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ILHA DO CAMPECHE,
FLORIANÓPOLIS – SC/BRASIL
Orientador:
1
MARCELO VIEIRA NASCIMENTO
Aprovado em:
Prof. Dr.
UFLA
Prof. Dr.
UFLA
2
[...] Cito as acácias com folhas multipenadas, troncos altos e ramos
espairecidos em forma de leque. Abaixo destas, sobre troncos caídos,
rastejam capins, samambaias, helicôndas de folhas largas e de altura
de uma pessoa; ainda de permeio, palmeiras anãs, troncos de
samambaias. Cipós emaranhados erguem-se do chão ao cimo das
árvores, de lá pendendo para baixo: os ramos mais altos situam-se
alegres jardins de orquídeas e bromeliáceas, etc, com as
“Tillandsia usneoides” (“barba-de-velho”) cobrindo velhas árvores
com seus cachos prateados (CHAMISSO, 1815, p. 233)1.
1
Obs. Possivelmente o primeiro relato sobre a existência de Orquídeas na Ilha de Santa Catarina.
3
Dedico à Alessandra, Júlia e João razão do meu viver.
4
AGRADECIMENTOS
5
Ao Herbário da Universidade Federal de Santa Catarina (FLOR), através
dos Biólogos Carlos Eduardo Vilas Boas de Siqueira e Silvia Venturi, pelo apoio
constante e o compartilhamento de seus conhecimentos nos estudos com
Orquidáceas.
6
A Patrícia A. Harding, pela amizade e apoio imensurável nos estudos
relativos às mudanças da denominação das espécies encontradas na Ilha de Santa
Catarina.
7
SUMÁRIO
1 A ILHA DO CAMPECHE........................................................................20
1.1 INTRODUÇÃO............................................................................................20
1.2 UM BEM DA UNIÃO..................................................................................23
1.3 O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DA ILHA DO CAMPECHE..........25
1.4 TOMBAMENTO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO E PAISAGISTICO -
PATRIMÔNIO NACIONAL .......................................................................29
1.5 DESCRIÇÃO FÍSICA E GEOGRÁFICA....................................................32
1.5.1 Descrição Física e Localização Geográfica.............................................32
1.5.2 Clima..........................................................................................................35
1.5.3 Caracterização Climática da Região da Grande Florianópolis............37
1.5.3.1 Temperatura (ºC) .....................................................................................37
1.5.3.2 Evaporação (mm).....................................................................................38
1.5.3.3 Precipitação (mm)....................................................................................38
1.5.3.4 Ventos ......................................................................................................39
1.5.3.5 Elementos do Balanço Hídrico e Classificação do Tipo Climático.........41
1.5.4 Geologia, Geomorfologia e Relevo ..........................................................42
1.5.5 Associações Vegetais.................................................................................46
1.5.5.1 Litoral Arenoso........................................................................................46
1.5.5.2 Litoral Rochoso .......................................................................................47
1.5.5.3 Mata .........................................................................................................47
1.5.5.4 Orquideas .................................................................................................49
8
2 A FAMÍLIA ORCHIDACEAE..................................................................50
2.1 ORQUÍDEA – DESCRIÇÃO GENÉRICA...................................................50
2.2 TAXONOMIA...............................................................................................51
2.3 ASPECTOS MORFOLÓGICOS...................................................................54
2.4 ESTUDOS FLORISTICOS DA FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO BRASIL 60
2.5 ESTUDOS FLORISTICOS DA FAMÍLIA ORCHIDACEAE EM
FLORIANÓPOLIS E NA ILHA DO CAMPECHE......................................63
2.5.1 Primeiros Relatos Sobre Orquídeas na Ilha de Santa Catarina...........63
2.6 A FAMÍLIA ORCHIDACEAE DA ILHA DE SANTA CATARINA
E DA ILHA DO CAMPECHE ..................................................................68
2.6.1 Material e Métodos ...................................................................................68
2.6.1.1 Levantamento em Herbários....................................................................68
2.6.1.2 Trabalhos de Campo ..............................................................................69
2.6.1.3 Identificação do Material Botânico .........................................................71
2.6.2 Apresentação dos Resultados...................................................................71
2.6.2.1 Os estudos referentes à família Orchidaceaee tanto para o Estado
de Santa Catarina como para o Município de Florianópolis, são
raríssimos e estão descritos abaixo ..........................................................71
2.6.2.2 Exsicatas de Orquídeas encontradas na Ilha de Santa Catarina e
depositadas nos Herbários Barbosa Rodrigues (HBR) e da
Universidade Federal de Santa Catarina (FLOR)....................................74
2.6.2.3 Orquídeas encontradas na Ilha de Santa Catarina e descritas em
bibliografias, porém, não depositas em Herbários.................................135
2.6.2.4 Orquídeas encontradas na Ilha do Campeche por Silva Filho (1983) ...148
9
3 A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NA ILHA DO CAMPECHE ..............150
3.1 ACIANTHERA SCHEIDW..........................................................................150
3.1.1 Acianthera pubescens ..............................................................................151
3.1.2 Acianthera serpentula..............................................................................153
3.1.3 Acianthera saundersiana.........................................................................155
3.1.4 Acianthera sonderana..............................................................................158
3.2 ASPIDOGYNE GARAY................................................................................161
3.2.1 Aspidogyne bidentifera ............................................................................162
3.3 BRASSAVOLA...........................................................................................164
3.3.1 Brassavola tuberculata ............................................................................165
3.4 CAMPYLOCENTRUM ................................................................................167
3.4.1 Campylocentrum aromaticum .................................................................168
3.5 CATASETUM .............................................................................................171
3.5.1 Catasetum cernuum.................................................................................172
3.6 CATTLEYA ..................................................................................................175
3.6.1 Cattleya intermedia ..................................................................................176
3.6.2 Cattleya leopoldii......................................................................................178
3.7. CYRTOPODIUM ........................................................................................179
3.7.1 Cyrtopodium flavum ................................................................................181
3.8 CLEISTES ....................................................................................................183
3.8.1 Cleistes macrantha...................................................................................185
3.9 ENCYCLIA...................................................................................................187
3.9.1 Encyclia odoratissima..............................................................................188
3.10 EPIDENDRUM .......................................................................................190
3.10.1 Epidendrum fulgens ..............................................................................192
3.11 GOMESA ..................................................................................................194
10
3.11.1 Gomesa crispa ........................................................................................195
3.12 LAELIA ......................................................................................................197
3.12.1 Laelia purpurata ....................................................................................198
3.13 MAXILLARIA.............................................................................................202
3.13.1 Maxillaria picta......................................................................................203
3.14 MILTONIA ...............................................................................................205
3.14.1 Miltonia flavescens ................................................................................206
3.15 NOTYLIA ...................................................................................................208
3.15.1 Notylia longispicata ...............................................................................209
3.16 OCTOMERIA ...........................................................................................210
3.16.1 Octomeria grandiflora ...........................................................................211
3.16.2 Octomeria serrana .................................................................................213
3.16.3 Octomeria diaphana ..............................................................................216
3.17 Oeceoclades ...............................................................................................218
3.17.1 Oeceoclades maculata............................................................................218
3.18 ONCIDIUM ..............................................................................................222
3.18.1 Oncidium pumilum ................................................................................223
3.18.2 Oncidium flexuosum..............................................................................226
3.18.3 Oncidium ciliatum .................................................................................230
3.18.4 Oncidium barbatum...............................................................................232
3.19 ORNITHOCEPHALUS.............................................................................233
3.19.1 Ornithocephalus myrticola....................................................................234
3.20 POLYSTACHYA.........................................................................................236
3.20.1 Polystachya estrellensis .........................................................................237
3.21 PRESCOTTIA ...........................................................................................240
3.21.1 Prescottia densiflora ..............................................................................241
11
3.22 RODRIGUEZIA .........................................................................................243
3.22.1 Rodriguezia decora ................................................................................245
3.23 STANHOPEA ............................................................................................247
3.23.1 Stanhopea graveolens ............................................................................248
3.24 STELLIS ..................................................................................................249
3.24.1 Stelis papaquerensis..............................................................................250
3.25 VANILLA...................................................................................................255
3.25.1. Vanilla edwallii .....................................................................................256
3.26 HIBRIDO NATURAL...............................................................................259
3.26.1 × Laeliocattleya elegans ........................................................................259
4 CONCLUSÕES........................................................................................261
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................265
12
LISTA DE FIGURAS
13
Figura 17: Prancha IV..........................................................................................67
Figura 18: Ficha de Observação/Levantamento de Campo.................................70
Figura 19: Acianthera saundersiana (Rchb.f.)2...................................................76
Figura 20: Brassavola tuberculata Hook. ...........................................................83
Figura 21: Campylocentrum aromaticum Barb.Rodr. .........................................84
Figura 22: Cattleya intermedia Graham ex Hook. ..............................................86
Figura 23: Laelia purpurata (Lindl. & Paxton)...................................................87
Figura 24: Cyrtopodium flavum (Nees). ..............................................................89
Figura 25: Oncidium flexuosum Lodd. ................................................................90
Figura 26: Encyclia odoratissima (Lindl.)...........................................................94
Figura 27: Epidendrum mosenii Rchb.f...............................................................97
Figura 28: Gomesa crispa (Lindl.). ...................................................................101
Figura 29: Octomeria diaphana Lindl...............................................................112
Figura 30: Octomeria grandiflora Lindl............................................................114
Figura 31: Octomeria serrana/crassifolia Lindl................................................115
Figura 32: Oeceoclades maculata (Lindl.). .......................................................116
Figura 33: Ornithocephalus myrticola Lindl.....................................................118
Figura 34: Polystachya estrellensis Rchb.f. ......................................................121
Figura 35: Rodriguezia decora (Lem.). .............................................................127
Figura 36: Stanhopea graveolens Lindl.............................................................128
Figura 37: Stelis papaquerensis Rchb.f. ............................................................131
Figura 38: Vanilla edwallii Hoehne..................................................................133
Figura 39: × Laeliocattleya elegans (C.Morren)...............................................134
2
Obs. da Figura 19 a 39, são esxicatas depositadas encontradas nos Herbários Barbosa
Rodrigues (HBR) e da Universidade Federal de Santa Catarina (FLOR), cujas orquídeas
(espécies) foram encontradas na Ilha do Campeche.
14
Figura 40: Acianthera pubescens (Lindl.)3.......................................................153
Figura 41: Acianthera serpentula (Barb.Rodr.)................................................155
Figura 42: Acianthera saundersiana (Rchb.f.).................................................158
Figura 43: Acianthera sonderana (Rchb. f.) Pridgeon & M.W........................161
Figura 44: Aspidogyne bidentifera (Schltr.) .....................................................164
Figura 45: Brassavola tuberculata Hook..........................................................167
Figura 46: Campylocentrum aromaticum Barb.Rodr.......................................170
Figura 47: Catasetum cernuum (Lindl.). ..........................................................175
Figura 48: Cattleya intermedia Graham ex Hook.............................................177
Figura 49: Cattleya leopoldii Verschaff. Ex Lem. ............................................179
Figura 50: Cyrtopodium flavum (Nees). ...........................................................183
Figura 51: Cleistes macrantha (Barb. Rod.). ....................................................187
Figura 52: Encyclia odoratissima (Lindl.)........................................................190
Figura 53: Epidendrum fulgens Brongn...........................................................194
Figura 54: Gomesa crispa (Lindl.). ...................................................................197
Figura 55: Laelia purpurata (Lindl. & Paxton). ...............................................201
Figura 56: Maxillaria picta Hook. ....................................................................204
Figura 57: Miltonia flavescens Lindley. ...........................................................207
Figura 58: Notylia longispicata Hoehne e Schltr. .............................................210
Figura 59: Octomeria grandiflora Lindl...........................................................213
Figura 60: Octomeria serrana Hoehne. ............................................................215
Figura 61: Octomeria diaphana Lindl. .............................................................217
Figura 62: Oeceoclades maculata (Lindl.)........................................................221
Figura 63: Oncidium pumilum (Lindl.). ...........................................................226
3
Obs. da Figura 40 a 76, são as fotos das orquídeas encontradas na Ilha do Campeche.
15
Figura 64: Oncidium flexuosum Sims. .............................................................229
Figura 65: Oncidium ciliatum Lindley. ...........................................................231
Figura 66: Oncidium barbatum Lindl...............................................................233
Figura 67: Ornithocephalus myrticola Lindl....................................................236
Figura 68: Polystachya estrellensis Rchb.f. ......................................................239
Figura 69: Prescottia densiflora Lindl. .............................................................243
Figura 70: Rodriguezia decora (Lem.)..............................................................246
Figura 71: Stanhopea graveolens Lindl............................................................249
Figura 72: Stelis papaquerensis Rchb.f. ...........................................................254
Figura 73: Vanilla edwallii Hoehne. ................................................................258
Figura 74: × Laeliocattleya elegans (C.Morren)...............................................260
16
LISTA DE QUADROS
17
RESUMO
18
Universidade Federal de Santa Catarina (FLOR). Após este trabalho foi então
realizado o inventário da Família Orquidaceae na Ilha do Campeche, através de
trabaho de campo. Foram encontradas 34 espécies de orquidáceas distribuídas
em 25 gêneros e um hibrido natural, todas descritas neste trabalho.
19
1 A ILHA DO CAMPECHE
1.1 INTRODUÇÃO
20
Figura 1: Imagem de satélite de parte do Município de Florianópolis, contendo a Ilha do
Campeche.
Fonte: Google (2010).
21
Figura 2: Imagem de satélite da Ilha do Campeche.
Fonte: Google (2010).
22
Figura 3: Foto Aérea (panorâmica) da Ilha do Campeche.
Fonte: Do autor (2008).
23
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal,e as referidas no art. 26, II.
24
Figura 4: Vista panorâmica da Ilha do Campeche.
Fonte: Do autor (2010).
25
provavelmente “bandos” de caçadores, coletores e pescadores com datação
estimada em 4.000 anos A.P.
Distribuídas ao longo de costões estão os petroglifos (gravações na
superfície da rocha produzidas por picoteamento, algumas com polimento) e as
oficinas líticas (locais de amolação e afiação de artefatos de pedra). Há também
indícios de sambaquis (acúmulo de conchas produzidos e utilizados por povos
pré-históricos onde são encontrados fogões circulares feitos de pedra,
sepultamentos, artefatos líticos, adornos, etc.).
Figura 5: Inscrições Rupestres da Ilha do Campeche, com motivos geométricos em uma laje de
pedra.
Fonte: Do autor (2009).
26
basicamente oito sítios, com motivos geométricos, naturalistas (homens e
animais) e culturais. O tamanho dos painéis pode chegar a oito metros de altura.
Atualmente a autoria das depredações pertence aos turistas, interessados em
retirar lascas, como souvenirs ou deixar sua marca registrada sobre as inscrições.
Reavivar inscrições para fotos ou gravações por alargamento dos riscos também
constituem agressões irreversíveis ao patrimônio.
27
Figura 7: Inscrições Rupestres da Ilha do Campeche, com motivos geométricos (circulares), em
uma laje de pedra.
Fonte: Do autor (2009).
28
1.4 TOMBAMENTO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO E PAISAGISTICO -
PATRIMÔNIO NACIONAL
29
O patrimônio ambiental também apresenta fragilidade, devido à pequena
área e ao crescente número de visitantes. A vegetação vem sendo desmatada e
retirada por eles. Com respeito à fauna, o único fator preocupante é a presença
dos quatis (Nasua nasua), que foram introduzidos há muitos anos e, sem
predadores naturais, vêm se multiplicando descontroladamente.
30
de se ter um instrumento de proteção que impedisse estes fatores. O tombamento
possibilitaria de forma definitiva a redução de todo tipo de degradação que ali
ocorria e principalmente a preservação paisagística tanto natural como cultural
da ilha.
A riqueza arqueológica e paisagística da Ilha do Campeche foi
determinante ao sue tombamento como patrimônio nacional pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, através da portaria da
portaria nº 270 de 18 de julho do ano 2000, publicada no Diário Oficial da União
nº 138-E de 19 de julho, também do ano 2000.
31
A Ilha do Campeche, apesar de ter sido dinamitada no passado em vários
lugares por caçadores de tesouros, ainda apresenta 167 sinalações rupestres
espalhadas por 9 sítios.
Figura 11: Detalhe de uma Inscrição Rupestre da Ilha do Campeche, com motivos geométricos
(2009).
Fonte: Do autor (2009).
32
direção norte-sul com um comprimento de aproximadamente 1.500 metros, e
maior largura de 700 metros, por situar-se em uma reentrância, a praia oferece
boas condições de desembarque, abrigada dos ventos. Devido à inexistência de
trapiche, as embarcações ancoram próximas à praia, vindas da praia da Armação
e da Barra da Lagoa. O percurso que parte da Armação, o mais próximo e
utilizado, possui aproximadamente 5,1 km, durando em torno de 45 minutos. Há
ainda um terceiro percurso, feito por botes infláveis e que começou a ser
utilizado mais recentemente, partindo da praia do Campeche, no ponto mais
próximo da ilha.
Possuindo as seguintes coordenadas geográficas centrais: 27º 41’ 44” e
48º 27’ 52”.
33
Figura 12: Mapa Topográfico da Ilha do Campeche.
Fonte: Do autor (2010).
34
1.5.2 Clima
35
que corresponde à faixa de descontinuidade gerada pelo choque entre os sistemas
intertropicais e polares, e se bifurca em dois ramos: Atlântico e Pacífico.
A Frente Polar Atlântica (FPA), onde sua principal faixa se localiza na
região do Rio da Prata, possuindo forte mobilidade e variação de intensidade ao
longo do ano, devido a Frontogênese (FG) relacionadas à Frente Polar Pacífica
(FPP), cujo desenvolvimento ciclogenético, que daí decorre, contribui para
reforçar, durante o período de inverno, a acumulação ar extremamente frio na
vertente atlântica, sendo que, no verão, o avanço desta mesma Frente (FPA)
raramente chega a região do trópico.
No período do verão, como todo o Sul do Brasil encontra-se aquecido,
em virtude da forte atuação de massas Tropicais, quando há incursões de ar Polar
estas ocorrem em maiores latitudes. Neste sentido, a diferença de densidade entre
as Massas Tropicais e Polares ocorre sobre o oceano, formando, por conseguinte,
as frentes sobre o oceano. Quando estas se encontram próximas à costa
catarinense, ligam-se às áreas de instabilidade sobre o continente, resultando em
trovoadas com pancadas de chuvas, principalmente à tarde.
A combinação da ocorrência destes fenômenos ao longo do ano no Sul do
Brasil, proporciona o nascimento de vários tipos de tempo e em conseqüência
precipitações bastante significativas, quase sempre com excesso pluvial,
causando desta maneira graves conseqüências tanto nas áreas rurais como nas
urbanas.
36
1.5.3 Caracterização climática da região da Grande Florianópolis
37
A temperatura apresenta um padrão sazonal muito bem caracterizado, isto
é, a estações de verão e inverno bem definidos. Já para as estações do outono e
primavera os valores médios mensais variam de 20,48ºC e 18,32º C,
respectivamente, são bem próximos entre si. Períodos atípicos são raramente
observados.
A taxa média total anual de evaporação para o período foi de 78,32 mm.
A menor mínima anual foi registrada em 1961, com um índice de 473,30 mm, e
a maior em 1964, com um índice de 1474,40 mm. Com relação às médias
mensais, o menor índice de evaporação foi 17,20 mm, registrado em maio de
1924. O índice mensal mais elevado ocorreu em janeiro de 1964, com um valor
de 170,10 mm (NASCIMENTO, 1991).
38
A amplitude pluviométrica para a região do aglomerado urbano de
Florianópolis é de 569,70 mm. A média anual é de 140 mm, bem distribuídas ao
longo do ano. Desta maneira podemos afirmar que a pluviosidade é bem
distribuída ao longo do ano em toda região, devido às atuações do revelo, das
massas de ar tropical Atlântica e Continental, da massa Polar Atlântica e das
Frentes Polar Atlântica e Equatorial Continental (NASCIMENTO, 1991).
1.5.3.4 Ventos
39
A velocidade média anual dos ventos é de 3,54 m/s, com média mínima
de 1,36 m/s e máxima de 6,92 m/s.
Com relação ao quadro sazonal, os ventos de maior intensidade ocorrem
nos meses de primavera, com valores entre 1,20 m/s e 8,40 m/s, com média de
4,07 m/s, e verão, com velocidades em torno de 1,00 m/s e 7,70 m/s, e média de
3,71 m/s.
Os ventos de menor intensidade ocorrem nos meses de inverno, com
variação de 1,00 a 5,30 m/s e média de 3,22 m/s, e nos meses de outono com
velocidades entre 0,90 m/s e 6,20 m/s e média de 3,14 m/s.
Quanto à direção dos ventos e sua freqüência de ocorrência, a
predominância é do quadrante norte (N) e nordeste (NE). Para um quadro anual,
os ventos de N-NE ocorrem com freqüência de 46,96% e os de SE-S com
32,48%, em média.
Sazonalmente, repete-se o mesmo quadro da predominância anual, sendo
que, para os meses de verão, os ventos de N-NE somam um percentual de
48,54%, os de SE-S 34,73% e as calmarias 13,80%. Para o outono, os ventos de
N-NE, somam 42,56%, os de SE-S 34,43% e as calmarias 18,69%.
Para os meses de inverno, 47,13% dos ventos são do quadrante N-NE,
24,60% de S-SE e 20,49% são períodos de calmarias. Nos meses de primavera,
os ventos de N-NE, ocorrem com percentual adicionado de 49,59% e os de S-SE
com 36,17%, e os períodos de calmarias somam 12,60% (NASCIMENTO,
1991).
40
1.5.3.5 Elementos do balanço hídrico e Classificação do Tipo Climático
41
1.5.4 Geologia, Geomorfologia e Relevo
42
Campeche. As elevações apresentam-se hoje como morros e pontais de forma
alongada no sentido nordeste.
Essas rochas cristalinas estão geomorfologicamente enquadradas no
domínio das serras do leste catarinense e formam na área morros e pontais ou
promontórios de topo convexo e forma alongada no sentido N-NE/S, refletindo
claramente as condições estruturais da região. As altitudes do relevo na área são
moderadas, variando aproximadamente de 100 a 200 m, com declividades mais
acentuadas para leste, onde junto ao oceano formam costões e promontórios
(SCHEIBE; TEIXEIRA, 1970).
