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Livro Digital - PEIM
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Dra. Thuanny Farina
@drathuannyfarina
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Sumário
1 - Introdução ..................................................................................................................................... 4
2 – Anatomia do Sistema Cardiovascular ......................................................................................... 5
3 – Sistema Cardiovascular e Microvasos......................................................................................... 6
4 – Fisiopatologia dos Microvasos .................................................................................................... 7
5. Procedimento Estético Injetável para Microvasos ...................................................................... 9
6 – Métodos de Anestesia ................................................................................................................ 12
7 – Avaliação Clínica ......................................................................................................................... 14
8 – Complicações e Recomendações ............................................................................................... 16
9 – Contraindicações ........................................................................................................................ 17
10 – Terapias Associadas e Tratamento das Intercorrências ....................................................... 17
11 – Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 19
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1 - Introdução
As varizes constituem uma das doenças mais antigas de que se tem relato e,
atualmente, estão presentes, em média, em torno de 30 a 40% da população brasileira. Alguns
fatores de riscos são considerados, tais como ocupação, gravidez, dieta, obesidade,
hereditariedade e etnia, sendo as mulheres as mais afetadas, numa razão de 4 mulheres para
1 homem afetado. Acredita-se que 70% das mulheres com idade acima de 40 anos
apresentem veias varicosas.
Existem dois tipos de varizes:
- Primárias: que aparecem influenciadas pela tendência hereditária, são as responsáveis
pelas antiestéticas linhas vermelhas e azuis, de diversos tamanhos, que aparecem
especialmente nas pernas das mulheres e também pelas varizes de maior calibre, que são as
mais frequentes.
- Secundárias: que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida, sendo de
tratamento mais difícil, são causadasdopor
Cassandra uma
Carmo Diasdoença
de Limapré-existente, como fístulas
arteriovenosas (congênitas ou sandralima1922@outlook.com
adquiridas), traumas, angiodisplasias, síndrome pós-flebítica,
compressões extrínsecas, entre outras.
Existe uma tendência hereditária para as pessoas apresentarem varizes e também
alguns fatores podem desencadear o aparecimento ou a piora do quadro de varizes. Um dos
principais é a gravidez. Outro muito importante é o uso de anticoncepcionais. Ficar muito
tempo na posição em pé ou sentada também provoca varizes. Portanto, pessoas que ficam em
pé paradas, ou sentadas durante muito tempo, usam anticoncepcional ou tem várias gestações
e que apresentam a tendência hereditária, têm uma forte possibilidade de desenvolver o
problema.
A questão hereditária favorecendo as varizes atinge homens e mulheres igualmente,
mas existe uma proporção muito maior de mulheres com varizes do que homens, por causa
do efeito do hormônio feminino em agravar o problema.
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2 – Anatomia do Sistema Cardiovascular
As principais teorias sobre etiologia das varizes primárias ou essenciais dos membros
inferiores estão relacionadas com alterações na parede da veia, com modificação na estrutura
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do colágeno e/ou elastina, aumentando a presença de material elástico com o espessamento
do vaso, incompetência valvar localizada ou segmentar e presença de fístulas arteriovenosas
no nível da microcirculação. As varizes secundárias estão relacionadas com a síndrome pós-
flebítica, gravidez, fístulas arteriovenosas traumáticas, angiodisplasias e compressões
extrínsecas.
Quem dilata primeiro é que recebe maior volume de sangue no sentido errado (de cima
para baixo e de dentro para fora, o inverso do normal, de baixo para cima e de fora para
dentro), ou onde o sangue fica mais represado. A veia da pele gera o microvasinho.
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Quando se dilatam as microveias, aparecem as microvarizes e quando se dilatam as
veias superficiais maiores levam ao aparecimento das varizes. Se o refluxo (caminho inverso
do sangue) ou o acúmulo de sangue atinge só uma parte das veias, só estas se dilatarão, se
atinge todas, todas dilatarão. Se o refluxo ocorre só na pele, teremos os vasinhos, então para
tratar, basta cuidar destes pequenos vasos. Mas se uma veia provoca refluxo para a pele, esta
cria os microvasinhos para acomodar o sangue.
