane de Sousa Alencar
Contato: aurialencar@hotmail.com

Introdução: os tumores de células germinativas são derivados da célula germinativa primordial e


apresentam evolução benigna ou maligna, podendo ocorrer em localização gonadal ou extragonadal. A
região de localização extragonadal mais comum é a sacrococcígea. O teratoma é formado por tecidos
diferentes, os quais variam dependendo do órgão ou local que se originam. O teratoma sacrococcígeo
apresenta incidência de um caso em cada 35000 crianças vivas, sendo mais frequente em sexo feminino na
proporção de 2 a 4: 1 . Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 10 dias de vida, parto cesárea, sem
complicações, gestação a termo natural de Floriano – PI foi encaminhado ao hospital infantil de referência
apresentando abaulamento em região sacrococcígea direita. Ao exame físico, apresentava-se acianótico,
anictérico, afebril, eupnéico, hidratado, normocorado, sem linfonodos palpáveis, abdome globoso,
depressível, indolor à palpação, sem massas ou visceromegalias. Tomografia computadorizada evidenciou
lesão de aparência expansiva, parcialmente delimitada, apresentando componentes com atenuação
adiposa, cálcica, líquida e de partes moles, localizada na linha média interglútea, subjacente à região
sacrococcígea. Hemograma com macrocitose discreta, raros neutrófilos sedimentares e linfócitos atípicos.
Foi instituído tratamento cirúrgico com dissecção da lesão sacrococcígea em incisão em “V” invertido, com
ressecção do cóccix e preservação da musculatura do reto. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, com
alta hospitalar apó s três dias da cirurgia para acompanhamento ambulatorial. Histopatológico identificou
teratoma maduro com margens livres. Considerações finais: a região sacrococcígea é a mais frequente
localização dos teratomas em crianças. O diagnóstico e tratamento precoces são de fundamental
importância para evitar sua malignização. A ressecção cirúrgica completa do tumor e do cóccix constitui o
principal objetivo no tratamento definitivo do teratoma.

RELATO DE CASO: PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA RADIAL PÓS


P33
PUNÇÃO TRAUMÁTICA
Autores: Marcelle Sakamoto Travassos; Luciana Berredo Chagas; Waslei Lima Santos; André Padrón
Fernandes de Souza .
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Marcelle Sakamoto Travassos
Contato: marcelle.travassos@hotmail.com

Introdução: Os membros superiores são considerados menos vulneráveis às doenças arteriais e, sobretudo,
as de natureza aneurismática. Devido à baixa incidência, tais aneurismas representam um desafio
diagnóstico e terapêutico. Nessa região, as artérias mais acometidas pelo processo aneurismático são, em
ordem decrescente, a artéria subclávia, a braquial, a ulnar e a radial. A principal causa dos aneurismas
verdadeiros em artérias dos membros superiores, abaixo da artéria axilar e, em específico, da artéria radial,
é o trauma contuso repetitivo. Relato de caso: Pesquisa em prontuário e revisão bibliográfica da literatura
nacional e internacional, abrangendo artigos de revisão e artigos originais publicados sobre o assunto,
durante Agosto de 2015. P.J.M, feminino, 78 anos,, natural e procedente de São José de Ribamar- MA., deu
entrada no Hospital Dr Carlos Maciera através do serviço de emergência com quadro de pneumonia
comunitária, associada a desconforto respiratório, dois episódios de síncope e PCR a porteriori. Foi
submetida a cineangiocoronariografia, a qual evidenciou 50% de lesão em artéria descendente anterior e
50% de obstrução em coronária direita. Após dois dias de evolução, apresentou flogose e dor intensa em
MSD. Ao realizar doppler arterial e venoso do MSD identificou-se pseudoaneurisma na face ventral do
punho, em comunicação com artéria radial em seu terço distal, medindo 3,5x2,5cm e apresentando fluxo
turbilhonado em seu interior. Uma complicação rara da cinecoronariografia pelo acesso radial é a formação
do pseudoaneurisma no local da punção, com incidência estimada entre 0,029% e 0,19%. A formação do
pseudoaneurisma ocorre por ruptura e lesão da parede arterial no local da canulação radial, podendo levar
a hemorragia e hematoma local. Essas lesões vasculares estão associadas a múltiplas tentativas de punção,
uso de anticoagulantes, utilização de introdutores de grande calibre e infecção. O desenvolvimento do
pseudoaneurisma tem evolução clínica variável, podendo ocorrer algumas horas após a realização do exame
ou ser observado dias (7-40 dias) depois do procedimento. De acordo com uma metanálise, o acesso radial
apresenta risco 73% menor de sangramento maior, quando comparado com a via femoral, ocorrendo,
respectivamente, em 0,05% e 2,3%. Considerações finais: O acesso radial para realização de procedimentos
coronários tem apresentado crescente utilização nas últimas décadas, com menores taxas globais de
complicações e menor custo hospitalar2 em comparação com a abordagem femoral.

RELATO DE CASO: APENDICITE EM GESTANTE COM IDADE


P34
GESTACIONAL DE 22 SEMANAS
Autores: Marcelle Sakamoto Travassos; Luciana Berredo Chagas; Waslei Lima Santos; André Padrón
Fernandes de Souza .
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Marcelle Sakamoto Travassos
Contato: marcelle.travassos@hotmail.com

Introdução: A apendicite aguda ocorre em aproximadamente uma a cada 2.000 gestações, e, embora
infreqente, é a afecção abdominal cirúrgica não-obstétrica mais frequente durante a gravidez. O quadro
clínico-laboratorial muitas vezes é confundido com alterações próprias da gravidez (vômitos, desconforto
abdominal, leucocitose discreta) ou pelo temor de alguns cirurgiões em indicar uma intervenção cirúrgica
de urgência em uma gestante, sob risco de desencadear trabalho de parto prematuro ou óbito fetal. O
presente relato visa apresentar quadro clínico de apendicite aguda em paciente no segundo trimestre de
gestação. Relato de caso: Pesquisa em prontuário e revisão bibliográfica da literatura nacional e
internacional, abrangendo artigos de revisão e artigos originais publicados sobre o assunto, durante Agosto
de 2015. Paciente do sexo feminino, 16 anos, G2P1(natimorto), IG: 22 sem, natural de Morros – MA e
residente em São Luís-MA. Iniciou quadro de dor em abdome inferior, acompanhada de náuseas e vômitos,
inapetência, febre não termometrada e disúria, perdurando por 11 dias. Apresentou quadro clínico
mascarado por uma infecção do trato urinário, evoluindo, portando, desfavoravelmente com
comprometimento do estado geral, ruídos hidroaéreos débeis, abdome em tábua, Blumberg positivo em
fossa ilíaca direita, com posterior abortamento fetal, após intervenção cirúrgica. Durante assistência, foi
realizada laparotomia de urgência com incisão mediana umbílico pubiana. USG da admissão revelou
apendicite supurada e tamponada/ USG obstétrica: embrião único e vivo. Considerações finais: Concluímos
que o abdome agudo durante a gestação é de difícil diagnóstico devido às alterações anatômicas, fisiológicas
e laboratoriais. A gravidade é semelhante à paciente não gestante, fazendo-se necessário fornecer
diagnóstico precoce bem como conduta precisa. Na apendicite aguda, os sinais costumam ser habituais no
primeiro trimestre, com dor à palpação em fossa ilíaca direita. Com a progressão da gestação, a dor à
palpação torna-se difusa ou localizada no flanco direito ou região periumbilical. Existe ainda a teoria clássica
de que com a progressão da gravidez a dor da apendicite aguda deixaria de se localizar no quadrante inferior
direito e passaria para o quadrante superior direito. Na gestante, a ultrassonografia deve ser o primeiro
exame de imagem a ser solicitado em caso de suspeita de apendicite. Em casos que permanecem indefinidos
e suspeitos, pode-se utilizar a ressonância magnética.
.
P35 NECROSE GLÚTEA INDUZIDA POR SILICONE INDUSTRIAL
Autores: Renata Rebouças Moura; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Adriana Aíla Rocha Araújo;
Claudia Tamires Sousa Leite; Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes; Lelia Maria Alves Duarte.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Renata Rebouças Moura
Contato: renatareboucasrm@hotmail.com

Introdução: O uso de óleo ou silicone industrial tem sido amplamente registrado em procedimentos
estéticos ilegais desde a década de 60. A facilidade de acesso aos materiais, o baixo custo e a falta de
informações sobre os riscos que essa prática traz à saúde faz com que muitas pessoas optem por esse
procedimento tão arriscado. Diferente das próteses, o silicone líquido não é envolvido por uma membrana
resistente, possibilitando a sua disseminação pelo corpo e favorecendo processos inflamatórios, como
necrose da área afetada que pode evoluir para amputação, infecção generalizada, migração do produto para
sistema linfático e venoso e, de forma mais grave, óbito. Apesar de ser nocivo à saúde, esse procedimento
é feito em larga escala, com relatos desastrosos de seu uso. Relato de caso: Paciente RRS, sexo masculino,
23 anos, vítima de necrose em ambos os glúteos após injeção de um litro de silicone industrial no município
de Sobral- CE, em 08 de junho de 2014. Procurou atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral
(SCMS), referindo dor em queimação nos glúteos, rubor, calor e edema há 15 dias. Referiu que desde
aplicação do silicone na região ele sentia dores de forte intensidade. Evolui com febre e saída de secreção
purulenta na região. Admitido no ambulatório com quadro clínico, exames laboratoriais e evolução do
paciente com indicativos de infecção grave induzida pelo uso errôneo do produto, sendo submetido à
debridamento do tecido desvitalizado. Havendo melhora do quadro, com granulação da região, epitelização
das bordas e posterior enxerto. O paciente recebeu alta em julho de 2014. Considerações finais: Silicone
líquido industrial deve ser contraindicado como material de preenchimento e modificação do contorno
corporal, podendo apresentar graves complicações e danos no organismo, como cicatrizes de grandes
proporções, sequelas estéticas e funcionais, até mesmo o óbito.

QUALIDADE DE VIDA APÓS ADENOAMIGDALECTOMIA : RELATO


P36
DE CASO
Autores: Conceição de Maria Aguiar Costa Melo; Claudia Regina de Andrade Arrais Rosa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Conceição de Maria Aguiar Costa Melo
Contato: conceicaoaguia@oi.com.br

Introdução: As cirurgias de adenoamigadalectomias vendo sendo muito comum em crianças a partir dos
quatro anos de idade. Atualmente é por este motivo que os consultórios e clinicas de otorrinolaringologistas
vem apresentando procura significativa. Uma vez que o crescimento das amidalas e o aparecimento de
adenoides desencadeiam problemas que afetam diretamente na qualidade de vida dos pacientes.. Relato
de caso: O estudo relata o caso clinico de um paciente com crises recorrentes de amigdalites que
desencadeou outros sintomas na vida do paciente. D.C.M, de 04 anos, foi submetido a amidalectomia por
apresentar recorrência de amigdalites, rinites e apneia durante o sono. D.C.M, teve o primeiro episodio com
02 anos de idade, onde apresentou como sintomas: febre alta (39,9), mal esta, dificuldade para alimentação,
vômitos após tentativas de alimentação, halitose e obstrução nasal. O mesmo foi levado ao serviço de
emergência e foi avaliado por pediatra onde fechou o diagnostico de amigdalite, após avaliação foi prescrito
ante térmico e antibiótico por 05 dias. Após terceiro dia de medicação percebeu-se melhora significativa do
quadro, ficando bem com 05 dias de medicação. D.C.M , chegou a apresentar um episodio de amigdalite a
cada dois meses. Chegando a ter 6 episódios de amidalites por ano. Considerações finais: D.C.M, foi
submetido adenoamigadalectomia, onde obteve melhora e qualidade de vida diante de todo caso clinico
apresentado. Vem evoluindo muito bem, quanto aos sintomas antes existentes. Não apresenta mais ronco
e salivação noturna, halitose, sono inquieto postura de respirador bucal, déficit de atenção, dificuldades
para ganhar e crescimento, bem como dificuldade para alimentação..

PERCENTUAL DE ÊXITO DE EXTRAÇÃO DE CÁLCULO DO


P37 COLÉDOCO VIA CPRE EM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA (PI)
NO ANO DE 2013
Autores: Evellyn Batista da Silva Flizikowski; Jayronn Jailson Santana dos Santos; Bruno Viana Pontes.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Evellyn Batista da Silva Flizikowski
Contato: evellynflizikowski@gmail.com

Introdução: A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um procedimento que associa a


endoscopia esôfago-gastroduodenal com técnicas radiológicas e é utilizado para fins de diagnóstico e
eventual tratamento de patologias dos condutos biliar e pancreático. Esta técnica possui segurança de até
90% no tratamento das patologias de vias biliares e pancreáticas, mas possui complicações importantes,
como a sepse. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo verificar a taxa de sucesso da extração de
cálculo do colédoco via CPRE na Clinica Cirúrgica de um hospital público em Teresina – Piauí, no ano de 2013.
Métodos: Estudo realizado na Clínica Cirúrgica do Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina (PI). Para
coleta dos dados, foi realizada busca ativa dos pacientes através do livro de registro do centro cirúrgico do
hospital, com a utilização das palavras-chaves: “coledocoplastia”, “CPRE” ou “papilotomia endoscópica”. Foi
encontrado um universo de vinte e nove (29) procedimentos entre os períodos de 01 de janeiro a 31 de
dezembro 2013. Em seguida, realizou-se a busca dos prontuários dos pacientes. Dos 29 procedimentos
registrados, 4 pacientes foram excluídos do estudo, pois os prontuários não foram encontrados, deixando
uma amostra de 23 pacientes. Os resultados obtidos foram analisados com auxílio do programa Microsoft
Excel 2010. Resultados: No presente estudo, o sucesso na retirada dos cálculos do colédoco, por CPRE, foi
alcançado em 88% dos pacientes. Conclusão: A CPRE é um método usado para fins terapêuticos e sua maior
indicação apoia-se na coledocolitíase. Em 2013, o hospital em estudo obteve uma taxa de sucesso nas
cirurgias por CPRE superior a encontrada em outros estudos que utilizaram recursos similares aos
disponíveis nesta instituição (basket e o balão).

P38 ANGINA DE LUDWIG NA URGÊNCIA: RELATO DE CASO


Autores: José Moacir Machado Neto; Robson David Araújo Leal; Ana Clara Araújo Cavalcante; Thamira Melo
Diniz; Wellington Ribeiro Figueiredo; Djalma Ribeiro Costa.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial - FACID
Apresentador(a): José Moacir Machado Neto
Contato: machadomoacir6@gmail.com

Introdução: A angina de Ludwig é uma celulite potencialmente fatal, incomum, aguda e tóxica dos espaços
submandibulares, em geral 2º ou 3º molar inferior, sublinguais e submentoniano. Pode ser odontogênica
(cáries) ou não-odontogênica (infecção oral) por bactérias dos gêneros Streptococcus, Bacterioides e
Fusobacterium. Nela ocorrem a priori febre e edema naqueles espaços, o que, postergado, implica graves
intercorrências e morbimortalidade elevada. Fazem-se mister exames de imagem, culturas e tratamento
empírico clínico e cirúrgico de imediato, atentando-se às vias aéreas, profilaxia para tétano e manejo da
sepse. Relato de caso: mulher, 25 anos, admitida no Hospital de Urgência de Teresina em junho/2015,
devido à complicação de drenagem de abscesso dentário uma semana antes, seguindo com persistência de
odor fétido, necrose infectada de pele e tecidos profundos cervicais e abdominais, febre, taquipneia,
taquicardia, flutuação cervical e contratura de musculatura cervical anterior. A tomografia computadorizada
demonstrou presença de coleção em região cervical anterior com infiltração para mediastino com possível
comprometimento cardíaco, além da parede abdominal anterior. Os exames bioquímicos revelaram
anemia, hematócrito diminuído, leucocitose com desvio à esquerda, aumento das aminotransferases e
ureia. A cultura do fragmento cirúrgico evidenciou presença de Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL
(beta lactamase de espectro ampliado) sensível somente aos carbapenêmicos, amicacina e colistina.
Destarte, prontamente drenaram-se a pa rede abdominal e as regiões cervicais e mediastinal superior e
tratamento clínico. Segue internada em curva de melhora após 36 dias da primeira abordagem do estado
geral, das feridas e parcialmente da contratura cervical. Considerações finais: A angina de Ludwig embora
seja uma patologia rara, caso não conduzida de forma correta pode comprometer a vida do paciente em
virtude da obstrução das vias aéreas. Relata-se aqui um caso devido a cárie (causa odontogênica) cujos
cuidados dependem de manejo rápido e preciso para reduzir a mortalidade.

P39 DISPLASIA TANATOFÓRICA: UM RELATO DE CASO


Autores: Mohammed Damasceno Guimarães; Aldo Francisco Veras Pereira; Lorena da Mata Alves; Neylon
Rodrigo de Souza Amorim; Fernanda Carolina Borges Avelino; Moisés da Cunha Filho.
Instituição(ões): Fahesa/ITPAC
Apresentador(a): Mohammed Damasceno Guimarães
Contato: mohammed_guimaraes@hotmail.com

Introdução: A displasia tanatofórica é uma condrodisplasia congênita com repercussões ósseas e


neurológicas, quase sempre fatal. Tem como característica macrocefalia, platispondilia (corpos vertebrais
de altura diminuída e achatados), encurtamento dos membros e caixa torácica hiploplásica, pelve de
tamanho reduzido, perímetro cefálico aumentado com proeminência frontal e depressão nasal. Apresenta
incidência aproximada de 1/33000 a 1/55000 na população. Relato de caso: A paciente é a terceira filha, de
parto cesariano de uma mãe jovem, solteira, da raça branca que realizou 2 consultas no pré-natal, sem
história familiar de doenças genéticas, não havendo história de uso de cigarro e álcool. A criança nasceu
com 3090 g, com apgar de 4 no 1º minuto, de 7 no 5º minuto e no 10º minuto. Com perímetro cefálico de
37, perímetro torácico de 31 e perímetro abdominal de 35. Apresentou oligodrâminia, necessitou de
reanimação e fez uso de CPAP nasal. No exame a paciente apresentava macrocrania, testa proeminente e
larga, face achatada e tórax estreito, abaulamento abdominal, membros superiores e inferiores curtos e
hipoplasia pulmonar. Realizou a Ultrassom Transfontanela com provável atrofia dos lobos frontais.
Considerações finais: O diagnóstico da displasia tanatofórica é baseado no exame físico e estudos
radiológicos. Sendo a doença causada por mutações no gene FGFR3. A maioria dos indivíduos portadores
da doença não sobrevive até a idade adulta, minimizando os riscos de recorrência. No caso desse estudo, o
diagnóstico de displasia tanatofórica foi especificado no período pós-natal por meio do exame físico de
evidências ultrassonográficas. A paciente foi submetida a uma gastrostomia, para alimentá-la e evolui com
infecção da ferida operatória, ficando internada e sendo liberada com melhora clínica.

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS A


P40 APENDICECTOMIAS EM USO DE HOSPITAL DE ALTA
COMPLEXIDADE
Autores: Alana Vitória Sousa Gonçalves; Lucas Luís Sousa Véras; Ozimo Pereira Gama Filho; Danielly de
Oliveira Gonçalves; Diego Henrique de Carvalho Rodrigues; Brenda Lima Costa.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Danielly de Oliveira Gonçalves
Contato: dany_olivas@hotmail.com

Introdução: A apendicite aguda constitui a emergência cirúrgica mais comum no nosso meio. O tratamento
da apendicite aguda é cirúrgico e deve ser efetuado tão logo o diagnóstico estiver estabelecido. Seu
diagnóstico e o tratamento cirúrgico precoce influem diretamente no prognóstico dessa patologia.
Objetivos: Conhecer o perfil epidemiológico, comportamento clínico na apendicite aguda e as medidas
cirúrgicas em adultos submetidos a apendicectomias. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal,
descritivo, de análise quantitativa, com análise de 87 prontuários de pacientes submetidos a
apendicectomias, assistidos em um hospital público de alta complexidade no estado do Maranhão, no
período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015. Resultados: Os dados da Tabela 1 demonstraram que dos
pacientes apendicectomizados no período estudado, houve maior prevalência de indivíduos do sexo
masculino (71,1%) em comparação ao sexo feminino (28,8%), com faixa etária de 41 a 50 anos (30,7%) e de
raça branca (43,5%). Na Tabela 2, em relação às variáveis clínicas e cirúrgicas, observou-se maior percentual
de pacientes sintomáticos no pré-operatório (97,2%), além de maior prevalência, na técnica adotada, da
apendicectomia por laparotomia (60%) em detrimento da videolaparoscópica (39,9%). Esta tabela
demonstra ainda que a grande maioria dos pacientes não evoluiu com complicações tanto no pré-operatório
(92,2%) como no pós-operatório (95,8%) e que dentre todos os tipos de incisão, aquela predominantemente
encontrado foi a incisão para laparoscopia (39,9%) e dentre as incisões para apendicectomias abertas, a
mais usada foi a de McBurney. Conclusão: Conclui-se que no período analisado, em um hospital público de
alta complexidade no Maranhão, as apendicectomias foram realizadas com maior frequência em pacientes
do sexo masculino e naqueles com idade entre 41 e 50 anos e de raça branca. Dentro do perfil clínico, a
maioria dos pacientes encontrava-se sintomáticos no pré-operatório, bem como não apresentaram
complicações tanto no pré, como no pós-operatório. Entre as apendicectomias convencionais, a incisão mais
usada foi a clássica incisão de McBurney.

GASTRECTOMIA: AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO PÓSOPERATÓRIA EM


P41
60 PACIENTES
Autores: Alana Vitória Sousa Gonçalves; Lucas Luís Sousa Véras; Marcelo Emanuel Ericeira da Costa; Ozimo
Pereira Gama Filho; Diego Henrique de Carvalho Rodrigues; Danielly de Oliveira Gonçalves;
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Danielly de Oliveira Gonçalves
Contato: dany_olivas@hotmail.com

Introdução: No contexto das infecções hospitalares (IH), a Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) tem sido
apontada como um dos mais importantes sítios de infecção, levando a um aumento médio de 60,0% no
período de internação, além de exigir grandes esforços para sua prevenção. A infecção de sítio cirúrgico é a
mais importante causa de complicações do pós-operatória no paciente cirúrgico. Estatísticas do Centro para
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicam que 14 a 16% das infecções hospitalares são atribuídas às
infecções de sítio cirúrgico, fato esse que adiciona-se a significativos custos relativos à cuidados de saúde
devido a complicações dessas infecções. A ISC é uma complicação relevante, por contribuir para o aumento
da mortalidade e morbidade dos pacientes pós-cirúrgicos causando prejuízos físicos e emocionais como os
afastamentos do trabalho e do convívio social. Além disso, eleva consideravelmente os custos com o
tratamento, repercutindo também em uma maior permanência hospitalar. Objetivos: Analisar os pacientes
submetidos à gastrectomia que evoluíram com infecção de sítio cirúrgico em um Hospital Geral de São Luis
– MA e caracterizar o perfil dos pacientes submetidos a gastrectomias, identificando a frequência de
infecção do sítio cirúrgico na amostra analisada, a correlação dos fatores de risco associados ao paciente e
ao procedimento cirúrgico. Métodos: Estudo retrospectivo por meio do levantamento de informações
contidas nos prontuários médicos dos pacientes submetidos à gastrectomia eletiva no período de janeiro a
dezembro de 2014, em um Hospital Geral no município de São Luis. O presente estudo não foi analisado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma. Resultados: Em 60 casos investigados detectou-
se a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico em 5 situações (8,3%), onde se verificou que 60% foi classificada
como infecção incisional superficial; 40% incisional profunda e em relação a classificação órgão/cavidade .
Conclusão: Os resultados deste estudo oferecem aos profissionais do controle de infecção hospitalar novas
perspectivas para a continuidade da busca de um índice de risco cada vez menor para os pacientes
submetidos a gastrectomias.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: GASTRECTOMIA VERTICAL
P42
LAPAROSCÓPICA
Autores: Lucas Luís Sousa Véras; Brenda Lima Costa; Ozimo Pereira Gama Filho; Alana Vitória Sousa
Gonçalves; Marcelo Emanuel Ericeira da Costa; Diego Henrique de Carvalho Rodrigues
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Brenda Lima Costa
Contato: lucasveras.med@hotmail.com
Introdução Operações bariátricas em casos de obesidade proporcionam redução ponderal expressiva e
sustentada em longo prazo, remissão e controle de diversas doenças associadas,como o DMT2 e melhora
nos indicadores de qualidade de vida. Existem várias técnicas,e das técnicas mistas,a principal representante
é a gastroplastia vertical com derivação gástrica em Y de Roux (DGYR),sendo a intervenção cirúrgica mais
realizada no Brasil e no Mundo. Relato de experiência: Desde Janeiro de 2010 até Dezembro de 2012,foram
realizados em nosso serviço 35 casos de Gastrectomia Vertical Laparoscópica(GVL) como
Procedimento Bariátrico Único com avaliação retrospectiva de todos os pacientes e nenhum se perdeu de
follow-up. O presente estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma.
Indicações para a GVL sobre outros procedimentos bariátricos eram a preferência do
paciente(n=21),obesidade grave com IMC superior a 60 kg/m2(n=9) e aderências abdominais superiores
graves ou esteatose hepática severa(n=5).A maioria era do sexo feminino(N:29), com idade média de
44(desvio padrão±13) anos.No pré-operatório,a média do IMC foi de 47,3(DP±9,8)kg/m2.Taxas de
comorbidades relacionadas à obesidade pré-operatórios foram de 42%(n=14) para o diabetes mellitus tipo
2 (DM2),60%(n=21)para hipertensão,39%(n=13) para dislipidemia,67%(n=23) para a apneia obstrutiva do
sono (OSA),72%(n=25) para artrose do joelho e 43%(n=15) para a depressão e/ou ansiedade.A duração
média da cirurgia foi de 65(DP ± 21)minutos.Ocorreram quatro complicações perioperatórias:1-
hemorragia na linha de grampeamento,2-lacerações do lobo hepático esquerdo e 1–perfuração do fundo
gástrico.Todas foram resolvidas no intra-operatório e sem necessidade de reoperação. O tempo médio de
internação foi de 5 dias (DP±2). Estudos de imagem no pós-operatório foram realizados em 7 pacientes e
nenhum foi positivo para o vazamento de linha de grampos.O tempo de seguimento pós-operatório foi de
6 meses.A perda de peso média de 29,4(DP±11,0)kg.Perda de peso global de 6,5(DP±2,8)kg/mês.Resolução
ocorreu em 88% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2, 76% com hipertensão,56% com
dislipidemia,62% com OSA,63% com dor articular e 80% com depressão/ansiedade. Satisfação geral foi
classificada como excelente por 83% dos pacientes,bom por 12% e ruim por 5% dos pacientes.
Considerações finais: A análise preliminar da nossa experiência com LSG indica que este é um procedimento
eficaz e seguro para o tratamento da obesidade.

OPERAÇÃO DE LONGMIRE EM PACIENTE COM


P43
COLANGIOCARCINOMA HILAR: RELATO DE CASO
Autores: Lucas Luís Sousa Véras; Brenda Lima Costa; Ozimo Pereira Gama Filho; Alana Vitória Sousa
Gonçalves; Roger Moura Brito; Átila Bezerra Atta.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Brenda Lima Costa
Contato: lucasveras.med@hotmail.com

Introdução: Os tumores malignos primários do sistema biliar extra- hepático,sobretudo os do terço superior
da via biliar principal,em particular o tumor de Klatskin,representam um desafio da cirurgia hepatobiliar e
seu manuseio não está bem estabelecido. Relato de caso: Feminino,75 anos,natural e residente em São
Luis (MA),procedente de hospital público,admitida em 07/02/2015 com dor em
hipocôndrio direito,constipação intestinal,inapetência,além de episódios de vômitos e colúria.
Exame físico:regular estado geral,emagrecida,ictérica(3+/4+),hipocorada (2+/4+).ColangioRM:discreta
dilatação biliar intrahepática por redução do calibre na origem do ducto hepático comum;hepatocolédoco
proximal mal visualizado compossível compressão;vesícula biliar tópica,com dimensões,forma e contornos

normais,paredes espessadas e conteúdo heterogêneo com cálculos de até 25mm.CPRE:redução abrupta do


diâmetro da luz do duodeno,pouco distensível, impossibilitando passagem do aparelho e aspecto sugerindo
infiltração tumoral do duodeno ou compressão extrínseca deste.
Bioquímica:BT=24,95;BD=18,21;CA19.9=937,9;FA=761;GGT=2.276;AST=249 e ALT=228.Submetida a
tratamento cirúrgico paliativo:laparotomia exploradora com incisão subcostal direita em
J,ascite(3litros),obstrução em duodeno,estômago em repleção,massa expansiva englobando vias
biliares,hilo hepático e veia porta.Não foi identificado colédoco por deformidade anatômica provocada pela
massa.Realizada aspiração da cavidade,hepatectomia esquerda com identificação do ducto
hepático principal esquerdo,confecção de Y de Roux(T-L) pela técnica de Longmire hepático,jejunal(alça
biliar a 50cm do ângulo de Treitz) e transmesocólica com fio Prolene®3.0;gastroenteroanastomose na alça
biliar do Y de Roux com Policoth®0 e Vycril®3.0 em 2 planos(L-L);enteroastomose da alça pancreática a 50cm
da alça bilioalimentar(L-L),isoperistáltica em 2 planos com Policoth®0 e Vycril®3.0,encerrando com
colocação do dreno tubular de silicone por contra-abertura em leito subhepático e abaixo da
anastomose.Houve boa evolução no pós-operatório,com diminuição da icterícia. Conclusão: A
derivação biliodigestiva no tratamento do tumor de Klatskin é o procedimento que alivia o quadro ictérico
do paciente,melhorando sua qualidade de vida e pode ser utilizada quando há irressecabilidade
tumoral,demonstrando que a conduta tomada no caso relatado é a preconizada em grandes centros e
bibliografias referenciadas.

PACIENTE HIV POSITIVO PORTADOR DE LINFOMA


P44
NÃOHODGKIN: RELATO DE CASO
Autores: Dayanne da Silva Freitas; Luciana da Silva Viana; Fabíola Nassar Sousa Frazão; Maria do Desterro
Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Apresentador(a): Fabiola Nassar Sousa Frazão
Contato: daday.15@hotmail.com

Introdução: O linfoma não-Hodgkin (LNH) é uma neoplasia maligna que se origina nos linfonodos, ocorrendo
cerca de 100 vezes mais em pacientes HIV positivos. Relato de caso: Paciente masculino, 37 anos, branco,
casado, caminhoneiro, faz uso de bebida alcoólica regularmente e história prévia de síndrome colestática e
hepatocelular, implantação de prótese biliar. Paciente com enterorragia e hematêmese admitido em
hospital de referência em emergência oncológica foi transferido para unidade de terapia intensiva(UTI),
evoluindo com sepse biliar, insuficiência respiratória aguda e rebaixamento do sensó rio, necessitando de
sedação e intubação orotraqueal. Ao exame físico: tórax plano, murmúrios vesiculares diminuídos em base
direita, presença de úlcera por pressão em região sacral, abdômen globoso, ruídos hidroaéreos ausentes,
órgão genital edemaciado, linfedema em membros superiores, edema de membros inferiores (+4/+4),
paresia e agitação psicomotora (RASS +3). Apresentava-se em nutrição parenteral, ventilação mecânica
(score BPS 6) e eliminação vesical por sonda vesical de demora. O tratamento medicamentoso consistiu em
sedativos, analgésicos, bloqueador neuromuscular, antibiótico, antiparasitário, antinauseante,
antiulcerosos, carmelose sódica, enoxaparina sódica, rasburicase e insulina humana regular. Exames
laboratoriais indicaram anemia, plaquetopenia, aumento de leucócitos jovens, presença de
klebsiellapneumoniae ESBL, diminuição de ácido úrico e aumento do ß2-microglobulina, desidrogenase
lática (LDH) e glicose. Exames de imag ens sugeriram massa pancreática com infiltração duodenal, varizes
em terço distal do esôfago, gastrite enantematosa e hipotrânsparência difusa de hemitórax direito.
Diagnosticado com herpes esofagiana e linfoma não-Hodgkin difuso de células B, e acrescido a terapêutica
medicamentosa o aciclovir, ciclofosfamida (CTX) e tratamento quimioterápico, evoluiu com score RASS –5 e
RASS –1. Posteriormente descoberto HIV, inicia tratamento antirretroviral (TARV) e protocolo
quimioterápico R-CHOP (exceto CTX), após estabilidade hemodinâmica recebeu alta da UTI. Considerações
finais: O LNH é uma das doenças definidoras da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) e indica-se
o rastreamento do HIV em associação ao diagnóstico da neoplasia. Clinicamente, os LNH sistêmicos se
apresentam em estádio avançado, estando o prognóstico dependente da idade, diagnóstico prévio de SIDA,
capacidade física limitada e o envolvimento da medula óssea.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LINFOMA DE
P45
HODGKIN EM RECIDIVA: RELATO DE CASO
Autores: Dayanne da Silva Freitas; Luciana da Silva Viana; Fabíola Nassar Sousa Frazão; Maria do Desterro
Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Apresentador(a): Fabiola Nassar Sousa Frazão
Contato: daday.15@hotmail.com
Introdução: O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia caracterizada por proliferação de células de
morfologia variável, normalmente linfócitos B multinucleados. No Brasil, estima-se 1.300 casos novos em
2014 de linfoma de Hodgkin em homens e 880 em mulheres. Relato de caso: Paciente feminina, 20 anos,
negra, com diagnóstico médico de linfoma de Hodgkin clássico, subtipo esclerose nodular, estádio IV.
Apresenta padrão alimentar e de sono irregular, ingesta hídrica insatisfatória e dieta rica em gorduras
saturadas. Nega tabagismo, alcoolismo e uso de outras drogas. Procurou atendimento referindo dor lombar
e paraparesia, realizado tomografia computadorizada evidenciando lesão lítica em vértebra lombar L3, lesão
pulmonar peribrônquica bilateral e massa mediastinal. Realizado biopsia de linfonodo, sendo diagnosticada
com linfoma de Hodgkin subtipo Esclerose Nodular, estádio IV, foi encaminhada ao hospital de referência
em oncologia para tratamento de intercorrências clínicas. Foi internada e apresentou paraplegia,
linfadenomegalias axilares, cervicais e retroperitoneais. Acrescido de infecções por herpes genital,
candidíase e vaginose bacteriana. Realizou radioterapia de urgência (seguimento L2-L4, em dose única de
800 cGy) e pulsoterapia com dexametasona devido a síndrome de compressão medular, evoluiu com
melhora progressiva da força muscular. Em seguida iniciou o tratamento quimioterápico (TQ)
antineoplásico, e recebeu alta hospitalar, porém retornou para inserção de cateter implantado no hemitórax
direito. Seguiu com TQ durante seis meses sob sup ervisão ambulatorial. Realizou biopsia supraclavicular e
foi constatado doença em progressão. Iniciou novo TQ e um dia após início do tratamento a paciente
retornou ao hospital apresentando quadro de hiperêmese, anorexia e dor em arcos costais, foi internada e
recebeu tratamento para intercorrências. As principais intervenções de enfermagem foram: monitorar os
parâmetros hematológicos e renais, bem como o nível de eletrólitos séricos, realizar controle da diurese
antes e após a administração da cisplatina; estimular e monitorizar a ingestão hídrica, monitorar a
ocorrência da síndrome de citarabina, orientações ao paciente e/ou familiares sobre os efeitos colaterais e
cuidados após quimioterapia. Considerações finais: O plano assistencial de enfermagem proporcionou a
prescrição de cuidados suprindo as demandas físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente.

RETARDO NO DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIAS E INFLUÊNCIA NO


P46
PROGNÓSTICO DO PACIENTE: UM RELATO DE CASO
Autores: Agda Marianne Menezes Sousa de Oliveira; Engel Meneses de Oliveira; Bruno William Lopes de
Almeida; Iolanda Felipe da Silva; Debora Sara Neves Lima; Carlos de Assis Costa Freitas Filho.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Agda Marianne Menezes Sousa de Oliveira
Contato: agdamariannemeneses@hotmail.com

Introdução: câncer de pulmão é a mais comum neoplasia em mortalidade e incidência no mundo. O INCA
estima que ocorreram 27.330 novos casos desse câncer no Brasil em 2014. Esse tipo de neoplasia é
geralmente detectada em estágios avançados, pois a sintomatologia nos estágios iniciais da doença é
inespecífica. Com isso, o câncer de pulmão permanece como uma doença altamente letal, sua razão
mortalidade\incidência (M\I) é de, aproximadamente, 0,86. A disseminação para linfonodos locorregionais
é um fator determinante no prognóstico dessa doença, pois sabe-se que pacientes com estadiamento I do
câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) e sem metástases linfonodais detectadas podem
desenvolver recidivas precoces, mesmo após a completa remoção cirúrgica do tumor. O estudo objetiva
avaliar os efeitos do diagnóstico tardio da neoplasia de pulmão, assim como discutir sobre as perspectivas
de prognóstico. Relato de caso: T.A.S.C, feminino, 51 anos, doméstica, viúva. Paciente procurou
atendimento com queixa de astenia, vômito, dor precordial intensa e ventilatório-dependente, tendo
conduta terapêutica com ácido acetilsalicílico. Foi transferida para o Hospital de Urgências de Teresina com
suspeita de Síndrome Coronariana Aguda. Paciente afirma ser tabagista por 35 anos (20 cigarros/dia), ter
hipertensão arterial sistêmica e pai falecido por Infarto Agudo do Miocárdio. Apresenta ao exame físico
linfonodomegalia cervical. Informa perda de peso (6 kg em 18 dias) e sudorese noturna. Os exames de
imagem mostraram linfonodomegalias retroperitone ais em andar superior do abdômen, nódulos hepáticos
hipodensos nos segmentos I e III, nódulos sólidos na topografia das glândulas suprarrenais e
linfonodomegalias retroperitoneais, característicos de neoplasia metastática. Mostrou, também, massa
sólida mal delimitada na região hilar inferior compatível com neoplasia pulmonar. Considerações finais: As
características evolutivas da neoplasia pulmonar e fatores associados ao médico, ao sistema de saúde e ao
próprio paciente podem ser responsabilizadas pelo diagnóstico tardio e ineficácia em aumentar a sobrevida
dos pacientes. Portanto, se por um lado é necessário identificar precocemente os pacientes em maior risco
de desenvolver essa doença, por outro, é preciso reestruturar o atendimento ambulatorial no sistema
público de saúde, de forma a aperfeiçoar a marcação de consultas e os pedidos de exames com finalidade
diagnóstica, reduzindo-se, o prazo para detecção do câncer.

P47 FATORES DE RISCO RELACIONADOS À INFECÇÃO POR HPV


Autores: Mariane Fernandes Barbosa; Marília de Oliveira Bringel; Patrícia Travassos Cutrim; Mariana Santos
de Castro; Luciane Maria Oliveira Brito; Maria Bethânia da Costa Chein.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mariane Fernandes Barbosa
Contato: marianefb21@hotmail.com

Introdução: O câncer do colo do útero apresenta-se ainda como uma das enfermidades que mais ocasionam
morbidade e mortalidade na população feminina em todo o mundo, que pode ser curada quando
diagnosticada precocemente. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) representa doença sexualmente
transmissível viral mais frequente no mundo, sendo que, para o Brasil, são estimados 685.400 novos casos
de HPV anualmente, além de ser a principal causa para a ocorrência das neoplasias cervicais. Objetivos:
avaliar os tipos de papilomavírus humano e suas associações com fatores de risco relacionados à infecção
dos mesmos em mulheres em São Luís-MA. Métodos: Estudo transversal, com 129 mulheres, entre 18 e 60
anos de idade, atendidas no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal
do Maranhão, no período de agosto de 2014 a julho de 2015. Foram selecionadas pacientes do sexo
feminino com vida sexual ativa e com presença de lesões genitais com aspecto clínico ou subclínico de
infecção por HPV. Estas mulheres foram submetidas a uma entrevista com questionário estruturado; sobre
variáveis sociodemográficas e comportamentais. Em seguida, foram encaminhadas para a avaliação
ginecológica, por meio da coleta de material cervico-vaginal. Para a análise dos dados, utilizou-se o
programa Word e Excel 2010. Resultados: O perfil epidemiológico das mulheres avaliadas caracterizou-se
por idade média de 33,91 anos, raça parda (63,57%), solteira (37,98%), com nível de escolaridade ensino
médio completo (34,11%). Grande parte (31,78%) possuiu 1 parceiros sexuais ao longo da vida, sendo cerca
de 29,46% tiveram 4 ou mais parceiros. Menos da metade (42,85%) utilizavam preservativo e não em todas
as práticas sexuais. A lesão cervical predominante foi a lesão de baixo grau, NIC I, com 47,28%. Em relação
ao subtipo de HPV infectante, o 16 predominou nas infecções cervical (41,03%). Conclusão: O perfil
epidemiológico das mulheres da maranhenses apresentado no estudo e a correlação entre a infecção
cervical com o HPV, reafirma o já discutido pela literatura em relação ao Brasil. Em vista da prevalência dos
oncogênicos de alto risco analisados nas pacientes, deve-se preconizar a importância de políticas públicas
que estabeleçam estratégias de intervenção envolvendo a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento
oportuno desses agravos, a fim de que haja promoção na qualidade de vida dessa população.

P48 LESÕES INTRAEPITELIAIS EM MULHERES INFECTADAS POR HPV


Autores: Patrícia Travassos Cutrim; Marília de Oliveira Bringel; Mariane Fernandes Barbosa; Mariana Santos
de Castro; Luciane Maria Oliveira Brito; Maria Bethânia da Costa Chein.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Patrícia Travassos Cutrim
Contato: patty_travassos@hotmail.com

Introdução: O Papilomavírus Humano é um patógeno bem adaptado para infectar o epitélio. Estima-se que
pelo menos 50% dos indivíduos sexualmente ativos entrarão em contato com o HPV em algum momento
de suas vidas. Pesquisas revelaram uma íntima relação entre o HPV e o surgimento de câncer cervical, assim
como as lesões precursoras. O intervalo de tempo entre o pico da infecção por HPV e o pico de incidência
de câncer é duas a quatro décadas, tornando as infecções iniciais e lesões precursoras do câncer do colo do
útero um alvo apropriado para triagem. Objetivos: Relacionar a presença de les ões intra-epiteliais e os tipos
de HPVs em mulheres, e verificar a compatibilidade dos métodos clínicos diagnósticos sugestivos de HPV,
com os métodos laboratoriais por meio de PCR. Métodos: Estudo transversal, com 129 mulheres, entre 18
e 60 anos de idade, atendidas no Centro de Pesquisa Clínica do HUUFMA, de agosto de 2014 a julho de 2015.
Foram selecionadas mulheres que apresentaram sinais subclínicos ou lesões macroscópicas sugestivas de
infecção pelo HPV ou aquelas que apresentaram na citologia oncótica cervical neoplasia intraepitelial
cervical (NIC) ou adenocarcinoma in situ (AIS). Elas foram submetidas a um questionário estruturado,
colposcopia e coleta de epitélio cervical para detecção do DNA-HPV por meio de PCR. Para a análise dos
dados, utilizou-se Word e Excel 2007. Resultados: As mulheres caracterizaram-se por idade média de 33,7
anos, cor parda (63,56%), solteira (37,98%), com nível de escolaridade ensino médio completo (34,11%). A
idad e média da primeira relação sexual foi de 17,4 anos; 29,45% possuíram mais de 4 parceiros ao longo da
vida e 69,76% não faziam uso regular da camisinha. Quanto aos sintomas ginecológicos, 51,16%
apresentaram leucorreia e 34,10% apresentaram dispareunia. A lesão cervical predominante foi NIC I, com
47,28%. O subtipo de HPV predominante foi o 16 (34,04%), ocorrendo em pacientes com alterações
precoces e inespecíficas no preventivo, e até mesmo em resultados normais. Quanto à colposcopia, 33,33%
apresentou epitélio acetorreativo e 23,25% Schiller positivo. Conclusão: Este estudo reafirma a correlação
entre a infecção cervical pelo HPV com alterações subclínicas presentes à colpocitologia oncótica e
colposcopia, já discutida pela literatura. São necessários outros estudos que investiguem a infecção cervical
pelo HPV, visando à detecção precoce da infecção e contribuindo para a redução da prevalência do câncer
cervical.