Configurando a morfologia atual da Ilha de Santa Catarina, toda a região
esteve em regime de lenta epirogênese e sob a atuação de processos erosivos,
originando depósitos de origem continental no terciário/quaternário que,
associados às formas deposicionais ligadas às oscilações do nível marinho no
pleistoceno e holoceno, uniram os blocos rochosos uns aos outros, formando
uma única Ilha de maior dimensão (CARUSO Jr., 1993).
Em tempos geologicamente considerados recentes, houve alteração do
nível do mar em relação à costa catarinense relacionadas não só às eras glaciais,
mas também a eventos epirogenéticos. Com o soerguimento da crosta
estabeleceu-se um ciclo erosivo formando depósitos aluvionais, ao mesmo tempo
em que ocorreram deposições de sedimentos marinhos e eólicos através de
oscilações do nível do mar.
Algumas ilhas do arquipélago paralelo ao litoral, formado pelas elevações
graníticas, foram então unidas com esses depósitos sedimentares não
consolidados, formando a Ilha de Santa Catarina, por exemplo, e, deixando a Ilha
do Campeche isolada e não unida.
43
Quanto ao relevo, a Ilha do Campeche apresenta altitudes variando do
nivel médio do mar, até a 82,00 de altitude. Para uma melhor apresentação deste
relevo, foi criado o Mapa Hipsométrico da Ilha do campeche.
44
Figura 13: Mapa Hipsométrico da Ilha do Campeche.
Fonte: Do autor (2010).
45
1.5.5 Associações Vegetais
46
1.5.5.2 Litoral Rochoso
1.5.5.3 Mata
47
Figura 14: Mapa - Associações Vegetais da Ilha do Campeche.
Fonte: Do autor (2010).
48
1.5.5.4 Orquideas
49
2 A FAMÍLIA ORCHIDACEAE
50
geralmente dísticas, às vezes espiraladas, pecíolo ocasionalmente presente,
bainhas freqüentemente presentes. Inflorescência 1- a multiflora, normalmente
racemosa. Flores monóclinas, raramente díclinas, zigomorfas, freqüentemente
ressupinadas; sépalas 3; pétalas 3, a oposta ao estame fértil modificada em
labelo; androceu com 1 20 (2-3) estame fértil, filete adnado ao estilete,
constituindo o ginostêmio, grãos de pólen isolados ou, mais freqüentemente
reunidos em 2-8 polínias, muitas vezes com apêndices (caudícula, estipe e
viscídio); estigma 3-lobado com parte do lobo mediano parcialmente estéril,
modificado em rostelo, ovário 3-carpelar, geralmente 1-locular, com 3 placentas
parietais. Fruto tipo cápsula, carnoso, geralmente abrindo-se por 3 valvas, mais
raramente por 1 ou 2 valvas; sementes geralmente microscópicas, numerosas em
cada fruto, testa membranácea, embrião rudimentar.
2.2 TAXONOMIA
51
morfológicos relativos a biologia molecular, tende a, gradualmente, substituir os
sistemas anteriores, devido ao seu caráter filogenético.
Segundo estes autores, a familia Orchidaceae está dividida em cinco
subfamílias:
52
estaminódio, o pólen encontra-se reunido em massas glutinosas, porém não
formam polínias distintas. A subfamília encontra-se distribuída pela Ásia,
Europa e Continente Americano, sendo representada por cinco gêneros e cerca
de 150 espécies. No Brasil ocorrem dois gêneros, Phragmipedium e
Selenipedium, e cerca de seis espécies (PRIDGEON et al., 1999; PABST;
DUNGS, 1975).
Os membros da subfamília Vanilloideae são, na grande maioria,
terrícolas, podendo apresentar hábito hemiepifítico lianescente, como em
Vanilla. Apresentam apenas uma antera fértil, terminal, incumbente. O pólen
encontra-se em massas farinosas não formando polínias distintas. Ocorrem no
Continente Americano, África, Ásia e Oceania. Possui grande representatividade
nos neotrópicos e abrange 15 gêneros dos quais cinco ocorrem no Brasil sendo
Cleistes e Vanilla os mais representativos em número de espécies.
As duas subfamílias remanescentes possuem grãos de pólen aglutinados
em polínias distintas e são as mais representativas em número de espécies.
Orchidoideae possui distribuição cosmopolita, caracterizando-se por
apresentar folhas basais ou 12 espiraladamente dispostas ao longo do caule,
raízes carnosas, um estame fértil, antera ereta ou dorsal, grãos de pólen
frouxamente reunidos em 2 ou 4 polínias, inteiriças ou sécteis, com consistência
macia ou granulosa (PABST; DUNGS, 1977). Polínias sécteis ocorrem, por
exemplo, em Habenaria. Incluem-se nesta subfamília os representantes de
Spiranthoideae sensu (DRESSLER, 1993). Estão distribuídas em cerca de 208
gêneros e aproximadamente 3.630 espécies (PRIDGEON et al., 2001).
Epidendroideae é a maior das subfamílias com cerca de 18.000 espécies
distribuídas em aproximadamente 650 gêneros (PRIDGEON et al., 2005). Além
do grande número de espécie, esta é a subfamília mais diversificada. Nela ocorre
53
grande número de espécies epífitas, e pode ser caracterizada por possuir antera
terminal, incumbente, 2-8 polínias rígidas, com consistência ceróide ou
cartilaginosa, segundo Pabst & Dungs (1977), geralmente dotadas de apêndices
como caudícula, estipe e víscido. O ginostêmio pode prolongar-se num pé tendo
as sépalas laterais coalescentes a ele formando um mento. A subfamília foi
anteriormente dividida por alguns autores como Brieger (1976), em duas
subfamílias, Epidendroideae e Vandoideae, porém os novos sistemas de
classificação, baseados em dados macromoleculares e morfológicos sugerem que
esta separação não se sustenta.
54
O sistema radicular das orquídeas é formado por raízes fasciculadas
freqüentemente dotadas externamente, de uma ou mais camadas de células
suberificadas e mortas constituindo o velame, que é uma epiderme multisseriada,
podendo ainda apresentar-se engrossadas, pilosas ou não. O velame tem como
funções principais as de absorver água e nutrientes e de prevenir a perda dos
mesmos para o meio externo. É comum em espécies epífitas e rupícolas o
velame estar associado a tecido fotossintético, que pode ser visualizado no ápice
da raiz ainda não coberto pelo velame. Em muitas espécies terrícolas as raízes
podem desenvolver tuberóides que são órgãos de armazenamento e de brotação,
como é o caso em espécies de Cleistes e Habenaria; em outras espécies as raízes
podem ser bastante intumescidas e carnosas já em algumas plantas afilas como,
por exemplo, Campylocentrum burchelli, as raízes apresentam-se clorofiladas e
substituem as folhas na função da fotossíntese.
Fungos micorrízicos encontram-se associados às raízes de todas as
orquídeas. Embora muitas espécies possam crescer satisfatoriamente sem suas
micorrizas, uma vez que tenham produzido órgãos capazes de realizar
fotossíntese, todas as orquídeas precisam delas para germinar e desenvolver-se
nos primeiros estágios de seu desenvolvimento (TOSCANO-DE-BRITO;
CRIBB, 2005).
O caule freqüentemente se divide em uma parte mais basal denominada
rizoma e outra, geralmente ereta, denominada caule secundário. O rizoma varia
de uma estrutura inconspícua, que pode ser totalmente recoberta por bainhas ou
escamas como, por exemplo, em Cyclopogon, a uma estrutura alongada e
conspíca, que com freqüência se desenvolve paralelo ao substrato.
Nas espécies cujo crescimento se caracteriza por simpodial, geralmente é
do rizoma que partem as raízes. Já o caule secundário, normalmente é
55
perpendicular ao substrato e pode apresentar-se das mais variadas formas,
podendo ser delgado e delicado ou robusto ou, ainda, nas espécies epífitas é
comum constituir numa estrutura intumescida denominada pseudobulbo, que tem
a função de armazenamento de água e nutrientes.
O caule secundário pode, ainda, ser classificado de acordo com o número
de entrenós que o mesmo possui, podendo ser:
• Homoblástico: quando ele é formado por vários entrenós, como, por
exemplo, em Dichaea cognauxiana e muitas das espécies de
Epidendrum;
• Heteroblástico: quando é formado por um único entrenó, como nas
espécies de Oncidium.
Quanto ao tipo de crescimento, o caule pode ser monopodial ou
simpodial. A maioria dos táxons ocorrentes no Brasil apresenta caule com
crescimento simpodial, no qual cada simpódio tem crescimento limitado e é
sucedido por novo simpódio advindo de uma gema axilar do simpódio anterior.
Nos caules com crescimento monopodial a gema apical pode crescer de
maneira ilimitada, ou seja, há sempre um meristema apical que possibilita o
crescimento indeterminado em uma direção, sempre a partir da mesma gema
apical. Campylocentrum e Vanilla são gêneros nos quais a maioria das espécies
possui caule monopodial. Ainda com relação ao padrão de crescimento, o caule
pode ser ereto, reptante ou pendente.
As folhas também apresentam grande variação morfológica, podendo ser
ausentes em algumas espécies terrícolas, ou reduzidas a escamas. São
normalmente alternas e dísticas, às vezes equitantes ou rosuladas, mais
raramente verticiladas. A nervação pode ser paralelinérvea ou, mais raramente
reticulada, e lâmina pode ser plana ou plicada. Nas orquídeas dotadas de
56
pseudobulbo, as folhas podem ser basais ou terminais em relação ao
pseudobulbo, ou aparecerem em ambas às posições, como em algumas espécies
de Maxillaria e Miltonia, ou ainda pode estar ao longo do caule, como em
Cyrtopodium. A prefoliação pode ser do tipo convolutiva ou duplicativa.
Normalmente, o caule é subtendido por algumas bainhas áfilas, as quais,
com o envelhecimento, podem tornar-se escariosas ou caducas, ou
desmancharem-se em fibras. No rizoma, pode ocorrer o mesmo processo. A base
pode ser séssil ou atenuada em pecíolo ou pseudopecíolo, e muitas vezes é
invaginante e recobre parcialmente o caule. A lâmina pode ser articulada com a
bainha ou pecíolo e, portanto, caduca, ou ser persistente.
As inflorescências mais comumente encontradas em Orchidaceae são as
do tipo indeterminado principalmente racemos, panículas, espigas e corimbos.
Podem ter disposição lateral ou terminal, com relação ao caule. Ocorrem também
flores solitárias, fascículo de flores ou de inflorescências, glomérulos e, mais
raramente, cimeiras. A base da inflorescência pode apresentar uma bráctea ou
espata, que tem como função a proteção dos botões florais durante o início do
seu desenvolvimento.
As flores são hermafroditas, raramente unissexuais (então dimorficas,
como por exemplo, em Catasetum) são trímeras, diclamídeas, freqüentemente
zigomorfas, raramente assimétricas, monoclinas, raramente diclinas, sésseis ou
pediceladas. O ovário é ínfero, tricarpelar e, geralmente, unilocular com
placentação parietal, raramente trilocular com placentação axial, como em
espécies das subfamílias Apostasioideae e Cypripedioideae. Normalmente, por
ocasião da antese, o ovário ainda não é diferenciado do pedicelo, e somente
completa seu desenvolvimento caso ocorra a polinização. Desse modo, na
57
maioria das vezes não é possível distinguir o ovário do pedicelo, o que obriga a
tratá-los em conjunto nas descrições morfológicas.
O perianto é diferenciando em 2 verticilos florais, sépalas e pétalas. As
sépalas, uma dorsal e duas laterais, são usualmente semelhantes às pétalas,
podem ser livres ou variavelmente coalescentes na base ou em sua totalidade,
formando um sinsépalo.
A corola apresenta três pétalas sendo que uma delas, geralmente aquela
oposta ao estame fértil, morfologicamente modificada, constituindo o labelo.
Juntamente com o ginostêmio, o cálice e a corola são os órgãos que
proporcionam maior número de informações taxonômicas, principalmente o
labelo.
O labelo pode ser adnado ao ginostêmio em vários níveis, como também
estar fortemente ligado a ele na base ou ser articulado e móvel. A área central do
labelo é denominada disco e, muitas vezes, pode apresentar ornamentação
variada, com calos, lamelas, tricomas, guias de néctar, coloração diferenciada,
etc.
O labelo, no botão floral, ocupa a porção superior na flor, mas durante o
desenvolvimento floral ele pode mudar de posição, ou seja, passar a ocupar
posição inferior no diagrama floral. Esse fenômeno é conhecido como
ressupinamento e coloca o labelo na posição adequada para o acesso do
polinizador. A ressupinação pode ocorrer devido a uma torção ou encurvamento
no pedicelo-ovário ou devido a um posicionamento pendente da flor ou da
inflorescência.
O androceu é constituído de um, raro dois ou três estames férteis e o
estilete geralmente é adnado ao estilete, formando uma estrutura colunar
denominada ginostêmio ou coluna. A antera, geralmente, é representada por um
58
“capuz” que cai no processo de retirada do pólen. Os grãos de pólen podem
apresentar-se unidos em tétrades, políades ou, mais comumente conhecido, em
polínias; estas em número de 2, 4, 6 ou 8. O estigma fica, geralmente, voltado
para a face dorsal do ginostêmio e é trilobado, sendo um dos lobos parcialmente
estéril, formando o rostelo, que é uma estrutura mais ou menos membranácea
que separa a antera do estigma e tem funções ligadas à prevenção da
autopolinização e ao transporte das polínias pelos polinizadores.
Os frutos são capsulares e secos, raramente carnosos, trivalvado, mas
também há a coerência de frutos carnosos e bivalvados como em Vanilla,
univalvados, como em Acianthera, ou indeiscentes como em Pogoniopsis.
As sementes são diminutas e numerosas, possuem testa membranácea e
embrião rudimentar, e são destituídas de endosperma.
Do ponto de vista vegetativo as orquídeas são plantas herbáceas, perenes,
de porte extremamente variável, com espécies desde alguns centímetros de
comprimento até de porte grande e robusto. Podem ser terrícolas, epífitas,
hemiepífitas ou rupícolas, saxícolas ou, menos frequentemente, saprófitas e,
então, aclorofiladas, sendo estas últimas mais representadas em regiões
temperadas (DUNSTERVILLE; GARAY 1976).
Há espécies que podem apresentar mais de um de modo de crescimento,
como, por exemplo, espécies de Zygopetalum, que normalmente crescem como
epífitas, mas se, porventura, caem em solo bem drenado e com serapilheira,
passam a vegetar ali mesmo, sem maiores problemas. Do mesmo modo,
Brassavola tuberculata, pode crescer indiferentemente, como epífita, em locais
ensolarados, ou como rupícola, sob sol direto.
59
2.4 ESTUDOS FLORISTICOS DA FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO BRASIL
60
• Hoehne (1949) publicou a “Iconografia das Orquidáceas do Brasil”,
obra retrata o histórico da família e apresenta ilustraçõs de pelo menos
uma espécie de cada gênero abordado.
• Pabst & Dungs (1975, 1977) elaboraram e publicaram a mais recente e
abrangente revisão da família para o Brasil. No referido trabalho são
apresentadas novas combinações e uma grande lista de sinônimos,
totalizando 191 gêneros e 2.356 espécies de orquídeas para a flora
brasileira.
• Castro Neto & Campacci (2000, 2003), publicam dois novos trabalhos,
procurando descrever novas espécies de orquidáceas brasileiras,
posteriores à revisão de Pabst & Dungs (1975, 1977) e de apresentar
revisões de gêneros estudados pelos autores.
61
poucos estados possuem uma lista de espécies. Para a região amazônica,
recentemente, foi lançada a obra "Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira II",
que engloba um total de 709 espécies, com destaque para 34 espécies novas e
150 novas ocorrências para flora brasileira (FERNANDES DA SILVA;
FERNANDES DA SILVA, 2004). Da mesma forma, o Distrito Federal já possui
um checklist das Orchidaceae, no qual foram reconhecidos 72 gêneros e 246
espécies, dentre as quais 6,7% são endêmicas (BATISTA; BIANCHETTI, 2003).
Os levantamentos de orquídeas em diferentes áreas, principalmente em Unidades
de Conservação na Região Sudeste, são cada vez mais numerosos. Porém,
nenhum dos estados da Região possui uma lista de espécies. Para o Espírito
Santo podemos citar somente o levantamento de 71 espécies para restingas
(FRAGA; PEIXOTO, 2004), sendo este o estado com menor número de
levantamentos. Em Minas Gerais, os trabalhos mais recentes são para a Serra do
Cipó (BARROS, 1987); Serra de São José (ALVES, 1991); Serra de Araponga,
Carangola e o Vale do Rio Carangola (LEONI, 1991; 1994); Parque Estadual de
Ibitipoca (MENINI NETO et al., 2002); Reserva Biológica da Represa do Grama
(MENINI NETO et al., 2004b); um fragmento de floresta no município de
Barroso (MENINI NETO et al., 2004a) e Grão Mogol (BARROS; PINHEIRO,
2004). São Paulo é o único estado dentre estes com parte do levantamento de sua
Flora Fanerogâmica já publicado, porém ainda não engloba a família
Orchidaceae. Os mais recentes inventários locais de orquídeas para o Estado de
São Paulo são os seguintes: Flora Fanerogâmica da Reserva do Parque Estadual
das Fontes do Ipiranga (BARROS, 1983); Flora Fanerogâmica da Ilha do
Cardoso (BARROS, 1991) e Flora Vascular da Juréia (BARROS;
CATHARINO, 2001). Para o Estado do Rio de Janeiro os últimos levantamentos
são Macaé de Cima (MILLER; WARREN, 1996); APA de Cairuçu (LEONI,
62
1997); Parque Estadual da Serra da Tiririca (PINHEIRO, 1999); Ilha de Cabo
Frio (MELLO, 2002), restinga de Marambaia (FRAGA et al., no prelo); Reserva
Biológica do Tinguá (MORAES; BOCAYUVA, no prelo) e Reserva Particular
Natural de Rio das Pedras com 89 espécies (SADDI et al., no prelo).
Podemos ainda citar, A Família Orchidaceae no Parque Estadual da Ilha
do Cardoso, Cananéia SP (ROMANINI, 2006) e Orchidaceae do Parque Natural
Municipal Francisco Afonso de Mello – Chiquinho Veríssimo, Mogi das Cruzes
– São Paulo (RODRIGUES, 2008).
4
CHAMISSO, Adalbert von. Luis-Charles-Adelaide Chamisso de Boncourt, nasceu no castelo
de Boncourt em Champagne, França, a 27 de janeiro de 1781 e faleceu em Berlim a 21 de agosto
63
Prancha II - EM FRENTE À ILHA DE SANTA CATARINA
de 1838. Ainda criança foi viver na Alemanha, fazendo toda sua formação neste país, tornando-
se conhecido como um dos melhores literatos e filósofos de sua época. Depois de haver
adquirido renome, sobre tudo como poeta, dedicou-se às ciências naturais, principalmente à
botânica. Em 1818 foi diretor do jardim botânico, nomeado logo após o término desta sua
passagem por Santa Catarina. Na edição de G. Hempel, a descrição sobre estada em Santa
Catarina tem início na pagina 53 indo até a pagina 60.
5
Nota. – Possivelmente o segundo relato sobre a existência de orquídeas na ilha de Santa
Catarina, e o Primeiro desenho/Gravura onde há orquídeas.
64
Figura 15: Prancha II – Em frente à Ilha de Santa Catarina
Fonte: Choris (1822, p. 244).
65
Figura 16: Prancha III – Vista do Interior da Ilha de Santa Catarina.
Fonte: Choris (1822, p. 245).
Prancha IV
“Por toda parte se vêem plantas próprias destes climas opulentos: os
epidendros e outras orquídeas, as bromeliáceas e os piperídeos circundam os
rochedos” (CHORIS, 1822, p. 245).6
6
CHORIS, Louis. Louis Choris nasceu em 1795 em Ekaterinoslav. Tornou-se conhecido pelos
desenhos que fazia desde jovem. Acompanhou o naturalista Marshall von Bieberstein em uma
expedição ai Cáucaso. Em 1815 partiu, como artista, junto à expedição de Kotzebue ao redor do
mundo, a qual, com se sabe, chegou a Santa Catarina. De volta à Europa, Choris estabeleceu-se
na França, onde, em 1819, publicou sua “Voyage Pittoresque....” com textos científicos escritos
por Cavier, Chamisso (seu companheiro de viagem) e Gall, publicaso por Firmin Didot. A edição
apareceu com 22 fasciculos a um custo de 330 francos. Somente uma gravura deste suntuoso
trabalho é de interesse do Brasil:a de nº 5, ba primeira parte, intitulada: “Coqueiro du brésil”.
Ainda em Paris, ele publicou seu segundo grande trabalho “Vues et paysages....”, onde as
pranchas de número 2, 3, 4 e 5 referem-se ao Brasil, mais particularmente, à Santa Catarina,
todas em cores. Mais tarde Choris empreendeu uma viagem ao México, onde foi repentinamente
66
Figura 17: Prancha IV
Fonte: Choris (1822, p. 245).
assassinado, provavelmente em 1828, em Vera Cruz. Além destes dois trabalhos ele também
deixou um “Recueil des têtes et costumes de habitants de la Russie”. Todos os trabalhos que
descrevemos são raros e particularmente caríssimos, hoje. Relativo à descrição de sua “Voyage
pittoresque ....”, o trecho descrito sobre Santa Catarina situa-se entre as paginas 3 e 5.
67
descrição convém em toda a linha. “A vida, a vegetação, a mais
abundante, propagam-se por todas as partes: não se vê o menor
espaço desprovido de plantas. Ao longo de todos os troncos de
árvores, vê-se florescer, trepar, enrolar-se, atar-se, os grenadilhos, os
caládios, os dracônios, as pimentas, as begônias, as baunilhas,
diversas samambaias, liquens, musgos de espécies variadas
(LESSON, 1822, p. 271).7
7
LESSON, René Primavére. Lesson foi naturalista da expedição comandada por Duperrey o
qual navegou no “Coquille”. A expedição aportou em Santa Catarina (1822), da qual Lesson
descreve no capítulo II (p. 21 a 39). Este Livro é muito apreciado pelas dez belissimas pranchas
em cores sobre pássaros, além das vistas que ele contém. Lesson nasceu no ano de 1749 e faleceu
em 1849.
68
2.6.1.2 Trabalhos de Campo
69
Figura 18: Ficha de Observação/Levantamento de Campo.
Fonte: Do autor (2010).
70
2.6.1.3 Identificação do Material Botânico
71
das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I – G.F.J.
