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1852
Após estudos primários e secundários (Colégio de Nova Jersey), viaja pelo sul dos
EUA para adquirir experiência na área do ensino; por um ano e meio, dirige uma
academia para meninos no Mississipi; seu Diário começa com a narrativa dessa
longa viagem (05-11-52 a 08-07-54). Em 1854, decide tornar-se advogado e começa
a estudar para isso.
1855
Março: Simonton é alcançado por um reavivamento em Nova Jersey.
06-05 – após um período de luta espiritual, faz profissão de fé na I.P. Inglesa de
Harrisburg, Pensilvânia; assume os votos feitos pelos pais, que o consagraram ao
ministério por ocasião do seu batismo.
Ingressa no Seminário de Princeton (fundado em 1812).
14-10 – sermão do Dr. Charles Hodge (1797-1878) o faz pensar seriamente na obra
missionária no estrangeiro.
Através de entrevista com o Dr. J. Leighton Wilson, um dos secretários do Board of
Foreign Missions, considera a Bolívia como provável campo de trabalho.
1858
Novembro: Simonton candidata-se formalmente junto ao Board, citando o Brasil
como campo de sua preferência.
1859
14-04: ordenado pelo Presbitério de Carlisle; visita o Western Theological
Seminary, em Allegheny, Pensilvânia, para conhecer Alexander Latimer
Blackford (1829-1890), seu futuro cunhado, também aceito como missionário para
o Brasil.
18-06: parte no navio "Banshee" para o Brasil, chegando ao Rio em 12-08. Prega
em navios e residências de estrangeiros. Troca aulas de inglês e hebraico por aulas
de português. Conhece Robert R. Kalley (1809-1888) e prega em sua igreja; atrito
entre eles é resolvido amigavelmente (dezembro).
1860
22-04 – primeiro culto em português.
24-07 – chegada de A.L. Blackford e Elizabeth após viagem tumultuada (desde 26-
04) e angustiosa espera para Simonton.
Dez-março – Simonton faz primeira viagem de reconhecimento pelo interior: São
Paulo, Sorocaba, Itapetininga, Itu, Campinas. Prega, visita ingleses e alemães,
hospeda-se com liberais, conversa com padres.
1861
Abril: Simonton regressa ao Rio. Divergência com Blackford sobre a localização
definitiva da missão (Rio, S. Paulo).
01-05: aluga casa na Rua Nova do Ouvidor, 31.
19-05: inicia classe bíblica aos domingos à tarde (assistência crescente); depois,
cultos às quintas e domingos. Alegre por finalmente poder pregar aos brasileiros e
ver os primeiros frutos.
Setembro: Blackford vai para São Paulo tratar dos preparativos para mudança da
missão (aprovada pelo Board): não encontra casa. Simonton escreve ao Board
sugerindo ocupação dos dois pontos.
1862
12-01: organização da I.P. do Rio de Janeiro com a presença do Rev. Francis
Joseph Christopher Schneider (1832-1910), recém-chegado (07-12-1861) para
trabalhar entre os imigrantes alemães. Blackford estava em viagem a Minas Gerais:
Juiz de Fora, Barbacena e São João del Rei.
Profissões de fé: Henry E. Milford (americano, agente da Singer) e Camilo Cardoso
de Jesus (português, primeiro diácono, batizado na ocasião). Outros membros
estrangeiros. O primeiro brasileiro a professar a fé foi Serafim Pinto Ribeiro (22-06-
62).
Jan-fev: Schneider visita alemães em São Paulo, Campinas, Limeira, Rio Claro.
31-03: Simonton vai para os EUA em "furlough" (mãe doente, necessidade de
literatura). Ao chegar, soube que a mãe falecera recentemente. Aflige-se com a
guerra civil. Prega em igrejas, inclusive na maior igreja portuguesa de Jacksonville,
Illinois.
21-07 – George Whitehill Chamberlain (1839-1902) chega ao Rio com
apresentação para Blackford, conhece Horace M. Lane, vai para Rio Claro visitar
Schneider e depois para o Rio Grande do Sul.
1863
19-03: Simonton casa-se com Helen Murdoch em Baltimore (era membro da igreja
em que ele trabalhou durante o furlough). Viajam para o Brasil em 23-05, chegando
ao Rio em 16-07.
Blackford havia recebido 8 novos membros, inclusive Antonio dos Santos Neves,
taquígrafo do Senado e poeta. Seria autor de muitos hinos e colaborador na
Imprensa Evangélica. Blackford também organizou formalmente a igreja (para
poder realizar casamentos).
Setembro – local de culto transferido para a R. Sete de Setembro, 102, 2º andar (R.
do Cano). Cooperam com Simonton os Revs. Wagner, da Igreja Luterna, e Richard
Holden, agente da Sociedade Bíblica.
18-10 – primeiro culto de Blackford em São Paulo (Gabinete Inglês de Leitura, R.
da Constituição). Mantido por um ano em residências.
Out-nov: viagem de Blackford ao interior: Campinas, Limeira, S.J. do Rio Claro,
Piracicaba e colônias alemãs. Primeiro encontro com o Pe. José Manoel da
Conceição, que retribui a visita indo a São Paulo em 01-05-64.
29-11: primeiro culto em português, na residência do inglês William D. Pitt (Rua da
Boa Vista, 5; depois Rua da Constituição/Florêncio de Abreu) e mais tarde na
residência de Blackford, também na Rua da Constituição.
1864
Maio – George W. Chamberlain chega ao Rio para auxiliar Simonton, em resposta
a apelo deste; também atua em São Paulo (capital e interior), até agosto de 1866.
28-06 – morte de Helen M. Simonton, nove dias após o nascimento da filha. 05-07
– criança é batizada (recebe o nome da mãe) no novo local de cultos, à Rua do
Regente, 42A.
23-10 – Blackford recebe JMC por profissão de fé e batismo no Rio. Simonton e
Conceição falam após a cerimônia.
25-10 – primeiro número da Imprensa Evangélica (até 1892). Quinzenal. Gerência:
Santos Neves e Domingos M. Quintana; redação: Simonton, Blackford e Conceição.
Editoriais, estudos, traduções, poesias, comentários de questões políticas, polêmicas
com O Apóstolo. Grande penetração.
21-11 – Simonton envia o bebê para São Paulo. 01-12 – muda-se do Morro do
Castelo para a Praia de Botafogo, n° 2. 04-12 – interrompe cultos em inglês.
Dezembro – reuniões em São Paulo passam a efetuar-se na R. Nova de São
José/Líbero Badaró, n° 1 (nova residência de Blackford).
1865
01-02 – Blackford visita Brotas (10 dias; primeira visita de um pastor evangélico);
março/abril: visita de Simonton e Chamberlain (10 dias).
05-03 – organização da Igreja de São Paulo: profissão de fé de Antonio Trajano,
Miguel Gonçalves Torres e outros.
Out-nov: Blackford e Conceição visitam Brotas por vinte dias; última paróquia de
Conceição.
13-11 – Blackford organiza Igreja de Brotas: onze profissões de fé e batismos,
inclusive do pai do Rev. Herculano de Gouvêa (depois também a família Cerqueira
Leite).
16-12 – Presbitério do Rio de Janeiro (presbitério primitivo) organizado em São
Paulo por Blackford, Simonton e Schneider (moderador, secretário permanente e
secretário temporário). Três igrejas: Rio, São Paulo e Brotas. Filiado ao Sínodo de
Baltimore. JMC examinado.
17-12 – Conceição prega sermão de prova (Lc 4:18-19) e é ordenado às 17:00 hs.
Perguntas por Blackford e parênese por Simonton (2 Co 5:20).
1866
28-02 – primeira viagem missionária de Conceição: S. Paulo, Cotia, Una, Piedade,
Sorocaba, S. Paulo. 2ª viagem: S. Paulo, Sorocaba, Porto Feliz, Capivari,
Piracicaba, S.J. Rio Claro, Brotas (+ Schneider, Chamberlain), Rio Claro, Limeira,
Campinas, Bragança (com Blackford), Atibaia, Juqueri, S. Paulo.
