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Materiais de

Construção Mecânica

PROFs. Daniele Maria Bruno Falcone Oian


Marcos César Ruy

IFSP – Campus Piracicaba


POLÍMEROS
(a) Representação esquemática do arranjo
das cadeias moleculares para uma
região cristalina do polietileno. As
esferas pretas e cinzas representam,
respectivamente, os átomos de
carbono e hidrogênio;

(b) Diagrama esquemático de um cristalito


com cadeias poliméricas dobradas –
uma região cristalina em forma de
lâmina na qual as cadeias moleculares
(linhas/curvas vermelhas) se dobram
repetidamente sobre elas mesmas;
essas dobras ocorrem nas faces do
cristalito.
(c) Estrutura de uma esferulita encontrada
em alguns polímeros semicristalinos
(esquemático). Os cristalitos com cadeias
dobradas irradiam para fora a partir de um
centro comum. Regiões de material amorfo
separam e conectam esses cristalitos;
nessas regiões as cadeias moleculares
(curvas vermelhas) assumem
configurações desalinhadas e
desordenadas.
d) Micrografia eletrônica de transmissão
mostrando a estrutura esferulítica.
Cristalitos lamelares com cadeia dobrada
(linhas brancas), com aproximadamente
10 nm de espessura, estendem-se em
direções radiais a partir do centro.
Ampliação de 12.000x.

(e) Uma sacola em polietileno contendo


algumas frutas.
Materiais Poliméricos
• Exemplos de polímeros são: o polietileno, dos sacos de plástico
das compras e dos brinquedos; o policarbonato, dos CD; o
poliestireno, dos copos que mantêm as bebidas frias ou quentes;
o polipropileno, das películas para embrulhar os alimentos, o
Teflon, dos revestimentos antiaderentes das frigideiras; o
poliéster, das roupas; o nylon, das roupas, das cordas e dos
tapetes; o Kevlar, das canoas e dos coletes à prova de bala.
Materiais Poliméricos
• Assim, os polímeros podem ser divididos em dois grupos principais:
os polímeros naturais e os polímeros sintéticos:

• Polímeros naturais: são exemplos...

 a borracha (látex – poli-isopreno formado por monômeros do


isopreno, retirado da seringueira);

 os polissacarídeos (tais como a celulose (encontrada no algodão));

 o amido (encontrado em vegetais e na forma de grãos das


sementes e de raízes de várias plantas, como: batata, trigo, arroz,
milho e mandioca);

 o glicogênio (encontrado em praticamente todas as células dos


mamíferos, principalmente no fígado e nos músculos);

 as proteínas, como a queratina presente nos cabelos, a caseína do


leite e a fibroína presente no fio de seda da teia das aranhas.
Materiais Poliméricos
Materiais Poliméricos
• Polímeros artificiais ou sintéticos: O primeiro polímero sintético
de interesse comercial foi o nitrato de celulose, conhecido como
celuloide. Quando o valor do marfim das presas dos elefantes que
era usado para produzir bolas de bilhar ficou muito elevado, uma
fábrica norte-americana prometeu um bom prêmio para quem
descobrisse um substituto para o marfim.
Materiais Poliméricos
• Assim, em 1870, John Wesley Hyatt descobriu o celuloide que
passou a ser usado não só para se produzir bolas de bilhar, mas
também próteses dentárias, filmes fotográficos e colarinhos de
camisas.
Materiais Poliméricos
• Um sinônimo comum para polímeros é plásticos, um nome
derivado da deformabilidade associada a fabricação da maioria
dos produtos poliméricos (Enquanto as cerâmicas e vidros são
inorgânicos, os polímeros são orgânicos);

• Muitos materiais orgânicos são hidrocarbonetos  compostos


por hidrogênio e carbono;

• Polímeros são macromoléculas formadas a partir de unidades


estruturais menores (monômeros). Os monômeros são moléculas
de baixa massa molecular os quais, a partir das reações de
polimerização, vêm a gerar uma macromolécula polimérica. As
unidades repetitivas, chamadas de mero, provem da estrutura
do monômero;
Estruturas Poliméricas

 De acordo com SMITH, etimologicamente, a palavra


polímero significa “muitas partes”.