O defeito nas veias das pessoas que têm varizes está nas válvulas e nas paredes das
veias. Existem dois tipos de veias nos membros inferiores, as veias superficiais que ficam sob
a pele, na camada de gordura e que podem ser visíveis e existem as veias profundas que ficam
no meio da musculatura da perna e não são visíveis, e existem ainda as veias comunicantes,
que ligam as veias superficiais e profundas. As válvulas orientam o sangue nas veias dos
membros, sempre da veia superficial para a profunda, através da veia comunicante, e
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impedem que o sangue faça o caminho errado, descendo pelas veias, quando a pessoa está de
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pé ou sentada.
As artérias levam o sangue do coração para todo o corpo. O sangue então, depois de
oxigenar e alimentar as células retorna para o coração através das veias. Quando a pessoa está
em pé ou sentada, o sangue vai para o pé com facilidade, porque o coração impulsiona e, além
disso, para baixo é mais fácil. Quando se está em pé parado ou sentado, existe mesmo uma
certa dificuldade para o sangue voltar para o coração. Nas pessoas em que as veias têm
válvulas e paredes normais o sangue aguarda a oportunidade de voltar, sem causar nenhuma
alteração. Nas pessoas em que as válvulas estão doentes acontece, então, uma inversão no
caminho do sangue, que passa a ir de cima para baixo e da veia profunda para a superficial.
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Este fato provoca um aumento do volume sanguíneo dentro da veia superficial, ocorrendo o
processo de dilatação e aparecimento das varizes.
O sangue volta para o coração através do coração periférico, que na verdade, existe. É a
musculatura da panturrilha (batata da perna). Mas este coração só funciona quando nos
movimentamos, contraindo e relaxando o músculo da perna. Quando os músculos se
contraem, impulsionam o sangue para cima realizando a circulação.
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leva o paciente a incapacidades e até mesmo, quando ocorrem tromboflebites e embolias, ao
risco de vida.
O tratamento das varizes leves quando realizado, apesar de não ser imediatamente
necessário do ponto de vista de saúde, não é inútil, porque estas varizes que agora configuram
um problema que atinge mais a autoestima do paciente serão doença no futuro, e além do que
embora raramente, podem apresentar complicações. Então o tratamento estético de varizes,
é, além de um cuidado com a aparência, um tratamento de uma doença. Tratar as varizes
estéticas é unir o útil ao agradável. Agradável é melhorar a aparência e a autoestima, útil é
controlar uma doença que pode causar complicações no futuro.
A utilização da sigla PEIM deve ser utilizada por profissionais da área da saúde habilitados
pelo seu conselho a realizar o procedimento, pois escleroterapia ou como popularmente
chamada “secagem de vasinhos”, é um procedimento
Cassandra de exclusividade
do Carmo Dias de Lima médica.
O termo esclerose é originário do grego skleros que significa duro. A prática da
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escleroterapia química para o tratamento das varizes dos membros inferiores remonta à
metade do século XIX, com a utilização de álcool absoluto, aparentemente trazendo bons
resultados, mas com alto índice de complicações e mortalidade por sepse e fenômenos
embólicos.
O PEIM é um tratamento destinado à eliminação das telangiectasias (microvasos) e veias
reticulares, utilizando um líquido muito concentrado, chamado esclerosante, é injetado
através de microagulhas, que são extremamente finas, dentro do vasinho.
A finalidade do tratamento é a oclusão do tronco varicoso em questão. A idéia é introduzir
na veia uma substância irritante, que induza um processo inflamatório, levando à fibrose,
fazendo com que o vaso perca seu caráter cilíndrico e excluindo-o do caminho da circulação.
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Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores é diluído pelo sangue e
perde a concentração e, portanto, o efeito. Este tratamento é indicado apenas para os
vasinhos, porque se o líquido for aplicado em vasos maiores podem provocar manchas e
sérias complicações. Existem muitas substâncias que podem ser usadas e uma das mais
empregadas é a glicose, por causa da grande tolerabilidade do paciente e por não causar
alergia. Para evitar complicações, não é conveniente aplicar grandes volumes de esclerosante
de uma só vez, por isso o tratamento deve ser feito por sessões, onde em cada uma é aplicado
um volume de esclerosante que seja bem aceito pelos pacientes. Os tratamentos de aplicação
que prometem corrigir tudo em um só dia, não são indicados, porque aumentam o risco de
complicações e não devem ser aplicadas em veias de maior calibre.