"VIVA SAÚDE": RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE


P49 MEDICINA EM UM PROJETO DE EXTENSÃO NA CIDADE
UNIVERSITÁRIA
Autores: Josiel Guedes da Silva; Helaine Dias Guimarães; Camila Brito Rodrigues; Bianca Santos Serra; Maria
do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Josiel Guedes da Silva
Contato: josielguedes.jg@gmail.com

Introdução: O projeto “Assistência às Doenças Crônicas na Cidade Universitária da UFMA: Viva Saúde”,
desenvolvido por estudantes da área da saúde da Universidade Federal do Maranhão, pauta-se no tripé
ensino-pesquisa-extensão, visando o acompanhamento ambulatorial de pacientes advindos da área Itaqui-
Bacanga, especialmente mulheres, tendo como enfoque a prevenção do câncer (CA) de colo uterino e de
mama. Objetivos: Relatar experiência de uma prática ambulatorial no contexto de um projeto de extensão
universitária que engloba ações de promoção e prevenção de saúde. Métodos: Trata-se de um relato do
trabalho desenvolvido por alunos de Medicina do 2º período em projeto de extensão com o auxílio de
profissionais da saúde e alunos voluntários. Realiza-se exame de Papanicolau e exame físico das mamas para
o rastreamento de CA de colo de útero e de mama, além de atendimento ambulatorial de caráter
generalista. Os voluntários realizam capacitações internas, a fim de aprimorar o conhecimento científico e
as técnicas usadas nos exames, o que propicia a integração do aprendizado acadêmico como forma de
responder às demandas sociais. Resultados: Notou-se um aumento na procura dos serviços prestados e no
número de estudantes voluntários no projeto. A inibição de alguns pacientes em serem atendidos por alunos
diminuiu, à medida que os próprios alunos passaram a garantir um acolhimento humanizado. Nos
estudantes, notou-se maior confiança em realizar as anamneses e os exames, já que o projeto dá certa
liberdade para este se descobrir como profissional. Além disso, a produção científica relacionada às áreas
do conhecimento pertinentes ao projeto obteve grande crescimento. Por meio do "Viva Saúde", observou-
se a importância da abordagem multidisciplinar do atendimento, pois, por meio da relação voluntários-
pacientes, proporciona-se um vínculo de confiança que permite uma linha de cuidado contínua e efetiva na
qual as mulheres realizam seus exames periodicamente, bem como permite o acompanhamento das
doenças crônicas prevalentes na comunidade. Conclusão: projeto estimula a correlação de conhecimentos
da graduação, assim como propõe o estabelecimento de uma relação médico-paciente pautada no respeito
e na reciprocidade, observando a importância da integralidade e do atendimento ambulatorial para
prevenção e promoção de saúde.
GESTAÇÃO HETEROTÓPICA: ESTUDO DE CASO EM PACIENTE
P50 ATENDIDO NO HOSPITAL E MATERNIDADE DOM ORIONE
(HMDO) DE ARAGUAÍNA/TO
Autores: João Victor Pereira Gomes; Tássylla Caroline Ferreira Pereira; Guilherme Nunes Skripka; Gustavo
Luiz Maia Pereira; Gilson Pinto Ribeiro.
Instituição(ões): FAHESA
Apresentador(a): Guilherme Nunes Skripka
Contato: gustavoluys17@gmail.com

Introdução: A gestação heterotópica é uma condição rara na qual se encontra gestação ectópica
simultaneamente a uma gestação intra-uterina. No passado, a incidência de gestação tópica associada a
uma ectópica era 1:30.000. Com o advento das técnicas de reprodução assistida, a frequência desta
complicação aumentou para 1:100-500 gestações. As gestações ectópicas podem se implantar em
diferentes sítios extra-uterinos, como a cicatriz cesariana, abdome, cérvice e outros, contudo o pólo de
nidação mais comum, nesses casos, é o tubário, sendo que a localização e o estágio de desenvolvimento
dessa entidade clínica geram sinais e sintomas específicos. O diagnóstico precoce é de difícil realização,
ocorrendo habitualmente somente após a rotura da gravidez ectópica, porém o diagnóstico deste caso foi
realizado após exame ultrassonográfico realizado sob suspeita de aborto incompleto. O aumento da
incidência desta complicação, principalmente frente a gestações obtidas por fertilização in vitro, associado
à gravidade desta manifestação clínica e a necessidade de gerar mais informações sobre o tema, incentivou
o relato deste caso visando alertar os obstetras e ultra-sonografistas. Relato de caso: aciente feminina,
nascida em 16 de Junho de 1983, na época possuía 30 anos, atual de Araguaína-TO, cor negra, chega ao
Hospital e Maternidade Dom Orione (HMDO) com quadro urgente de tratamento de gestação heterotópica
no dia 11 de Setembro de 2013, após constatação de gestação ectópica tubária por meio de exame
ultrassonográfico e físico (toque ginecológico). Paciente foi internada referindo perda de sangue há mais ou
menos 3 dias, com colo fechado e gestação gemelar com gravidez tópica de sete semanas e dois dias mais
outra ectópica de trompa esquerda. Ao exame obstétrico, constatou-se: fundo uterino (FU): 36; batimento
cardíaco fetal (BCF): 140; DU:+; pressão arterial (PA): 120/80 milímetros de mercúrio (mmHg). Ao exame do
toque ginecológico notou-se que o útero se encontrava antero verso fletido (AVF) com aspecto globoso e
apresentando sangramento discreto. A paciente foi indicada a fazer laparotomia para cirurgia da prenhez
ectópica associada a ressecção da tuba uterina esquerda. Após realizado a laparotomia, tendo sido realizada
sapingectomia à esquerda, sem intercorrências no ato, foi feito inicialmente à paciente em pós-operatório
(PO) uma dieta zero (jejum) por 12 horas, seguida por administração de solução de soro fisiológico 0,9%
(1000mL) por via intravenosa (IV), Metoclopramida Cloridrato 10mg/2mL por via intramuscular (IM). Para
posteriores cuidados, foram medicados Dipirona Sódica 500mg (IV), Tenoxicam 20mg (IV), Nalbufina
Cloridrato 10mg/mL (IM), Progesterona 200mg (IV), Cefalotina Sódica (IV) e Solução Glicosada 5% (500 mL).
Foi feita sondagem vesical de demora mediante ao PO de cirurgia de risco.Paciente evolui bem, sem queixas
de algia e perdas sanguíneas, passando a ter sua dieta regularizada e fazendo uso de Dipirona Sódica 500mg
por via intravenosa (IV), Dimeticona 40mg (IV), e Bisacodil 5mg (IV) . Retirada de sonda vesical 12 horas após
cirurgia. Apresentava abdome flácido, pouco doloroso à palpação superficial e profunda e diurese presente
e clara. A paciente recebe alta do hospital dia 14 de setembro de 2013, visto que a mesma se apresentava
lúcida, afebril e demonstrava melhoras em seu quadro clínico. A paciente retorna ao HMDO dia 16/09/2013
para a realização de curetagem, com diagnóstico de aborto incompleto, sendo assim, internada. Após feito
o ato cirúrgico, sem intercorrências, paciente foi submetida a dieta zero por 6 horas após dieta branda.
Houve a administração de dipirona sódica 500mg, diclofenaco potássico 50mg, omeprazol 20mg, ceftriaxona
1g IV/IM e metronidazol 5mg/mL – 100mL.. Paciente evolui em bom estado geral (BEG), sem queixas e com
sangramento vaginal discreto, recebendo alta do HMDO no dia 18/09/2013. Considerações finais: A
gravidez heterotrópica é uma manifestação clínica rara e pode apresentar um alto grau de mortalidade, já
que seu diagnóstico precoce é difícil. Geralmente, sendo feito somente depois de ocorrida a ruptura da tuba
uterina, e seu tratamento é cirúrgico, dessa forma, possuindo um certo risco ao paciente.Assim, por ser uma
entidade que está se tornando cada vez mais frequente no âmbito hospitalar e seu prognóstico está
diretamente relacionado a precocidade de seu tratamento, torna-se necessário a produção deste relato de
caso para auxiliar na identificação e evolução da patologia.

PREVALÊNCIA DAS MULHERES COM CONHECIMENTO DO EXAME


P51
PAPANICOLAU EM UMA UBS NO MARANHÃO
Autores: Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Adriana Aíla
Rocha Araújo; Renata Rebouças Moura.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes
Contato: katarineduailibe@hotmail.com

Introdução: Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o câncer de colo de útero está
entre os tipos de câncer com maior mortalidade no país. No Maranhão, ele é o segundo mais incidente entre
as mulheres, tendo sido registrados mais de 800 casos em 2014. A prevenção primária do câncer do colo do
útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A maioria das
mulheres procura atendimento ginecológico somente nos casos sintomáticos, comprovando o
desconhecimento delas a respeito do exame preventivo em questão. Objetivos: Identificar prevalência das
mulheres com conhecimento acerca do exame Papanicolau na prevenção de câncer de colo do útero em
UBS. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa realizada com 28 mulheres
sexualmente ativas, com faixa etária entre 15 e 69 anos, por meio de entrevistas na Unidade Básica do Tibiri,
São Luis- Ma, no segundo semestre de 2014. Os depoimentos visavam estabelecer o conhecimento das
mulheres a respeito do exame preventivo. As entrevistas foram gravadas e manuscritas, as mulheres falaram
livremente sobre as perguntas norteadoras, não havendo interferências das pesquisadoras. Resultados: De
acordo com o questionário aplicado com as 28 mulheres entrevistadas, 14 tinham idade entre 15 e 28 anos
e 15 de 29 a 69 anos. Quanto ao estado civil 13 eram solteiras, 9 casadas, 1 viúva e 5 moravam com parceiro.
Em relação a coitarca, as mulheres relataram início entre 12 e 20 anos de idade, sendo a maior prevalência
aos 16 anos. Com relação ao exame, 24 mulheres relataram conhecimento e já haviam feito o preventivo; 4
desconheciam e nunca o tinham feito. Das mulheres que já haviam realizado o Papanicolau, 14 relataram
que faziam geralmente na frequência de um ano. Porém, não sabiam a real função do exame, somente 5
sabiam da importância dele no rastreamento do CA de útero. Os fatores da não realização do Papanicolau
apareceram associados à idade mais avançada e à promiscuidade, revelando um desconhecimento da
relação entre sexarca precoce e o desenvolvimento do câncer, além da escassez de instrução pela Equipe
de Saúde da Unidade. Conclusão: O trabalho buscou identificar os motivos que influenciam as mulheres a
não realizarem o exame Papanicolau. Definindo, assim, estratégias de intervenções mais eficientes e
adequadas às reais necessidades da população feminina. Intervindo na prevenção do CA de colo e
compreensão acerca do exame Papanicolau.

SITUAÇÃO DAS GESTANTES SOROPOSITIVAS DO HIV EM UM


P52
MUNICÍPIO DO ESTADO DO MARANHÃO
Autores: Giuliano Rocha Velozo; Laís Silva Fernandes; Almir José Guimarães Gouveia; Gabriel Permulter
Lago; Irene Sousa da Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): Giuliano Rocha Velozo
Contato: giulianovelozo@hotmail.com

Introdução: No Brasil, estima-se que 630.000 pessoas de 15 a 49 anos vivam com Vírus de Imunodeficiência
Humana (HIV). Com relação à infecção pelo HIV em gestantes, um total de 77.066 casos foi notificado no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2000 a 2014, sendo o Nordeste
portador de 14,9% dos casos. O Ministério da Saúde tem investido no fornecimento de teste rápido para o
acesso ao diagnóstico durante o pré-natal na Atenção Básica de Saúde, pois o conhecimento do estado
sorológico da infecção pelo HIV e o diagnóstico precoce permitem a adoção de med idas que reduzem o
risco de transmissão vertical. Objetivos: Avaliar as condições sócio-demográficas e ambientais envolvidas
nas gestantes diagnosticadas com HIV no município de Caxias- MA. Métodos: Estudo epidemiológico
realizado por meio de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado
da Saúde do Maranhão com todos os casos notificados (N=25 casos) de gestantes infectadas pelo HIV entre
janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Resultados: Foram notificados 25 casos de gestantes HIV positivas,
sendo destas 64% com idade entre 20 a 29 anos, com ensino fundamental incompleto (32%); de cor parda
(56%) e residente na zona urbana (76%). O pré-natal foi realizado em 96% dos casos e a evidência
laboratorial foi obtida antes ou durante o pré-natal em 80% das gestantes. A profilaxia no momento do
trabalho de parto foi realizada em 60% dos partos e a quimioprofilaxia nas primeiras 24 horas em 76% dos
neonatos. Conclusão: A infecção do HIV em gestantes atinge mulheres jovens e com baixo nível de
escolaridade. Observa-se a tendência de interiorização da infecção pelo HIV, no qual nota-se progressiva,
embora incipiente, propagação da epidemia para municípios distantes. A cobertura pré-natal e o diagnóstico
são acessíveis à maioria das mulheres e a oferta de ARV às gestantes no momento do parto e aos recém-
nascidos atinge cifra próxima a 60% o que deve ser ampliada no intuito de erradicar a transmissão vertical.

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS GESTANTES COM SÍFILIS NO


P53
MUNICÍPIO DE CAXIAS, NO PERÍODO DE 2009 A 2014
Autores: Laís Silva Fernandes; Almir José Guimarães Gouveia; Irene Sousa da Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): Laís Silva Fernandes
Contato: laissf@live.com

Introdução: A sífilis gestacional é uma doença que ainda apresenta prevalência significativa, com relevante
letalidde, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento, o que gera uma transmissão vertical
estimada em 25%, sendo responsável por mais de 500 mil mortes fetais. Contudo, a sífilis gestacional exibe
diagnóstico simples e tratamento eficaz, levando, assim, à possibilidade de menores custos relativos ao
tratamento de seqüelas dessa infecção. Objetivos: Conhecer a epidemiologia da sífilis em gestantes no
município de Caxias do Estado do Maranhão. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo,
com análise quantitativa de dados, referente aos anos de janeiro de 2009 a dezembro de 2014 dos casos
notificados de Sífilis em gestantes (N=66 casos). A pesquisa foi realizada na Vigilância Epidemiológica da
cidade de Caxias - MA. Resultados: Foram notificados 66 casos de gestantes com sífilis no município
analisado sendo destas 64% com idade entre 20 a 29 anos; donas de casa (88%); com ensino fundamental
incompleto (53%); de cor parda (56%) e residente na zona urbana (86%). Houve uma prevalência de 63,64%
das gestantes com sífilis (42 pacientes) no estágio primário da doença, além disso, o tratamento com
Penicilina G benzantina foi o mais utilizado (75%). Conclusão: Nos dados levantados houve significativa
diminuição dos casos de sífilis gestacional no ano de 2014 em Caxias, mostrando-se como reflexo da redução
desses casos em nível nacional. A idade das gestantes com sífilis esteve em sua maioria na faixa de 21 a 30
anos, a e scolaridade das gestantes com sífilis é de ensino fundamental incompleto, resultado que concorda
com vários estudos desenvolvidos relacionando escolaridade e sífilis gestacional. Em nosso estudo foi
observada a prevalência de Sífilis no estágio primário, e o maior uso do tratamento com Penicilina G
benzantina nas gestantes com sífilis da cidade de Caxias- MA.

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS


P54 NO PERÍODO DE 2009 A 2014, SÃO LUIS, ESTADO DO MARANHÃO,
BRASIL
Autores: Antônio Henrique Lucano Milhomem Pereira; Humberto Carlos Vale Feitosa Segundo; Benjamim
Franklin Pinheiro de Alencar; Felipe de Queiroz Leite; Bruno Carvalho Campelo; Francisco Airton Veras de
Araújo Júnior .
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Antônio Henrique Lucano Milhomem Pereira
Contato: henriquemilhomem@hotmail.com
Introdução: A violência contra mulheres estabelece-se como uma das principais formas de violação dos seus
direitos humanos, afetando-as perniciosamente em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física.
Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico prevalente em casos de violência contra mulheres registrados no
SUS na capital do estado do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados.
Métodos: Estudo transversal com coleta retrospectiva, baseado em todos os dados (N = 1339) relacionados
a violência contra mulheres do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINA N) de janeiro de
2009 a novembro de 2014, notificados em São Luis - Maranhão. Dos casos registrados, coletou-se
características previamente selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil: faixa etária, raça,
escolaridade, local da ocorrência, tipo de violência e evolução dos casos. Posteriormente, estes foram
exportados para o programa Microsoft Excel versão 2013 e Microsoft Word versão 2013 e, assim,
analisados. Resultados: Observou-se, de janeiro de 2010 a novembro de 2014, 1339 casos de violência
contra mulheres em São Luis - Maranhão. A maioria destes estão inseridos na faixa etária de 10 a 14 anos
(28,23%). Destaca-se que, existiu maior prevalência de casos na raça parda (62,66%) e em mulheres entre
5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (24,72%). Quanto ao local da ocorrência, observou-se que
a maioria se deu na residência da vítima (56,01%). Constatou-se que a violência sexual foi o tipo mais
prevalente dentre todos os casos notificados (55,41%). Verificou-se que grande maioria das pacientes
evoluíram para alta hospitalar (84,62%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece na cidade São Luis casos de
violência contra a mulher em pacientes inseridos na faixa etária de 10 a 14 anos, raça parda e ensino
fundamental incompleto. Foi observado que o local de ocorrência mais comum se dava na residência da
vítima, que o tipo de violência mais relatado é o sexual e que a maioria das mulheres evoluíram para alta
hospitalar.

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE A TUBERCULOSE EM


P55 GESTANTES NO ESTADO DO MARANHÃO, NO PERÍODO DE 2005 A
2015
Autores: Isadora Léda Braga; Antônio Rodrigues de Araújo; Beatriz Ximenes Mendes; Márcio Cícero de
Campos Esteves.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Isadora Léda Braga
Contato: isadora_leda@hotmail.com

Introdução: Tuberculose é uma doença infecto -contagiosa, transmitida pelo ar, cujo agente etiológico é o
Myobacterium tuberculosis que atualmente se tornou um problema de saúde pública mundial. Durante a
gravidez, a tuberculose pode ser tratada com sucesso, utilizando drogas não teratogênicas como isoniazida,
rifampicina e pirazinamida; porém, o não tratamento adequado, resultando em doença não curada, é
associada à morbimortalidade entre mulheres grávidas, com possibilidade de disseminação pela veia
umbelical, pela transmissão pós-parto para o neonato e outros contactuantes. Objetivos: Traçar o perfil
epidemiológico dos casos de tuberculose em gestantes no estado do Maranhão, descrevendo caracteres
referentes aos pacientes notificados. Métodos:. Estudo transversal baseado em todos os dados (N =28672)
relacionados aos casos de tuberculose em gestantes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) de janeiro de 2004 a dezembro de 2014 notificados no Maranhão. Dos casos registrados, foram
coletadas características previamente selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil: município
de notificação, faixa etária, tipo de entrada, forma da tuberculose, realização da cultura de escarro,
coinfecção com HIV e situação de encerramento. Posteriormente, esses dados foram exportados para o
programa Microsoft Excel versão 2010 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados O
espaço amostral total do período analisado foi de 28672 gestantes. Destas 35,9% foram notificadas no
município de São Luís. A faixa e tária com maior número de registros foi entre 20 e 39 anos (41,5%). Quanto
a forma de entrada, 82,4% foram casos novos e a forma da tuberculose mais prevalente foi a pulmonar
(90,6%). Em relevante parcela das gestantes, não houve realização da cultura de escarro (88,75%) e em
55,3% não houve realização do teste para HIV. A situação de encerramento da grande maioria dos casos foi
a cura (72,4%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de tuberculose em
gestantes residentes em São Luís, inseridas na faixa etária dos 20 aos 39 anos, a grande maioria serão casos
novos, com a forma de apresentação de tuberculose do tipo pulmonar, a cultura de escarro e a testagem
para HIV não são realizadas com frequência, e as gestantes tem um alto índice de cura.

ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE CASOS E DA MORTALIDADE, POR


P56 DENGUE GRAVE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL, NO PERÍODO
DE 2005 A 2015
Autores: Monique Cavalcante Borges Leal; Evellyn Batista da Silva Flizikowski; Tailine Laís Lopes Bandeira;
Kellyton Emanuel Craveiro da Silva; Wanessa Rodrigues Nascimento; Augusto César Evelin Rodrigues.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Kellyton Emanuel Craveiro da Silva
Contato: maribserra@hotmail.com

Introdução: A dengue grave, antigamente chamada de hemorrágica, segundo a nova classificação da OMS
em vigor desde janeiro de 2014, se tornou um problema de saúde pública devido aos inúmeros casos da
doença e elevado número de óbitos. Todo caso que apresente um ou mais desses sintomas: extravasamento
plasmático grave, hemorragia grave e envolvimento grave de órgãos é considerado caso suspeito de dengue
grave e deve ser realizado cuidados intensivos caso haja deterioração clínico-laboratorial. Objetivos:
Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com Dengue Grave na região nordeste observados entre os
anos de 2005 e 2015 considerando o número de casos confirmados e número de óbitos. Métodos: estudo
do tipo quantitativo epidemiológico e exploratório, de dados secundários, de todos os casos ocorridos e
notificados na região nordeste pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM) para o
período de janeiro de 2005 a julho de 2015. Resultados: O sistema de classificação da Dengue foi alterado
e desde 28 de fevereiro de 2014, a notificação e análises epidemiológicas dos casos de dengue são feitas
pela nova classificação da OMS e notificados exclusivamente por intermédio do Sinan Dengue Online. Os
resultados obtidos demonstraram que a região Nordeste apresentou no período observado 7440 casos de
Dengue grave que correspondem a (36,54%) dos casos notificados no país. Os estados com maior número
de casos registrados foram: Ceará, 153 (21,86%), Bahia 105 (18,3%) e Rio Grande do Norte 57 (14,9%),
respectivamente. Em relação ao número de óbitos, na região ocorreram 647 óbitos durante o período em
análise (25,88%) das notificações do país. O estado com a maior ocorrência foi o Ceará com 202 mortes
registradas e Alagoas apresentou o menor número, com apenas 28 casos. Conclusão: A pesquisa
demonstrou que a Dengue Grave, constitui-se um sério problema de saúde pública no país sendo
responsável por um grande número de óbitos todo ano. A região nordeste foi responsável por quase 37%
dos casos no país, tendo sido registrados nessa região, quase 26% do total de óbitos por essa causa. É
imprescindível que a nova classificação proposta seja conhecida por todos os médicos e profissionais de
saúde, visto que a ocorrência de casos ainda é bastante significativa pois ainda não se vislumbra, a curto e
médio prazo o controle dessa doença no Brasil.

PERFIL DOS PACIENTES COM HANSENÍASE ATENDIDOS EM UMA


P57
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SÃO LUÍS
Autores: Ana Karolina Carneiro Cutrim; Mariana Gracinda Almeida dos Santos Rabêlo.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Mariana Gracinda Almeida dos Santos Rabêlo
Contato: naninha.gracinda@hotmail.com

Introdução: A Hanseníase é uma doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção pelo


Mycobacterium leprae. A classificação é baseada no número de lesões cutâneas, casos com até cinco lesões
é considerado Paucibacilar(PB) e os com mais de cinco lesões são Multibacilares(MB).Considerando a
distribuição espacial da hanseníase, descobriu-se tratar de agravo endêmico em países em
desenvolvimento, correlacionado às condições socioeconômicas,culturais,de escolaridade,acesso a
informações e essencialmente aos serviços de saúde.Os contatos intradomiciliares dos pacientes com
hanseníase devem ser sempre examinados já que possuem maior risco de serem contaminados do que a
população geral. Neste sentido, a vigilância sistemática dos contatos é importante para romper a cadeia
epidemiológica da doença. Objetivos: Traçar o perfil sociodemográfico dos pacientes em tratamento para
hanseníase em uma Unidade Básica de Saúde de São Luís-MA;Identificar a classificação operacional e a
forma clínica dos pacientes;Estratificar o número de contatos que sofreram avaliação médica. Métodos:
Trata-se de estudo quantitativo descritivo transversal, realizado por meio da avaliação de 19 prontuários de
pacientes em tratamento de hanseníase. Resultados: Quanto ao perfil sociodemográfico 52,6% dos
pacientes eram do sexo masculino, a média de idade encontrada foi de 25,7 anos(de 4 a 51 anos).No aspecto
grau de escolaridade 38,46% possuíam ensino médio completo, 30,76% ensino fundamental incompleto,
15,38% ensino médio incompleto e 15,38% ensino fundamental completo.Quanto à profissão 41,17% eram
estudantes, 11,76% vendedores, 11,76% trabalhavam com serviços gerais, 5,88% vigilante, 5,88% eletricista,
5,88% sucateiro, 5,88% pedreiro, 5,88% auxiliar de almoxarifado e 5,88% desempregado.No quesito
classificação operacional 89,5% foram MB e 10,5% PB.Quanto à forma clínica 73,7% Dimorfa, 21%
Virchowiana e 5,3% Tuberculóide.Os contatos intradomiciliares que foram submetidos a avaliação médica
foram 19% e não avaliados 81%. Conclusão: O estabelecimento do perfil dos pacientes com hanseníase é
importante para identificação da população que está exposta a maior risco de contaminação pelo bacilo da
hanseníase,bem como de fatores facilitadores da transmissão da doença no meio familiar e profissional.O
conhecimento da população acerca da doença e das suas formas de prevenção,pode ser avaliado por meio
do número de contatos intradomiciliares que são submetidos a avaliação médica para rastreamento da
doença.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HEPATITES


P58
VIRAIS NO ESTADO DO MARANHÃO
Autores: João Gabriel Léda Braga; Verônica Noronha Rodrigues; Francisco Laurindo da Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): João Gabriel Léda Braga
Contato: joaogabriellbraga@gmail.com

Introdução: As hepatites virais são um grupo de viroses sistêmicas hepatotrópicas que produzem quadros
de hepatite aguda (inaparente ou sintomática). A depender do agente etiológico, da carga viral e de
condições do hospedeiro, podem evoluir para hepatite crônica, cirrose, câncer de fígado e formas agudas
fulminantes. A grande maioria dos casos de hepatites virais são causados por um dos cinco agentes: Vírus
da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e o vírus
da hepatite E (HEV). Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes c om hepatites virais no estado
do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados. Métodos: Estudo transversal
baseado em todos os dados (N =6347) relacionados às hepatites virais do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN) de janeiro de 2007 a maio de 2015 notificados no Maranhão. Dos casos registrados,
foram coletadas características previamente selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil:
município de notificação, sexo, faixa etária, raça, escolaridade, classificação etiológica e forma clínica de
apresentação. Posteriormente, esses dados foram exportados para o programa Microsoft Excel versão 2010
e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados: O espaço amostral total do período
analisado foi de 6347 pacientes. Destes 42,5% foram notificados no município de São Luís. O sexo com maior
número de casos registrados foi o sexo masculino (52,3%). Quanto a faixa etária, 23,3% dos pac ientes
estavam entre os 20 e 39 anos. Houve uma maior prevalência em pacientes da raça parda (57,9%) e com o
ensino fundamental incompleto (30,7%). Observou-se que 52,2% dos casos foram de hepatite A, seguidos
por 23,9% de casos de hepatite B. A forma clínica de manifestação mais prevalente foi a de hepatite aguda
(60,5%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos de hepatites virais em
pacientes residentes de São Luís, a maioria é do sexo masculino, inseridos na faixa etária dos 20 aos 39 anos,
de raça parda e com ensino fundamental incompleto. Prevaleceram casos de hepatite A e a forma de
apresentação clínica mais comum é a de hepatite aguda.

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS: ASPECTOS


P59 EPIDEMIOLÓGICOS NO PERÍODO DE 2007 A 2014, ESTADO DO
MARANHÃO, BRASIL
Autores: João Gabriel Léda Braga; Verônica Noronha Rodrigues; Francisco Laurindo da Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): João Gabriel Léda Braga
Contato: joaogabriellbraga@gmail.com

Introdução: O Brasil caracteriza-se pelo clima tropical e pela grande diversidade da fauna. Pertencentes à
fauna do país encontram-se um grupo de animais de interesse médico, os animais peçonhentos. Dentre os
acidentes causados por animais peçonhentos, os ofídicos são os de maior importância médica devida sua
grande frequência e gravidade. Em função disso, esse tipo de acidente é um importante problema de saúde
pública. No Brasil, são registrados anualmente mais de 37.000 acidentes por escorpiões, 26.000 por
serpentes e 20.000 por aranhas. Quanto à letalidade, os acidentes por serpentes represe ntam 0,5%, por
escorpiões 0,2% e por aranhas 0,1% dos casos. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos acidentes por
animais peçonhentos no estado do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados.
Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal, baseado em todos os dados (N=16298) disponibilizados
pelo Ministério da Saúde através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN no período
de janeiro 2007 a dezembro 2014. Dos casos registrados coletou-se características previamente
selecionadas segundo sua relevância na formação do perfil: tipo de acidente, sexo, faixa etária, raça,
escolaridade, gravidade e evolução dos casos. Os dados coletados foram tabulados e analisados
estatisticamente. Resultados: O espaço amostral total no período analisado foi de 16298 acidentes por
animais peçonhentos. Deste total, 74,2% foram provocados por serpentes. Quanto ao sexo dos pacientes,
72,6% pertenciam ao sexo masculino e a faixa etária com maior número de notificações foi entre 20 e 39
anos (37%). 70,4% dos pacientes notificados foram classificados como pardos e em 94,2% dos casos não se
obteve informações quanto a escolaridade. Em relação a gravidade, 56,7% foram acidentes considerados
leves e 84,2% dos pacientes foram curados. Somente 0,62% evoluíram para óbito por conta da causa
notificada. Conclusão: Conclui-se que, no estado do Maranhão há uma maior prevalência de acidentes com
serpentes, em pacientes do sexo masculino, com uma idade entre 20 e 39 anos, pardos, sem informações
quanto a escolaridade. Os acidentes em sua maioria são leves e apenas uma parcela não muito significativa
evolui para o óbito.

PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS GESTANTES ATENDIDAS EM UMA


P60
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MARANHÃO EM 2014 E 2015
Autores: Núbia Barros de Araújo; Flávia Coelho Mohana Pinheiro; Lívia de Castro Eloi; Samir Henrique Corso;
Patrícia Magalhães Coelho; Elane Carvalho de Oliveira.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Flávia Coelho Mohana Pinheiro
Contato: flaviamohana@gmail.com

Introdução: Considera-se o pré-natal um momento de preparação fisiológica e psicológica para o parto e


para a maternidade, sendo assim, um período de aprendizado por parte da mulher e de sua família e uma
oportunidade para a equipe de saúde desenvolver a educação no processo do cuidar. O pré-natal inclui a
prevenção de doenças e agravos, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas ocorridos durante o
período gestacional até o pós-parto”. Neste contexto, justifica-se a importância do presente estudo, quando
o interesse deste partiu do Grupo de Pesquisa PET Saúde Uniceuma do qual os pesquisadores participam, a
fim de conhecer a população atendida para qualificar as consultas e proporcionar retorno à unidade de
saúde. Objetivos: Traçar e analisar o perfil sociodemográfico das gestantes atendidas em uma Unidade
Básica de Saúde no Maranhão nos anos de 2014 e 2015. Métodos: Foram aplicados 53 questionários, que
continham perguntas acerca da idade, procedência, cor, renda, escolaridade, número de
habitantes/residência, estado civil e se houve abandono escolar durante a gestação. Os dados foram
tabulados pelos programas Microsoft Excell 2011 e Bioestat 5.0.Incluíram-se todas as gestantes de baixo
risco, sem critérios de exclusão, durantes os anos de 2014 e 2015. Resultados: Em relação à idade, não
houve predomínio estatisticamente significativo de nenhuma faixa etária específica, sendo abrangida a faixa
etária entre 20 e 39 anos. Quanto à procedência, 84% eram da capital do estado e 16% vinham do interior;
23,5% das gestantes se autodeclararam brancas, 19,6% negras e 56,9% se declararam pardas. Em relação à
renda familiar, 92,4% ganham até 3 salários mínimos/mês. O número de habitantes por residência também
não apresentou tendência estatisticamente significativa, variando desde 1 a 15 habitantes. 13,5% das
gestantes apresentaram ensino fundamental ou 1o grau completo, 5,8% obtinham ensino fundamental ou
1o grau incompleto, 51,9% apresentaram ensino médio completo, 25% obtinham ensino médio incompleto
e 3,8% das gestantes tinham grau superior. Não houve abandono escolar na maioria dos casos (84,3%). A
união estável foi o estado civil de maior predomínio durante a pesquisa (61,5%), seguido do matrimônio (23
,1%) e 15,4 % da população pesquisada se declararam solteiras. Conclusão: Uma boa assistência pré-natal
assegura o envolvimento dos profissionais no desenvolvimento de uma gestação sem riscos sendo um
excelente indicador de eficiência das políticas públicas de saúde voltadas à redução de morbimortalidade
durante este período .A atenção multidisciplinar e a localização do paciente em um contexto mais amplo de
como a saúde do cidadão é tratada pela sociedade denota a necessidade de uma reestruturação no Serviço
de Atenção Primária à gestante. Reestruturação esta que consiga abranger, sobretudo, aquelas que estejam
em condições vulneráveis, representadas pelos dados acima descritos.
PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA QUANTO À ÉTICA
P61
PROFISSIONAL EM TERESINA-PI
Autores: Evellyn Batista da Silva Flizikowski; Joycce Huanna de Souza Silva; Ravena Vilarinho Santos Soares;
Jessica da Silva Prates; Thalyta Batista de Sousa; Edison de Araújo Vale.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Evellyn Batista da Silva Flizikowski
Contato: evellynflizikowski@gmail.com

Introdução: As questões éticas vêm sendo alvos constantes de discussões tendo em vista o crescente
número de ocorrências devido ao descaso com a vida, principalmente na área médica, isso se constitui uma
preocupação social que pode repercutir na saúde pública do Brasil. Objetivos: O objetivo desse estudo foi
analisar a percepção ética de estudantes de medicina de uma faculdade privada e uma universidade pública
em Teresina-PI. Métodos: O estudo tem caráter descritivo e analítico com a abordagem quantitativa
realizado a partir de um questionário padronizado após aprovação do comitê de ética número 920.192 e,
em seguida, analisados através do programa estatístico SPSS versão 20.0.Os acadêmicos foram
questionados, no período de agosto a dezembro de 2014, quanto ao conhecimento do código de ética
médica, percepção quanto ao mau comportamento ético dos docentes, alteração na concepção e no
comportamento ético em comparação ao início de seu curso, momento adequado para ensinar a disciplina
e frequência de atualização quanto à ética médica. Resultados: Foram analisados 162 alunos, do 1º, 2º, 7º
e 8º períodos, sendo 53,09% de uma instituição privada e 49,61% de uma pública. Desse total 92 (62,07%)
eram do gênero masculino e 70 (37,93%) do feminino.Quanto ao conhecimento do CEM, 124 (76,54%)
afirmaram ter lido parcialmente, 29 (17,90%) nunca leram e 9 (5,56%) leram completamente. 66,05%
declararam ter professores com mau comportamento ético e 45,06% afirmaram que os docentes médicos
feriram o CEM. Cerca de 143 (88,8 7%) dos estudantes pesquisados afirmaram ter mudado seu
comportamento ético quando comparado ao início do curso, 42 (25,83%) preferem ter a disciplina
ministrada no 1º semestre, 51 (31,48%) em todos os períodos ,18 (11,11%) como optativa e o restante 51
(31,32%) em outros períodos. 109 raramente se atualizam, 18 (11,11%) nunca, 17 (10,49%) anualmente, 13
(8,02%) semestralmente e 5 (3,09%) mensalmente. Conclusão: Constatou-se apesar do baixo interesse pelo
conhecimento do CEM e em atualização ética, os acadêmicos em sua maioria consideram necessário ser
ministrada a disciplina em todos os semestres, relatam mudanças no comportamento moral em relação ao
início do curso e destacam professores considerados maus exemplos no cumprimento do CEM e no
comportamento ético profissional. Verifica-se a necessidade de medidas para que o ensino ético durante a
graduação não repercuta negativamente na formação dos futuros profissionais.

P62 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO ZICA VÍRUS NA BAHIA


Autores: Lorena Natali Cardoso Fernandes Caldas; Larissa Chaves de Carvalho; Mariana Castro Barros Raissa
da Silva santos; Geovane Cardoso Fernandes; Consuelo Penha Castro Marques.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Lorena Natali Cardoso Fernandes Caldas
Contato: lorenancfcaldas@gmail.com

Introdução: O Zika Vírus é uma patologia emergente, considerada como um potencial problema de saúde
pública, transmitida através do mesmo mosquito Aedes aegypti, também transmissor da Dengue, com alto
potencial de contaminação e dificuldade patente de eliminação do vetor. O vírus Zica tem os seguintes
sintomas: febre, cefaléia, artralgia, mal-estar, exantema na face, tronco e membros superiores, além de
intenso. O conhecimento sobre esta doença ainda é limitado e a compreensão da real situação
epidemiológica ainda é restrita, com subnotificação de casos e diagnósticos baseados apenas em asp ectos
clínicos. Uma das grandes dificuldades de diagnóstico, deve-se à ausência de sorologia disponível
comercialmente para detecção de anticorpos para Zika Vírus no Brasil. Na Bahia, primeiro Estado a notificar
o aparecimento do Zika vírus, a análise epidemiológica apresenta um avanço se comparado às demais
regiões do Brasil. Objetivos: Analisar a incidência do vírus Zika, no Estado da Bahia de janeiro a julho de
2015. Métodos: Levantamento epidemiológico, baseado em dados obtidos através de boletim
epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e Datasus, em 2015. Resultados: A Zika teve seus
primeiros casos identificados na Bahia, em fevereiro de 2015. Foram notificados 34.518 casos suspeitos de
Zika, em 199 (47,72%) municípios, entre os quais destacam-se: Salvador (44,16%), Camaçarí (15,90%), Jequié
(3,63%) e Porto Seguro (3,11%) que concentram 82,91% dos casos. A situação epidemiológica apresenta
tendência linear crescente ao avali ar a distribuição segundo semana epidemiológica. Em relação à faixa
etária, a incidência é maior entre os 20 e 39 anos. A incidência de complicações neurológicas, associadas ao
Zika vírus, foi de 115 casos. Destes, 53 foram confirmados como Síndrome de Guillain-Barré, 24 descartados
e 32 estão em investigação para classificação da manifestação neurológica e a etiologia. Dentre os
confirmados, 49(92%) estão, potencialmente, relacionados à história pregressa de infecção por ZIKA e
02(6,9%) relacionados à dengue, com sorologia reagente. Conclusão: O datasus ainda não apresenta dados
notificados sobre Zica. Através do estudo epidemiológico realizado e sabendo-se que inúmeros casos foram
subnotificados, observa-se a necessidade de maior acompanhamento, e de medidas mais efetivas e
eficientes de controle e combate do vetor transmissor, para impedir a disseminação dessa patologia, bem
como reduzir o índice de complicações.

IDOSOS PORTADORES DO HIV/AIDS: CARACTERÍSTICAS DA


P63
EPIDEMIA NO ESTADO DO CEARÁ
Autores: Antonio Joatan de Barros Filho; David de Alencar Correia Maia; Izolda Souza Costa; Jéssica Araújo
Vasconcelos Maia; José Osmar Vasconcelos Filho; Sueli de Souza Costa .
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Antonio Joatan de Barros Filho
Contato: joatan.barros@gmail.com

Introdução: No Brasil, o ritmo de crescimento da população idosa segue a tendência mundial, acompanhado
de mudança sociocultural das atitudes relativas à sexualidade e ao envelhecimento. A fragilidade em idosos,
acompanhada de algumas doenças comuns, dificulta o diagnóstico de infecção por HIV, tendo seus sintomas
confundidos com os dessas outras infecções. Tanto o idoso como os profissionais de saúde tendem a não
pensar na aids e, muitas vezes, negligenciam a doença nessa faixa etária. Objetivos: O objetivo deste estudo
foi descrever as características da AIDS em idosos do Estado do Ceará, na última década. Métodos: Realizou-
se um estudo de série temporal, com dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) entre janeiro de 2005 e dezembro de 2014. Resultados: Foram diagnosticados 10.299 novos casos,
sendo 1,5% (151) em idosos, 85,4% com comportamento heterossexual e 29,3% casados. A maioria deles,
residentes em Fortaleza (85,6%), com idade entre 60 e 69 anos (86,8%), gênero masculino (60,9%), raça
parda (61,6%). A proporção de casos homem/mulher teve seu pico em 2005 (5,5:1) reduzindo a partir daí,
atingindo o valor médio de 0,8:1 no período entre 2008 e 2011, e voltando a aumentar, chegando a 3,3:1
em 2014. Os grupos com menor escolaridade tiveram maiores coeficientes de incidência. A elevada
proporção de variáveis ignoradas reforça a implicação do sistema de investigação sobre a qualidade da
informação. Conclusão: Concluiu-se que a AIDS em idosos apresentou tendência de crescimento entre os
homens, com idades entre 60 e 69 anos, heterossexuais e casados, na última década, o que justifica a
implantação de campanhas de prevenção específicas para esta população, visando o enfrentamento da
doença.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS ENTRE ZERO E QUATRO


P64 ANOS NOTIFICADAS COM MENINGITE EM ARAGUAÍNA-TO, NO
PERÍODO DE 2010 A 2015
Autores: Tamires Lopes Oliveira; Fabiana Silva dos Santos; Ana Bárbara Feliciano Souza Santos.
Instituição(ões): FAHESA/ITPAC
Apresentador(a): Tamires Lopes Oliveira
Contato: tamires.lo@hotmail.com

Introdução: A meningite é um relevante problema de saúde pública, responsável por alta mortalidade e
morbidade em crianças, apesar de recentes avanços nos métodos diagnósticos e terapêuticos. Cerca de 5%
a 40% das crianças morrem em decorrência dessa doença, e 5% a 30% dos sobreviventes apresentam
sequelas neurológicas. Vários agentes podem causar meningites na infância, como bactérias, vírus, fungos,
espiroquetas, helmintos e protozoários. As manifestações clínicas variam de acordo com a idade e duração
da doença. Sintomas inespecíficos podem estar presentes, como mialgia, hipotensão, taquicardia, artralgia,
petéquias, febre, irritabilidade e abaulamento de fontanelas. O diagnóstico definitivo depende do exame do
líquor cefalorraquidiano, que varia de acordo com o agente etiológico, no qual avalia-se celularidade,
bioquímica, Gram e cultura. O tratamento empírico para meningite deve ser iniciado imediatamente após a
coleta do líquor e das hemoculturas, direcionado aos patógenos mais frequentes. Objetivos: O presente
estudo visa avaliar as características epidemiológicas referentes a crianças com idade entre zero e quatro
anos, atendidas em Araguaína - TO, no período de janeiro de 2010 a junho 2015, traçando um perfil
epidemiológico, confrontando com a literatura. Métodos: Foram coletados dados a partir da base de dados
eletrônica do SINAN-Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, através do
qual foram obtidas informações referentes à: idade, sexo e letalidade. Os dados foram analisados utilizando-
se o software Epi Info 7 e o Excel. Resultados: Nesse período foram notificados 74 casos de meningite: 37
(50%) eram crianças menores de um ano; 37(50%) do sexo feminino e 37(50%) do sexo masculino. Houve
quatro (5,4%) óbitos notificados, devido complicações da meningite. A maior incidência da doença foi em
2014, com 24 (32,4%) novos casos. Conclusão: Apesar de um número relativamente alto de meningite nessa
faixa etária, a letalidade por esta causa, mostrou-se baixa, no limite inferior encontrado na literatura. A
incidência da doença em crianças menores de um ano foi responsável por metade dos casos da faixa etária
analisada, refletindo, possivelmente, a imaturidade do sistema imunológico delas. Não houve diferença
quanto à incidência de meningite entre sexos, diferentemente da literatura, que apontou o sexo masculino
como sendo o mais acometido.

OCORRÊNCIA DE HEPATITES VIRAIS NO MARANHÃO NO


P65
PERÍODO DE 2007 A JUNHO DE 2015
Autores: Rute Rocha Santos; Lizandra Murielle de Carvalho Moraes; Milla Dantas Martins Rodrigues Xavier;
Marcela Bezerra Marques; Natália Maria Marques Brito; Jarbas Moura Moraes .
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Rute Rocha Santos
Contato: ruters_@hotmail.com

Introdução: As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos que têm em comum o
hepatotropismo. A prevenção dessas hepatites é um grande desafio para o sistema de saúde pública dos
países e das comunidades médica e científica. Desse modo, os vírus das hepatites ocasionam importante
morbimortalidade no mundo, causando doença hepática aguda e crônica. Objetivos: Analisar a ocorrência
de hepatites virais no Maranhão nos anos de 2007 a junho de 2015. Métodos: Trata-se de um estudo
quantitativo epidemiológico elaborado a partir de dados referentes às hepatites virais retirados do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram analisados de acordo com a classificação
etiológica, faixa etária, forma clínica e sexo. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office
Excel 2014. Resultados: No período de 2007 a junho de 2015, notificaram-se 6.358 casos de hepatites virais
no estado do Maranhão. Quanto à classificação etiológica, 143 (2,3%) casos foram ignorados, 3.313 (52,1%)
pacientes foram notificados apenas com hepatite A, enquanto 1.528 (24,4%) apresentaram apenas o vírus
B e 1.263 (19,9%) pacientes apenas o vírus C. Sete (0,1%) pacientes apresentaram as hepatites B e D, 39
(0,6%) foram identificados com os vírus B e C, 22 (0,3%) com os vírus A e B, quatro (0,06%) com as hepatites
A e C, e 39 (0,6%) pacientes consultados não se aplicam a esses grupos citados anteriormente. A maior
frequência de casos ocorreu na faixa etária de 20 a 39 anos com 1483 casos (23,3%), seguido pela faixa de
40 a 59 anos com 1333 (21,0%) e pela faixa de 5 a 9 anos com 1214 casos (19,1%). Entretanto, o menor
número ocorreu em pessoas com idade superior a 80 anos, com apenas 32 casos (0,5%). 3846 casos se
apresentaram sob a forma clínica de hepatite aguda (60,6%), 2286 casos sob a forma de hepatite crônica
(35,9%), 12 casos sob a forma de hepatite fulminante (0,2%), 91 casos com forma clinica inconclusiva (1,4%)
e 123 casos não tiveram a forma clínica especificada (1,9%). Ademais, notificaram-se 3326 casos em
indivíduos do sexo masculino (52,3%) e 3032 do sexo feminino (47,7%). Conclusão: Com base nos dados,
notou-se que a ocorrência de hepatites virais entre 2007 e junho de 2015 no Maranhão predominou na
forma isolada de hepatite A, na faixa etária de 20 a 39 anos, em indivíduos do sexo masculino. Ademais,
observou-se que a maior parte dos casos registrados apresentou-se sob a forma clínica de hepatite aguda.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO PIAUÍ ENTRE


P66
2008 E 2014
Autores: Caroline Carvalho de Araújo; Danilo Francisco Alves; Pedro Marcos Gomes Teixeira; Maria Carolina
Abreu da Silva; Rita de Cássia Barros Lima; Jancineide Oliveira de Carvalho.
Instituição(ões): uniNOVAFAPI - PI; Masarykova university - Brno
Apresentador(a): Caroline Carvalho de Araújo
Contato: carolcarvalho90@hotmail.com

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Apesar
de ser uma das patologias mais antigas no mundo, continua entre as doenças que mais afetam as pessoas.
Além disso, a co-infecção TB/HIV aumenta a incidência, a prevalência e a mortalidade por TB. Objetivos:
Determinar o perfil epidemiológico dos casos de tuberculose no Piauí, entre 2008 e 2014, segundo gênero,
faixa etária, forma de tuberculose, tipo de entrada, coinfecção HIV/AIDS e evolução. Métodos: Trata-se de
um estudo epidemiológico de caráter descritivo e retrospectivo dos casos de tuberculose no Piauí no
período entre 2008 e 2014. Os dados foram verificados no banco de dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN). Em seguida, foram analisados e agrupados em planilhas do software
Microsoft Excel e expostos em tabela. Resultados: Entre 2008 e 2014, foram notificados 6307 casos de
tuberculose no Piauí, sendo que 82,8% eram pulmonares e 14,6%, extrapulmonares. 995 casos aconteceram
em 2009 e apenas 785, em 2014. Observou-se um predomínio do gênero masculino, já que 4086 casos de
tuberculose foram em homens, correspondendo a 64,8% dos casos. 32,8% ocorreram na faixa etária entre
20-49 anos e 34,4%, entre 40-59 anos, resultando nas duas faixas etárias mais frequentes. As formas de
tuberculose extrapulmonar mais comuns são ganglionar e óssea, sendo que foram registrados 215 e 84
casos, respectivamente. 5,5% dos casos foram recidivantes e 2,4%, reingresso após abandono. Quanto à
coinfecção HIV/AIDS e tuberculose, 5,1% dos casos são coinfectados, entretanto 19 casos têm apenas o
vírus. 63,4% evoluíram para cura e 3,4%, para óbito. Conclusão: Nota-se que há predomínio de casos de TB
no gênero masculino, na faixa etária entre 40 e 59 anos e da forma pulmonar. A maioria são casos novos,
mas há uma parcela significativa que ocorre devido ao abandono do tratamento. Evidenciou-se também
redução dos casos nos últimos anos e a maioria tem evolução favorável com resolução do quadro.