 Um material polimérico pode ser considerado como


constituído por muitas partes, ou unidades, ligadas
quimicamente entre si, através de ligações covalentes,
de modo a formar um sólido.

 Os plásticos constituem um grupo muito vasto e variado


de materiais sintéticos, que são processados de modo a
adquirirem uma determinada forma.
Estruturas Poliméricas

 Dependendo do modo como estão ligados quimicamente


e estruturalmente, os plásticos podem ser divididos em
duas classes:

 termoplásticos ou;
 termoendurecíveis.

 Os elastômeros ou borrachas podem sofrer grandes


deformações elásticas, quando se lhes aplica uma força e
voltam à forma inicial (ou quase) ao ser retirada essa
força.
Estruturas Poliméricas
Moléculas dos Polímeros

 As moléculas dos polímeros são gigantescas.

 Por isto, os polímeros são referidos como materiais com


macromoléculas.

 Dentro das moléculas, os átomos estão ligados entre si por


ligações interatômicas covalentes.

 Para maioria dos polímeros, essas cadeias se encontram na


forma de cadeias longas e flexíveis, cujo esqueleto principal
consiste em uma série de átomos de carbono.
Principais termos

•Polímeros (poli=muitos ; mero=parte )

- São materiais orgânicos (ou eventualmente


inorgânicos);

- Elevada massa molecular - 104 – 107 g/mol;

- Origem natural ou sintética;

- Formados pela repetição de pequenas unidades


químicas.
Principais termos

• Meros
- Unidade de repetição da cadeia polimérica.

• Monômeros
- São moléculas simples que dão origem ao polímero, ou seja,
a matéria-prima para a produção de um polímero;

- A principal fonte de monômeros é o petróleo;

- Deve apresentar funcionalidade (número de pontos reativos)


de no mínimo 2 (bifuncional).

• Polimerização

- É o conjunto de reações químicas que provocam a união de


pequenas moléculas por ligação covalente, com a formação de
um polímero;
Principais termos
Exemplo

Polietileno: plástico utilizado para confecção de sacolas de


supermercado.
Principais termos

• Grau de polimerização ( GP)

- Número de unidades de repetição da cadeia.


Representado na fórmula geral do polímero como n;

- Normalmente acima de 750.

- Para muitos polímeros, o ponto de fusão e a rigidez


aumentam com o grau de polimerização e com a
complexidade da estrutura molecular;
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros

 Quando uma molécula de etileno C2H4 é submetida


cataliticamente à condições apropriadas de temperatura
e pressão, poderá formar uma molécula de Polietileno
(sólido).

 A reação ocorre a partir de um iniciador ou catalisador


(R·) que rompe a ligação dupla (forma-se então um
mero ativo) e abre um ponto de ligação para outro
monômero.
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
• A cadeia polimérica forma-se pela adição sequencial de
unidades monoméricas a essa cadeia molecular ativa, em
crescimento;

• O sítio ativo, ou elétron não emparelhado (representado por·),


é transferido para cada monômero terminal sucessivo
conforme esse monômero se liga à cadeia. Isso pode ser
representado esquematicamente da seguinte maneira:
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
• Após a adição de muitas unidades monoméricas de etileno 
molécula de polietileno que pode ser representada como:

• n  número de vezes que ela se repete;


Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros

Para o polietileno, (a) uma representação esquemática da unidade


repetida e das estruturas da cadeia, e (b) uma perspectiva da
molécula, indicando a estrutura em zigue-zague da cadeia.

