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O álcool gel deve ser usado fazendo-se fricção por todas 10.

10. O PS deve retirar anéis, pulseiras e relógio durante 2. Paciente-fonte HIV positivo: Está indicado o início da
superfícies das mãos, como na correta técnica da a assistência ao paciente, pois a presença de adornos quimioprofilaxia antiretroviral logo que possível (o

lavagem das mãos (figura abaixo). As mãos devem estar impede a correta limpeza das mãos e também podem esquema será orientado pela DIP).

limpas para a aplicação do álcool gel. carrear patógenos entre os pacientes.

3. Paciente-fonte HBsAg positivo: Profissional vacinado

O que fazer em caso de exposição? e imune ⇒ nada a fazer. Paciente fonte HBsAg (+) e

1. Exposição percutânea (agulhas, lâminas, etc): profissional de saúde não imune para hepatite B ⇒

1. Lavar a lesão imediatamente com água e sabão. O aplicar HBIG imunoglobulina humana hiperimune em 48h

uso de antisséptico a base de álcool, hipoclorito ou (prazo máximo de 7 dias) e vacinar em 7 dias.

outra substância irritante está contra-indicado. Solução Profissional de saúde vacinado e com anti-HBs pós-

FIGURA 2: Técnica da higienização das mãos. detergente de povidine ou clorexidina pode ser usada. vacinação desconhecido ⇒ deve primeiramente dosar o

5. Usar equipamento de proteção individual (EPI) Não aumentar o trauma local através de expressão nível sanguíneo de anti-HBs para definir a conduta.

complementar em toda situação de risco de exposição de enérgica da lesão. O risco de transmissão do vírus da hepatite B (HBV)

mucosas: óculos e máscara. 2. Exposição da mucosa oral, nasal ou ocular: é o mais elevado após exposição pelo profissional de
6. Todo profissional de saúde (PS) deve estar vacinado Lavar imediatamente a mucosa afetada com água ou saúde, de 6 a 30%, podendo alcançar até 60% ou mais

para hepatite B. Não existe vacina para hepatite C, nem solução salina abundantemente. quando o paciente fonte é HBeAg positivo (que indica
profilaxia eficaz após exposição ao vírus C. intensa replicação viral e elevada carga viral).

7. Não reencapar agulhas ou desconectá-las da seringa Conduta subseqüente à exposição: 1. A vacina para hepatite B é a forma mais segura e
após o uso. Desprezar agulhas, seringas, lâminas e 1. Paciente fonte com sorologia desconhecida: eficaz de se prevenir à infecção pelo HBV. A eficácia

ampolas diretamente no recipiente específico, mesmo ⇒ É necessário solicitar autorização do paciente ou da vacina após a terceira dose (0, 1 e 6 meses) é de
que não tenham sido contaminados com material responsável para a coleta de sangue para a realização do cerca de 95% .

orgânico (p.ex. para o preparo de medicação injetável). teste rápido para HIV. 2. Um a dois meses após a última dose da vacina
Utilizar material de apoio (bandejas, cuba rim) para o 1. Coletar 2 amostras de sangue do paciente-fonte recomenda-se dosar o nível sanguíneo de anticorpos

transporte do pérfuro-cortante até o local de descarte. em tubo com gel (tijolo) para as sorologias. anti-HBs: níveis superiores a 10 UI/ml (para alguns
8. O ideal é descartar o material pérfuro-cortante Identificar com nome e número do prontuário do especialistas >100 UI/ml) confirmam imunidade

imediatamente após o uso, deixando o recipiente paciente-fonte; duradoura, não sendo necessária dose de reforço da

específico para descarte final em local próximo e seguro. 2. Contatar o SESSAT para orientação, realização dos vacina para o adulto imunocompetente, mesmo após
9. Durante o procedimento invasivo, quando o paciente testes rápidos para HIV e HBsAg e definição das nova exposição ao vírus B. Portanto, é fundamental

não puder cooperar, solicitar ajuda ou imobilizá-lo. profilaxias. documentar a soroconversão vacinal.
3. Profissional de saúde com dois esquemas completos Taxa de risco de infecção após exposição RECOMENDAÇÕES DE BIOSSEGURANÇA E
de vacinação para HBV e não imune (anti-HBs negativo ocupacional a sangue ou outro material PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PARA O
ou menor que 10 UI/ml dosado logo após o esquema biológico com sangue: PROFISSIONAL DE SAÚDE
de vacinação) tem indicação de duas doses de
CCIH - HUCFF - UFRJ
• Hepatite B: 6 a 30%
Biossegurança é um tema vital para o
imunoglobulina sem nova revacinação após a (risco de 6 a 30 infecções em 100 exposições). profissional de saúde.
exposição. A segunda dose de HBIG deve ser feita 4 • HIV: 0,1 a 0,5% 1. O uso de luvas é necessário em toda situação
semanas após a primeira. (risco de 1 a 5 infecções em 1000 exposições). que possa ocorrer exposição a sangue ou outro

• Hepatite C: menor que 2% material biológico.


- Paciente-fonte HCV positivo: não há profilaxia pós- (risco de 2 infecções em 100 exposições). 2. Retirar as luvas logo após o uso. Não circular ou
exposição eficaz. tocar superfícies como portas, almotolias,

Outros fluidos com risco de transmissão: esparadrapo, etc com as luvas. Se as luvas
Acidentes atendidos no HUCFF • Hepatite B: sêmen, secreção vaginal e saliva. estiverem sujas, retire-as imediatamente.
A maioria das exposições ocupacionais no HUCFF ocorre • HIV: sêmen, secreção vaginal, liquor, leite
durante as atividades exercidas: punções venosas, materno.
glicemia capilar e procedimentos cirúrgicos. • Hepatite C: basicamente apenas fluidos com
O acidente mais comum após a atividade ainda é o sangue.
reencapamento de agulhas. FIGURA 1- Equipamento de proteção individual
(EPI): óculos, máscara, gorro, luvas e capote.
Fluidos sem risco de transmissão:
Locais para vacinação para hepatite B: Centros • Hepatite B: suor, fezes, urina, escarro.
Municipais de Saúde. 3. Lave as mãos logo após a retirada das luvas,
• HIV: suor, fezes, urina, escarro, saliva.
Em caso de exposição ocupacional comunicar pois, após seu uso, 10% ou mais das luvas podem
• Hepatite C: suor, fezes, urina, escarro e saliva.
imediatamente: estar perfuradas além de poder ocorrer
a a contaminação das mãos durante a retirada das
- SESSAT: de 2 a 6 feira, das 7:00h às 16:00h – 10º

andar – 10F (ramal 2346). luvas.


Atualizado em 2011/2012
- Após este horário e outros dias: contactar 4. O álcool gel é outro método seguro de

infectologista de plantão da DIP (5D – ramais 2562 e higienização das mãos, desde que estas não
CCIH responde:
2590). estejam visivelmente sujas. Ele deve ser usado
ccih@hucff.ufrj.br
O fundamental é prevenir! antes e após a manipulação do paciente e após
tocar superfícies potencialmente contaminadas.

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