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Justiça Constitucional

2022/2023
Sumário

PARTE II
GARANTIA E CONTROLO DA CONSTITUIÇÃO: A JUSTIÇA CONSTITUCIONAL

Capítulo I
A fiscalização judicial como instituto de garantia e de controlo da Constituição

2. Os modelos de «justiça constitucional»


2.1. Os modelos fundamentais
2.2. Quem controla: os sujeitos do controlo
2.3. Como se controla: o modo de controlo
2.4. Quando se controla: o tempo do controlo
2.5. Quem pede o controlo: a legitimidade activa
2.6. Os efeitos do controlo
Capítulo II
O sistema de controlo da constitucionalidade na Constituição de 19761.
1. Constitucionalismo monárquico: a inexistência de mecanismos de fiscalização judicial da constitucionalidade
2. Constitucionalismo republicano:
3. Caracterização global do sistema português vigente
4. Objecto de controlo
5. Sanções do controlo
6. Vícios geradores de inconstitucionalidade
Capítulo III
Os processos de fiscalização da inconstitucionalidade e da ilegalidade
1- Processo de fiscalização abstractapreventiva
2. Processo de fiscalização abstracta sucessiva
3.Processo de fiscalização concreta
4.Processo de declaração de inconstitucionalidade com base no controlo concreto –controlo misto
5. Processo de inconstitucionalidade por omissão
Bibliografia recomendada

SILVA, Maria Manuela Magalhães e ALVES, Dora Resende - Noções de Direito


Constitucional e Ciência Política. Reimpressão da .2.ª edição. Lisboa: Rei dos Livros.

MIRANDA, Jorge - MANUAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL. Coimbra: Coimbra Editora.


Tomo IV e V ou em versão condensada: CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL.
Universidade Católica Editora. 2018.

CANOTILHO, J. J. Gomes - Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra:


Livraria Almedina. A partir da página 837
Estado Social e
Democrático de
Direito
Estados
Autocráticos do
século XX
Estado de Direito
Liberal (Nazista, Fascista
e Soviético
Revoluções
Liberais
Estado Moderno (
Estado
Estamental e
“Estado” Medieval Absoluto

Estados Antigos
(oriental, grego,
romano)
Estado Social e
Democrático de
Direito
2ª G G

Estados
Autocráticos do
século XX
1ª G G
(Nazista, Fascista
e Soviético)
Estado de Direito
Liberal
Revoluções
Liberais

SP Sep. e Interdependência
111º
iniciativa e comp leg do Gov
167º, 1 ; 197º, 1, d); 198º

SP P. Legislativo – Parlamento DF – desvalorização do D Propried.


P. Executivo – Rei e Ministros – sufrágio universal
P Judicial – Juízes – reinterpretação dos DLG
– DESC (2ªgeração=)
DF – pré e supra estaduais
– originários CONST. IDEOLÓGICO-
– negativos
PROGRAMÁTICAS
CONST. UTILITÁRIAS
Princípio da
legalidade
Justiça administrativa administrativa

Particulares Atos da Administração


recorrerem aos
tribunais. Os
atos da lei
Administração de
acordo com a lei
Constituição Utilitária

XIX – Estado Liberal

XX – Estado Social e Democrático


de Direito
Constituição Ideológico-programática
Justiça Constitucional

Verificação da conformidade entre os


atos estaduais e a Constituição
Sistemas de fiscalização de inconstitucionalidade

◼ Quanto ao número de órgãos encarregados a


proceder o controlo de constitucionalidade
◼ Difuso
◼ Concentrado

◼ Natureza dos órgãos de fiscalização da


constitucionalidade
◼ Modelo norte-americano ou de fiscalização judicial
◼ Modelo austríaco ou de Tribunal Constitucional
◼ Modelo francês ou de controlo por órgão político
◼ Misto (de órgão político e judicial)
Classificação da fiscalização