Entretanto, esta representação (a) não está estritamente correta,


pois o ângulo de ligação entre os átomos de C ligados através
de ligações simples não é de 180o, mas é próximo de 109o (b).
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
• Também são possíveis estruturas poliméricas com
outros grupos químicos;
• Exemplo, o monômero tetrafluoroetileno, CF2=CF2,
pode polimerizar para formar o politetrafluoroetileno
(PTFE) da seguinte maneira:

• O politetrafluoroetileno (que possui o nome comercial


Teflon) pertence a uma família de polímeros chamada de
fluorocarbonos.
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
• O monômero cloreto de vinila (CH2=CHCl) é uma ligeira
variação daquele do etileno (um dos quatro átomos de H
é substituído por um átomo de Cl);

• Sua polimerização é representada como:

e leva ao cloreto de polivinila (PVC), outro polímero comum.


Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
Uma Listagem de Estruturas de Meros para 10 dos Materiais
Poliméricos Mais comuns
Estruturas Poliméricas
A Química das Moléculas dos Polímeros
Uma Listagem de Estruturas de Meros para 10 dos Materiais
Poliméricos Mais comuns
Polímero Unidade que repete
Nomenclatura dos polímeros

• Com base no monômero:

Utiliza-se o prefixo “poli” no nome do polímero.

Exemplos: polietileno, polipropileno, poli (cloreto de vinila),


poli (metacrilato de metila)

• Com base em marcas registradas ou consagradas

Exemplos:

Teflon – poli(tetrafluoretileno)
Nylon – poliamidas
Nomenclatura dos polímeros
• O uso de siglas para representar ou substituir a
nomenclatura de polímeros é muito frequente.

PP- polypropylene - polipropileno

PVC- poly(vinyl chloride) – poli (cloreto de vinila)

PET – poly(ethylene terephtalate) – poli(tereftalato de


etileno)
Estruturas Poliméricas
Massa Molecular
• É uma das principais características responsáveis pelas
propriedades dos polímeros.

• Nos polímeros com cadeias muito longas  massas


molares extremamente elevadas;

• Definida na etapa de síntese do polímero;

• Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias


dos polímeros crescem até um mesmo comprimento 
resulta em uma distribuição de comprimentos de cadeias ou
de massas molares;
Estruturas Poliméricas
Massa Molecular

• Os polímeros não são homogêneos; contem mistura de


moléculas, de massas variadas;

•Consequências:

• Massas moleculares médias

• Distribuição de massas moleculares

• Polidispersão (polidispersividade)
Estruturas Poliméricas
Massa Molecular
 O peso molecular pode ser definido
através de diversas maneiras.

 Mn - Massa molecular numérica


média: é obtida pela
classificação das cadeias em
uma série de faixas de
tamanhos, seguida pela
determinação da fração das
cadeias que se encontram dentro
de cada faixa de tamanho. Ele é
expresso como:

Distribuições hipotéticas do tamanho


das moléculas de um polímero com
base nas frações do número de
moléculas.
Estruturas Poliméricas
Massa Molecular
 O peso molecular pode ser definido
através de diversas maneiras.

 Mp - Massa molecular ponderal


média: se baseia na fração em
peso das moléculas que se
encontram dentro das várias
faixas de tamanho. Ele é
calculado de acordo com a
relação:

Distribuições hipotéticas do tamanho


das moléculas de um polímero com
base nas frações do peso das
moléculas.
Massa molecular média
• Forma alternativa de
expressar o tamanho
médio da cadeia de um
polímero  grau de
polimerização (GP) 
que representa o
número médio de
unidades repetidas em
uma cadeia. GP está
relacionado à massa
molar numérica média
Mn pela equação:
Distribuição de massas molares
para um polímero típico

• m  massa molar da
unidade repetida
Estruturas Poliméricas
Distribuição de massa molecular e polidispersão (d)
• Ocorre devido à já mencionada variação nos tamanhos das
cadeias dos polímeros. É definida na etapa de obtenção do
polímero;

• Polidispersão é definida através de Mp/Mn;

• Quanto maior o valor da polidispersão, mais larga é a


distribuição de massa molecular do polímero. Polímeros
comerciais possuem valores próximos a 2;

• Tipo de distribuição influencia as características mecânicas


e de processamento dos plásticos.
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Influência da massa molecular nas
propriedades térmicas e no processamento
• Várias características dos polímeros são afetadas pela magnitude
do peso molecular:

• Temperatura de fusão ou de amolecimento:

• Aumento da massa molecular  aumento no ponto de fusão


(para valores de M de até aproximadamente 100.000 g/mol);

• Aqueles com pesos moleculares de aproximadamente 1000


g/mol são sólidos pastosos (tais como a cera parafínica) e
resinas moles.