LEISHMANIOSE VISCERAL CRÔNICA REFRATÁRIA AO


P67
TRATAMENTO CLÍNICO: RELATO DE CASO
Autores: Thaysla Morais Soares; Evellyn Batista Da Silva Flizikowski; Monique Cavalcante Borges Leal; Tailine
Laís Lopes Bandeira; Camila De Sá Bezerra; Aldo José De Oliveira Leal.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Thaysla Morais Soares
Contato: thayslamorais@hotmail.com

Introdução: A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma infecção sistêmica causada
por um protozoário do gênero Leishmania. A doença é caracterizada por hepatomegalia, esplenomegalia,
febre, caquexia e anemia. As opções terapêuticas para a doença são diversificadas e dependem de diversos
fatores, tais como a área geográfica da infecção, o desenvolvimento de resistência aos tratamentos
habituais, co-infecção pelo HIV, desnutrição e outras infecções concomitantes. A maioria dos pacientes com
leishmaniose visceral respondem bem ao tratamento com antimoniais, ou com a terap êutica de segunda
linha, como pentamidina ou anfotericina. Entretendo um pequeno número de pacientes podem desenvolver
um quadro refratário ao tratamento medicamentoso, com recaídas da doença e permanência dos padrões
clínicos e laboratoriais. Relato de caso: Paciente J.F.A., 55 anos, sexo masculino, agricultor, natural de
Teresina-PI, procedente de Acauã-PI. Portador de leishmaniose visceral crônica, sofre de episódios
recorrentes de astenia, palidez cutâneo-mucosa e distensão abdominal. Possui um diagnóstico consistente
de leishmaniose visceral confirmado por testes laboratoriais, incluindo o achado de amastigotas do parasita
em esfregaços de medula óssea. O exame clínico revelou BEG, palidez cutâneo-mucosa (+/4+), afebril
(36,5°C), distensão abdominal com dor leve após palpação profunda e esplenomegalia (9 cm abaixo da
margem costal). O paciente recebeu o tratamento recomendado para a leishmaniose visceral, antimônio
pentavalente (20 mg/Kg/dia EV) durante 30 dias consecutivos, com apenas melhora sintomática transitória
seguida de recaída. O esquema foi repetido mais uma vez sem melhora clínica. A seguir foi administrada
anfotericina B lipossomal 3 mg/kg/dia, durante 7 dias com pouca melhora clínica. Devido à alta toxicidade
da anfotericina, a droga foi suspensa e o paciente encontra-se apenas sendo tratado com medidas de
suporte. Considerações finais: A leishmaniose visceral é uma doença grave que está associada com
desnutrição, anemia, hepatoesplenomegalia, hiperesplenismo, processos infecciosos e coagulopatias. O
fracasso no tratamento clínico não é muito comum devido à alta efetividade das drogas disponíveis,
principalmente a anfotericina. Alguns aspectos como co-infecção, desnutrição ou falha na prescrição devem
ser investigados em pacientes resistentes ao tratamento clinico da leishmaniose visceral.

HANSENÍASE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO PERÍODO DE


P68
2010 A 2015, ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL
Autores: Antônio Henrique Lucano Milhomem Pereira; Felipe De Queiroz Leite; Daniel Borges Matos De
Melo; Marcus Vinicius Magalhães Guedes; Carlos Antonio Sobreira Alexandre; Francisco Airton Veras De
Araújo Junior.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Marcus Vinicius Magalhães Guedes
Contato: marcus.viniciusmg@hotmail.com

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, com potencial incapacitante


significativo, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium leprae e cuja via de transmissão se dá pelo
contato direto. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico, como lesões na pele e nervos
periféricos. Apresenta variadas formas clínicas que são determinadas de acordo com níveis de resposta
imune celular a bactéria Mycobacterium leprae, classificadas como: indeterminada, tuberculoide, dimorfa e
virchowiana. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico prevalente em casos de hanseníase registrados no
SUS no estado do Maranhão, descrevendo caracteres referentes aos pacientes notificados. Métodos:
Estudo transversal com coleta retrospectiva, baseado em todos os dados (N = 24912) relacionados a
hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de janeiro de 2010 a junho de
2015, notificados no Maranhão. Dos casos registrados coletou-se características previamente selecionadas
segundo sua relevância na formação do perfil: município responsável pela notificação, faixa etária, sexo,
raça, forma clínica da doença e evolução dos casos. Posteriormente, estes foram exportados para o
programa Microsoft Excel versão 2013 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. Resultados:
Observou-se, de janeiro de 2010 a junho de 2015, 24912 casos de hanseaníase em território maranhense.
A maioria destes (19,64%), notificados em São Luís, capital do estado e inseridos na faixa etária de 20 a 39
anos (34,04%). Destaca-se que, exis tiu maior prevalência dos casos no sexo masculino (57,78%) e maior
prevalência em pacientes da raça parda (63,54%). Quanto a forma clínica dos casos notificados, observou-
se que a maioria ocorreu na forma dimorfa (46,70%). Segundo a evolução dos pacientes, evidenciou-se cura
em mais da metade dos casos (52,34%). Conclusão: Conclui-se que, prevalece no estado do Maranhão casos
de hanseníase em pacientes residentes de São Luís, inseridos na faixa etária de 20 a 39 anos, sexo masculino
e raça parda. Admite-se ainda que a forma clínica mais frequente foi a dimorfa e mais da metade dos casos
evoluiram para cura.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO


P69
NORDESTE DO BRASIL DE 2010 A 2015
Autores: Marcela Bezerra Marques; Layane Duarte Silva; Thájara Fernandes De Sá Guimarães; Augusto César
Evelin Rodrigues.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Marcela Bezerra Marques
Contato: marcelamarques995@gmail.com

Introdução: A esquistossomose é uma endemia parasitária típica do Nordeste que continua a ser um grave
problema de Saúde Pública. Também conhecida por barriga d’água, xistosa ou doença do caramujo, é
caracterizada na forma mais grave, a hepato-esplênica, pelo aumento do fígado e do baço. O diagnóstico e
o tratamento são relativamente simples, mas a erradicação da doença só é possível com medidas
preventivas. Objetivos: Levantar um perfil epidemiológico de Esquistossomose Mansoni (EM) na região
Nordeste de 2010 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo epidemiológico retrospecti vo
elaborado a partir de dados retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram
analisados todos os dados de EM referentes à faixa etária, sexo, escolaridade e evolução da doença na região
Nordeste de 2010 a 2015. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office Excel 2014.
Resultados: Foram notificados 7298 casos de Esquistossomose no Nordeste, sendo 3974 (54,5%) no sexo
masculino e 3323 (45,5%) no sexo feminino. Do total de casos, o maior número ocorreu na Bahia (BA) com
3787 casos (51,9%), seguido do Pernambuco (PE) com 1650 (22,6%). O ano de maior ocorrência foi 2011,
somando 1526 (20,9%) dos casos, entre os quais a maioria se concentrou na BA com 749 (49,1 %) dos casos
neste ano. A maioria evoluiu para cura com 3347 casos (45,9%), seguido de 185 casos (2,5%) classificados
como Não Cura; ocorreram 141 óbitos por esquistossomose, os quais predominaram no PE (91 casos). A
maior frequência de casos ocorreu na faixa etária de 20-59 anos com 4618 casos (63,3%), seguido por
pessoas com idade menor que 20 anos com 1625 casos (22,3%). Analisando os graus de escolaridade, 2701
casos foram ignorados ou brancos e 543 correspondentes a analfabetos. A maior ocorrência deu-se em
pessoas com escolaridade restrita ao ensino fundamental com 2858 casos (39,2%); houve ocorrência
intermediária em pessoas no ensino médio com 863 (11,8%) e menor ocorrência naqueles em educação
superior com 122 casos (1,7%). Conclusão: Foram notificados numerosos casos de EM no Nordeste,
principalmente na Bahia e em Pernambuco, sendo este último o estado de maior número de óbitos. A
doença é mais frequente em homens e na faixa etária de 20-59 anos; e na maioria dos casos evolui para
cura, mostrando que o tratamento adequado é eficaz. Além disso, naquelas pessoas alfabetizadas,
percebeu-se que o número de casos é inversamente proporcional ao aumento de escolaridade.

CELULITE PÓS PUNÇÃO VENOSA COM COMPLICAÇÃO DE


P70
ABSCESSO CEREBRAL: RELATO DE CASO
Autores: Thaiana De Carvalho Mafra; Amanda Faria Bacelar Soares Gomes; Deusdete Caio Rocha Gomes;
Ana Clara Fialho Alencar Façanha; Arthur Faria Bacelar Soares Gomes; Neide Cristina Nascimento Santos.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Thaiana De Carvalho Mafra
Contato: thaiana_mafra@hotmail.com

Introdução: Celulite bacteriana é um processo inflamatório agudo que acomete derme e tecido celular
subcutâneo. Os agentes mais comuns são Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus. As áreas mais
envolvidas são membros inferiores e superiores, face, tronco e nádegas. Apresenta hiperemia, edema, calor
local e aumento dos linfonodos regionais. Vesículas e hemorragias cutâneas estão associadas à infecção
grave e toxemia. Febre, taquicardia e hipotensão estão em alguns casos, surgindo pouco após a lesão
cutânea. Uma coleção purulenta local pode surgir culminando em abscesso subcutâneo, e ainda, causar
necrose de pele. O diagnóstico é clínico. Exames laboratoriais mostram leucocitose com desvio a esquerda,
PCR, ASLO positivos. A TC e US são úteis para detectar abscessos e guiar a drenagem. O tratamento visa a
cobertura do principal agente, sendo os antibióticos de escolhas os betalactâmicos. Relato de caso: L.B.Q.F,
9 anos, feminino, procedente de Pinheiro – MA, comparece ao Hospital da Criança em São Luís – MA com
febre, dor, hiperemia e edema em toda a extensão do membro superior esquerdo há 4 dias, após realização
de punção venosa na região dorsal na mão esquerda que progrediu rapidamente. Ao exame apresentava
febre de 39,5° C, dor, edema, hiperemia e calor em todo o MMSS esquerdo. A menor foi internada e tratada
com Oxacilina durante 14 dias, evoluindo com melhora clínica e apresentando posteriormente coleção no
antebraço. Foi feita fasciotomia para drenagem de abscesso subcutâneo. Após 3 dias do procedimento
cirúrgico, apresentou cefaleia frontal de fortíssima intensidade e vômito. A TC evidenciou imagem sugestiva
de abscesso cerebral (3,8 x 3,2 cm) A paciente foi encaminhada à neurocirurgia para drenagem do abscesso
cerebral em uso de Vancomicina. Considerações finais: O abscesso cerebral é uma coleção focal no
parênquima cerebral como complicação de diversas infecções, trauma ou cirurgia. Desenvolve-se por
contiguidade, via hematogênica ou via direta. As manifestações clínicas podem ser do tipo síndrome
infecciosa, com mal estar e febre; hipertensão intracraniana com cefaléia e vômitos e síndrome neurológica
focal. O diagnóstico é baseado na clínica, exame neurológico e neuroimagem. O tratamento é feito com
antibióticos, tratamento neurocirúrgico do abscesso e tratamento do foco primário da infecção.

A LEISHMANIOSE VISCERAL COMO DOENÇA OPORTUNISTA EM


P71
PACIENTE HIV POSITIVO - RELATO DE CASO
Autores: Luciano Vanolli; Elisabeth Coelho Morais; Laís Cristina Aguiar De Castro; Conceição De Maria
Pedrozo E Silva De Azevedo.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Laís Cristina Aguiar De Castro
Contato: laisaguiarcastro@gmail.com

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) são
consideradas de grande importância para a Saúde Pública devido a sua magnitude, transcendência e
expansão geográfica. Já que a LV não é uma doença definidora de AIDS e, consequentemente, pode ser
considerada oportunista, casos dessas patologias concomitantes ainda continuam subestimados.
Observado o aumento de tal coinfecção tornam-se necessárias publicações desses casos objetivando maior
esclarecimento dos profissionais e a investigação de terapêuticas que aumentam a sobrevida dos pacientes.
Relato de caso: Paciente do sexo masculino, pardo, 56 anos, solteiro, atualmente vigilante, anteriormente
lavrador, natural de Morros-MA e residente em São Luis – MA, admitido em 14/04/2014, em hospital de
referência para pacientes com HIV/AIDS no estado do Maranhão, apresentando anorexia, perda ponderal
progressiva, astenia há 6 meses. Verificou-se, na ectoscopia, hepatomegalia, palidez cutâneo-mucosa
(++/4+), equimoses cutâneas, dificuldade para deambular e edema em MMII. A avaliação laboratorial
evidenciou pancitopenia. Foi internado e, após exclusão de outras patologias, fez-se o diagnóstico de LV
(por meio de mielograma, teste de imunofluorescência indireta, ambos reagentes para Leishmania sp).
Iniciou-se o tratamento com Anfotericina B lipossomal 50mg/dia (por 10 dias). Com relação ao HIV, o
diagnóstico foi realizado por meio do teste ELISA anti-HIV 1 e 2 com resultado reagente, sendo confirmado
por Western Blot reagente, todavia o paciente relato u que não havia iniciado o tratamento com os
antirretrovirais. Iniciou-se o tratamento com 3TC+TDF+EFZ (300mg+300mg+600mg/dia) em 19/04/2014. No
mesmo dia, o paciente apresentou edema generalizado, entrando na UTI com enterorragia, dispneia
intensa, hipotensão, taquicardia, sibilos e creptos difusos bilateralmente. Veio a óbito em 20/04/2014.
Considerações finais: O caso relatado demonstra a importância da identificação de comorbidades graves,
que apresentam sintomas inespecíficos e que em alguns casos de coinfecção com HIV, como foi o caso
mostrado, pode apresentar prognóstico desfavorável. A interação entre as duas doenças tem consequências
funestas, com maior letalidade, dado exposto em outros estudos, entre os coinfectados e maior dificuldade
de diagnóstico. Salienta-se, portanto, a relevância do diagnóstico precoce e adesão ao tratamento para
assim favorecer uma maior sobrevida desses pacientes.

OCORRÊNCIA DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO NORDESTE DO


P72
BRASIL DE 2010 A 2015
Autores: Layane Duarte Silva; Marcela Bezerra Marques; Thájara Fernandes De Sá Guimarães; Augusto César
Evelin Rodrigues.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Marcela Bezerra Marques
Contato: marcelamarques995@gmail.com

Introdução: Intoxicação é a manifestação, através de sinais e sintomas, dos efeitos nocivos ao organismo
vivo como resultado da sua interação com alguma substância química. Pode ocorrer na forma de acidente,
tentativa de assassinato ou de suicídio e a identificação do produto tóxico e do perigo envolvido são
fundamentais para um tratamento eficaz. Objetivos: Analisar a ocorrência de Intoxicação Exógena (IE) no
Nordeste do Brasil de 2010 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo elaborado
a partir de dados retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificaçã o (SINAN). Foram analisados
os dados referentes à faixa etária, sexo, agente tóxico, circunstância e evolução dos casos no Nordeste de
2010 a 2015. Os gráficos e tabelas foram confeccionados no Microsoft Office Excel 2014.. Resultados: Foram
notificados 98.552 casos de IEs no Nordeste, sendo 51.107 (51,86%) no sexo feminino e 47.417 (48,11%) no
sexo masculino. O maior número de casos ocorreu em Pernambuco (PE) com 33.205 (33,69%), seguido da
Bahia (BA) com 15.973 (16,21%). A maior ocorrência foi em 2014, somando 24.389 (24,75%) dos casos. A
maioria das IEs notificadas foram por medicamentos, com 28.782 (29,20%) casos; 14.803 (15,02%) por
alimentos e bebidas; 8.314 (8,44%) por abuso de drogas; 5.346 (5,42%) por raticidas; 5.202 (5,28%) por
produtos domiciliares; e 4.648 (4,72%) por agrotóxicos agrícolas. Das intoxicações notificadas, 23.049
(23,39%) casos foram assumidos como tentativas de suicídio; 15.563 (15,79%) referidos como acidental;
10.083 (10,23%) por in gestão de alimento; 7.853 (7,97%) por uso habitual de medicamentos; e 7.182
(7,29%) por abuso de medicamentos. A maioria evoluiu para cura, sendo 65.328 (66,29%) casos sem sequela
e 1.459 (1,48%) com sequela. No mesmo período foram notificados 1.266 (1,28%) óbitos por IEs. Os casos
predominaram em pessoas na faixa etária menor que 20 anos com 39.207 (39,78%) casos, seguido com
idade de 20-39 anos com 38.685 (39,25%). Conclusão: Observou-se que as IEs são mais frequentes na
população feminina e em pessoas com idade menor que 20 anos. Houve predomínio em 2014, com maior
ocorrência em PE. A maioria das IEs foram por medicamentos e em grande parte por tentativa de suicídio.
Dentre os casos notificados no Nordeste, a maioria evoluiu para cura. A identificação e a descrição das
características epidemiológicas dos casos de IE são de grande relevância para o plano de tratamento e para
o planejamento de medidas de prevenção.

ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE CASOS E ÓBITOS DA DENGUE NA


P73
REGIÃO NORDESTE NOS ANOS 2010-2015
Autores: Tailine Laís Lopes Bandeira; Monique Cavalcante Borges Leal; Kellyton Emanuel Craveiro Da Silva;
Anna Catharina Feitosa Couto; Thaysla Morais Soares; Augusto César Evelin Rodrigues.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Tailine Laís Lopes Bandeira
Contato: moniquecavalcante9@gmail.com

Introdução: A dengue é uma arbovirose que vem causando sérios problemas de saúde pública, em regiões
tropicais e subtropicais do planeta, sendo responsáveis por altos índices de casos nos últimos anos. Em 2014,
foram registrados 591.080 casos notificados de dengue no país. Entre 2007 e 2009, observou-se aumento
das formas graves, atingindo, principalmente, crianças. Caracteriza-se por um cenário de transmissão
endêmica/epidêmica em grande parte do país com grandes mudanças no padrão epidemiológico. Objetivos:
Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com dengue na região nordeste observa do entre os anos
de 2010 e 2015, incluindo a incidência e o número de óbitos. Métodos: estudo do tipo quantitativo
epidemiológico e exploratório de dados secundários e notificados na região nordeste pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAM) para o período de janeiro de 2010 a julho de 2015.
Resultados: Os dados obtidos evidenciam que a região nordeste apresentou no período observado 828
óbitos correspondendo a 25,7% dos casos no país. Considerando a incidência (calculada na proporção de
um caso a cada 100 mil habitantes), os três estados com as maiores taxas registradas foram: Alagoas (3789),
Rio Grande do Norte (3414) e Ceará (2889), respectivamente. Em relação ao número de óbitos os estados
que apresentaram maior ocorrência no período observado foram: Ceará 266 (32,13%) Pernambuco 162
(19,57%) e Bahia 116 (14,0%), correspondendo a mais da metade do número de óbitos na região. Conclusão:
A pesquisa demonstrou que o número de óbitos ainda é significativo na região. É imprescindível a
intensificação, assim como melhorias na qualidade das atuações da vigilância epidemiológica, entomológica
e das políticas de saúde pública no controle da dengue. Não menos importante é a participação da
população e uma boa interação dessa com os serviços de saúde garantindo uma maior eficácia na prevenção
e controle da dengue
.
PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA MENINGITE NO ESTADO
P74
DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2013 A JUNHO DE 2015
Autores: Helena Maria Fonseca De Sousa; João Gabriel Dias Brasiliense Frota; Cláudia Tamires Sousa Leite;
Renata Cristina Araújo De Abreu; Karla Luciana Lima Rocha; Renata Cristina Araújo De Abreu.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Helena Maria Fonseca De Sousa
Contato: helena.marya26@gmail.com

Introdução: Meningite é um processo inflamatório que acomete as leptomeninges e o espaço


subaracnóideo, causada por agentes infecciosos e agentes não infecciosos (ex: traumatismo). Crianças que
compreendem a faixa etária de 1 mês a 5 anos de idade perfazem cerca de 90% dos casos, com uma
mortalidade próxima de 100% se não for tratada. No Brasil, A meningite é considerada uma doença
endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos
e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais
no verão. Em geral a transmissão é interpessoal, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da
nasofaringe, havendo necessidade de contato próximo ou contato direto com as secreções respiratórias do
portador. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes que tiveram meningite em São Luís no
Estado do Maranhão no período de 2013 à 2015. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo do período de
Janeiro de 2013 a Junho de 2015 acerca do comportamento epidemiológico da Meningite no Estado do
Maranhão. Os dados foram obtidos e selecionados através do Sistema de Agravos de Notificação–SINAN,
relativos à frequência e distribuição da doença nos quesitos raça, sexo, faixa etária e evolução clínica.
Resultados: De Janeiro de 2013 a Julho de 2015, foram notificados 250 casos de Meningite, sendo 49% em
2013, 38% em 2014 e 13% de Janeiro a Julho de 2015. A raça mais acometida no período foi a parda, com
70%, seguida da raça branca com 24% dos casos. Em relação à distribuição de gêneros, observa-se maior
prevalência no sexo masculino com 62%. A faixa etária predominante deu-se em menores de 1 ano com
24%, seguida da faixas de 20 a 39 anos com 21% e 5 a 19 anos com 18%. Em 65% dos casos, os pacientes
diagnosticados com meningite evoluíram para a cura enquanto 30,5% deles morreram pela doença.
Conclusão: Diante dos dados obtidos, pode-se observar que São Luís apresentou uma redução na
quantidade de pessoas acometidas com meningite no período avaliado. A doença teve maior prevalência
no sexo masculino, raça branca e com idade inferior a um ano. Os resultados encontrados no presente
estudo permitem reconhecer que mais da metade dos casos evoluíram para cura mas que muitos pacientes
ainda vão a óbito por conta da meningite.

ESTUDO DA MORBIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO


P75
MARANHÃO NO PERÍODO DE 2010 A 2014
Autores: Renata Silva Do Nascimento; Juliane Brígida Silva Do Nascimento; Joemirjábson Da Conceição Brito;
Álisson Vasconcelos Dos Anjos; Marcos Rodolfo Silva Do Nascimento; Maria Sabrina Medeiros Olímpio.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal do Maranhão, Faculdade Integral
Diferencial
Apresentador(a): Álisson Vasconcelos Dos Anjos
Contato: renata_s_n@hotmail.com

Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, apontado como sinal de


desenvolvimento pela demografia. No Brasil, as modificações se dão de forma radical e bastante acelerada,
tornando-se essencial uma reorganização social e na saúde adequadas para atender às novas demandas
emergentes. É sabido, que na população idosa, de indivíduos com 60 anos ou mais, a presença de
comorbidades é muito comum; no entanto, tem havido um aumento das ocorrências de determinados
grupos de agravos, dentre os quais as causas externas, devendo ser objeto de preocupação. Apesar de a
vulnerabilidade fisiológica desse grupo etário ser um importante fator desencadeante, não é o único, outras
causas que são evitáveis estão envolvidas e por isso possibilitam redução de custos aos serviços de saúde e
da mortalidade. Objetivos: Analisar a morbidade por causas externas em idosos no Maranhão no período
de 2010 a 2014 segundo número, custos financeiros, causas e óbitos Métodos: Estudo descritivo
retrospectivo das internações hospitalares por causas externas em pacientes idosos (60 anos ou mais). Os
dados, provenientes do Sistema de Internação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram
analisados segundo número, causas, custos financeiros e óbitos. Resultados: Durante esse período, a taxa
de internações por causas externas em idosos em relação ao total de internações por causas externas
aumentou tanto em número (10,6% em 2010 para 13% em 2014) quanto em custo (15,7% em 2010 para
18,49% em 2014). A causa mais frequente de internação hosp italar em idosos foram as Outras Causas
Externas De Lesões Acidentais (58,8%) como quedas, riscos acidentais à respiração, e exposição às forças
mecânicas inanimadas; seguida das internações por Acidentes De Transporte (28,8%), e destes, 51,5% foram
em pedestres. Verificou-se ainda um aumento do número de óbitos por causas externas em idosos (88 em
2010 para 259 em 2014). Conclusão: Considera-se que as crescentes internações e mortes de idosos por
causas externas representam um problema de saúde pública passível de redução. Sendo assim, é necessário
que se adotem medidas preventivas para diminuir suas causas, custos e consequências.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM DIABETES


P76 MELLITUS PELA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DO CENTRO
DE SAÚDE DJALMA MARQUES, TURU, SÃO LUÍS-MA, BRASIL
Autores: Bárbara Lima Ribeiro; Acácia Pinto Morais; Lianna Paula Guterres Corrêa; Iolanda Margarete De
Araújo Rego.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Acácia Pinto Morais
Contato: barbaralribeiro@hotmail.com.br

Introdução: Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios
metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina,
na secreção de insulina ou em ambas. O número de indivíduos diabéticos está aumentando em virtude do
crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da crescente prevalência de
obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM e estima-se que até 2030
serão 300 milhões de adultos com DM. Objetivos: Analisar e demonstrar o perfil epidemiológico dos
pacientes com DM acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (ESF) no Centro de Saúde Djalma
Marques, Turu, São Luís-MA, Brasil em relação ao gênero, à idade e as medicações em uso, sendo que foram
levadas em conta apenas as disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de uma
pesquisa de perfil de saúde, descritiva e com abordagem quantitativa. A pesquisa foi feita através do Livro
de Registros dos Diabéticos da Unidade Básica de Saúde (UBS) em questão por meio dos dados do cadastro
Manual de Instalação e Operação – HIPERDIA, no período de Abril de 2013 até Julho de 2015. Resultados:
Observou-se que dos 100 pacientes analisados, 54% tinham entre 61 a 80 anos; 34% entre 41 a 60 anos; 8%
entre 81 a 100 anos; 2% abaixo de 40 anos e 2% acima de 100 anos. Em relação ao gênero, 65% eram do
gênero feminino. Quanto à medicação, 75% fazem uso de Glibenclamida; 68% de Metformina e 11% de
Insulina. Conclusão: O perfil epidemiológico do estudo traçado apresenta a maioria dos pacientes de sexo
feminino. A faixa etária predominante está entre 61 a 80 anos. A medicação em uso predominante foi
Glibenclamida. Esta pesquisa demonstra a importância do programa ESF e da distribuição gratuita dos
medicamentos antidiabéticos aos pacientes como forma de maior adesão ao tratamento e melhoria da
qualidade de vida. Ressalta-se, também, a necessidade do constante aprimoramento às ações preventivas,
diminuindo dessa forma internações, e consequentemente gastos públicos evitáveis, possibilitando o uso
desses recursos em outras áreas de saúde.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO


P77
ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2010 A 2013
Autores: Andressa Oliveira Diniz; Cláudia Tamires Sousa Leite; João Gabriel Dias Brasiliense Frota; Helena
Maria Fonseca De Sousa; Thiago Igor Aranha.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Andressa Oliveira Diniz
Contato: andress_a_oliveira@hotmail.com

Introdução: a Leishmaniose Visceral (LV), ou calazar, é uma doença infecciosa, de evolução crônica grave,
potencialmente fatal (10%). É causada por protozoários do gênero Leishmania, pertencentes ao complexo
Leishmania donovani, transmitida por meio da picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis. A suspeita clínica
baseia-se na historia de febre, anemia, diarreia, emagrecimento, adinamia e hepatoesplenomegalia. O
ministério da saúde relata a ocorrência de 3.100 casos novos por ano no Brasil, 54% deles em crianças
menores de 10 anos. As mudanças na economia mundial contribuíram para um processo de tr ansição
epidemiológica: transferência de perfis de morbi-mortalidade característicos do meio rural para o meio
urbano (urbanização da LV). Tal fato compromete os esforços dos órgãos de saúde para efetivo controle da
doença nos diferentes ambientes Objetivos: descrever o perfil epidemiológico dos pacientes notificados
com Leishmaniose Visceral no Estado do Maranhão, no período de 2010 a 2013. Métodos: estudo descritivo
retrospectivo, a partir dos casos notificados no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação
Compulsória, referentes aos anos de 2010 a 2013. Os dados foram organizados segundo idade, sexo,
raça/cor, município de notificação e zona de residência. Resultados: no período em questão, foram
notificados 1.493 casos de LV, sendo 354 (23,7%) em 2010, 381 (25,5%) em 2011, 239 (16%) em 2012 e 519
(34,8%) em 2013. Em relação à idade, as faixas etárias mais acometidas foram de 1 a 4 anos (40,7%), 20 a
39 anos (16,5%), menores de 1 ano ( 13,1%) e 5 a 9 anos (11,4%). Quanto ao sexo, 906 casos (60,7%) eram
do sexo masculino e 587 (39,3%), do sexo feminino. Em relação à raça/cor, as mais acometidas foram parda
(72,9%), branca (12,7%) e preta (9,8%). Os municípios com maior número de casos foram São Luís (7,8%),
Imperatriz (6,6%) e Caxias (6,3%). E a zona de residência que concentrou casos foi a urbana (65,2%).
Conclusão: evidenciou-se, entre 2010 e 2011, um aumento no número de casos de LV no Maranhão, o que
não foi observado em 2012. Em geral, identificou-se um predomínio de casos na faixa etária de 1 a 4 anos,
na raça parda e no sexo masculino. Observou-se que São Luís se mantém como o líder em número de casos
notificados de LV, porém, observa-se que a distribuição dos casos pelos municípios é constante, sem
disparidades significativas. O mesmo não se observa em relação à zona de residência, onde se observa
predomínio marcante de casos na zona urbana.

ATENDIMENTO DE LESÕES POR CAUSAS EXTERNAS EM UM


P78 SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE
GRANDE PORTE, EM SÃO LUIS-MA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Larissa Chaves De Carvalho; Bárbara De Miranda Domingues Tranm; Vandilson Pinheiro Rodrigues;
Maria Aparecida Costa; Judith Rafaelle Oliveira Pinheiro; Consuelo Penha Castro Marques.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Larissa Chaves De Carvalho
Contato: larissacc_1996@yahoo.com.br
Introdução: Atualmente, as causas externas (lesões, quedas, agressões) são consideradas um problema de
saúde pública, e são responsáveis pela segunda maior taxa de mortalidade do SUS, no Brasil. Para a
Organização Mundial de Saúde (OMS) é fundamental o máximo conhecimento possível e obtenção de dados
a fim de determinar sua magnitude, consequências e características. Porém, os dados de causas externas,
no serviços de emergências ainda são pouco estudados em todo o mundo, mas muitas vezes os serviços de
emergência são procurados por outros motivos, que não, a real necessidade de atendimen to de
emergência, levando à superlotação dos serviços. Este relato de experiência, busca, então, trazer mais
informações em relação ao atendimento de lesões por causas externas em um serviço de emergência de
um hospital público de grande porte, em São Luis-MA. Relato de experiência: Em Junho e Julho de 2015,
realizamos acompanhamentos de atendimentos, no setor de pequena cirurgia, em um Hospital de
referência, no município de São Luís – MA. A maioria dos pacientes atendidos eram vítimas de TCE (trauma
cranioencefálico) de baixa intensidade sem os sinais de alarmes: êmese, perda de consciência ou epistaxe,
apresentando–se ao exame com as vias aéres pérvias, eupnéico, normocorado, glasgow 15, motricidade,
pupilas reativas, e com escoriações. Tinham como causas mais comuns a queda da própria altura entre
crianças e idosos, e acidentes automobilísticos no caso dos adultos. Como conduta eram prescritos sutura e
curativo, com solicitação de exames complementares na maioria dos casos. Também observamos grande
procura devido à corpo estranho em orofaringe (espinha de peixe, osso de galinha), lesões de pele por arma
branca, pé diabético e mordeduras de cães. Quando necessários exames complementares como tomografia
computadorizada (TC), observamos que na ficha de solicitação do exame, apenas eram preenchidos os
espaços relativos ao nome, prontuário e tipo de exame, não sendo especificadas as indicações e demais
dados do paciente. Considerações finais: A falta de preenchimento correto das fichas dificulta posteriores
consultas ao prontuário. Muitos casos poderiam ser atendidos em Unidades Básicas de Saúde, não
necessitando atendimento de Emergência. Muitos pacientes são liberados antecipadamente devido à
superlotação. A correta triagem dos casos de emergência poderiam melhorar a situação de superlotação.

LEVANTAMENTO DE DADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO


P79
DO PIAUI, BRASIL, NOS ANOS DE 2010-2013
Autores: Anna Carolina Ribeiro De Sousa; Brenda Rayana Castro Gondinho; Bruna Verna Castro Gondinho;
Higorbrenner Silva Lima; Cinthia Christina Modesto Batista; Silvio Vinnicius Ribeiro De Sousa.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Anna Carolina Ribeiro De Sousa
Contato: carolinaanna21@hotmail.com

Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa, ocasionada por uma bactéria, Treponema pallidum, com
transmissão predominantemente sexual. A sífilis congênita resulta da transmissão dessa bactéria por via
hematogênica da gestante não tratada ou inadequadamente tratada, para o seu concepto por via
transplacentária. Devido a sua alta taxa de transmissão vertical, a vigilância epidemiológica busca notificar
os casos dessa enfermidade, para controlar a transmissão do agente etiológico. Objetivos: Relatar, em
números, os casos confirmados notificados de sífilis congênita no Estado do Piauí, Brasil, no período
compreendido entre 2010 e 2013, fazendo um comparativo com o de gestantes que realizaram o pré-natal,
bem como a realização do tratamento para sífilis no parceiro. Métodos: Estudo de natureza quantitativa
baseado em dados secundários obtidos pelo site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
Resultados: A pesquisa realizada encontrou que o número de casos confirmados notificados de sífilis
congênita no estado do Piauí, Brasil, nos anos de 2010, 2011,2012, 2013 foram 29 , 36, 79 , 32 ,
respectivamente, totalizando a soma de 177 casos para o período em estudo. Dos casos confirmados
evidenciou-se que 145 realizaram o Pré-Natal, 28 não realizaram e 4 não tiveram acompanhamento
adequado (Ign/Branco). Foi analisado que durante esse período, dos casos confirmados, 113 parceiros não
realizaram tratamento, 40 parceiros realizaram tratamento e 24 não tiveram acompanhamento adequado
(Ign/Branco). Conclusão: Os resultados sugerem, pela proximidade de valores coletados nas variáveis
consideradas como casos totais confirmados, tratamento do parceiro e pré-natal, falhas no sistema de
controle das DSTs, nos programas de pré-natal e a da execução dos protocolos pelas maternidades.
Portanto, deve haver uma atenção voltada para melhorias na realização do pré -natal por parte dos
profissionais de saúde, além da promoção de saúde a respeito das DSTs para que os pacientes discriminem
as possíveis situações de risco em suas práticas sexuais; desenvolva a percepção quanto à importância do
seu tratamento e de seus parceiros sexuais e de comportamentos preventivos. Promoção do uso de
preservativos. Aconselhamento aos parceiros. Educação em saúde, de modo geral.

P80 DOENÇA DE KAWASAKI: ESTUDO DE SÉRIE DE CASOS


Autores: Joemir Jabson Da Conceição Brito; Lúcio Fernandes Pires; Rivaldo Da Costa Macedo; Álisson
Vasconcelos Dos Anjos; Renata Silva Do Nascimento; Catarina Fernandes Pires.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí
Apresentador(a): Joemir Jabson Da Conceição Brito
Contato: jjjabson82@gmail.com

Introdução: A doença de Kawasaki é uma vasculite sistêmica aguda de etiologia desconhecida, cujo
diagnóstico baseia-se em critérios clínicos. Ocorre predominantemente em lactentes e crianças menores de
cinco anos de idade. É considerada a principal causa de cardiopatia adquirida na infância. Objetivos:
Descrever as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais dos casos de doença de Kawasaki
acompanhados no Hospital Infantil de referência do Estado do Piauí, no período de junho de 2008 a junho
2014. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de uma série de casos de pacientes com dia gnóstico de
doença de Kawasaki, através das informações contidas nos prontuários. Os dados foram processados no
software SPSS 13.1 Resultados: A amostra foi constituída de sete casos. A idade variou de um a oito anos. A
proporção meninos/meninas foi de 2/5. Receberam outros diagnósticos prévios quatro (57,1%) dos
pacientes, sendo que 28,5% dos casos foram inicialmente diagnosticados como escarlatina e artrite, cada
um deles e outros 14,2%, como sepse e otite. O tempo de febre variou de sete a quinze dias. Três (42,8%)
crianças apresentaram cinco dos sinais sugestivos da doença (exantema, alterações de extremidades,
enantema, conjuntivite e linfonodos cervical); três (42,8%) com quatro sinais e uma (14,2%) com três sinais.
Três (42,8%) crianças receberam gamaglobulina entre o oitavo e o décimo dia de evolução da febre. Duas
(28,5%) das crianças ficaram afebris após infusão da primeira dose da medicação e a outra (14,2%) manteve
a febre por mais de 24 horas, necessitando de uma segunda da imunoglobulina. Seis (85,7%) usaram o Ácido
Acetil Salicílico na dose (80 a 100mg/kg/dia) dose de ataque e uma (14,2%) fez a dose de 50mg/kg/dia. Todos
os pacientes realizaram ecocardiograma, porém, nenhum apresentou alteração cardíaca. Conclusão: Apesar
do número limitado de casos da doença no estudo, observa-se que algumas características da população
estudada assemelham-se às descritas na literatura, como as manifestações clínicas, a idade, a resposta à
gamaglobulina e os exames laboratoriais. Observou-se que antes de se diagnosticar a doença de Kawasaki
é frequente o diagnóstico prévio com outras doenças, sobretudo, as de causas infecciosas. Logo, é
necessário que o pediatra fique alerta quanto à doença de Kawasaki, como diagnóstico diferencial das
doenças febris, visando diagnosticar precocemente a doença e instituir a terapêutica, minimizando os riscos
e possíveis sequelas.

P81 DOENÇA DE STILL DO ADULTO: UM RELATO DE CASO


Autores: Joemir Jabson Da Conceição Brito;Laísa Allen Gomes De Sousa; Renata Santos Martins; Renata Silva
Do Nascimento; Juliane Brígida Silva Do Nascimento; Maria Do Socorro Teixeira Moreira Almeida.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí
Apresentador(a): Joemir Jabson Da Conceição Brito
Contato: jjjabson82@gmail.com

Introdução: A doença de still do adulto (DSA) é uma rara e complexa síndrome auto inflamatória
(poligênica), de causa desconhecida, que se apresenta em um quadro heterogêneo de febre, poliartralgia,
exantema, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, leucocitose e elevação das enzimas hepáticas, taxa de
sedimentação de eritrócitos e ferritina. Afeta preferencialmente pessoas jovens e tem uma distribuição
etária bimodal, entre 15-25 e 36-46 anos de idade. O diagnóstico pode ser muito complexo devido não
existirem testes específicos e achado histopatológico patognomônico, sendo, portanto, um diagnóstico de
exclusão. Relato de caso: R.O.S., 30 anos, sexo feminino, solteira, lavradora, admitida em hospital de
referência, com quadro de artralgia e edema articular há 1 mês com episódios de febre e calafrios
intermitentes. Há 6 anos, no primeiro trimestre de sua primeira e única gravidez, a paciente apresentou
edema progressivo inicialmente nas pequenas articulações (interfalângicas, metacarpofalângicas) que em
cerca de 2 dias já estava presente nas médias e grandes articulações. O edema era acompanhado de artralgia
e um quadro de febre alta com intensos calafrios. Após uma semana do início dos sintomas, surgiram
exantemas cutâneos nos membros inferiores. Já no segundo trimestre de gestação, ela foi diagnosticada
com DSA e foi realizado o parto precocemente. Desde então, ela vem apresentando períodos de remissão
dos sintomas de mais ou menos dez meses, com crises anuais de duração de dois meses, geralmente no
início do ano. Durante as cris es, há um aparecimento súbito de artrite nas pequenas articulações
(interfalângicas, metacarpofalângicas) com progressivo acometimento de artralgia nas articulações do
punho, joelho, tornozelo, cotovelo, ombro, coluna cervical. Há também febre alta e intermitente, calafrios,
rigidez matinal e edema das articulações interfalângicas e do punho. Na internação, os exames de
radiografia dos punhos e mãos demonstraram calcificações arteriais em partes moles. Exames laboratoriais:
velocidade de hemossedimentação de 22mm/1ª hora; Proteína C reativa, 16,94 mg/mL; alanina
aminotransferase, 80 U/L; Leucócitos, 14,30x10³/µL; Ferritina, 264 ng/mL; Capacidade ferropéxica, 326
µg/dL; Ferro, 527 µg/dL. Considerações finais: As manifestações constitucionais da DSA normalmente são
importantes, necessitando de internação. O prognóstico da doença de Still do adulto é bom, com a maioria
dos pacientes apresentando uma doença sistêmica recorrente.

P82 TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE: RELATO DE CASO


Autores: Karol Cristina Fonseca Moura; Bruno Carvalho Campelo; Jhonathan Almeida E Silva Pereira; Jonas
Pinheiro Dias; Mariana Silvestre De Almeida.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Karol Cristina Fonseca Moura
Contato: karolcfm@hotmail.com

Introdução: A Tromboangeíte Obliterante ou Doença de Buerger é uma doença dos vasos periféricos, ou
seja, que acomete artérias e veias de pequeno e médio calibre das extremidades. Apresenta maior
acometimento de homem adulto jovem, tabagista entre os 20 e 40 anos de idade. Por ser uma doença que
pode ocluir diversos vasos, a sintomatologia é muito variável. O tratamento é principalmente a parada do
fumo. O prognóstico da doença é muito ruim, pois a remissão da doença é difícil mesmo nos pacientes que
param de fumar. Relato de caso: J.P.A., 70 anos, cadeirante, natural e residente em Morros, hipertenso não
controlado, diabético controlado, tabagista de meio maço por dia. Deu entrada na emergência da UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) com história de mãos e pés sinais de isquemia. Acompanhante relata que
5 dias observou o surgimento de manchas roxas nas mãos, pés e ponta do nariz do paciente. Referia também
que, além disso, o paciente apresentava tosse produtiva há mais de duas semanas. Ao exame apresentava
extremidades frias, dor a palpação dos pés e edema +++/4+, pulso pedioso presente bilateralmente,
ausculta cardíaca normal, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente, mas diminuído
globalmente, sibilos difusos e creptações em hemitórax direito. Foi solicitado hemograma que apresentou
plaquetopenia de 56000. Por todos os achados foi levantada a hipótese de doença de Buerger, apesar dessa
doença acometer indivíduos jovens com maior frequência. A conduta foi internação para estabilização do
quadro, porém a família não aceitou a internação e assinou a alta à revelia. Após três dias, o paciente voltou
já em quadro séptico, com necessidade de suporte ventilatório e hemodinâmico. Foi mandando para área
vermelha, mas acabou evoluindo ao óbito. Conclusão: A tromboangeíte obliterante é uma grave doença
que afeta pequenos vasos pequenos e médios. Tem uma íntima ligação com o tabagismo e acomete com
maior frequência homem jovem. O caso exposto mostrou algo diferente da epidemiologia normal, pois a
doença acometeu um idoso. Outro ponto visto foi que o não tratamento correto acabou por gerar graves
complicações e óbito do paciente.