Pabst.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
V – 22 de junho de 1953) nº 5. – Contribuição para o conhecimento
das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I – G.F.J.
Pabst.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
VI – 22 de junho de 1954) nº 6. – Contribuição para o conhecimento
das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica II – G.F.J.
Pabst.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
VII e VIII – 22 de maio de 1956) – Manipulus Monocotyledonearum
Catharinensium – P.R. Reitz.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
VII e VIII – 22 de maio de 1956) – Contribuição para o conhecimento
das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica III – G.F.J.
Pabst.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
IX – 31 de dezembro de 1957) – Contribuição para o conhecimento
das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica IV – G.F.J.
Pabst.
• SELLOWIA – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano
IX – 30 de setembro de 1959) – Contribuição para o conhecimento das
orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica V – G.F.J.
Pabst.
72
• INSULA – Boletim do Horto Botânico da Universidade Federal de
Santa Catarina – (nª 9 – Florianópolis – 1977/1978). R. M. Klein, A.
Bresolin, A. & Reis, A. Distribuição de Orquídeas da Ilha de Santa
Catarina.
o Orquídeas da Ilha de Santa Catarina e arredores;
o Espécies só coletadas na Ilha de Santa Catarina;
o Orquídeas só coletadas nos arredores da Ilha de Santa Catarina;
o Orquídeas coletadas tanto na Ilha de Santa Catarina como seus
arredores e não encontradas nos outros municípios de Santa
Catarina.
73
2.6.2.2 Exsicatas de Orquídeas encontradas na Ilha de Santa Catarina e
depositadas nos Herbários Barbosa Rodrigues (HBR) e da Universidade
Federal de Santa Catarina (FLOR)
2.6.2.2.1. Acianthera bragae (Ruschi) F. Barros, Hoehnea 30: 183 (2003). Syn:
Physosiphon pubescens Barb. Rod. In Orch. Nov. I (1877) 27(1877); Syn.
Phloeophila pubescens (Barb.Rodr.) Garay, Orquideologia 9: 118 (1974). Ilha
de Santa Catarina, Santo Antônio, Morro do Balão s/data. J. A. Rohr SJ n.º
2.024 e n.º 2.166 – Ilha de Santa Catarina – Sertão da Lagoa – 14/11/1950; Saco
Grande. R. M. Klein & A. Bresolin n.º 6.887 (23/11/1966) FLOR; Rio Tavares.
A. Bresolin n.º 28 (15/10/1970) FLOR, HBR, HB.
74
Spec. Orchid. 1: 7 (1877). Florianópolis – Morro do Ribeirão. R. M. Klein n.º
8.321 (21/05/1969) HBR. FLOR.
75
Lagoa – 11/06/1950. R. Reitz n.º 4.566 – Itacorubi, Morro da caixa d´agua, Ilha
de Santa Catarina – 12/03/1952. R. M. Klein & A. Bresolin nº 6.035
(20/05/1965) HBR.
76
Pleurothallis picta Hook., Bot. Mag. 68: t. 3897 (1841), nom. Illeg.
Pleurothallis polystachya A.Rich. & Galeotti, Ann. Sci. Nat., Bot., III, 3: 16
(1845). Pleurothallis bufonis Klotzsch, Allg. Gartenzeitung 22: 225 (1854).
Pleurothallis truxillensis Rchb.f., Bonplandia (Hannover) 2: 25 (1854).
Pleurothallis janeirensis Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 29 1881).
Pleurothallis riograndensis Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2:28 (1881).
Pleurothallis coriacea Bello, Anales Soc. Esp. Hist. Nat. 12: 116 (1883).
Humboldtia bufonis (Klotzsch) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 667 (1891).
Humboldtia truxillensis (Rchb.f.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 668 (1891).
Humboldtia vittata (Lindl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 668 (1891). Pleurothallis
riograndensis var. longicaulis Cogn., Fl. Bras. 3(4): 542 (1896). Pleurothallis
mandibularis Kraenzl., Vidensk. Meddel. Naturhist. Foren. Kjøben. 71: 169
(1920). Pleurothallis bourgeaui Kraenzl., Ark. Bot. 16(8): 15 (1921).
Pleurothallis porphyrantha Kraenzl., Ark. Bot. 16(8): 10 (1921). J.A. Rohr SJ.
nº 2.280 – Costa da Lagoa. Ilha de Santa Catarina. Morro do Rio Vermelho –
Ilha de Santa Catarina, Klein & Bresolin nº 8.240 (12/03/1969).
77
2.6.2.2.10. Alatiglossum longipes (Lindl.) Baptista, Colet. Orquídeas Brasil. 3:
88 (2006). Syn: Oncidium longipes var. monophyllum. Regel, Index Seminum
(LE) 1863: 30 (1863). E.Ule – Ilha de Santa Catarina (ex Cogn). J. A. Rohr SJ
s/n – Ilha de Santa Catarina. fl. cult. 25/10/1950. Testa do Macaco – Alto
Ribeirão – Ilha de Santa Catarina. A. Bresolin nº 649 (11/12/1972). HBR.
78
2.6.2.2.13. Anathallis R. M. Kleinii (Pabst) Luer Novon 18: 78 (2008).- Syn:
Pleurothallis R. M. Kleinii Pabst. Bradea 1: 179 (1972). Morro do Ribeirão, R.
M. Klein & A. Bresolin nº.8.795 (20/10/1970). FLOR (HOLOTYPUS).
79
(1835). Pleurothallis montserratii Porsch, Oesterr. Bot. Z. 55: 158 (1905). J.
A. Rohr SJ. n.º 2.043 – Ilha de Santa Catarina – Sertão da Lagoa 10/12/1950.
Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catairna, R. M. Klein nº 6.918 (24/11/1966)
HBR. Morro da Lagoa – Ilha de Santa Catarina. Daniel B. Falkenberg nº 5.843
(24/10/1992). FLOR
2.6.2.2.17. Aspasia lunata Lindl., Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1907 (1836). J. A.
Rohr SJ n.º 2.135 – Sertão da Lagoa – Ilha de Santa Catarina – Dez. 1951. Morro
do Ribeirão, Ilha de Santa Catarina, Fflorianópolis – R. M. Klein & A. Bresolin
nº 8072 (19/12/1968). FLOR.
80
2.6.2.2.19. Aspidogyne kuczynskii (Porsch) Garay Syn: Erythrodes kuczinskii
(Porsh) Garay - Saco Grande, R. M. Klein n.º 7.133 (18.01.1967), FLOR: Morro
Costa da Lagoa, R. M. Klein n.º 8.039 (18.12.1968) FLOR. HBR. HB.
81
2.6.2.2.23. Bifrenaria inodora Lindl., Edwards's Bot. Reg. 29: t. 48 (1843), Syn:
Bifrenaria fragrans Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 213 (1882), nom. illeg.
Bifrenaria fuerstenbergiana Schltr., Orchis 1: 25 (1906). J. A. Rohr SJ s/n Ilha
de Santa Catarina – 14/11/1950. Tapera, Ribeirão da Ilha, Ilha de Santa Catarina,
R. M. Klein & A. Bresolin nº 8.439, 18/11/1969.
82
Morro da Costa da Lagoa – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein nº 7.094
(17/01/1967). FLOR.
2.6.2.2.27. Brassavola tuberculata Hook., Bot. Mag. 56: t. 2878 (1829), Syn:
Brassavola perrinii Lindley Edwards's Bot. Reg. 18: t. 1561 (1833). -
Langsdorff, Macrae – Prov. Santa Catarina (sem maiores detalhes). - J. A. Rohr
SJ s/n – Ilha de Santa Catarina. - Florianópolis: Rio Vermelho. R. M. Klein.
Souza Sob. & A. Bresolin n.º 6.465 (22.12.1965) FLOR. HBR, HB: Saco
Grande. R. M. Klein n.º 7.138 (18.01.1967) FLOR, HBR, HB; Pântano do Sul.
R. M. Klein n.º 7.138 (18.01.1967) FLOR, HBR, HB; Pântano do Sul. R. M.
Klein, Souza Sob. &. A. Bresolin n.º 6.410 (21.12.1965) FLOR, HBR, HB.
83
2.6.2.2.28. Campylocentrum aromaticum Barb.Rodr., Contr. Jard. Bot. Rio de
Janeiro 4: 103 (1907). Syn: Campylocentrum trachycarpum Kraenzl., Kongl.
Svenska Vet. Acad. Handl. 46(10): 87 (1911). Syn: Campylocentrum
hatschbachii Schltr. Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 23: 70 (1926). Morro do
Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.053 (16/01/1967) FLOR, HBR, HB.
84
57 (1923). Campylocentrum multiflorum Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
Beih. 19: 156 (1923). - Morro do Ribeirão, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.434
(18.11.1969) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.33. Campylocentrum sellowii (Rchb. f.) Rolfe. Orchid Rev. 11: 246
(1903). Florianópolis – Morro da Costa da Lagoa, R. M. Klein n.º 7.905
(10/09/1968). HBR
85
Veg. 31: 109 (1932). Syn: Catasetum rohrii Pabst, Anais Bot. Herb. "Barbosa
Rodrigues" 5(5): 64 (1953). Lagoa do Peri, Pântano do Sul, Ilha de Santa
Catarina. A. Bresolin, º 39 (09/12/1970). FLOR.
2.6.2.2.36. Cattleya intermedia Graham ex Hook., Bot. Mag. 55: t. 2851 (1828).-
Gaudichaud n. 136 p.pt – Ilha de Santa Catarina. J. A. Rohr SJ s/n – Ilha de
Santa Catarina. - Devos & De Rycke, Hindes: Prov. S. Catarina. Florianópolis,
Morro do Ribeirão – R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.575 (28/09/1967) HBR.
2.6.2.2.37. Cattleya purpurata (Lindl. & Paxton) Beer Syn: Laelia purpurata
(Lindl. & Paxton) Beer, Prakt. Stud. Orchid.: 213 (1854). Laelia purpurata
Lindl. & Paxton, Paxton's Fl. Gard. 3: 111 (1852). - Fr. Devos, Bakhouse – Prov.
86
Santa Catarina sobre pedras e árvores. - Gaudichaud n.º 137 – Ilha de Santa
Catarina. J. A. Rohr SJ. n.º 2.036 (11/1950) HBR. Florianópolis – Tapera, R. M.
Klein & A. Bresolin n.º 7.957 (19/11/1968) HBR.
2.6.2.2.38. Cattleya tigrina A.Rich., Portef. Hort. 2: 166 (1848). Syn: Cattleya
guttata var. leopoldii (Verschaff. ex Lem.) Linden & Rchb.f., Pescatorea 1: t. 43
(1860). Syn Cattleya leopoldii Verschaff. ex Lem., Ill. Hort. 1(Misc.): 68 (1854).
- Gaudichaud n. 136 p. pt. – Ilha de Santa Catarina. Rio Tavares, Ilha de Santa
Catarina, A. Bresolin nº 73 28/12/1970. HBR.
87
133/IV(1942) Couldnotfind this. J. A. Rohr n.º 2.053 – Sertão da Lagoa, Ilha de
Santa Catarina – 31/12/1950. J. A. Rohr s/n – Ilha de Santa Catarina – Janeiro de
1950. J. A. Rohr n.º 2.047 – Rio Tavares, Ilha de Santa Catarina – 14/12/1950.
Florianópolis – Rio Tavares, A. Bresolin n.º 76 (04/01/1971) HBR.
2.6.2.2.40. Cirrhaea fuscolutea Lindl., Edwards's Bot. Reg. 18: t. 1538 (1833).
Syn: Cirrhaea saccata Lindl., Edwards's Bot. Reg. 25: 72 (1839). J. A. Rohr s/n
– Ilha de Santa Catarina – Janeiro de 1950. J. A. Rohr n.º 2.047 – Rio Tavares,
Ilha de Santa Catarina – 14/12/1950. Florianópolis – Tapera A. Bresolin n.º 74
(19/12/1970) HBR.
2.6.2.2.41. Cyclopogon congestus (Vell.) Hoehne, Fl. Bras. 8(12; 2): 209 (1945).
Morro do Rio Vermelho. Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein nº 7.827
(06/08/1968).FLOR
2.6.2.2.43. Cyclopogon pauciflorus (Porto & Brade) Pabst, Bradea 1: 467 (1974).
Syn: Hapalorchis pauciflora Porto & Brade, Arq. Inst. Biol. Veg. 3: 131 (1937).
Peri de Cima – Ilha de Santa Catarina, A. Bresolin. nº 825 (19/09/1973). FLOR.
88
28: 301 (1980 publ. 1982). Peri de Cima – Ilha de Santa Catarina A. Bresolin n.º
826 (19.09.1973) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.45. Cyclopogon trifasciatus Schltr. Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih.
35: 33 (1925). - Agronômica, Irapuan D. da Cunha n.º 2 (15.11.1961) FLOR,
HBR, HB.
2.6.2.2.46. Cyrtopodium flavum (Nees) Link & Otto ex Rchb., Iconogr. Bot.
Exot. 3: 7 (1830). Syn: Cyrtopodium paranaense Schltr. Repert. Spec. Nov.
Regni Veg. 16: 333 (1920). Florianópolis – Morro das Pedras, R. M. Klein & A.
Bresolin n.º 6.389. (25/11/1965) HBR.
89
2.6.2.2.47. Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F. Barros, Acta Bot.Bras.
8(1):12. 1994. Basiônimo: Epidendrum polyphyllum Vell., Fl. Flum. Icon. 9:
t.17. 1829. Syn: Cyrtopodium paranaense Schltr., Repert. Sp. Nov. Regni Veg.
16:333. 1920. Pântano do Sul – Ilha de Santa Catarina. R. M. Klein & A.
Bresolin nº 6.301 (20/10/1965).FLOR.
90
2.6.2.2.49. Corymborkis flava (Sw.) O. Ktze. Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891).
Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.344 (18/04/1967) HBR.
2.6.2.2.51. Cleistes macrantha (Barb. Rodr.) Schltr. in Arch. Bot. Est. SP. I/3:
179(1926). Syn: Pogonia macrantha Barb. Rodr. in Rev. Engenharia III (1881):
144 –?? (1881) J. A. Rohr n.º 2.100 – Florianópolis, em barrancos no Colégio
Catarinense. Saco Grande – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein & A. Bresolin nº
7.289 (15/03/1967) FLOR.
2.6.2.2.52. Cleistes magnifica (Schltr.) Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 180
(1926). Vargem Grande – Cachoeira- Florianópolis – R. M. Klein & A.
Bresolin, nº 7.739 (25/06/1968). FLOR.
2.6.2.2.53. Cleistes revoluta (Barb.Rodr.) Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
Beih. 35: 26 (1925). Saco Grande, Ilha de Santa Catarina. R. M. Klein & A.
Bresolin, nº 7.472 (21/06/1967). FLOR.
91
21/06/1950. J. A. Rohr SJ n.º 2.077 – Ribeirão, sul da Ilha de Santa Catarina –
27/01/1951.
2.6.2.2.55. Dichaea pendula var. ciliata Cogn. in C.F.P.von Martius & auct.
suc. (eds.), Fl. Bras. 3(6): 487 (1906). Schenk 654 – arredores de Florianópolis.
D´Urville – Ilha de Santa Catarina. E. Ule – Ilha de Santa Catarina. J. A. Rohr
SJ. n.º 2.006 – Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Morro da Costa da Lagoa,
R. M. Klein n.º 7.013 (21/12/1967) HBR.
92
2.6.2.2.58. Dryadella edwallii (Cogn.) Luer, Selbyana 2: 208 (1978). Syn:
Masdevallia edwallii Cogn., Fl. Bras. 3(6): 553 (1906). Florianópolis, Morro do
Ribeirão- R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.609. (24/10/1967) HBR.
2.6.2.2.59. Dryadella zebrina (Porsch) Luer, Selbyana 2: 209 (1978). Syn:
Masdevallia zebrina Porsch, Oesterr. Bot. Z. 55: 154 (1905). Syn: Masdevallia
carinata Cogn., Bull. Soc. Roy. Bot. Belgique 43: 305 (1906 publ. 1907)..
Florianópolis, Morro do Ribeirão – R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.587
(28/09/1967) HBR.
2.6.2.2.61. Encyclia glumacea (Lindl.) Pabst, Orquídea (Rio de Janeiro) 29: 276
(1967 publ. 1972). Syn. Epidendrum glumaceum Lindl., Edwards's Bot. Reg.
25(Misc.): 38 (1839). Syn. Hormidium glumaceum (Lindl.) Brieger, Publ. Ci.
Inst. Genét. Esc. Super. Agric. Luis de Queiroz 1: 19 (1960).Syn. Anacheilium
glumaceum (Lindl.) Pabst, Moutinho & A.V.Pinto, Bradea 3: 183 (1981). Rohr
SJ nº 2.278 – Costa da Lagoa, Ilha de Santa Catarina 11/04/1955 (HP 2.665).
Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein nº 7.273 (14/03/1967).
93
maiores detalhes. Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.862
(08/08/1968) HBR.
94
A. Rohr SJ. n.º 2078 – Ilha de Santa Catarina, Ribeirão – 27/01/1951.
Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 6.970 (20/02/1966) HBR.
2.6.2.2.65. Epidendrum coronatum Ruiz & Pav., Syst. Veg. Fl. Peruv. Chil.:
242 (1798). Syn: Epidendrum compositum Vell., Fl. Flumin. 9: t. 39 (1831).
Epidendrum sulphuroleucum Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 56 (1877).
Epidendrum moyobambae Kraenzl., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 1: 185
(1905). Epidendrum subpatens Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 17:
40 (1922). Epidendrum benignum Ames, Schedul. Orchid. 2: 26 (1923).
Epidendrum amazonicum Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 42(2): 78 (1925). -
Lagoa do Peri, A. Bresolin n.º 820 (19.09. 1973) FLOR, HBR, HB.
2.6.2.2.66. Epidendrum cristatum Ruiz & Pav., Syst. Veg. Fl. Peruv. Chil.: 243
(1798). Syn: Epidendrum alexandri Schltr., Anexos Mem. Inst. Butantan, Secç.
Bot. 55: 60 (1922). Syn: Epidendrum raniferum var. lofgrenii Cogn. in
C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(5): 100 (1898). J. A. Rohr SJ.
n.º 2.068 – Ilha de Santa Catarina – Sertão da Lagoa – fl. Jan. e fev. 1951. Lagoa
do Peri, R. M. Klein, Souza Sob. & A. Bresolin n.º 8.665 (01.04.1970) FLOR:
Tapera, A. Bresolin n.º 129 (20.01.1971) FLOR. HBR. HB.
2.6.2.2.68. Epidendrum difforme Jacq., Enum. Syst. Pl.: 29 (1760). Syn: Auliza
difformis (Jacq.) Small, Fl. Miami: 56 (1913). Amphiglottis difformis (Jacq.)
95
Britton, Sci. Surv. Porto Rico & Virgin Islands 5: 200 (1924). Neolehmannia
difformis (Jacq.) Pabst, Bradea 2: 306 (1978). Epidendrum radiatum
Hoffmanns., Verz. Orchid. 1: 832 (1842), nom. illeg. Epidendrum virens
Hoffmanns., Linnaea 16(Litt.): 233 (1842). Epidendrum arachnoideum
Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 60 (1877). Florianópolis, Morro da Costa da
Lagoa. R. M. Klein n.º 7.095 (17/01/1967) HBR.
96
Figura 27: Epidendrum mosenii Rchb.f.
Fonte: Do autor (2010).
97
2.6.2.2.73. Epidendrum paniculatum Ruiz & Pav., Syst. Veg. Fl. Peruv. Chil.:
243 (1798). Syn: Epidendrum floribundum Kunth in F.W.H.von Humboldt,
A.J.A.Bonpland & C.S.Kunth, Nov. Gen. Sp. 1: 353 (1816).- J. A. Rohr SJ. n.º
25 – Ilha de Santa Catarina, Sertão da Lagoa 23/07/1950. Florianópolis –
Ingleses do Rio Vermelho. A. Bresolin n.º 271 (02/08/1971) HBR.
98
Catarina. Florianópolis – Costa da Lagoa J. A. Rohr SJ. n.º 2.275 (11/04/1955)
HBR.
99
B.D.Jacks., Index Kew. 2: 966 (1895). Stenoptera actinosophila (Barb.Rodr.)
Cogn., Fl. Bras. 3(4): 255 (1895). Trachelosiphon actinosophilum (Barb.Rodr.)
Schltr., Beih. Bot. entralbl. 37(2): 424 (1920). Florianópolis, Morro da Costa da
Lagoa. R. M. Klein n.º 7.839 (07/08/1968). Morro da Costa da Lagoa, R. M.
Klein & A. Bresolin. nº 8.178 (13/02/1969). FLOR.
2.6.2.2.82. Eurystyles cogniauxii (Krzl.) Pabst , Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
Beih. 35: 39 (1925). Syn: Pseudoeurystyles cogniauxii (Krzl.) (Hoehne)- Arq.
Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 1: 130 (1944). Morro Costa da Lagoa, R. M.
Klein n.º 7.885 (16.10.1968). FLOR. HBR, HB: idem, R.M. Kleín & A.
Bresolin n.º 7.979 (20.11. 1963) FLOR. HBR.
2.6.2.2.83. Eurystyles lorenzii (Cogn.) Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
Beih. 35: 39 (1925). Syn: Pseudoeurystyles lorenzii (Cogn.) Hoehne Arq. Bot.
Estado São Paulo, n.s., f.m., 1: 130 (1944). – Morro da Quebrada - Tapera, R.
M. Klein & A. Bresolin n.º 7.526 (27.07.1967) FLOR, HBR, HB.
2.6.2.2.85. Eulophia alta (L.) Fawc. & Rendle, Fl. Jamaica 1: 112 (1910). Syn:
Eulophia longifolia (Kunth) Schltr., Orchideen: 347 (1914). R.M. Reitz n.º
4.565 – Itacorubi, Morro da Caixa D´´agua – Ilha de Santa Catarina, 15/03/1952.
HBR.
100
2.6.2.2.86. Gomesa barkeri (Hook.) Rolfe, Orchid Rev. 9: 166 (1901).
Florianópolis, Morro do Ribeirão. R. M. Klein n.º 8.318 (21/05/1969). HBR.
2.6.2.2.88. Gomesa fischeri Regel, Index Seminum (LE) 1856: 21 (1856). (nova
para Santa Catarina). J. A. Rohr SJ. n.º 2.198 – Armação do Sul, Ilha de Santa
Catarina. Pântano do Sul – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein, Souza Sob. & A.