• Os polímeros sólidos (ou polímeros de alto peso molecular)


possuem normalmente pesos moleculares que variam entre
10.000 e vários milhões de g/mol.
Influência da massa molecular nas
propriedades térmicas e no processamento
• Moléculas muito “emaranhadas” - elevada energia para
permitir o deslizamento das moléculas. Elevado ponto de
fusão;

• Favorece a utilização em temperaturas elevadas MAS


dificulta o processamento;
Influência da massa molecular nas
propriedades mecânicas
• À medida que a massa molecular aumenta verifica-se, até
determinados valores, uma melhoria de propriedades
mecânicas e térmicas. Ex.: Resistência à tração; Resistência
ao impacto;

• Consequência dos entrelaçamentos ou “entanglements”

• Massa molecular ideal – balanço entre propriedades


térmicas e mecânicas;
Influência da massa molecular sobre a
resistência à tração

Mano, E. B.
Estruturas Poliméricas
Forma molecular
• Até o momento  moléculas dos polímeros foram mostradas como
cadeias lineares, desprezando-se o arranjo em zigue-zague dos
átomos da cadeia principal;

• As ligações simples na cadeia são capazes de sofrer rotações e


flexões em três dimensões;

(a) O átomo mais à direita pode ficar em qualquer lugar dentro do


círculo tracejado e ainda manter um ângulo de 109º com a ligação
entre os outros 2 átomos;
Segmentos retos e torcidos são gerados quando os átomos da
espinha dorsal estão situados como em (b) e (c), respectivamente.
Estruturas Poliméricas
Forma molecular

• Um segmento de cadeia retilíneo resulta quando os átomos


sucessivos na cadeia estão posicionados como mostrado em b;

• Por outro lado, são possíveis flexão e rotação quando ocorre


uma rotação dos átomos da cadeia para outras posições, como
está ilustrado na Figura c.

• Para alguns polímeros, a rotação dos átomos de C da cadeia


principal dentro do cone de revolução pode ser impedida ou
dificultada pela presença de elementos volumosos de grupos
laterais em cadeias vizinhas.
Estruturas Poliméricas
Forma molecular
• Portanto, uma molécula composta por uma única cadeia
contendo muitos átomos pode assumir forma semelhante àquela
que está representada na Figura abaixo  contendo grande
quantidade de dobras, torções e contorções;

• Está indicada nessa figura a distância de uma extremidade à


outra da cadeia polimérica, r; essa distância é muito menor que o
comprimento total da cadeia.

Representação esquemática de uma


única cadeia de molécula polimérica,
com numerosas contorções e dobras
aleatórias, produzidas por rotações das
ligações entre os átomos na cadeia.
Estruturas Poliméricas
Forma molecular
• Polímeros  consistem em grandes
números de cadeias moleculares, cada
uma das quais pode dobrar, enrolar e
contorcer;

• Esses espirais e embaraços


moleculares aleatórios 
responsáveis por uma grande
quantidade de características
importantes dos polímeros, como as
grandes extensões elásticas exibidas
pelas borrachas;
Estruturas Poliméricas
Forma molecular
• Algumas das características mecânicas e térmicas dos polímeros
são uma função da habilidade dos segmentos da cadeia em sofrer
rotação em resposta a tensões aplicadas ou a vibrações térmicas;

• A flexibilidade rotacional depende da estrutura e da formulação


química da unidade repetida;

• Por exemplo, a região de um segmento de cadeia que tem uma


ligação dupla (C=C) é rígida para rotações;

•Além disso, a introdução de um grupo lateral de átomos grande ou


volumoso restringe o movimento de rotação;
Por exemplo, as moléculas
de poliestireno, que
apresentam um grupo lateral
fenil, são mais resistentes ao
movimento de rotação que as
cadeias de polietileno.
Estruturas poliméricas/Estrutura
molecular
As características físicas de um polímero dependem não apenas de sua
massa molar e de sua forma, mas também de diferenças nas estruturas das
cadeias moleculares;

Ramificada
Linear

Ligação cruzada
Em rede

Os círculos representam unidades repetidas individuais.