P83 RELATO DE CASO DE ARTERITE DE TAKAYASU


Autores:. Eldeane Andrade Da Costa; Luis Rafael Da Silva Cruz; Polianny Rocha Brandão De Andrade;
Decarthon Vitor Dantas Targino; Enock Carneiro Dos Santos Netto; Marcio Erivaldo Maia Uchoa
Instituição(ões): Hospital Carlos Macieira
Apresentador(a): Eldeane Andrade Da Costa
Contato: maribserra@hotmail.com
Introdução: A arterite de Takayasu (AT) é uma doença inflamatória sistêmica crônica, idiopática, que afeta
grandes vasos como a aorta e seus principais ramos, bem como as artérias coronárias, renais e pulmonares1-
2. A AT caracteriza-se pela inflamação da parede do vaso, levando ao espessamento, estenose, dilatação
e/ou formação de aneurisma dos vasos afetados2. Cerca de 80 a 90% dos casos de AT são mulheres, com
uma idade de início entre 10 e 40 anos. Relato de caso: Paciente E.L., 39 anos, sexo masculino, com história
de febre de longa duração, com inicio em 2012, provas reumáticas, evidenciaram FAN positivo, sendo
realizado tratamento para doença de still, com prednisona 30mg/dia e hidroxicloroquina 400mg/dia em
outubro de 2013. Evoluiu com melhora do quadro geral. Em março de 2014, após tentativa de redução da
dose de prednisona, apresenta novos episódios de febre associado à dispneia em repouso, taquicardia,
náuseas, plenitude gástrica e distensão abdominal.
Na admissão hospitalar o paciente apresentava assimetria dos pulsos dos membros superiores, assim como
diferença da pressão arterial nos membros, pressão arterial de 119 x 57 mmHg em membro superior direito
e 131 x 61 mmHg em membro superior esquerdo. É aventada a possibilidade de AT, aumentado a dose de
prednisona para 40mg/dia e iniciado metotrexato. Realizado angiotomografia computadorizada de aorta
tóraco-abdominal evidenciando lesão estenosante suboclusiva na origem da artéria subclávia esquerda;
estenoses significativas nos segmentos proximais a ambas as carótidas, origem do tronco celíaco, da artéria
mesentérica superior e artérias renais.Vinte e oito dias após a admissão paciente apresenta instabilidade
hemodinâmica. A leucocitose havia piorado, assim com a função renal, hepática e rebaixamento do nível de
consciência sendo realizado intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Em 02/06/14 paciente evoluiu a
óbito. Considerações finais: O diagnóstico de AT foi realizado baseado nos critérios do American College of
Rheumatology de 1990 e, portanto, estabelecido através da presença de idade menor de 40 anos, diferença
de pressão arterial maior que 10 mmHg entre membros e anormalidade no arteriograma3. As artérias
pulmonares estão envolvidas em até 50% dos casos, no entanto, sintomas relacionados à arterite pulmonar
são menos comuns. Manifestações pulmonares incluem dor no peito, dispnéia, hemoptise e hipertensão
pulmonar.

LOMBOCIATALGIA COM TRATAMENTO CIRÚRGICO POR VIA


P84
ENDOSCÓPICA: UM RELATO DE CASO
Autores: Alexandry Dias Carvalho; Débora Sara Neves Lima; Bruno William Lopes De Almeida; Maviael Xavier
De Lima Neto; Flavia Pimenta Borges De Melo Brito; Erika Da Fonseca Reis Silva.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Débora Sara Neves Lima
Contato: desaneli13@hotmail.com

Introdução: A hérnia de disco intervertebral lombar é a principal causa da lombociatalgia. É uma patologia
relativamente frequente, cuja incidência anual estimada na população do mundo ocidental varia de 0,1 -
0,5%. Atualmente essas patologias estão sendo solucionadas através de procedimentos cada vez menos
agressivos, os quais consistem em se realizar mini incisões com utilização de microscópio ou endoscópio.
Essas técnicas promovem uma rápida recuperação dos pacientes e menor agressão a estruturas não
envolvidas na patologia de base. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 59 anos de idade, funcionária
pública e com histórico de lombociatalgia direita há 11 meses, sem resposta a tratamento clínico com
antiinflamatórios não esteroidais, analgésicos, fisioterapia e hidroterapia. Ao exame físico apresentava dor
importante com limitação de movimento da coluna lombar, Teste de Lasegue +, parestesias em dermátodos
L4-L5, força muscular grau 5, reflexos normoativos, além de VAS de 8 e Oswestry de 83%. Foram solicitados
exames de imagem os quais demonstraram espondilose lombar inicial sem sinais de instalibilidade em raio
x e hérnia discal foraminal direita com compressão de raiz nervosa em ressonância magnética. Paciente foi
então submetida a tratamento cirúrgico por via endoscópica com transoperatório sem intercorrência. No
pós-operatório apresentou VAS de 2 e Oswestry de 33%, permaneceu em internação hospitalar por 16 horas
após o procedimento e retornou ao trabalho no oitavo dia pós operação. Atualmente encontra-se em bom
estado geral e não apresenta déficit neurológico. Considerações finais: As cirurgias minimamente invasivas,
como a por via endoscópica, são extremamente importantes em pacientes em que o tratamento clínico não
for eficaz e em que o cirúrgico for indicado, pois além de promoverem menor risco transoperatório
promovem menor agressão de estruturas e assim proporcionam uma mais rápida recuperação dos
pacientes.

P85 FRATURA DE JEFFERSON EM ADULTO JOVEM: RELATO DE CASO


Autores: Bruno Carvalho Campelo; Karol Cristina Fonseca Moura; Jhonathan Almeida E Silva Pereira;
Leandro De Sousa Araújo; Paulo Ananias Da Silva Neto; Francisco Pereira Neto.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Bruno Carvalho Campelo
Contato: brunoccampelo@hotmail.com

Introdução: As lesões da coluna cervical são cada vez mais frequentes, em decorrência do número crescente
de acidentes de alta energia. Existem várias classificações para as lesões da coluna cervical, sendo que as
melhores preocuparam-se em identificar as lesões instáveis da coluna cervical (1). As fraturas do atlas
correspondem a 2% das fraturas da coluna vertebral e a 10% das fraturas da coluna cervical (2). Em 1920,
Jefferson descreveu a fratura em explosão do atlas atribuindo a ela o mecanismo de carga axial ao topo da
cabeça (3). A segunda forma mais comum de fratura do Atlas (C1) é a fratura po r explosão ou fratura de
Jefferson, que consiste em um ou dois traços de fratura no arco anterior e no posterior (4). Relato de caso:
JOPL, 19 anos, estudante, natural e residente em São Luís - MA, foi trazido pelo SAMU com história de
trauma cranioencefálico (TCE) associado a trauma raquimedular. O acompanhante referiu que o trauma
ocorreu quando o paciente efetuou um mergulho e acabou chocando a cabeça no fundo da piscina. Referia
também que desde o momento do acidente o paciente permaneceu letárgico e teve um episódio de vômito.
Ao exame primário, o paciente se encontrava com imobilização cervical e em prancha rígida, Glasgow 10,
estável hemodinamicamente e sem outras alterações. Foi encaminhado para a tomografia computadorizada
(TC) de crânio e coluna cervical. A TC de crânio não evidenciou nenhuma alteração, porém foi visto fratura
de Atlas (C1) ou fratura de Jefferson. Durante o exame secundário, o paciente iniciou com quadro de choque
medular. Foram utilizadas atropina e noradrenalina na tentativa de reversão do quadro, e após estabilização
parcial o paciente foi mandado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante sua estada na UTI, o
paciente continuou a utilizar drogas vasopressoras, porém evoluiu ao óbito após dois dias. Considerações
finais: A lesão raquimedular é um grave tipo de trauma que pode gerar risco a vida do paciente. A fratura
de Jefferson é uma lesão que normalmente ocorre associada ao TCE e requer rápida estabilização. No relato
apresentado foi possível perceber que mesmo o paciente tendo sido corretamente atendido, o quadro
evoluindo para um choque neurogênico que e posteriormente para óbito. Dessa forma fica claro que nem
sempre as medidas de suporte são suficientes e que o ideal é a prevenção desse tipo de trauma.

P86 DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES: RELATO DE CASO


Autores: Karol Cristina Fonseca Moura; Bruno Carvalho Campelo; Jhonathan Almeida E Silva Pereira;
Francisco Pereira Neto; Leandro De Sousa Araújo; Mariana Silvestre De Almeida.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Karol Cristina Fonseca Moura
Contato: karolcfm@hotmail.com

Introdução: A Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) é uma deformidade da cabeça do fêmur que ocorre na
infância devido à obstrução transitória da circulação nesta área. A incidência varia de 1:1200 a 1:1250, sendo
maior a frequência no sexo masculino, em uma proporção de 4:1. A faixa etária de acometimento varia de
2 a 16 anos, com pico de aos 6 anos. O quadro clínico é manifestado por dor, claudicação e limitação da
amplitude do movimento articular. Há também diminuição da abdução, da flexão e da rotação medial do
quadril. O diagnóstico é realizado pelo quadro clínico e confirm ado com o exame radiográfico e/ou outros
exames complementares. O tratamento conservador pela fisioterapia é o método de escolha para a grande
maioria dos casos de DLCP. O tratamento cirúrgico fica em um segundo plano e é mais utilizado em casos
mais graves ou refratários ao tratamento clínico. Relato de caso: JPDS, 5 anos, estudante, natural e residente
em São Luís, foi encaminhado ao ambulatório de ortopedia pediátrica por história de dor e diminuição do
movimento de perna esquerda há mais ou menos 4 meses. Mãe referia também ter observado que além da
dor, a criança vinha apresentando uma marcha diferente da habitual nas últimas semanas. Mãe negava
qualquer trauma na região ou alteração no local da dor. Ao exame físico, a criança se encontrava com visível
quadro álgico, apresentava claudicação da marcha e diminuição da abdução do quadril esquerdo. Foi
solicitada radiografia ântero-posterior de quadril que evidenciou necrose da cabeça do fêmur esquerda
fechando o diagnóstico de DLCP. Foi indicado tratamento conservador através de tratamento
fisioterapêutico. Foram realizadas 20 sessões de fisioterapia, ao longo de um período de 12 semanas. Novas
radiografias de controle foram solicitadas e demonstravam a regressão do quadro. A mãe foi orientada a
fazer o acompanhamento mensal e evitar que a criança evitasse esporte e atividades de impacto.Também
foi orientado o acompanhamento mensal no ortopedista e a manutenção dos exercícios de fortalecimento
do membro. Considerações finais: A DLCP tem sido muito estudada, porém é uma alteração
subdiagnosticada. É uma alteração relativamente frequente na infância e a ausência do diagnóstico e
tratamento corretos podem trazer seria consequência na formação óssea do membro afetado.O tratamento
tem por objetivo impedir a deformidade, intervir no distúrbio de crescimento e impedir a ocorrência de
artropatia degenerativa.

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DA INCIDÊNCIA DE


P87 INTERNAÇÕES POR AGRAVOS POR CAUSAS EXTERNAS, NO
MUNICÍPIO DE PINHEIRO-MA, NO PERÍODO DE 2010-2014
Autores: Larissa Chaves De Carvalho; Bárbara De Miranda Domingues Tranm; Antonio Joatan De Barros
Filho; Mariana Castro Barros; Lorena Natali Cardoso Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Larissa Chaves De Carvalho
Contato: larissacc_1996@yahoo.com.br

Introdução: Dentre os agravos por causas externas(ACE), estão: acidentes(não intencionais) e violência
(intencional). Como causas acidentais, tem-se agravos devido ao trabalho, às quedas, ao trânsito, os
envenenamentos, afogamentos, dentre outros. Dentre os violentos estão agressões e lesões
autoprovocadas. Estes agravos são considerados um problema de Saúde Pública pois afeta a saúde
individual e coletiva e exige a elaboração de políticas específicas, a fim de alcançar sua prevenção e
tratamento. Desde 1998, estes agravos estão entre as maiores causas de mortalidade do SUS. No Brasil,
predom ina a taxa de mortalidade por causas intencionais (homicídios), seguido dos acidentes de transporte.
Para minimizar esse problema foi criado no Brasil, em 2001, a Política Nacional para Redução da
Morbimortalidade por Acidentes e Violências que traz em suas diretrizes consolidação e ampliação do
atendimento pré-hospitalar, e do atendimento voltado a recuperação e reabilitação, bem como apoio ao
desenvolvimento de estudos e pesquisas. Objetivos: Analisar as características da incidência de internações
por agravos por causas externas em Pinheiro-MA, no período de 2010-2014. Métodos: Estudo transversal,
com dados secundários referente aos anos de 2010-2014, provenientes do Sistema de Informação do SUS,
DATASUS, sobre o município de Pinheiro-MA. Os dados foram submetidos a análise estatística através dos
testes ANOVA e FRIEDMAN, para análise das variáveis. Resultados: Existe alta incidência de internações por
ACE, a incidência foi crescente até 2 013 e apresentou leve declínio em 2014, a faixa etária com maior
incidência de internações foi de 20-29 anos, o sexo mais afetado foi o sexo masculino, com significância
estatística, p<0,01. A raça com maior incidência foi a parda, com forte correlação aos agravos, p<0,001.
Houve também significância estatística entre a taxa de internação e a taxa de mortalidade; entre os
acidentes automobilísticos e motociclisticos, bem como acidentes ocorridos durante a prestação de serviços
cirúrgicos em relação ao total e as sequelas em relação ao total, todos com p<0,05. Conclusão: Os achados
sugerem elevada incidência de internações por ACE, com grande incidência de acidentes de transporte e
alto índice de sequelas e acidentes decorrentes dos procedimentos cirúrgicos. Dessa forma é necessário
investir na prevenção de acidentes e na melhoria do atendimento médico e cirúrgico do município.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DE MULHERES CLIMATÉRICAS


P88
COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA EM SÃO LUÍS-MA
Autores: Débora Castro Sousa; Luciane Maria Oliveira Brito; Luciana Alencar Fialho Bringel; Marília De
Oliveira Bringel; Patrícia Travassos Cutrim; Joyce Pinheiro Leal Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Débora Castro Sousa
Contato: dcs.jesus@gmail.com

Introdução: As Doenças Cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, sendo as doenças
isquêmicas cardíacas- entre as quais a Doença Arterial Coronariana (DAC)- as mais danosas. A formação da
placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido a diversos fatores de risco como
dislipidemias, hipertensão arterial, tabagismo ou obesidade. Diversos estudos mostraram que as mulheres
menopausadas possuem uma grande prevalência de DAC, as teorias ressaltam que esse fato é devido à
redução dos níveis de estrogênio plasmático. A literatura afirma ainda, que os fatores de risco para DAC
podem ser prevenidos de diversas formas, principalmente com atividade física regular e redução de fatores
de risco como o tabagismo. Objetivos: Analisar os aspectos comportamentais de mulheres diagnosticadas
com Doença Arterial Coronariana. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo caso-controle com 72 mulheres
(36 casos e 36 controles), entre 35 a 65 anos, atendidas em ambulatório de pesquisas clínicas em São Luís-
MA, no período de julho de 2012 a agosto de 2015. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e
realizada a análise de exames de diagnóstico para DAC. Os aspectos éticos foram respeitados, sob CEP nº
195.357. Resultados: A análise das variáveis mostrou que mulheres com DAC apresentam um aumento na
prática de atividade física em comparação ao grupo de pacientes sem DAC, entretanto, o número de ex-
tabagistas é mais significativo em pacientes com a doença (25% no grupo caso, contra 19% no controle). As
comorbidades mai s prevalentes são hipertensão (35%), dislipidemias (30%) e diabetes (22%). Foi
evidenciada uma diminuição da atividade sexual em pacientes com DAC. Conclusão: É evidente que
pacientes diagnosticas com DAC, possuem uma mudança nos hábitos de vida, isso se deve talvez ao fato do
maior acompanhamento médico e uma preocupação elevada com a saúde, além disso, as comorbidades
associadas se enquadram nos fatores de risco para doenças cardiovasculares, ressaltando a necessidade de
campanhas preventivas mais eficazes. Entretanto, mais estudos são necessários para avaliar a relação entre
climatério e menopausa com o risco de desenvolvimento de DAC.

HIV E AS POSSIBILIDADES DE UMA GESTAÇÃO SEGURA:


P89 ESTRATÉGIAS PARA O SERVIÇO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO
MATERNO-INFANTIL DE IMPERATRIZ- MA
Autores: Juliana Moreira Maia; Yann Victor Oliveira Marques; Ana Lígia Barros Marques; Antonia Iracilda E
Silva Viana; Claudia Regina De Andrade Arrais Rosa; Maria Do Socorro Marques Pinheiro De Souza.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yann Victor Oliveira Marques
Contato: juliana.mmaia@hotmail.com

Introdução: Os Direitos Reprodutivos estão inscritos e legitimados na ordem internacional desde a


Declaração Universal dos Direitos Humanos e nas diversas leis internacionais, nacionais. Entretanto, o rápido
aumento das gestações em mulheres soropositivas gera dupla discriminação social e legal, pois, ela não
pode optar pela interrupção da gravidez se desejar, já que a lei não permite, e ainda é considerada
irresponsável pela sociedade por gerar um bebe que poderá ser infectado pelo vírus ou ficar órfão. Sabe-se
que a gravidez de uma mulher vivendo com HIV ainda é um grande tabu na nossa soci edade, os próprios
profissionais de saúde ainda as descriminam e quando chegam aos serviços de saúde são encaradas como
problema. Embora estas pessoas tenham direitos reprodutivos iguais, observamos no dia a dia, que ainda
existem profissionais que se recusam a realizar partos de mulheres soropositivas e as culpam pela situação
na qual se encontram. Objetivos: Promover ações de orientação para esclarecer a população soropositiva
em idade fértil de como realizar a maternidade de forma mais segura, evitando a infecção entre parceiros e
a transmissão vertical. Métodos: O estudo foi um plano de ação realizado no Hospital Regional Materno
Infantil de Imperatriz. O publico alvo foram mulheres em idade fértil soropositivas para o vírus HIV, usuárias
do SAE Adulto/Materno Infantil atendidas no município. O estudo teve início em março de 2012 e será
continuo, sem data para encerrar. Na ocasião foi confeccionado folder informativo sobre o respectivo
assunto e treinamento da equipe multiprofissional que conduz palestras de acordo com as recomendações
do Ministério da Saúde no que tange a reprodução de pessoas vivendo com HIV. Resultados: Possibilita uma
fecundação com o mínimo de risco de infecção pelo HIV entre parceiros soro discordantes ou não; Assegura
uma gestação segura para mãe soro positiva e bebe, através do pré-natal e da profilaxia antirretroviral; Evita
a transmissão vertical. Conclusão: As ações propuseram: diminuir a infecção pelo vírus HIV entre casais;
diminuir a transmissão vertical; melhorar a qualidade de vida de pacientes soropositivos; esclarecer a
comunidade e profissionais de saúde sobre a possibilidade de uma gestação segura em uma paciente com
HIV/AIDS.

INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE PULMÃO NAS REGIÕES NORTE E


P90
NORDESTE NO PERÍODO DE 2010 A 2015
Autores: Arthur Fernandes Farias; Lorena Dos Reis Rabelo; Renata Brito Marinho; Edilson Soares Da Silva
Júnior; Patrícia Gualberto Lima; Luiz Gustavo Lima Oliveira.
Instituição(ões): Universidade do Estado do Pará
Apresentador(a): Arthur Fernandes Farias
Contato: arthur.ncx@gmail.com

Introdução: O câncer de pulmão é uma neoplasia muito comum e de mortalidade elevada em todo o mundo.
Antes considerada uma doença dos homens de países industrializados, ela tornou-se mais incidente nas
mulheres. Razões que justificam esse aumento entre elas são: sua maior suscetibilidade a uma carga
tabágica menor que a dos homens, e o fato de que a população feminina de fumantes vem crescendo. O
tabagismo é o principal fator de risco responsável pela alta incidência do câncer de pulmão. Objetivos: Fazer
o levantamento sobre a prevalência de fumantes ativos nas regiões norte e nordeste do Brasil no período
de 2010 a 2013; relacionar o número de fumantes ativos e o surgimento de novos casos de câncer de pulmão
nas regiões Norte e Nordeste nos anos de 2010 a 2013. Métodos: O trabalho consiste em um estudo
descritivo transversal e retrospectivo. Os dados sobre a prevalência de fumantes ativos foram obtidos a
partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e da análise da Pesquisa
Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de
incidência de câncer de pulmão foram obtidos tanto do DATASUS quanto dos Registros de Câncer de Base
Populacional, gerados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Resultados: Sobre a prevalência de
fumantes homens no período de 2010 a 2013, a região Norte possui a média de 16,25% e o Nordeste,
14,27%. Em relação às mulheres, a região Norte possui o índice de 7,32% e o Nordeste, 6,25%. Nesse
período, a incidência de neoplasia de pulmão entre os homens na região Norte, em média, foi de 8,07
casos/100.000 habitantes. Já no Nordeste, a média foi 8,78. Para as mulheres, as taxas de incidência do
câncer nas regiões Norte e Nordeste são, respectivamente, 5,08 e 5 casos/100.000 habitantes. Conclusão:
Observa-se que os índices relacionados à prevalência de fumantes e a incidência de câncer de pulmão são
maiores no sexo masculino. Na região Norte há mais fumantes homens que na região Nordeste, mas esta é
a mais incidente quanto à neoplasia citada. Essa divergência é decorrente de uma maior interrupção do
consumo do cigarro, seja por cessação do tabagismo ou por morte, sendo essa a causa mais provável, devido
à alta letalidade da neoplasia pulmonar associada. Ainda considerando esses quesitos, a região Norte possui
ambas as taxas as mais elevadas entre as mulheres, fato que é justificado pelo aumento tanto do número
de fumantes quanto do câncer de pulmão.

P91 PULMÃO DO CRACK: RELATO DE CASO


Autores: Bruno Carvalho Campelo; Karol Cristina Fonseca Moura; Jhonathan Almeida E Silva Pereira; Jonas
Pinheiro Dias; Paulo Ananias Da Silva Neto; Mariana Silvestre De Almeida.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Bruno Carvalho Campelo
Contato: brunoccampelo@hotmail.com
Introdução: As pedras de crack são cristais de cocaína pura que são modificadas para utilização através do
fumo. A frequência de internações de viciados em crack em clínica especializada destinada à classe média
alta gira em torno de 30%. Os pulmões são os principais órgãos acometidos após inalação do crack,
induzindo inúmeras alterações. Entre as principais alterações estão edema pulmonar, barotrauma,
exacerbação da asma, bronquiolite e deterioração da função pulmonar. Relato de caso: O relato se trata de
paciente do sexo masculino, 35 anos, morador de rua, que deu entrada no serviço de emergência de hospital
público queixando que há 1 dia apresentava dispnéia, tosse com hemoptise e febre. Referia uso de crack há
pelo menos 5 anos. Ao exame físico, o paciente estava emagrecido, confuso, desorientado no tempo e
espaço, frequência cardíaca de 90 batimentos por minuto e frequência respiratória de 35 movimentos
respiratórios por minuto. A ausculta cardíaca ritmo cardíaco regular em dois tempos sem sopro. À ausculta
pulmonar com murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Paciente foi internado com instituição
de oxigenioterapia por máscara facial, solicitação de exames laboratoriais e Tomografia de tórax. Os exames
da admissão mostram: hemoglobina de 11 mg/dl, leucócitos de 15000 mm3 com 81,1% de segmentados,
sem desvios. Pesquisa de anticorpos HIV I e II negativo, assim como a pesquisa no escarro de fungos, de
pneumocistis jiroveciie de bacilos álcool-ácido resistentes. A radiografia de tórax mostrou infiltrados
intersticiais e alveolares difusos. Tomografia computadorizada do tórax revelou acentuado infiltrado em
vidro fosco difuso em ambos os pulmões com pequenos focos de consolidação parenquimatosa. Foi
diagnosticado Pulmão do Crack, sendo instituído como tratamento a suspensão do uso do Crack. Paciente
evoluiu bem e após 7 dias foi realizado segunda radiografia de tórax evidenciando melhora radiológica, com
persistência de mínimo infiltrado intersticial difuso, recebendo alta hospitalar e orientado quanto aos riscos
do uso do crack. Considerações finais: O Crack é considerado a forma mais potente e viciante derivada da
cocaína. Esta droga causa diversas alterações orgânicas em nível de sistema nervoso e pulmonar. Dentre as
complicações pulmonares estão edema agudo pulmonar, hemorragia alveolar e o pulmão do crack. O caso
exposto mostrou a importância do rápido diagnóstico e manejo desses pacientes, afim de evitar
complicações mais serias.

PREVALÊNCIA DO ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE DO VÍRUS DA


P92
HEPATITE B EM MUNICÍPIOS MARANHENSES
Autores: Camila Maria Pinheiro De Mello E Silva; Lena Maria Barros Fonseca; Adalgisa De Souza Paiva
Ferreira; Max Diego Cruz Santos; Maria Josélia Diniz Moraes; Jomar Diogo Costa Nunes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Camila Maria Pinheiro De Mello E Silva
Contato: maribserra@hotmail.com

Introdução: A hepatite B é um grave problema de saúde pública, de curso na maioria dos casos
assintomático, tornando seu diagnóstico muitas vezes tardio e prognóstico desfavorável aos portadores do
Vírus da Hepatite B. Apresenta uma prevalência com ampla distribuição mundial e brasileira e escassos
estudos de soroprevalência com população representativa no Estado do Maranhão. Objetivos: objetivou-se
investigar a prevalência do Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B (HBsAg) nos municípios
maranhenses de Urbanos Santos, Humberto de Campos, Axixá, Morros e Icatu. Métodos: utilizou-se o banco
de dados do “Estudo das Hepatites virais B, C e D nos Municípios de Urbano Santos, Humberto de Campos,
e da Região do Baixo Munim, Maranhão, Brasil”, com uma abordagem quantitativa, delineamento
epidemiológico transversal, realizado no período de março/2012 a julho/2015. Participaram do estudo
3.860 pessoas com idade mínima de 1 ano e residência fixa, no mínimo 6 meses. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário sob o parecer nº 448.731/2013. Resultados:
Encontrou-se uma população com perfil socioeconômico precário, na faixa etária de 20 a 39 anos (29,35%),
e média de idade de 28 anos, maioria feminina (57,9%), solteiros (33,22%) com ensino fundamental
(60,40%), renda familiar de menos de 1 salário mínimo (53,08%), maioria de cor parda (64,69%) e morando
na zona rural (63,32%). Detectou-se uma prevalência para o HBsAg de 3,29% (n=126), uma média de idade
entre os positivos de 38 anos e maior prevalência do HBsAg nas faixas etárias mais elevadas dos 60-79(7%);
e dos 80-99 anos (8%). Conclusão: Constatou-se uma prevalência intermediária nos municípios
maranhenses estudados, diferindo do resultado do Inquérito Nacional de base populacional realizado em
2010, onde as capitais brasileiras foram categorizadas como de baixa prevalência para o HBsAg. Além disso,
acredita-se que a positividade do HBsAg entre participantes com maior média de idade sucedeu-se pelo
período de implantação da vacinação contra a Hepatite B, que no Brasil teve início em meados de 1989,
beneficiando tardiamente essa parcela da população que podem ter sido infectados na fase perinatal ou na
infância, tornando-se portadores crônicos da doença.

RELATO DE CASO: ABSCESSO CEREBRAL SECUNDÁRIO À


P93
CARDIOPATIA CONGÊNITA
Autores: Thalisson Paulo Sousa Madeira; Leonardo Silva De Melo; Talyta Garcia Da Silva; Héron Máximo Da
Cunha Gonçalves; Mônica Da Cunha Machado Resende; Maria De Jesus Torres Pacheco.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thalisson Paulo Sousa Madeira
Contato: thalisson.tpsm@gmail.com

Introdução O abscesso cerebral constitui uma complicação grave em pacientes portadores de cardiopatia
congênita cianótica, sendo importantes a detecção precoce e conduta terapêutica eficaz. A incidência de
abscesso cerebral na população com cardiopatia congênita cianótica varia de 4% a 18, a média etária é de 8
anos. Alguns autores referem que a principal causa é a comunicação direito-esquerda. O sangue venoso
mistura-se ao sangue arterial antes de passar pela circulação pulmonar, deixando assim de ser filtrado (as
bactérias seriam interceptadas por fagócitos), permitindo a passagem de microrganismos para a circulação
cerebral. Relato de caso: Menina, 7anos, comunicação interventricular, Situs Inversus e Atresia Pulmonar,
cirurgia em 2008, aguardando nova abordagem. Mãe relata que criança queixava-se de cefaléia moderada
há anos, com aumento da frequêcia e intensidade em julho de 2015 com vômitos e crise convulsiva.
Procurou o Hospital de Santa Inês, sendo transferida para o Hospital da Criança. Fez tomografia em 21/07
evidenciando abscesso cerebral em lobo frontal esquerdo. Admitida em 04/08 no Hospital Materno Infantil
(HMI), foi realizada drenagem de abscesso em 05/08. Em 07/08, estava em uso de Ceftriaxone,
Metranidazol, AAS, Dexametasona, Dipiridona, Diazepam, Fenitoína, Morfina, Ondansetron e Tramadol.
Estável hemodinamicamente, em máscara Venturi com queda de saturação chegando a 14%. Encontrava-
se irritadiça, extremidades frias, mucosas secas, aceitando dieta. Apresentava picos febris. Estado geral
grave, saturação de O²=60%. Puls os centrais e periféricos finos e baqueteamento digital. Murmúrios
vesiculares presentes, sem ruídos adventícios. Bulhas normofonéticas, regular em 2 tempos. Sopro sistólico
Grau II, freqüência cardíaca 117 batimentos por minuto e pressão arterial 89x63(72) mmHg, queixando-se
de cefaleia, sem convulsão. Iniciou vancomicina. Aguardando cirurgia cardiovascular, ecocardiograma em
29/07 mostrou 2 colaterais e "shunt" aorta artéria pulmonar com fluxo funcionante. Podendo ser
insuficiente devido à superfície corporal da criança. Considerações finais: O abscesso cerebral continua a
ser uma complicação rara grave em cardiopatia congênita cianótica com mais de dois anos de idade. O
diagnóstico precoce é fundamental e, perante suspeita clínica, impõe-se a necessidade de diagnóstico com
a tomografia computadorizada. A terapêutica medicamentosa e cirúrgica precoce e adequada permite bons
resultados imediatos e em longo prazo.

P94 DOENÇA DE FORESTIER: RELATO DE CASO


Autores: Arthur Faria Bacelar Soares-Gomes; Beatriz Ximenes Mendes; Fabiolla Maria Martins Costa;
Andreia Coimbra Sousa; Lelia Maria Alves Duarte; Janaina Bentivi Pulcherio.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Arthur Faria Bacelar Soares-Gomes
Contato: arthurfbsgomes@hotmail.com

Introdução: A Doença de Forestier trata-se de uma doença não inflamatória que afeta a coluna vertebral,
preferencialmente em homens idosos. Não é rara, mas é frequentemente não reconhecida e pode levar a
relevante morbimortalidade. Quando acomete a coluna cervical, pode gerar importantes manifestações
otorrinolaringológicas. Tipicamente, identificam-se osteófitos nas regiões anteriores e laterais dos corpos
vertebrais. Os osteófitos podem se desenvolver e levar à compressão extrínseca em tecidos locais. Relato
de caso: I.F.S., masculino, branco, 64 anos. Acompanhado em serviço de otorrinolaring ologia devido ao
quadro crônico e progressivo de disfagia para alimentos sólidos, por 2 anos. Negava disfagia para líquidos,
disfonia, dispneia e tosse. Antecedente de hipertensão arterial sistêmica em uso de Losartan 50mg/dia. Ao
exame de videolaringoscopia, foi revelado um abaulamento submucoso em topografia de hipofaringe,
dificultando exame de estruturas laríngeas posteriores. Durante a investigação complementar, foi
submetido a radiografia cervical simples de coluna cervical, a qual evidenciou a calcificação de ligamento
longitudinal anterior e presença de osteófitos. A esofagografia confirmou achados da radiografia cervical e,
ainda, acúmulo de contraste em seios piriformes em fase tardia. Por fim, a ressonância nuclear magnética
de coluna cervical indicou achados de alterações ósseas, sem comprometimento de partes moles. O caso
foi avaliado por equipe multidisciplinar, sendo optado por tratamento com fisioterapia e fonoterapia da
deglutição, obtend o bons resultados. Considerações finais: Uma vez que é comum o não reconhecimento
da Doença de Forestier, deve-se considerar esta hipótese diagnosticada em pacientes idosos que se
apresentem com disfagia, disfonia, apneia do sono, tosse, globus faríngeo ou sensação de corpo estranho
na garganta, os quais são sintomas comuns na prática otorrinolaringológica. A suspeita deve conduzir à
investigação, que pode se iniciar com uma radiografia simples de coluna cervical. O diagnóstico precoce é
importante para o início de um acompanhamento multidisciplinar que melhore a qualidade de vida do
paciente.

RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIOS NO TRATAMENTO


P95
ENDOVASCULAR EM DOENÇA DA AORTA TORÁCICA
Autores: Anna Catharina Feitosa Couto; Viny Sampaio De Brito; Isadora Carvalho Queiroz; Monique
Cavalcante Borges Leal; Joana Ferreira Silva Sousa; Jocerlano Santos De Sousa.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Monique Cavalcante Borges Leal
Contato: annacatharina94@gmail.com

Introdução: As doenças da aorta permanecem como importante causa de mortalidade e morbidade


cardiovascular e um desafio a cardiologistas e cirurgiões, apesar dos avanços ocorridos nos exames
diagnósticos, métodos de monitorização, suporte hemodinâmico e nas técnicas de correção cirúrgica. O
tratamento cirúrgico dos aneurismas da aorta descendente (AD) apresentam elevadas taxas de morbidade
e mortalidade, mesmo em centros de excelência. O uso de stents autoexpansíveis para tratamento de
doenças da aorta tornou-se procedimento de escolha na maioria dos centros especializados devido à baixa
morbimo rtalidade quando comparado com a cirurgia tradicional. Objetivos: Descrever os resultados pós-
operatórios imediatos de uma série de 05 casos de diferentes etiologias de tratamento endovascular em
doença da aorta descendente proximal. Métodos: No período de outubro de 2012 a julho de 2015, 5
pacientes foram submetidos à correção de doenças da aorta torácica descendente com implante de stent.
Do total de 5 pacientes, 1 era portador de aneurisma fusiforme com diâmetro máximo de 8cm, 1 tinha
dissecção crônica do tipo B, sintomático, com diâmetro de 6,2cm, 2 tiveram ruptura espontânea de
aneurisma, um com 3 dias de evolução e outro com 2 meses, e o último era portador de dissecção crônica,
com 2 meses de evolução, após trauma torácico fechado e fratura de costelas. Quatro eram do sexo
masculino. A idade variou de 38 a 77 anos, com média de 56,3 anos. Resultados: O resultado angiográfico
imediato demonstrou exclusão da lesão em todos os casos. Não houve óbitos. Não houve conversão para
cirurgia convencional. Nenhum caso de paraplegia foi evidenciado. O tempo médio de internação em
unidade de terapia intensiva foi 18 horas. Conclusão: O pós-operatório imediato de uma série de 5
diferentes etiologias de doenças da aorta torácica mostrou excelentes resultados, sem complicações,
demonstrando a eficácia e baixa morbimortalidade do método.

CONCEPÇÃO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE


P96
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Walquíria Do Nascimento Silva; Adriana Soraya Araújo.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Walquíria Do Nascimento Silva
Contato: wal.enfermagem@hotmail.com
Introdução: A reforma psiquiátrica no Brasil surgiu em meados de 1970 com finalidade de reformular o
modelo de atenção em saúde mental, promovendo a extinção de hospitais psiquiátricos. Surge então a
implantação dos serviços substitutivos, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que são serviços
abertos ligados a assistência de pacientes com sofrimento mental e seus familiares. O trabalho tem como
objetivo relatar a experiência vivenciada por uma enfermeira pós graduanda em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial, durante a prática de estágio supervisionado no Centro de Atenção Psico ssocial Infanto Juvenil
(CAPSij) no município de São Luís, Maranhão. Relato de experiência: O estágio supervisionado no CAPSij foi
realizado no mês de julho, com frequência de três vezes por semana, totalizando uma carga horária de
oitenta horas. Através do mesmo foi possível reconhecer a rede de saúde mental no município, os principais
desafios e a relevância do enfermeiro nos serviços de saúde mental. No atendimento individual ao usuário
o enfermeiro orienta sobre o uso correto das medicações, acolhe, escuta, aproxima-se da história de vida
dos usuários e estabelece o plano terapêutico singular como forma de estabelecer metas e possíveis
resultados a serem alcançados, juntamente com pacientes, familiares e demais membros da equipe
multiprofissional. As oficinas terapêuticas desenvolvidas no CAPSij, muito acrescentam à formação
profissional e pessoal do enfermeiro. Durante a realização há uma roda de conversa, na qual através de
diálogo, as mães trocam experiências especificas sobre convivência com seus filhos com sofrimento mental,
proporcionando assim um fortalecimento das ações entre profissionais, familiares e usuários do CAPSij.
Durante as oficinas há uma descoberta de habilidades, ensino e multiplicação dos saberes no âmbito da
saúde mental e enfermagem psiquiátrica. Conclusão: O Fortalecimento do vínculo entre enfermeiro e
usuários, tanto no acolhimento quanto no desenvolvimento das atividades diárias, são fundamentais no
processo de prevenção, promoção e reabilitação da saúde de pacientes e familiares com sofrimento mental.

APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE


P97 ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Andressa Arraes Silva; Mara Julyete Arraes Jardim; Lena Maria Barros Fonseca.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andressa Arraes Silva
Contato: andressinha_arraes5@hotmail.com

Introdução: A assistência a ser desenvolvida pelo enfermeiro ao cliente portador de lesão crônica deve
conter um conjunto de estratégias que possibilitem a melhor escolha terapêutica, ao qual se dá o nome de
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Baseado nesse contexto, os autores implementaram o
projeto: APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS
CRÔNICAS, realizado no Pronto Socorro Municipal da cidade de Bacabal – MA, de maio a junho de 2014, o
qual tornou possível a elaboração desse relato de experiência com o objetivo de mostrar a relevância da
implantação do processo de enfermagem no tratamento das feridas crônicas. Relato de experiência: O
estudo deu-se na unidade hospitalar, onde aconteceu a apresentação da pesquisa aos enfermeiros, seguido
da assinatura dos termos de consentimento. Observou-se como era realizada a assistência, a qual não
acontece de maneira padronizada, e logo depois os profissionais responderam ao questionário sobre o
conhecimento e a importância da SAE no tratamento das feridas crônicas. Sobre sua importância, foram
unânimes em citar a organização dos trabalhos da equipe e o melhor prognóstico para o paciente. A terceira
etapa da pesquisa consistiu na apresentação de um modelo de sistematização, através de palestras sobre
sua aplicação no tratamento das lesões. Após a aplicação foi realizada uma entrevista para investigar sobre
as dificuldades e as vantagens da SAE para o trabalho do enfermeiro no atendimento a esses clientes. A
maior dificuldade relatada foi a falta de tempo devido à grande demanda de pacientes por enfermeiro.
Interrogou-se sobre as sugestões para a implementação definitiva da SAE no hospital em questão e foi citada
a conscientização por parte das equipes. Podemos observar o interesse dos entrevistados em utilizar o
processo de enfermagem nas suas rotinas de trabalho, pois prioriza as necessidades pessoais de cada
paciente, diminuindo o tempo de internação. Considerações finais: A realização deste estudo permitiu-nos
inferir que os profissionais entrevistados apesar de possuírem conhecimento abrangente sobre a SAE e a
importância da sua implementação no tratamento de feridas crônicas, enfrentam grandes dificuldades que
impedem de aplicá-la em suas rotinas. Para tanto, destacamos a necessidade de mudança, para que a
assistência de enfermagem seja realizada de maneira sistematizada e com mais qualidade.

DIFICULDADES NA ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE


P98
TRANSTORNO MENTAL ATRELADA À FORMAÇÃO ACADÊMICA
Autores: Willian Rodrigues Viana Silva; Jéssica Sanglard Sousa; Thaisa Negreiros De Melo; Victor Pereira;
Giana Gislanne Da Silva De Sousa; Maria Neyrian De Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Willian Rodrigues Viana Silva
Contato: willian-viana@hotmail.com

Introdução: No contexto da saúde mental, de acordo com as positivas mudanças conquistadas ao longo do
tempo, o modelo “psiquiatrocêntrico" ganhou um importante espaço, tendo como base o atendimento
extra-hospitalar. Nesse contexto, considera-se significativa a discussão sobre dificuldades da assistência
atrelada a formação acadêmica dos profissionais. Objetivos: Analisar dificuldades de enfermeiros na
assistência ao portador de transtorno mental paralelo a formação acadêmica, sob a perspectiva da Política
Nacional de Humanização. Métodos: Estudo descritivo de natureza qualitativa. Amostra com 14 enfermeiros
das equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Imperatriz-MA. Os dados foram obtidos por
meio de observação e entrevista não-estruturada com perguntas abertas sobre dificuldades no
atendimento, formação acadêmica, além de dados sociodemográficos. A coleta de dados ocorreu durante
o mês de junho de 2014. Os dados foram avaliados por meio da análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa
teve aprovação do Comitê de Ética sob o parecer de número 661.508 de maio de 2014. Resultados: Em
relação à contribuição acadêmica, os enfermeiros consideram não ter sido suficiente o estudo sobre saúde
mental de forma teórica e prática. Durante a formação, observam-se instituições de ensino ainda focadas
no modelo curativo\hospitalar. Entretanto, o acadêmico necessita conhecer o cuidado em saúde primária e
de como realizá-lo em sua carreira profissional. Durante a assistência ao portador de transtorno mental,
enfermeiros mencionaram dificuldades, como a falta do profissional médico psiquiatra nas Unidades Básicas
de Saúde, falta de apoio ao tratamento por parte dos familiares e a dificuldade de diálogo usuário –
profissional. Apenas dois enfermeiros relataram não ter dificuldades em assistir o paciente com transtorno
mental. Conclusão: Um dos objetivos propostos pelas novas políticas de atenção à saúde mental é substituir
concepções e paradigmas já predefinidos e enraizados, quando o portador de transtorno mental ainda é
segregado e alheio à sua cidadania. Portanto, a qualidade da assistência se dará quando houver união entre
serviços de saúde e instituições acadêmicas, levando em consideração a boa formação acadêmica e
melhores condições de infraestrutura física e humana.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTE ACOMETIDOS POR IAM


P99
NO MUNICÍPIO DE MARABÁ-PA DE 2013 A 2015
Autores: Cláudia Caroline Lima Dos Reis; Sérgio Magalhães Brito; Lucas Franco Carvalho; David José Oliveira
Tozzeto.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Pará
Apresentador(a): Cláudia Caroline Lima Dos Reis
Contato: karolinny_10@hotmail.com

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no Brasil. É causado
por uma oclusão trombótica das artérias coronárias, que resulta em processo de necrose do tecido
subendocárdico. Segundo dados do DATASUS, cerca de 66.000 pacientes vãos a óbito todos os anos devido
a esta causa. Estudos afirmam que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) quadruplica o risco de IAM no
Brasil, e 43% dos primeiros episódios de IAM poderiam ser prevenidos caso a HAS fosse controlada. Entre
os fatores para o IAM podemos também destacar: tabagismo, sedentarismo, estresse, obesidade, diabetes
mellitus, dislipidemia e história familiar de coronariopatia precoce (antes dos 60 anos) Objetivos: Avaliar o
perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por IAM em Marabá – PA no período de 2013 a 2015,
visando analisar quais os fatores de risco mais predisponentes para tal evento. Métodos: Este trabalho
consiste em um estudo retrospectivo incluindo a revisão de 62 arquivos de prontuários de pacientes
internados na clínica cardiológica do Hospital Regional Público do Sudeste do Pará entre os anos de 2013 a
2015. Dentre estes foram selecionados os prontuários de pacientes com diagnóstico de IAM e dos mesmos
foi realizada a frequência dos fatores de risco para tal evento, como idade, gênero, hipertensão arterial
sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). Resultados: Dos arquivos analisados 25% apresentaram IAM,
sendo que 59% destes eram do sexo feminino. Todos os pacientes acometidos por IAM apresentavam HAS
(100%), e apenas 18,75% destes (n=3 ) apresentavam DM. Quanto à idade dos pacientes, o maior número
de casos (87%, n = 14) ocorreu em pacientes com idade maior que 50 anos de idade. Conclusão: Através dos
dados obtidos, pode-se afirmar para o universo da pesquisa, que a alta frequência dos fatores de risco
cardiovascular em pacientes acometidos por IAM (sendo a HAS o fator mais prevalente), reforça a
significância de um controle sobre esses fatores contribuintes para eventos isquêmicos.

AIDPI: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO


P100
BÁSICA DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ - MA
Autores: Víctor Pereira Lima; Débora Heissa De Almeida Matos; Adna Nascimento Souza; Giana Gislanne Da
Silva De Sousa; Willian Rodrigues Viana Silva; Maria Neyrian De Fátima Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Víctor Pereira Lima
Contato: pereiravictorufma@gmail.com

Introdução: A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância – AIDPI foi elaborada no
intuito de reduzir a morbimortalidade em pacientes na faixa etária de 0 à 5 anos. Desse modo, a estratégia
vem sendo caracterizada como uma abordagem simultânea e integrada à criança dando ênfase ao conjunto
de doenças mais prevalentes neste período. Objetivos: avaliar o conhecimento dos enfermeiros da Atenção
Básica a cerca do AIDPI em Imperatriz – MA. Métodos: estudo do tipo descritivo exploratório, com
abordagem quantitativa, realizado durante a segunda quinzena do mês de junho de 2013 com enfermeiros
atuantes nas Equipes de Saúde da Família (ESF) de Imperatriz – Ma. A amostra constitui-se de 35 enfermeiros
com mais de 6 meses de atuação em ESF. Os dados foram coletados através de um questionário de múltipla
escolha e analisados pelo software Epi Info® versão 7,0. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –
TCLE foi utilizado conforme a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.
A pesquisa segue em apreciação do comitê de ética apresentando Certificado de Apresentação para
Apreciação Ética – CAAE número 17892013.1.0000.5087. Resultados: a maior parte da amostra era do sexo
feminino (89%), com tempo de graduação entre 5 a 8 anos (45,71%) e com tempo de atuação na Atenção
Básica entre 6 meses a 4 anos (42,86%). Os dados mostraram que 23 (66%) dos enfermeiros eram
capacitados pela estratégia AIDPI, porém, 3 (8,57%) destes preferiam utilizar o Protocolo Municipal em
detrimento à es tratégia. Em relação ao conhecimento a cerca da estratégia AIDPI foi evidenciado que a
amostra teve o maior índice de acerto nas questões referentes ao Publico Alvo da Estratégia (97%) e
Patologias Abordadas pela Estratégia (94%), os menores índices de acerto foram para Desnutrição Grave
(31%), Desidratação (29%), Contraindicações Vacinais (23%) e Desenvolvimento da Criança (6%). Conclusão:
a Atenção Básica de Imperatriz - MA tem em sua maioria enfermeiros capacitados para a realização do
atendimento de enfermagem de forma integral às crianças com base na estratégia AIDPI, em contraposição,
foi observado ausência de conhecimento por parte dos enfermeiros avaliados em questões essenciais
abordadas pela estratégia AIDPI, o que nos faz ressaltar a importância da educação continuada nos serviços
de saúde do município.

FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM


P101 ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE
PRIVADA EM SÃO LUIS - MA
Autores: Francisca Das Chagas Gaspar Rocha; Yasmin Pascoal Pereira Castro; Janice Maria Lopes De Souza;
Maíra Damasceno Cunha; Moacira Lopes Carvalho; Camila Aparecida Pinheiro Landim Almeida.
Instituição(ões): Universidade CEUMA, UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Francisca Das Chagas Gaspar Rocha
Contato: rochagaspar1@hotmail.com

Introdução: A hipertensão arterial é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.
Trata-se de uma patologia multifatorial e as situações que a desencadeiam estão cada dia mais presentes
na vida contemporânea, tornando-se de extrema importância identificar precocemente seus fatores de
risco. Objetivos: objetivo geral: conhecer os fatores de risco para hipertensão arterial em acadêmicos do 1º
período de Enfermagem de uma Universidade privada de São Luís – MA, objetivos específicos: identificar
dados do perfil socioeconômico dos alunos estudados; listar fatores de risco modificáveis e não modificáveis
para hipertensão arterial no grupo de estudo e identificar comorbidades nos sujeitos de estudo. Métodos:
O estudo foi de caráter exploratório-descritivo, prospectivo, transversal e com análise quantitativa dos
dados. O instrumento para a coleta de dados foi um questionário, aplicado de forma individualizada,
analisando o estilo de vida destes jovens, assim como fatores hereditários. Em atendimento a Resolução
466/12 sobre ética na pesquisa que envolve seres humanos, a pesquisa foi iniciada após a aprovação do
comitê de ética em pesquisa da Universidade CEUMA, com o parecer nº 42836815.2.0000.5084 e
consentimento formal através de ofício, encaminhado à coordenação do curso de Enfermagem da
instituição, assim como a pesquisadora forneceu um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE,
para os acadêmicos, com os devidos esclarecimentos da pesquisa e a fim de receber autorização dos
mesmos para a aplicação do questio nário, como também para utilizar as informações coletadas apenas
para fins científicos, garantindo o sigilo dos dados, assim como não provocar nenhum dano financeiro e
moral aos participantes. Foram entrevistados 52 universitários. Resultados: em relação a faixa etária, o
maior percentual encontrava-se entre 20 a 25 anos (67%), mulheres (81%), solteiras (73%) e de cor branca
(42%). Referem ser etilista (58%), ingerir bebida alcoólica esporadicamente (71%) e negam uso do tabaco
(77%). Afirmam praticar exercícios físicos (62%), com frequência de 3 a 4 vezes por semana (33%). Ingerem
Fast Food semanalmente (48%), alimentam-se 2 a 3 vezes na semana com verduras e legumes (46%).
Possuem casos de hipertensos na família (77%), sendo o pai (40%) na maioria das vezes. Em relação às
comorbidades, foram identificados hipertensos (3,8%), diabéticos (1,9%) e obesos (5,7%). Conclusão: Os
dados obtidos indicam a presença de fatores de risco modificáveis e não modificáveis no grupo estudado;
outro ponto importante a salientar é faixa etária dos pesquisados e o estilo de vida dos mesmos. Portanto,
tais resultados chamam a atenção para uma população jovem que necessita de informação e sensibilização
para a síndrome da hipertensão arterial com suas complicações e, também, por tratar-se de acadêmicos
que lidarão com o compromisso da promoção da saúde.

PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: INFLUÊNCIA DO TELHADO DE


COBERTURA VERDE COMO MATERIAL EMPREGADO EM
P102
CONSTRUÇÃO SOBRE A TEMPERATURA AMBIENTE E EM SEU
ENTORNO
Autores: Antonio Joatan De Barros Filho; Belisa Souza Costa; Sueli De Souza Costa; Daniel Rocha Pereira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Antonio Joatan De Barros Filho
Contato: joatan.barros@gmail.com

Introdução: O processo saúde-doença sofre influências diretas do ambiente e das condições físicas a que
estamos expostos. O crescimento das cidades gera impactos ambientais e socioeconômicos, diretamente
relacionados ao processo saúde-doença, através dos Determinantes Sociais em Saúde. As construções
convencionais elevam a temperatura interna das casas, gerando maior consumo de energia para tornar o
ambiente agradável. Também diminuem sombras e não permitem absorção da água das chuvas, devido à
impermeabilização dos solos, podendo provocar enchentes, que trazem inúmeras doenças, como
leptospirose e dengue. Telhados convencionais absorvem radiação solar, trazendo impacto negativo na
qualidade do ar, afetando a saúde pública. Quanto maior a temperatura ambiente, o ar atua como
catalisador, e acrescenta poluição atmosférica, tornando baixa a qualidade do ar, gerando aumento de
doenças respiratórias. Os telhados de cobertura verde são constituídos por sistema de engenharia que
permite a plantação sobre uma laje convencional, gerando impactos positivos na saúde. Objetivos: Realizar
análise comparativa da temperatura interna e externa de casas de telhado com cobertura verde e de telha
convencional, visando a economia de energia para resfriamento, menor impacto ambiental, melhores
condições de saúde da população, preservação do ambiente. Métodos: Utilizaram-se duas casas de
alvenaria idênticas, uma ao lado da outra, na região nordeste do país, em clima quente e úmido, diferindo
apenas em relação à cobertura: uma com telhado verde e outra com telhado convencional. Tiveram suas
temperaturas e umidade mensuradas durante 31 dias, tanto externa quanto internamente, através de
sensores de temperatura. Resultados: As temperaturas dentro da casa com telhado verde foram menores
que as da casa com telhado convencional, e foram menores que no ambiente externo. As temperaturas
dentro da casa com telhado convencional foram maiores que as do ambiente externo. Conclusão: O telhado
com cobertura verde colabora para diminuir a temperatura interna da casa, reduzindo o consumo de energia
para resfriamento de ambientes; melhora isolamento acústico da edificação, através da vegetação, que
funciona absorvendo e isolando ruídos; melhora o ar em seu entorno, ao diminuir a poluição; diminui a
possibilidade de enchentes, por reter melhor a água da chuva. Com estas características, a saúde pública
adquire vantagens ao utilizar-se telhado verde em larga escala.

ESTADO NUTRICIONAL E ESTILO DE VIDA DOS ADOLESCENTES


P103
ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO
Autores: Janaina Maiana Abreu Barbosa; Rayane Palhano Paiva Diniz; Allanne Pereira Araújo; Mayllaluanna
Barbosa Martins; Gabrielle Vieira Da Silva; Keisianny Diniz De Moraes.
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Rayane Palhano Paiva Diniz
Contato: jana_mayana@hotmail.com

Introdução: A adolescência é o período de transição entre a infância e idade adulta, fase que se caracteriza
pelo crescimento acelerado, mudanças físicas e psicológicas que influenciam diretamente nos hábitos
alimentares destes indivíduos e consequentemente no estado nutricional. Este ciclo de vida tem sido
apontado como período estratégico de prevenção de doenças e promoção de saúde, pois muitas doenças
que acontecem na idade adulta poderiam ter sido prevenidas na adolescência. Objetivos: Verificar o estado
nutricional e o estilo de vida dos adolescentes atendidos em um ambulatório de nutrição de uma Clínica
Escola em São Luís-MA. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal, realizado com 217
prontuários de indivíduos de 10 a 19 anos, de ambos os sexos. Dados demográficos, socioeconômicos, de
estilo de vida e antropométricos foram coletados dos prontuários. O índice de massa corpórea (IMC) foi
classificado em percentis, de acordo com o sexo e idade, e foram adotados os critérios propostos pela
Organização Mundial da Saúde (2007). Os pontos de corte adotados para a classificação da circunferência
da cintura (CC) foram os propostos por Taylor et al (2000) que identificam obesidade abdominal quando a
CC ≥ percentil 80, ajustado para idade e sexo. O programa Stata versão 12.0 foi utilizado para fazer a análise
descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital São Domingos com número de
973.773/2015. Resultados: A maioria dos adolescentes era do sexo feminino (61,8%), com idade de 10 a 14
anos (58,1%), a média de idade foi de 13,9 ± 2,8 anos, 58,3% estavam no ensino fundamental e 50% tinham
à renda familiar de 1 salário mínimo. Quanto ao estilo de vida, 98,6% não eram fumantes, 97,2% não
consumiam bebida alcóolica, 59,8% relataram não praticar atividade física e 62,9% faziam de 5 a 6 refeições
por dia. Em relação às características antropométricas dos adolescentes, a média do IMC foi de 22,5 ±
6,7kg/m2 e a da CC de 77,3 ± 15 cm, quanto à classificação do IMC, 44% das meninas e 48,2% dos meninos
encontravam-se com excesso de peso. Com relação à CC, 41,9% das meninas e 50% dos meninos
encontravam-se com risco para doenças cardiovascular. Conclusão: Diante do exposto observou-se que há
um número significativo de adolescentes com excesso de peso. Dessa forma é de suma importância que os
adolescentes tenham uma boa adesão ao tratamento nutricional com o objetivo de ter hábitos alimentares
mais saudáveis e prevenir futuras doenças.
.
A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS NA MELHORA DOS
P104
SINTOMAS ÁLGICOS EM PACIENTES IDOSOS
Autores: Jessica Da Silva Prates; Thalyta Batista De Sousa; Cintia Moura Carvalho; Evellyn Batista Da Silva
Flizikowski; Joycce Huanna De Souza Silva; Joana Elisabeth De Sousa Martins Freitas.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Jessica Da Silva Prates
Contato: prates.jessica@hotmail.com

Introdução: Na população de idosos, a dor é a queixa mais frequente. A tendência atual dos idosos é
apresentar condições clínicas crônicas, podendo-se relacionar com a dor de caráter contínuo. Na Atenção
Primária de Saúde é fundamental medir esses aspectos, avaliar necessidades e monitorar progressos para
obter uma melhor qualidade de vida. Objetivos: Descrever o perfil social, a autopercepção da saúde, as
atividades físicas praticadas e há quanto tempo são realizadas, por idosos numa instituição na Atenção
Básica de Saúde. Conhecer o desempenho funcional de idosos que praticam atividade física e avaliar o grau
de dor desses idosos. Métodos: Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade FACID
de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, prospectiva, abordagem quantitativa,
numa amostra de 43 idosos, entre agosto e setembro de 2013, escolhidos aleatoriamente, praticantes de
atividades fi ́sicas em Instituição de Atenção Básica ao Idoso em Teresina-PI. Aplicados questionários com
levantamento de dados sobre idade, gênero, cor, escolaridade, autopercepção da saúde, atividades físicas
e tempo de prática; instrumentos de Atividade Básica da Vida Diária (AVD), Atividades Instrumentais da Vida
Diária (AIVD) e Geriatric Pain Meansurement (GPM). Dados analisados pela estatística descritiva, do teste T
Student e análises de Pearson e Spearman. Resultados: Do total de idosos, 60 a 75 anos (76,7%), maiores
de 75 anos(10%); 95,3% do gênero feminino; cor negra (46,5%), pardos (37,2%), brancos (16,3%); sem
estudos (20,9%), ensino fundamental (60,5%), ensino médio (9,3%), ensino superior (2,3%); 79,1% tinham
uma auto-percepção da saúde boa e 20,9% de regular a ruim; 58% praticavam capoterapia, 23% dança e
19% tai chi chuan; duração de atividade física média de 47,14 meses. Para a realização das AVDs, 100%
independentes e nas AIVDs, independência em atividades como cozinhar (95,3%), fazer compras (95,3%) e
deslocar-se (95,3%). A pontuação do Geriatric Pain Meansurement (GPM) foi bastante satisfatória
mostrando que a dor nessa população encontra-se em baixo grau.. Conclusão: A pesquisa confirma a
posição de que as intervenções de exercícios físicos produzem melhoras significativas dos sintomas álgicos
em idosos, melhorando assim a qualidade de vida. É importante a atividade física para a boa saúde e
promoção de um processo de envelhecimento ativo e saudável.

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS


P105 ATENDIDOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM
CENTRO DE SAÚDE DE SÃO LUÍS-MA
Autores: João De Deus Da Costa Leite Júnior; Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão; Michelle Fonseca Coelho;
Rafael Mondego Fontenele; Gabrielle Vieira Da Silva.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): João De Deus Da Costa Leite Júnior
Contato: jdeusleitejunior@gmail.com

Introdução: A Hipertensão Arterial, definida como uma doença crônico-degenerativa, de natureza


multifatorial, compromete o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores, levando a redução
da luz dos vasos, elevando a pressão em seu interior e causando danos aos órgãos por eles irrigados.
Objetivos: Identificar a prevalência de hipertensão arterial em idosos atendidos na ESF. Métodos: Estudo
descritivo com abordagem quantitativa. A partir dos dados do HIPERDIA, foram encontrados 105 idosos, no
período de abril a maio de 2010. Os dados coletados através de um roteiro estruturado e post eriormente
analisados através do Programa EPI-INFO. Resultados: A partir das informações coletadas e analisadas,
verificou-se 72% era do sexo feminino; 51% com faixa etária acima de 69 anos; destes 69% fazem o
tratamento de forma medicamentosa com pouco auxílio da atividade física com 57%; cerca de 47% usam o
Captopril associado a Hidroclorotiazida; 18% Propranolol; 21% AAS e outros tipos de medicamentos.
Encontrados percentuais de 90% para o consumo de álcool e 4% fumantes. Cerca de 24% são diabéticos.
Conclusão: Analisando os resultados encontrados, vê-se que os fatores de riscos estão em ocorrência e que
alguns são controlados. Desse modo, vale lembrar a identificação das causas da ausência de êxito do
tratamento anti-hipertensivo, abordando aspectos como a falta de adesão ao tratamento, a dificuldade de
acesso à medicação e aos serviços médicos, e por fim lembrar da conduta dos profissionais de saúde em
relação aos hipertensos.

OCORRÊNCIAS DE ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA EM


P106
PRONTO ATENDIMENTO EM SÃO LUÍS/MA
Autores: Francisca Das Chagas Gaspar Rocha; Rosângela De Cássia Ferreira Freire Farias; Mônica Cristina
Nascimento Silva; Maíra Damasceno Cunha; Moacira Lopes Carvalho; Janice Maria Lopes De Souza.
Instituição(ões): Universidade CEUMA, UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Francisca Das Chagas Gaspar Rocha
Contato: rochagaspar1@hotmail.com

Introdução: Os acidentes na infância são frequentes e constituem um grave problema de saúde pública.
Geralmente, são considerados inevitáveis e imprevisíveis, porém quase sempre ocorrem como
consequência do grau de desenvolvimento da criança, comportamento da família, ocorrências de situações
facilitadoras e inexistência de medidas preventivas. Objetivos: Identificar as ocorrências dos acidentes
domésticos com crianças, registrados em uma instituição de saúde em São Luís-MA no período de janeiro
de 2014 à janeiro de 2015,caracterizar os aspectos sociodemográfico das crianças e do cuidador, destacar
quais os tipos de acidentes ocorrido com o grupo de estudo e identificar a evolução dos casos. Métodos: A
pesquisa desenvolvida foi um estudo descritivo, retrospectivo com análise quantitativa, realizada em uma
instituição de pronto atendimento. A amostra foi composta de 574 prontuários de crianças que sofreram
algum acidente doméstico e que foram atendidos nessa instituição, no período de janeiro de 2014 a janeiro
de 2015. A coleta de dados foi realizada, no mês de maio de 2015, através de um formulário elaborado pela
autora, pertinentes ao objetivo do projeto. As análises e discussões dos resultados obtidos durante a
investigação através das fichas seguiu da seguinte composição: sexo, faixa etária,tipo de acidente e evolução
do acidente domestico. Na fase da redação foi escrito o texto em forma dissertativa, já embasada nos
conhecimentos adquiridos com a leitura e análise dos dados em forma de tabela e posteriormente
tabulados. F oi realizada através do programa Excel e confecções de tabelas para melhor entendimento a
apresentação dos dados. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética, através do CAAE nº
42836915.1.0000.5084 e pelo responsável da unidade de pronto atendimento em São Luís - MA. Para o
responsável da instituição de saúde pesquisada foi encaminhado um ofício, sendo a coleta dos dados
iniciada somente após a aprovação do mesmo. Inicialmente, foi encaminhado ao Pronto Atendimento de
Saúde, que serviu de campo de pesquisa, um ofício solicitando autorização do campo para a coleta de dados.
Foram obedecidos os preceitos éticos, de acordo com a Resolução no 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde, para pesquisa com seres humanos. Resultados: Os resultados foram: 64,7% eram do sexo masculino
e 33,7% estavam com idade entre 7 a 11 anos, 51% estavam em companhia da mãe durante a ocorrência
do acidente doméstico, 34,5% sofreram queda, a região corpórea mais atingida foi os membros superiores
(31,8%) e 85% tiveram alta após o atendimento na instituição de saúde. Conclusão: Diante do exposto,
conclui-se que as crianças são vulnerais aos acidentes e que maioria das vezes os acidentes ocorrem nos
seus lares, portanto, o ambiente doméstico pode ocasionar trazer riscos para as crianças, sendo necessária
a contínua observação das condições facilitadoras para esse evento.

ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA


P107
FARMÁCIA BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA
Autores: Thaynara Karla De Aguiar Da Silva; Flávio Donalwan Sá Maximino; Heliana Trindade Marinho.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Thaynara Karla De Aguiar Da Silva
Contato: thaynaraaguiar-s@hotmail.com

Introdução: O Estudo de Utilização de Medicamentos (EUM) representa o ramo da farmacoepidemiologia


que se destina ao acompanhamento da comercialização, distribuição, prescrição, dispensação e uso dos
medicamentos em uma sociedade, com enfoque nas suas competências sanitárias, sociais e econômicas.
Objetivos: Realizar um estudo preliminar de utilização dos medicamentos dispensados em uma farmácia
básica de uma unidade de saúde pública do município de São Luís, Maranhão, Brasil. Métodos: Utilizou-se
o primeiro nível do Sistema de Classificação Anatômica, Química e Terapêutica (Anatomic al Therapeutic
Chemical Index - ATC) para classificar as classes terapêuticas dispensadas durante os meses de janeiro a
dezembro de 2014. Quantificou-se os medicamentos dispensados na farmácia básica da referida unidade
através dos mapas mensais de consumo e de atendimentos, considerando-se o total de apresentações
dispensadas e pessoas atendidas. Resultados: Durante o período analisado, 22.873 apresentações de
medicamentos (cartela, tubo, frasco etc) foram dispensadas para um total de 7.243 pessoas. Foram
encontrados 69 (sessenta e nove) medicamentos pertencentes a 10 (dez) classes terapêuticas do Sistema
ATC, predominando as classes “C” - cardiovasculares (5.074 – 22,18%), “A” – aparelho digestivo (4.281 –
18,71%) e “J” - antimicrobianos (4.203 – 18,38%). Os medicamentos mais dispensados foram a cefalexina
500mg (1.990 – 8,70%), glibencamida 5mg (1.693 – 7,40%), paracetamol 500mg (1.302 – 5,77%) e o
paracetamol 200mg/ml (1.202 – 5,25%) , que representaram um total de 27,05% de todos os medicamentos
dispensados no ano de 2014. Observou-se que entre os medicamentos padronizados na unidade, 18
(dezoito) não foram distribuídos pelo Almoxarifado Central do município no ano de 2014, gerando um
elevado índice de desabastecimento (26,08% dos medicamentos). Conclusão: Constatou-se que o
desabastecimento de medicamentos na farmácia básica da unidade em estudo interferiu na proporção das
classes terapêuticas do Sistema ATC no ano de 2014. São necessários estudos posteriores para avaliar a
relação entre o desabastecimento de medicamentos e a demanda reprimida na farmácia básica da unidade,
que podem trazer prejuízos à saúde da população.

CUIDANDO DE QUEM CUIDA”: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE


P108 FAMILIARES CUIDADORES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
INSTITUCIONALIZADOS
Autores: Daniela Batalha Jardim Ramos Rocha; Lidiane Morais Lima; Bruno Luiz Avelino Cardoso.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Daniela Batalha Jardim Ramos Rocha
Contato: danielabatalhajardim@hotmail.com

Introdução: O processo saúde-doença sofre influências diretas do ambiente e das condições físicas a que
estamos expostos. Com o processo de desinstitucionalização, o atendimento às necessidades básicas dos
pacientes, a coordenação de suas atividades diárias, administração de medicação, acompanhamento aos
serviços de saúde, passaram a fazer parte do cotidiano dos familiares. Os familiares cuidadores passaram a
manejar os episódios de crise, fornecer-lhes suporte social, arcar com gastos e superar as dificuldades dessas
tarefas. Influem no manejo da sobrecarga a disponibilidade de redes de suporte social, as leis
sociosanitárias, a estrutura e adequação dos serviços de saúde mental. Relato de experiência: Esse caso
clínico envolve um paciente diagnosticado com HIV, a cerca de 2 anos, que após a notícia devido ao seu
padrão de comportamento agressivo foi internado pelos familiares imediatamente em uma instituição
psiquiátrica. Trata-se de um homem de 43 anos de idade, divorciado, sem filhos. Decidiu largar o emprego,
pois relatou que não podia mais trabalhar devido a doença. Seu irmão mais velho (S.) decidiu acompanhá-
lo em consultas médicas e psicológicas. À medida que o paciente se tornava mais dependente, emergia a
necessidade de ter um cuidador mais presente. S. havia assumido algumas responsabilidades quanto ao
cuidado do paciente, porém estas se intensificaram quando o estado de saúde deste se agravou. S.
interrompeu o trabalho, era casado e tinha dois filhos. Sua rotina começou a ser alterada, e o lazer subtraído.
O elevado nível de estresse e de ansiedade acarretou em S. distúrbios do sono e de apetite, o que ocasionou
um considerável aumento de peso. Conflitos no casamento ameaçaram uma separação conjugal.
Considerações finais: Dirigir um olhar empático ao cuidador, oferecendo-lhe assistência integral por sua
tarefa, considerando as fontes primárias de estresse e de possível interferência negativa tanto na sua saúde
física quanto emocional, deve receber destaque nos métodos interventivos. O reconhecimento de sua
importância, contribuições e das dificuldades que enfrentam constitui um passo decisivo para o
desenvolvimento de práticas de atendimento comunitário sensíveis às necessidades dessa população, tais
como implantação de grupos psicoeducativos, visitas domiciliares regulares e auxílio para o
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da sobrecarga.

MANEJO DO ESTRESSE E DAS HABILIDADES SOCIAIS EM


P109 PROFISSIONAIS DA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE
O TRABALHO JUNTO A PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Autores: Bruno Luiz Avelino Cardoso.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA)/ Instituto Wainer & Piccoloto (IWP)
Apresentador(a): Bruno Luiz Avelino Cardoso
Contato: brunoluiz12@gmail.com

Introdução: O atendimento a pacientes psiquiátricos demanda habilidades sociais específicas para o seu
manejo. O profissional da saúde mental lida diretamente com contingências diversificadas no seu ambiente
de trabalho, o que exige um tato apurado para as nuances e comportamentos que são manifestados pelos
pacientes e demais profissionais na instituição de saúde. Sabe-se que, de acordo com as novas diretrizes
para o tratamento da saúde mental, os cuidados a pacientes psiquiátricos se estenderam para os familiares
e passaram a não estar restrito às unidades de saúde. Entretanto, o modelo hospitalocêntrico ainda está
ligado ao incentivo sociocultural para a sua manutenção. Questões trabalhistas (ambiente de trabalho,
salário, carga horária) podem ser fatores preponderantes para o desencadeamento do estresse ocupacional
e as habilidades sociais podem ser um fator de auxilio para o profissional no seu setting de trabalho, pois
são base para gerar interações sociais proveitosas. Relato de experiência: Trata-se de um processo de
observação retrospectiva realizado durante pesquisa em saúde mental, a respeito do manejo junto a
pacientes psiquiátricos. O ambiente psiquiátrico (institucionalizante) diverge notavelmente do contexto
social extra-clínica. Embora os desafios da reforma psiquiátrica estejam em processo de implementação,
ainda há modelos clínicos asilares. É evidente que houve mudanças neste processo, entretanto ainda há
objetivos a serem alcançados em relação ao alvo preconizado pela Lei 10.216. Com isso, nota-se a carga
horária semanal de trabalho que pode vincular a níveis consideráveis de estresse ocupacional resultado da
sobrecarga. O Treino de Habilidades Sociais (THS) como um conjunto estratégias nas relações interpessoais
pode auxiliar consideravelmente no ambiente de trabalho, favorecendo aos profissionais uma interação
melhor executada e, saudável no clima organizacional e, modelos comportamentais adequados aos
pacientes psiquiátricos presentes no local. Considerações finais: Para autores referenciais no tema de THS,
quando os profissionais apresentam um padrão de comportamento socialmente habilidoso, podem
contribuir em grande escala tanto para o avanço do clima organizacional e qualidade das relações
interpessoais dentro da empresa, quanto para o público em geral. Neste sentido, ressalta-se a importância
do THS para os profissionais da saúde, afim de um trabalho satisfatório e proveitoso junto à instituição e
aos usuários dos serviços.

NEGLIGÊNCIA CONSCIENTE: ANÁLISE DA SAÚDE E BEM-ESTAR


P111
EM ACADÊMICOS DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL
Autores: Isac César Roldão Leite; Tamirys Golenia Dos Passos; Erick Gustavo Da Silva Neres; Ana Beatriz Neri;
Rebeca Marques Margoto; Janaína Bianca Barletta.
Instituição(ões): Faculdades Integradas Da União Educacional Do Planalto Central - Faciplac
Apresentador(a): Tamirys Golenia Dos Passos
Contato: tamiryspassos@gmail.com

Introdução: A formação medica exige dos alunos muita dedicação, foco e esforço. A grade curricular
demasiadamente complexa exige muito do aluno, privando-o, em sua grande maioria, do sono, de horas de
lazer, atividade física, relacionamento familiar, dentre outros. E esquece-se que essas atividades primordiais
para a saúde mental e passa a torna-las segundo plano. Relato de experiência: Um dos maiores problemas
enfrentados pelo aluno é o estresse, que consiste em um estado de tensão responsável por uma ruptura na
homeostase do organismo. Este, por sua vez, está associado à adaptação ao novo método de ensino e
aprendizagem, à grande quantidade de matérias e conteúdo, ao contato iminente com o paciente, com a
morte e com a escolha da especialidade.
Com o tempo dedicado em realizar as atividades da formação superior, o acadêmico é forçado a adotar um
novo estilo de vida. Tendo que replanejar e abdicar de algumas de suas atividades em detrimento dos
compromissos de curso que escolheu. Devido à grande carga horária semanal dedicada ao curso, os
acadêmicos são levados a adotarem estilos de vida considerados não saudáveis, com pouca ou nenhuma
prática de atividade física, tendo o alcoolismo e a drogadição como método de enfrentamento imediato aos
problemas e ansiedade oriundos do curso, alimentação baseada em fast food ou restaurantes para refeições
rápidas e comportamento de risco oriundo da promiscuidade, algo intensificado pela diminuição de pudores
e amadurecimento. Com isso, mesmo estudando e estando ciente dos riscos enfrentados diariamente com
estes comportamentos, o acadêmico encontra-se em um dilema no que tange ao saber e não fazer por não
haver tempo pertinente. Assim, ao se analisar os acadêmicos do curso de medicina de uma universidade
privada de Brasília observou-se que a grande maioria adota tais hábitos de vida não saudáveis.
Considerações finais: Dessarte, os jovens estudantes sofrem desde sua formação médica o que
teoricamente só conheceriam na residência ou trabalho em geral: o estresse, burn out, ansiedade,
comportamento de risco, alimentação não saudável, entre outros, pois acabam encontrando assim uma
maneira de coexistir com o bom andamento do curso superior em medicina.

ENTRE TRENS DE DOIDO E A UTOPIA DE UMA SOCIEDADE SEM


MANICÔMIOS: A REDUÇÃO DE DANOS COMO UMA NOVA
P112
PERSPECTIVA DE TRABALHO PARA A EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NO CAPS AD
Autores: Jaqueline Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ
Apresentador(a): Jaqueline Oliveira
Contato: jaqueline19oliveira@yahoo.com.br

Introdução: O principal objetivo deste relato é apresentar a política de Redução de Danos e suas
possibilidades quanto ao acolhimento e escuta dos usuários em um Centro de Atenção Psicossocial de Álcool
e outras Drogas (CAPS ad). É importante ressaltar que para falar de Redução de Danos é necessário
contextualizar historicamente, levando em consideração a história da loucura brasileira até chegar ao atual
modelo de atenção à saúde mental, que possibilitou o fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS). Relato de experiência: O desenvolvimento deste relato foi suscitado na realização de estágio em
Psicologia e Processos Sociais em um CAPS ad. Diante de tantas possibilidades de trabalho por parte dos
profissionais desse serviço, a Redução de Danos se destacou por não ter como foco a abstinência. Nessa
perspectiva, o que está em questão é o sujeito, sua história de vida e não a substância que o mesmo
consome. A Redução de Danos teve sua origem na Inglaterra, em 1926 e chega ao Brasil no ano de 1989, ela
nos mostra na prática que não há uma sociedade livre de drogas, é necessário pensar novas possibilidades
para os usuários de substâncias lícitas e ilícitas. Portanto, é de fundamental importância apostar nesses
usuários de álcool e outras drogas como sujeitos responsáveis por suas escolhas, com direito a ter um
tratamento em liberdade e seu desejo ser escutado pelos profissionais. Considerações finais: O
desenvolvimento deste relato foi suscitado na realização de estágio em Psicologia e Processos Sociais em
um CAPS ad. Diante de tantas possibilidades de trabalho por parte dos profissionais desse serviço, a Redução
de Danos se destacou por não ter como foco a abstinência. Nessa perspectiva, o que está em questão é o
sujeito, sua história de vida e não a substância que o mesmo consome. A Redução de Danos teve sua origem
na Inglaterra, em 1926 e chega ao Brasil no ano de 1989, ela nos mostra na prática que não há uma
sociedade livre de drogas, é necessário pensar novas possibilidades para os usuários de substâncias lícitas e
ilícitas. Portanto, é de fundamental importância apostar nesses usuários de álcool e outras drogas como
sujeitos responsáveis por suas escolhas, com direito a ter um tratamento em liberdade e seu desejo ser
escutado pelos profissionais.
P113 AGENESIA DE CORPO CALOSO
Autores: Israel Amâncio Mendes; Maria De Jesus Torres Pacheco; Mônica Da Cunha Machado Resende;
Tárcia Heliny Nojoza; Talyta Garcia Da Silva; Rayanne Layla Morgado Fonseca.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mônica Da Cunha Machado Resende
Contato: monica.cmr@hotmail.com

Introdução: O corpo caloso, a maior das comissuras inter-hemisféricas, é formado por um grande número
de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular
do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Sua formação se inicia em torno
da 12ª semana de gestação e ele encontra-se completamente desenvolvido entre a 18ª e 20ª semanas de
vida intra-uterina. Suas lesões determinam o aparecimento de distúrbios psíquicos, caracterizados por
apatia, pobreza do pensamento e dos movimentos, perda da memória para fatos recente s, modificações
no caráter (irritabilidade, versatilidade do humor, desconfiança), déficit da atenção voluntaria e espontânea
e grande fatigabilidade mental. A prevalência da agenesia do corpo caloso estimada é de 1% da população.
Sabe-se que a agenesia de corpo caloso é uma malformação relativamente frequente. Relato de caso:
Criança do Sexo feminino pesando 13 kg, 18 meses, residente de São Luís acompanhada de genitora (mãe)
compareceu no ambulatório de pediatria do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Matos em São Luís, Maranhão.
Genitora relata que teve o diagnóstico de Agenesia de Corpo Caloso-ACC evidenciado em US Gestacional e
após o nascimento foram realizados ressonância magnética que confirmou o diagnóstico de ACC e
tomografia de crânio, eletroencefalograma apresentou-se normal, tendo também um desenvolvimento
normal. A mesma faz uso de anticonvulsivante (fenobarbital), faz acompanhamento com neurologista e
endocrinologista. Considerações finais: A agenesia do corpo caloso pode estar associada a síndromes
genéticas, cromossomopatias ou outras malformações do sistema nervoso central e extra sistema nervoso
central, que são fatores de mau prognóstico. O paciente avaliado no relato de caso não apresenta
anormalidades no seu desenvolvimento, apresentou uma crise convulsiva, agora tratada com
anticonvulsivante, em seus exames neurológicos não apresentou qualquer anomalia, no entanto esta
condição é rara. Observa-se que não existe muitas pesquisas que possam corroborar para maior
entendimento dessa doença. Compreende-se que essas alterações ocorrem em 3 de cada 1000 crianças
nascidas vivas, sendo essas anomalias responsáveis por 75% das mortes fatais e cerca de 50% dos defeitos
congênitos.

FISTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA TRAUMÁTICA ASSOCIADA A


P114 ANEURISMA EM ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA ESQUERDA
SUPRACLINOIDEA
Autores: Mohammed Damasceno Guimarães; Mateus Carvalho Mota; Morgana Carvalho Mota; Yuri De
Castro Machado; Bárbara De Morais Borba; Mário Gomes De Campos Neto.
Instituição(ões): ITPAC
Apresentador(a): Mohammed Damasceno Guimarães
Contato: mohammed_guimaraes@hotmail.com

Introdução: Fistulas carótido-cavernosas são comunicações anormais entre o sistema carotídeo e o seio
cavernoso, podendo ser de etiologia traumática ou espontânea. A causa traumática mais comum é o
traumatismo crânio-facial, que pode causar lacerações da artéria carótida interna em sua porção
intracavernosa devido a mecanismos de aceleração-desaceleração ou devido a espículas ósseas formadas
em fraturas de base de crânio. Os principais sintomas incluem proptose, quemose, sopros retro-orbitários,
diplopia e oftalmoplegia. Os principais diagnósticos diferenciais para essa síndrome são trombose do seio
cavernoso, fratura de órbita, aplasia de seio sigmoide e neoplasias oculares. Realizou-se análise do
prontuário do paciente e revisão de literatura com artigos do PubMed. Relato de caso: W.R.R., 25 anos,
sexo masculino, vítima de colisão automobilística. Foi admitido, no dia do acidente, em um hospital de
Itaúna-MG em Glasgow 6, devido a politrauma. Foi encaminhado ao Hospital João XXIII, no dia seguinte. Na
admissão encontrava-se anisocórico à esquerda. Realizou TC cervical e de crânio, que evidenciou HSAT,
hemoventrículo, pneumoencéfalo, fratura na base de crânio(esfenoide e etmoide posterior) e de facetas C3
e C4 à direita. Sugeriu hipótese diagnóstica de LAD. Evoluiu com rabdomiólise importante. Após suspensão
da droga vasoativa, evoluiu com distúrbio de coagulação e apresentou aumento importante de
transaminase . Posteriormente, apresentou nistagmo, proptose, ceratite de exposição e quemose. Ausculta
revelou um sopro na região lateral da órbita esquerda. Foi realizada angioTC de crânio, que confirmou o
diagnóstico de fistula carotido cavernosa. O exame evidenciou um aumento do calibre da veia oftálmica
esquerda e do seio cavernoso esquerdo e aneurisma em artéria carótida interna esquerda supraclinoidea.
Proposta embolização da fistula carotidocavernosa. Considerações finais: As Fístulas carótido-cavernosas
são quadros relativamente incomuns, estando presentes em 0,2% dos traumas de crânio fechados. Seus
sinais muitas vezes são comuns a diversas outras injúrias, mas seu diagnóstico não deve ser descartado na
presença de quadros como o descrito, mesmo na presença de outras lesões que poderiam justificar alguns
sintomas, como fraturas de órbita. A utilização de exames de imagem, como angioTC e angiografia, é
fundamental para fechar o diagnóstico em casos sugestivos de lesões vasculares como este. Diagnóstico e
tratamento precoces são necessários para evitar amaurose e maiores complicações neurológicas.

IMPORTÂNCIA DAS BASES DE DADOS HOSPITALARES NA


P115
TRIAGEM EPIDEMIOLÓGICA DO NÚMERO DE CASOS DE CÂNCER
Autores: Marcus Vinícius Viégas Lima; Fernando César Vilhena Moreira Lima; Jorge Ricardo Fernandes De
Araújo; Jorge Ricardo Fernandes De Araújo; Hellyne Giselle Reis Madeira; Mônica Virginia Viégas Lima De
Aragão.
Instituição(ões): Universidade Ceuma e Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde- UFMA
Apresentador(a): Marcus Vinícius Viégas Lima
Contato: m.viegas.lima@gmail.com

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública causando grande número de morbidades e


mortalidade em todo o mundo. O investimento e o desenvolvimento de ações na melhoria do controle do
câncer através de registros e dados fidedignos é essencial para uma adequada tomada de decisão gerencial
e assistencial. Objetivos: Apresentar o perfil epidemiológico de pacientes com câncer, pertencentes à base
de dados do RHC de um Centro de Oncologia do município de São Luís – MA e relatar a importância de tal
base de dados para gestão de serviço de saúde nesse tipo de centro. Métodos: Estudo retrospectivo,
realizado com levantamento de 2.143 prontuários, entre os meses de janeiro a julho de 2015. As variáveis
utilizadas no estudo foram idade, gênero, procedência, estadiamento da doença ao diagnóstico e tipo de
tratamento. Para a coleta de dados, utilizou-se o software SisRHC e, na análise descritiva, utilizou-se o
software Excel® para às variáveis quantitativas. Para a segurança e confiabilidade dos dados, foram
utilizadas senhas de acessos aos arquivos, backups semanais das planilhas, além do CPF do paciente, a fim
de evitar duplicidade. Resultados: Do total de 2.143 prontuários analisados, 50,3% eram do gênero
feminino, 55% eram da cor parda, 92% eram oriundos do estado do Maranhão, onde 47% eram procedentes
da capital, o tipo de câncer mais prevalente no sexo feminino foi o de mama (25,83%), enquanto o mais
prevalente no sexo masculino foi o de próstata (39,22%). O estadiamento IV foi prevalente, representando
11% da amostra com idade inferior a 19 anos, bem como 21% da amostra com idade superior a 19 anos. O
tratamento mais empregado foi a quimioterapia (22,8% dos casos). Conclusão: O presente estudo sugeriu
que a base de dados do Registro Hospitalar de Câncer tem papel relevante por ser capaz de gerar um
conjunto de importantes informações relacionadas ao câncer e que, por meio dessas informações, é possível
realizar estudos epidemiológicos que permitam gerar ações de melhoria gerencial e assistencial a essa
população.

ANÁLISE DE PRONTUÁRIOS SUGESTIVOS DE PAIR NA CLÍNICA


P116
ESCOLA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNIVERSIDADE CEUMA
Autores: Danielle Ferreira Santos; Adriana Gomes Castro; Fernanda Jansen Mendes; Érica Alessandra Caldas.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Danielle Ferreira Santos
Contato: dannysantos2@hotmail.com
Introdução: A perda induzida por ruído é uma doença incurável, tem o desenvolvimento lento e crescente,
perceptível apenas quando o grau já está acentuado, podendo afetar de maneira irreversível a comunicação
do indivíduo. A PAIR tem como classificação a alteração dos limiares auditivos do tipo neurossensorial, em
razão do dano causado às células do órgão de corti, é irreversível, quase sempre bilateral e simétrica,
progressiva desde que a exposição não seja descontinuada. Objetivos: estudo teve por objetivo verificar a
prevalência de PAIR na Clínica escola de fonoaudiologia da Universidade Ceuma. Métodos: Tratou-se de um
estudo descritivo retrospectivo com abordagem quantitativa, onde foram analisados prontuários contendo
anamnese e audiometria, sendo observados os limiares auditivos, configuração audiométrica, o histórico,
passado otológico, ambiente de trabalho, hábitos, sexo e idade. Resultados: Foram analisados 178
prontuários do ano de 2014 onde 11 apresentaram características de PAIR, sendo 6 mulheres com faixa
etária de 16 a 63 anos e 5 homens com faixa etária de 19 a 79 anos. Destes, 3 apresentaram configuração
audiométrica em entalhe bilateral e 8 em entalhe unilateral, as frequências mais acometidas foram as de
6000Hz. Conclusão: Observou-se que foi mínima a presença de PAIR decorrente de ruído ocupacional e que
o comparativo entre sexo e a idade não foi significativo, o que indica que possuem efeitos diferentes. Diante
dos dados analisados, observa-se que no ano de 2014 não houve um alto índice de prevalência de PAIR na
clínica escola de fonoaudiologia da Universidade Ceuma.

COMPLICAÇÕES DE DERIVAÇÃO VENTRÍCULO PERITONEAL:


P117 ABSCESSOS RECORRENTES E INFECÇÃO POR CÂNDIDA
PARAPSILOSIS
Autores: Thalisson Paulo Sousa Madeira; Leonardo Silva De Melo; Tárcia Heliny Nojoza Mendonça; Héron
Máximo Da Cunha Gonçalves; Rayanne Layla Morgado Fonseca; Maria De Jesus Torres Pacheco.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thalisson Paulo Sousa Madeira
Contato: thalisson.tpsm@gmail.com

Introdução: A hidrocefalia é uma definida como o aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano


dentro da caixa craniana. Suas repercussões orgânicas variam, podendo causar prejuízos nas habilidades
motoras, na aprendizagem, na atenção e no comportamento. O tratamento cirúrgico é através da derivação
ventrículo peritoneal (DVP); a maior causa de morbidade são as infecções, que podem ter alta gravidade,
elevadas taxas de morbimortalidade, aumento do tempo de internação hospitalar e dos custos. Relato de
caso: Paciente, masculino, 6 anos, pardo, natural e residente em São Luís - MA. Em 23/1 2/2014, paciente
portador de hidrocefalia DVP foi levado pela mãe à emergência do Hospital da Criança apresentando
aumento do volume e dor abdominal, vômitose crise convulsiva. Em 24/12, foi admitido no serviço HUPD;
iniciou antibioticoterapia com Ampicilina e Fentamicina por 3 dias; evoluiu com febre persistente, alterando-
se a terapêutica para Oxacilina. No D15 apresentava-se sonolento, nistagmo,clônus ao manuseio, sobretudo
em MID e MSE, candidíase oral.No D24 foi submetido à drenagem de abscesso cerebral. No D77 foi
submetido à craniotomia para retirada de cateter de DVP. No D105 foi submetido à nova DVP. Entre os dias
24/04 e 29/04, foi diagnosticado com ICS por Candidaparapsilosis sensível a fluconazol e anfotericina.
NoD148o paciente mantinha-se internado, hidrocefalia em DVP exteriorizada, com quadro de hiponatremia.
Em tratamento com Teicoplanina, Polimixina, Levofloxacino (D7), Diazepam, Fenitoína 7,5 mg, Topiramato
150 mg, Ácido Valpróico, Nitrazep an 5 mg, Cetoconazol, Mupirona, Fludrocortisona 0,3 mg/Kg,
Carbamazepina 15 mg, Fenobarbital, Anlodipina. Fez uso de Oxacilina (11 dias), Piperacilina e Tazobactam
(7 dias), Meropenem, Vancomicina e Fluconazol (36 dias), Amicacina (14 dias). Ao exame neurológico,
apresentava-se acordado, ativo e reativo, pupilas pouco fotorreagentes, anisocoria (E>D), nistagmo.
Hipertonia de membros inferiores à movimentação passiva, sem equivalentes convulsivos. Considerações
finais: Mais estudos precisam ser desenvolvidos a fim de aperfeiçoar o tratamento para hidrocefalia e
reduzir sua principal complicação – a infecção. O quadro clínico de pacientes submetidos à DVP, quando
complicadas, gera custos elevados ao sistema de saúde, com longas internações e recorrentes
procedimentos dispendiosos.
ESPONDILODISCITE COM FORMAÇÃO DE ABSCESSOS
P118 PARAVERTEBRAIS BILATERAIS EM COLUNA LOMBAR: UM
RELATO DE CASO
Autores: Thaysla Morais Soares; Evellyn Batista Da Silva Flizikowski; Monique Cavalcante Borges Leal; Tailine
Laís Lopes Bandeira; Camila De Sá Bezerra; Aldo José De Oliveira Leal.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Thaysla Morais Soares
Contato: thayslamorais@hotmail.com

Introdução: Espondilodiscite é a infecção que acomete o disco intervertebral, corpo vertebral ou o arco
posterior da vértebra. É uma causa rara de lombalgia no adulto, afeta mais o sexo masculino e predomina
na faixa etária entre 50 e 60 anos. A dor lombar ou cervical, conforme a localização da infecção, é o sintoma
mais frequente, seguida pelos sintomas constitucionais e a febre. As manifestações neurológicas incluem
paresia, paraplegia e meningite. O tratamento conservador é feito com base no uso de antibióticos, uso de
órteses e repouso. Já o tratamento cirúrgico consiste na descompressão da coluna, desbridamento da área
infectada e fusão vertebral. Relato de caso: Paciente F.V.S.G, sexo masculino, 32 anos, solteiro, pardo,
pedreiro, natural e residente de Igarapé Grande-MA. Refere lombalgia, cruralgia e perda ponderal há cerca
de 12 meses, com surgimento de abcessos subcutâneos pelo corpo, principalmente na região cervical e
parede abdominal há cerca de oito meses. Relata que há 30 dias apresenta piora da dor lombar e dificuldade
de deambular. Ao exame físico: REG, consciente, orientado, normotenso (120/80 mmHg), afebril (36,5°C),
taquicárdico (130 bpm) e sinal de Lasègue positivo. Cultura de abscessos subcutâneos evidenciaram o
crescimento de S. epidermides. TC e RNM de coluna lombosacra demonstraram a presença de lesões
expansivas paravertebrais bilaterais e com comprometimento ósseo e dos discos intervertebrais, sugestivo
de abscesso e espondilodiscite. A punção das lesões intra-abdominais evidenciou material purulento e de
aspecto esve rdeado, porem com cultura negativa. Foi iniciado antibioticoterapia com Ceftriaxona 2g EV
12/12 hrs, Oxacilina 2g EV 4/4 hrs e Metronidazol 500 mg EV 8/8 hrs, associado com fisioterapia motora.
Não havia indicação para neurocirurgia. O paciente evoluiu para melhora do quadro, com melhora da
marcha, ausência de dor lombar, ganho de peso e aumento do apetite. Considerações finais: A
espondilodiscite no adulto é pouco frequente, porém potencialmente debilitante e neurologicamente
devastadora para alguns pacientes, sendo essencial pensar nessa hipótese diagnóstica perante um doente
com dorsolombalgia. O diagnóstico é difícil devido aos sintomas clínicos inespecíficos, ao curso insidioso da
doença, e à alta incidência de dor nas costas na população em geral.