Junho – São Paulo, Penha, São Miguel, Jacareí, S.J. Campos, Caçapava,
Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Aparecida, Lorena, Queluz, Rezende, Barra
Mansa, Piraí, Rio de Janeiro (28-06).
05-07 – 2ª reunião do Presbitério, no Rio. Chamberlain: exames, sermões (Rm 12:1-
5; João 6:29). 08-07: ordenação; parênese: Simonton; pregou Conceição. JMC volta
para S. Paulo com Modesto P. B. Carvalhosa; percorre o roteiro sul; vai com
Blackford para Brotas (+ de um mês).
Agosto – Chamberlain vai para os EUA: estuda em Princeton, casa-se com Mary
Annesley, angaria fundos para o templo do Rio.
08-09 – chegada do Rev. Emmanuel N. Pires (1838-1896), natural da Ilha da
Madeira. Dinâmico, trabalhou em São Paulo (capital e interior, especialmente
Brotas) e sul de Minas. Não quis filiar-se ao presbitério. Voltou para os EUA em
1869.
31-12 – últimas anotações no Diário de Simonton: "... Quem me dera um batismo
de fogo que consumisse minhas escórias; quem me dera um coração totalmente de
Cristo."
1867
Janeiro – Conceição percorre o Vale do Paraíba até Pinda, acompanhado de
Blackford, Miguel Torres e Antonio Pedro; em fevereiro vai a Minas com Miguel
Torres.
23-04 – Correio Paulistano publica a "Sentença de Excomunhão" de JMC. 14-05:
resposta de JMC começa a ser publicada nos jornais (opúsculo de 32 páginas; JAF:
"obra prima de JMC").
Abril – igreja do Rio muda-se para o Campo de Santana, 39/49 (Praça da
República). Térreo: cervejaria; 1º andar: salão de cultos; fundos: escola paroquial;
2º andar: seminário e alojamento dos estudantes; 3º andar: residência de Santos
Neves.
14-05 – início das aulas no Seminário; professores: Simonton, Schneider, Wagner;
estudantes: Modesto Carvalhosa, Antonio Trajano, Miguel Torres.
Maio – JMC visita Santo Amaro e Itapecerica com Miguel Torres; junho – segue
para o Rio (presbitério) e visita vários subúrbios.
11-16/07 – terceira reunião do Presbitério, no Campo de Santana; leitura de estudos
sobre diferentes aspectos da evangelização.
03-08 – JMC enviado aos EUA para tratamento de saúde (cerca de oito meses);
encontra-se com Chamberlain; prega em igrejas portuguesas de Springfield e
Jacksonville, Illinois.
19-08 – Rev. Hugh Ware Mackee (1840-77) chega ao Rio; em janeiro vai para São
Paulo, ali ficando até meados de 1870, quando regressa aos EUA. Ver Lessa, 59,62.
Novembro – Simonton viaja para São Paulo, doente; chega no dia 27.
09-12 – morte de Simonton. No mesmo mês, Blackford transfere-se para o Rio e
continua com Schneider e Wagner a obra de educação teológica. Novo estudante,
vindo de Brotas: Antonio Pedro de Cerqueira Leite (professou a fé em São
Paulo). Seminaristas lecionam na escola paroquial.
Miguel Torres, tuberculoso, vai para Caldas; Antonio Pedro desiste e completa os
estudos mais tarde em outras circunstâncias. Antonio Trajano e Modesto Carvalhosa
foram ordenados em 22-08-70.
1868
24-01 – chegada do Rev. Robert Lenington (1833-1903) ao Rio; 07-02 – vai para
São Paulo.
17-05 – Blackford organiza a Igreja de Lorena; cinco pessoas recebidas. Muitas
perseguições.
05-08/08 – quarta reunião do Presbitério, em São Paulo: Blackford (ainda
moderador), Schneider, JMC e presbítero William D. Pitt; Chamberlain nos EUA.
Recebidos os Revs. Robert Lenington e Hugh W. Mackee.
Agosto – Lenington muda-se com a família para Brotas (primeiro pastor residente).
Outubro – Blackford vai para os EUA; Chamberlain regressa e o substitui na igreja
do Rio.
1869
23-05 – Lenington, acompanhado de E.N. Pires, organiza a Igreja de Pouso Alegre
(Borda da Mata), filha da Igreja de Brotas: 14 adultos e 20 menores.
12-18/08 – quinta reunião do Presbitério, em São Paulo: Blackford (de volta dos
EUA), Schneider, Conceição, Lenington, Mackee. Presbítero William D. Pitt, que
havia se mudado para a região de Brotas, é recebido como candidato ao ministério.
Sermão de prova e homilia: Hb 2:1-3; Rm 3:19-21; ordenado no dia 16. Presbitério
pede ao Board que retire o Rev. Emmanuel N. Pires do Brasil.
01-09 – Blackford organiza a Igreja de Sorocaba: cinco pessoas.
Outubro – Chamberlain assume o pastorado da Igreja de São Paulo.
2. O Seminário:
O Board mantinha a Escola Americana e, desde 1875, uma classe teológica anexa.
Expectativa: seminário como uma das faculdades do futuro "college." Assim,
enviou Mac Laren para ensinar teologia (1885). Germes do conflito: Sínodo
escolheu o Rio e elegeu como professores A.L. Blackford e J.R. Smith. Divisão:
Board + missionários do norte x Sínodo + missionários do Sul + Kyle, Blackford.
2º Sínodo (S. Paulo, 03-14/09/1891): escolheu Campinas (Lane esperava iniciar as
aulas em 01-04-1892). Em lugar de Blackford, que havia falecido, elegeu Thomas J.
Porter (levaria muitos anos para ocupar o posto); também E.C. Pereira, primeiro
professor nacional. William A. Waddell, como Mac Laren, foi preterido. Com a
febre amarela em Campinas, decidiu-se por Botucatu e depois Nova Friburgo.
Seminário Sinodal inaugurado em Friburgo em 15-11-1892. Estudantes: Alfredo
Meyer, Franklin do Nascimento, Alfredo Guimarães e depois Vicente Themudo
Lessa. Mestres: Smith, Kyle e João Gaspar Meyer (1828-1906), pastor luterano
suíço, pai do estudante Alfredo, que veio a casar-se com uma neta do Rev.
Frederico O. Sauerbronn. Diretoria: Chamberlain, Carvalhosa, Kyle, Wardlaw,
Caetano Nogueira, Álvaro Reis.
"Plano de Ação": lançado por Pereira e amigos na Revista de Missões Nacionais
em 30-12-1892, criando o Instituto Teológico e O Estandarte (1º número em 07-01-
93). Assinam o Plano de Ação E.C.Pereira, C. Braga, Zacarias, Álvaro, Herculano,
Benedito F. Campos, Bento Ferraz, Bizarro, Caetano Nogueira e outros.
Esquecendo "por hora, as dificuldades do Presbitério de São Paulo," querem o
"ensino teológico de nossos filhos... em lugar apropriado."
Instituto Teológico: aulas iniciam em 13-02-1893; professores: Pereira, Bento
Ferraz e presb. Remígio de Cerqueira Leite; alunos: Francisco Lotufo, José Higgins,
Benjamin Martins, Antonio Gonçalves e Erasmo Braga. Dormitório no sótão da
casa pastoral e aulas nas salas laterais do templo. Finalmente, em fevereiro de 1895,
por decisão do 3º Sínodo (setembro de 1894), o Seminário mudou-se para São Paulo
e uniu-se ao Instituto Teológico. Rev. Smith, sua família e estudantes Meyer,
Guimarães e Themudo Lessa. Fundação da ACM no mesmo ano. São Paulo tinha
menos de 200 mil habitantes.