Bresolin nº 6.703 (16/03/1966). FLOR.
101
2.6.2.2.89. Gomesa laxiflora (Lindl.) Klotzsch ex Rchb.f., Bot. Zeitung (Berlin)
10: 772 (1852). Morro do Rio Vermelho, R. M. Klein & A. Bresolin nº. 8.068
(19/12/1968) FLOR.
2.6.2.2.93. Grobya fascifera Rchb.f., Flora 69: 551 (1886). Syn: Grobya
bibrachiata Hoehne, Bol. Agric. (São Paulo) 34: 625 (1933 publ. 1934). Grobya
bibrachiana Hoehne var. riograndiensis Pabst 1956 in Arq. Jardim Bot. Rio
102
vol. 14: 22-t. 6-B. J. A. Rohr n.º 2.122 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa Catarina
– 27/03/1951 (Herb. Auct. 1001). J. A. Rohr n.º 2.257 – Sertão da Trindade,
Ilha de Santa Catarina – 12/03/1954 (Herb. Auct. n.º 2.328). J. A. Rohr s/n –
Costa da Lagoa, Ilha de Santa Catarina – 31/03/1955 (Herb. Auct. N.º 2652).
Florianópolis – Morro da Felicidade, Pântano do Sul, A. A. Bresolin n.º 210
(17/03/1971) HBR.
103
de Cima. A. A. Bresolin n.º 825 (19.09.1973) FLOR. HBR, HB: Pântano do Sul,
R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.509 (26.07.1967) FLOR.
2.6.2.2.98. Heterotaxis sessilis (Sw.) F.Barros, Hoehnea 29: 112 (2002). Syn:
Maxillaria crassifolia (Lindl.) Rchb.f., Bonplandia (Hannover) 2: 16 (1854). J.
A. Rohr SJ n.º 6, Sertão da Lagoa – Ilha de Santa Catarina – junho de 1950.
HBR.
104
Catarina, Sertão da Lagoa – 21/05/1951. Florianópolis – Costa da Lagoa, J. A.
Hohr SJ. n.º 2.279 (11/04/1955) HBR.
2.6.2.2.101. Huntleya meleagris Lindl., Edwards's Bot. Reg. 23: t. 1991 (1837).
J. A. Rohr SJ s/n. Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Lagoinha do Leste, R.
M. Klein & A. Bresolin n.º 9.221 (19/11/1970) HBR.
2.6.2.2.103. Lanium avicula (Lindl.) Benth., Hooker's Icon. Pl. 14: t. 1335
(1881). Syn: Epidendrum avicula Lindl., J. Bot. (Hooker) 3: 85 (1841). J. A.
Rohr SJ. n.º 2.024 – Ilha de Santa Catarina – Sertão da Lagoa – 14/02/1951.
Florianópolis – Pântano do Sul, A. Bresolin n.º 504 (15/03/1972) HBR.
105
2.6.2.2.106. Lepanthopsis floripecten (Rchb.f.) Ames, Bot. Mus. Leafl. 1(9): 11
(1933). Syn: Pleurothallis floripecten Rchb.f., Bonplandia (Hannover) 2: 25
(1854). Humboldtia floripecten (Rchb.f.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 667 (1891).
Lepanthes secunda Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 70 (1881). Pleurothallis
unilateralis Cogn., Fl. Bras. 3(4): 592 (1896). Lepanthopsis unilateralis (Cogn.)
Porto & Brade, Rodriguésia 1(2): 37 (1935). Lepanthopsis secunda (Barb.Rodr.)
Hoehne, Bol. Mus. Nac. Rio de Janeiro 12(2): 29 (1936). Florianópolis –
Pântano do Sul, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 9.198 (13/04/1971) HBR.
2.6.2.2.107. Leptotes bicolor Lindl., Edwards's Bot. Reg. 19: t. 1625 (1833). Dr.
Guilherme Mueller s/n. – Prov. Santa Catarina (sem maiores detalhes). J. A.
Rohr SJ n.º 2.001 – Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Morro Rio Tavares,
R. M. Klein & A. Bresolin n.º 6.248 (16/09/1965) HBR.
2.6.2.2.108. Liparis nervosa subsp. nervosa Syn: Liparis elata Lindl., Bot.
Reg. 14: t. 1175 (1828).– Ilha de Santa Catarina, Ribeirão – 1951. P. R. Reitz n.º
3.701 – Ilha de Santa Catarina, Ribeirão – 27/01/1951. P. R. Reitz n.º 4.555 –
Ilha de Santa Catarina, Itacorubí, Morro da Caixa D´água – 13/03/1952. J. A.
Rohr SJ n.º 2.080 – Ilha de Santa Catarina, Ribeirão, sul da Ilha, 27/01/1951.
Florianópolis – Ilha de Santa Catarina. A. Seidel s/n. (03/1959) HBR. Saco
Grande, Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein nº 7.116 (18/01/1967). FLOR
106
2.6.2.2.110. Lockhartia lunifera (Lindl.) Rchb.f., Bot. Zeitung (Berlin) 10: 767
(1852). Syn: Fernandezia lunifera Lindl., Edwards's Bot. Reg. 25(Misc.): 91
(1839). Lockhartia ludibunda Rchb.f., Bot. Zeitung (Berlin) 15: 159 (1857).
Fernandezia robusta Klotzsch ex Rchb.f. in W.G.Walpers, Ann. Bot. Syst. 6:
821 (1864). Florianópolis – Morro do Rio Vermelho. R. M. Klein n.º 8.103
(22/01/1969) HBR.
2.6.2.2.112. Malaxis excavata (Lindl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 673 (1891).
Syn: Microstylis sertulifera (Barb.Rodr.) Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
Beih. 85: 46 (1925). Syn: Cheiropterocephalus sertuliferus Barb.Rodr., Gen.
Spec. Orchid. 1: 29 (1877). Syn: Microstylis sertulifera (Barb.Rodr.) Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 85: 46 (1925). Syn: Microstylis hastilabia
Rchb.f., Beitr. Orchid.-K. C. Amer.: 101 (1866). Syn: Microstylis parthoni
Rodr. (non Rchb.f.) in Orch. Nov.2 (1882) 295 apud Cogn. Syn: Microstylis
ottonis Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 10: 39 (1922). – Anal. T.
136/532. Syn: Epidendrum umbellatum Vell., Fl. Flumin. 9: t. 23 (1831), nom.
illeg. apud Hoehne. J. A. Rohr SJ n.º 19 – Ilha de Santa Catarina, Sertão da
Lagoa. (11)06/1950) HBR. J. A. Rohr SJ n.º 2.134 – Ilha de Santa Catarina,
Sertão da Lagoa. 21/05/1951. J. A. Rohr SJ n.º 2.144 – Ilha de Santa Catarina,
107
Sertão da Lagoa. 01/07/1951: Ribeirão, A. A. Bresolin n.º 216 (18.03.1971)
FLOR, HBR, HB.
108
Rchb.f.) Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 2: 71 (1947). Tapera –
Ilha de Santa Catarina, A. Bresolin nº 137 (04/02/1971). FLOR.
2.6.2.2.118. Maxillaria lindleyana Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih.
9: 162 (1921). Syn: Maxillaria crocea Lindl., Edwards's Bot. Reg. 21: t. 1749
(1835), nom. illeg- F. C. Hoehne Handro & M. Kuhlmann, in “Jard. Bot. de S.
Paulo” (1941) p. 353. P. R. Reitz n.º 3.071 – Ribeirão, Ilha de Santa Catarina,
27/01/1951 HBR. J. A. Rohr SJ. n.º 2.148 – Ilha de Santa Catarina – Julho de
1951. Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.588
(28/09/1967) HBR.
109
Florianópolis, Morro Costa da Lagoa, R. M. Klein n.º 7.010 (21/12/1969). Alto
Ribeirão, Ilha de Santa Catarina. A. Bresolin, nº 40 11/1970. HBR.
2.6.2.2.126. Miltonia regnellii Rchb.f., Linnaea 22: 851 (1850). J. A. Rohr SJ.
n.º 2.057 – Ilha de Santa Catarina, muito frequente, 07/01/1950. Florianópolis –
Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.170 (14/02/1967) HBR.
110
(1843), nom. illeg.). Anathallis parahybunensis Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid.
2: 76 (1881). J. A. Rohr SJ. n.º 57-A – Ilha de Santa Catarina, pr. Lagoa do Peri
– Sul da Ilha – 01/10/1950. Florianópolis – Tapera, Pântano do Sul. A. Bresolin
& Souza n.º 25 (11/09/1970) HBR.
2.6.2.2.128. Notylia lyrata S. Moore Trans. Linn. Soc. London, Bot. 4: 477
(1895). - Florianópolis: Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 8.198 (11.12.1969)
FLOR.
111
2.6.2.2.133. Octomeria diaphana Lindl., Edwards's Bot. Reg. 25(Misc.): 91
(1839). Syn: Octomeria fibrifera Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih.
35: 63 (1925). Florianópolis, Morro do Ribeirão R.M. R. M. Klein n.º 7.352
(18/04/1967) HBR. Morro da Costa da Lagoa – Ilha de Santa Catarina, Klein nº
7.887 (16/10/1968).FLOR. Florianópolis, Jurerê. R. M. Klein & Souza n.º 8.704
(03/06/1970) HBR.
112
2.6.2.2.135. Octomeria fialhoensis Dutra ex Pabst, Sellowia 10: 133 (1959).
supra (nova para Santa Catarina). J. A. Rohr n.º 2.020 – Sertão da Lagoa, Ilha de
Santa Catarina (Herb. Auct. 851). J. A. Rohr n.º 2.123 (27/03/1951) - HBR –
mesmo local, Ilha de Santa Catarina (Herb. Auct. 1002). J. A. Rohr n.º 2.168 –
mesmo local, Ilha de Santa Catarina (Herb. Auct. 1300). J. A. Rohr n. º 2.274 –
Saco Grande, Ilha de Santa Catarina - 11/04/1955 (Herb. Auct. 2661). .
2.6.2.2.136. Octomeria gehrtii Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 232
(1926). Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.398 (16.05.1967) FLOR, HBR,
HB: idem, R. M. Klein n.º 7.395 (16.05.1967) FLOR, HBR, HB.
113
J. A. Rohr SJ, nº 2.124 (27/03/1951). Florianópolis. Rio Vermelho, J. A. Rohr
n.º 2.224 (08/1958) HBR. Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catarina, R. M.
Klein & A. Bresolin nº 6.759 (21/06/1966).FLOR.
114
2.6.2.2.141. Octomeria rohrii Pabst, Orquídea (Rio de Janeiro) 13: 220 (1951).
Ribeirão, R.M. R. M. Klein, Souza Sob. & A. A. Bresolin n.º 8.700 (02.06.1970)
FLOR, HBR, HB: Morro do Rio Vermelho, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.242
(13.02.1969) FLOR.
115
2.6.2.2.143. Oncidium riograndense Cogn. C.F.P.von Martius & auct. suc.
(eds.), Fl. Bras. 3(6): 446 (1906). Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catarina, R.
M. Klein & A. Bresolin nº 8.230 (11/03/1969). FLOR.
2.6.2.2.144. Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 237
(1833). Syn: Eulophidium maculatum (Lindl.) Pfitzer, Entwurf. Anordn. Orch.:
87 (1887). J. A. Rohr SJ. n.º 2.106 – Armação do Sul, Ilha de Santa Catarina.
18/03/1951. Morro do Ribeirão, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.237
(11.03.1969) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.145. Oncidium ciliatum Lindley. Gen. Sp. Orchid. Pl.: 200 (1833).
Florianópolis, Pântano do Sul – A. Bresolin n.º 1.114 (25/01/1974). HBR.
116
2.6.2.2.146. Oncidium longipes Lindley. Paxton's Fl. Gard. 1: 46 (1850).
Florianópolis, Testa do Macaco – Ribeirão da Ilha, A. Bresolin n.º 649
(11/12/1972). HBR.
117
Figura 33: Ornithocephalus myrticola Lindl.
Fonte: Do autor (2010).
118
704 (1979). Saco Grande – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein nº 7.126
(18/01/1967).FLOR
2.6.2.2.153. Phymatidium delicatulum Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 310 (1833).
56/I.Fischer s/n – Ilha de Santa Catarina. Langsdorff n.º 15 – Ilha de Santa
Catarina Phymatidium delicatulum var. delicatulum. Syn: Phymatidium
myrtophilum Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 229 (1881). J. A. Rohr SJ n.º
2.063 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa Catarina – 07/01/1951. Florianópolis –
Alto Ribeirão, A. Bresolin n.º 675 (12/01/1973). HBR.
2.6.2.2.154. Phymatidium falcifolium Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 210 (1833).
Syn: Phymatidium tillandsioides Barb. Rodr. J. A Rohr SJ n.º 20 – Ribeirão –
Sul da Ilha de Santa Catarina – 27/01/1951. P. R. Reitz n.º 3.702 – Ribeirão, Sul
da Ilha de Santa Catarina 40 msm. J. A. Rohr n.º 2.063 – 27/07/1951 – Morro da
Costa da Lagoa. R. M. Klein & A. Bresolin nº 8.185 (13/11/1969). HBR . HB.
119
35: 103 (1925). - Tapera. R. M. Klein, A. Bresolin & Occhioni n.º 7.959
(19.11.1968) FLOR; idem R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.420 (18.11.1969)
FLOR, HBR, HB e A. Bresolin n.º 41 (15.12.1970) FLOR, HBR, HB.
120
2.6.2.2.161. Polystachya caespitosa Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 168
(1881). J. A. Rohr n.º 16 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa Catarina. 02/1951. J.
A. Rohr n.º 2.097 – mesmo local – 26/02/1951. Florianópolis – Saco Grande, R.
M. Klein & A. Bresolin n.º 7.303 (15/03/1967) HBR.
2.6.2.2.163. Polystachya foliosa (Hook.) Rchb.f., Ann. Bot. Syst. 6: 640 (1863).
Syn: Stelis foliosa Hook., Ann. Nat. Hist. 2: 330 (1839). Syn: Dendrorkis
foliosa (Hook.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891). Encyclia polystachya
121
Poepp. & Endl., Nov. Gen. Sp. Pl. 2: 10 (1836). Polystachya cerea Lindl.,
Edwards's Bot. Reg. 26(Misc.): 86 (1840). Polystachya clavata Lindl.,
Edwards's Bot. Reg. 28(Misc.): 61 (1842). Polystachya weigeltii Rchb.f.,
Linnaea 25: 230 (1852). Polystachya nana Klotzsch, Index Seminum (B) 1853:
12 (1853). Polystachya caracasana Rchb.f., Bonplandia (Hannover) 2: 15
(1854). Polystachya paulensis Rchb.f., Ann. Bot. Syst. 6: 642 (1863).
Dendrorkis caracasana (Rchb.f.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891).
Dendrorkis cerea (Lindl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891). Dendrorkis
clavata (Lindl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891). Dendrorkis paulensis
(Rchb.f.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 658 (1891). Polystachya minor Fawc. &
Rendle, J. Bot. 48: 106 (1910). Polystachya altilamellata Schltr., Repert. Spec.
Nov. Regni Veg. 10: 385 (1912). Polystachya ecuadorensis Schltr., Repert.
Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 8: 90 (1921) Polystachya guatemalensis Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 141 (1921). Polystachya poeppigii Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 9: 155 (1921). Polystachya panamensis
Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 17: 49 (1922). Polystachya
costaricensis Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 19: 223 (1923).
Polystachya powellii Ames, Schedul. Orchid. 7: 31 (1924). Polystachya
amazonica Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 42(2): 77 (1925). Polystachya huebneri
Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 42(2): 11a (1925). Polystachya cingulata Rchb.f.
ex Kraenzl., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 39: 81 (1926). Polystachya
edwallii Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 256 (1926). Polystachya
foliosa var. triandra Sauleda & R.M.Adams, Brittonia 31: 294 (1979). Saco
Grande. R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.380 (20.04.1967) FLOR, HBR, HB.
122
2.6.2.2.164. Polystachya pinicola Barb. Rodr. Gen. Spec. Orchid. 2: 169 (1882).
- Tapera R. M. Klein & A. A. Bresolin n.º 8.545 (20.01.1970) FLOR, HBR, HB;
idem. A. Bresolin n.º 77 (10.01.1971) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.166. Prescottia lancifolia Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 453 (1840); -
Hoehne in Fl. Brsca 12,2 (1945) 111-T 75/1 (nova para Santa Catarina). J. A.
Rohr SJ. n.º 2.147 – Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Morro do Ribeirão,
R. M. Klein n.º 7.402 (16/05/1967) HBR.
2.6.2.2.167. Prescottia nivalis Barb. Rodr. Gen. Spec. Orchid. 2: 278 (1882). Rio
Tavares, Igreja de Pedra – Ilha de Santa Catarina. A. Bresolin & Dárdano nº 618
(26/10/1972) NBR.
2.6.2.2.168. Prescottia oligantha (Sw.) Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 454 (1840).
Syn: Cranichis oligantha Sw., Prodr.: 120 (1788). Cranichis micrantha Spreng.,
Syst. Veg. 3: 700 (1826). Syn: Prescottia micrantha (Spreng.) Lindl., Edwards's
Bot. Reg. 22: t. 1915 (1836). Syn: Prescottia tenuis Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.:
454 (1840). Syn: Prescottia myosurus Rchb.f. ex Griseb., Fl. Brit. W. I.: 640
(1864). Cranichis tenuiflora Griseb., Cat. Pl. Cub.: 268 (1866). Prescottia
123
viacola Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 279 (1881). Prescottia viacola var.
polyphylla Cogn., Fl. Bras. 3(6): 549 (1906). Prescottia filiformis Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 7: 50 (1920). Prescottia gracilis Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 7: 51 (1920). Prescottia panamensis
Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 357 (1920). Prescottia polysphaera
Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 357 (1920) Morro do Ribeirão, R. M.
Klein & A. Bresolin n.º 7.572 (28.09.1967) FLOR, HBR, HB; Morro do Rio
Vermelho, R. M. Klein n.º 7.927 (17.10.1968) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.170. Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl., Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1915
(1836). Syn: Cranichis stachyodes Sw., Prodr.: 120 (1788). Syn: Prescottia
colorans Lindl., Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1915 (1836). Syn: Prescottia
gigantea Lodd. ex W.Baxter, Suppl. Hort. Brit.: 618 (1850), nom. nud.
Prescottia longipetiolata Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 177 (1877).
Prescottia paulensis Cogn., Fl. Bras. 3(6): 548 (1906). Prescottia smithii Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 7: 52 (1920). Prescottia colorans var.
macrophylla Hoehne, Revista Soc. Brasil. Agron. 8(2): 222 (1945).
Florianópolis – Morro da Costa da Lagoa, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 6.230
(15/09/1965).HBR
124
2.6.2.2.171. Promenaea rollissonii (Lindl.) Lindl., Edwards's Bot. Reg.
29(Misc.): 13 (1843). - Florianópolis: Pântano do Sul, A. Bresolin n.º 205
(17.03.1971) HBR.
2.6.2.2.173. Promenaea stapelioides (Link & Otto) Lindl., Edwards's Bot. Reg.
29(Misc.): 13 (1843). Syn: Cymbidium stapelioides Link & Otto, Icon. Pl.
Select. 4: t. 52 (1821). Syn: Maxillaria stapelioides (Link & Otto) Lindl., Gen.
Sp. Orchid. Pl.: 146 (1832). Syn: Peristeria stapelioides (Link & Otto) Loudon,
Suppl. Hort. Brit.: 604 (1850). Zygopetalum stapelioides (Link & Otto) Rchb.f.
in W.G.Walpers, Ann. Bot. Syst. 6: 658 (1863). Promenaea stapelioides var.
macrantha Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 2: 126 (1952).
Morro do Rio Vermelho. R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.247 (12.03.1969)
FLOR, HBR, HB.
125
Maxillaria lawrencei Kraenzl., Gard. Chron., III, 18: 324 (1895). Promenaea
xanthina var. major Cogn., Fl. Bras. 3(6): 465 (1906). Morro Costa da Lagoa,
R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.976 (20.11.1968) FLOR, HBR, HB; idem R. M.
Klein n.º 7.886 (16.10.1968) FLOR. Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M.
Klein – n.º 7.541 (22/08/1967) – HBR.
2.6.2.2.178. Rodriguezia decora (Lem.) Rchb.f., Bot. Zeitung (Berlin) 10: 771
(1852). J. A. Rohr SJ. s/n Rio Tavares, Ilha de Santa Catarina. 21/06/1950.
Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M. Klein n.º 7.392 (16/05/1967) HBR.
126
Figura 35: Rodriguezia decora (Lem.).
Fonte: Do autor (2010).
2.6.2.2.179. Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay, Bot. Mus. Leafl. 28: 352 (1980
publ. 1982). Syn: Stenorrhynchos lanceolatum (Aubl.) Rich., De Orchid. Eur.:
37 (1817). Syn: Stenorrhynchos coccineum (Vell.) Hoehne, Arq. Bot. Est. S.
Paulo, n.s., f.m., 2: 146 (1952). - Rio Vermelho, A. A. Bresolin n.º 938
(19.10.1973) FLOR, HBR. HB; Morro das Pedras. R. M. Klein, Souza Sob. &
A. Bresolin n.º 5.830 (05.10.1964) FLOR, HBR, HB; Rio Tavares, A. Bresolin
& Dárdano n.º 617 (26. 10. 1972) FLOR, HBR, HB.
127
Antônio – Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Morro do Ribeirão, R. M.
Klein & A. Bresolin n.º 7.683 (19/12/1967). HBR.
128
2.6.2.2.182. Sauroglossum nitidum (Vell.) Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 37(2):
376 (1920).Homotypic synonyms:Serapias nitida Vell., Fl. Flumin. 9: t. 52
(1831). Spiranthes nitida (Vell.) Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.),
Fl. Bras. 3(4): 224 (1895). Heterotypic synonyms:Cyclopogon procerus Regnell
ex Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 280 (1881).Spiranthes excelsa Kraenzl.,
Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl. 46(10): 33 (1911).Spiranthes
pachychila Kraenzl., Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl. 46(10): 37 (1911).
Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catarina. R. M. Klein nº 7.855 (08/08/1968).
