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Art. 233 do CTM: A falta de pagamento dos tributos nos prazos fixados pelo regulamento sujeitará o contribuinte aos
seguintes acréscimos moratórios:
Art. 161 do CTN: O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo
determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de
garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.
Art. 3, §4 do Decreto 11.643/2014: O valor das parcelas será corrigido anualmente, no primeiro dia de cada exercício
fiscal, mediante a aplicação do índice fixado na legislação tributária municipal, incidindo, ainda, juros de mora mensais.
Art. 155-A do CTN: O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica.
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e
multas.
Correção Monetária pelo IPCA – Art. 231 e 232 do CTM; e Lei nº 1.813/2000
Art. 231 do CTM: Os créditos tributários da Fazenda Municipal ficam sujeitos à atualização monetária quando não
pagos nas datas dos respectivos vencimentos.
Art. 232 do CTM: A correção monetária prevista nos artigos anteriores, não implica na exoneração dos acréscimos
moratórios e das multas que serão devidos sobre o crédito fiscal atualizado.
Art. 1 da Lei 1.813/2000: Fica o Poder Executivo autorizado a adotar o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado
(IPCA), para atualizar, monetariamente, seus créditos tributários.
Descontos Existentes na Legislação Tributária Municipal
- O desconto incide apenas sobre o valor da Multa Fiscal, não incidindo sobre o valor do ISS devido.
- Para beneficiar-se do desconto, o contribuinte deve comparecer à FCDA, num prazo de 30 dias da data de ciência, para
assinar a renúncia a apresentação de defesa e recurso com relação ao Auto/Notificação. Dessa forma, o representante
deve possuir procuração específica que lhe dê poderes para praticar o ato da renúncia de defesa ou recurso.
- Os Autos e Notificações que decorrerem do não-recolhimento de tributos possuem, sempre, “ISS” e “MULTA FISCAL”.
Autos Regulamentares, que possuem apenas “MULTA FISCAL”, não são beneficiados pelo Desconto previsto no Art. 123
do CTM.
Art. 123 do CTM: As multas fixadas na legislação tributária do Município, decorrentes do não recolhimento de tributos
municipais, sofrerão as deduções abaixo discriminadas, desde que o sujeito passivo renuncie formalmente a qualquer
apresentação de defesa ou recurso:
I - 50% (cinquenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em até 30 (trinta) dias, contados da ciência da lavratura
do auto ou da notificação fiscal;
II - 40% (quarenta por cento) do valor da multa fiscal, se parcelado em até 30 (trinta) dias contados da lavratura do auto
ou da notificação fiscal.
Outros Débitos
- O CTM prevê, no Art. 21, desconto no IPTU através da antecipação total do tributo do exercício atual através do
pagamento da “Cota Única”. Os prazos de pagamento e o desconto aplicável são publicados anualmente, através de
Resolução do Secretário de Fazenda, no Calendário de Recolhimento de Tributos Municipais (CARTRIM).
- Inexiste previsão legal para descontos no caso de Pagamentos à Vista. O fato do contribuinte desejar realizar o
Pagamento à Vista não possibilita a concessão de descontos, salvo no caso exclusivo dos Autos de Infração e
Notificações de Lançamento detalhado acima.
- Não há previsão legal para nenhum outro tipo de desconto em débitos fazendários, incluindo IPTU/TCIL, ISS
Autônomo, Autos de Infração Regulamentares ou Taxas.
- Atualmente, inexiste previsão legal para Programas de Recuperação Fiscal (“REFIS”), Mutirões de Negociação Fiscal
ou outros institutos jurídicos que possibilitam a renegociação/parcelamento/pagamento de débitos municipais com
descontos nos encargos moratórios de juros e multas.
Questões Recorrentes – Coordenação de Dívida Ativa (FCDA)
- Para solicitar a restituição de indébitos, a matrícula/inscrição deve estar plenamente regular, sem nenhum débito em
atraso. A existência de débitos sob responsabilidade da Procuradoria Fiscal (“Inicial do Foro”) também impede o
processo de restituição.
- Caso a matrícula/inscrição possua débitos em atraso, o contribuinte deve regularizá-los antes da abertura do processo.
- Exclusivamente para Processos de Transferência de Crédito dentro da mesma Matrícula/Inscrição, buscando alcançar
celeridade e desburocratização, a FCDA e a FSRE dispensam a necessidade de legitimação formal do requerente. Para os
demais processos administrativos (Restituição, Transferência para outra matrícula/inscrição, etc.), é necessário a
legitimação do requerente.