MALFORMAÇÃO DE CHIARI ASSOCIADO A POLINEUROPATIA


P119
DIABÉTICA : RELATO DE CASO
Autores: Teófilo Dorneles Claro Dos Santos Silva; Alan Félix Da Silva Cerqueira; Marlon Ferreira Santos; Asafe
Caio De Pinho Martins; Kleiton Ferreira Sousa; Edem Moura De Matos Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Teófilo Dorneles Claro Dos Santos Silva
Contato: teodornelles@hotmail.com

Introdução: Os sintomas da Malformação de Chiari estão relacionados a compressão direta que a


impactação das tonsilas produzem nas estruturas vizinhas, dentre elas o nistagmo, alterações de
sensibilidades nos membros e dificuldade de equilíbrio. Nesse relato descrevemos uma paciente com
diagnóstico prévio de polineuropatia diabética há 12 anos que foi diagnosticada com malformação de Chiari
tipo 1. Relato de caso: Paciente feminina, 58 anos, admitida em hospital de urgência com quadro de
dificuldade na deambulação, diabética em tratamento medicamentoso há 15 anos, relatando qua há
aproximandamente 12 anos apresenta quadro de parestesias em membros e dificuldade de equilíbrio
progressiva, sendo diagnosticada e tratada por polineuropatia diabética devido história clínica e reforçados
em achados da eletroneuromiografia. Ao exame físico paciente apresentava tetraparesia com
tetrahiperreflexia. Realizou ressonância de crânio que evidenciou malformação de Chiari tipo 1. Submetida
a descompressão cirúrgica de fossa posterior evoluindo com melhora do quadro motor. Considerações
finais: As malformações de Chiari são um grupo de condições originalmente descritas em 1891 e 1896 por
Hans Chiari, patologista alemão. Foram descritos 3 graus de herniação de estruturas cerebelares envolvendo
ou não o tronco cerebral. A malformação de Chiari do tipo I, por não ser tão óbvia clinicamente, é
geralmente apenas diagnosticada na vida adulta. Corresponde ao deslocamento caudal de mais de 3 mm
das tonsilas cerebelares, abaixo do forame magno. A apresentação clínica é multiforme, com os sintomas
variando conforme a disfunção da medula espinhal cervical, compressão primária do tronco cerebral ou
cerebelo. No presente relato descrevemos paciente que apresentava diagnóstico de polineuropatia
diabética que pela evolução arrastada da doença retardou o diagnóstico e tratamento da malformação de
Chiari. Opções terapêuticas incluem tratamento clínico sintomático com fisioterapia ou intervenção
cirúrgica. Pacientes assintomáticos sem siringomielia são acompanhados clinicamente, principalmente
através de ressonância magnética. Sintomas significativos ou progressivos pedem tratamento cirúrgico que
consiste na descompressão da fossa posterior. No presente relato a paciente foi submetida a
descompressão cirúrgica da fossa posterior com retirada da porção posterior do forame magno e arco do
atlas. A paciente evoluiu com melhora importante da força motora e deambulação.

PERFIL DE HEMOGLOBINOPATIAS EM RECÉM-NASCIDOS NO


P120
ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL, 2012 A 2014
Autores: Dyego Mondego Moraes; Luciano Andre Assunção Barros; Bento Berilo Lima Rodrigues Segundo;
Rôlmerson Robson Filho.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão
Apresentador(a): Dyego Mondego Moraes
Contato: dyego014@hotmail.com

Introdução: As hemoglobinopatias e efeitos correlatos de diferentes mutações na molécula de hemoglobina


têm sido motivo de numerosos estudos e análises populacionais, tal patologia apresenta freqüência mundial
elevada. Na realidade brasileira, foram registradas freqüências elevadas para a HbS, estimando-se 0,1 a 0,3%
de recém-nascidos (RN) com anemia falciforme (SS). As hemoglobinopatias são um grupo heterogêneo de
distúrbios caracterizados por alterações relacionadas com genes estruturais que promovem variações
polimórficas de moléculas de hemoglobinas características. Essas alterações, de nominadas variantes,
possuem frequências diversificadas, de acordo com distribuição geográfica ou étnica. Objetivos: objetivo
do trabalho é traçar o perfil hemoglobínico por meio dos testes da triagem neonatal do estado do Maranhão
para verificar a frequência de hemoglobinas anormais na população no triênio de 2012 à 2014. Resultados:
Foram analisados, 286903 testes, destes, 97618 em 2012; 95329 em 2013 e 93956 em 2014, realizados pela
técnica de eletroforese de hemoglobina, provenientes de todas as cidades do Maranhão. Das amostras
analisadas, 95,33% apresentaram perfil hemoglobínico normal, enquanto foi observado alteração em
4,67%. Destas, os perfis hemoglobínicos identificados foram: Hb FAS 84,35%; Hb FAC 13,65%; Hb FS 1,24%;
Hb FSC 0,30% ; Hb FAD 0,27% e outras formas raras de hemoglobinas em 0,19%, não houveram casos
sugestivos de beta talassemia. De acordo com o DATASUS, houveram 191 óbitos pelas anemias supracitadas
no triênio estudado. Consi derando o atual perfil como constante, essa baixa taxa letalidade é possível
devido ao maior índice de heterozigóticos com a presença de Hb A que é a apresentação fisiológica da
hemoglobina. Conclusão: Observou-se que houve predomínio da prevalência de Hb FAS (traço falciforme)
seguido de Hb FAC, entre os testes com perfil hemoglobínico alterado do período analisado.

P121 RELATO DE CASO DE PELAGRA EM PACIENTE ETILISTA CRÔNICO


Autores: Eldeane Andrade Da Costa; Luis Rafael Da Silva Cruz; Bruna Fernanda Gaspar Nogueira; Decarthon
Vitor Dantas Targino; Enock Carneiro Dos Santos Netto; Marcio Erivaldo Maia Uchoa.
Instituição(ões): Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria
Apresentador(a): Eldeane Andrade Da Costa
Contato: aneacosta@globo.com

Introdução: Pelagra foi descrita pela primeira vez em Espanha e Itália em meados do século 18. É uma
doença metabólica crônica, decorrente da deficiência celular grave de niacina (vitamina B3) ou de seu
precursor, o triptofano, é caracterizada por uma dermatite fotossensível pigmentada (normalmente
localizadas em áreas expostas ao sol), diarreia e demência, ocorrendo, sobretudo em pacientes desnutridos
e alcoolistas crônicos1-2. Relato de caso: Masculino, 60 anos, alcoolista crônico, procedente de Bragança
(PA), apresentando há cerca de 1 mês, lesões eritematosas vivas no dorso das mãos, membros superiores e
membros inferiores, tipo queimadura, que progressivamente evoluíram para lesões eritêmato-violáceas e
bolhosas. Associados a este quadro foram relatados diarreia há aproximadamente 8 dias, com fezes de
coloração amarelo-esverdeada com freqüência de 3 a 4 vezes ao dia, hiporexia e delírio. Durante a
anamnese, paciente relatou ser açougueiro e fazer consumo diário de grande quantidade de bebida
alcoólica, há mais de 30 anos.Ao exame físico, o paciente apresentava-se com tremor fino nas mãos,
desnutrido, hipocorado, desidratado (++/4+), acianótico, anictérico e afebril. Murmúrio vesicular presente,
com ausência de ruídos adventícios, apresentando freqüência respiratória de 18 incursões por minuto.
Bulhas normorrítimicas, normofonéticas em 2 tempos sem sopros, freqüência cardíaca de 71 bpm e pressão
arterial de 120/70mmHg. Apresentava as seguintes alterações laboratoriais: Hb: 9,0 / Ht:27,6 / VCM:99,26
/ K: 2,9.Apresentava lesões simétricas, crostosas sobre base exulcerada, com secreção purulenta e odor
fétido nos membros e máculas eritêmatovioláceas, bem delimitadas em membros superiores. O tratamento
foi feito com repouso no leito, alimentação adequada e suplementação das vitaminas do complexo B, neste
caso, o ácido nicotínico. Considerações finais: A pelagra é uma doença nutricional, caracterizada por
manifestações gastrointestinais, cutâneas e neuropsiquiátricas. No estudo de Murgan et al., o paciente
apresentou maior risco para desenvolver os sinais e sintomas da pelagra devido ao abuso de bebidas etílicas
e desnutrição. Para o seu tratamento, é necessário que se reverta o quadro de deficiência vitamínica
instalada. O diagnóstico é clínico, visto que não há provas conclusivas de laboratório e o prognóstico é bom,
sobretudo naqueles em que a terapia é instituída precocemente.

SINAIS E SINTOMAS DE PERIODONTITE EM GESTANTES


P122
ASSISTIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SÃO LUÍS-MA
Autores: Francisca Laura Ferreira De Sousa; Flávia Fernanda Macêdo Santiago Soares; Laise Neves Carvalho.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Francisca Laura Ferreira De Sousa
Contato: sousaflaura@gmail.com

Introdução: Devido as modificações fisiológicas decorrentes do período gestacional, como deficiências


nutricionais, altos níveis de estrógeno e progesterona é muito comum durante a gestação a inflamação
gengival e a mobilidade dentária. Estudos têm apontado possíveis relações de risco existentes entre doenças
bucais, principalmente a doença periodontal e complicações gestacionais, como parto prematuro,
nascimento de recém-nascidos de baixo peso e pré-eclâmpsia. As explicações para tais hipóteses baseiam-
se no fato de a doença periodontal ser de origem infecciosa. Objetivos: O objetivo dessa pesquisa foi
descrever os sinais e sintomas de periodontite em gestantes entrevistadas pelo programa PET-Saúde da
Universidade Ceuma. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, observacional do tipo corte
transversal realizado com 48 gestantes, de quatro unidades de saúde da cidade de São Luís-MA, no período
de setembro de 2013 à março de 2014. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário composto por
questões relacionadas aos aspectos sócio-demográficos e condições de saúde formulado pelos preceptores
do Pet-saúde Redes da Universidade Ceuma. A coleta foi realizada pelos alunos do programa, que foram
previamente treinados. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e pesquisa do Uniceuma com o
número do parecer 743094. Resultados: Entre as participantes do estudo, 35,4% (17) relataram
sangramento gengival espontâneo, 30% (15) tinham sangramento gengival após o uso de fio dental e 25%
(12) referem dente com mobilidade. Conclusão: Conclui-se que a doença periodontal ainda teve um a
grande prevalência entre as gestantes pesquisadas, aumentando a importância da manutenção da saúde
bucal das gestantes.

P123 FARMACOLOGIA E FALSO DOPING EM ODONTOLOGIA


Autores: Izolda Souza Costa; David De Alencar Correia Maia; Jessica Araujo Vasconcelos Maia; José Osmar
Vasconcelos Filho; Sueli De Souza Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Faculdade São Leopoldo Mandic, Faculdade
Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro), Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Escola de Saúde Pública
do Ceará e Universidade Federal do Ceará
Apresentador(a): Izolda Souza Costa
Contato: izolda.costa@hotmail.com

Introdução: A cada ano surgem novas substâncias medicamentosas. Buscando melhor desempenho, alguns
esportistas abusam dessas substâncias, e outros a utilizam e prescrevem por desconhecimento. Quanto à
odontologia, a literatura disponível relacionada ao esporte é escassa, e a prescrição medicamentosa pode
comprometer o desempenho atlético, com substâncias que causem doping. Objetivos: Relacionar as
substâncias medicamentosas possíveis de prescrição pelo dentista e que podem ser consideradas doping.
Métodos: Coleta dos dados através da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos de 2015 da Agência Mundial
Anti-Doping (WADA), consideradas doping, e consulta do uso de tais medicamentos nos livros de
farmacologia em odontologia. Foram selecionadas aquelas com indicações mais comuns em consultório
odontológico. Resultados: Foram encontradas as seguintes substâncias:
1. Adrenalina, efedrina e norfenefrina: Vasoconstritores, do grupo das catecolaminas. Aumenta frequência
dos batimentos cardíacos e do volume de sangue por batimento cardíaco, efeito hiperglicemiante, minimiza
o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal, e maximiza-o para músculos nas pernas e braços, além
de “queimar” gordura das células adiposas. Esta ação da adrenalina dá mais explosão aos atletas nas
competições. 2. Ibuprofeno, Cetoprofeno e Etoricoxib: Indicados em dor e inflamação do aparelho
estomatognático, Sua produção inclui o encapsulamento do princípio ativo com o uso de glicerol, que é
agente mascarante proibido pela WADA. 3. Corticosteroides (betametasona, dexametasona, prednisona,
hidrocortizona e cortisona). Anti-inflamatório, anti-edematoso, imunossupressor, antialérgico e medicação
de choque. Muito usados em odontologia. Todos glicocorticoides são considerados dopantes. Prescrição
deve adaptar-se às leis do esporte. 4.Insulina: Utilizado em emergências e controle de hiperglicemia. Diminui
a glicose do sangue, aumenta glicogênio tecidual e diminui ácido aceto-acético. O uso contínuo aumenta a
massa muscular. Muitos dentistas desconhecem substâncias que geram falso doping, que são de uso comum
para controle da dor, e integram a lista da WADA. Conclusão: A farmacologia deve ser de conhecimento
fundamental dos profissionais ligados ao esporte, evitando situações consideradas doping, e para que
atletas não tenham suas carreiras prejudicadas devido à ingestão de substâncias ilícitas.
ESTÁGIO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA
P124
IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Claudineide Alves Dos Santos; Olga De Jesus Ferreira Sales.
Instituição(ões): Faculdade Pitágoras
Apresentador(a): Claudineide Alves Dos Santos
Contato: santos.claupsi@gmail.com

Introdução: O estágio obrigatório é um instrumento que visa o aprimoramento de futuros profissionais,


alinhando teoria e pratica sob a supervisão técnica e orientação docente. O estágio foi desenvolvido em
uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A Instituição objetiva o acolhimento de idosos que
estejam em vulnerabilidade social priorizando o atendimento biopsicossocial. A Psicologia Social
compreende o homem como um sujeito que é concebido na relação de sua história com a de sua sociedade,
ou seja, no ponto de encontro de sua própria história com a história do mundo que o rodeia. Relato de
experiência: a experiência foi realizada na ILPI Solar do Outono de São Luis-Ma, mediante a observação e
intervenção com idosos institucionalizados e não institucionalizados. A observação é um momento em que
o estagiário vivencia seu primeiro contato de integração na instituição, que perpassa pela fase do
acolhimento e planejamento de intervenção. Através da atuação com idosos institucionalizados foi possível
a realização das seguintes atividades: anamnese; estabelecimento de vinculo terapêutico; atividade
terapêutica com estimulação cognitiva; elaboração e aplicação de atividade terapêutica utilizando a musica
e a socialização. Os idosos não institucionalizados são moradores da comunidade que participam do grupo
de convivência, realizado semanalmente dentro da ILPI. Foi possível trabalhar junto aos mesmos: palestras
e aplicação de atividade terapêutica trabalhando a auto-estima e valorização pessoal at ravés de uma
técnica de dinâmica de grupo. Um dos aspectos observados foi à necessidade de pensar em intervenções
psicológicas diferenciadas para os idosos institucionalizados e não institucionalizados. Considerações finais:
os conhecimentos adquiridos no estagio exigiu uma postura critica e reflexiva, livre de preconceitos e
dispostos a novas construções. Nesse sentido, vale sublinhar que se tratando da terceira idade são
necessários novos modos de adequação, saindo do olhar estereotipado contribuindo com a ressignificação
do idoso. É importante destacar que as intervenções aconteceram a partir da escuta de forma a resgatar o
idoso na construção de sua história singular, levando-lhes a percepção de sua própria subjetividade.

TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM


P125 DEFEITOS QUE ASSEGURAM AUMENTO DA SOBREVIDA DOS
RECÉM NATOS
Autores: Amanda Sacha Paulino Tolentino Alustau; Camila Gonçalves Pinheiro.
Instituição(ões): FCM-PB
Apresentador(a): Amanda Sacha Paulino Tolentino Alustau
Contato: amanda_paulinoo@hotmail.com

Introdução: A transposição de grandes vasos ou grandes artérias é uma cardiopatia congênita cianogênica
que cursa com alta mortalidade no período neonatal. Tal patologia cursa com a existência de duas
circulações em paralelo, que não se interligam, quadro este que não é compatível com a vida. Sendo assim,
o que garante a sobrevida inicial desses pacientes é a presença de defeitos anatômicos benéficos como CIA
(comunicação interatrial), CIV (comunicação interventricular) e a PCA (persistência do canal arterial), pois
são estes defeitos que permitem a mistura parcial do sangue oxigenado, garantindo a vid a até que uma
correção cirúrgica seja estabelecida. Relato de caso: Este estudo trata-se de um caso de um recém-nascido
portador de cardiopatia congênita cianogênica grave, a qual foi diagnosticada aos 41 dias de vida, devido a
descompensação da cardiopatia por pneumopatia associada. Considerações finais: O paciente foi
encaminhado para hospital pediátrico onde foi feita estabilização clínica, diagnóstico clínico e
ecocardiográfico e onde será realizada a correção cirúrgica.

VER-SUS IMPERATRIZ: VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE


P126 DO SUS NA COMUNIDADE INDÍGENA SÃO JOSÉ (KRIKATI) EM
MONTES ALTOS-MA
Autores: Thyago Leite Ramos; Ronan Lacerda Barbosa; Romullo José Costa Ataídes; Francisco Eduardo
Ramos Da Silva; Agamenon Rodrigues Sena Neto; Tiago Albuquerque Fernandes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão, Facema, Famaz, Rede Unida
Apresentador(a): Thyago Leite Ramos
Contato: leite.thyago@hotmail.com

Introdução: O projeto de Estágios e Vivências na realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é uma
ferramenta que permite aos participantes experimentarem um novo espaço de aprendizagem dentro das
instituições de saúde e dentro das comunidades, ampliando a visão do que é saúde e doença dentro da
realidade de cada cultura, interdisciplinaridade, luta de classes, movimentos de gênero, minorias
populacionais, reforma política e outros aspectos intrínsecos ao SUS. Relato de experiência: O VER-SUS
Imperatriz ocorreu nos dias 1º a 10 de agosto de 2015 com cerca de 60 participantes, entre viventes e
facilitadores. Durante a manhã do dia 10 de agosto de 2015, a equipe do VER-SUS Imperatriz viajou rumo a
Aldeia São José (Krikati), no município de Montes Altos – MA, onde moram cerca de 770 pessoas. A
comunidade indígena goza energia elétrica, água encanada, escola e possui uma unidade de saúde com boa
estrutura física, equipamentos e farmácia básica, com medicamentos principalmente do programa
HIPERDIA. A unidade de saúde recebe duas equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros,
odontólogos, auxiliares de saúde bucal e técnicos de enfermagem e agentes indígenas de saúde, revezando-
se a cada 15 dias para prestação de serviços. Característica marcante observada na relação entre o serviço
de saúde prestado pelos profissionais e os cuidados de saúde oferecidos pelo pajé da tribo é da tolerância
e do respeito. Os dois não se anulam, trabalham sinergicamente para fornecer bem estar às pessoas que ali
vivem, logo a população passou a usar os fármacos trazidos pelo SUS, todavia não deixou de utilizar seus
tratamentos medicinais naturais e orações aprendidos culturalmente. Considerações finais: O VER-SUS
Imperatriz mostrou a importância de conhecer as realidades das comunidades afastadas dos centros
urbanos e fez refletir sobre o processo de saúde e de como a cultura das comunidades indígenas podem
exercer influência sobre ele. A sabedoria desses povos pode ser valorizada e deve trilhar ao lado do trabalho
da equipe multiprofissional da unidade e vice-versa e isso foi observado nitidamente na Aldeia São José.
Esse respeito mútuo é sinônimo de bem-estar, de tolerância, cuidado e, principalmente, de saúde.

SUPORTE BÁSICO DE VIDA: CONHECIMENTO DOS


P127
PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE PERITORÓ-MA
Autores: Arthur Antunes Silva Castro; Laizza Dos Anjos Vaz; Jeferson Anderson Medeiros; Lívia Camarota
Borges; Caubi De Araújo Medeiros; Fernanda De Oliveira Franco.
Instituição(ões): ITPAC
Apresentador(a): Arthur Antunes Silva Castro
Contato: arthur_asc@hotmail.com

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma entidade que apresenta elevados índices de
mortalidade, mostrando-se um importante problema de saúde pública. Cerca de metade dos casos ocorrem
no meio extra-hospitalar, sendo necessário uma abordagem efetiva para tal situação. Objetivos: Analisar o
conhecimento dos profissionais de saúde de Peritoró-MA a cerca do manejo da parada cardiorrespiratória.
Métodos: Os dados foram obtidos por meio de questionários formulados com embasamento em artigos
científicos sobre PCR e aplicados aos profissionais de saúde de Peritoró-MA. Resultados: Participaram dos
questionamentos 37 profissionais da saúde de Peritoró-MA, entre eles agentes comunitários de saúde,
técnicos em enfermagem e enfermeiros. Destes profissionais, 87% ainda não tinham tido contato com
instruções de suporte básico de vida e 35% do total já haviam se deparado com situações de PCR. A partir
dos dados analisados, conclui-se que o conhecimento sobre a abordagem e manejo da PCR no meio extra-
hospitalar por tais profissionais é insuficiente, visto que a maioria relata ausência de contato prévio com
treinamentos e/ou estudos similares. Conclusão: Tendo em vista os dados obtidos, nota-se uma deficiência
quanto às habilidades em manejar vítimas de PCR. Existe uma necessidade em implantar métodos no
sistema de saúde pública que oferte melhor formação teórico-prática sobre a parada cardiorrespiratória e
condutas que devem ser implementadas.

SÍFILIS E GRAVIDEZ: AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO NAS


P128 GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL MATERNO INFANTIL
NOSSA SENHORA DAS MERCÊS DO MUNICÍPIO DE PINHEIRO-MA
Autores: Ana Beatriz Barbosa Lima; Andreia Aline Santana Guida; Hyanka Maria Bastos Padre; Gabriel
Mendes Costa; Antonio Joatan De Barros Filho.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Hyanka Maria Bastos Padre
Contato: annabiabarbosa@hotmail.com

Introdução: A sífilis é uma doença infecto contagiosa, sexualmente transmissível e também transmitida
verticalmente na gestação, que pode causar graves problemas de saúde e sequelas ao feto. O conhecimento
dos principais fatores de risco envolvidos no processo de infecção da doença permite melhor abordagem no
seu diagnóstico e tratamento. Objetivos: Determinar os fatores de risco para a infecção por sífilis em
gestantes no período de janeiro de 2010 a junho de 2015, no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora das
Mercês do município de Pinheiro - Ma. Métodos: Foram incluídas no estudo 100 mulh eres que tiveram seus
partos nesse hospital. Toda gestante com o teste não treponêmico (VDRL) positivo, com qualquer titulação
e em qualquer momento da gestação foi considerada como portadora da infecção. A positividade do VDRL
foi correlacionada, através de questionário respondido pelas gestantes, com a idade e o estado civil da mãe,
o grau de instrução materno, a frequência de acompanhamento pré-natal, e a ocorrência de óbito neonatal.
Resultados: Observou-se que houve relação estatisticamente significante entre o VDRL positivo e o grau de
instrução materno, assim como a frequência de realização de acompanhamento pré- natal. Conclusão: A
baixa escolaridade da gestante, prematuridade do início da vida sexual ativa e a qualidade do atendimento
pré-natal são os principais fatores de risco para a infecção sifilítica durante a gestação.

COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE MENINOS E


P129
MENINAS DE 0 A 2 ANOS
Autores: Ana Carolina Sá Mendonça; Eugênia Aires Pereira; Raissa Neruza Santana Alves; Laise Neves
Carvalho; Hilda Thalita Jardim Lobo.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Ana Carolina Sá Mendonça
Contato: carol.smendonca@hotmail.com

Introdução: Estudos demonstram que diferenças no desempenho e habilidades motoras entre meninos e
meninas se tornaram alvo de preocupações, pois a indução de atividades específicas para cada sexo pode
influenciar as aquisições motoras das crianças. Objetivos: Comparar o desenvolvimento motor de meninos
e meninas de 0 a 2 anos. Métodos: Estudo observacional, analítico com delineamento transversal realizado
entre Abril a Junho de 2015, com 72 crianças assistidas em uma unidade básica de São Luís. Para coleta de
dados foi utilizado um questionário desenvolvido pelos pesquisadores referente aos aspect os
sociodemográficos e dados da criança, e o Teste Denver II, padronizado a população brasileira por Drachler
(2007). Na análise bivariada foi utilizado o Qui quadrado de Pearson, sendo considerado significativo p<0,05.
Este estudo foi baseado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas
envolvendo seres humanos e foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da UNICEUMA, com parecer nº
978.574. Resultados: Participaram do estudo 72 crianças, sendo, 52,8% (38) do gênero feminino e 47,2%
(34) masculino. Na comparação entre os gêneros não foi verificada nenhuma diferença no desenvolvimento
motor global de ambos (p=0,63). Conclusão: Diante do resultado, sugere-se estudos voltados para
identificação de possíveis diferenças no desenvolvimento motor fino e motor grosso entre os sexos, de
diferentes condições socioecônomicas, bem como em faixas etárias mais avançadas.
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
P130
ASSISTIDAS
Autores: Karlyne Araujo Souto; Brenda Lima Costa; Nathalia Farias Pereira; Jennifer Nayara Humbelino De
Carvalho; Karine Silva Pereira; Marcia Cristina Monteiro De Jesus Aguiar.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Karlyne Araujo Souto
Contato: karlyne.souto@hotmail.com

Introdução: A prática alimentar nos primeiros anos de vida é a base para a formação dos hábitos alimentares
da criança. Nos primeiros seis meses, recomenda-se a amamentação exclusiva. A partir dessa idade, a
tolerância gastrointestinal e a capacidade de absorção de nutrientes atingem um nível satisfatório
proporcionando maior adaptação física e fisiológica para uma alimentação variada, sendo recomendado 3
refeições ao dia, incluindo frutas e verduras. Objetivos: Descrever o comportamento alimentar de crianças
de 0 a 2 anos assistidas em uma unidade básica de São Luís –MA. Métodos: Foi realizado estudo descritivo,
observacional, transversal no período de fevereiro a julho de 2015, com 68 mães de crianças de 0 a 2 anos
assistidas no Centro de Saúde Genésio Ramos Filho. Para a coleta de dados foi utilizado um
questionário desenvolvido pelos próprios pesquisadores. As variáveis qualitativas são descritas em
frequência absoluta e percentual. Resultados: Entre as entrevistadas, 57,35% (29) relataram que seus filhos
não ingeriram biscoitos, salgadinhos ou enlatados nos últimos 7 dias, entretanto, 19,12% (13) relataram que
houve consumo desses alimentos todos os dias, 1,47% (1) de 4 a 6 dias por semana e 22,06% (15) de 1 a 3
dias por semana. Quando questionadas sobre hábitos saudáveis, 32,35% (22) afirmaram que os filhos não
ingeriram legumes nos últimos 7 dias, contudo, 41,18% (28) afirmaram que houve ingesta desses
alimentos diariamente, 5,88% (4) de 4 a 6 dias por semana e 20,59% (14) de 1 a 3 dias por semana.
Conclusão: Um percentual significativo de crianças faz ingestão de alimentados não recomendados pelo
Ministério da Saúde. Sabendo que as mães tem um papel importantíssimo da escolha desses alimentos,
sugere-se medidas educativas voltadas a essa população.

SÍNDROME DE ASPERGER ASSOCIADA A SÍNDROME DE GILLES


P131
DE LA TOURETTE EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Autores: Jessica Da Silva Prates; Thalyta Batista De Sousa; Isadora Cavalcante Olímpio De Melo;Matheus
Vieira Dos Santos.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Jessica Da Silva Prates
Contato: prates.jessica@hotmail.com

Introdução: A Síndrome de Asperger caracteriza-se por prejuízos na interação social, em interesses e


comportamentos limitados. A Síndrome de Gilles de La Tourette (ST) apresenta-se na forma de tiques
motores simples, piscadelas dos olhos e tiques vocais. Essas síndromes costumam ser confundidas com uma
perturbação obsessiva compulsiva ou transtorno bipolar. A razão desse trabalho está na exposição de
patologias que vêm ganhando espaço nos ambulatórios psiquiátricos e com frequência têm difícil
diagnóstico, por serem tratadas como outros espectros psiquiátricos. Relato de caso: L.Z.F, masculino, 9
anos, estudante do 4º ano fundamental. Chegou ao PS com a mãe que relatou irritabilidade e agressividade.
Foram solicitados exames laboratoriais, EEG e RNM de crânio, todos sem alterações. Relata que aos 5 anos,
apresentava episódios de irritabilidade, inquietação, comportamentos repetitivos e tiques motores e vocais.
Aos 7 anos, recebeu diagnóstico de TOC e ST sendo medicado com Fluoxetina, apresentando crises de
enxaqueca e episódios de irritabilidade, principalmente na escola. Trocou-se a medicação para Imipramina
e depois associou com Ácido Valpróico, sem melhora. Após um ano, outro psiquiatra o medicou com
Sertralina, mas houve piora da irritabilidade e então associou-se Carbamazepina, sem efeito. Ao exame
apresentou inquietação seguida de agitação psicomotora necessitando de contenção física. Foi
diagnosticado em episódio de agitação psicomotora aguda e transtorno Bipolar, sendo medicado com
Haloperidol e Pro metazina, estabilizando o quadro. Apresentou resposta parcial ao tratamento com
Risperidona. Outros dados levaram à suspeita de diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. Seus pais
contaram que L. tinha dificuldade em se engajar em brincadeiras com outras crianças e nos primeiros anos
de vida, ordenava seus brinquedos de acordo com a forma e tamanho. Tinha comportamentos repetitivos,
mais de forma estereotipada do que compulsiva; apresentava hipersensibilidade a barulho e dificuldade em
separar o real da fantasia e de entender e aceitar regras. Considerações finais: Após investigação, concluiu-
se que o paciente apresenta Síndrome de Asperger e Síndrome de Tourette. Orientações foram dadas aos
pais e à escola quanto às características do transtorno e estratégias para melhor lidar com suas alterações.
A Risperidona foi mantida, com dosagem de 1,5 mg/dia, sendo sua redução possível devido a melhora da
irritabilidade com as medidas comportamentais.

EDUCAÇÃO MÉDICA: A IMPORTÂNCIA DA


P132 INTERDISCIPLINARIDADE NA GRADE CURRICULAR PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL HUMANIZADO
Autores: Rebeca Marques Margoto; Ana Beatriz Neri; Tamirys Golenia Dos Passos; Erick Gustavo Da Silva
Neres; Isac César Roldão Leite; Janaína Bianca Barletta.
Instituição(ões): Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central - FACIPLAC
Apresentador(a): Ana Beatriz Neri
Contato: anabianeri@hotmail.com

Introdução: O curso de medicina trouxe ao longo dos anos uma educação pautada em modelos biomédicos
de ensino e trabalho. Em virtude disso e dos professores serem, em sua maioria, também médicos, perdeu-
se com o passar dos anos a cultura de comunicação com outras áreas do conhecimento e da saúde. Relato
de experiência: Com o mercado de trabalho saturado de médicos desumanizados e com a necessidade de
humanização no atendimento, viu-se necessária a criação de matérias nos cursos de graduação em medicina
focadas na interdisciplinaridade com outras áreas, estando essas voltadas para a aceitação e diálogo com as
demais áreas da saúde.A interdisciplinaridade parte do principio de que o conhecimento não é fragmentado
e apresenta como objetivo principal a união do conhecimento obtido em outras áreas como a psicologia e
a enfermagem para serem utilizados e trabalhados em conjunto com os futuros profissionais em medicina.
A proposta da interdisciplinaridade é fornecer ligações de complementaridade, interconexões e
convergências, além disso, deve contemplar estratégias de aprendizagem que capacitem o aluno para a vida
em sociedade, visando à integração. Com a era da globalização, o professor deixou de ser o único detentor
de conhecimento e proporcionou um maior e mais rápido acesso dos alunos ao aprendizado.
A interdisciplinaridade propõe que professores de outras áreas trabalhem com os acadêmicos em medicina
suas especialidades, tornando as aulas mais comunicativas e interativas, onde o aprendizado se faz na tríade
aluno-professor-aluno. Considerações finais: Neste modelo, é de vital importância que haja um
aprofundamento da formação profissional para que se tenha a possibilidade de trabalho em conjunto,
criando formas de integrar o cuidado à saúde com os usuários do SUS e em rede privadas de saúde. Dessa
forma, trabalha-se a articulação cognitiva, afeto e cultura com o paciente, facilitando o manejo da empatia
e de entendimento do processo de saúde-doença-paciente.

HÁBITOS VOCAIS EM PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA


P133
DA CIDADE DE SÃO LUÍS-MA
Autores: Francisca Laura Ferreira De Sousa; Flávia Fernanda Macêdo Santiago Soares; Rachel Costa Façanha.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Flávia Fernanda Macêdo Santiago Soares
Contato: sousaflaura@gmail.com

Introdução: É muito comum encontrar professores que apresentem comprometimentos vocais que
dificultam sua atividade, uma vez que eles dependem da audição, voz, fala e linguagem como recurso
didático e de interação professor-aluno. Objetivos: Essa pesquisa tem o objetivo de verificar os hábitos
vocais em professores de uma escola pública de São Luís-MA. Métodos: estudo analítico, observacional do
tipo transversal, quantitativo, no período de 23 de março à 15 maio de 2015, que envolveu 10 professoras,
do sexo feminino, com faixa etária entre 25 a 48 anos de idade, atuantes em salas de aulas, onde
responderam a um questionário com 12 perguntas objetivas sobre os hábitos vocais. Resultados: Através
dos resultados foi possível observar que 50% das entrevistadas relataram que lecionam entre 10 e 15 anos,
30% entre 16 e 20 anos e somente 20% das professoras estão nesse mercado a mais de 20 anos, quanto à
carga horária 50%, referiram trabalhar por mais de 8 horas todos os dias, 30% de 4 à 6 horas e 20% de 7 à 8
horas, em relação à quantidade de alunos 90% tinham menos de 30 alunos e 10% mais de 30 alunos, a
respeito dos hábitos orais 38,5% falam alto, 34,5% gritam bastante durante as aulas e 9,5% delas fazem
consumo de bebidas alcoólicas, 30% delas se consideram descuidadas com a voz e 70% tomam alguns
cuidados preventivos. Conclusão: Conclui-se que há um número significativo de professores com hábitos
vocais alterados encontradas o que evidencia a precariedade das condições de saúde vocal desses sujeitos.

FÍSTULA ARTERIOVENOSA RENAL GIGANTE COMO CAUSA DE


P134
DOR LOMBAR CRÔNICA EM IDOSA – RELATO DE CASO
Autores: Anne Karoline Carvalho Santos; Filipe Rüegger De Almeida Fiche; Nagib Abdalla Filho; Ricardo
Ferreira Santos; José Aldemir Texeira Nunes Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí
Apresentador(a): Anne Karoline Carvalho Santos
Contato: annekcsantos@gmail.com

Introdução: A Fístula Arteriovenosa Renal (FAVR) é uma lesão vascular com comunicação do sangue arterial
e venoso no rim que pode ser congênita, idiopática ou adquirida. A FAVR está relacionada com o
desenvolvimento de insuficiência renal e cardíaca de alto débito, aumento da frequência e diminuição do
fluxo sanguíneo distal. O tratamento consiste na oclusão da FAVR ou a exérese parcial ou total do órgão.
Até 80% das FAVR são adquiridas e sua incidência está aumentando devido ao numero crescente de biopsias
renais, forte fator causador. Neste estudo, relatamos um caso de FAVR como causa de dor lombar crônica
com repercussão cardiovascular. Relato de caso: Paciente IJPA, sexo feminino, 78 anos, natural e
procedente de São Luis-MA, encaminhada por história de dor lombar crônica à direita há 15 anos, não
associado aos esforços físicos, e sem diagnóstico etiológico. Antecedente pessoal de hipertensão arterial de
difícil controle, mesmo em uso regular de 4 medicações em doses otimizadas, além de insuficiência cardíaca.
Referia ainda dispnéia aos pequenos esforços. Em investigação diagnóstica foram realizados radiografia de
tórax, que demonstrou aorta ateromatosa, radiografia de coluna lombar sem alterações e tomografia de
abdome total que revelou múltiplos vasos dilatados perirrenais direitos, com hidronefrose à direita.
Solicitada então cintilografia renal estática (DMSA – 99mTc) aonde foi visualizado área hipofuncionante em
terço médio à direita com hidronefrose e função renal de 47,7% sem demais alterações no rim esquerdo. O
estudo angiográfico diagnosticou fístula arteri ovenosa direita gigante, do ramo arterial segmentar médio
renal para veia renal, com pseudoaneurisma arterial maior que 2 cm e grandes ectasias venosas além de
estenose proximal da veia renal e artéria renal direita tortuosa e de calibre aumentado. Decidiu-se por
embolização da fístula arteriovenosa renal direita, com cateterização superseletiva distal da aferência
arterial com cateter 18 Fr, embolizada com 20 molas de platina, seguida de injeção controlada de 0,5ml de
Histoacryl a 33%, o que resultou na oclusão total da fístula arteriovenosa e veia renal pérvea. Atualmente,
paciente segue assintomática. Considerações finais: Trata-se de uma FAVR como causa de dor lombar e cura
completa após embolização.

DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES COM CEFALEIA TIPO


P135
MIGRÂNEA TRATADOS NO SERVIÇO DE DOR DO HUUFMA
Autores: Marília De Oliveira Bringel; Isabela Cavalcante Salgado; Luis Eduardo Oliveira Ribeiro; Marina Xavier
Reis; Anamada Barros Carvalho; João Batista Santos Garcia.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Marília De Oliveira Bringel
Contato: marilia.bringel@hotmail.com

Introdução: As migrâneas se caracterizam por manifestações álgicas hemicranianas, do tipo pulsátil ou


latejante, associadas a outros sintomas, como náuseas. Uma vez que é considerada uma dor crônica
incapacitante, o conhecimento da sua resposta terapêutica é subsídio para análise das melhores estratégias
disponíveis. Objetivos: Avaliar a resposta terapêutica em pacientes com migrânea tratadas no Serviço de
Dor do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUUFMA). Métodos: Estudo transversal a partir do estudo
de prontuários de 25 pacientes diagnosticados com migrânea e assistidos no Serviço d e Dor do HUUFMA
no período de 2011 a 2014. Foram analisadas as variáveis tratamento farmacológico, mudanças no quadro
álgico (características, intensidade e frequência) durante o tratamento e alteração do sono. O estudo possui
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Todos os pacientes receberam tratamento
medicamentoso. Os principais tratamentos profiláticos foram anticonvulsivantes (72%), antidepressivos
tricíclicos (52%) e a associação dos dois (28%). Já para o tratamento das crises, os principais foram triptanos
(40%), AINE (28%) e a associação deles (24%). Do total de pacientes, 72% apresentaram no início dor em
caráter latejante, 48% em pontada, 24% em peso e 16% em caráter pulsátil. Após o início do tratamento,
esses valores foram 40% para as dores latejantes, 20% para as em pontadas, 16% para as pulsáteis e 8%
para as dores em peso. Quanto à intensidade, 88% dos pacientes relataram dor intensa e 12% dor moderada.
Com o trata mento, 72% apresentaram dor moderada, 16% leve e 12% intensa; 48% dos pacientes relataram
inicialmente dores diárias, enquanto 28% apresentavam 11 a 20 episódios/mês e 12% apresentavam até 10
episódios mensalmente. Após o início do tratamento, apenas 8% apresentaram dores diárias enquanto 72%
menos de 10 episódios/mês e 8% menos de 20 episódios mensalmente. Em relação ao tempo de
tratamento, 40% tinham acompanhamento por mais de 2 anos, 32% entre 1 e 2 anos, 20% entre 6 meses e
1 ano e 8% por menos de 6 meses. 96% dos pacientes apresentaram melhora da dor, enquanto 4% piora.
64% dos pacientes apresentaram alteração do sono antes do tratamento, mas esses valores diminuíram
para 40% após o início do mesmo. Conclusão: A terapêutica utilizada para controle da dor de forma
profilática e durante as crises de migrânea mostrou boa resposta dos pacientes ao tratamento com redução
da intensidade e frequência da dor.
ANÁLISE ESPACIAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA
P136 MICRORREGIÃO LENÇÕIS MARANHENSE DO ESTADO DO
MARANHÃO, ENTRE 2007-2014
Autores: Gabrielle Vieira Da Silva; Denilson Da Silva Bezerra; Janaína Maiana Abreu Barbosa; Ana Patrícia
Fonseca Coelho Galvão.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Gabrielle Vieira Da Silva
Contato: gabriellevsilva@hotmail.com

Introdução: Entre as formas clínicas das leishmanioses, a Leishmaniose Visceral (LV) ou compreendem uma
das sete endemias mundiais de prioridade absoluta da Organização Mundial de Saúde (OMS), devido ao seu
caráter endêmico em várias regiões do mundo. A utilização do Sistema de Informações Geográficas (SIG) na
área da saúde pública permite mapear a doença, determinar fatores e delimitar as áreas de risco, permitindo
um melhor planejamento das ações de saúde para o controle da doença. Objetivos: Analisar a expansão
geográfica da leishmaniose visceral na Microrregião Lençóis Maranhense através da distribuição doença do
ano de 2007 a 2014. Métodos: Os casos notificados de LV do período do estudo (2007-2014) foram cedidos
pela Secretaria Estadual da Saúde do Maranhão (SES-MA). A partir desses dados, foram construídos mapas
temáticos que demonstram a evolução anal da distribuição espacial da LV na Microrregião Lençóis
Maranhense e um mapa da distribuição dos casos cumulativos do período. Para construção dos mapas, foi
utilizado o programa Terra View e para base cartográfica da microrregião estudada, foi utilizada a fonte do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A microrregião Lençóis Maranhense compõe a
Mesorregião Norte Maranhense e está localizado no litoral oriental maranhense apresenta uma área de
7.731 Km² e população em torno de 121.270 habitantes. Resultados: De 2007 a 2014, foram notificados 56
casos de leishmaniose visceral na microrregião Lençóis Maranhense. Em 2014, os municípios da
Microrregião Lençóis Maranhense já haviam notificado com pelo ao menos 2 casos de LV, sendo que em
2007, apenas 33,3% dos municípios haviam notificados casos de LV. Entre 2007 a 20147 foram notificados
em média 7 casos/ano. No entanto, em 2012 foram notificados apenas 3,6% (2) casos da LV na microrregião
apresentando a menor notificação anual do período estudado, entre 2013 e 2014 os casos notificados voltou
a ascender, apresentando no ano de 2014 o maior número de casos notificados de LV (19,6%). Conclusão:
Através dos mapas temáticos, foi possível identificar uma acentuada expansão geográfica da LV na
microrregião em estudo. Com isso, podemos evidenciar a importância do uso das ferramentas do SIG para
estudos epidemiológicos da LV, permitindo o estudo dinâmico e um avanço inestimável para o estudo e a
compreensão de doenças negligenciadas, oferecendo ao poder públicas tomadas de decisões mais
acertadas quanto à Saúde Pública.

MUDANÇA NO DESEJO SEXUAL APÓS A SOROPOSITIVIDADE DOS


P137 USUÁRIOS DO PROGRAMA DE DST/AIDS DO MINICIPIO DE
IMPERATRIZ-MA
Autores: Yann Victor Oliveira Marques; Claudia Regina De Andrade Arrais Rosa; Daniella Pontes Matos;
Kayro Hairy Arrais Silva; Ingrid Geovanna Bezerra Pinheiro; Conceição De Maria Aguiar Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Yann Victor Oliveira Marques
Contato: yann_victor@hotmail.com

Introdução: A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que envolve gênero, orientação sexual,
erotismo, envolvimento emocional, amor e reprodução. Objetivos: Objetiva-se identificar dificuldades
sexuais vivenciadas por pessoas com HIV/AIDS. Métodos: Estudo descritivo, realizado de janeiro a maio de
2015, o qual pertence ao projeto de extensão da Universidade Federal do Maranhão no município de
Imperatriz-MA. A pesquisa foi realizada no Serviço Ambulatorial Especializado – SAE adulto do município de
Imperatriz-MA. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Fed eral do Tocantins com o
parecer de número 105/2014. A coleta de dados foi realizada por entrevista através de um questionário
constituídos de perguntas fechadas e semiabertas. Participaram da amostra 69 pacientes, dentre eles 36
mulheres e 33 homens, respeitando resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: neste
estudo, 44,9 % relataram dificuldades na sua vida sexual após o diagnostico HIV positivo, alguns até mesmo
passaram a ter abstinência sexual. Nas pessoas que vivem com HIV e aids (PVHA) essas experiências
continuam sendo essenciais, no entanto, elas podem passar por transformações importantes após o
diagnóstico de sua infecção. O medo de infectar os (as) parceiros (as) e de ser rejeitado (a) por sua condição
sorológica é um desses aspectos. Nesses casos, observou-se a diminuição da libido e da valorização do sexo
após a contaminação pelo HIV. Conclusão: o conhecimento da infecção pelo HIV alterou o comportamento
sexual em número significativo dos pacientes entrevistados. Isso demonstra a necessidade de
acompanhamento multiprofissional que contemplem questões biopsicossociais dos pacientes portadores
de HIV/AIDS.