4. Tensões eclesiásticas:
Lane e Waddell não gozavam da confiança da igreja. Alegações contra Lane:
ausência dos cultos e da Ceia, inobservância do Dia do Senhor, intromissão (com
Waddell) em questões internas do Presbitério de Minas: suspeita contra licenciado
João Vieira Bizarro, etc. Primeira dificuldade (1891): Pereira considerou "um
desastre" a nomeação de Lane como presidente do College porque lhe faltavam
"hábitos de piedade." Pereira esperava que a instituição ajudaria a igreja educando
um ministério bem preparado e evangelizando a mocidade brasileira. Via Lane
como o menos adequado para ambos os fins.
Sessão da 1ª Igreja fez admoestação formal a Lane. Presbitério de S. Paulo (agosto
de 1892), dirigido por T.J. Porter e Waddell, resolveu eliminar a admoestação da ata
da sessão porque Lane não havia sido citado. A inércia do presbitério no caso
Vanorden complicou a questão. Chamberlain: defensor intransigente do College e
da política do Board.
Caso Vanorden: restaurado no presbitério em 1886, voltou para São Paulo em
1888, montou tipografia e abriu trabalho na Bela Vista. Entrou em atritos com a 1ª
Igreja e com Pereira; pediu ao presbitério a organização de uma segunda igreja, com
família de Lane, esposa de Waddell e outros. A 1ª Igreja, reunida em assembléia em
20-09-1892 (presidida por C. Braga) resolve pedir transferência para o Presbitério
de Minas. Pereira, Braga, Zacarias, Benedito F. Campos e presbíteros assinam
Manifesto. O presbitério é forçado a abrir processo contra Vanorden. Signatários do
manifesto escreveram ao Board alegando que a permanência de Lane e Waddell
seria desastrosa para o College e para a evangelização do Brasil.
Em dezembro de 1892, Lane demite Remígio C. Leite; D. Adelaide Molina o
acompanha. Em setembro de 1893, após ausência de mais de um ano aos cultos e à
Ceia, sessão da 1ª Igreja suspende Lane da comunhão. Board e curadores ficam
indiferentes. Lane filia-se a uma igreja nos EUA. Situação se agravara com a morte
de vários obreiros em 1892, entre eles três grandes líderes do Presbitério de Minas:
Edward Lane (março), Miguel Torres (maio) e John Boyle (outubro). No mesmo
ano, desapareceu a Imprensa Evangélica (julho), por decisão do Board.
2ª I. P. de São Paulo é organizada em 18-10-1893 mediante autorização do
presbitério. Revs. Waddell, Perkins (comissão organizadora), familiares de
missionários e professoras da Escola Americana. Pereira comparece e toma parte no
ato (!). Iniciou na R. da Conceição, nº 58; depois na Alameda dos Bambus, nº 4 (01-
02-1894) por muitos anos, até a inauguração do templo da R. Helvetia. Carvalhosa
retornou de Curitiba para trabalhar na Escola Americana e assumiu o pastorado da
igreja.
Agosto de 1894: Sínodo determina transferência temporária do Seminário para São
Paulo, até que pudesse ir para Campinas. Nova York nega concurso do seu
professor (T.J. Porter) e Nashville ameaça fazer o mesmo com Smith. Em julho de
1895 Waddell rompe com o presbitério e com a IPB.
Janeiro de 1896: termos da transferência da propriedade de Campinas não são
aceitos pelo Sínodo, reunido extraordinariamente. Committee não aceita a contra-
proposta do Sínodo. Em junho inicia-se em O Estandarte (artigo de Remígio C.
Leite) a campanha pela construção do edifício do seminário. Dois anos depois seria
adquirido o terreno da Rua Maranhão e lançada a pedra fundamental. Juntas vêem
Seminário como fruto da rivalidade com o Mackenzie, nacionalismo, espírito
faccioso de Pereira.
Julho de 1896: representação dos Presbitérios de São Paulo e Minas ao Board e ao
Committee acerca dos professores do seminário. Raiz das dificuldades: College e
seus presidentes não gozam da confiança do Sínodo. Fala de risco de "divórcio entre
nós e vós." Encarece necessidade urgente do Seminário e do curso anexo de
preparatórios; fala sobre os planos de uma sede própria. Pede que não abandonem o
Seminário.
Agosto de 1896: Dr. Henry M. Humphrey, tesoureiro da junta de curadores, escreve
a Pereira: pede provas contra Lane e Waddell; afirma que os Boards, especialmente
o de Nova York, atribuem grande parte do problema a ambições pessoais de Pereira.
Setembro de 1896: S.H. Chester, secretário do Committee, escreve a Smith
garantindo sua continuação como professor. No mesmo mês, carta do Board ao
Presbitério de S. Paulo reafirma apoio aos líderes do Mackenzie. Missionários e
nacionais amigos de Lane e Waddell assinam protesto contra o manifesto.
Chamberlain, Gammon, G.L.B. Bickerstaph, R.F. Lenington, Carvalhosa, F.A.
Rodrigues, G.A. Landes, H.S. Allyn, M.A. de Menezes. Brazil Mission reafirma
confiança no caráter de Lane e Waddell. Artigos em O Estandarte exacerbam os
ânimos dos amigos do Mackenzie.
Outubro de 1896: Lane e Waddell escrevem cartas a H.M. Humphrey alegando que
Pereira os procurara respectivamente em maio de 1892 e agosto de 1894 para obter
sua ajuda em instalar/manter o seminário em São Paulo, contra as decisões do
Sínodo.
Novembro de 1896: diretoria do Seminário Sinodal envia manifesto ao Board de
Nova York afirmando que o College perdeu a simpatia do Sínodo, que Pereira goza
da plena confiança da diretoria e da igreja, que a "repartição preparatória" do
seminário não é rival do colégio, e lamentando que o Board tenha se recusado a
cooperar. Assinam Kyle, C. Braga, Calvin Porter, Álvaro e Remígio.
Sínodo de 1897 (julho) discute uma questão essencial: evangelização direta x
indireta (colégios, obras sociais). A célebre "Moção Smith," considerando o
malogro das instituições educacionais como meios de propagação da fé e de
preparação de um ministério evangélico, bem como as contendas geradas pelos
mesmas, pede às igrejas-mães que auxiliem a igreja nacional "no grande trabalho de
evangelização pelos métodos mais diretos, incluindo o trabalho da educação e
preparação de um ministério conforme os planos do Sínodo, e no sustento de
escolas paroquiais para os filhos dos crentes." Assinam Smith, C. Braga, Bento
Ferraz, G. Henderlite, Álvaro, Zacarias, W.C. Porter, Kyle, Pereira e muitos outros.
Houve um protesto, assinado por Chamberlain, Roberto F. Lenington, Menezes, e
um contra-protesto.
b) Bahia e Sergipe:
Chamberlain: nomeado missionário do Sínodo em 1888, residiu em São Paulo até
1892, evangelizando o interior do estado (campo de Lençóis). A morte de Edgar
Pinkerton (1860-1892) e a mudança de W.E. Finley para Sergipe o levaram a
transferir-se para a Bahia (junho de 1892), para auxiliar as igrejas da capital e de
Cachoeira. Fez longas viagens pelo interior do estado e visitou Sergipe, Minas, São
Paulo e Paraná. Em março de 1896 fixou-se em Feira de Santana, solicitando ser
dispensado do cargo de missionário sinodal. Acometido pelo câncer, faleceu em
Salvador em 31-07-1902.
A primeira esposa de W.A. Waddell, Mary, filha de Lenington, morreu em 1893.
Em 1897 ele casou-se com Laura (n. 1869), filha de Chamberlain, que já estava na
Bahia há três anos, trabalhando como professora. O casal residiu em Salvador e
depois em Cachoeira. Pierce, um filho de Chamberlain nascido em 1872 e batizado
por Morton, estudou e foi ordenado nos EUA, chegando à Bahia em fins de 1899.
Dez anos depois regressou definitivamente.
Sergipe: em 1893, Kolb e Finley trocaram de campos: este foi para Sergipe e aquele
para a Bahia. Em 1898, Woodward E. Finley ficou com o campo de Laranjeira
(havia chegado ao Brasil em 1889 para substituir Blackford na Bahia) e Cassius E.