◼ Modo como se efetua o controlo


◼ Fiscalização por via principal
◼ Fiscalização por via incidental

◼ Abstrata
◼ Concreta

◼ Momento em que é realizado o controlo


◼ Fiscalização preventiva
◼ Fiscalização sucessiva
Classificação dos efeitos

◼ Gerais
◼ Particulares

◼ Retroativos
◼ Prospetivos
Breve História do Tribunal Constitucional

I – Os Antecedentes
1. O regime republicano
2. O Estado Novo
3. O período pós-revolucionário
4. A Comissão Constitucional
5. O debate constitucional de 1982
6. A génese da Lei nº 28/82
Constituição de 1822
C Monárquicas Carta Constitucional de 1826
Constituição de 1838

Constituição de 1911
C Republicanas Constituição de 1933
Constituição de 1976
O Tribunal Constitucional
TÍTULO VI
Tribunal Constitucional
Artigo 221.º
(Definição)
O Tribunal Constitucional é o tribunal ao qual compete especificamente administrar a justiça
em matérias de natureza jurídico-constitucional.
Artigo 222.º
(Composição e estatuto dos juízes)
1. O Tribunal Constitucional é composto por treze juízes, sendo dez designados pela
Assembleia da República e três cooptados por estes.
2. Seis de entre os juízes designados pela Assembleia da República ou cooptados são
obrigatoriamente escolhidos de entre juízes dos restantes tribunais e os demais de entre
juristas.
3. O mandato dos juízes do Tribunal Constitucional tem a duração de nove anos e não é
renovável.
4. O Presidente do Tribunal Constitucional é eleito pelos respectivos juízes.
5. Os juízes do Tribunal Constitucional gozam das garantias de independência,
inamovibilidade, imparcialidade e irresponsabilidade e estão sujeitos às incompatibilidades
dos juízes dos restantes tribunais.
6. A lei estabelece as imunidades e as demais regras relativas ao estatuto dos juízes do
Tribunal Constitucional.
Caracterização Global do sistema português
vigente
◼ Difuso ao nível da fiscalização concreta
◼ Concentrado ao nível da fiscalização abstrata, quer preventiva,
quer sucessiva

◼ Por órgãos judiciais – tribunais em geral e o Tribunal Constitucional

◼ Fiscalização preventiva – por via principal

◼ Fiscalização sucessiva
◼ Abstrata – por via principal
◼ Em concreto – por via incidental
◼ Fiscalização por omissão
Caso V
A 8 de Junho de 2018, o Presidente da República vetou a primeira versão do diploma que
regula a gestação de substituição (vulgarmente denominada «barriga de aluguer») porque
entendeu que tal possibilidade, por evitar os contratempos de uma gravidez, potenciava a
inconsciência dos beneficiários relativamente às obrigações parentais futuras, permitindo
inclusive a adoção por parte de casais homossexuais.
O diploma do Bloco de Esquerda, que havia sido aprovado por maioria confortável, foi
novamente aprovado no Parlamento a 20 de Julho, sem alterações, na sequência do veto
presidencial de 8 de Junho.
O Presidente da República acabou por promulgar o diploma.
Posteriormente, 10 Deputados do CDS-PP (que elegeu 18 Deputados) rogaram ao Primeiro-
Ministro que impedisse a publicação do diploma em causa, por não garantir que a criança,
gerada ao abrigo do estipulado no texto legal, possa conhecer a sua identidade genética,
uma vez que foi consagrado o anonimato da «mãe de substituição».
A lei não foi publicada.

1. Explicite, fundamentadamente, todo o processo de feitura de uma lei, considerando todas as


vicissitudes expressas no enunciado. (3 valores)
2. Que poderia o Presidente da República fazer se não pretendesse promulgar por sentir
dúvidas sobre o cumprimento da tramitação legislativa? (3 valores)
3. Imagine agora que a lei tinha entrado em vigor. Como cidadão, o que poderia fazer? (2
valores)

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