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Fábio Moura
de Lima
SÃO PAULO
2022
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 03
2 A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA PARA A TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
03
3 JESUS E O INTROITO DO COLÉGIO APOSTÓLICO 05
4 A PROMESSA E O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO 06
5 EXPANSÃO, PRENUNCIO DA PERSEGUIÇÃO E MARTÍRIO 07
6 SAULO E O PRELÚDIO DA INQUISIÇÃO 08
7 LANÇANDO AS BASES DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO 09
8 SAULO PARA OS JUDEUS, PAULO PARA OS GENTIOS 10
9 ASPECTOS PESSOAIS DO TEÓLOGO PAULO 11
10 DA PERSEGUIÇÃO NASCE A NECESSIDADE 12
11 O TEÓLOGO DO NOVO TESTAMENTO 12
12 BASES DOUTRINÁRIAS PARA AS IGREJAS 13
13 CONCLUSÃO 15
REFERÊNCIAS 17
3
1 INTRODUÇÃO
Paulo, foi o último apóstolo a ser escolhido por Jesus quando ia para
Damasco, mas a sua importância crescente durante os primeiros anos da igreja do
primeiro século, o tornaram a principal autoridade teológica, e sua contribuição
registrada em preciosas cartas, continua ajudando a alicerçar novos cristãos, a
exortar os mais experientes, e fundamentar a teologia contemporânea.
Usando todo o conhecimento, que tinha submetido ao Senhor Jesus e
servindo a igreja, Paulo ajudou não apenas na expansão da mensagem da salvação,
mas também, em lançar os fundamentos doutrinários que servem de norte para as
igrejas de hoje.
Com foco nos registros escritos que passariam de geração a geração, o
apóstolo dos gentios nos deixou, preciosas informações e respostas para os mais
diversos assuntos, que permeavam as primeiras igrejas, e que são assuntos muito
importantes atualmente, não somente com relação a doutrina, mas com aplicação
prática na vida do indivíduo como cristão.
De perseguidor a perseguido e de pregador a mestre, veremos como Paulo
sistematizou a ‘‘Teologia do Novo Testamento’’, e como suas características
pessoais o deixaram marcado na história da igreja, como o maior teólogo do novo
testamento, e as diretrizes contidas em seus escritos, continuarão sendo até a volta
de Jesus, como colunas de sustento doutrinário para as igrejas.
interesse humano não apenas em se comunicar via relações sociais, mas em deixar
registros históricos para gerações futuras.
Quando Jesus chega as margens do rio Jordão para ser batizado por João
Batista ele já tinha em torno de 30 anos de idade: ‘‘E Jesus, quando foi batizado,
saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e vindo sobre ele’’ (BÍBLIA, N.T. Mateus, 3:16).
É mister informar, que Jesus iniciou seu ministério após ser batizado e
posteriormente tentado no deserto, e uma das suas primeiras ações foi escolher
aqueles que viriam a ser, os membros do colégio apostólico e por conseguintes
testemunhas diretas dos acontecimentos vindouros:
E quando já era dia, ele chamou a si os seus discípulos; e escolheu doze
deles, a quem também deu o nome de apóstolos: Simão (a quem ele
também chamou Pedro), e André, seu irmão, Tiago e João, Filipe e
Bartolomeu, Mateus e Tomé, Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado
Zelote, e Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que também foi o
traidor. (BÍBLIA, N.T. Lucas, 6:13-16).
e depois disso, colocar em prática tudo o que aprenderam por mais de três anos
observando o exemplo prático do Senhor: ‘‘E eis que, eu envio sobre vós a
promessa
de meu Pai; mas ficai na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder’’ (BÍBLIA, N.T. Lucas, 24:49).
O cumprimento da promessa ficou conhecido como ‘‘O dia do derramamento
do Espírito Santo’’ e foi registrado por Lucas:
templos feitos por mãos humanas que, Estêvão é levado para fora da cidade, e
apedrejado até a morte:
O termo inquisidor tem início no século XIII, promovido pela igreja católica, e
tinha por finalidade, o intuito de interrogar, julgar e punir possíveis crimes de heresia.
Não seria exagero dizer que Saulo com sua ferrenha perseguição aos
seguidores de Cristo, demonstrou no século I, como futuramente funcionaria de
forma violenta e desumana a inquisição, prepotentemente chamada de ‘‘santa’’.
Logo após o encontro com Jesus, que provocou a sua conversão, Saulo
assume um importante papel na pregação da mensagem da salvação, se juntando
aos discípulos, primeiro na cidade de Damasco, e depois nas cidades vizinhas,
frequentando as sinagogas e afirmando publicamente ali, que Jesus era o Filho de
Deus.