Bixler fixou-se em Aracaju, cuja igreja foi organizada em 13-12-1901. Em 1897 as
forças missionárias de Nova York foram divididas em Central Brazil Mission
(Bahia e Sergipe) e South Brazil Mission (estados do sul).
c) Rio de Janeiro:
Depois dos pastorados de James T. Houston e Antonio B. Trajano (1879-93), André
Lino da Costa (1893-96) e James B. Rodgers (1896-97), a igreja do Rio foi
pastoreada por Álvaro Reis durante 28 anos. A chegada de Álvaro, em maio de
1987, dinamizou a igreja em muitos aspectos. Destacou-se como pastor, pregador,
evangelista e polemista. Em 08-06-1899 lançou O Puritano, dedicado à propaganda
do evangelho, fugindo de "questões internas" da igreja (crítica velada a O
Estandarte). Foram colaboradores: Trajano, Erasmo Braga, Matatias G. dos Santos
e especialmente Franklin do Nascimento. A Igreja de Niterói foi organizada em 01-
02-1899, sendo pastoreada pelo jovem ministro Erasmo C. Braga, ordenado poucos
meses antes.
Interior: os trabalhos presbiterianos estavam decadentes em Petrópolis e Campos,
mas não em Nova Friburgo, onde os presbiterianos beneficiaram-se dos
fundamentos lançados pelos luteranos desde 1824. J.M. Kyle ali residiu por 16 anos
(1891-1907), sendo a igreja organizada em 20-09-1898.
d) Minas Gerais:
Leste: Kyle foi o primeiro a visitar a região de Manhuaçu, no início de 1897, a
convite de descendentes de alemães (família Eller). A Igreja de Alto Jequitibá foi
organizada em 09-03-1902. O primeiro obreiro residente foi o licenciado Matatias
Gomes dos Santos, que chegou em julho de 1901.
Lavras: em 1893, enquanto Gammon estava nos EUA, o Rev. David Armstrong
chefiou a transferência do Colégio Internacional para Lavras. Estava acompanhado
de sua esposa Henriqueta e das missionárias Chambers, Reed e Carlota Kemper. As
aulas tiveram início em 01-02, mas Gammon só chegou em 08-07. Evangelizou
extensamente a cidade e região. F.A. Cowan ali faleceu em maio de 1894. No
mesmo ano, Gammon voltou aos EUA e casou-se com sua prima Will
(Guilhermina). Com eles veio Blanche Dunlap. Mais tarde chegaram o missionário
e médico Horace S. Allyn (n.1859) e sua esposa Ema. Allyn chegou ao Brasil em
1896 e residiu cinco anos em São João del Rey (nessa cidade também trabalhou o
Rev. Alva Hardie, que veio para o Brasil em 1900). Só em 1905 o casal Allyn foi
para Lavras. Gammon destacou-se como evangelista e construtor (o templo de
Lavras foi consagrado em julho de 1899). No final de 1900, assumiu a direção do
Seminário em São Paulo, durante viagem de Smith aos EUA.
Brasil Central: em 1893, os Revs. Álvaro Reis e Caetano Nogueira Jr. organizaram
quatro novas igrejas no vasto campo do Rev. Boyle: Bagagem (18-06), Paracatu
(02-07), Santa Luzia de Goiás (16-07) e Araguari (16-08). A viúva do Rev. Cowan,
Catarina Bias, voltou a Bagagem e Araguari, onde fundou uma escola. Foi mestra
de George Thompson Goulart. O sucessor de Cowan foi Charles Morton, que
residiu em Araguari de 1895 a 1900 e faleceu em Casa Branca (1903). Morton
admitiu à igreja os irmãos Davi e Manoel de Melo, este pai de D. Maria de Melo
Chaves, autora de Bandeirantes da Fé. O mesmo Morton foi o primeiro a pregar em
Rio Paranaíba, Carmo, Patos e outras localidades.
e) São Paulo:
Igreja Unida: a 2ª Igreja fora fundada em 1893 por pessoas da 1ª Igreja ligadas ao
Mackenzie. Mais tarde, a sessão da 1ª Igreja disciplinou quatro moças da Escola
Americana que a haviam deixado para filiar-se à 2ª Igreja. Carvalhosa protestou
junto ao presbitério, mas não foi atendido. Desligou-se do presbitério (julho de
1898) e foi acompanhado pela igreja. No mesmo mês, o presbitério recebeu o
pedido de organização de nova igreja, agora que a 2ª se desligara. A Igreja Filadelfa
reunia maçons que não mais sentiam-se bem na 1ª Igreja (seminaristas e familiares
de Álvaro Reis e Zacarias de Miranda). Em julho de 1900, Carvalhosa e sua igreja
voltaram ao presbitério. As duas igrejas fundiram-se para formar a Unida em 26-08-
1900.
Morrinho: a Fazenda Poço Grande, em Juquiá, teve proprietários norte-americanos
do sul e depois foi adquirida pelo Dr. H.M. Lane. A convite de um filho de Lane,
Willis Robert Banks, de Tibagi, Paraná, tornou-se administrador da fazenda e
evangelista da região. Banks, que professara a fé com o Rev. G.L. Bickerstaph, em
Castro, chegou à fazenda em janeiro de 1897 e logo começou a realizar cultos. No
ano seguinte foi lançada a pedra fundamental do templo de Morrinho. Daí o
evangelho irradiou-se por todo o vale do Ribeira. A I.P. de Juquiá, inicialmente
congregação da I.P. Unida, foi organizada por Carvalhosa em 14-10-1900. Também
foi pastoreada por Erasmo Braga e Coriolano Dias de Assunção.
Obreiros dos velhos campos: Manoel Antonio de Menezes (1848-1941): professou a
fé com Kalley em 1866; genro de Dagama; trabalhou em Rio Grande, Lorena e
Caxambu; jubilado em 1907 por problemas de saúde. Igreja de Sengó organizada
em 08-05-92; S. João da Cristina, 24-08-1900. Em 1901, a Igreja de Campanha foi
dissolvida e os remanescentes foram arrolados na I.P. Sengó. Flamínio Augusto
Rodrigues (1856-1907): estudou no Colégio Internacional e nos EUA (Hampden
Sidney College, 1876), onde professou a fé. Foi professor e diretor do Internacional.
Estudou teologia com E. Lane e foi ordenado em 1893. Pastoreou: Campinas,
Itatiba, Mogi-Mirim, Bragança, Jundiaí, Amparo, Descalvado e Monte-Mor.
Henrique Vogel (n.1869): estudou na E. Americana, Londres e Genebra; ordenado
em 1898, substituiu Álvaro Reis em S.J. da Boa Vista. J.R. Carvalho Braga (1853-
1934): foi pastor em Botucatu (1885-97) e Sorocaba, a partir de 1899. Zacarias de
Miranda: pastoreou a igreja de Sorocaba de 1884 a 1899. José de Azevedo Granja
(1837-1905): batizado por Simonton em 1866, estudou com Trajano e foi presbítero
da Igreja do Rio; ordenado aos 60 anos (1897), trabalhou na Igreja de Ubatuba.
g) Divisões administrativas:
Missão de N. York: a Brazil Mission dividiu-se em 1896-97: South Brazil Mission
(Rio, Paraná, S. Catarina) e Central Brazil Mission (Bahia e Sergipe).
Missão de Nashville: passou a ter dois ramos em 1896: Southern Brazil Mission (S.
Paulo, Minas e Goiás) e Northern Brazil Mission (norte e nordeste).
Presbitérios: o Sínodo de 1900 subdividiu os Presbitérios de São Paulo e Minas em
três:
2. Sinodais x Independentes.
IPI considerava o Sínodo herético e o Sínodo considerava a IPI cismática;
proselitismo da IPI junto a membros e igrejas do Sínodo (Cristo ou maçonaria?).
Principal defensor do Sínodo e adversário de E.C. Pereira: Rev. Zacarias de
Miranda, redator da Revista de Missões Nacionais (1900-1903). Para ele, a "mão de
gato" era a maçonaria, não nas mãos do Mackenzie, mas nas mãos de Pereira.
Recebeu uma pena de ouro do Presbitério de São Paulo.
