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Introdução
Esta é uma série de pequenos textos que tem por objetivo responder às falsas conclusões
constantes no primeiro capítulo do livro “O despertar de um mandamento”, intitulado: “A Assembléia
de Deus, a lei e o sábado” de autoria dos adventistas Natan F. Silva, Gilberto G. Theiss e Azenilton G.
Brito.[1]
Este primeiro capítulo trata sobre o pretenso crédito dispensado por teólogos
assembleianos a respeito da lei dos dez mandamentos e o sábado. O capítulo isolado do restante do
livro foi espalhado pela internet no formato de artigo e encontra-se atualmente publicado em diversos
sites adventistas, em alguns deles, inclusive, com complementos de obras assembleianas que não
constam no original do livro[2].
O Livro
O livro é de publicação própria, possui 150 páginas e um formato modesto. O texto em si,
não traz nenhuma novidade, são os mesmos argumentos surrados, usados diuturnamente pelos
apologistas adventistas. A primeira parte do livro é destinada a apresentar várias citações de
autoridades religiosas de diversas denominações sobre a lei e o sábado, cada parte ou capítulo estampa
o nome da denominação seguido pela expressão a lei e o sábado, tais como, “Os presbiterianos a lei e o
sábado”, “Os batistas a lei e o sábado”, os católicos, os metodistas e assim por diante. Há partes
destinadas especialmente a citações de Spurgeon e Billy Grahan sobre o tema. Foi acrescentada uma
série de testemunhos de igrejas e pastores que estão abraçando a causa sabática, uma análise de
Balchiochi sobre o argumento do pastor batista Harold Camping no tocante ao descanso dominical e
por fim a obsessão quanto ao domingo ser a marca da besta com um pequeno “tira dúvidas” segundo a
visão adventista. É um livro de apologética adventista popular que pode ser encontrada facilmente em
qualquer website pela internet, mas que, no entanto, mereceu minha atenção pela leviandade e
desonestidade para com os fatos.
Entretanto, não se trata de uma resposta geral ao livro, para quem preferir uma resposta
geral sobre a lei e o sábado sugiro acessar o site www.cacp.org.br, link adventismo,
http://www.cacp.org.br/category/seitas/adventismo/ .[3] Meu foco e esforços se concentrarão na
refutação da primeira parte do livro que aborda citações de teólogos de minha denominação – a
Assembleia de Deus, mas que pode, por dedução, ser estendido às outras denominações ali elencadas.
Uma Pesquisa Despretensiosa e uma Surpresa
Dias atrás estava realizando pesquisas na internet relacionadas à minha denominação, a
“Assembléia de Deus”, quando deparei com um site de domínio adventista. O link acessado
direcionava para um artigo que chamou minha atenção pelo teor capcioso estampado no título: “A
Assembleia de Deus, a Lei e o sábado”[4]. Assim que comecei a leitura não precisou mais que alguns
parágrafos para perceber o que estava acontecendo: era mais uma tentativa desesperada dos adventistas
para justificar a guarda do sábado mediante citações de terceiros. Era o famoso “apelo à autoridade”,
só que desta vez, com a grei assembleiana. O artigo foi montado mediante um amontoado de frases
pinçadas fora do contexto e violentamente arrancadas do pensamento mais amplo de seus autores para
dar credibilidade aos argumentos do articulista. Além disso, a fraude possui outro agravante já que
muitas dessas citações foram extraídas de renomadas autoridades da teologia assembleiana que se
encontram in memoriam, portanto, impedidas de desmascarar o embuste por expor oralmente seu real
pensamento.
Mas, mesmo lidando com o obstáculo de não termos mais os autores aqui conosco, não é
difícil desmascarar a farsa adventista. Na verdade, é bem fácil: basta recorrermos ao contexto de onde
estas citações foram extraídas e em seguida compará-las com o pensamento geral da liderança da
denominação sobre o assunto e depois deixar que os leitores submetam ao bom senso e a lógica o seu
julgamento sobre o resultado final da nossa refutação.
Nosso objetivo, portanto, é desmascarar o artigo, “A Assembleia de Deus, a Lei e o
Sábado”, corrigindo o verdadeiro pensamento da maior denominação pentecostal do Brasil sobre o
tema que, longe de apoiar o ponto de vista sabatista, antes, o condena.
Confesso que nem foi preciso cavar tão fundo, logo de cara, na superfície mesmo, já
deparamos com a primeira discrepância: a autoria do artigo. No site adventista o artigo leva a autoria
de Azenilto G. Brito[5], mas este mesmo texto aparece em um livro escrito por três adventistas
(incluindo o Sr. Azenilto) intitulado, “O despertar de um mandamento”. No entanto, no livro impresso,
a autoria de Azenilto simplesmente desaparece dando lugar a de Natan F. Silva.
Surge então a incógnita: quem é o pai da criança, digo, do artigo afinal? Quem plagiou
quem? Houve transferência de crédito num acordo de cavalheiros? Ou, quem sabe, foi erro de revisão?
Bem, seja como for, isso não é problema meu! No frigir dos ovos o que interessa é simplesmente
mostrar a confusão em que essa gente está enfiada, pois, se não conseguem decidir a autoria de um
artigo deles mesmos, como pretendem convencer seus leitores de que são confiáveis quando citam
escritores dos quais nem ao menos conhecem, e, pior, discordam de sua doutrina?
[1] O despertar de um mandamento.
[2] Como, por exemplo, neste site
https://sites.google.com/site/iasdonline/home/adicional/iead01.
[3] Também há bons artigos sobre a lei no seguinte site:
http://adventismonamiradaverdade.blogspot.com.br/2012/11/os-dez-mandamentos.html
[4] https://setimodia.wordpress.com/2012/05/15/as-principais-religioes-e-o-sabado/
[5] https://setimodia.wordpress.com/2012/05/15/as-principais-religioes-e-o-sabado/