Dentre os tipos de esclerosantes temos:
- Agentes osmóticos: produzem destruição endotelial por gradiente osmótico. Exemplo:
Glicose (Solução 50% e 75%).
- Agentes detergentes: produzem lesão endotelial por ação nos lipídios da membrana
celular. Exemplo: Polidocanol.
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- Agentes irritantes: promovem lesão tóxica na célula endotelial. Exemplo: Glicerina
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Cromada 72%.
O tipo de esclerosantes que os profissionais da saúde (não médicos) podem utilizar é a
glicose 75% que atua promovendo a desidratação das células da camada endotelial e,
consequentemente, acarreta a destruição e desintegração dessa porção da parede venosa. Sua
ação lenta gasta de 30 minutos a 4 dias, sendo considerada mais suave e menos capaz de
produzir grandes descamações quando comparada aos agentes detergentes.
A vantagem do tratamento com PEIM é que pode ser feito em sessões na clínica e o
paciente pode exercer suas atividades normais em poucos dias, sendo que este não afasta da
rotina (não requer afastamento do trabalho, por exemplo).
1. Lavar bem as mãos, fazendo assepsia com álcool a 70% ou sabonete anti-séptico e calçar as
luvas de procedimento;
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2. Utilizar frascos ou ampolas (mesclas) de enzimas liberadas pela Anvisa e estéreis: retire a
tampa superior do frasco ou quebre cuidadosamente a ampola para abri-la; utilizar agulha
0,70X30mm (22G1¼) ou 1,20X40mm (18G1¼) para aspirar; trocar agulha, colocando agulha
de aplicação 0,45X13mm (26G½) ou 0,30X13mm (30G⅟2);
3. Com a mão dominante, proceder à antissepsia do local. Depois, manter a gaze entre o dedo
mínimo e anular da mesma mão;
6. A injeção deve ser feita lentamente com o mínimo de pressão no êmbolo, com agulha
angulada em ± 60º, para facilitar o acesso ao vaso;
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7. Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com a gaze
(para evitar refluxo);
8. Ao término de cada punção, para evitar refluxo, uma bolinha de algodão presa a uma fita
adesiva, ou blood stop ou micropore deve ser colocada sobre o ponto de perfuração, podendo
ser removidos 1 a 2 horas após a sessão;
6 – Métodos de Anestesia
Para um melhor conforto e menos dor durante a sessão, também é sugerido o uso de
anestésicos, que podem ser de uso tópico, gelo e outros.
- Lidocaína: (2 – (dietilamino) – N – (2,6-dimetilfenil) acetamida) é o anestésico local mais
estável entre todos os conhecidos, sendo extremamente mais resistente à hidrólise. Apresenta
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um período de latência menor do que a procaína e sua ação, além de mais intensa, é também
mais prolongada, durando de 60 a 75 minutos. Os anestésicos locais, em geral, atravessam a
bainha do nervo na forma não ionizada, porém, interagem com os aceptores situados na
membrana neural, na forma ionizada, estabilizando o potencial da referida membrana,
bloqueando a condução nervosa. Esta despolarização talvez se dê por interferência com o
fluxo de íons Na+ e K+ através da membrana. A lidocaína, assim como os outros anestésicos
locais, pode ser ineficaz em áreas inflamadas, pois nestas, o pH, por ser mais baixo, facilita a
ionização das moléculas da lidocaína, dificultando sua penetração nas fibras nervosas.
Precauções: não aplicar em pacientes com histórico alérgico à lidocaína, síndrome de Stokes-
Adams, segundo ou terceiro grau de parada cardíaca ou em caso de antecedentes epiléticos.