Período de desavenças, divisões de comunidades, lutas pela posse de imóveis,
litígios judiciais. Botucatu: Rev. F. Lotufo aderiu à IPI, mas não a igreja, que foi à
justiça para manter sua propriedade. Campinas: a igreja, pastoreada desde 1900 pelo
Rev. Bento Ferraz, filiou-se à IPI; Rev. Flamínio Rodrigues passou a realizar cultos
no Colégio Internacional. Curitiba: Rev. G.A. Landes x Rev. José Maurício
Higgins; este levou Igreja de Itaqui para os independentes.
O Estandarte publica as adesões ao movimento separatista e a Revista de Missões
Nacionais as adesões ao Sínodo (entre elas, Brotas, Jaú e Araguari). A onda de
divisão estendeu-se por toda parte, sendo decisiva a influência dos pastores e
presbíteros. Pereira foi ao Rio para fundar uma igreja independente e Vicente T.
Lessa foi ao nordeste. Houve igrejas que foram extintas por aderirem totalmente ao
novo movimento. Uma pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos
sinodais a mesa do Senhor. O período de maiores conflitos estendeu-se até 1906.
Em 1906 o Sínodo contava 77 igrejas e cerca de 6500 membros; no ano seguinte, os
independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.
3. O Seminário.
O prédio da R. Maranhão, nº 9, no Boulevard Bouchard (Higienópolis), fôra
ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Com a viagem do Rev. Smith aos
EUA, ocuparam a reitoria interinamente os Revs. Samuel R. Gammon e Erasmo
Braga (1901). O principal membro da diretoria era Álvaro Reis.
Erasmo Braga veio de Niterói para lecionar no seminário e no Mackenzie. Como
capelão do Mackenzie, cuidava também dos candidatos ao ministério ainda em fase
de estudos secundários. O Mackenzie oferecia pensão e estudos gratuitos a várias
aspirantes e a alguns candidatos que não podiam ser mantidos pelo seminário.
Estudantes em São Paulo: Coriolano de Assunção, Otávio Jensen, Manoel de Brito,
Francisco Pereira. Terminaram o curso em Campinas: Alberto Zanon, Samuel
Barbosa, Aníbal Nora e João Pereira Garcia.
Em 01-02-1907 o seminário passou a funcionar em Campinas, na antiga
propriedade do Colégio Internacional, vendida à igreja pelo Committee de Nashville
através do Rev. Alva Hardie. Novos alunos: Francisco de Souza, Tancredo Costa
(filho do Rev. Lino da Costa) e Herculano de Gouvêa Jr.
Docentes: John R. Smith, reitor e professor de teologia sistemática; Erasmo Braga,
deão, eleito pelo Sínodo para a cadeira nacional, professor de Velho Testamento e
História Eclesiástica. Outros: Alva Hardie, H. Vogel, Américo de Moura, Blanche
Dunlop. Em 1909 chegou Thomas Jackson Porter (eleito professor pelo Sínodo de
1891!), grande entusiasta do seminário.
Erasmo Braga: esmerou-se na administração interna da instituição; lecionava
química, história natural, música, etc.; publicou a revista A Reforma; ocupou por
algum tempo o pastorado da Igreja de Campinas; foi um dos fundadores da
Maternidade de Campinas. Ao tornar-se professor de inglês no Ginásio do Estado
(1910), ofereceu o ordenado que recebia da igreja para a fundação da "cadeira
Simonton," a ser preenchida por professor nacional.
A primeira turma de Campinas só se formou em 1912: Américo Menezes,
Teodomiro Emerique, Bernardino de Souza, Tancredo Costa, Herculano de Gouvêa
Jr., Miguel Rizzo Jr., Júlio Nogueira, Otávio de Souza, Paschoal Luiz Pitta, Basílio
Braga, Francisco de Souza e Manoel Marques (os dois últimos congregacionais).
Depois vieram, entre outros, Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e
José Carlos Nogueira.
5. A Assembléia Geral.
O Sínodo reuniu-se em julho de 1906, em São Paulo, à Alameda dos Bambus. Além
de criar o Presbitério Bahia-Sergipe, enviou consulta aos presbitérios sobre a
conveniência de organizar a Assembléia Geral, marcando outra reunião para o Rio
no ano seguinte. Em agosto de 1907, o Sínodo aprovou a sua própria dissolução e a
criação de dois novos sínodos, bem como a organização da Assembléia Geral. Esta
foi convocada para o dia 07-01-1910, no templo da Igreja do Rio. O Sínodo do
Norte e o do Sul foram convocados para reunir-se no dia 07-01-1909 na Igreja
Presbiteriana de Salvador e na de Campinas, respectivamente.
O moderador do último Sínodo e o instalador da Assembléia Geral foi o Rev.
Modesto Carvalhosa, que na época completava 40 anos de ordenação. O Rev.
Álvaro Reis foi eleito moderador da Assembléia Geral e designado para ir à
Convenção Mundial de Escolas Dominicais, em Washington. A Assembléia criou o
Presbitério do Sul de Minas, mas incluiu-o no Sínodo do Norte. No dia 12-01, os
conciliares visitaram a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e
comemorar o 4º centenário do nascimento de Calvino.
Na época, a Igreja Presbiteriana tinha dez mil membros comungantes, outro tanto de
menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. Uma estatística recente dava os
seguintes números para as outras igrejas: metodistas – 6 mil; independentes – 5 mil;
batistas – 5 mil; episcopais – cerca de mil.
Em abril de 1910, o casal Reis partiu para os EUA em companhia do Dr. Hugh C.
Tucker. Álvaro manteve contatos com as juntas missionárias e com as Assembléias
Gerais das igrejas-mães. Falou extensamente sobre o Brasil, primeiro através de
intérpretes, depois em inglês. Encontrou-se com vários ex-obreiros no Brasil
(Lenington, Kyle, Mac Laren, Howell) e com as viúvas de outros (Lane,
Chamberlain, Baird, Flamínio Rodrigues). Visitou ainda as famílias de Henderlite,
Thompson, Gammon, C. Kemper e Armstrong. Após a Convenção das Escolas
Dominicais, Álvaro foi à Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, e
lamentou a exclusão das forças missionárias da América Latina. Também esteve em
Londres e outras cidades européias, visitando por fim Lisboa, onde manteve
contatos com igrejas presbiterianas.
2. Presbitérios.
- Ao organizar-se a Assembléia, os presbitérios tinham os seguintes ministros:
Pernambuco: Butler, Henderlite, Thompson e os nacionais Juventino Marinho (em
Maceió desde 1909), Benjamim Marinho (ordenado em 1905, serviu em Recife,
Palmares, Natal), Antonio Almeida (Ceará, Acre), Belmiro César (Maranhão), Mota
Sobrinho (Paraíba).
Bahia-Sergipe: Matatias (Salvador), Salomão Ferraz (Canavieiras), José Osias
(Cachoeira). Os missionários geralmente ficavam fora do presbitério: Bixler
(Estância), MacCall e Franklin Graham (alto São Francisco), Waddell (Ponte
Nova), Alexander Reese (Vila Nova), Philippe Landes (1911, norte Minas).
Rio de Janeiro: Álvaro Reis (Rio), Franklin (Riachuelo), Omegna (Niterói,
Copacabana, Valença), Lino da Costa (Florianópolis, Ponta do Caju); interior:
Henrique Louro (Friburgo), Manuel Alves de Brito (Lumiar), Aníbal Nora
(Jequitibá), Samuel Barbosa (Calçado).
São Paulo: James P. Smith (Itu), Gaston Boyle (Bragança), Robert Daffin
(Itapetininga, Iguape). Nacionais: Carvalhosa (Unida), C. Braga (Sorocaba), Júlio
Sanguinetti (Tatuí), Jovelino Camargo (Pinheiros).
Minas: Alva Hardie (Descalvado), André Jensen (Itapira), Alfredo Guimarães
(Cajuru), Alberto Zanon (de Araguari até Paracatu, auxiliado por Palmiro Ruggeri),
Zacarias de Miranda (S.J. Boa Vista, Campinas).