FLOR
2.6.2.2.183. Stelis aprica Lindl., Companion Bot. Mag. 2: 353 (1836). Syn:
Stelis catharinensis Lindl., Companion Bot. Mag. 2: 353 (1836); Stelis
rodriguesii Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(4): 360
(1896). – T. 80/III Stelis micrantha Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 93
(1881), nom. illeg. J. A. Rohr SJ. n.º 51 Ilha de Santa Catarina, São Bonifácio,
Costa da Lagoa 24/09/1950. J. A. Rohr SJ. n.º 2.027 – Ilha de Santa Catarina,
Sertão da Lagoa 14/11/1950. J. A. Rohr SJ. n.º. 2.176 – Ilha de Santa Catarina,
Santo Antonio. Morro do Ribeirão – Ilha de Santa Catarina, R. M. Klein & A.
Bresolin nº 7.874 (15/10/1968). FLOR. Florianopolis – Morro do Rio Vermelho,
R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.918 (11/09/1968) HBR.
129
Lagoa, 200 msm. J. A. Rohr. n.º 2.217 (19/04/1953) – Sertão da Lagoa – HBR,
HB.
2.6.2.2.185. Stelis dusenii Garay Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 13: 335 (1954)..
Florianópolis, Morro da Quedrada - Tapera, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 8.351
(14/10/1969). HBR
2.6.2.2.186. Stelis papaquerensis Rchb.f., Linnaea 22: 822 (1850). Syn: Stelis
smaragdina Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 90 (1881). Syn: Stelis
inaequalisepala Hoehne & Schltr. Syn: Stelis reflexisepala Garay. J. A. Rohr SJ
n.º 2.074 – Ribeirão, sul da Ilha de Santa Catarina. Florianópolis – Morro do
Ribeirão, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 7.876 (15/10/1968) HBR. Morro do
Ribeirão – R. M. Klein & A. Bresolin nº 7.578 (28/09/1967). Florianópolis –
Lagoa do Peri, R. M. Klein & Souza n.º 8656 (01/04/1970) HBR.
130
Figura 37: Stelis papaquerensis Rchb.f.
Fonte: Do autor (2010).
2.6.2.2.187. Stelis ruprechtiana Rchb.f., Linnaea 22: 821 (1850). J. A. Rohr S.J.
n.º 2.171 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa Catarina – 24/09/1950. Florianópolis –
Morro da Costa da Lagoa, R. M. Klein n.º 7.894 (16/10/1968) HBR.
131
2.6.2.2.189. Trichosalpinx montana (Barb.Rodr.) Luer, Phytologia 54: 396
(1983). Syn: Lepanthes montana Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 41 (1881).
Syn: Pleurothallis collina Cogn., Fl. Bras. 3(4): 582 (1896). Lepanthes
quartzicola Barb.Rodr., Vellosia, ed. 2, 1: 119 (1891). Pleurothallis collina var.
minor Cogn., Fl. Bras. 3(4): 583 (1896). Pleurothallis quartzicola (Barb.Rodr.)
Cogn., Fl. Bras. 3(4): 581 (1896). Pleurothallis lepanthipoda Hoehne & Schltr.,
Arch. Bot. São Paulo 1: 218 (1926). Trichosalpinx quartzicola (Barb.Rodr.)
Luer, Phytologia 54: 397 (1983). Sertão da Trindade. J.A. Rohr n.º 2.225
(02.08.1953) HBR, HB. Morro do Rio Tavares, R. M. Klein & A. Bresolin n.º
6.259 (16.09.1965) FLOR, HBR. HB.
2.6.2.2.191. Vanilla edwallii Hoehne. Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 1:
61 (1941). S J. A. Rohr SJ. nº 2.179 20/02/1952. Sertão da Lagoa, Ilha de Santa
Catarina, Florianópolis – Rio Tavares, R. M. Klein & A. Bresolin n.º 6.110
(28/07/1965) – HBR. Vargem Grande, A. Bresolin n.º 1.117 (20/11/1974) –
HBR.
132
Figura 38: Vanilla edwallii Hoehne.
Fonte: Do autor (2010).
133
2.6.2.2.194. × Sophrocattleya elegans (C.Morren) Van den Berg & M.W. Chase
Lindleyana 16: 111 (2001). Syn: × Laeliocattleya elegans (C.Morren) Rolfe,
Gard. Chron. 1889(1): 619 (1889). Fr. Devos – Ilha de Santa Catarina, sobre
pedras e às vezes sobre árvores. J. A. Rohr SJ s/n Ilha de Santa Catarina. A.
Bresolin n.º 622 (03.11.1972) Ingleses do Rio Vermelho FLOR, HBR, HB.
134
2.6.2.2.196. Zygostates alleniana Kraenzl., Notizbl. Königl. Bot. Gart. Berlin 2:
55 (1898). Syn: Dipteranthus lindmanii Kraenzl., Kongl. Svenska Vetensk.
Acad. Handl. 46(10): 80 (1911). Syn: Zygostates lindmanii (Kraenzl.) Schltr.,
Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 449 (1920). Morro do Rio Vermelho, R. M.
Klein nº. 8.099 (22/01/1969) FLOR.
2.6.2.2.197. Zygostates lunata Lindl., Edwards's Bot. Reg. 23: t. 1927 (1837).
Syn: Ornithocephalus navicularis Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 135
(1877). P. R. Reitz n.º 3.698 – Ribeirão, Sul da Ilha de Santa Catarina.
14/02/1951. P.R. Reitz nº 3.822 – Ribeirão da Ilha, Ilha de Santa Catarina,
27/01/1951 - HBR
135
2.6.2.3.3. Anacheilium vespa (Vell.) Pabst, Moutinho & A. V. Pinto, Bradea 3:
184 (1981). Syn: Epidendrum vespa Vell., Fl. Flumin. 9: t. 27 (1831); Syn:
Epidendrum variegatum Hook., Bot. Mag. 59: t. 3151 (1832), nom. illeg;
Prosthechea vespa (Vell.) W.E.Higgins, Phytologia 82: 381 (1997 publ. 1998).
Bot. Est. S. P. 2,6 (1952) 144. - Gaudichaud 138 – Ilha de Santa Catarina. J. A.
Rohr SJ n.º 2.026 – Ilha de Santa Catarina, Sertão da Lagoa – 14/11/1950. J. A.
Rohr SJ n.º 2047-A – Ilha de Santa Catarina, Armação do Sul (varidade com
estrias longitudinais arroxeadas em vez de pontilhadas) – 14/12/1950.
136
2.6.2.3.7. Aspidogyne argentea (Vell.) Garay, Bradea 2: 203 (1977). Syn:
Physurus pictus Lindl. – “Gen. and Spec. Orch.” p. 504(1840); E. Ule – Ilha de
Santa Catarina
2.6.2.3.11. Bulbophyllum exaltatum Lindl., Ann. Mag. Nat. Hist. 10: 186
(1842). Syn: Bulbophyllum warmingianum Cogn. in C.F.P.von Martius & auct.
suc. (eds.), Fl. Bras. 3(5): 605 (1902). Syn: Bulbophyllum vittatum Rchb.f. &
Warm. in H.G.Reichenbach, Otia Bot. Hamburg.: 95 (1881), nom. illeg. (no
Teysm. & Binnd.). J. A. Rohr SJ n.º 2.123 – Santo Antônio – Ilha de Santa
Catarina. 14/04/1951.
137
2.6.2.3.12. Bulbophyllum glutinosum (Barb.Rodr.) Cogn. in C.F.P.von Martius
& auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(5): 597 (1902). 113/II. Syn: Didactyle glutinosa
Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 126 (1882). J. A. Rohr SJ n.º 1 e 28 – Sertão
da Lagoa, Ilha de Santa Catarina, junho de 1950. J. A. Rohr SJ n.º 2.139. Mesmo
local – 21/05/1951.
2.6.2.3.14. Bulbophyllum napellii Lindl., Ann. Mag. Nat. Hist. 10: 185 (1842).
J. A. Rohr SJ n.º 2.059 – Santo Antonio – Ilha de Santa Catarina – 18/08/1951.
2.6.2.3.16. Campylocentrum fasciola (Lindl.) Cogn., Fl. Bras. 3(6): 520 (1906).
Syn: Angraecum fasciola Lindl., Edwards's Bot. Reg. 26: 68 (1840). Aeranthes
fascicola (Lindl.) Rchb.f., Ann. Bot. Syst. 6: 902 (1864). Angraecum weigeltii
Rchb.f., Linnaea 22: 857 (1850). Campylocentrum sullivanii Fawc. & Rendle, J.
Bot. 47: 128 (1909).
138
auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(6): 198 (1905). - J. A. Rohr SJ. n.º 2.189 – Armação
do Sul, Ilha de Santa Catarina, 50 msm – 07/07/1952.
2.6.2.3.18. Cattleya intermedia var. macrochila Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid.
1: 71 (1877). - Barbosa Rodrigues s/n: Ilha de Santa Catarina.
2.6.2.3.21. Constantia australis (Cogn.) Porto & Brade, Arq. Inst. Biol. Veg. 2:
208 (1935). Syn: Sophronitis australis Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc.
(eds.), Fl. Bras. 3(5): 322 (1902). - Fritz Mueller n.º 1.861 – em pedras na Ilha de
Santa Catarina.
139
2.6.2.3.24. Cyrtopodium andersonii (Lamb. ex Andrews) R.Br. in W.T. Aiton,
Hortus Kew. 5: 216 (1813). Chamisso n.º 3 – Prov. S. Catarina, sem maiores
detalhes.
2.6.2.3.25. Crytophorauthus atropurpureus (Ldl) Rolfe. J. A. Rohr SJ. 2.260 –
Ilha de Santa Catarin, Lagoa do Peri.
2.6.2.3.26. Epidendrum calliferum Lem. In Jard. Fleur. 4 Misc. (1853); Cogn. in
Fl. Brs. 3,5 (1900) 103. Lemaire l. c. – Ilha de Santa Catarina (apud Cogn.).
140
2.6.2.3.32. Habenaria leptoceras Hook., Bot. Mag. 54: t. 2726 (1827). J. A.
Rohr SJ n.º 2.216 – Ilha de Santa Catarina, Itacorubi (19/04/1953) em cavidade
de rocha no meio dum arroio. É a primeira vez que esta espécie é encontrada em
Santa Catarina.
2.6.2.3.33. Habenaria pratensis (Lindl.) Rchb. f., Linnaea 22: 813 (1850).
Basionym: Bonatea pratensis Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 328 (1835). Syn:
Habenaria mattogrossensis Kraenzl., Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl.,
n.s., 46(10): 14 (1911). 113/II(1940). Gaudichaud s/n – Ilha de Santa Catarina.
2.6.2.3.34. Habenaria secunda Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 307 (1835). Syn:
Habenaria araneiflora Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 152 (1877). (nova
para Santa Catarina). J. A. Rohr SJ n.º 2.207 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa
Catarina. 10/01/1953.
141
2.6.2.3.37. Isabelia violacea (Lindl.) C.Van den Berg & M.W.Chase, Lindleyana
16: 109 (2001). Syn: Sophronitella violacea (Lindl.) Schltr., Repert. Spec. Nov.
Regni Veg. Beih. 35: 76 (1925). Sophronitis violacea Lindl., Edwards's Bot.
Reg. 26(Misc.): 18 (1840). (nova para Santa Catarina). J. A. Rohr SJ n.º 2.222 –
Rio Vermelho, Ilha de Santa Catarina – 08/07/1953.
2.6.2.3.38. Isochilus brasiliensis Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 235 (1926).
142
2.6.2.3.42. Maxillaria jenischiana (Rchb. f.) C. Schweinfurth. Bot. Mus. Leafl.
13: 150 (1948).
2.6.2.3. 44. Maxillaria porphyrostele Rchb.f., Gard. Chron. 30: 978 (1873). J. A.
Rohr SJ. s/n – Ilha de Santa Catarina.
2.7.2.3.45. Maxillaria rufescens Lindl., Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1848 (1836).
e vol. XXII, tab. 1.848. J. A Rohr SJ. s/n – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa
Catarina – maio de 1951.
2.6.2.3. 47. Oncidium edwallii Cogn. 1906 in Flor. Brs 3 (6) 383 t 90 – f. II. J.
A. Rohr SJ nº 2.267 – Saco Grande, Ilha de Santa Catarina 31/05/1955 (HP
2.646).
143
2.6.2.3.49. Octomeria crassifolia Lindl., Companion Bot. Mag. 2: 354 (1836).
Syn: Octomeria crassifolia var. triarticulata (Barb.Rodr.) Cogn. in C.F.P.von
Martius & auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(4): 615 (1896). Barb.Rodr., Gen. Spec.
Orchid. 2: 98 (1882). J. A. Rohr SJ. s/n: Ilha de Santa Catarina, Sertão da Lagoa.
144
2.6.2.3.53. Platystele oxyglossa (Schltr.) Garay, Orquideologia 9: 120 (1974).
Syn: Pleurothallis oxyglossa Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 10: 354
(1912). Pleurothallis lancilabris var. oxyglossa (Schltr.) C.Schweinf., Bot. Mus.
Leafl. 6: 200 (1938).Pleurothallis schulzeana Schltr., Beih. Bot. Centralbl.
36(2): 396 (1918). Pleurothallis pygmaea Hoehne, Bol. Agric. (São Paulo) 34:
604 (1933 publ. 1934). Platystele brasiliensis Brade, Arch. Jard. Bot. Rio de
Janeiro 11: 73 (1951). Platystele pygmaea (Hoehne) Pabst, Rodriguésia 18-19:
30 (1956).
2.6.2.3.56. Pleurothallis globifera Pabst, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 14: 13
(1956). – nova para Santa Catarina. J. A. Rohr S.J. n.º 2.126 – Sertão da Lagoa,
Ilha de Santa Catarina, 06/04/1951.
2.6.2.3.57. Pleurothallis rigidula Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.),
Fl. Bras. 3(4): 572 (1896). J. A. Rohr SJ. n.º 2.262 – Ilha de Santa Catarina, fl,
em cultura 10/10/1954 (n.º 2.544 in Herb. Auct.).
145
2.6.2.3.58. Pseudostelis spirallis (Lindl) Schltr, 1922 In Ann. Mem. Inst.
Butantan 1 (4): 38. J. A. Rohr SJ. nº 2.007 – Sertão da Lagoa, Ilha de Santa
Catarina (HP 747).
2.6.2.3.59. Psilochilus modestus Barb. Rodr. in Gen. et. Spec. Orch. Nov. II :
273(1882). Syn: Pogonia modesta (Barb. Rodr.) Cogn. in Mart. Fl. Brs.
III/IV:133-T(1893);. 27/II sub pogonia. J. A. Rohr n.º 2.038 – A, 26/02/1951-
Sertão da Lagoa – Ilha de Santa Catarina.
2.6.2.3.63. Sacoila duseniana (Kraenzl) Garay, Bot. Mus. Leafl. 28: 351 (1980
publ. 1982). Syn: Stenorrhynchus bradei Schltr. – in An. Mem. Inst. But. I/4:
146
30-T (1922). - J. A. Rohr n.º 1.022 – Santo Antônio – Ilha de Santa Catarina,
22/10/1950 em capoeira ao lado de uma picada.
2.6.2.3.64. Stanhopea insignis Frost, Bot. Mag. 56: t. 2948 (1829). J. A. Rohr SJ
n.º 2.076, do orquideário do Colégio Catarinense, sem indicação exata do local.
É possível que seja da própria ilha. Este espécie também já fi encontrada no Rio
Grande do Sul, nos arredores de Torres.
2.6.2.3.65. Stelis hoehnei Schltr. 1926 in Arch. Bot. Est. São Paulo 1(3): 203-t,
9-f III; Hoehne 1949 in Iconografia…. Tab. 75-f III. J. A. Rohr SJ nº 2.232 . Rio
Vermelho, Ilha de Santa Catarina, 02/09/1953 (HP 2.185).
147
S.J. n.º 655 – Ilha de Santa Catarina, Canasvieiras, arredores da praia,
23/12/1947.
2.6.2.4.1. Cattleya leopodii Versch; Planta epífita; raízes com velame; caule
bifoliado ou unifoliado; pétalas e sépalas com pintas. Material estudado –
Apenas observado em campo – Ilha do Campeche.
2.6.2.4.2. Cattleya intermédia Grand: Planta epífita; raízes com velame; caule
bifoliado ou unifoliado; pétalas e sépalas concolores; pseudobulbo encimado
sempre por 2 folhas. Material estudado – Apenas observado em campo – Ilha do
Campeche.
148
2.6.2.4.3. Epidendrum mosenii Rchb. F.: planta epífita; raízes com velame;
caule multifoliado. Material Estudado – Ilha do Campeche: rupícola, 4 m, flor
amarela. F. A. Silva F. 32 (16.10.1982) FLOR.
2.6.2.4.4. Laeliocattleya sp (híbrido natural); Planta epífita; raízes com velame;
caule bifoliado ou unifoliado; pétalas e sépalas concolores; pseudobulbo
encimado ora por 1, ora por 2 folhas. Material estudado – Apenas observado em
campo – Ilha do Campeche.
149
3 A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NA ILHA DO CAMPECHE
150
evidenciou que o gênero Pleurothallis R.Br. sensu lato é parafilético. Com base
nessa constatação, Pridgeon & Chase (2001c) estabeleceram ou restabeleceram
vários gêneros, entre os quais, Acianthera Scheidw., o qual engloba cerca de 130
espécies, segundo Chase et al. (2003), tradicionalmente atribuídas a um
subgênero de Pleurothallis. São amplamente distribuídas ao longo dos
Neotrópicos, com grande número de representantes no Brasil (PRIDGEON;
CHASE, 2001c).
151
4,5 cm compr.; bráctea do pedúnculo tubulosa, 0,7-2,5 cm compr.; pedúnculo
0,5- 1,3 cm compr.; raque esparsa e finamente pubescente, 1,5-3,0 cm compr.;
brácteas florais infundibuladas, membranáceas, 1,0-4,0 mm compr. Flores 6,0-
9,0 mm compr.; pedicelo + ovário 2,0-5,0 mm compr., pubescentes; sépalas
creme-vinosas, internamente vinoso-pintalgadas, externamente vinoso-estriadas,
pubescentes externamente, suberetas, a dorsal linear a linearoblanceolada, 6,0-
9,0 mm compr., 1,5-2,0 mm larg., ápice agudo ou acuminado, as laterais
totalmente coalescentes em sinsépalo levemente côncavo, estreitamente
lanceoladas a oblongolineares, 6,0-9,0 mm compr., 1,5-2,0 mm larg., ápice
agudo a acuminado; pétalas creme com estrias e pontinhos vinosos, eretas,
espatuladas, ½ basal longamente atenuada, 2,0-3,0 mm compr., 1,5-1,7 mm larg.,
ápice obtuso ou mucronado, margem levemente fimbriada; labelo creme,
internamente pintalgado de vinoso, externamente estriado de vinoso, 3-lobado,
âmbito curtamente espatulado, ca. 3,0mm compr., 1,0-1,5 mm larg., lobos
laterais eretos, estreitamente triangulares, ca. 0,8mm compr., lobo terminal
clavado, disco com 3 lamelas longitudinais, paralelas, ápice arredondado;
ginostêmio pouco encurvado, ca. 2,0 mm compr.
152
Acianthera pubescens (Lindl.)
Habito: Epífita .
Frequência: Rara.
Altitude: 10 – 40 metros
153
Os caules das folhas têm 25-35 mm de comprimento por 1,5-2,0 mmm de
diâmetro, emergem alternadamente em intervalos de 20-35 mm de um rizoma
rastejante e ramificado coberto de bainhas. Eles são envelopados por metade de
seu comprimento por duas bainhas e tem fendas profundas nos seus segmentos
apicais. As folhas medem 35-50 mm de comprimento por 20-25 mm de largura e
2,0 -2,5 mm de espesurra, são verde-oliva-escuras, elípticas, tesas e
conduplicadas.
As inflorescências, de apenas uma flor, medem 10 mm de comprimento,
emergem dos ápices dos caules das folhas sustentando as flores sobre pedicelos
de 3 mm. O ovário mede 3-4 mm de comprimento, as espatas e as brácteas tem
4-5 mm. As sépalas são quilhadas, concovas nas suas baes amarela-verdes, mas
convexas nos seus ápices. A sépala dorsaç é ovalada tem 15 mm de comprimento
por 4-8 mm de largura, com seu ápice púrpuro e cinco veis longitudinais verdes.
As sépalas laterais são fusadas por 70 – 90 %. Medem juntas 14 mm de
comprimento por 8 mm de largura e são pingadas de púrpura. As pétalas medem
5,5 mm de comprimento por 1,6 mm de largura, são lanceoladas, vagamente
convexas, amarela-verdes. As margens das partes apicais sçao laceradas. O
labelo elíptico, carnudo e púrpuro com pingos mais escuros mede 5,2 mm de
comprimento por 2,6 mm de largura e tem dois apêndices finos com arame na
sua base. A superfície da base e do ápice é tosca. As margens dos lóbulos laterais
rudimentares são crenadas e púrpura-escura. As margens do lóbulo principal são
dentadas. A coluna, verde-pálida e púrpura mede 4 mm de comprimento por 1,4
mm de largura. A sua base e o pé são púrpuros.
154
Acianthera serpentula (Barb.Rodr.)
F.Barros
Habito: Rupicola.
Frequência: Comum.
Altitude: 10 – 80 metros.
155
• Pleurothallis josephensis Barb.Rodr., Vellosia, ed. 2, 1: 117 (1891).
• Pleurothallis juergensii Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih.
35: 54 (1925).
• Pleurothallis auriculigera Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1:
207 (1926).
• Pleurothallis butantanensis Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1:
209 (1926).
• Pleurothallis insularis Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 217
(1926).
• Pleurothallis josephensis var. integripetala Hoehne, Arch. Inst. Biol.
(São Paulo) 2: 22 (1929).
• Pleurothallis josephensis var. papillifera Hoehne, Arch. Inst. Biol.
(São Paulo) 2: 22 (1929).
• Pleurothallis josephensis var. subcrenulata Hoehne, Arch. Inst. Biol.
(São Paulo) 2: 22 (1929).
• Specklinia saundersiana (Rchb.f.) F.Barros, Hoehnea 10: 110 (1983
publ. 1984).