Os anestésicos tópicos possuem o mesmo mecanismo de ação dos injetáveis, com o
bloqueio de nervos sensoriais pela inibição do impulso neuronal, e reduzem o desconforto
associado com a inserção da agulha. Para a aplicação do anestésico tópico, deve-se limpar a
pele com álcool para retirar a oleosidade e aumentar a penetração do anestésico, realizar a
aplicação com luva ou com aplicador com ponta de algodão e esfregar suavemente a região
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para aumentar a penetração. Pode-se também ocluir o anestésico tópico com película de filme
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plástico para aumentar a absorção. Remover o anestésico com álcool após 15 a 30 minutos,
dependendo do anestésico utilizado.
Dentre os anestésicos temos:
- Lidocaína a 4 – 5%: produto disponível comercialmente (vendido em farmácias); preferir
as formulações em creme dermatológico, pois tem absorção mais rápida. A dose máxima da
lidocaína é de 500mg/dose. Reações alérgicas: pode acontecer prurido e pápulas localizadas e
a possibilidade (raramente) de urticária, angioedema e anafilaxia. Toxicidade: ao nível de
sistema nervoso central pode apresentar tontura, dormência na língua, zumbido, diplopia,
nistagmo, fala enrolada, desmaios, problemas respiratórios; a nível de sistema cardiovascular
pode apresentar arritmias, hipotensão, problemas cardíacos. Pode provocar metemoglobinemia
(cianose e acidose).
O gelo e alguns equipamentos resfriadores são também boas opções anestésicas que
podem ser utilizadas junto com outras opções de anestesia.
- Bolsas de gelo ou resfriador (tipo Skin Cooler): pode ser aplicado na pele no momento
anterior à aplicação, aproximadamente 1 a 2 minutos até que a pele fique com aspecto
eritematoso, porém, não esbranquiçada. Preparar a pele com álcool.
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- Aparelhos de resfriamento por contato: podem substituir o gelo. Aplica-se o aparelho de
resfriamento por contato no momento anterior à aplicação, aproximadamente 1 a 2 minutos
até que a pele fique com aspecto eritematoso, porém, não esbranquiçada, obtendo assim
efeito anestésico.
Para ambas as técnicas de resfriamento, a temperatura por contato deve ser de
aproximadamente 5°C, pois o resfriamento excessivo (pele esbranquiçada) pode resultar em
comprometimento epidérmico.
7 – Avaliação Clínica
Deve ser realizada a inspeção visual minuciosa para identificar o tipo de varizes:
- Varizes Complexas (VC): estão relacionadas a problemas funcionais. Apresentam-se como
veias superficiais, dilatadas e tortuosas, com refluxo venoso consequente a disfunções das
safenas e/ou perfurantes, podendo ou não estar associadas a sintomas (edema, peso, cansaço
e queimação).
- Varizes simples (VS): são as varizes que, apesar de visíveis, não estão associadas a refluxos
nas safenas e/ou perfurantes. Geralmente, estão dissociadas de queixas outras que não as
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puramente estéticas têm calibres variados, desde pequenos segmentos de veias mais
calibrosas até veias reticulares, que possuem um calibre menor e são de localização dérmica.
- Telangectasias combinadas (TC): geralmente, apresentam-se como aglomerados, sob a
forma de veias dérmicas e de fino calibre associadas a veias nutrícias, que formam vias de
drenagem incompetentes para o sistema superficial e/ou profundo, aumentando a pressão
das telangectasias e dificultando o tratamento.
- Telangectasias simples (TS): apresentam-se isoladas ou agrupadas em diversos formatos,
com localização dérmica e de fino calibre, sem associação a uma veia nutrícia, há autores que
as classificam de acordo o formato: linear, arborizada, aracniforme ou popular.
O que os profissionais da área da saúde (não médicos) podem realizar procedimentos
são as telangectasias e veias reticulares (microvasos). As varizes devem ser tratadas por
médicos vasculares.
As telangectasias são as pequenas veias da pele (vasinhos), da espessura de um fio de
cabelo, avermelhadas ou um pouco maiores, azuladas, mas que estão na intimidade da pele.
Apresentam vários formatos, desde pequenos riscos, até grandes arborizações. Pode estar
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presente em todos os locais dos membros, atingindo, a coxa, a perna, o glúteo e em alguns
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casos até a região das costas.