Oeste de São Paulo: Laudelino de Oliveira (Rio Claro), João P. Garcia (São Carlos),
João Vieira Bizarro (Araraquara), Otávio Jensen (Dois Córregos), Herculano E.
Gouvêa (Jaú), Coriolano de Assunção (Botucatu).
Sul: somente missionários: Landes, Lenington, Kolb, Bickerstaph, Salley.
Sul de Minas: criado por ocasião da Assembléia Geral: Gammon, H. Allyn, Joseph
Orton (episcopal inglês, trabalhou brevemente com a Missão Leste em Lavras, Bom
Sucesso, S.J. Del Rey), José Osias (vindo da Bahia, sucedeu Menezes em
Caxambu).
3. Missões em Portugal.
Em 1924, AG reunida em Recife encerrou o trabalho missionário em Lisboa;
Erasmo Braga eleito moderador. Em agosto, voltando da Europa, fundou com
Carvalho Braga, Álvaro Reis e outros amigos a Soc. Missionária Brasileira de
Evangelização em Portugal. Obreiro enviado: Paschoal Luiz Pitta (e esposa Odete),
pastor em Caxambu, ex-discípulo de Gammon em Lavras. Ficou em Portugal de
1925-40. AG reconheceu a Sociedade em 1926 (Paraíso, MG). Presbitério de Lisboa
organizado em 13-10-1926 com a presença de E. Braga (Pitta e Eduardo Moreira,
vindo da I. Congregacional do Porto). Novos obreiros: Anselmo Chaves (Madeira),
Aureliano Lino Pires (JMC). Falta de recursos, concorrência de outras igrejas
(pentecostais, batistas, darbistas). Pitta escreve "Cartas de Lisboa."
4. A Missão Caiuá.
Idealizador: Rev. A.S. Maxwell, da East Brazil Mission. Preocupado com a situação
dos indígenas, visitou aldeamentos no Paraná em 1921. Associação Evangélica de
Catequese dos Índios: organizada em 1928, em São Paulo. Missão Leste, IPB, IPI, I.
Metodista, I. Episcopal. Apoio de E. Braga e CBC. Em 1929, seguiram para
Dourados o casal Maxwell, prof. Esthon Marques (IPI), Dr. Nelson Araújo (médico
metodista), agrônomo João José da Silva e família (IPB). Mais tarde os Maxwell
foram substituídos pelo Rev. Orlando e Loide Bonfim Andrade. D. Loide foi ao
Texas em 1954 (junho-dezembro) e fez uma campanha bem-sucedida em favor da
Missão. A Missão incluía uma igreja indígena, escola, ambulatório e o orfanato
Nhãnderoga ("nossa casa").
5. Imprensa e literatura.
Periódicos: O Puritano, Norte Evangélico (extintos em 1958, criado o Brasil
Presbiteriano), Revista das Missões Nacionais (redatores: T. Porter, André Jensen,
M. Rizzo, G. Moreira) e outros de curta duração: O Evangelista (Querubino dos
Santos, Araguari, 1900), Imprensa Evangélica (Matatias G. Santos, Salvador,
1911), O Evangelista (Alva Hardie, Descalvado, 1913).
Literatura evangélica: publicações da Rua das Janelas Verdes (Lisboa) com apoio
da Igreja Escocesa: romances e novelas, O Peregrino, etc. Anos 20: Imprensa
Metodista e Casa Publicadora Batista. Entre os presbiterianos, somente esforços
isolados e efêmeros. Área mais fértil: literatura polêmica. O Problema Religioso na
América Latina (ECP); A Igreja, a Reforma e a Civilização (Leonel Franca); Roma,
a Igreja e o Anticristo (Ernesto Luiz de Oliveira).
Bíblia: tradução de Blackford. Tradução Brasileira: preparada em 1904-1914 e
publicada em 1917. Comissão: H.C. Tucker (presidente), Antonio B. Trajano, E.C.
Pereira, J.M. Kyle, John R. Smith, Alfredo B. Teixeira (IPI), Hipólito de O. Campos
(metodista), W. Cabell Brown (episcopal), Virgílio Varsea (R.G. Sul) e Alberto
Meyer (Friburgo). A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e a Sociedade
Bíblica Americana (no Brasil desde 1856 e 1876, respectivamente) uniram-se em
1942: Sociedades Bíblicas Unidas. Sociedade Bíblica do Brasil: fundada em 12-06-
1948 na Igreja Batista do Rio.
Hinários: a Confederação Evangélica do Brasil formou Comissão do Hinário (1935-
36). O Hinário Evangélico foi publicado no Rio em 1945; o HE com Músicas
Sacras em 1952, e a 2ª edição do HE em 1953.
6. Personagens.
Leigos destacados: colportores, pregadores, jornalistas, administradores,
professores, hospedeiros, benfeitores. Alguns nomes: Firmino Lourenço de Souza
(Campo Largo, PR: alfabetizador), Antonio Pádua Dias (Cabo Verde, MG:
autodidata, defensor da liberdade de consciência), Eduardo José Duarte (Lençóis,
Botucatu: evangelista), Querubino dos Santos e Tertuliano Goulart (Triângulo
Mineiro: jornalistas), Cel. Custódio da Veiga (Nepomuceno, MG: homem público,
benemérito), Com. Antonio Januzzi (Valença, RJ: benfeitor), Gustavo Dias de
Assunção e Carlos José Rodrigues (tesoureiros da IPB), Guilherme Klopffleisch
(Paraná: presbítero), Eliezer dos Santos Saraiva (I. Unida: paladino da Escola
Dominical), Cel. Joaquim Ribeiro (Rio Claro: líder presbiteriano), Benjamin
Hunnicutt (Lavras, São Paulo: homem influente), José Carlos Rodrigues (Rio de
Janeiro: jornalista, escritor, filantropo).
Obreiros falecidos: Rev. Álvaro Reis: defendeu uso do cálice comum (1913),
grande pregador ("Sete Palavras da Cruz," 1914), apoiou o Seminário Unido, vida
conjugal exemplar (casal criou 14 órfãos), foi à Conv. Mundial de EDs em Tóquio
(1920), Congresso de Montevideo (1925); morreu em 04-06-1925. Dª Carlota
Kemper (+15-05-1927). Dr. Samuel R. Gammon (+1928).
1. Bahia-Sergipe:
1. Minas-Espírito Santo:
1. Sínodo Central:
Formado em 1928, lutou pelo Seminário Unido. Presb. Barra do Piraí (22-02-1929):
depois Presb. Oeste Fluminense. Henrique Louro, Ricardo Mayorga, José C.
Segovia. Presb. de Niterói (20-02-1929): depois Presbitério Leste Fluminense; 1º
moderador: Erasmo Braga. José Martins, Benjamim César (Campos), Armando
Ferreira (Friburgo). Presb. de Campos (1948).
I.P. Rio de Janeiro: Matatias G. Santos (22-08-1926); congregações organizadas em
igrejas: Madureira, Bento Ribeiro, Realengo, Bangu, Santa Cruz, Turiassu; outras
tornaram-se congregações presbiteriais; construção da catedral; Instituto
Renascença (1931). Amantino Adorno Vassão (07-01-1945). Copacabana:
Benjamim Moraes; Riachuelo: Galdino Moreira. Friburgo: Henrique Louro,
Bernardino de Souza, mais tarde Levi Alt. Valença (org. 08-04-1910): pioneiros:
Franklin do Nascimento, Constâncio O. Omegna (1910) e Ateneu Valenciano, Com.
Antonio Januzzi.
O Sínodo Central incluía o Presb. Sul de Minas (Mário Lício, Abdias Nobre) e
depois o Presb. Oeste de Minas (21-01-1939), que ía de Lavras a Belo Horizonte:
Jorge Goulart, Francisco Alves (Lavras), Paulo Pernasetti (Campo Belo, Varginha,
Brás, SP), Osvaldo S. Emerique (Campo Belo).