156
ovário 1,5-6,0 mm compr., glabros; sépalas amareladas com nervações vinosas,
suberetas, a dorsal livre das laterais, oblonga, 8,0-10,0 mm compr., 3,0-4,0 mm
larg., ápice agudo ou obtuso, as laterais coalescentes em sinsépalo côncavo,
lanceoladas a oblongo-lanceoladas, sub-falcadas, 7,0-8,0 mm compr., 2,5- 3,8
mm larg., ápice agudo ou obtuso; pétalas alvo-translúcidas com nervura mediana
vinosa, eretas, ½ proximal ligulada, ½ distal ovada, 2,5-3,0 mm compr., 1,0-1,1
mm larg., ápice agudo; labelo esverdeado, vinoso no centro, 3-lobado, âmbito
oblongo-ovado a oblongo-obovado, 3,0- 3,2mm compr., 2,0-2,1mm larg., base
unguiculada, margem ciliada, lobos laterais suborbiculares, 0,7-10,0 mm diâm.,
fimbriados, fímbrias vinoso-escuras, lobo terminal oblongoovado, ca. 2,5 mm
compr., 2,00 mm larg., ápice arredondado, disco com 3 calos longitudinais
paralelos; ginostêmio 2,0-3,5 mm compr., pé do ginostêmio curtíssimo. Fruto
jovem oblongóide, 1,7-2,5 cm compr., 0,3-0,7 cm larg.
157
Acianthera saundersiana (Rchb.f.)
Habito: Rupicola
Frequência: Ocasional.
Altitude: 40 - 80 metros.
158
• Specklinia sonderana (Rchb. f.) F. Barros, Hoehnea 10: 110 (1984).
159
laterais curtas, ca. de 1,8-2 mm de comprimento 0,5 mm de largura. Estigma
ventral. Antera ventral, incumbente, polinário composto por duas políneas
amarelas, ceróides. Fruto tipo cápsula, elipsóide, verde amarelado.
160
Acianthera sonderana (Rchb. f.)
Pridgeon & M.W
Habito: Epífita
Freqüência: Ocacional.
Altitude: 40- 80 metros.
161
raque pubescentes a glandulosopubescentes. Flores ressupinadas; sépalas eretas,
livres entre si, subsimilares, a dorsal côncava, as laterais geralmente recurvas na
porção distal; pétalas membranáceas, margem superior coerente com a margem
da sépala dorsal; labelo calcarado na base, hipoquílio cuculado a cimbiforme,
epiquílio em geral transversalmente alongado, recurvo; cálcar descendente, reto;
ginostêmio alongado; rostelo inteiro; antera ereta, dorsal; polínias sécteis,
clavadas, viscídio distinto; ovário cilíndrico-fusiforme, levemente encurvado,
pubescente a glanduloso-pubescente. Fruto cápsula.
O gênero Aspidogyne foi descrito por Garay (1977), para abrigar espécies
que antes pertenciam a Erythrodes, que diferem daquele gênero por possuirem
ginostêmio alongado com rostelo inteiro, convexo, flabelado ou oblongo-
elíptico, semelhante a uma concha, que se rompe quando o viscídio é removido.
Possui cerca de 26 espécies que se distribuem pelos neotrópicos onde crescem na
serapilheira de florestas, em solo arenoso ou sobre rochas (GARAY, 1977;
PRIDGEON et al., 2003).
162
Terrestre ereta, com mais ou menos 25 cm de alt.; rizoma decumbente e
cauliforme; raízes sinuosas, vilosas; caule proprieamente dito reto ou quase reto,
roliço, até ao meio com 5-6 folhas, glabro, para cima com bainhas espaçadas e
revestido de glândulas sésseis esparsamente distribuídas; folhas ereto-patentes,
pseudo-pecioladas e com lamina ovalada ou estreitamente elíptica, aguçada, na
base arrededondada ou cuneiforme, de 2-2,5 cm. De comp. E abaixo do meio de
1-1,3 cm de larg., o pseudo-pecíolo na base alargado e envaginante, de até 1 cm.
De compr.; racimo floral basto, com 6-10 flores; brácteas ereto-patentes,
lanceoladas, as inferiores excedendo ao ovário e as superiores gradativamente
menores; flores no gênero entre as menores, semelhantes as do P. pictus Lindl.,
mas mais curtas e externamente ornada de glândulas sésseis; sépalas
estreitamente oblongo-ovalados, obtusos, o dorsal côncavo, de 3,5 mm de compr.
E os laterais oblíquos, na face anterior alargados, de 4 mm de comp.; sépalas
obliquas e estreitamente ligular-espatulados, obtusos, acima de meio com a
metade externa alargada, do comprimento da sépala dorsal e conglutinados com
a sua margem interna glabros; labelo de base mais estreita, oblongado e côncavo,
no terço apical contraído e aberto em lobo terminal suborbicular-quadrado,
obtuso, cocleariformemente escavado, istmo com dois dentes falciformes,
cônicos, voltados para frente, glabro, de 4 mm de compr; calcar oblongo-
cilindrico, obtusado, glabro, de 4 mm de compr. Decurvado; coluna curta, glabra,
com rostelo mediano e triangular, emarginado profundamente; ovário cilíndrico-
fusiforme, revestido de glândulas sésseis, de cerca de 7 mm de comprimento.
163
Aspidogyne bidentifera (Schltr.)
Garay, Bradea 2: 203 (1977).
Habito: Terrestre.
Frequência: Ocasional.
3.3 BRASSAVOLA
164
professor em Ferrara. É um gênero do novo mundo, do qual, cerca de oito
espécies são atribuídas ao Brasil.
Plantas epífitas ou rupicolas. Rizomas repentes. Pseudobulbo cilíndricos,
curtos, agrupados ou distantes. Folhas solitárias, angostas a cilíndricas, carnosas,
curvadas, longitudinalmente sulcadas. Inflorescência saindo da base das folhas,
racemosa, pauciflora a multiflora. Flores grandes, vistosas, brancas, fragantes;
Sépalas e pétalas semelhantes, lineares até linear-lanceolados, atenuados; Labelo
ungüiculado, ereto, com uma base cuneada e envolvendo parcial ou totalmente a
coluna, lámina expandida em direção ao ápice, margem inteira ou fibriada;
Coluna curta, ereta, com estelidios no ápice; antera incumbente, operculata,
bilocular; Polinias 8, ovóides, lateralmente comprimidos. Cápsulas elipsóides.
165
flora; pedúnculo 1,0-5,0 cm compr.; raque 1,5-4,0 cm compr.; brácteas
escamiformes, 0,2-0,3 cm compr. Flores ressupinadas, 6,0-8,0 cm diâm.;
pedicelo + ovário 5,5-8,5 cm compr.; sépalas branco-esverdeadas a verde-
amareladas, externamente com riscos vinosos finos e esparsos, subpatentes, a
dorsal elíptico-lanceolada, às vezes encurvada no ápice, 3,5-4,0 cm compr., 0,4-
0,5 cm larg., ápice agudo ou acuminado, as laterais lanceoladas a elíptico-
lanceoladas, sub-falcadas, 3,0-4,0 cm compr., 0,3-0,5 cm larg., ápice agudo a
longamente acuminado; pétalas brancoesverdeadas a verde-amareladas, sub-
patentes, suboblongas ou elíptico-lanceoladas, subfalcadas, 3,5-4,5cm compr.,
0,3-0,5 cm larg., ápice longamente acuminado; labelo branco com centro
amarelo-claro, inteiro, elíptico-obovado, 2,5-3,5 cm compr., 2,0-2,5 cm larg.,
ápice acuminado, margem lisa, base envolvendo a base do ginostêmio, disco
com lamela longitudinal esverdeada; ginostêmio cilíndrico, 2-alado no ápice,
1,0-1,5 cm compr., base dotada de um nectário do tipo cunículo; clinândrio 3-
lobado, lobos denticulados; antera terminal, operculada, incumbente; polínias 8,
ceróides, lateralmente achatadas. Fruto cápsula, elipsóide.
166
Material Complementar: Material encontrado e observado na Ilha do
Campeche em 2009.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
Altitude: 50 - 70 metros
3.4 CAMPYLOCENTRUM
167
gênero americano com cerca de trinta espécies pertence à subtribo das
Angraecinae e é encontrado desde a Flórida até o Brasil. É um gênero
monopodial e no caso do Brasil, sempre apresenta flores minúsculas e um
nectário grande.
Plantas epífitas, de crescimento monopodial. Raízes cilíndricas, partindo
dos nós do caule, às vezes densamente papilosas. Caule secundário não
espessado em pseudobulbo, cilíndrico, foliado. Folhas dísticas, opostas às raízes,
planas ou cilíndrico-aciculares, base em bainha amplexicaule, tubulosa.
Inflorescência em racemo, axilar. Flores ressupinadas, diminutas, alvas a
esverdeadas; sépalas suberetas, livres entre si; pétalas suberetas, semelhantes às
sépalas; labelo geralmente 3-lobado, base prolongada em cálcar cilíndrico a
claviforme, retrorso, às vezes genuflexo, de ápice arredondado a agudo, lobos
laterais, quando presentes, envolvendo o ginostêmio; ginostêmio curtíssimo;
clinândrio pouco proeminente, truncado; antera terminal, convexa, articulada;
polínias 2, cartilaginosas, globosas, dotadas de estipe e viscídio. Fruto cápsula,
costada ou angulada.
O gênero Campylocentrum tem distribuição Neotropical, sendo
reconhecidas 73 espécies.
168
• Campylocentrum trachycarpum Kraenzl., Kongl. Svenska Vetensk.
Acad. Handl., n.s., 46(10): 87 (1911).
• Campylocentrum hatschbachii Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg.
23: 70 (1926).
• Campylocentrum rhomboglossum Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São
Paulo 1: 297(1926).
169
convexa, articulada; polínias 2, cartilaginosas, globosas, providas de estipe e
viscídio. Fruto ca. 0,6 x 0,1cm, fusiforme, verrucoso, esparsamente pubescente.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
170
3.5 CATASETUM
Richard denominou este gênero usando uma palavra grega composta que
significa “para baixo” – “eriçado”, referindo-se provavelmente aos
prolongamentos às vezes chamados de “antenas”, que se estendem para forma da
coluna na direção da cavidade do labelo da flor masculina, que quando tocada,
dispara o pólen com uma liberação explosiva para trás ou na direção do tórax da
abelha polinizadora.
Flores dimorfas, dióicas ou fortuitamente monóicas, raramente
hermafroditas ou polígamo-trimorfas; sépalas e pétalas livres até a base, pouco
diferentes entre si, às vezes crassos, patentes, reflexos ou também coniventes
quase fechados, ora largos ora mais estreitos laterais geralmente mais reflexos do
que o dorsal e as pétalas; labelo carnoso, séssil na base da coluna, muito variável
nas flores masculinas e nestas ainda muito diferentes das flores femininas, mais
geralmente saquiforme projetado no centro quando não totalmente elmformes
nas femininas, margens ora inteiras ou fimbriadas ou laciniadas, eretas ou
pantentes, não raro trilobado; coluna ereta, espessa, carnosa, apoda, nas flores
masculinas mais alongadas e longo-rostrada, tendo sob o pesudo-estigma
algumas vezes cerdas anteniformes paralelas ou cruzadas em direção ao centro
do labelo, com pseudo-estigma amplo e antera grande, com polinário pesado,
cujas polineas e caudículo são formados de laminas enroladas ou dobradas sobre
si mesmas, nas flores femininas porem curta, sempre sem as ditas antenas na face
anterior e com antera atrofiada ou rudimentar caduca e estigma transversal
estreito; cápsulas grandes e pesadas, erostradas, com quilhas espessas
longitudinais.
171
Ervas perenes, geralmente epífitas, raro terrestres, com pesudobulbos
alongados, na base e ápice atenuados, depois de velhos anelados e sulcados, mas
no começo com folhas, cujas bainhas os abraçam, na extremidade as mesmas
bainhas são imbricadas e o limbo foliar é patente ou graciosamente recurvado
atravessando longitudinalmente por 3-9 nervuras espessas; inflorescência
emergindo da base ou pouco acima da base do pesudobulbo, racimiformes,
eretas, patentes, pendentes ou curvadas em arco, com poucas até muitas flores
quando masculinas ou muito menor número delas quando femininas, as
masculinas em regra preciosas, de construção interessantíssima, as vezes
belamente coloridas, mas mais geralmente de coloração pouco vistosa passando
do verde-amarelado para o avermelhado, com os sem pintas nos segmentos.
Catasetum L.C. Rich. ex Kunth engloba mais de 100 espécies, a maior
parte delas epífita, de ocorrência Neotropical, porém é mais diversificado na
região equatorial
Catasetum cernuum (Lindl.) Rchb. f., Ann. Bot. Syst. 6: 570. 1863.
Sinônimo:
• Myanthus cernuum Lindl., Edwards's Bot. Reg. 18: t. 1538. 1832.
172
lanceoladas, plicadas, ápice longamente acuminado, base atenuada em bainha
tubulosa, amplexicaule e imbricante, margem inteira. Inflorescência em racemo,
lateral, ereta, arqueada na raque, 3-16-flora, 18,0-45,0 cm compr.; brácteas do
escapo amplectivas, triangulares, coriáceas, ca. 2,2 x 1,5 cm; brácteas florais ca.
10 x 1,5 cm, triangulares. Flores dimorfas, diclinas; flores masculinas
ressupinadas, verdes a castanho avermelhadas; pedicelo ca. 2,5 cm compr.;
sépalas sub-patentes, membranáceas, livres entre si, a dorsal, 3,2-5,0 x 0,6-1,0
cm, oblongo-lanceolada, ápice acuminado, margem inteira, as laterais 3,2-4,5 x
1,0-1,5 cm, oblongo-lanceoladas, ligeiramente assimétricas, ápice longamente
acuminado, margem inteira; pétalas, 3,0-5,0 x 0,9-1,5 cm, membranáceas, sub-
patentes, lanceoladas, margem inteira, ápice acuminado, parcialmente envolvidas
pela sépala dorsal; labelo 2,4-3,0 x 2,0-2,5 cm, carnoso, plano, patente, 3-lobado,
âmbito transversalmente elíptico, disco plano, lobos laterais ca. 2,0 cm compr.,
sub-lunados ápice longamente acuminado, margem inteira na 1/2 proximal,
denteada na 1/2 distal, lobo terminal obdeltóide, ápice obtuso, consistente;
ginostêmio ligeiramente encurvado, ca. 1,5 cm compr., ápice rostrado, rostro
apiculado, margens ventrais dotadas de 2 antenas divaricadas, partindo do centro
do ginostêmio até o disco, com ca. 1,5 cm compr.; polínias 2, cartilaginosas, com
estipe, caudícula e viscídio; flores femininas não ressupinadas, verdes
pintalgadas de castanho-avermelhado, pedicelo + ovário ca. 2,0 cm compr.,
sépalas patentes, coriáceas, livres entre si, a dorsal ca. 1,1 x 2,0 cm, lanceolado-
ovada, ápice agudo, margem inteira, as laterais ca. 1,1 x 1,0 cm, lanceolado-
ovadas, levemente assimétricas, ápice agudo, margem inteira; pétalas ca. 1,0 x
0,8 cm, largamente lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, labelo ca. 1,0 x 2,0
cm, crasso-coriáceo, inteiro, elmiforme, ápice acuminado, margem inteira;
173
ginostêmio ca. 0,6 cm compr., claviforme. Fruto oblongo-ovóide, ca. 7,0 x 11,0
cm diâm.
174
Catasetum cernuum (Lindl.)
Habito: Epifita
Frequência: Rara.
Flor feminina
Flor masculina
Figura 47: Catasetum cernuum (Lindl.).
Fonte: Do autor (2009).
3.6 CATTLEYA
175
melhor coleção de orquídeas na Inglaterra. O gênero é composto por cerca de
cinqüenta espécies e um grande número de hibridas naturais intergenéricas. Sua
área de atuação vai da América Central, passando pelo Per, Clombis, Venezuela
até o Brasil.
Plantas epífitas, raramente rupícolas, até 1,2 m alt. Rizoma curto, muito
rígido; caule secundário espessado em pseudobulbo, carnoso, cilíndrico, não
achatado lateralmente, 1-3- foliado, base com bainhas. Folhas no ápice dos
pseudobulbos, carnosas ou coriáceas. Inflorescência em racemo, terminal, 1-15-
flora, emergindo de espata simples ou dupla, ou sobre pseudobulbo modificado.
Flores ressupinadas, grandes, vistosas, geralmente aromáticas, variavelmente
coloridas; sépalas livres, semelhantes entre si; pétalas geralmente mais largas que
as sépalas; labelo livre do ginostêmio em sua extensão, ereto, inteiro ou 3-
lobado, envolvendo completamente o ginostêmio ou não, disco liso ou papiloso e
carnoso; ginostêmio curto, subcilíndrico, margens aladas ou não; estigma
terminal; antera terminal, operculada, incumbente, 2- septada; polínias 4,
ceróides, lateralmente compressas, com caudículas. Fruto cápsula, elipsóide.
Gênero com 54 espécies ocorrendo desde o México até o Uruguai (VAN
DEN BERG, 1996; CHASE et al., 2003). No Brasil ocorrem cerca de 30
espécies.
176
Epífitas, com pseudobulbos eretos, finos, cilíndricos, sulcados, com 25 a
50 cm de altura sustentando e folhas oblogadas. Inflorescência terminal com 3 –
8 flores ou mais de 10 -12 cm. Sépalas e pétalas róseas, brancas ou levemente
matizadas de rosa. Labelo trilobado; tubo do mesmo colorido, lóbulo frontal rosa
escuro ou púrpuro, orbiculado e fortemente encrespado.
Habito: Epífita/Rupicola.
Frequência: Comum.
Altitude: 5- 70 metros
177
3.6.2 Cattleya leopoldii
Epífita bifoliada robusta que pode atingir até 1,5 m. Caule da cana
apresenta diversos nódulos, e quando jovem, é embainhado. As folhas apicais
ovadas são opostas e espessas, carnudas e quilhadas, podendo medir entre 15 cm
de comprimento por 8 cm de largura. O sistema radicular é prodigioso e
composto por inúmeras raízes brancas e espessas de até 0,5 cm, que podem se
esparramar por muitos metros ao redor da planta. A inflorescência é apical. Até
10 flores em uma inflorescência de 10 cm inrrompem através da espata onde elas
estavam se desenvolvendo por algum tempo. Seplas e pétalas possuem o mesmo
tamanho, isto é, até 6 cm de comprimento por 5 cm de largura, podendo variar
entre verde até marrom extremamente escuro, sendo que na sua grande maioria
apresenta manchas na cor chocolate. O Labelo trilobulado é dominado pelos dois
lóbulos laterais que envolvem a coluna e são brancos, de um laceolado rombudo,
medindo até 2,5 cm de comprimento por 1,5 cm de largura. O lóbulo apical
carmim-púrpura escuro e um pouco menor e truncado.
178
Material complementar. Material encontrado e observado na ilha do
Campeche em 2009.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
3.7. CYRTOPODIUM
179
Robert Brown foi um taxonomista escocês muito importante no incio do
século XIX. Kyrtos e grego e significa virado para cima e podium que quer dizer
pé, referindo-se à coluna do pé virada para cima.
Sépalas livres, patentes, quase iguais entre si ou os laterais ligados na
base ao pé da coluna e por isto algo obliquados; pétalas semelhantes a sépala
dorsal ou um pouco mais largos e mais curtos; labelo inserido no pé da coluna
com o qual forma o mento mais ou menos evidente que se destaca sob as sépalas
laterais, móvel, lobos laterais bem desenvolvidos, largos, eretos ou patentes, o
mediano arredondado, patente, inteiro ou levemente bilobado, crespo ou ondeado
nos bordos e sobre a face de cima áspero ou verruculoso, extremidade as vezes
emarginada e então bilobulado (isto entretanto quase sempre só na aparência
devido ao erguimento do centro) coluna ereta, na base projetada em pé curvado
que concorre para formar o mento do labelo conforme dito, semi-roliça, nos
ângulos aguçada, levemente alada, cilinândrio ablíquo, inteiro, antera terminal,
operaculada, incumbente, as vezes estipitada convexa ou unigibulosa,
imperfeitamente bilocular, polineas 2 ou 4 (mais ou menos conatas aos pares),
largo-ovoidais ou globosas, ceroides, na antera ina-pendiculadas, com retináculo
quase séssil ou com caudículo desenvolvido; cápsula oblongada ou alongada,
reflexa, sem rostro, com saliências e sulcos.
Plantas herbáceas, terrestre ou também epífita, dispersadas pelas regiões
campestres e campos secos ou alagadiços da América Tropical, com rizoma rijo
e pseudobulbos epígeos ou um tanto enterrados, alongados, anelados, fusiformes,
com folhas alternas bilaterais, herbáceas, atravessadas de nervuras rijas, plicadas,
para a base contraídas em pesudo-peciolo que articula com a bainha que envolve
o pseudobulbo; inflorescência ereta, rija, simples ou ramificada, em regra muito
mais alta que os pseudobulbos com as folhas; flores vistosas, pediceladas, um
180
tanto carnosas; brácteas lineares ou laceoladas, as vezes vistosas, pintalgadas ou
coloridas.
Cyrtopodium flavum (Nees) Link & Otto ex Rchb., Iconogr. Bot. Exot.
3: 7 (1830).
Sinônimos:
• Cyrtopodium paranaense Schltr. Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16:
333 (1920).
• Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F. Barros, Acta Bot.Bras.
8(1):12. 1994.
181
amareloesverdeadas, sub-patentes, com margens onduladas, a dorsal largamente
elíptico-ovada, 1,0- 1,5 cm compr., 0,8-1,5 cm larg., ápice acuminado, as laterais
largamente elíptico-ovadas, um pouco oblíquas, 1,0-1,5 cm compr., 0,8-1,5 cm
larg., ápice acuminado; pétalas amarelo-ouro, subpatentes, largamente elíptico-
ovadas, 1,2-1,8 cm compr., 0,8-1,0 cm larg., ápice acuminado, margem inteira;
labelo amarelo-ouro, 3-lobado, âmbito depresso-ovado, genuflexo, 1,0-1,5 cm
compr., 1,5-2,0 cm larg., unguiculado, margem crenulada, lobos laterais
alongados, encurvados, 0,8-1,5 cm compr., 0,4-0,6cm larg., lobo terminal
suboblongo, porção distal dilatada, reniforme, 0,7-1,0cm compr., 0,9-1,3cm
larg., istmo evidente, disco com calo verrucoso, longitudinal; ginostêmio ereto,
sub-cilíndrico, 4,0-5,0mm compr., dotado de pé patente, ca. 5,0mm compr.;
clinândrio oblíquo; antera terminal, incumbente; polínias 4, cartilaginosas, com
estipe e viscídio. Fruto cápsula, oblonga a obovóide, 5,0-7,0cm compr., 0,4-
0,6cm larg.