SITUAÇÃO ATUAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO


P138
MARANHÃO NO ANO 2015
Autores: Gabrielle Vieira Da Silva; Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão; Janaína Maiana Abreu Barbosa;
Denilson Da Silva Bezerra.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Gabrielle Vieira Da Silva
Contato: gabriellevsilva@hotmail.com

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar, uma doença infecto-parasitaria, não contagiosa, de
curso crônico que quando não tratada adequadamente pode levar a óbito em 90% dos casos. É considerada
uma das grandes doenças emergentes, negligenciadas e de difícil controle, sendo caracterizada pelo alto
potencial de letalidade. Através do coeficiente de letalidade é possível analisar o poder de uma doença
resultar em óbito, assim como, avaliar a qualidade da assistência médica prestada aos indivíduos notificados
com esta doença. Objetivos: Avaliar a situação da LV no Estado do Maranhão no ano de 2015 quanto ao
número de casos confirmados e óbitos por sexo e idade. Métodos: A partir dos dados informados pela
Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES-MA coletados nos meses de janeiro a junho de 2015,
realizou-se um levantamento dos casos confirmados e de óbitos por LV por município e calculou-se o
coeficiente de letalidade por sexo e idade. Resultados: No primeiro semestre de 2015, foram notificados no
estado do Maranhão 116 novos casos confirmados de LV, sendo que dos 217 municípios que compõem o
estado do Maranhão, 47 municípios apresentaram notificação. Neste mesmo período, foram notificados 17
óbitos em 15 municípios em decorrência da LV, sendo que a maioria dos indivíduos se encontrava na faixa
etária de 20 a 39 anos 33,3% e 61,1% eram do sexo masculino. Quanto ao coeficiente de letalidade, 73,3%
dos municípios notificados com óbitos apresentaram letalidade maior igual a 50%, sendo 40% deste com
coeficiente de letalida de 100%. Conclusão: Foi possível verificar um alto coeficiente de letalidade em
relação aos municípios notificados e este fato pode estar atrelado com a maior eficiência do sistema de
notificação, assim como a ausência de ações e medidas eficazes para prevenir e controlar o aparecimento
desta doença.

P139 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM ALTOS – PIAUÍ


Autores: Layanne Cavalcante De Moura; Giovana Brandão Veneziani; Ivo Belarmino Souza Silva; Anelis De
Sousa Martins Freitas; Karla Késsia Portela Silva Soares; Joana Elisabeth De Sousa Martins Freitas.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Layanne Cavalcante De Moura
Contato: layannecavalcante@hotmail.com

Introdução: Mesmo com os avanços atuais em termos de medicina, a tuberculose (TB) continua sendo um
problema de saúde pública pela alta prevalência de morbimortalidade. Objetivos: Este estudo caracterizou
o perfil epidemiológico dos casos de tuberculose registrados no município de Altos-Piauí, entre os anos de
1998 e 2012. Métodos: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva, de abordagem quantitativa, de
natureza exploratória, cujos dados foram obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde, tendo-se como
variáveis a frequência de ocorrência dos casos, gênero, faixa etária, exames realizados para dia gnóstico,
tipo de entrada, forma clínica e a situação de encerramento. Os dados foram organizados e analisados
através de planilhas do Microsoft Office Excel 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade Integral Diferencial sob o protocolo 17968514.2.0000.5211 e autorizado mediante
termo de fiel depositário pela instituição onde a pesquisa foi realizada. Resultados: No período estudado,
foram notificados 215 casos, com média de 14 por ano. Predomínio do gênero masculino com 63,26% e de
casos na faixa etária de 41 a 50 anos (20%). Dentre os exames realizados para contribuir e definir o
diagnóstico de TB, 174 (80,93%) realizaram baciloscopia de escarro, 155 (72,09%) o RX de Tórax, 19 (8,84%)
a histopatologia, 12 (5,58%) teste tuberculínico e 2 (0,93%) realizaram cultura. Em relação à forma de
entrada, 172 (86,05%) dos casos foram tratamento inicial, 28 (13,02%) retratamento por recidiva, 2 (0,93%)
retratados após o abandono . Dentre as formas clínicas, a pulmonar positiva apresentou-se com 107
(49,76%), a pulmonar negativa com 79 casos (36,74%). A ganglionar com 10 (4,65%), seguida pela pleural
com 8 casos (3,72%). A taxa de cura foi de 177 (82,3%) com 15 (6,98%) óbitos; 13 (6,05%) foram transferidos
para outro serviço de saúde; e 7 (3,26%) casos de abandono. Conclusão: O estudo caracterizou-se pela
tendência de diminuição de casos, com predomínio em homens na faixa etária de 21 a 50 anos, realização
da baciloscopia no escarro, como casos novos, forma pulmonar e alta por cura. Espera-se que os resultados
apresentados sirvam de base para um maior controle da doença contribuindo para a identificação dos
grupos de riscos e pontos de fragilidade do Programa com consequente diminuição da incidência da
tuberculose em Altos - Piauí.

OS DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO INDÍGENA: UM


P140
RELATO A PARTIR DAS VIVÊNCIAS DO VER-SUS
Autores: Amanda Correia de Abreu; Brunna Aline Muniz Silva; Raissa da Silva Santos; Samily Natania Alves
Meireles Aquino.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Amanda Correia de Abreu
Contato: abreu.amandacorreia@gmail.com

Introdução: O SUS é a confirmação da responsabilidade do Estado na gestão de um sistema abrangente de


cuidados à saúde, universal a todos os habitantes do território. Assim, a extensão da rede de serviços aos
grupos indígenas ocorre de maneira automática. Deve-se, ainda, avaliar as implicações de tal
descentralização, com a execução direta de ações em áreas culturais diferenciadas, muitas isoladas
fisicamente, bem como a articulação destas com a estrutura do sistema em diferentes níveis, de modo a
preservar a sua integridade. Relato de experiência: A partir do projeto VER-SUS, foi realizada uma vivência
na Casa de Apoio de Saúde Indígena de São Luís (CASAI) com o objetivo de analisarmos as nuances da
assistência e cuidado aos povos indígenas do Estado. O acolhimento ao indígena funciona da seguinte
maneira: as ESFs fazem o acompanhamento das aldeias de seu território, e sendo necessário um tratamento
de saúde no município de São Luís (referenciamento), estes são encaminhados à CASAI. Alguns podem
receber suporte da própria instituição e o tratamento ocorre ali mesmo, entretanto outros necessitam do
atendimento em hospitais de média e alta complexidade, e assim a CASAI torna-se responsável pela logística
do tratamento deste. A maior dificuldade, no entanto, encontra-se no choque de culturas entre esses povos
e os profissionais de saúde, uma vez que a linguagem, as crenças e os costumes tornam-se sobremaneira
distantes e isto pode dificultar a assistência e o cuidado a estes. Observamos a necessidade da instituição
conhecer a cultura indígena para estabelecer vínculo entre profissionais e essa população, efetivando a
qualidade do tratamento. Considerações finais: Ao vivenciarmos a assistência à saúde indígena,
percebemos os desafios dos profissionais em realizar o atendimento dessa população. É necessária
capacitação voltada para as realidades que possam ser encontradas nos mais variados aspectos culturais.
Isto requer tempo e recursos, muitas vezes escassos em nossa formação. O desafio está em embasar os
acadêmicos para as diversas realidades culturais que possam encontrar durante o exercício profissional,
preparando-os para prestar assistência à saúde de qualidade, respeitando a cultura dos indígenas.
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM HOSPITAL
P141 DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE MATERNO-INFANTIL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA A PARTIR DO VER-SUS MARANHÃO
Autores: Vanessa Samer Siqueira Silva; Tatiane Lopes Ericeira; Brunna Aline Muniz Silva; Jaiza Sousa Penha;
Bruno Luiz Avelino Cardoso.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Tatiane Lopes Ericeira
Contato: wanessa_sammer@hotmail.com

Introdução: Entende-se que o atendimento à saúde materno-infantil, segundo a Organização Mundial de


Saúde (OMS), requer de todos os profissionais, qualificação e competência para executar a assistência básica
à mulher e ao recém-nascido. Para tanto, é essencial a busca pela qualidade da equipe e a percepção da
complementariedade dos diversos processos de trabalho, ultrapassando assim a racionalidade biomédica.
Devido às múltiplas dimensões que as necessidades de saúde expressam, entre elas a dimensão cultural,
social, psicológica e biológica, este relato apresenta a importância da equipe interdisciplinar na assistência
à saúde materno-infantil e, tem como objetivo discutir o trabalho em equipe como estratégia de
enfrentamento à complexidade e às necessidades de saúde. Relato de experiência: A experiência foi obtida
durante o VER-SUS, em um dos Hospitais Maternidade de São Luís que realiza atendimento às gestantes
com risco habitual, e é vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A maternidade visitada conta com uma
equipe multidisciplinar comprometida com o diálogo interdisciplinar e, o modelo de atenção da instituição
é baseado na universalização e na integralidade das ações, contudo, há dificuldades quanto ao quadro de
profissionais, pois a equipe ainda é insuficiente se comparada à demanda. Assim, no intuito de compreender
como se dá a atenção humanizada, buscamos verificar as condições, organização do trabalho e aspectos
relacionados às características dos recursos humanos. Incluindo relatos das atividades realizadas, problemas
relacionados às condições físicas do local, salários e contratos de trabalho. Contrapondo que, apesar das
problemáticas encontradas, a atuação da equipe ocorre sob a perspectiva do modelo biopsicossocial, na
tentativa de adequação a Rede Cegonha, o Parto Humanizado, e principalmente, na dinâmica das estratégias
intergrupais. Considerações finais: Este relato buscou identificar as percepções sobre as práticas da equipe
multiprofissional, bem como os entraves da criação de um projeto que fosse comum à equipe dentro dos
preceitos do SUS, já que é relevante compreendermos o papel dos trabalhadores enquanto gestores dos
seus processos de trabalho. A importância da vivência de acadêmicos com a realidade do SUS mostra-se
uma ferramenta de construção de uma ciência voltada à humanização da equipe de saúde, assim como à
qualidade do atendimento, que busca na interdisciplinaridade a resposta às necessidades de saúde na
atenção integral.

PREVALÊNCIA DA OBESIDADE ABDOMINAL DE MULHERES


P142
ATENDIDAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores: Janaina Maiana Abreu Barbosa; Keisianny Diniz De Moraes; Allanne Pereira Araújo; Gabrielle Vieira
Da Silva; Rayane Palhano Paiva Diniz; Maylla Luanna Barbosa Martins.
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Janaina Maiana Abreu Barbosa
Contato: jana_mayana@hotmail.com

Introdução: As mulheres biologicamente apresentam maior acúmulo de gordura na região abdominal, essa
deposição de tecido adiposo nessa região acarreta em maior predisposição para o aparecimento de doenças
e agravos crônicos. As medidas antropométricas são utilizadas para avaliar esse tipo de gordura e se
destacam como métodos de maior aplicabilidade, rápidos e de baixo custo. Estudos corroboram ao afirmar
que esses indicadores possuem relação com diversos tipos de doenças e com a distribuição da gordura
corporal em adultos. Objetivos: Verificar prevalência da obesidade abdominal, assim como sua associação
com os aspectos socioeconômicos e demográficos de mulheres adultas atendidas na Estratégia Saúde na
Família no município de São José de Ribamar – MA. Métodos Estudo transversal, quantitativo e analítico,
realizado com 120 mulheres de 20 a 49 anos do município de São José de Ribamar-MA. Para classificar a
obesidade abdominal foram utilizadas as seguintes variáveis: circunferência da cintura (CC), razão cintura
estatura (RCest), razão cintura quadril (RCQ) e índice de conicidade (IC). Também foi aplicado um
questionário socioeconômico e demográfico. Para análise estatística utilizou-se o teste Qui Quadrado. O
programa utilizado foi o Stata versão 12.0 e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. O projeto foi
aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital São Domingos com parecer consubstanciado sob protocolo de
número 973.770/2015. Resultados: Da amostra estudada, 65,8% tinham o ensino médio completo ou
incompleto, 60,8% não conviviam com companheiro, 59,2% tinham renda familiar de um a dois salários
mínimos e a média de idade foi de 31,5 anos. Os valores médios encontrados dos indicadores de obesidade
abdominal foram: CC de 86,3 ± 11,4 cm, REest de 0,56 ±0,07 cm, RCQ de 0,84 ± 0,06 cm e IC de 1,23 ± 0,08
cm. A prevalência da obesidade abdominal foi de 70,8% de acordo com a CC, 60,8% segundo a RCest, 74,2%
pelo IC e 45% pela RCQ. Houve associação estatisticamente significativa entre a idade e todos os indicadores
de obesidade abdominal aqui analisado: RCQ (p= 0,001), CC (p= 0,001), RCest (p= 0,002) e IC (p= 0,001).
Conclusão: Os resultados evidenciam um elevado percentual de mulheres com obesidade abdominal, sendo
necessário a implantação de programas que incentivem a reeducação alimentar e consequentemente o
controle da adiposidade abdominal, o que pode amenizar alguns fatores de riscos para as doenças
cardiovascular nesta população.

ORGANIZAÇÃO DOS PRONTUÁRIOS NAS UNIDADES DE SAÚDE


P143
DA ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Autores: Renato Albuquerque Heluy; Maria Teresa Soares De Britto E Alves.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Renato Albuquerque Heluy
Contato: renatoheluy@hotmail.com

Introdução: O registro das informações referentes ao paciente é denominado prontuário médico. Este deve
ser composto por identificação, anamnese, exame físico, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado. É
essencial para proteção judicial do profissional, permitir comunicação entre profissionais e fundamentar
estratégias de gestão pública. Este estudo avalia o registro de dados, organização e utilização do prontuário
em unidades básicas de saúde. Objetivos: Estimar a taxa de utilização de prontuários eletrônicos e verificar
a qualidade do registro nos prontuários de serviços da atenção básica. Métodos: Estudo transversal
utilizando banco de dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica -PMAQ-
AB com informações obtidas por entrevistas com 17.202 profissionais de equipes de Unidades de Saúde e 4
usuários de cada unidade no ano de 2012. Este trabalho aborda as questões do segundo módulo do
instrumento do PMAQ denominado organização dos serviços, processo de trabalho das equipes de atenção
básica e acesso. Foi utilizado o programa Stata 12.0 no intuito de comparar a qualidade dos serviços entre
as regiões do Brasil. Foi realizado o teste qui quadrado para evidenciar as diferenças nas taxas estimadas.
Foram consideradas relevantes as diferenças com p valor ≤ 0,05. Resultados: A região Sul apresentou a
maior taxa de implantação de prontuário eletrônico, com 30,35%. Desse total 84,35% tinha o prontuário
integrado com outros pontos da rede de atenção. No Nordeste somente 1,33% tinha prontuário eletrônico
implantado. Na variável Letra Legível, o Norte apresentou a maior porcentagem, com 82,87% enquanto a
região Sul apresentou a menor, 70,06%. Um percentual de 9,10% das equipes da região Sudeste não tinha
o registro de Identificação do usuário (nome, sexo, idade). Esse percentual no Norte foi de 96,94%.
Conclusão: Nota-se a pequena adoção de prontuários eletrônicos no país. Este recurso mostrou-se eficaz
para registro dos dados dos usuários e integração com outros pontos da rede de atenção. Logo, seu uso
deve ser incentivado pelos gestores de Saúde. Ressalta-se a quantidade significativa de prontuários sem
identificação do usuário, evidenciando a má qualidade de preenchimento dos prontuários. Tal carência pode
ser corrigida pela adoção de um modelo-padrão para o registro. Fazer registro com letra legível foi prática
frequente em todas as regiões.

MAPEAMENTO DAS TECNOLOGIAS EM VACINAS PARA


P144
LEISHMANIA POR MEIO DE DOCUMENTOS PATENTÁRIOS
Autores: Abner De Oliveira Freire; Emerson Lucas Frazão Sousa; Vitor Fernandes Rios; Lilalea Goncalves
Franca; Maria Do Socorro De Sousa Cartágenes; João Batista Santos Garcia.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Abner De Oliveira Freire
Contato: abnerfreire@live.com

Introdução: O gênero Leishmania envolve protozoários parasitas intracelulares de células do sistema


monocítico fagocitário causadores da Leishmaniose, que pode comprometer pele, mucosas ou vísceras,
sendo também expressiva entre as doenças parasitárias emergentes no mundo, afetando grande variedade
de mamíferos e apresentando métodos ineficazes de tratamento. Contudo, o desenvolvimento de vacinas
tem sido visto como ferramenta possível de combate à doença. Objetivos: Mapear as tecnologias existentes
em vacinas para leishmaniose por meio de documentos patentários.. Métodos: Foram realizadas buscas em
documentos patentários, utilizando-se as bases de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o
Espacenet® e The Lens® no período de 3 a 19 de junho de 2015 com as palavras-chaves “Leishmania”,
“patente” e “vacina” e os dados foram interpretados com o auxílio do programa Microsoft Excel versão 2013
através dos seguintes critérios: ano de publicação, instituição depositante do documento e sua
nacionalidade e as tecnologias utilizadas de acordo com a Classificação Internacional de Patentes.
Resultados: Foram encontrados 144 documentos patentários, sendo notável o aumento de depósitos de
patentes nos últimos 10 anos, com o maior número de registro de patentes em 2010. Os Estados Unidos
destacam-se com 50,3% das instituições depositantes, sendo o restante pertencente à União Europeia
(14,1%), Brasil (13,4%) e demais países (21,9%). A tecnologia mais frequente envolve a classe A61K39
(preparações medicinais contendo antígenos e anticorpos), com 123 documentos. Conclusão: O
desenvolvimento de vacinas para Leishmaniose inclui esforço mundial com importante participação do
Brasil, país que compreende grande potencial científico e tecnológico e ao mesmo tempo comportando a
doença como grave problema de saúde pública. Além disso, a análise das novas tecnologias em documentos
patentários para leishmaniose mostrou-se eficiente em razão da grande quantidade de informação presente
nos documentos, tais como novas tendências tecnológicas, potencialidades, evolução e características do
setor, revelando novos e promissores caminhos para a pesquisa na área.

O ENSINO DAS HABILIDADES SOCIAIS NO CURSO DE MEDICINA:


P145
CONTRIBUIÇÕES PARA A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
Autores: Bruno Luiz Avelino Cardoso; Duane Henrique Oliveira Alves; Guilherme Cunha Dos Santos Teles;
Isac César Roldão Leite; Janaina Bianca Barletta.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA)/ Instituto Wainer & Piccoloto (IWP)/
Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central - FACIPLAC
Apresentador(a): Bruno Luiz Avelino Cardoso
Contato: brunoluiz12@gmail.com

Introdução: O atendimento médico está relacionado a uma série de contingências desafiadoras, entre elas,
destacam-se experiências de estresse, vulnerabilidade, dor e perda, além do manejo técnico e terapêutico.
A formação de um profissional competente deve ser pautada no conhecimento e raciocínio clínico, na
habilidade prática e na relação médico-paciente. Essa está diretamente ligada às habilidades sociais (HS)
que englobam os componentes comportamentais, sejam verbais de conteúdo, verbais de forma (ou
paralinguísticos como fluência verbal) e não verbais (como contato visual e gestos), os componentes
cognitivo-afetivos (como emoções, crenças e expectativas) e os fisiológicos. Relato de experiência: Com
intuito de aprimorar o atendimento médico, a partir do terceiro período, os estudantes do curso de medicina
da FACIPLAC- Gama/DF participam de uma unidade curricular intitulada ‘Habilidades Profissionais, Atitudes
e Comunicação’ (Semiologia), em que são treinados anamnese, exames físicos específicos e as HS por um
grupo de professores médicos e psicólogos. Em sala de aula são realizadas atividades reflexivas sobre os
aspectos interpessoais no contexto da saúde, role playing de situações de atendimento em contextos
diferenciados, análise de filmes e desenvolvimento de checklist. Nos cenários de saúde, como hospital geral
e atividades com a comunidade, os alunos colocam em prática o que foi realizado em sala, que, por sua vez,
retroalimentam as atividades de sala de aula, já que as dificuldades vivenciadas são discutidas e
dramatizadas com ensaios comportamentais, a fim de aumentar o repertório cognitivo-comportamental
para lidar com situações que foram consideradas estressantes. Pode-se dizer que estratégias pedagógicas
diversas são utilizadas, como: a modelagem no cenário real, em que os alunos aprendem a variabilidade
comportamental de acordo com as contingências da prática; a modelagem através de atividades de ensaios
comportamentais; a modelação por observação vicária, a partir das cenas de filmes, das representações em
sala e pela conduta dos docentes; a aprendizagem por regras a partir das instruções recebidas e leitura.
Considerações finais: Entende-se que esta unidade curricular proporciona um preparo psicológico e técnico
para aplicação de uma boa anamnese pautada no profissionalismo, respeito e ética. Considera-se que a
aquisição de um repertório social habilidoso pode favorecer melhor ajustamento social e profissional.

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE DENGUE NO


P146
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL, 2002 – 2012
Autores: Antonia Dorotheia Rodrigues Rezende; Ariosvaldo Guimarães Gaioso Neto; Jennifer Nayara
Humbelino De Carvalho; Fernando Couto Portela; Leticia Rezende Da Silva Sobral; Tassia Tajla Pereira
Herenio Oliveira.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Antonia Dorotheia Rodrigues Rezende
Contato: doroth.rezende@hotmail.com

Introdução: A dengue é uma doença causada pelo vírus dengue (DENV) um arbovírus da família Flaviviridae,
gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos (1-4) .O DENV, agente etiológico da Febre do Dengue
(FD) e da Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) é considerado o mais importante arbovírus que acomete o
homem em todo o mundo. A escassez de estudos sobre a incidência e a prevalência de dengue em São Luís,
torna indispensável à utilização de estudos epidemiológicos, como ferramentas para mensurar a incidência
e a prevalência dos casos de infecção. Objetivos Este estudo teve por objetivo caracterizar o perfil
epidemiológico da dengue no Município de São Luís - MA, abordando a distribuição espacial de casos
notificados, identificar áreas com variações na incidência e quais os sorotipos mais prevalentes. Além disso,
relacionar a distribuição espacial da incidência da dengue com variáveis demográficas, temporais e
meteorológicas. Métodos: Estudo observacional descritivo e retrospectivo, realizado no município de São
Luís, estado do Maranhão, Brasil, entre os anos de 2002 a 2012. Resultados: Um total de 21.986 casos de
dengue foi notificado na cidade de São Luís-MA no período estudado. A faixa etária mais atingida foi a de
20 a 49 anos, sem predomínio de sexo. Correlacionando-se os casos de dengue registrados com as condições
meteorológicas, como pluviosidade, temperatura e umidade do ar, os resultados mostraram que a
incidência de casos de dengue flutuou com essas variáveis climáticas, onde os maiores números de
notificados ocorreram no período chuvoso. Verificou-se um aumento das formas graves da dengue, como a
febre hemorrágica do dengue (FHD), em população previamente exposta a outro sorotipo. Com relação ao
índice de infestação predial foi observada uma forma desigual de distribuição das às larvas do mosquito A.
aegypti no período estudado, coincidindo com os anos de maior número de casos. Conclusão: Em suma, os
surtos de dengue apresentam características regionais quantitativas importantes, observando-se que das
cinco regiões brasileiras, a Nordeste é uma das mais afetadas e dos estados que a compõe, o Maranhão é
um dos que tem apresentado maior número de casos de dengue..

ANAMNESE DOS CONDUTORES DE TRANSPORTE DE CARGA,


P147
QUANTO AOS HÁBITOS ALIMENTARES E ESTILO DE VIDA
Autores: Iáskara Thamires Sousa Silva; Thalita Rodrigues Lima; Inácia Neta Brilhante De Sousa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Iáskara Thamires Sousa Silva
Contato: iaskaratamires@hotmail.com

Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 é uma patologia considerada por muitos pesquisadores por
características epidêmicas. Esta revisão analisa a importância dada a esse problema de saúde, quanto a
situação dos caminhoneiros que trafegam na BR 010-Imperatriz-MA Brasil e a contribuição proporcionada
pelas alterações alimentares e pela prática de atividades físicas. Objetivos: Verificar se o sedentarismo e o
tipo de alimentação dos caminhoneiros que trafegam pela BR-010 de Imperatriz-MA são fatores
significativos para o desenvolvimento da Diabetes Mellitus tipo 2. Métodos: Pesquisa aplicada na área de
Ciências da Saúde. Pesquisa de levantamento e pesquisa-ação, exploratória, descritiva e explicativa,
Realizada no Posto Fiscal, na BR010 - Imperatriz-MA, com amostra de 70 caminhoneiros. Utilizou-se
questionário e verificaram-se as medidas antropométricas. Os caminhoneiros assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido Resultados: Esses profissionais expõem-se a condições inadequadas de
trabalho, o que “favorece a adoção de um estilo de vida pouco saudável como sedentarismo, inadequados
hábitos alimentares”. A média da idade dos pesquisados é de 44 anos e de profissão 18 anos. Há prevalência
de hipertensão arterial e diabetes de 55,7% e 35,7%, respectivamente. Quanto ao estilo de vida, 14,2%
fumam, 11,4% fizeram uso de nicotina e 47,1% ingerem bebida alcóolica. Isso agrava o quadro de diabetes,
pois a bebida altera os níveis glicêmicos e a nicotina a ação da insulina. O cigarro diminui o apetite e
prejudica o olfato e paladar. Do grupo em estudo, 64,2% não realizam dieta saudável. Ingerem carnes, leite
e derivados ricos em gorduras, com ausência de cereais, frutas, verduras e legumes. Alterações na glicemia
e pressão arterial 35,7% e 55,7% respectivamente; 81,4% não praticam atividade física e 72,8% permanecem
parados por pelo menos 3 horas. A média geral de IMC foi de 26,7. 34,2% apresentam obesidade I - IMC
entre 30 e 34,9; 4,2% obesidade II entre 35 e 39,9 e 4,2% obesidade III entre 40 e 44,9%.. Conclusão: Foram
identificados fatores de risco para a Diabetes Mellitus tipo II na população estudada como má alimentação,
sedentarismo, tabagismo, etilismo, sobrepeso, obesidade grau I, II e III. É válido que os profissionais da área
da saúde preocupem-se com a prevenção, recuperação e promoção da saúde dos caminheiros. Sugere-se a
criação de pontos de apoio à saúde destes profissionais, melhorando sua qualidade de vida.

ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS EM CRIANÇAS DE UMA


P148
ESCOLA PÚBLICA EM SÃO LUÍS
Autores: Deyse Priscila Leite Souza; Danielle Ferreira Santos; Érica Alessandra CALDAS.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Deyse Priscila Leite Souza
Contato: deysepriscila28@hotmail.com

Introdução: O campo de atuação da fonoaudiologia no âmbito escolar é muito amplo. Tem como objetivo
não somente detectar as alterações no processo comunicativo, como também favorecer o desenvolvimento,
ou seja, usar estratégias com intuito de buscar ao máximo evidenciar o papel de cada um, através de
experiências, visando o desenvolvimento e aprendizagem. O conhecimento ocorre progressivamente por
meio da contínua interação entre o indivíduo e o meio físico e social. Diante disso é essencial uma interação
adequada entre a criança e a escola, onde está deve oferecer subsídios para o desenvolvimento da criança,
levando em consideração os aspectos sociais, cognitivos e linguísticos. Objetivos: O estudo teve por objetivo
realizar triagem fonoaudiológica em alunos de uma escola pública, visando detectar possíveis distúrbios de
aprendizagem e linguagem. Métodos: Este estudo foi realizado na escola municipal UEB Tom e Jerry, do tipo
observacional, com abordagem quantitativa, em uma turma do 1° ano composta por 17 alunos de faixa
etária entre 4 e 5 anos. Resultados: Foram observados 17 alunos onde 1 apresentou dificuldade na atenção
e concentração, alteração de psicomotricidade e alteração de linguagem oral e escrita. Observou-se nas
demais crianças desenvolvimento, com características peculiares a faixa etária. Na triagem fonoaudiológica
1 criança apresentou alteração de oclusão dentária (mordida aberta), hábitos nocivos, especificamente a
onicofagia em apenas 1 criança. Conclusão: A atuação fonoaudiológica no ambiente escolar é pouco
reconhecida, mas é uma área de grande importância para o diagnóstico e tratamento dos distúrbios de
leitura e escrita que são muito comuns no ambiente escolar e que podem prejudicar o desempenho dos
alunos. Diante disso, a fonoaudiologia vem proporcionando trabalhos e métodos voltados para prevenção
e reabilitação em crianças com transtornos de linguagem oral, audição, motricidade orofacial e escrita,
possibilitando o desenvolvimento adequado e minimizando os impactos que estas alterações podem
acarretar para a criança.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PET-REDE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL:
P149 PRIORIZANDO O ENFRENTAMENTO DO ÁLCOOL, CRACK E
OUTRAS DROGAS
Autores: Mirlley Cristina Ferreira Borges; Sally Cristina Moutinho Monteiro.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mirlley Cristina Ferreira Borges
Contato: mirlleycfb@hotmail.com

Introdução: O PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) é um programa instituído
pelo Ministério da Saúde (MS) para fomentar grupos de aprendizagem tutorial na vivência do Sistema Único
de Saúde (SUS). O PET-Saúde/Redes de Atenção Psicossocial, sob a Coordenação da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA), se desenvolveu durante dois anos (2013-2015) e foi composto por acadêmicos dos
cursos de Enfermagem, Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Farmácia, Medicina,
Odontologia e Educação Física de diferentes instituições de ensino superior de São Luís (UFMA, CEUMA e
CEST). Relato de experiência: O projeto teve como cenário de práticas o Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). O PET me permitiu a visualização e
compreensão da rede de serviços que integram a saúde mental no SUS, foi possível conhecer e vivenciar a
rotina de trabalho do município e presenciar o atendimento humanizado e a luta por um cuidado digno e
solidário dos usuários do serviço. No decorrer do projeto, foi possível ter um olhar crítico sobre o SUS,
colocando em cheque a informação das políticas públicas contidas nas portarias do MS versus a realidade
local do que se aplica-se (ou não) nesses serviços e como se dá o papel dos profissionais no planejamento e
execução das ações diárias. Além disso, as experiências e o contato direto com os usuários dos serviços (p.
ex.: durante oficinas terapêuticas e ações de redução de danos) me fez diminuir estereótipos e preconceitos
em relação ao sujeito psicótico e ao dependente de substancia psicoativa; bem como adquirir um novo olhar
sobre esta vertente do âmbito profissional farmacêutico. Ademais, o projeto propiciou um cotidiano
multiprofissional e interdisciplinar, sendo um dispositivo para melhor conhecer a dinâmica de
funcionamento do trabalho em equipe, entendendo a interdependência positiva que existe entre os
diferentes profissionais de saúde. Conclusão: Considero que a experiência no PET-Saúde/Redes foi uma
oportunidade de aprendizagem e amadurecimento acadêmico e também profissional, pois durante a
graduação não há disciplinas que abordam sobre a saúde mental e suas diretrizes e nem a prática do
farmacêutico neste contexto. Eu tive, portanto, a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre
essas políticas públicas, de conviver com as diferenças e conhecer estes serviços propiciando assim grande
mudança em minha formação.

NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS


PELO TESTE DO PEZINHO SOBRE O EXAME DE TRIAGEM
P150 NEONATAL (TN): UM ESTUDO REALIZADO EM ALGUMAS
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NA CIDADE DE ARAGUAÍNA,
TOCANTINS.
Autores: Josué Moura Telles.
Instituição(ões): Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína (FAHESA/ITPAC)
Apresentador(a): Josué Moura Telles
Contato: josuetelles97@gmail.com

Introdução: O Teste do Pezinho é um exame que realiza a detecção precoce de doenças crônicas em crianças
como a fibrose cística, a anemia falciforme, o hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria, entre outras. A
Triagem Neonatal, mais conhecida como o Teste do Pezinho, é uma estratégia de saúde pública que visa
prevenir as sequelas advindas do agravamento dessas doenças. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento
dos profissionais responsáveis pelo Teste do Pezinho sobre o exame de triagem neonatal (TN) e a técnica
utilizada durante o procedimento de coleta da amostra para realização da triagem. Métodos: rata-se de um
estudo descritivo e exploratório de cunho investigativo, desenvolvido em oito Estratégias de Saúde da
Família do município de Araguaína –TO que realizam o Teste do Pezinho, sendo essas escolhidas por meio
de sorteio. Foram feitas entrevistas individuais e semiestruturadas com os profissionais das unidades de
saúde que realizam o exame. Após a coleta, os dados foram tabulados e foi empregada a estatística
descritiva com a utilização da frequência relativa e absoluta para analisar esses dados. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de
Araguaína. Resultados: Com o estudo, observou-se que os enfermeiros e técnicos de enfermagem
entrevistados têm um conhecimento superficial sobre a triagem neonatal e alguns conhecimentos e atitudes
errôneas no que tange à realização do Teste do Pezinho, ainda que parte deles tenham recebido algum tipo
de qualificação para sua realização. Através da pesquisa foi possível identificar que falta qualificação dos
profissionais para a realização da triagem neonatal. Assim, torna-se notório que o não treinamento dos
profissionais pode levar a erros inaceitáveis, ainda mais por ser um exame em que o tempo é de extrema
importância, prejudicando também a qualidade do atendimento aos familiares. Conclusão: Acredita-se no
papel social dessa pesquisa, já que a identificação do conhecimento e atitudes dos profissionais da saúde
em relação ao Teste do Pezinho poderá contribuir para melhorar a qualidade da assistência em saúde
prestada à criança e a seus familiares.

PERFIL LIPÍDICO E ÍNDICES DE CASTELLI I E II DE IDOSOS


P151
HIPERTENSOS
Autores: Thamires Dos Santos Veras; Tiago De Oliveira Valois; Andrezza Barcelos Hortegal; Debora
Cavassana Costa; Ana Paula Santos Diniz; Themis Pinheiro Correa Leal.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Thamires Dos Santos Veras
Contato: thamiresveras@hotmail.com

Introdução: Dentre as consequências do envelhecimento populacional, o aumento das doenças


cardiovasculares são as mais perceptíveis, ocupando no Brasil o primeiro lugar dentre as causas de morte.
Em 2012, ocorreram 131.558 mortes por doença do aparelho circulatório, 68,14% destes com idade acima
de 60 anos. Ademais, a hipertensão arterial é o principal fator de risco cardiovascular, sendo também a
enfermidade crônica mais comum em idosos. A aterosclerose, por sua vez, é considerada hoje a maior causa
de morbimortalidade em comunidades ocidentais. Na tentativa de melhorar a capacidade de prevenção de
eventos coronarianos, algumas razões lipoprotéicas foram definidas: os Índices de Castelli I e II, que são
consideradas um espelho das interações clínicas e metabólicas entre as frações lipídicas. Objetivos:
Descrição do perfil lipídico e índices de Castelli I e II de idosos hipertensos atendidos no serviço de medicina
ambulatorial da Universidade Ceuma. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com
amostragem de 122 idosos hipertensos. Foi realizada caracterização socioeconômica e clínica, bem como
perfil lipídico e cálculo para os Índices de Castelli I e II. Idosos com doença coronariana autorreferida, ou em
tratamento (exceto para hipertensão) foram excluídos desta pesquisa. Esta pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma, parecer consubstanciado de número 971.108, de
acordo com a Resolução n° 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A população estudada
foi composta, em sua ma ioria, por mulheres (59,84%), com idade entre 65 e 69 anos (75,41%). Foi
encontrado Hipercolesterolemia em 47,54% dos idosos e Hipertrigliceridemia em 78,69%, além de valor de
HDL-c abaixo dos limites aceitáveis em 81,15% dos pacientes, com média de 38,38 mg/dL (± 4,9 DP), sendo
presente em 98,63% dos idosos do sexo feminino. O índice de Castelli I apresentou valores altos em 64,75%
da população, sendo que 69,9% eram do sexo feminino, e 57,1% era do sexo masculino. Quanto ao Castelli
II, 47,54% da população teve alteração em seus valores, sendo 54,79% nas mulheres idosas, e 36,73% nos
homens. Conclusão: Um evento coronário agudo costuma ser a primeira manifestação da doença
aterosclerótica em pelo menos 50% dos indivíduos que apresentam essa complicação, por isso é de suma
importância identificar os indivíduos assintomáticos que estão mais predispostos, para a efetiva prevenção
com definição das metas terapêuticas individuais.

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONTROLE E EXPRESSIVIDADE


P152
EMOCIONAL EM SITUAÇÕES DESCONHECIDAS NA EDUCAÇÃO
MÉDICA: O MANEJO SENTIMENTAL NO PRIMEIRO CONTATO
COM PACIENTE JOVEM E INFANTIL.
Autores: Rebeca Marques Margoto; Gustavo Lucas Cardoso; Janaína Colombo Nunes; Isac César Roldão
Leite; Janaína Bianca Barletta; Raphael Boechat Barros.
Instituição(ões): Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central
Apresentador(a): Gustavo Lucas Cardoso
Contato: gustavo_lukas@hotmail.com

Introdução: O curso de Medicina tem impacto emocional importante no estudante, em função dos diversos
aspectos estressores. Com educação pautada no modelo biomédico, a preparação não no treinamento de
habilidades sociais (HS), sendo as questões emocionais, em geral, negligenciadas. Sabe-se que a atenção
primária de saúde exige amplo repertório de HS para que o estudante seja capaz de identificar aspectos
psicossociais envolvidos no desconforto do paciente. Relato de experiência: O presente trabalho descreve
reações psicológicas geradas em uma estudante durante o primeiro contato com paciente infantil ocorrido
no segundo período do curso. Para treinar a intervenção discutiram-se os temas pertinentes em sala de
aula. No dia da visita à creche, uma estudante inicialmente permaneceu calada e escondida atrás dos
colegas. O contato direto com crianças de 3/4 anos gerou sentimentos de angústia, medo e ansiedade.
Acreditando que não tinha preparo técnico suficiente, apresentou falta de confiança e crença de
incapacidade. Relata vontade inicial de “matar as crianças” como estratégia de eliminar a situação aversiva.
Ao ver seus colegas brincando com as crianças, a estudante fez tentativas de aproximação que gerou
sentimentos de frustração e rejeição. Na primeira as crianças ignoraram a conversa e não a responderam,
fortalecendo a percepção negativa de autoeficácia e potencializando comportamentos de desistência de
estabelecer relação interpessoal. Ao pegar uma criança no colo e perceber seu choro, a estudante
novamente avaliou a situação negativamente. Seu pensamento foi de que causava o choro, mas descobriu
que era em função do carrinho de outra criança. De imediato, pensamentos menos catastróficos em relação
a si e o sentimento de alívio surgiram e a interação pôde ser estabelecida adequadamente. Conclusão: Ao
final, a estudante estava à vontade no contexto. Este relato evidencia a importância da habilidade de
autocontrole e expressividade emocional, do manejo de estresse e ansiedade e da confiança na própria
capacidade.
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA DST/AIDS COMO AUXÍLIO NO
P153
TRATAMENTO DAS PESSOAS PORTADORAS DO VÍRUS HIV/AIDS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Kayro Hairy Arrais Silva; Claudia Regina De Andrade Arrais Rosa; Conceição De Maria Aguiar Costa
Melo; Isabel Cristina Leal Fernandes.
Instituição(ões): Semed
Apresentador(a): Kayro Hairy Arrais Silva
Contato: kayrohairy_ef@hotmail.com

Introdução: Atualmente, a qualidade de vida é um dos principais focos para as pessoas portadoras do vírus
HIV. Devido ao tratamento farmacológico para o controle da replicação viral, outras complicações surgiram,
como: a redistribuição da gordura corporal, resistência insulínica e dislipidemia, afetando diretamente a
saúde da pessoa e entrando em conflito com o tratamento medicamentoso. Diante destas complicações, é
necessário um suporte de profissionais capacitados para intervir nas situações decorrentes. Assim, o
profissional de educação física exerce um papel de suma importância no auxílio ao tratamento. Relato de
experiência: Entretanto, este profissional ainda não estar inserido dentro da equipe multidisciplinar no
programa DST/AIDS do município de Imperatriz-MA. Diante disso, foi realizada uma intervenção com um
profissional de educação física, com objetivo de Incentivar os pacientes portadores do vírus HIV/AIDS sobre
a importância da atividade física no auxílio do tratamento, adquirindo assim, uma melhoria na qualidade de
vida. Esta intervenção ocorreu através de uma palestra com o tema “Vida Saudável”, na qual foram vistos
aspectos importantes da atividade física, bem como sua relação com as pessoas portadoras do vírus.
Também, foram realizadas algumas sessões de exercícios físicos com os pacientes. Foi observado que a
maioria dos participantes eram sedentários e tinham poucas informações sobre a necessidade de estarem
realizando alguma atividade física. Considerações finais: Dessa forma, podemos concluir que é necessário
ser inserido um profissional de educação física dentro do programa DST/AIDS, para proporcionar palestras,
sanar dúvidas, realizar e orientar práticas corporais adequadas aos pacientes, auxiliando no tratamento e
na prevenção de complicações, bem como proporcionando uma melhor qualidade de vida.

LIGAS ACADÊMICAS EM MEDICINA: UMA ALTERNATIVA AOS


P154
DÉFICITS EDUCACIONAIS
Autores: Gustavo Lucas Cardoso; Janaína Colombo Nunes; Isac César Roldão Leite; Rebeca Marques
Margoto; Raphael Boechat Barros.
Instituição(ões): Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central
Apresentador(a): Gustavo Lucas Cardoso
Contato: gustavo_lukas@hotmail.com

Introdução: O curso de Medicina é um dos mais árduos e que exige esforço e tempo do aluno. Durante 6
anos são abordadas várias disciplinas teóricas e práticas, a fim de preparar o estudante para a carreira
profissional. Entretanto seu currículo apresenta algumas deficiências de ensino-aprendizagem devido às
dificuldades enfrentadas. Tal déficit vem sendo suprido com o apoio das ligas acadêmicas que proporcionam
maior contato e convivência do aluno com sua futura profissão. Elas atuam junto aos alunos desde o início
do curso, sendo divididas em especialidades, podendo o aluno optar pela de seu interesse ou curiosidade.
Objetivos: A presente pesquisa tem como objetivo demonstrar a importância das ligas acadêmicas ao tentar
suprir os déficits educacionais durante o curso de Medicina. Métodos: Análise sistemática de 26 ligas
acadêmicas de uma faculdade particular do Distrito Federal, buscando correlações e opiniões dentre seus
membros efetivos que demonstrem sua fundamental importância. Resultados: As ligas trabalham seguindo
o tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão. Deste modo, oferecem palestras; promovem feiras de
saúde com envolvimento da comunidade; oferecem projetos de pesquisa; organizam cursos, simpósios e
congressos para membros e não membros. A partir deste modelo de atuação o estudante tem a
oportunidade de conhecer e conviver com as diversas áreas médicas desde seu ingresso na faculdade,
colaborando desde já com e escolha da futura especialidade. Além disso, o acadêmico tem a possibilidade
de aprofundar conhecimentos previamente adquiridos e de entrar em contato com novos conhecimentos
durante as atividades produzidas pelas ligas. Os projetos de pesquisa são um dos principais recursos
oferecidos, já que permitem ao aluno produzir e publicar trabalhos científicos, com orientação de
profissionais conceituados, enriquecendo seu aprendizado e currículo.Tal trabalho desempenhado capacita
os alunos no desenvolvimento de habilidade pessoais como liderança, confiança, autocontrole,
expressividade, assertividade, amizades e principalmente experiência na organização de eventos científicos,
ponto tão falho na educação brasileira. Conclusão: As ligas atuando durante todo o curso de Medicina,
possibilitam ao aluno a capacidade de adquirir conhecimento, publicar, enriquecer o currículo, ter maior
interação com profissionais já formados e, principalmente, suprir o déficit educacional, promovendo assim
uma melhor formação do futuro profissional.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HIPERTENSÃO


ARTERIAL SISTÊMICA ACOMPANHADOS PELA ESTRATÉGIA DA
P155
SAÚDE DA FAMÍLIA DO CENTRO DE SAÚDE DJALMA MARQUES,
TURU, SÃO LUÍS-MA, BRASIL
Autores: Barbara Lima Ribeiro; Lianna Paula Guterres Corrêa; Acácia Pinto Morais; Iolanda Margarete De
Araújo Rego.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Lianna Paula Guterres Corrêa
Contato: barbaralribeiro@hotmail.com.br

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por
níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle,
é considerada um dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes problemas de
saúde pública. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação
da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente. As DCV são ainda responsáveis
por alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados. Objetivos:
Analisar e demonstrar o perfil epidemiológico dos pacientes com HAS acompanhados pela Estratégia Saúde
da Família (ESF) no Centro de Saúde Djalma Marques, Turu, São Luís-MA, Brasil em relação ao gênero, à
idade e as medicações em uso, sendo que foram levadas em conta apenas as disponibilizadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de uma pesquisa de perfil de saúde, descritiva e com abordagem
quantitativa. A pesquisa foi feita através do Livro de Registros dos Hipertensos da Unidade Básica de Saúde
(UBS) em questão por meio dos dados do cadastro Manual de Instalação e Operação – HIPERDIA, no período
de Abril de 2013 até Julho de 2015. Resultados: Observou-se que dos 386 pacientes analisados, 50% tinham
entre 61 a 80 anos; 28,92% entre 41 a 60 anos; 17,5% entre 81 a 100 anos; 6,25% abaixo de 40 anos e 6,25%
acima de 100 anos. Em relação ao gênero, 65,9% eram do gênero feminino. Quanto à medicação, 55,95%
fazem uso de Captopril; 50% de Hidroclorotiazida; 19,43% de Enalapril e 18,39% de Propranolol. Conclusão:
O perfil epidemiológico do estudo traçado apresenta a maioria dos pacientes de sexo feminino. A faixa etária
predominante está entre 61 a 80 anos. A medicação em uso predominante foi Captopril. Esta pesquisa
demonstra a importância do programa ESF e da distribuição gratuita dos remédios anti-hipertensivos aos
pacientes como forma de maior adesão ao tratamento e melhoria da qualidade de vida. Ressalta-se,
também, a necessidade do constante aprimoramento às ações preventivas, diminuindo dessa forma
internações, e consequentemente gastos públicos evitáveis, possibilitando o uso desses recursos em outras
áreas de saúde.