1. Meridional:
2. As Missões.
(a) Da PCUS:
Missão Norte: colaborou com o Seminário do Norte, Colégio Agnes Erskine, 15 de
Novembro, Tipografia Norte Evangélico. Maior dos antigos obreiros: William C.
Porter; evangelizou o Rio G. Norte e a Paraíba. Faleceu em João Pessoa em 1939,
seguido por Da. Catarina. Em 1954 havia cinco campos: Maranhão-Piauí, Ceará,
Paraíba-Rio Grande do Norte, Pernambuco-Alagoas-Sergipe, Garanhuns. Cinco
diretores, 11 pastores nacionais, 14 obreiros leigos, 20 professores primários.
Outros: Langdon Henderlite, W.B. Moseley.
Missão Leste: Sra. Cowan (Bagagem, Araguari, Jequitibá, Piumhi); Ruth See e Sra.
Armstrong (escola em Bom Sucesso, Campo Belo); casal Allyn e casal Baker (Dr.
Frank Fisher Baker, genro dos Allyn): Varginha, 1920. Baker depois lecionou no
Seminário. Nos anos 20 chegaram os Sydenstricker e os Davis: S.J. Del Rei,
Alfenas, Campanha. O Rev. Albert Maxwell convidou Philippe Landes, pastor em
Campo Grande, para assumir o trabalho de Dourados. Em 02-03-1937, ele recebeu
os primeiros membros: Celanira Pires de Carvalho, Celanira Pires Vieira, Marcelino
Pires de Carvalho e Marçal de Souza (índio); pouco depois, Nerino Pires de
Carvalho. Em 1942, Marion e Margarida Sydenstricker foram para Dourados. A
igreja foi organizada em 1951.
Missão Oeste: família Hall, de Americana: várias esposas de missionários. Litoral:
Willis R. Banks, James P. Smith. Itu: Gaston Boyle (genro do velho Smith), casal
Hurst. Eduardo Lane II: após pastorear na Carolina do Norte e Virgínia, voltou ao
Brasil com D. Mary em 1921. S. Sebastião do Paraíso (1921-31) e Patrocínio;
depois Jaboticabal, Barretos e Campinas. Nos anos 20, a Missão Oeste deixou ao
Presb. de São Paulo os velhos campos (Juquiá, Itapetininga, Itu, Bragança) e
concentrou-se em Paraíso, Passos e Triângulo Mineiro. Alva Hardie: Patrocínio
(1924); James R. Woodson (1924); Daffin: Barretos, Ribeirão Preto, Franca. Júlio
A. Ferreira professou a fé com Daffin em Ribeirão Preto (1926).
Instituto Bíblico de Patrocínio: a Missão Oeste priorizava a evangelização e não a
educação. Daí, idéia de uma escola para formar evangelistas, fundada por Edward e
Mary Lane em 1933. Convenções anuais de uma semana para líderes. Outros
dirigentes: George e Hazel Hurst, Frances Hesser.
(b) Da PCUSA:
Missão Central: principais campos (1920): Ponte Nova, bacia do S. Francisco, sul
da Bahia, norte de Minas. MacCall aposentou-se em 1924 e voltou para os EUA.
Filhos de Waddell: Kenneth (médico em Ponte Nova), Richard (chegou em 1932).
Veteranos falecidos: Pierce Chamberlain (1929), Sra. Chamberlain (1930), Donald
MacLaren (1930). Igrejas diminuem por causa da seca, êxodo para o sul. Escola de
Ponte Nova continua a formar professores. Hospital: Drs. Waddell e W. Welcome
Wood. Campo transferido para o presbitério em 1922. Colégio 2 de Julho
(Salvador): iniciado em 1926-28 por Peter e Irene Baker, depois chamados para o
Mackenzie e substituídos pelo Rev. Ellis Gravis. Primeiros missionários aviadores:
Roger Perkins, George Glass.
Missão Sul: John B. Kolb: Santa Catarina (1902-1906), Paraná (Ponta Grossa,
Guarapuava, 1906-1921). George Landes: após aposentar-se, ajudou o filho
Philippe em Mato Grosso. Roberto Frederico Lenington: Curitiba até 1932, depois
Seminário Presbiteriano. Casal Bickerstaph: 12 anos em Lages e oeste de Santa
Catarina (Herval, Xanxerê, Palmas); depois, Harry Midkiff: Lages e centro do
estado (Curitibanos, Bom Retiro, Rio do Sul). Escola Americana de Curitiba foi
arrendada para o Rev. Luís César em 1934 (trazia deficits à Missão). Instituto
Cristão de Castro: administração do Rev. Martinho Rickli (1937), depois pertenceu
à sua família. A Missão Sul fundiu-se com a Central por volta de 1937.
Goiás e Mato Grosso: Rev. Franklin Graham mudou-se para Planaltina em 1922
(serviços médicos, escola); igreja organizada só em 1934; campo incluía Arraias e
Cavalcante. Depois, Donald F. Reasoner. Jataí: casal Salley (1931): pioneiros do
sudoeste goiano. Rio Verde: Dr. Donald Gordon (1936): escola de enfermagem.
Mato Grosso: Philippe Landes percorria o interior enquanto o velho Landes ajudava
na capital. A Igreja de Cuiabá foi organizada em 12-10-1920. Outros obreiros:
Adam Martin (1919), Roy Harper (1925), Augusto Araújo (1934), genro do
pioneiro João Pedro Dias. Escola fundada em 1916, transferida para Buriti em 1919.
Dirigentes: casal Moser (até 1941 e depois de 1953), Annie Hastings, Jean Graham.
Antiga política de Waddell: evangelista –pastor + educador, agrônomo, médico.
Trabalhos iniciados por Landes: Rosário Oeste: início em 1917, profissões de fé em
1924; Roy Harper (1928-31), Floyd Grady (1948). Campo Grande: início em 1934,
igreja organizada em 1935; Revs. Eudes Ferrer (1937), A.G. Martin, Waldyr C.
Luz, Augusto Araújo, Ashmun Salley, Alfredo Marien. Outras: Aquidauana (1940),
Guia Lopes, Corumbá (1950), Poxoréu (1950), Rondonópolis (1948). Presbitério de
Cuiabá (1958?).
1. Mocidade: entidades precursoras: ACM (Myron Clark), Esforço Cristão (Clara
Hough, Botucatu, 1891; Elmira Kuhl, Curitiba, 1898); União de Estudantes para o
Trabalho de Cristo (1925, Granbery), depois União Cristã de Estudantes do Brasil
(UCEB). Líder: Rev. Eduardo Pereira de Magalhães (neto de ECP). 1º Congresso
Nacional da Mocidade Evangélica (Rio, 15-21/08/1938). 1ª federação de mocidade:
Presb. Sul de Minas (Paulo Freire de Araújo). Supremo Concílio de Fortaleza
(1938) criou a secretaria do trabalho da mocidade (Benjamim Moraes). 1946 – 1º
congresso nacional e criação da confederação, em Jacarepaguá (seis federações); 2º
congresso: Recife, 1949; 3º congresso: Lavras, 1952 (vinte e nove federações).
Líderes: Benjamim Moraes, Francisco Alves, Wilson Fernandes, Jorge César Mota,
Paulo César, Waldo César, Tércio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo,
Billy Gammon.
1. Junta de Missões Nacionais: em 10-09-1940 foi organizada na I. P. Unida a Junta
Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e das missões de Nova
York e Nashville. Líderes: Coriolano de Assunção, G. Kerr, Philippe Landes, E.
Lane, Lício (presidentes); Carlos José Rodrigues, Eurico Ribeiro dos Santos
(tesoureiros); José Carlos Nogueira (secr. executivo). Primeiros campos: Alta
Araraquarense (Tanabi, Monte Aprazível, Mirassol, Jales, Votuporanga), Alta
Paulista (Lucélia, Adamantina, etc.), norte do Paraná, Teófilo Otoni (Antonio Elias),
Guanhães, Virginópolis, Peçanha, Pará (região bragantina, Altamira), Criciúma,
Irati, Rio Grande do Sul. De 1940-58 a Junta ocupou 15 regiões, com cerca de 150
locais de pregação, de norte a sul do Brasil. Em 01-07-1950 foi criada a Missão
Presbiteriana da Amazônia.