Alguns grupos se opuseram, em especial os ‘‘helenistas’’, que fortemente se
levantaram contra a mensagem de Paulo: ‘‘Depois da morte de Alexandre Magno
em 323 antes de Cristo (...) formou-se um tipo de cultura na antiguidade que
chamamos de helenismo.’’ (GAMITO, 2020, p. 04).
As palavras do apóstolo eram ousadas, pois falava em nome do Senhor
Jesus, os helenistas de Jerusalém tentavam dissuadi-lo filosoficamente e não
conseguiam, Saulo despertou assim o ódio em seus opositores que agora,
buscavam ocasião para matá-lo, isso fez com que ele fosse enviado pelos irmãos, a
Cesaréia, e depois para Tarso.
10
Paulo era sem dúvida o mais letrado dos apóstolos, de família influente e
aluno de Gamaliel, que por sua vez era um respeitado rabino da escola de Hillel:
‘‘Havia em Israel diversas escolas para o aprendizado, porém os mais
famosos e de credibilidade eram a dos rabinos Shammai e do rabino Hillel (...) Hillel
é conhecido por ser o sábio que preserva o amor’’. (LANDULFO, 2016, p. 51).
O apóstolo Paulo não era apenas mais um novo convertido ao ‘‘Caminho’’,
mas um importante líder da igreja do primeiro século e consequentemente viria a ser
a maior autoridade teológica do novo testamento.
Um dos aspectos pessoais mais marcantes do apóstolo era sua devoção ao
ofício, outrora seu afinco estava em perseguir e prender os discípulos de Jesus,
mas
agora ele direciona toda a sua devoção na servidão ao seu mestre, na pregação da
palavra de Deus, e, na sua total entrega ao apostolado.
Na cidade de Corinto Paulo escreve sua carta aos Romanos, essa carta
pode ter sido entregue através da irmã Febe, e ele trata de assuntos de extrema
relevância para a teologia como ‘‘a justificação pela fé’’, temas fundamentais como
justiça, justificação, propiciação, pecado original, rejeição de Israel, dons espirituais,
sobre as autoridades, condenação, guardar a lei de Deus, e fé, são temas centrais
desse registro escrito, a carta chega muito antes do apóstolo, pois quando Paulo
finalmente vai para Roma, já está na condição de prisioneiro, mas graças ao
conteúdo rico da carta, a igreja de Roma estava anteriormente bem instruída.
Aos Coríntios foi escrita na cidade de Éfeso, Paulo dá atenção especial ao
conteúdo doutrinário desta primeira carta, pois foi por intermédio dele em sua
segunda viagem missionária, que a mensagem de Jesus chegou pela primeira vez
na cidade, e ali ele permaneceu por dezoito meses também na companhia de Áquila
e Priscila.
Alguns problemas sérios que foram tratados por Paulo na primeira carta
incluíam, divisões entre os irmãos da igreja, imoralidades, questões matrimoniais,
consumo de alimentos, ressurreição dos mortos, incompreensão da mensagem de
Cristo, perda de galardão, devassidão, esses assuntos são contemporâneos, pois os
13 CONCLUSÃO
Ele não se fez um apóstolo, foi chamado para isso, e da mesma forma não
se fez mestre, foi igualmente escolhido, e é inegável a expansão doutrinária da
igreja sob as instruções do apóstolo dos gentios.
Assim como a doutrina da igreja atual extrai direto da fonte de Paulo, não há
um único leitor do novo testamento, que não tenha se beneficiado como individuo,
dos registros teológicos desse apóstolo.
O conteúdo da Teologia do Novo Testamento registrado ou ditado por Paulo,
é tão impressionante, pois foi revelado pelo Espírito Santo, e tamanha é a sua
importância e responsabilidade, que um espinho na carne lhe foi colocado, para que
diante dessas excelentes revelações, ele não se exaltasse.
Portanto, sendo o mais preparado dos apóstolos na questão teológica,
demonstrando sua submissão ao Senhor e humildade entre os irmãos, Paulo se
consolida como a maior referência teológica do novo testamento.
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Cezar A. Marques de. Comentários em João 1.35-45. Cesar Azevedo, 2022.
Disponível em: <https://cezarazevedo.com.br/comentarios-em-joao-1-35-42/>.
Acesso em: 25 set. 2022.
BAKOS, Margaret Marchiori (Org); POZZER, Katia Maria Paim (Org). A ESCRITA
CUNEIFORME NO ANTIGO ORIENTE PRÓ. III jornada de estudos do Oriente
Antigo: línguas, escritas e imaginários. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.
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