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM


P156 EM UM CENTRO DE SAÚDE DURANTE ATIVIDADES PRÁTICAS DA
DISCIPLINA DE ATENÇÃO BÁSICA II
Autores: Jaiza Sousa Penha; Jessica Raiany Costa E Costa; Alex Luis Gomez Marques; Carla Janny Nunes De
Abreu; Dorlene Maria Cardoso De Aquino.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Jaiza Sousa Penha
Contato: jaiza-sousa@hotmail.com

Introdução: A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e proteção de saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Deveria ser, preferencialmente, a porta de entrada
dos usuários do sistema. Assim, o ensino da Atenção Básica na graduação torna-se imprescindível e ainda é
um desafio. Este relato trás as experiências de alunos do curso de enfermagem obtidas durante a prática
dessa disciplina. Relato de experiência: As práticas de Atenção Básica II , do Curso de Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão aconteceram em um Centro de Saúde localizado em São Luís - MA, no
período de 7 de maio a 4 de junho de 2015. O grupo composto por dez acadêmicos era dividido diariamente
em duplas ou trios e distribuídos nos setores da unidade. No setor de triagem de adultos eram realizados os
serviços de verificação de pressão arterial, glicemia, pesagem e altura; na triagem infantil, as crianças
também eram pesadas e medidas; no setor de curativo, além desses, eram realizados retirada de pontos e
administração de medicações injetáveis sob prescrição médica. Na imunização eram orientados pela
enfermeira do setor e faziam a atualização das carteiras de acordo com o calendário vacinal, para adultos e
crianças, preenchendo adequadamente as que eram realizadas e colocando os respectivos aprazamentos.
Na consulta de enfermagem o atendimento era direcionado a pacientes com suspeita de hanseníase,
tuberculose e outras doenças, realização de exame preventivo, além de assistência às gestantes, que eram
examinadas, medindo-se a altura uterina, ausculta dos batimentos cardiofetais, análise e solicitação de
exames e demais orientações necessárias ao pré-natal. Eram feitas ainda ações de educação em saúde,
incluindo palestras sobre temas variados e o acompanhamento a tabagistas participantes de um programa
de redução do uso de tabaco, realizado na unidade. Considerações finais: Os acadêmicos puderam
desenvolver ações que perceberam os clientes em uma visão holística, contribuindo para a humanização da
assistência. Além disso, ao fim da prática, percebeu-se o quanto esta foi significante e enriquecedora para
os discentes, que puderam atuar em todos os setores da Unidade Básica, com certa autonomia e
responsabilidade, agregando conhecimentos práticos e científicos acerca da Atenção Básica em Saúde
durante a formação acadêmica.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO ESTADO DO


P157
MARANHÃO (2010-2014)
Autores: Maysa Queiroz Maciel; Helena Maria Fonseca De Sousa; Maria Aparecida Pereira Da Silva; Ana
Paula Veloso Alvim; Rebecca Cruz De Morais Rego.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Maria Aparecida Pereira Da Silva
Contato: maysaqmaciel21@gmail.com

Introdução: A tuberculose (TB) pulmonar é uma infecção contagiosa causada pelo Mycobacterium
tuberculosis. É uma das mais antigas doenças que acometem os seres humanos e constitui importante causa
de morte no mundo inteiro. A taxa de incidência global vem diminuindo lentamente (menos de 1%), sendo
estimada uma taxa de 139 casos/100 mil habitantes. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico
descritivo. Os dados coletados foram cedidos pela Vigilância Epidemiológica do Maranhão referentes aos
últimos quatro anos (2010-2014). Resultados: A população de referência da pesquisa foi composta de 117
62 casos notificados de tuberculose no período de 2010-2014. Com relação à frequência por Zona de
Residência observou-se que a zona urbana corresponde a área de maior número de casos (8241) seguida
pela zona rural (3108) e zona periurbana (152). Os homens são os mais acometido pela doença (63,7%). A
raça parda corresponde a pouco mais da metade dos casos de TB com 8022 casos acometidos. A faixa etária
mais afetada pela doença está entre 20-35 anos. No quesito escolaridade a faixa de 1ª a 4ª série incompleta
do Ensino Fundamental foi a que obteve maior porcentagem (19,4%). A TB é um problema de saúde
prioritário no Brasil. O agravo atinge todos os grupos etários, sendo a faixa etária de maior prevalência de
20-35 anos, correspondendo ao grupo de indivíduos economicamente ativos, o que é condizente com os
achados na literatura nacional. Segundo o Boletim epidemiológico nº 09/2015, 45,2% dos casos de TB
notificados em 2014 ocorreram em pa rdos, 12,3% em pretos, ambos representando a maioria dos casos de
TB, refletindo também a realidade maranhense. A situação da TB em nível mundial revela que a doença está
ligada a pobreza e à má distribuição de renda. A situação também foi observada na população estudada,
com baixa escolaridade, não tendo a maioria concluído o ensino fundamental. Conclusão: No Brasil a TB é
uma doença que afeta, principalmente, as periferias urbanas - favelas e, geralmente, está associada às más
condições de moradia e de alimentação, abuso de álcool, tabaco e outras drogas. O MA apresenta situação
igualmente alarmante. Em seu território, 22 municípios são considerados prioritários para o Programa
Nacional de Controle da TB. Em 2011, o Estado notificou 2071 casos apresentando uma taxa de incidência
de 31,2/100 mil hab., sendo o 5º em notificação no nordeste..

TRATAMENTO DE TABAGISTA NA UNIDADE BASICA DE SAÚDE


P158
DA LIBERDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Rosângela Sousa Ferreira; Mônica Gonçalves Carvalho; Rhuanne Braga; Carla Janny Nunes; Cynthia
Griselda Castro Viegas.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Rosângela Sousa Ferreira
Contato: rosa03sf@hotmail.com

Introdução: Reconhecidamente o tabagismo é uma doença crônica, resultante da dependência à droga


nicotina, sendo um fator de risco para cerca de 50 doenças, dentre elas, câncer, asma, DPOC, infecções
respiratórias e doenças cardiovasculares. Como o tratamento da pessoa tabagista apresenta ótimo custo-
efetividade nos cuidados em saúde, principalmente relacionado às doenças crônicas o Ministério da Saúde
tem investido em programas tais como no acompanhamento de dependentes e distribuição de
medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde. Objetivos: Trata-se de um relato de experiência, que expõe
a vivência de alunas do 6° período, na disciplina de Atenção Básica II na rede de Atenção Básica – ESF, em
que se observou o papel do enfermeiro no programa de tratamento aos tabagistas. Métodos Trata-se de
um estudo descritivo exploratório na abordagem de relato de experiência que descreve aspectos
vivenciados pelas autoras durante uma prática obrigatória na Unidade Básica de Saúde da Liberdade em São
Luís- MA no período de 14 de junho a 5 de julho de 2015, onde os pacientes inscritos no programa são
acompanhados durante 6 meses. Resultados: Observou-se o funcionamento do programa, que tinha a
frente uma enfermeira, onde a mesma acompanhava de perto a evolução de cada cliente. O encontro era
feito semanalmente onde os pacientes primeiramente relatavam se haviam parado de fumar, se não,
quantas vezes havia feito o uso de cigarros, o que estava sendo feito para evitar o uso e quando, uma data
precisa, cliente pretendia parar de fumar, em seguida os clientes realizavam técnicas de meditação para
assim diminuir a ansiedade e consequentemente a vontade de fumar e por fim a enfermeira palestrava
colocando os malefícios do tabagismo e como parar de fumar e fazia a entrega dos medicamentos,
disponibilizado pelo Ministério da Saúde (adesivos e gomas de nicotina). Observou-se que no segundo mês
de tratamento dos 12 pacientes inscritos no programa 9 já haviam cessado o ato de fumar. Conclusão: A
partir das vivências no programa de tabagismo na unidade de saúde, foi identificada a autonomia do
enfermeiro no programa bem como sua importância como facilitador, orientador e incentivador para os
clientes, é importante salientar o papel da família e da unidade de saúde como ponto de apoio para os
usuários do programa.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE HIPOTIREOIDISMO


P159
CONGÊNITO EM PACIENTE DE 37 ANOS
Autores: Mateus Rufino Melo; André Phillipe Pereira Nojosa; Humberto Ferreira De Castro Filho; Marcos
Danillo De Oliveira Reis; Rubens Henrique Da Silva Barreto; Ana Ligia Barros Marques.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Mateus Rufino Melo
Contato: mmelo1373@gmail.com

Introdução: O hipotireoidismo congênito é uma doença hereditária que afeta a capacidade de produção dos
hormônios tireoidianos em recém-nascido. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado pode evitar
danos irreversíveis ao desenvolvimento físico e cognitivo. Relato de caso: Paciente masculino, 37 anos,
procedente de Bacabal - MA, filho de pais não consanguíneos e com três irmãos adultos com
desenvolvimento normal. Nasceu de parto normal, a termo e sem intercorrências, com 2800 gramas e 48
centímetros, sem anotações sobre a escala de APGAR. Desde o primeiro mês de vida mostrou-se sonolento,
com comprometimento do desenvolvimento físico e psicomotor demorando para sustentar a cabeça e até
o momento da consulta inicial não o fazia de forma satisfatória. Não aprendeu a andar e falar, balbucia
algumas palavras ininteligíveis. Apresentava crises convulsivas ocasionais, autolimitadas, não relacionadas
a picos febris. Chegou ao consultório pesando 19,7 quilogramas e medindo 98 cm, Tanner P2 G1, sonolento,
hipocorado +/4, pele amarelada e ressecada, cabelos escassos, edema generalizado +/4, distensão
abdominal, hérnia umbilical, cifoescoliose em coluna, com histórico de alimentação hipoproteica e incapaz
de se locom over sozinho. Exames laboratoriais indicaram anemia, altos níveis de colesterol, deficiência de
vitamina D, TSH muito elevado, T3 e T4 baixos, testosterona em níveis infantis, ACTH e cortisol nos limites
inferiores da normalidade. Idade óssea com fises abertas e maturação irregular dos ossos do carpo. Iniciou-
se terapia com levotiroxina com aumento progressivo de dose até 75 mcg por dia e prednisona 0,25
mg/kg/dia nos primeiros 10 dias. No quarto mês retornou caminhando com ajuda, sem edema,
normocorado, emagrecido, alerta, com crescimento de 3 cm em 4 meses e exames laboratoriais normais,
elevação da testosterona para níveis puberais. No oitavo mês retornou caminhando com dificuldade, mas
sem ajuda, e falando poucas palavras quando estimulado. Nesta avaliação, manteve a velocidade de
crescimento e avanço dos caracteres puberais para P3G3. Considerações finais: O caso ilustra os danos
irreversíveis do hipotireoidismo não diagnosticado. O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 e
se tornou obrigatório a partir de 1992 em todo o país. Apesar da importância e obrigatoriedade a cobertura
ainda é heterogênea e não alcança 100% em nenhum dos estados.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
P160 DIABÉTICOS TIPO 2 EM UM AMBULATÓRIO DE
ENDOCRINOLOGIA
Autores: Laís Lucena Silveira; Carla Fernanda Santos Santana; Viviane Chaves De Carvalho Rocha; Braulio
Nunes De Souza Martins Filho; Gustavo Cruz Coelho; Arthur Lima De Berrêdo Martins.
Instituição(ões): Universidade Ceuma - UNICEUMA / Ambulatório de Endocrinologia do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA
Apresentador(a): Laís Lucena Silveira
Contato: laislsilveira@hotmail.com

Introdução: A SM (Síndrome Metabólica) é um transtorno complexo representado por um conjunto de


fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionada à deposição central de gordura e resistência à
insulina. Os pacientes com síndrome metabólica tem um risco cinco vezes maior de desenvolverem diabetes
tipo 2. Objetivos: Verificar a prevalência de Síndrome Metabólica em pacientes com diabetes mellitus tipo
2 em um ambulatório de Endocrinologia. Métodos: Estudo descritivo-analítico do tipo transversal com uma
amostra de conveniência de 104 pacientes entrevistados no ambulatório de endocrinologia do HUUFMA no
ano de 2014. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade CEUMA parecer nº 614.880
de 03/2014. O instrumento de coleta de dados foi questionário. Os dados foram avaliados pelo programa
estatístico IBM SPSS Statistics 20 (2011) e submetidas a técnicas da estatística descritiva-analítica.
Resultados: Houve elevada prevalência (85,6%) de Síndrome metabólica nos pacientes com diabetes
mellitus tipo 2. Com relação à frequência das variáveis, houve prevalência de pacientes com idade entre 50
e 69 anos, do sexo feminino, com IMC normal e sobrepeso. A maioria utilizava losartana para hipertensão,
sinvastatina para dislipidemia e metformina para diabetes. A maior parte não realizava atividade física, não
fumava e não fazia o uso de bebida alcoólica. Na associação das variáveis classificatórias com a síndrome
metabólica, houve significância na variável IMC e uso de medicações para hipertensão e
hipercolesterolemia. No tes t t de student para variáveis numéricas houve significância nas variáveis
circunferência abdominal, peso, IMC, PAS, triglicérides e HDL. Conclusão: Houve consonância com a
literatura no que diz respeito a elevada prevalência de SM em pacientes diabéticos tipo 2. Há poucos estudos
sobre prevalência de SM no Brasil e deve-se dar a devida importância ao referido assunto, pois, um dos
motivos é que com o aumento epidêmico da obesidade, espera-se um substancial incremento na incidência
desta morbidade.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE E


P161
HIV NO MARANHÃO (2010-2014)
Autores: Maysa Queiroz Maciel; Helena Maria Fonseca De Sousa; Maria Aparecida Pereira Da Silva; Ana
Paula Veloso Alvim.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Helena Maria Fonseca De Sousa
Contato: maysaqmaciel21@gmail.com

Introdução: A co-infecção Mycobacterium tuberculosis com outros microrganismos apresenta-se cada vez
mais frequente, sendo particularmente importante a associação com o Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV).Essa associação leva a várias alterações no perfil clinico-epidemiológico da doença, os indivíduos que
apresentam a co-infecção TB-HIV apresentam taxas de mortalidade por tuberculose 2,4 a 19 vezes maior
que aquelas sem a co-infecção. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, os dados coletados foram
cedidos pela Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão acerca da frequência d a co-infecção HIV-
Tuberculose nos últimos quatro anos (2010-2014). Resultados Em relação à frequência de investigação de
indivíduos infectados com o vírus HIV que portam Tuberculose (TB) no Estado do Maranhão(MA), nos anos
de 2010 a 2014, verifica-se o total de 4362 casos de pacientes com tuberculose a serem investigados quanto
a presença de co-infecção com o vírus . Deste total, 199 casos se mostraram positivos à presença do vírus,
correspondendo a 4,6%; 2445 indivíduos apresentaram-se negativos para o vírus HIV com 56% dos casos;
176 casos apresentavam-se em andamento de investigação da presença do vírus representando 4% dos
casos e 1542 indivíduos portadores de tuberculose não foram investigados quanto a presença de co-infecção
pelo HIV correspondendo a 35,3% do total de pessoas com tuberculose no MA. Em pacientes HIV positivos
a apresentação clínica da tuberculose é influenciada pelo grau de imunossupressão e, de maneira geral, a
investigação diagnóstica da tuberculose na coinfecção é semelhante à investigação na população geral. O
advento da epidemia do HIV/aids nos países endêmicos para tuberculose tem acarretado aumento
significativo de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa e formas extrapulmonares. Estes
pacientes, em geral, são mais imunocomprometidos, apresentam mais reações adversas aos medicamentos
e têm maiores taxas de mortalidade agravadas pelo diagnóstico tardio dessas formas. Conclusão:
Evidenciou-se que a situação clinica e epidemiológica da coinfecção tuberculose/HIV é um grande problema
de saúde pública no Maranhão e impõe uma maior articulação entre os programas de controle da
tuberculose e os de DST/AIDS, além do compromisso e envolvimento político dos gestores e profissionais
de saúde no planejamento das ações e serviços de saúde.

PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NA MICRORREGIÃO


P162
DE PACAS, PINHEIRO - MA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Osyanne Duarte Correia; Adiláo Freitas Costa De Lima; Bruna Gomes Vasconcelos; Andréa Suzana
Vieira Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): : Osyanne Duarte Correia
Contato: osyduarte@gmail.com

Introdução: O ato de amamentar é de extrema importância, traz vantagens em âmbitos psicológicos,


sociológicos e físicos para a mãe e para o bebê Dentro deste contexto a Organização Mundial da Saúde
preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Este estudo buscou através da
educação interativa orientar e incentivar as mães a aplicarem este princípio com seus filhos, com intuito de
prevenir o desmame precoce. Objetivos: Relatar a experiência vivida pelos docentes e discentes do curso
de medicina do Campus de Pinheiro na promoção do aleitament o materno na microrregião de Pacas.
Métodos: trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado na disciplina de
Fundamentos da Prática e da Assistência Médica II da Universidade Federal do Maranhão/Campus Pinheiro,
durante o ensino teórico-prático na Unidade Básica de Saúde Nicolau Amate em outubro de 2014. Foram
desenvolvidas atividades de educação em saúde com gestantes e puérperas com enfoque no aleitamento
materno, através de recursos áudio visuais, música, além de uma abordagem direta e com linguagem
informal explicando questões como vantagens do aleitamento materno, boa pega, prevenção dos
problemas mais comuns na amamentação (fissura mamilar, ingurgitamento mamário e mastite) e
esclarecimento de mitos e verdades. Resultados: As atividades de educação em saúde buscaram contribuir
para a ampliação do conhecimento das mães sobre o aleitamento. No decorrer das orientações foram
identificadas falhas na técnica da amamentação, principalmente no posicionamento e à pega do recém-
nascido ao seio; também foram feitos questionamentos relativos ao aleitamento materno, como: alimentos
que interferem na produção de leite, limpeza da mama, problemas comuns na lactação e introdução de
líquidos e alimentos na dieta do recém-nascido. Conclusão: O déficit de conhecimento e orientações é um
fator de risco para o desmame precoce, portanto a importância do reforço das orientações, da atenção
individual a cada mãe e do empenho dos profissionais de saúde na promoção do aleitamento materno,
sempre considerando que a amamentação traz benefícios para o binômio mãe-bebê.

SAÚDE DA CRIANÇA: PERCEPÇÃO DA MÃE QUANTO À CONSULTA


P163
DE PUERICULTURA
Autores: Mirla Kalina Silva Dos Santos; Elaine Pereira De Andrade; Nayanna Láyza Oliveira De Sousa; Thais
Costa Alves; Sandra Komarsson Carvalho E Cordeiro; Laise Neves Carvalho.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Mirla Kalina Silva Dos Santos
Contato: mirlakalinass@gmail.com
Introdução: Puericultura é a ciência médica que se dedica ao estudo dos cuidados do ser humano em
desenvolvimento, mais especificamente com o acompanhamento do desenvolvimento infantil. Segundo o
Ministério da Saúde, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral
à saúde da criança, sendo parte constituinte da puericultura, a qual envolve a avaliação do peso, altura,
desenvolvimento neuropsicomotor, vacinação e intercorrências, o estado nutricional, bem como
orientações a mãe/família/cuidador sobre os cuidados com a criança. A puericultura pode, hoje, ser
chamada de pediatria preventiva, a qual analisa os serviços desde as consultas pré-natais, estendendo-se
ao longo da infância, até o final da adolescência, ou seja, uma assistência à criança saudável capaz de
prevenir agravos e permitir intervenções precoces na correção de desvios de crescimento e
desenvolvimento. Objetivos: Descrever a percepção das mães sobre consulta de puericultura. Métodos:
Estudo descritivo, observacional, transversal realizado no Centro de Saúde Amar no período de fevereiro a
julho de 2015. A população foi constituída por 100 mães de crianças assistidas na Unidade Básica de Saúde.
Para coleta de dados foi utilizado questionário formulado pelos próprios pesquisadores. Resultados: Entre
as 100 mães entrevistadas, 58 apresentavam faixa etária entre 20 e 29 anos. Em relação ao nível de
escolaridade 50% dos entrevistados tem ensino médio completo. Referente ao estado civil, 38 possuem
união estável. Quanto à renda familiar 47 recebiam um salário mínimo. Com relação ao número de filhos 54
das entrevistadas possuíam dois a três filhos. No que concerne à definição do termo puericultura 94
desconheciam o mesmo; 84 das mães afirmam ter levado seus filhos para consulta de puericultura, sendo a
maioria realizada pelo profissional médico e 55 relatam não ter conhecimento sobre as ações que são
realizadas na consulta de puericultura. Conclusão: entro da atenção básica, a puericultura surge como
ferramenta oportuna no acompanhamento integral do crescimento e desenvolvimento infantil, voltando-
se para os aspectos de prevenção, proteção e promoção da saúde, de modo que a criança alcance a vida
adulta sem influências desfavoráveis trazidas da infância. Sabendo que a maioria das entrevistadas
desconhecem a importância da consulta de puericultura, torna-se necessário a implementação de medidas
que visem difundir e incentivar a realização de tais consultas na UBS.

A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA PROMOÇÃO EM


P164
SAÚDE DE POPULAÇÃO RIBEIRINHA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Agamenon Rodrigues Sena Neto; Cláudia Regina De Andrade Arrais Rosa; Jullys Allan Guimarães
Gama; Manoel Ferreira Campos Neto; Paulo Ramires Santos De Almeida; Yann Victor Oliveira Marques.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Agamenon Rodrigues Sena Neto
Contato: agamenon.sena@gmail.com

Introdução: Atividades lúdicas estão cada vez mais sendo utilizadas em ações de educação em saúde com o
objetivo de simplificar as informações e garantir que o público alvo envolvido receba, de forma adequada,
os ensinamentos repassados. Cabrera & Salvi (2005) afirmam que o aprendizado e o ensino através de
brincadeiras possibilitam um enriquecimento na visão de mundo, socialização e troca de experiência,
levando os indivíduos à uma reflexão sobre as ações e, dessa forma, facilitando o aprendizado e assimilação
de ideias. Relato de experiência: Pensando em promover a saúde de uma maneira lúdica, um grupo de
alunos do curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão, localizado no município de Imperatriz,
desenvolveu a referida atividade em um projeto de intervenção para a disciplina: Bases da Formação
Científica I. Foi escolhido trabalhar com a temática de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS), uma vez que a melhor forma de evitar o desenvolvimento dessas patologias é com o auto cuidado e
desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis. A metodologia utilizada consistiu na confecção de folheto
autoexplicativo, na forma de um “jogo de verdadeiro ou falso” abordando alguns mitos e verdades acerca
dessas doenças. Esse jogo foi aplicado de casa em casa, tendo como público crianças, adultos e idosos e
cada residência. Foi orientado as famílias que o folheto deveria ser fixado na porta da geladeira, por se tratar
de um local de fácil visualização e estratégico. A população foi bem receptiva e participativa, demonstrando
interesse e disposição para realizar as medidas propostas. Como feedback da atividade desenvolvida, os
acadêmicos realizaram novas visitas às residências que haviam recebido as orientações, com o intuito de
avaliar a eficácia da ação. Considerações finais: Com o desenvolvimento de atividades lúdicas foi possível
perceber uma maior aceitação das práticas e sugestões levadas pelos acadêmicos de medicina em grande
parte dessa população ribeirinha, podendo contribuir de forma significativa para a promoção de saúde nessa
comunidade.

O ESTUDANTE DE MEDICINA E OS PRIMEIROS CONTATOS COM O


P165
PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Andreia Aline Santana Guida; Ana Beatriz Barbosa Lima; Hyanka Maria Bastos Padre; Ivana Santos
Vale.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andreia Aline Santana Guida
Contato: andreia.guida@ifma.edu.br

Introdução: Os primeiros dias na Universidade marcam a vida do estudante e podem causar impressões
responsáveis por características marcantes em toda a vida profissional do mesmo. Para o médico há o fator
elementar que é o contato com o objeto maior de sua formação, o paciente. Segundo Paulo Freire, “[...] não
há melhor aprendizado do que a própria vivência.”, dessa forma, vê-se a importância dos primeiros contatos
e primeiras experiências para a formação do médico competente e humanizado. Relato de experiência:
Trata-se de um relato de experiência que retrata as percepções de estudante s iniciantes do curso de
Medicina do Campus Pinheiro da Universidade Federal do Maranhão. O presente trabalho aborda
expectativas e vivências dos alunos frente aos primeiros contatos com os pacientes no inicio do curso em
três Unidades Básicas de Saúde locais. As novas diretrizes curriculares propiciam aos estudantes uma
aproximação precoce com a comunidade através do contato com paciente da Atenção Básica logo nos
primeiros dias de aula. Um preparo emocional e psicológico em relação às peculiaridades da população
atendida faz-se necessário, e vê-se que o fator psicopedagógico e o aprendizado teórico e prático a partir
das vivências adquiridas são de grande valia para um bom direcionamento dos alunos. As disciplinas de
Fundamentos da Prática Médica, Psicologia Médica e Bases da formação Científica levaram os grupos de
estudantes para as Unidades Básicas, promovendo ações de promoção e prevenção de saúde.
Considerações finais: O contato com novas realidades, em geral, pacientes de baixa renda, ou de pouco
estudo, que em muitas vezes não possuíam todos os recursos necessários para manter um bom
acompanhamento de saúde, foi de início um choque. Deparar-se com situações de carência, sofrimento, e
doenças graves ou terminais em pessoas que em sua maioria não tinham recursos para uma melhora do
quadro, provocaram reações de angústia e impotência nos estudantes. Porém, a vivência precoce com tais
pacientes fez com que o olhar dos alunos estivesse mais aguçado e preparado para as experiências durante
o curso de Medicina. A abordagem em sala de aula, direcionando um estudo teórico sobre a postura do
profissional médico é de grande valia para o entendimento sobre como manter um olhar humanizado ante
as experiências vividas, as expectativas, frustrações, a relação médico-paciente, o envolvimento emocional,
e tantos outros pormenores que permeiam a profissão médica nos dias atuais.

ATUAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DURANTE O


P166 NOVEMBRO AZUL NO MUNICÍPIO DE PINHEIRO-MA: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Autores: Thamyres Ferreira Carmo Da Silva; Ana Beatriz Barbosa Lima; Andréia Aline Santana Guida;
Michelline Joana Tenorio Albuquerque Madruga Mesquita; Andréa Suzana Vieira Costa; Livia Mariane
Castelo Branco Reis.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Thamyres Ferreira Carmo Da Silva
Contato: thatha.thamy@globo.com

Introdução: O movimento “Novembro Azul” foi criado em 2012 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, um dos
objetivos dessa campanha é mudar os paradigmas e preconceitos em relação à ida do homem ao médico e
a realização de exames. O enfoque da campanha é o combate ao câncer de próstata, patologia que atinge
grande parte da população masculina e é o sexto tipo mais comum de câncer no Brasil e o segundo tipo de
câncer mais frequente em homens, após os tumores de pele. Relato de experiência: O presente trabalho
trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante o ensi no teórico-prático da
disciplina Fundamentos da Prática e Assistência Médica do curso de Medicina da Universidade Federal do
Maranhão, Campus Pinheiro, no Centro Ambulatorial de Pinheiro (CAP) durante a campanha Novembro
Azul. A clientela assistida nesse hospital compreende usuários do Sistema Único de Saúde, com público
variando entre homens, mulheres, idosos e crianças. As atividades teórico-práticas desenvolvidas ocorreram
no período da manhã, e os discentes foram divididos em grupos, cada um ficando responsável por um tema
importante no que tange ao cuidado e promoção da saúde masculina. Os temas abordados foram Prevenção
do câncer de próstata, Doenças sexualmente transmissíveis, Alimentação Saudável e Higiene Pessoal. Cada
equipe montou estandes ornamentados, fez distribuição de kits de higiene pessoal, preservativos e fez
demonstrações práticas sobre hábitos de higiene e a respeito das patologias abordadas. Além das falas
expositivas houve apresentações musicais, distribuição de lanche e folders. As atividades foram
supervisionadas pelas docentes responsáveis pelo módulo e pela equipe do Centro Ambulatorial.
Considerações finais: A realização do Projeto ‘Novembro Azul’ pelos alunos do curso de medicina da UFMA
e docentes do Módulo de Fundamentos da Prática e Assistência Médica, mostrou o desconhecimento da
população acerca da saúde do homem e prevenção de doenças, além do receio da população em buscar
ajuda e informação devido à ‘tabus’, como o relacionado ao exame do toque. Assim, observou-se um
resultado positivo do evento que teve outros temas como doenças sexualmente transmissíveis, alimentação
saudável e higiene pessoal, com a participação de toda população, realizando o intercâmbio entre a
universidade e a comunidade, promovendo educação em saúde e prevenção de doenças.

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA VISÃO DO AGENTE


P167
COMUNITÁRIO DE SAÚDE EM UBS NO MARANHÃO
Autores: Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes; Francyelle Samyramis Lourenço Rodrigues; Adriana Aila
Rocha Araújo; Claudia Tamires Sousa Leite; Renata Rebouças Moura.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Katarine Vitória Duailibe Marinho Gomes
Contato: katarineduailibe@hotmail.com

Introdução: A violência contra a mulher é um problema que ocorre em todas as classes sociais,
independente de cultura, raça ou status econômico. Essa pode se manifestar de várias formas e com
diferentes graus de severidade, sendo mais prevalente em famílias de baixa renda. Dentre elas a mais
relevante para a pesquisa em questão foi a doméstica. A Estratégia Saúde da Família (ESF) entra nesse
âmbito com o objetivo de facilitar a aproximação entre os profissionais de saúde e as pessoas,
principalmente no que se refere às vítimas. Objetivos: Analisar a repercussão da violência contra a mulher
e compreender como são instruídas pelos ACS em relação ao tema. Métodos Trata-se de uma pesquisa
descritiva de natureza qualitativa realizada junto a ACS, utilizando entrevistas. A pesquisa foi realizada no
segundo semestre de 2014 no bairro do São Francisco, localizado na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil.
Participaram onze agentes comunitários de saúde do total de catorze da Unidade Bezerra de Meneses. O
questionário era composto por doze perguntas a respeito da violência, que enquadravam nos seguintes
critérios: verbal, sexual ou física. Foram utilizadas algumas perguntas como: Durante o atendimento a uma
usuária, você suspeitou de situação de violência vivida por ela? Qual atitude você adotou? . Resultados De
acordo com o questionário aplicado aos onze agentes comunitários de saúde, oito já haviam presenciado
violência verbal durante o atendimento, entre eles, sete não interferiram por cuidados de segurança. Três
dos agentes relataram agressão física no horário da visita e dez afirmaram já ter visto sinais de hematomas
ou feridas. Todos alertaram a mulher sobre a possibilidade de denunciar. Os ACS dizem ser orientados a
respeito de como agir em situações de violência domiciliar e orientam as vítimas a denunciarem o infrator.
Eles narram que as vitimas em sua maioria negam ser violentadas e não gostam de conversar sobre o
assunto, mantendo-se em sigilo. Conclusão: Portanto, ao analisar as respostas e como os agentes de saude
agiram durante a entrevista percebeu-se dificuldade para aderir a mesma. Como a área em estudo é uma
zona de alto risco de violência tanto os agentes como as mulheres têm dificuldades para falar sobre o
assunto não se sentindo a vontade para denunciar. Por isso, é necessário dar uma maior atenção para as
vitimas tendo outros profissionais envolvidos, como psicólogos para incitar as mulheres a buscar apoio
emocional e a denunciar.
APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
P168 ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Andressa Arraes Silva; Mara Julyete Arraes Jardim; Lena Maria Barros Fonseca
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Andressa Arraes Silva
Contato: andressinha_arraes5@hotmail.com

Introdução: A assistência a ser desenvolvida pelo enfermeiro ao cliente portador de lesão crônica deve
conter um conjunto de estratégias que possibilitem a melhor escolha terapêutica, ao qual se dá o nome de
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Baseado nesse contexto, os autores implementaram o
projeto: APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS
CRÔNICAS, realizado no Pronto Socorro Municipal da cidade de Bacabal – MA, de maio a junho de 2014, o
qual tornou possível a elaboração desse relato de experiência com o objetivo de mostrar a relevância da
implantação do processo de enfermagem no tratamento das feridas crônicas. Relato de experiência: O
estudo deu-se na unidade hospitalar, onde aconteceu a apresentação da pesquisa aos enfermeiros, seguido
da assinatura dos termos de consentimento. Observou-se como era realizada a assistência, a qual não
acontece de maneira padronizada, e logo depois os profissionais responderam ao questionário sobre o
conhecimento e a importância da SAE no tratamento das feridas crônicas. Sobre sua importância, foram
unânimes em citar a organização dos trabalhos da equipe e o melhor prognóstico para o paciente. A terceira
etapa da pesquisa consistiu na apresentação de um modelo de sistematização, através de palestras sobre
sua aplicação no tratamento das lesões. Após a aplicação foi realizada uma entrevista para investigar sobre
as dificuldades e as vantagens da SAE para o trabalho do enfermeiro no atendimento a esses clientes. A
maior dificuldade relatada foi a falta de tempo devido à grande demanda de pacientes por enfermeiro.
Interrogou-se sobre as sugestões para a implementação definitiva da SAE no hospital em questão e foi citada
a conscientização por parte das equipes. Podemos observar o interesse dos entrevistados em utilizar o
processo de enfermagem nas suas rotinas de trabalho, pois prioriza as necessidades pessoais de cada
paciente, diminuindo o tempo de internação. Conclusão: A realização deste estudo permitiu-nos inferir que
os profissionais entrevistados apesar de possuírem conhecimento abrangente sobre a SAE e a importância
da sua implementação no tratamento de feridas crônicas, enfrentam grandes dificuldades que impedem de
aplicá-la em suas rotinas. Para tanto, destacamos a necessidade de mudança, para que a assistência de
enfermagem seja realizada de maneira sistematizada e com mais qualidade.

USO DE BICOS ARTIFICIAIS DURANTE AMAMENTAÇÃO EM


P169
CRIANÇAS ASSISTIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SÃO LUÍS
Autores: Suellen Guimaraes Melo Silva; Manuel Alves De Moura Sobrinho; Laise Neves Carvalho; Tassia
Lorena Barros Silva Figueiredo; Francisca Laura Ferreira De Sousa.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Suellen Guimaraes Melo Silva
Contato: suelgms@gmail.com

Introdução: As chupetas e bicos são largamente utilizados em vários países, constituindo importante hábito
cultural em nosso meio. Com isto, a estimulação para sucção do leite materno pode ficar diminuído, levando
à menor produção do leite, com consequente desmame precoce. Objetivos: Este trabalho visa descrever a
frequência do uso de bicos artificiais durante amamentação em crianças assistidas em uma unidade básica
de saúde de São Luís- MA. Métodos: Estudo descritivo, observacional de corte transversal, com 50 crianças
com idade até 2 anos, assistidas na Unidade Básica de Saúde Djalma Marques, no período de maio a julho
de 2015. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário formulado pelos próprios pesquisadores com
dados de identificação e uso de sucção artificial. Os dados formam coletados pelos alunos do programa de
educação pelo trabalho para saúde (PETSAUDE) redes da Universidade Ceuma, que foram previamente
treinados. Resultados: Quanto à duração do aleitamento materno, todas as crianças foram amamentadas,
sendo 24% somente até os 3 meses de vida, 26% entre 4 e 6 meses e metade das crianças, 50% por mais de
6 meses. Em relação ao uso concomitante de chupetas durante amamentação, das 50 crianças pesquisadas,
36% delas fazia uso contínuo e diário de chupeta. A respeito do uso de mamadeira associado à
amamentação 52% das crianças utilizavam mamadeiras durante o mesmo período em que foram
amamentadas e 48% delas nunca fizeram uso de mamadeira até o momento da pesquisa. Conclusão:
Sabendo dos efeitos deletérios desses hábitos durante o período da amamentação, tornam-se necessárias
medidas educativas às mães e à população em geral, bem como aos profissionais da saúde.

VER-SUS/MA: PERSPECTIVAS DE ESTUDANTES


P170 UNIVERSITÁRIAS SOBRE UMA VIVÊNCIA NA REALIDADE DO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Autores: Edith Monielyck Mendonça Batista; Rebecca Cruz De Moraes Rego; Marília De Fátima Neris De
Carvalho; Priscila Praseres Nunes; Cleitiene De Jesus Gomes Silva; Patrícia Felipe Machado Gazolla.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão
Apresentador(a): Edith Monielyck Mendonça Batista
Contato: mione89@bol.com.br

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e de
referência, contemplando 190 milhões de habitantes. Tem enfoque no atendimento baseado na promoção
de saúde, prevenção de doenças e na recuperação dos indivíduos desconstruindo um conceito biomédico
de adoecimento e estabelecendo o atual conceito de saúde bio-psico-social. O projeto de Vivências e
Estágios na realidade do SUS (VER-SUS) é um projeto do Ministério da Saúde que proporciona a interação
de estudantes de graduação, estimulando a formação de profissionais cada vez mais comprometidos com o
SUS. Proporcionou às acadêmicas um pouco de altruísmo, bom senso, otimismo e realismo para
compreender o mesmo. A Saúde Coletiva é um campo que abrange a equipe multidisciplinar, tendo como
ponto principal ações de saúde voltadas para os cidadãos. O objetivo desse trabalho foi relatar experiências
e vivências com uma visão holística das políticas públicas de saúde em Imperatriz – MA.. Relato de
experiência: A vivência foi perpassada por indivíduos de diferentes cursos e regiões do Brasil que
interagiram visando a discussão, a desconstrução de preconceitos e reconstrução de entendimentos que
influenciam a atuação profissional. Foram 10 primeiros dias de Agosto de atividades intensivas e de imersão
total permitindo a ampliação dos conceitos relacionados ao SUS e movimentos sociais conhecendo
diferentes comunidades. Além dos debates diários, as estudantes tiveram acesso a toda realidade da saúde
pública e privada (Hospitais de média complexidade, Maternidade, Posto de Saúde e Caps), populações
indígenas, terreiro de umbanda, assentamento do MST e um lixão. Foi uma mistura de sentimentos que,
muitas vezes eram contraditórios, mas que permitiram a sensibilização quanto a diferentes situações
vivenciadas pelos indivíduos/usuários do sistema, as dificuldades e resultados positivo. Ao longo desses dias
de vivência foi possível a realização de um trabalho interdisciplinar através do acolhimento da opinião do
outro, respeitando individualidades e proporcionando a interação de diversos estudantes. Considerações
finais: A experiência foi importante para as acadêmicas para ampliarem seus conhecimentos a respeito do
SUS e a necessidade de reorientação multiprofissional em Saúde Pública. O estágio de vivência dá um
suporte necessário para compreender na prática a diversidade de usuários do sistema, o princípio da
equidade e assim, complementando a formação universitária da graduação em saúde.

ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL NO CÂNCER DE LARINGE:


P171
RELATO DE CASO
Autores: Ingrid Roberta De Azevedo Carvalho; Elivânia De Jesus Sodré Rocha; Raidênia Barbosa De Oliveira;
Valéria Bogéa Dutra; Marcos Roberto Campos De Macêdo; Alexsandro Ferreira Dos Santos.
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Marcos Roberto Campos De Macêdo
Contato: ingriddazevedo@hotmail.com
Introdução: A laringe é um órgão em forma de pirâmide constituído por cartilagens, músculos e membranas.
Está localizada na região da garganta, entre a traqueia e a base da língua. O câncer de laringe é uma
neoformação tissular de caráter maligno, na mucosa laríngea, que invade e destrói outros tecidos. É um dos
mais frequentes a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos
que acometem esta área. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na glote e 1/3 acomete a laringe
Supraglótica. Relato de caso: J. R. M., 74 anos, sexo masculino, aposentado, foi internado com queixas de
dores, diarreia, dificuldade na alimentação e perda de peso. Foi diagnosticado com câncer de laringe. A
equipe de nutrição relatou alimentação via oral rejeitada. Foi realizado o procedimento para uma
traqueostomia, sendo observada rejeição da nutrição enteral, com queixas de dores, desconforto, astenia,
perda de peso, secreções e edema. Resultado da Avaliação Subjetiva Global: Gravemente desnutrido (ASG
C). Exame físico: pele desidratada e hipocorada, mucosas hipocorada e lisa, tecido muscular consumido
(têmporas, clavículas, ombros, escápula, quadríceps e gastrocnêmicos), edema presente no tornozelo
direito e esquerdo. O paciente fazia uso dos medicamentos ranitidina, plasil, tramal, dipirona e captropil.
Diagnóstico Nutricional: Desnutrição moderada com perda de tecido adiposo e muscular, capacidade física
e funcional diminuída. As condições clínicas apresentaram desfavoráveis representando risco nutricional,
incluin do perda de peso, ingestão calórica ou protéica menor que 75% das recomendações ou desnutrição
moderada ou grave. Conclusão: O Paciente apresentou inicialmente estado de desnutrição moderado, com
piora do quadro geral, pois o paciente se recusou em aceitar a dieta queixando-se de dor e desconforto.
Sendo assim, com o aporte calórico não alcançado, cursando para desnutrição grave. Notou-se a
necessidade de um acompanhamento nutricional persistente, seguindo com dieta Peptamen Prébio com o
intuito de prevenir a desnutrição, a perda de nitrogênio e outros nutrientes. Podendo ser através do uso de
sonda nasoenteral ou até mesmo dieta parenteral, já que o paciente recusa a primeira opção. O paciente
estava abalado, o que poderia ser uma causa da recusa alimentar via oral e ter influenciado na recuperação
do paciente. Enfim, com a piora do quadro, ocorreu o seu falecimento.

INFLUÊNCIA DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA NO


P172
DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DE 6 MESES A 2 ANOS
Autores: Ana Carolina Sá Mendonça; Eugênia Aires Pereira; Raissa Neruza Santana Alves; Laise Neves
Carvalho; Hilda Thalita Jardim Lobo.
Instituição(ões): Universidade CEUMA
Apresentador(a): Ana Carolina Sá Mendonça
Contato: carol.smendonca@hotmail.com

Introdução: O aleitamento materno é considerado uma questão de saúde pública e suas vantagens são
reconhecidas em todo o mundo. Objetivos: Verificar a influência da amamentação exclusiva no
desenvolvimento motor de crianças de 6 meses a 2 anos. Métodos: Estudo observacional, analítico com
delineamento transversal entre Abril a Junho de 2015, com 56 crianças assistidas em uma unidade básica
de saúde de São Luis- MA. Foi utilizado um questionário sóciodemografico desenvolvido pelos próprios
pesquisadores e na analise do desenvolvimento motor foi utilizado o teste Denver II, padronizado a populaçã
o brasileira por Drachler (2007). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do UNICEUMA,
com parecer nº 978.574. Na analise bivariada foi utilizado o Qui quadrado de Pearson, sendo considerado
significativo p<0,05. Resultados Entre as 56 crianças analisadas, 57,1% (32) apresentaram desenvolvimento
motor fino dentro dos padrões de normalidade (p= 0,580) e 85,7% (48) desenvolvimento motor grosso
compatível com a idade apresentada (p= 0,001). Conclusão: Diante dos resultados obtidos, podemos
concluir que a amamentação exclusiva foi relevante para o desenvolvimento motor das crianças, sendo
essencial que haja mais programas que informe as gestantes sobre a importância da amamentação,
incentivando o aleitamento materno e zelando pela saúde do bebê.
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E HÁBITOS DE VIDA
P173
DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PRIVADA EM SÃO LUIS
Autores: Bruna Lais Costa Silva Corrêa; Marcos Roberto Campos De Macêdo; Ingrid Roberta De Azevedo
Carvalho; Eliete Costa Oliveira.
Instituição(ões): Faculdade Santa Terezinha - CEST
Apresentador(a): Marcos Roberto Campos De Macêdo
Contato: brunalaiscorrea@outlook.com

Introdução: A adolescência é uma etapa evolutiva que, de acordo com a OMS compreende a idade de 10 a
19 anos, na qual se caracteriza profundas transformações que são decisivas na vida adulta, onde hábitos de
vida e estado nutricional influenciam para uma vida saudável no futuro, visando a prevenção de doenças e
bem estar. Essa fase é demandada por um aumento das necessidades nutricionais tal como a habilidade do
indivíduo em satisfazer estas necessidades. O estado nutricional e os hábitos de vida estão diretamente
ligados à prevalência de diversas doenças, sendo fatores significativos para o seu desenvolvimento.
Objetivos: Associar estado nutricional e hábitos de vida de adolescentes de uma escola privada em São Luis
- Maranhão. Métodos: A pesquisa foi realizada no dia 23 de setembro de 2014. Para a coleta de dados foi
utilizado um questionário adaptado de Monticelli (2010) e Santos (2012) contendo sete questões sobre
alimentação e hábitos de vida, além de medidas antropométricas de peso, altura e circunferência da cintura,
a alimentação foi avaliada conforme a pirâmide da sociedade brasileira de pediatria 2012. Para verificação
do diagnóstico nutricional foi utilizado o índice de massa corporal para a idade (IMC/I) e pontos de corte dos
valores da circunferência da cintura(CC. Resultados: As principais refeições realizadas foram, o café da
manhã, almoço e o jantar entre as meninas respectivamente com, 42%, 50% e 50,3%. A maioria dos
adolescentes consomem doces e refrigerante em grande quantidade. O consumo de frutas, legumes e
verduras é em grande maioria menor que o recomendado pela pirâmide alimentar. Na classificação do IMC
a maioria são eutróficos 69,6% e na CC mais da metade são adequados 85,7%. A maioria dos adolescentes
são ativo com 84,8%, e 25,2% são sedentários. Conclusão: Constatouse que o consumo inadequado de
refrigerantes entre os adolescentes tem relação com o seu estado nutricional. Observou-se que
adolescentes eutróficos são mais ativos, praticam atividades físicas mais vezes e gastam menos tempo
assistindo à televisão, jogando videogames e usando o computador do que as crianças com excesso de peso.
Os dados evidenciam a importância em promover mudanças no estilo de vida com a adoção de hábitos
saudáveis, desde a infância, e a sua manutenção por toda a vida. Adolescentes ativos favorecem uma
população adulta também ativa e saudável contribuindo, consequentemente, para a redução da incidência
de morbidade e mortalidade na idade adulta.

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