As veias reticulares (microvasos) são maiores, e se apresentam como trajetos longos,
azulados, e estão sob a pele, mas a ela intimamente relacionadas. Estão frequentemente
ligadas as telangectasias, É muito frequente a associação de telangectasias da face lateral da
coxa, com estas veias reticulares que se estendem para a região lateral do joelho e atinge até a
perna. Apesar de ser um problema de saúde, uma doença, estas pequenas veias não causam
riscos imediatos, sendo um problema que atinge mais a estética do paciente e sua autoestima.
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Temos também as telangectasias e/ou microvarizes faciais que são dilatações de
capilares, artérias ou veias menores do que 2 mm de calibre, têm disposição linear e sinuosa
podendo formar emaranhados ou ter aspecto aracneiforme ou retiformes (em forma de rede).
Eventualmente apresentam-se como dilatações puntiformes. As telangectasias podem
aparecer isoladamente ou em grande quantidade, como na rosácea.
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8 – Complicações e Recomendações
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- As aplicações devem ser realizadas com cuidado para que se injete na luz do vaso, evitando
necroses cutâneas.
- Indicar o uso de meias de compressão e calçados adequados.
9 – Contraindicações
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- Meias elásticas: são o principal meio preventivo. Elas agem desviando, através das veias
comunicantes, o sangue das veias superficiais, onde as varizes se formam, para as veias
profundas, onde não existem varizes. As pessoas com tendência hereditária importante e as
que por motivos profissionais ficam muito tempo em pé ou sentadas devem usar este tipo de
meia. Estas meias medicinais, de indicação aparentemente simples, devem, no entanto,
ser receitadas por um especialista.
Outros fatores importantes e que também devem ser levados em conta são:
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- Evitar o sol e o calor: o sol, sauna, banhos muito quentes e demorados provocam o
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aquecimento da pele e a passagem de uma maior quantidade de sangue pelos vasos da pele.
Se uma maior quantidade de sangue passa pelos vasos superficiais eles se acomodam a essa
situação e se dilatam sendo um fator que favorece o aparecimento de vasinhos nas pessoas
que são predispostas. Evitar sauna, evitar banhos muito quentes e demorados, evitar
exposição ao sol da praia são medidas úteis. Quando estiver exposto ao calor da praia ou da
piscina deve-se ter o cuidado de entrar na água a cada 15 ou 20 minutos para evitar que a
perna fique muito quente. Deve-se evitar banho de sol e nunca passar das 10 horas da manhã,
horário em que os raios térmicos prejudiciais passam a ser mais frequentes.
- Evitar o excesso de peso: O excesso de peso sobrecarrega a circulação e provoca o
aparecimento de varizes. Ter bons hábitos alimentares é saudável para todo o corpo. O
excesso de peso também provoca celulite que está associada às microvarizes e telangectasias
(vasinhos).
- Fazer exercícios: Os exercícios melhoram a força muscular da perna e, portanto melhoram
a circulação de retorno. Os melhores são andar, correr e nadar.
- Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais: Os hormônios femininos (pílulas,
tratamento de menopausa, reposição hormonal) retêm líquidos e aumentam a pressão dentro
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das veias, também amolecem as paredes dos vasos e são uns dos principais fatores
desencadeantes de varizes.
- Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo: as varizes surgem quando se está em pé
ou sentado e não aparecem quando se está deitado ou em movimento. Quando por motivos
profissionais ou sociais for necessário ficar muito tempo parado, sentado ou em pé (no
trabalho, em festas, em viagens longas), devemos movimentar os pés, como se estivéssemos
acelerando um carro. Este movimento do tornozelo, chamado de dorso-flexão, faz a
musculatura da panturrilha se contrair ritmicamente, colocando em ação o "coração
periférico", o que faz a circulação funcionar e evita varizes. O uso de calçados apropriados
também faz diferença, pois quanto mais alto for o salto do calçado, principalmente quando
utilizado por longos períodos, maior o volume residual venoso nas pernas, ou seja, maior o
volume de sangue que não é bombeado pelas panturrilhas e não retorna ao tórax.
11 – Referências Bibliográficas
FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984.
JUNQUEIRA, C. L.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999.
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Panamericana, 1993.
Azizi MAA. Morfometria das fibras elásticas em colaterais varicosas do sistema de veias
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