Estrutura Molecular
Polímeros Lineares
 Polímeros Lineares são aqueles em que as unidades mero se
juntam ponta a ponta, em cadeias únicas.

 Essas longas cadeias são flexíveis, e apresentam a seguinte


forma.

 Nos polímeros lineares, podem existir grandes quantidades de


ligações de van der Waals entre as cadeias.

 Exemplos são o polietileno, o cloreto de polivinila, o poliestireno,


o polimetil metacrilato, o náilon e os fluorocarbonos.
Estrutura polimérica
Estrutura molecular
Estrutura Molecular
Polímeros Ramificados
 Podem ser sintetizados polímeros onde as cadeias de
ramificações laterais encontram-se conectadas às cadeias
principais – Polímeros Ramificados.

 As ramificações resultam de reações paralelas que ocorrem


durante a síntese do polímero.
Estrutura Molecular
Polímeros Ramificados

 A eficiência de compactação da cadeia é reduzida com a


formação de ramificações laterais, o que resulta em uma
diminuição da densidade do polímero.

 Aqueles polímeros que formam estruturas lineares também


podem ser ramificados.
Estrutura polimérica
Estrutura molecular
Estrutura Molecular
Polímeros com Ligações Cruzadas

 As cadeias lineares adjacentes estão unidas umas às


outras em várias posições através de ligações covalentes.

 O processo de formação de ligações cruzadas é atingido ou


durante a síntese do polímero ou através de uma reação
química não-reversível que é realizada geralmente a uma
temperatura elevada.
Estrutura Molecular
Polímeros com Ligações Cruzadas

 Com frequência, essa formação de ligações cruzadas é obtida


através de átomos ou moléculas aditivos que estão ligados
covalentemente às cadeias.

 Muitos dos materiais elásticos com características de borracha


apresentam ligações cruzadas;

 Nas borrachas, isso é conhecido por vulcanização.


Estrutura Molecular
Polímeros em Rede
 Unidades mero trifuncionais, as quais possuem três
ligações covalentes ativas, formam redes tridimensionais
chamadas de polímeros em rede.

 Na verdade, um polímero que possua


muitas ligações cruzadas pode ser
considerado como sendo um polímero
em rede.

 Possuem propriedades mecânicas e térmicas distintas; os


materiais epóxi e à base de fenol-formaldeído pertencem a
esse grupo.
Estrutura polimérica
Estrutura molecular
Estruturas Poliméricas
Estruturas poliméricas
Quanto ao comportamento na fusão
(fusibilidade e/ou solubilidade)
• Termoplásticos

• Termorrígidos
Estruturas poliméricas

Termoplásticos
• São plásticos capazes de ser repetidamente amolecidos
pela ação da temperatura e endurecidos pela diminuição da
mesma;

• Esta alteração reversível pode provocar alguma degradação


no termoplástico para um número elevado de ciclos de
aquecimento e resfriamento;
Estruturas poliméricas

Termoplásticos
• São solúveis, fusíveis e recicláveis;

• São polímeros de cadeias lineares ou ramificadas;

• Exemplos: Poliestireno (PS) , Poli(cloreto de vinila) PVC ,


polietileno (PE), poli(etileno tereftalato).
Estruturas poliméricas
Termorrígidos (termofixos, termoestáveis)
• São materiais plásticos que, com o
aquecimento amolecem uma vez, sofrem o
processo de cura (transformação química
irreversível), tornando-se rígidos;

• Após a cura são sólidos infusíveis e insolúveis;

• Estruturalmente os termofixos apresentam


ligações cruzadas entre as macromoléculas;