- O Titular do imóvel pode estabelecer um terceiro como seu representante, através de procuração. A procuração deve
estar assinada pelo mandatário e ser apresentada junto com documento pessoal do mandatário; caso não haja
documento do mandatário, é necessário o reconhecimento da firma em cartório.
- O Inquilino/Locatário não possui legitimidade processual com relação ao imóvel alugado.
- Durante o Espólio/Inventário, o inventariante é o legitimado, sendo o único que pode representar e administrar os
bens do espólio. Relações de parentesco entre o requerente e o ex-proprietário falecido do imóvel (cônjuge, filho,
pai/mãe, etc...) não são suficientes para a legitimação processual, que é exclusiva do inventariante.
- Caso o Espólio já tenha finalizado e os bens já tenham sido partilhados entre os herdeiros, o legitimado será o novo
proprietário do imóvel.
- O Débito Automático é um Serviço Financeiro oferecido por Instituições Financeiras para seus Clientes/Correntistas.
Dessa forma, trata-se de uma relação privada entre o Cliente e seu Banco.
- Caso identifique-se algum problema com relação ao Débito Automático, o contribuinte deve entrar em contato com
sua instituição bancária para que o erro seja identificado e corrigido.
Cobrança por Débitos de Imóvel que não é mais de sua Propriedade
- A Mudança de Titularidade de Imóvel trata-se de uma obrigação acessória do adquirente (comprador) do imóvel.
Porém, o alienante (vendedor) pode apresentar a Certidão de Ônus Reais para realizar a atualização da titularidade do
imóvel.
- O Processo de Mudança de Titularidade de Imóvel é de competência da Coordenação de Cadastro Imobiliário (COCI).
Art. 29 do CTM: O contribuinte fica obrigado a comunicar ao órgão competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias
contados da respectiva ocorrência, os seguintes fatos:
I - a aquisição ou compromisso de compra e venda de imóveis e suas cessões.
- Quando o Pagamento realizado não baixa nenhum débito (gerando “créditos”), tem direito de solicitar restituição ou
transferência o sujeito passivo do tributo, ou seja, o titular da inscrição ou matrícula onde o pagamento foi apropriado.
Caso não haja autorização do titular, resta a reparação no âmbito civil. (Parecer Jurídico nº 195/CEL/FSJU/2017)
- Quando o Pagamento realizado baixa débitos da outra matrícula/inscrição, não existe direito à restituição ou
transferência. A relação jurídica tributária entre o Município e o sujeito passivo do tributo foi extinta com o pagamento,
inexistindo pagamento em duplicidade ou a maior. Resta, exclusivamente, a reparação no âmbito cível. (Promoção nº
73/CEL/FSJU/2017)
- O Relatório de Pagamentos Efetuados, onde consta a informação detalhada dos valores pagos, assim como o Relatório
de Créditos, onde consta os créditos existentes na inscrição/matrícula, são documentos protegidos por sigilo fiscal e,
portanto, apenas podem ser fornecidos ao contribuinte em processo administrativo, após a comprovação da
legitimidade processual.
- Os Relatórios e as informações constantes deles não podem ser fornecidos por e-mail ou presencialmente.
- O requerente pode solicitar a restituição de indébitos pagos nos últimos 5 anos. O prazo de 5 anos deve ser
contabilizado desde a data do pagamento até a data de abertura do processo.
- Caso o pagamento do indébito tenha sido realizado há mais de 5 anos antes da data de abertura do processo, houve a
prescrição do direito e, portanto, não haverá direito à restituição.
- Caso o processo seja arquivado por inércia do requerente, como no caso de exigência que não foi atendida, o prazo de
prescrição recomeça a contar da data de arquivamento do processo. Dessa forma, por exemplo, se o processo foi aberto
3 anos após o pagamento do indébito, e ficou posteriormente arquivado por mais 3 anos, prescreveu o direito de
restituição do contribuinte pois decorreram 6 anos do pagamento. (Parecer Jurídico nº 076/CEL/FSJU/2018)
Art. 243 do CTM: O direito de pleitear restituição total ou parcial do tributo extingue-se com o decurso do prazo de 5
(cinco) anos contados do efetivo pagamento.