1. Missão em Portugal: Assembléia Geral: João da Mota Sobrinho (1911-1922),
Sociedade Brasileira de Evangelização: Paschoal Luiz Pitta (1925-1940); Paulo
Villon. Supremo Concílio encampou a SBE em 1944 e autorizou a criação da Junta
de Missões Estrangeiras. Apoio da PCUSA e PCUS graças à mediação dos Revs.
Samuel Rizzo e Ricardo Waddell (Junta Presbiteriana de Cooperação em Portugal).
Primeiros missionários: Natanael Emerique (1944), Aureliano Lino Pires (1946),
Natanael Beuttenmuller (1947). A Junta de Nova York enviou Manuel da
Conceição Jr. e Benjamin Bush. Também foram recebidos três pastores
congregacionais e suas igrejas (Rossio, Lisboa e Figueira da Foz). Foi formado o
Presbitério de Lisboa, com dez pastores e cinco igrejas, e um seminário teológico.
Outro obreiro: Rev. Teófilo Carnier.
1. Casa Editora Presbiteriana: em 1945, no início da Campanha do Centenário, o
Supremo Concílio nomeou uma comissão para organizar uma "casa editora."
Presidente: Rev. Boanerges Ribeiro; secretário: Pb. Armando de Azevedo (Bauru);
tesoureiro: Pb. João Lupion Filho (Itapetininga); gerente: Péricles de Oliveira Paulo.
A primeira sede da Casa Editora foi uma sala cedida pela I. P. Unida, na Rua
Helvetia.
2. Cisões.
Igreja Presbiteriana Independente: criada em 1903, quatro anos depois tinha 56
igrejas e 4.200 membros comungantes. Fundou um seminário em São Paulo. Em
1908 foi instalado o Sínodo, inicialmente com três presbitérios; em 1957 foi criado
o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas locais e 105
pastores. O Estandarte, fundado em 1893, continuou a ser o jornal oficial. Após o
Congresso do Panamá (1916), a IPI aproximou-se da IPB e das outras igrejas
evangélicas. A partir de 1930, surgiu um movimento de intelectuais (entre eles o
Rev. Eduardo Pereira de Magalhães) que pretendia reformar a liturgia, certos
costumes eclesiásticos e até mesmo a Confissão de Fé. A questão eclodiu no Sínodo
de 1938. Um grupo organizou a Liga Conservadora, liderada pelo Rev. Bento
Ferraz. A elite liberal retirou-se da IPI em 1942 e formou a Igreja Cristã de São
Paulo.
Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada pelos membros da Liga
Conservadora em 1940. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas, em quatro
estados, e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador.
Filiou-se à Aliança Latino-Americana de Igrejas Cristãs e à Confederação de Igreja
Evangélicas Fundamentalistas do Brasil.
Igreja Presbiteriana Fundamentalista: Israel Gueiros, pastor da 1ª I. P. de Recife
ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (Carl McIntire) liderou uma
campanha contra o Seminário do Norte sob a acusação de modernismo. Fundou
outro seminário e foi deposto pelo Presbitério de Pernambuco em julho de 1956.
Em 21 de setembro foi organizada a IPFB com quatro igrejas locais (inclusive
elementos batistas e congregacionais), que formaram um presbitério com 1800
membros.
3. As Constituintes.
Além da Confissão de Fé e dos catecismos de Westminster, o Sínodo de 1888
adotou o Livro de Ordem (publicado na Imprensa Evangélica em 1881) da I. P. dos
Estados Unidos, com as emendas adotadas pelos presbitérios. A Assembléia Geral
de 1912 ordenou a revisão do Livro de Ordem, que só foi concluída em 1924, sendo
as modificações não essenciais. Convocada pela A.G. de 1936 (Caxambu), a
Constituinte reuniu-se em 09-12-1937 no Rio de Janeiro, sob a presidência do Rev.
Galdino Moreira. (A Constituição da IPI, publicada em 1934, exerceu forte
influência.)
A Constituição de 1937 entrou em vigor sob protestos do norte, que não enviara
representantes e não concordava com as modificações feitas. No ano seguinte, o
Supremo Concílio reuniu-se em Fortaleza e elegeu presidente o Rev. Guilherme
Kerr, também avesso às mudanças. O concílio remeteu aos presbitérios uma
proposta de reforma do Art. 59, que dizia não haver distinção de sexo para o ofício
do diaconato. O Supremo Concílio de 1942 (Botucatu) resolveu a questão a
contento do norte, que continuou protestando contra outros pontos ("confirmação",
"Igreja Cristã Presbiteriana", etc.).
O Supremo de 1946 (Copacabana) convocou uma constituinte e a nova Constituição
foi promulgada em 1950 na reunião de Presidente Soares. O Código de Disciplina e
os Princípios de Liturgia foram promulgados em 1951 no templo da Igreja Unida
pelo Supremo reunido em Jandira. Essas assembléias foram presididas pelo Rev. Dr.
Benjamim Moraes Filho.
4. Movimentos cooperativos.
Entidades com participação presbiteriana: Associação Evangélica Beneficente
(AEB), fundada em 08-09-1928 pelo Rev. Otoniel Mota; Associação Cristã de
Beneficência Ebenézer (ACBE), dirigida pelo Dr. Benjamin H. Hunnicutt;
Associação Evangélica de Catequese dos Índios, fundada em 1928 pelo Rev. Albert
S. Maxwell, depois Missão Evangélica Caiuá; Instituto José Manoel da Conceição
(JMC), fundado em 1928 pelo Rev. Dr. William A. Waddell; Confederação
Evangélica do Brasil, fundada em 1934; Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE),
fundado em 1951 por Robert McIntire, Celso Wolf e George Glass; Universidade
Mackenzie, transferida à IPB no início dos anos 60.
5. A Campanha do Centenário.
Foi lançada no Supremo Concílio de 1946. Presidente: Rev. Natanael Cortez.
Objetivos: avivamento espiritual; expansão numérica (dobrar o número de
membros); consolidação das instituições da igreja; afirmação da fé bíblica e
reformada; homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário foi
organizada em 1948 com seis membros nacionais e seis missionários. Problemas:
falta de recursos para a campanha, precariedade dos jornais da igreja, reforma da
Constituição, questão ecumênica (CMI, Israel Gueiros), malogro da tentativa de
união com a IPI.
Após 1950 a campanha ganha ímpeto, com séries de conferências e esforço
evangelístico. Publica-se o Boletim do Centenário. A Comissão Unida do
Centenário (IPB, IPI e Igreja Reformada Húngara) se mobiliza. Planeja a grande
campanha de Edwyn Orr e William Dunlap, que se estende por todo o Brasil em
1952. Seguem-se outras campanhas. O Supremo de 1954 (Recife) elege como
presidente José Borges dos Santos Jr. Outras medidas: criação do Museu
Presbiteriano, Brasil Presbiteriano, Seminário do Centenário. A 18ª Assembléia da
Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em S. Paulo de 27-07 a 06-08. Lema do
centenário: "Um ano de gratidão por um século de bênçãos."
6. Estatística de 1957.
Seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 61 congregações presbiteriais, 2.101 pontos de
pregação, 812 congregações de igrejas, 369 ministros ordenados, 127 candidatos ao
ministério, 89.741 membros comungantes, 71.650 membros não-comungantes.
7. Reuniões do Supremo Concílio (e presidentes).
1938 – Fortaleza: Rev. Guilherme Kerr
1942 – Botucatu: Rev. José Carlos Nogueira
1946 – Copacabana: Rev. Natanael Cortez
1950 – Presidente Soares: Rev. Dr. Benjamim Moraes Filho
1951 – Jandira (extraordinária)
1954 – Recife: Rev. José Borges dos Santos Júnior
1958 – Lavras: Rev. José Borges dos Santos Júnior
1959 – Rio de Janeiro (extraordinária, 10-12 agosto)