182
Cyrtopodium flavum (Nees) Link
& Otto ex Rchb
Habito: Terrestre
Frequência: Rara
Altitude: 5- 10 metros
3.8 CLEISTES
183
referindo-se à flor fechada, como de fato, muitas das flores desse gênero abrem
somente na pontinha.
Sépalas mais ou menos iguais entre si, eretas, raras patentes ou reflexos;
pétalas pouco diferentes das sépalas mas em regra geral mais largas e com calo
longitudinal no centro externo, que se interpõe aos encontros das bordas das
sépalas quando em botão, raro muito mais curtos do que as sépalas; labelo ereto
paralelo com a coluna, livre da mesma até a base, sem calcar, séssil, e ali com
dois raro quatro pequenos calos que ficam no ângulo formado pelo calo
longitudinal do disco, inteiro, levemente ou distintamente trilobado no terço,
quarto ou quinto superior, bordas levantadas de modo a tomar forma afunilada e
com a extremidade mais patente e em regra bem crespa, o calo do disco corre da
base ao ápice do labelo e é mais frequentemente formado de duas, quatro ou
mais laminas mais altas e pouco acima da base, que vão se tornando mais baixas
para o ápice e que acima do meio podem ser laciniadas, paliliformes ou mesmo
filamentosas; coluna na parte inferior mais fina em um tanto semiroliça,
espessada para o ápice, laciniada dos lados da antera e sobre ela com rostelo
plano, simples ou partido em cuja extremidade fica a articulação sobre a qual se
fixa a antera e quando deslocada gira para despejar as polinias; antera sempre
carnosa e grossa, angulosa, bilocular, face anterior ou ventral geralmente pilosa;
polinias 2, granulosas; cápsula oblongada, ereta ou as vezes pendente.
Herbáceas eretas, naturais dos lugares mais úmidos e frescos, raro dos
campos secos, com rizoma pouco alongado e raízes com a tubera bastante curta e
revestidos de pêlos ferrugineos, raro glabros, mas acima da base completamente
glabras; na metade inferior quase sempre com bainhas ou escamas esparsas, de lá
para o ápice com uma ou algumas folhas, ora grande e patentes, ou pequenas
184
quase escamiformes, flores axilares aparentemente terminais, mais ou menos
vistosas.
O gênero Cleites distribui-se pela América do Sul, execeto por 2 espécies
que ocorrem na América Central (Cleites rosea Lindl.) e na América do Norte (
Cleites divaricata Ames), tendo no Brasil seu centro de diversidade (Pridgeon et
al. 2003). Apresenta 63 espécies de acordo com Chase et al. (2003), mas em
Pridgeon et al. (2003) são mencionadas pouco mais de 30 especies.
Cleistes macrantha (Barb. Rod.) Schltr. in Arch. Bot. Est. SP. I/3 (1926):
179.
Sinônimo:
• Pogonia Macrantha Barb. Rod. in Rev. Engenharia III (1881): 144 –
Cogn. in Mart. Fl. Brs. III/IV (1893): 119-T 24/II.
185
dos lobos laterais também é muito variável, podendo ser desde arredondados até
truncados. A crista do labelo é formada por estrias brancas com ápice amarelo.
Na base do labelo existem duas glândulas esféricas, que secretam néctar. O
néctar fica acumulado na câmara nectarífera, um espaço delimitado por uma
elevação da base da crista do labelo. A coluna mede cerca de 5 cm de
comprimento, é branca e paralela ao labelo. No ápice da coluna localiza se a
antera, que é versátil com duas polínias amarelas, de consistência farinácea. A
superfície estigmática apresenta papilas hialinas e uma fenda em forma de “U”
na porção basal As flores de Cleistes macrantha apresentam antese diurna,
desabrochando ao amanhecer. Três dias após a antese, ocorre o processo de
fenecimento das flores. Antes da antese, o néctar já está totalmente secretado,
não havendo secreção posterior. A antese das flores é sincrônica dentro da
mesma população, com a maioria dos indivíduos florescendo em um mesmo dia.
Existe um pico principal de floração, quando ocorre a antese da maioria das
flores na população.
186
Cleistes macrantha (Barb. Rod.)
Schltr
Habito: Terrestre.
Frequência: Ocasional.
Altitude: 5- 50 metros
3.9 ENCYCLIA
187
geralmente um pouco mais largas que as sépalas; labelo livre, 3-lobado, lobo
laterais envolvendo o ginostêmio, disco com calo cimbiforme, formado por 2
lamelas carnosas; ginostêmio geralmente 2-alado, protruso dorsalmente, paralelo
ao labelo; rostelo vertival; clinândrio 3-dentado, dentes curtos; antera
incumbente; polínias 4, ceróides, lateralmente compressas com caudículas. Fruto
cápsula, fusiforme.
O gênero, com cerca de 150 espécies (CHASE et al., 2003), encontra-se
amplamente distribuído pelas regiões Neotropicais, sendo representado no Brasil
por cerca de 50 espécies (PABST; DUNGS, 1975).
188
raque 13,2-39,0 cm compr. Flores ca. 3,0 cm diâm., verde-acastanhadas,
aromáticas; pedicelo + ovário ca. 2,5 cm compr.; sépala dorsal 1,6-2,0 x 0,4-0,5
cm, oblongo-lanceolada, ápice acuminado, margem inteira, sépalas laterais 1,5-
2,0 x 0,4-0,5 cm, oblongo-lanceoladas, ligeiramente assimétricas, ápice
acuminado, margem inteira; pétalas ca. 1,0 x 0,5 cm, obovado-espatuladas, ápice
acuminado, margem inteira; labelo 1,4-1,6 x 1,6-1,9 cm, 3-lobado, lobos laterais
0,5-1,0 x 0,2-0,5 cm, ligulados, ápice aredondado, margem inteira, envolvendo
parcialmente o ginostêmio, lobo terminal ca. 0,9 x 0,9 cm, elíptico, margem
plana, disco glabro, provido de 3 quilhas carnosas que se funde em 2 carenas;
ginostêmio 2-alado, antera 1(3), terminal; polínias 4, ceróides, providas de
caudícula. Fruto não observado.
O gênero, com mais de 150 espécies, distribui-se por todo Neotrópico,
sendo representada, no Brasil, por cerca de 50 espécies.
189
Encyclia odoratissima (Lindl.) Schltr.
Habito: Epifita
Frequência: Rara.
3.10 EPIDENDRUM
Esse foi o primeiro gênero do novo mundo a ser descrito por Linnaeus
(pai da taxonomia e da sistemática moderna) em 1753. Epidendrum é uma
palavra grega composta, que significa que cresce em árvores. É um gênero do
novo mundo, encontrado deste a Carolina do Norte, passando pelo Caribe e em
190
todos os Paises da América Central e do Sul. Cerca de cento e dez espécies são
atribuídas ao Brasil por Pasbt & Dungs.
Plantas terrícolas, epífitas ou rupícolas. Rizoma curto ou longo; caule
secundário simples ou ramificado, recoberto por bainhas, raramente espessado
em pseudobulbo, neste caso portando 2-3 folhas apicais. Folhas geralmente
numerosas, dísticas, raramente apicais, coriáceas a carnosas, base articulada com
bainha amplexicaule. Inflorescência em racemo ou panícula, simples ou
ramificada, terminal, ereta ou pendente, 1-8-flora. Flores ressupinadas, pequenas
a grandes, comumente dotadas de nectário do tipo cunículo; sépalas livres entre
si; pétalas semelhantes às sépalas, geralmente um pouco mais largas; labelo
inteiro ou lobado, base unguiculada, unguículo adnado ao ginostêmio até o ápice
deste, lâmina guarnecida com vários tipos de calosidades; ginostêmio cilíndrico
ou clavado, curto a alongado, giboso; rostelo longitudinalmente fendido, quase
paralelo ao eixo do ginostêmio; clinândrio profundo; antera dorsal a terminal,
incumbente; polínias 4, ceróides, lateralmente compressas, com caudícula. Fruto
cápsula, piriforme a subesférica, 3-angulada.
Considerado um dos maiores gêneros das Orchidaceae, com entre 1.000 e
1.500 espécies (CHASE et al., 2003; PRIDGEON et al., 2005), exclusivamente
americanas. É o terceiro maior da família no mundo, perdendo apenas para o
Bulbophyllum e Dendrobium (CHASE et al., 2003). Ocorre desde a Carolina
do Norte e México até as Ilhas Galápagos e Argentina (PRIDGEON et al.,
2005).
191
3.10.1 Epidendrum fulgens
192
Cápsula obovóide a subglobosa, 2,4-4,5 cm compr., 1,5-1,9 cm larg., perianto
persistente.
Encontrada ao longo do litoral brasileiro, essa espécie ocorre nas bordas
das matas de restinga, junto à praia, sobre rochas a pleno sol (Pabst & Dungs,
1975; Pinheiro & Barros, 2006). É bastante variável, podendo ser confundida
com E. puniceoluteum F.Pinheiro & F.Barros, mas E. fulgens é diferenciada
principalmente através da cor do labelo variando do amarelo ao vermelho, do
calo amarelo geralmente pintalgado em castanho-avermelhado e da pétala com
margem irregularmente denteada no 1/3 superior.
193
Epidendrum fulgens Brongn.,
Habito: Terrestre/Rupicola
Frequência: Comum
Altitude: 5- 50 metros
3.11 GOMESA
194
Plantas epífitas. Rizoma curto a longamente reptante; caule secundário
espessado em pseudobulbo, 1-2-foliado no ápice, base 2-foliada, com inúmeras
bainhas áfilas. Folhas cartáceas, as terminais desprovidas de bainha, as basais
dotadas de bainha e menores que as terminais. Inflorescência em racemo, lateral,
emergindo da axila das bainhas externas, nutante, densa a laxamente multiflora.
Flores ressupinadas; sépalas e pétalas patentes, sépalas laterais variavelmente
coalescentes; labelo inteiro, ereto na metade proximal, recurvo na metade distal,
não articulado com o ginostêmio, 2-lamelado na porção basal, as lamelas eretas,
ladeando o ginostêmio, disco 2-carenado, base unguiculada; ginostêmio reto,
mento ou cálcar ausentes; antera terminal, incumbente, polínias 2, cartilaginosas,
dotadas de estipe e viscídio. Fruto cápsula.
O gênero Gomesa possui 17 espécies (CHASE et al., 2003) distribuídas
na região abrangida por Paraguai, Argentina e Brasil.
195
lanceoladas a oblonlanceoladas, nervuras não evidentes, ápice agudo a
acuminado. Inflorescência 19-25 cm compr., axilar, simples, pendente,
multiflora, ca. 40-flora; pedúnculo verde, 7-8 cm compr.; brácteas 1,3-1,4 x 0,3-
0,7 cm, lanceoladas, ápice agudo; brácteas florais verdes, 0,5-1 x 0,1-0,2 cm,
lanceoladas, ápice agudo. Flores pediceladas, verdes a verde-amareladas;
pedicelo verde, 5-9 mm compr.; sépala dorsal, 0,7-1 x 0,3-0,5 cm, oblonceolada,
ápice agudo, margem ondulada; sépalas laterais 0,7-0,9 x 0,2-0,4 cm, ápice
arredondado, margem ondulada; pétalas, 0,8-1 x 0,3-0,6 cm, oblonceoladas,
ápice agudo; labelo genuflexo, 0,6-0,8 x 0,3-0,5 cm, oblongo, com dois calos
claviformes; coluna 0,4-0,6 cm compr.
196
Gomesa crispa (Lindl.)
Habito: Epifita
Frequência: Rara.
3.12 LAELIA
197
Folhas coriáceas. Inflorescência terminal uni a multiflora, racenosa a paniculada.
Flores vistosas.
Sépalas livres, extendidas, subiguais. Pétalas geralmente mais largas que
as sépalas, ocasionalmente mais curtos. Labelo livre adnato na base da coluna,
inteiro a trilobado, canaliculado na sua base e ao redor da coluna, extendido em
seu ápice, disco liso a lamelado. Coluna larga e denticulada em seu ápice. Antera
apiculada; polínias 8, 4 em cada um de seus lóculos, ovóides, comprimidos.
Gênero neotropical composto de aproximandamente de 69 espécies.
Laelia purpurata (Lindl. & Paxton) Beer, Prakt. Stud. Orchid.: 213
(1854).
Normalmente epífita, com pseudobulbos robusto e alongados em forma
de fuso, porém um pouco comprimidos, sendo a parte interior fortemente
articulada, agregados, eretos ou um pouco inclinados, retos ou um pouco
curvados, em sua parte inferior fortemente atenuados, lisos e de cor verde vivo
ou escuro e revestidos por uma grande bainha, tornam-se depois, completamente
despidos e com profundos sulcos e medem entre 30 a 40 cm de comprimento e
2 a 5 cm de espessura. A bainha membranosa aperta-se estreitamente aos bulbos,
tendo um ápice cortado obliquamente, mas agudo, é pálida e tem 5 a 10 cm de
comprimento. No ápice tem uma única folha; A folha é grande, ereta, rígida,
estreita, levemente côncava ou quase plana, um pouco coriacea, de forma
oblonga. Na face superior lisa e intensamente verde, na inferior mais pálida; tem
198
25 a 45 cm de comprimento e 4 a 9 cm de largura. A nervura central está em
sulco profundo, salientando-se fortemente na face inferior, com numerosos
nervulos laterais delgadissimos. O penduculo comumente saindo do topo do
bulbo, é bastante robusto sendo um pouco mais curto que as folhas, ereto, reto ou
um pouco curvado, roliço e liso, de cor verde vivo, com 15 a 35 cm de
comprimento. A espata é muito comprimida, arredondada obliquamente no ápice
e completamente fechada, envolvendo a sua base é coriacea em forma de língua
estreita e lateralmente achatada, com o dorso em forma de quilha, levemente
muiti-estriada, de cor verde pálido, com 10 a 20 cm de comprimento; no
pedúnculo também existem brácteas bem miúdas. Os pendicelos são robustos,
eretos e inclinados, roliços, retos e levemente flexuosos, de cor verde claro,
tendo inclusive o ovário 4 a 7 cm de comprimento. As brácteas são um pouco
carnosas, apertando-se bem ao pedicelo; são bastante côncavas e de forma
largamente triangular, bem agudas, de cor verde, com 3 a 5 mm de comprimento.
As flores são bem projetadas, brancas ou as vezes mais ou menos rosadas
podendo ter de 4 a 25 flores por pedúnculo. As sépalas são convexas, atenuadas
na parte inferior, com numerosos finíssimos nervulos, com 8 a 10 cm de
comprimento e 1,5 a 2,5 cm de largura; podendo ser um pouco carnosas, entre si
mais ou menos do mesmo comprimento, de forma oblonga, lanceolada, agudas e
com as margens enroladas e levemente onduladas, as duas sépalas laterais são
um pouco falciformes. As pétalas são um pouco membranosas, convexas e um
pouco falciformes, cuneiformes na parte inferior, com numerosos delgadissimos
e muito ramificados nervulos, com 9 a 15 cm de comprimento e 3 a 5 cm de
largura; são oblongo-ovoides, com ápice obtuso e margens mais ou menos
enrolados, onduladas e crespas, com o mesmo comprimento da sépala dorsal
porem duas vezes mais largas O labelo é na sua parte inferior fortemente rígido,
199
ereto ou inclinado e bastante recurvado na ponta. A sua base é mais ou menos
recortada, saindo dela inúmeros, finíssimos e muito ramificados nervulos. O
comprimento do labelo é de 7 a 9,5 cm de comprimento e a sua largura é de 6 a 8
cm, sua cor purpúrea com veias atropurpureas, o ápice frontal é um pouco mais
claro, a fauce é amarela dourada com intensas linhas purpúreas. O labelo é um
pouxo coriaceo e um pouco mais curto que as sépalas lateria até a sua base
completamente livre, possue uma forma ovóide – elitica, levemente e
indistintamente trilobada. A fece entre os dois lobos é muito larga, com os dois
lobos laterais também largos, semelhantes a forma de uma espeiga bem
arredondada, com margem ondulada e convoluta, envolvendo a coluna
inteiramente. O lobo forntal é levemente projetado para frente, bem largo, com
um leve borso na ponta, rodeado de uma margem ondulada e crespa; o disco
mesmo é completamente liso e graciosamente estriado; A coluna é robusta, um
pouco comprimida e, forma de unha e um pouco encurvada, ereta e triangular, na
parte inferior fortemente atenuada, na parte da frente côncava de cor branca
esverdeada de 2,5 a 4,5 cm de comprimento. O fruto carnoso e pendente é
oblongo, ovóide, pontudo na parte inferior e formando um pescoço na parte
superior. Permenecem ai remanescentes das peças florais, completamente secos,
ficando a coluna geralmente bem conservada. A cor do fruto até após aa
deiscência é verde-gaio ou olivaceo-amarelado. O pendicelo tem 2,5 a 5 cm de
comprimento e 4 a 7 mm de diâmetro; o fruto tem 7 a 8 cm de comprimento,
medindo o maior corte transversal 3,5 a 6 cm de largura; o pescoço tem mais ou
menos 1 a 1,5 cm de comprimento e 5 a 8 mm de diâmetro; a coluna tem 2 a 3,5
cm de comprimento; o comprimento total do fruto varia entre 12 a 15 cm. A
cápsula é tricarpelas, monolocular, isto é, consiste de 3 gomos concrescido até a
200
amadurecimento das sementes por três reforços longitudinais, que se salientam
na parte exterior.
Habito: Epífita/Rupicola.
Frequência: Ocasional.
Altitude: 5- 50 metros
201
3.13 MAXILLARIA
Ruiz & Pavon foram dois botânicos espanhóis que na década de 1790
sairam à procura de plantas medicinais na América Central e no México. Eles
denominaram esse gênero de Maxillaria devido às sépalas da flor, que são
curvadas, lembrando a boca de uma formiga. Maxillaria é um dos grandes
gêneros neotropicais de Orchidaceae, com mais de 550 espécies (CHASE et al.,
2003). Para o Brasil, Pabst & Dungs (1977) listam mais de cento e quarenta
espécies.
Plantas predominantemente epífitas. Rizoma alongado ou curto, cobertos
por bainhas amplexicaules, com raízes em toda sua extensão ou concentradas nos
pseudobulbos; pseudobulbos não agregados, 1-2 foliados no ápice, algumas
vezes também com folhas basais semelhantes às apicais. Folhas conduplicadas,
com uma única nervura longitudinal proeminente. Inflorescência 1-flora,
emergindo da base do pseudobulbo ou das axilas das bainhas do rizoma, muitas
vezes agregadas em um fascículo. Flores ressupinadas, membranáceas a sub-
coriáceas, em geral perfumadas; sépalas subiguais, as laterais adnadas, na base,
ao pé do ginostêmio formando um mento distinto; labelo 3-lobado, raro inteiro,
geralmente com base unguiculada, articulada com o pé do ginostêmio, móvel,
disco com calo alongado longitudinalmente; ginostêmio hemi-cilíndrico, base
prolongada em pé; antera cuculada; polínias 4, cartilaginosas, unidas a um estipe
com viscídio.
Maxillaria é um dos grandes gêneros neotropicais de Orchidaceae, com
mais de 550 espécies (CHASE et al., 2003). Para o Brasil, Pabst & Dungs (1977)
listam mais de 90 espécies.
202
3.13.1 Maxillaria picta
203
Material examinado: Não foi encontrada bibliografia e/ou material
botânico depositado nos Herbários Barbosa Rodrigues (HBR) e da Universidade
Federal de Santa Catarina (FLOR), para que se pudesse ser examinado.
Habito: Epifita
Frequência: Rara.
204
3.14 MILTONIA
205
3.14.1 Miltonia flavescens
Miltonia flavescens Lindley, J. Serr. Orch.: sub tab. 48. 1839. – Cogn. im
Urbn, I. ed. C.E.P. Martius & A. W. Eichler. Fl. Bras. 3(6): 270, tab. 61, fig.
1.1906.
Sinônimos:
• Cyrtochilum flavescens Lindl. Bot. Reg. 19: tab. 1627. 1833;
• Miltonia stellata (Lindl.) Lindl. Sert. Orch.: sub tab. 48. 1841;
• Oncidium flavescens (Lindl.) Rchb. f. in. Walp. Ann. Bot. 6:757. 1836.
206
Material examinado: Não foi encontrada bibliografia e/ou material
botânico depositado nos Herbários Barbosa Rodrigues (HBR) e da Universidade
Federal de Santa Catarina (FLOR), para que se pudesse ser examinado.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
207
3.15 NOTYLIA
208
3.15.1 Notylia longispicata
209
Notylia longispicata Hoehne e
Schltr
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
3.16 OCTOMERIA
Robert Brown denominou este genero com a palavra grega okto que
significa oito e meris, que quer dizer uma parte, referindo-se às oito polinias que
todas suas espécies apresentam. O gênero Octomeria R. Br. apresenta cerca de
150 espécies e distribui-se amplamente pela América tropical, mas com grande
concentração no Sudeste e Sul do Brasil (PRIDGEON et al., 2005).
210
Plantas epífitas. Raízes filiformes. Caule secundário cilíndrico, delgado,
não espessado em pseudobulbo, 1-foliado, sem ânulo, envolto por bainhas
amplexicaules, tubulosas. Folha apical coriácea, cilíndrica ou plana, linear a
elíptica, séssil. Inflorescência em fascículo axilar; brácteas florais
infundibuladas. Flores ressupinadas; pedicelo articulado com o ovário; sépalas
livres entre si, às vezes as laterais coalescentes; pétalas membranáceas,
semelhantes às sépalas; labelo variavelmente 3-lobado, disco com calo 2-
lamelado, base ungüiculada, articulada com o pé do ginostêmio; ginostêmio
semi-cilíndrico, reto a encurvado, base prolongada em pé basal; antera e estigma
subapicais; polínias 8, ceróides, obovóides a clavadas, providas de caudículas
diminutas; ovário glabro. Fruto cápsula, elipsóide.
O gênero Octomeria R. Br. apresenta cerca de 150 espécies e distribui-se
amplamente pela América tropical, mas com grande concentração no Sudeste e
Sul do Brasil (PRIDGEON et al., 2005).