• Durante os tratamentos térmicos, essas


ligações prendem as cadeias umas às outras
para resistir aos movimentos de vibração e de
rotação da cadeia em temperaturas elevadas;

• Dessa forma, os materiais não amolecem


quando são aquecidos;
Estruturas poliméricas

Termorrígidos (termofixos, termoestáveis)


• A densidade de ligações cruzadas é geralmente elevada, tal
que entre 10% e 50% das unidades repetidas na cadeia têm
ligações cruzadas;

• Apenas um aquecimento até temperaturas excessivas


causará o rompimento dessas ligações cruzadas e a
degradação do polímero;

• Os polímeros termofixos são, em geral, mais duros e mais


resistentes que os termoplásticos, e possuem melhor
estabilidade dimensional;

• Exemplos: poliéster insaturado reforçado com fibra de vidro


(PIRFV), resina fenólica, resina epóxi.
Estruturas poliméricas

Quanto ao número de monômeros

• Homopolímeros

• Copolímeros

• Terpolímeros
Estruturas poliméricas

Homopolímeros
• Polímeros formados a partir de um único monômero (ou cuja
cadeia principal é formada por um único mero). Ex.: PS, PE

• Industrialmente ainda são considerados homopolímeros


aqueles que contém outro comonômero em quantidades
inferiores a 5%.
Estruturas poliméricas

Homopolímeros
Estruturas Poliméricas
Copolímeros

 Como resultado de trabalhos de desenvolvimento visando


otimizar as propriedades de polímeros obtidos pela
repetição de unidades básicas iguais (homopolímeros),
surgem os Copolímeros.

 Polímeros cuja cadeia principal é formada por dois meros


diferentes. Ex.: SBR (borracha sintética de estireno-
butadieno);

 Diversos arranjos poderão surgir em função do processo


de polimerização e das frações relativas das unidades
mero dos dois polímeros;
Estruturas poliméricas

Copolímeros
• Podem ser classificados em:

- Copolímero em bloco

- Copolímero alternado

- Copolímero graftizado ou enxertado

- Copolímero randômico (ou aleatório ou estatístico)


Estruturas Poliméricas
Copolímeros

 Copolímero Aleatório: unidades mero dispersas ao


longo da cadeia.
Estruturas poliméricas

Copolímero randômico
Estruturas Poliméricas
Copolímeros

 Copolímero Alternado: unidades mero alternam suas


posições na cadeia.
Estruturas poliméricas

Copolímero alternado
Estruturas Poliméricas
Copolímeros

 Copolímero em Bloco: meros idênticos ficam


aglomerados em blocos ao longo da cadeia.
Estruturas poliméricas

Copolímero em bloco
Estruturas Poliméricas
Copolímeros

 Copolímero por Enxerto: as ramificações laterais de


homopolímeros de um determinado tipo podem ser
enxertadas em cadeias principais de homopolímeros
compostos por um tipo diferente de mero.
Estruturas poliméricas
Copolímeros

Representações
esquemáticas dos
copolímeros (a)
aleatório, (b)
alternado, (c) em
bloco, e (d)
enxertado. Os dois
tipos de unidades
repetidas diferentes
são designados por
círculos azuis e
vermelhos.
Estruturas poliméricas
Terpolímeros
• Polímeros onde a cadeia principal é formada por três
meros diferentes;

• Na indústria, terpolímeros são geralmente referenciados


como copolímeros;

• As borrachas sintéticas são frequentemente


copolímeros.

• A borracha estireno-butadieno (SBR – Styrene-


Butadiene Rubber) é um copolímero aleatório comum, a
partir do qual são feitos os pneus de automóveis.
Estruturas Poliméricas
Terpolímeros

 A borracha nitrílica (NBR – Nitrile Rubber) é um outro


copolímero aleatório, composto por acrilonitrila e butadieno.

 Ele também é muito elástico e, além do mais,

 mais resistente a um processo de inchação frente a


solventes orgânicos;

 por isso, as mangueiras de gasolina são feitas em NBR.

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