211
Epífita. Rizoma ca. 1,0 cm compr. entre as ramificações; caule
secundário cilíndrico, rígido, lateralmente comprimido no 1/3 superior, 5,5-20,0
cm compr., 0,1-0,6 cm larg., 3-5- articulado. Folha plana, conduplicada,
lanceolada ou elíptico-lanceolada, 10,0-25,0 cm compr., 1,5-2,5 cm larg., ápice
agudo a longamente acuminado. Inflorescência pauci a multiflora; brácteas
florais ovadas. Flores creme-amareladas a amarelas, 6,0-15,0mm diâm.; pedicelo
+ ovário 2,0-6,0 mm compr.; sépalas sub-patentes, a dorsal oblongo-lanceolada a
lanceolada, 9,0-10,0 mm compr., 2,0-5,0 mm larg., ápice agudo, as laterais livres
entre si, lanceoladas a oblongo-lanceoladas, 9,0-14,0 mm compr., 2,0-4,0 mm
larg., ápice agudo; pétalas subpatentes, elípticas a oblongo-elípticas, 8,0-10,0 cm
compr., 2,0-5,0 mm larg., ápice agudo ou obtuso; labelo amarelo com 2 máculas
vinosas próximas à base, âmbito oblongo-obovado ou obovado, 4,0-8,0 mm
compr., 3,0-4,0 mm larg., lobos laterais subovados a oblongos, 1,7-2,0 mm
compr., 0,8-1,5 mm larg., ápice arredondado, lobo terminal suboblongo,
ligeiramente alargado em direção ao ápice, 4,0-5,0 mm compr., ca. 3,0 mm larg.,
ápice fendido; ginostêmio vinoso, pouco encurvado, 3,0-4,0 mm compr.; antera
amarela.
212
Octomeria grandiflora Lindl
Habito: Rupicola
Frequência: Ocasional.
Altitude: 30 – 50 metros
213
Plantas epífitas, cespitosas. Rizoma geralmente inconspícuo. Caule
secundário 5,5-15,5 cm compr., ereto, 3-6-articulado, revestido por 3-6-bainhas
tubulosas, imbricadas, adpressas, laxas na porção apical, escariosas, persistentes.
Folhas 5,6-10,0 x 1,2-2,5 cm, coriáceas, estreitamente oblongo-elípticas, ápice
agudo, margem inteira, nervura central proeminente. Inflorescência 1-7-flora,
fasciculada. Flores ca. 1,5 cm diâm., creme amareladas; pedicelo + ovário ca. 0,7
cm compr.; sépalas glabras, sub-patentes, membranáceas, 3-nervadas, margem
inteira, a dorsalca. 0,9 x 0,5 cm, oblongo-elíptica, ápice agudo, as laterais ca. 1,0
x 0,3 cm, oblongoelípticas, subfalcadas, ápice agudo; pétalas ca. 0,8 x 0,5 cm,
glabras, sub-patentes, membranáceas, 3-nervadas, lanceoladas, ápice agudo,
margem inteira; labelo ca. 0,5 x 0,5 cm, amarelo, provido de 2 máculas castanho-
avermelhadas na base, membranáceo, 3-lobado, âmbito oblongo-lanceolado,
lobos laterais ca. 0,2 x 0,2 cm, suborbiculares, lobo terminal obovado, ápice
agudo a truncado, margem inteira, disco provido de 2 calos lamelados sobre os
lobos laterais, que se estendem até a base do lobo mediano; ginostêmio ca. 0,3
cm compr., subcilíndrico, delgado. Fruto não observado.
214
Octomeria serrana Hoehne
Habito: Rupicola
Frequência: Ocasional.
215
3.16.3 Octomeria diaphana
216
Material examinado: Florianópolis, Morro do Ribeirão R.M. R. M.
Klein n.º 7.352 (18/04/1967) HBR. Morro da Costa da Lagoa – Ilha de Santa
Catarina, Klein nº 7.887 (16/10/1968) FLOR. Florianópolis, Jurerê. R. M. Klein
& Souza n.º 8.704 (03/06/1970) HBR.
Habito: Rupicola
Frequência: Ocasional.
217
3.17 OECEOCLADES
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl.: 237 (1833).
Sinônimo:
• Angraecum maculatum Lindl.. Coll. Bot. T. 15.1821.
218
• Eulophidium maculatum (Lindl.) Pfitzer, Entwurf. Anordn. Orch.: 87
(1887).
219
sendo facilmente reconhecida por suas folhas lanceoladas, coriáceas,
distintamente reticuladas. Ocorre como terrícola, sobre o folhiço, em áreas
florestadas, sombrias.
220
Oeceoclades maculata (Lindl.)
Habito: Terrestre.
Frequência: Comum.
221
3.18 ONCIDIUM
222
Outros grupos, no entanto, ainda não estão estabelecidos de maneira inequívoca.
Por isso, optou-se por manter, no presente estudo, um tratamento clássico de
Oncidium para a maioria dos grupos que compõem o gênero, mantendo
separados apenas Lophiaris e Baptistonia.
O gênero Oncidium Sw. sensu lato possui cerca de 336 espécies (CHASE
et al., 2003) distribuídas pelas Américas tropical e subtropical, das quais, estima-
se, que cerca 115 espécies ocorram amplamente no Brasil (TOSCANO-DE-
BRITO; BRITO, 2005). Apesar de já ter sido demonstrado que o conceito
tradicional de Oncidium e gêneros afins é artificial, optou-se por manter esse
tratamento, uma vez que as espécies do grupo vêm sido alvo de estudos
constantes que ainda não estão concluídos, conforme citado por Toscano-de-
Brito & Cribb (2005).
223
• Oncidium pumilum var. robustum Cogn. in C.F.P.von Martius & auct.
suc. (eds.), Fl. Bras. 3(6): 374 (1905).
• Oncidium pumilum var. laxum Kraenzl., Ark. Bot. 16(8): 27 (1921).
• Oncidium pumilum var. megalanthum Schltr., Repert. Spec. Nov.
Regni Veg. Beih. 27: 115 (1924).
• Oncidium minutiflorum Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 21: 341
(1925).
• Lophiaris pumila (Lindl.) Braem, Schlechteriana 4: 21 (1993).
224
encurvada sobre a coluna, côncava na superfície interna, 3-4,0 mm de
comprimento 2,1 mm de largura. Sépalas laterais levemente conatas pela região
basal, oblongo elípticas, obtusas, amplamente incurvadas, levemente reclinadas,
3-4,0 mm de comprimento 2,0 mm de largura. Pétalas oblongo-obovadas,
obtusas, margem revoluta e ondulada, amplamente incurvadas, 3-3,5mm de
comprimento 2,0 mm de largura. Labelo de posição dorsal na flor, carnoso, 3-
lobado, ca. de 5,5 mm de comprimento 5,5 mm de largura; lobos laterais
amarelos com margem amarronzada, brilhosos, côncavos; lobo apical amarelo,
agudo a arredondado, incurvado; calos cerca de quatro, estendo-se desde a base
do labelo até a base do lobo apical com extremidades livres. Coluna amarela,
ereta, asas laterais amareladas, grandes, curvadas para baixo, com um pequeno
dente na borda superior mediana, ca. de 2mm de comprimento 2,5 mm de
largura. Estigma alongado, amarronzado nos bordos. Antera apical, incumbente e
crestada; polinário composto por duas políneas amarelas, cerosas, providas de
estipe e retináculo, pequeno e amarronzado. Fruto tipo cápsula, elipsóide, verde
escuro podendo estar pigmentado de vinoso.
225
Oncidium pumilum Lindl
Habito: Epifita
Frequência: Raro.
226
• Oncidium haematochrysum Rchb.f., Linnaea 22: 844 (1850).
• Oncidium haematoxanthum Rchb.f. ex Lindl., Fol. Orchid. 6: 25
(1855).
• Oncidium flexuosum var. radiatum Rchb.f., Gard. Chron. 1872: 358
(1872).
• Oncidium megalopterum Kraenzl. in H.G.A.Engler (ed.), Pflanzenr.,
IV, 50(80): 156 (1922).
• Ampliglossum flexuosum (Lodd.) Campacci, Colet. Orquídeas Brasil.
3: 84 (2006).
• Coppensia flexuosa (Lodd.) Campacci, Bol. CAOB 62: 55 (2006).
227
longa do que as folhas, ca. de 55-100 cm comprimento; pedúnculo esverdeado
com pigmentação castanha, robusto, lenhoso, levemente achatado lateralmente.
Bráctea floral amarela, membranácea, lanceolada, acuminada, glabra, curta, ca.
de 1,1 mm de comprimento. Flores ressupinadas, membranáceas, amarelas com
bandas transversais na região basal das sépalas e pétalas, glabras, ca. de 20-25
mm de comprimento 18-20 mm de largura. Sépala dorsal oblongo-lanceolada,
obtusa e diminutamente mucronada, superfície interna côncava, ca. de 5-8 mm
de comprimento 2,8-5 mm de largura. Sépalas laterais conatas na metade basal,
oblongo-elípticas, obtusas, côncavas, incurvadas em direção a face dorsal do
labelo, nervura central engrossada, ca. de 6-7 mm de comprimento 3 mm de
largura. Pétalas oblongo-espatuladas, obtusas, planas, incurvadas, margem
ondulada, ca. de 6,5-8 mm de comprimento 3-3,5 mm de largura. Labelo
membranáceo, 3-lobado, ca. de 16-17mm de comprimento 15- 20 mm de
largura; lobos laterais amarelos, pequenos, auriculados, erguidos; lobo terminal
amarelo intenso, profundamente emarginado; istmo estreito em sua base com
margem ondulada; calosidade amarela com pigmentos castanhos, formada por
cerca de três projeções maiores erguidas com pequenas projeções menores ao
redor, na base dos calos ocorre uma estrutura carnosa, plana, de coloração
alaranjada e papilosa. Coluna verde amarelada, ereta, asas laterais amarelas e
quadrangulares, bordos diminutamente serrilhados, projetadas para frente ca. de
5 mm comprimento 3,5 mm de largura, dorsalmente papilosa. Estigma
esverdeado com duas estruturas agudas em sua borda superior; tábula
infraestigmática carnosa, amarela, bilamelada. Antera amarela, apical,
incumbente, polinário composto por duas políneas amarelas e cartilaginosas,
com estipe que liga a um viscídio pequeno e castanho. Fruto tipo cápsula,
elipsóide, grande, verde amarelado.
228
Material examinado: Não foi encontrada bibliografia e/ou material
botânico depositado nos Herbários Barbosa Rodrigues (HBR) e da Universidade
Federal de Santa Catarina (FLOR), para que se pudesse ser examinado.
Habito: Epífita.
Frequência: Raro.
229
3.18.3 Oncidium ciliatum
230
levemente listradas de marrom sobre uma base predominantemente amarelo-
claro.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
231
3.18.4 Oncidium barbatum
232
Material complementar: Material encontrado e observado na ilha do
Campeche em 2009.
Habito: Epifita
Frequência: Raro.
Altitude: 50 – 80 metros
3.19 ORNITHOCEPHALUS
233
Ervas epífitas pequenas há medianas. Pseudobulbos ausentes. Folhas
carnosas, coriaceas, verticalmente aplanadas, eqüidistantes, flabelados, dísticas,
imbricatas, articuladas com suas bainhas; quando caem nos limbos, as bainhas
persistentes as vezes são engrossadas e algo parecedi com pseudobulbos.
Inflorescências racimos, eretas ou pendulares, axilares das bainhas. Flores
pequenas, os seguimentos do perianto evidentes. Brácteas geralmente cordadas e
amplexiculares. Sépalas semelhantes, livres, evidentes, côncavas. Pétalas
parecidas com as sépalas, as vezes um pouco maiores e amplamente cuneados há
flabelados ou semiorbiculares. Labelo subséssil, simples ou trilobado,
frequentemente em sua base se concentram calosidades cuerni ou aliformes que
nascem próximo dos bordos e que em ultimo caso simulam lobos basais e as
vezes são considerados como tais. Coluna curta, bastante grossa, sem aba nem
pé, com um rostelo muito delgado e alargado; antera terminal operculada,
incumbente, imperfeitamente bilocular, com um apêndice atenuado que descansa
sobre o rastelo alargado e junto com este forma uma estrutura parecida ao bico
de uma ave mestra a coluna mesma se parece com a cabeça (por isto seu nome
genérico); polineas 4, cartilaginosos. Cápsulas elipsóides há obovóides.
234
Planta epífita em forma de leque, com até doze folhas lanceoladas e
acuminadas curvadas, que medem até 8 cm de comprimento por 0,8 cm de
largura. Elas são dobradas para dentro, como uma Iradaceae, fundidas pela
metade de seus comprimentos e completamente fundidas pelo quarto apical
restante. Elas emergem alternadamente, apertadas e em seqüência, a partir de um
caule central escondido, são verde-claras e ligeiramente suculentas, tornando-se
acinzentadas ao que amadurecem. Inflorescência curta e ereta, de até 4 cm e dez
flores alternadas e bracteadas, a intervalos de 0,4 cm, emerge da base de uma das
folhas centrias mais recentes. Todos os caules, os pendúnculos de 0,5 cm, e as
brácteas são pilosos e as flores abrem sequencialmente a partir da base da
inflorescência. A sépala dorsal de 0,4 cm de comprimento por 0,25 cm é
espatulada, côncava e branca, e apresenta veias basais verdes. As sépalas laterais
são semelhantes em tamanho, formato e cor, mas são pilosas nas margens. As
pétalas têm um formato quadrado irregular e são brancas, com três veias centrais
verdes, medindo 0,5 cm de comprimento por 0,4 cm de largura. O labelo é uma
estrutura complexa, vagamente trilobulado, com veias verdes longitudinais na
sua base elevada e com formato de uma espada estreita. Ele mede 0,6 cm de
comprimento por 0,3 cm de largura nos lóbulos laterais. A coluna e o rostelo têm
tamanhos iguais e são, proporcionalmente a flor, muitos longos.
235
Ornithocephalus myrticola Lindl.,
Habito: Epifita
Frequência: Raro.
3.20 POLYSTACHYA
236
cinqüenta espécies, usando a palavra composta grega poly que siginifica muitos,
e stachys, uma espiga de tribo, o que algumas inflorescências lembram. Gênero
de distribuição tropical, pela África, Ásia e Américas, com 224 especies, sendo
que cerca de quatorze espécies são atribuídos ao Brasil.
Plantas epífitas, cespitosas. Raízes crassas. Risoma inconspícuo; caule
secundário espessado em pseudobulbo, ápice 2-3-foliado, base coberta por
bainhas escariosas. Folhas conduplicatas, coriáceas, base atenuada em bainha
tubulosa, articulada. Inflorescência em racemo, simples ou com poucas
ramificações, terminal, multiflora; bráctea do pedúnculo tubulosa, escariosa;
brácteas florais subfiliformes. Flores são ressupinadas, carnosas; sépalas laterais
assimétricas, base adnada ao pé do ginostêmio formando mento; pétalas bem
menores que as sépalas; labelo livre, 3-lobado, articulado com o pé do
ginostêmio, sem cálcar, disco densamente pulverulento, com q calo basal;
ginostêmio reto, curto, base prolongada num pé distinto; polinias 4, subglobosas,
cartilaginosas, com estipe e viscídio. Fruto cápsula.
Gênero de distribuição tropical, pela África, Ásia e Américas, com 224
espécies (CHASE et al., 2003; TOSCANO-DE-BRITO; CRIBB, 2005). No
Brasil estima-se que ocorram 14 espécies.
237
mais claramente após dois ou três anos, quando suas folhas morrem. Os
pesudobulbos lembram um cone estendido e emergem agrupados em uma fila de
um rizoma fino, e medem 2 cm de comprimento por 1,5 cm de diâmetro. Até seis
folhas aparecem alternadamente da metade da base até a metade do caule,
sobrepondo e embainhando o caule com seus pecíolos falsos de até 6 cm de
comprimento. As folhas medem até 25 cm por 1 cm e são ligeiramente
encorreadas, profundamente quilhadas, verde-escuras e linearmente lanceoladas.
O sistema radicular é robusto e muito aderente, composto por inúmeras raízes
brancas que emergem de cada nova base de caule e são viáveis por muitos anos.
Inflorescência ereta, apical e tesa, de até 35 cm de comprimento. As flores são
suspensas em um cone apical ou as vezes em forma paniculada com sub-
inflorescências menores, apresentando menos flores e emergindo de nódulos na
parte superior do caule. As flores são amarelo-manteiga e se parecem com sinos.
As sépalas são em forma de coração e medem 0,5 cm por 0,2 cm. O labelo é
trilobulado, com 0,3 cm de comprimento por 0,3 cm de largura nos lóbulos
laterais e o lóbulo apical mede 0,2 cm de largura.
238
Polystachya estrellensis Rchb.f.,
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
239
3.21 PRESCOTTIA
240
alvacento, alvo ou amarelado; brácteas mais curtas raramente mais longas que as
flores.
Prescotia engloba cerca de 24 espécies dispersas pelos trópicos e
subtrópicos americanos, sendo especialmente diverso no Brasil (ROCHA;
WAWCHTER, 2006).
241
comprimento, envaginante; espiga floral curta, cilíndrica, bastamente multiflora,
reta ou levemente arcada, de 2,5 – 8 cm de comprimento; brácteas ereto-patentes,
pálidas, oval-lanceoladas, longamente acuminadas, glabras, mais longas que o
ovário, membranáceas uninervadas muito concovas, de 4 mm de comprimento e
1,5 mm de largura;ovário oblongado, glaberrino, obtusamente trigonado e
evidentemente trisulcado, de 1,5 mm de comprimento; flores pequeníssimas,
ereto-patentes; sépalas de igual comprimento, oblongo-elipticas, no ápice
arrednodadas, revolvidos os laterais na base levemente concrescidos entre si e
gibuloso-protuberantes, membranáceos, uninervados, de 1,5 – 1,7 mm de
comprimento e 1 mm de largura, os laterais muito oblíquos; pétalas oblongo-
espatulares, revolvidos do comprimento da sépala dorsal, membranáceo-
pelucidos, com uma nervura delgadissima de 1,5 mm de comprimento e 0,4 mm
de largura; labelo muito cuculado, ovóide, no ápice um tanto aguçado na base
não auriculado, externamente glabro e internamente papiloso, um pouco mais
curto que as sépalas laterais, carnoso, na base externa um pouco gibuloso, de 1,3
mm de comprimento e 0,7 mm de largura.
242
Prescottia densiflora Lindl
Habito: Terrestre/Rupicola.
Frequência: Comum.
3.22 RODRIGUEZIA
243
Rodriguezia divide-se em dois grupos de espécies de portes bem
diferentes. Um dos grupos, de crescimento cespitoso, com rizoma curto,
pseudobulbos muito pequenos, alongados, quase totalmente ocultados por muitas
baínhas foliares imbricantes, com folhas espessas, lanceoladas, acanoadas, e
inflorescência curta, arcada ou pendente, com muitas flores. O outro grupo,
antigamente classificado como gênero à parte com o nome de Burlingtonia, é
composto de plantas de crescimento escandente, com rizoma bastante comprido,
rijo e fino, raízes adventícias longas e numerosas, pseudobulbos ovais, muito
espaçados, sempre parcialmente visíveis, com poucas baínhas foliares, estas
muito menos carnosas que no outro grupo, mais elípticas e planas, e rácimo ereto
longamente pedunculado com poucas flores na extremidade. Em ambos os casos
os pseudobulbos são lateralmente comprimidos e a inflorescência brota das
axilas das baínhas que guarnecem os pseudobulbos.
As flores têm pétalas e sépalas dorsais coniventes, aproximadamente de
igual tamanho, ou por vezes pétalas bem maiores, enquanto as sépalas laterais
normalmente fundem-se, na base ou em todo o comprimento, formando um
esporão ou mento saquiforme, sempre mais curto que o ovário. O labelo é
simples, geralmente tem a mesma cor das pétalas e sépalas, com lobo mediano
de extremidade bilobulada, na base prolongado em saco livre ou soldado à face
ventral da coluna, com numerosas carenas paralelas de comprimentos diversos,
comum amarelas, e que devem ser observadas para diferenciar algumas das
espécies. A coluna é bastante curta, claviforme, com dois longos prolongamentos
de margens pubescentes que guarnecem os lados da antera, e dois apêndices
inferiores a ela de modo a formar uma espécie de tubo que conduz ao estigma. A
antera é apical, uniloculada, com duas polínias.
244
3.22.1 Rodriguezia decora
245
cm, obreniforme, ápice profundamente fendido, minimamente acuminado,
margem inteira, disco esparsamente pubescente, 2-carenado; ginostêmio ca. 0,5
cm compr., cilíndrico, 2-alado; antera incumbente; polínias 2, providas de estipe
e viscídio.
Habito: Epífita/Terrestre
Frequência: Ocasional.
Altitude: 50 - 80 metros
246
3.23 STANHOPEA
247
limbo elíptico-lanceolado, atravessado de nervuras salientes, levemente arcado,
plicado-venulado; inflorescência emergindo da base do pesudobulbo, pendente,
com pedúnculo revestido de bainhas lanceolares laxas; flores grandes, vistosas,
pouco duráveis, pouco numerosas, longamente pediceladas com o pedicelo
sustido por bráctea ampla espatácea que cobre geralmente também todo ou pelo
menos grande parte do ovário.
248
Material complementar: Material encontrado e observado na ilha do
Campeche em 2009.
Habito: Epifita
Frequência: Raro.
3.24 STELLIS
249
infundibuladas ou tubulosas. Flores ressupinadas, alternas; sépalas livres a
variavelmente coalescentes, às vezes pubérulas; pétalas eretas, muitas vezes
transversalmente sub-lunadas e côncavas, espessadas ao longo da margem apical
e no meio da lâmina, ou elípticas a oblongas; labelo ereto, carnoso, inteiro ou 3-
lobado, freqüentemente pubescente, com calo arredondado (glenion) na base
abaixo do ginostêmio, articulado com a base do ginostêmio ou com o pé do
ginostêmio, às vezes unguiculado; ginostêmio reto, às veze salado, com ou sem
pé conspícuo; antera apical, incumbente; polínias 2; estigma inteiro ou
transversalmente 2-lobado. Ovário geralmente glabro, 3-valvado. Fruto
elipsóide, fusiforme ou cilíndrico.
Mais de 700 espécies constituem o gênero, distribuídas do sudoeste da
Flórida, passando pelas Antilhas, sudeste do México à Bolívia, Venezuela e
Guiana Francesa e chegando ao Brasil (PRIDGEON et al., 2005). Stelis é um
grupo com complicações taxonômicas e sua última revisão possui quase 30 anos
(GARAY, 1979). Algumas espécies antes atribuídas a Pleurothallis foram aqui
incluídas, de acordo com os resultados apresentados em Pridgeon & Chase
(2001).
250
• Stelis viridipurpurea Lindl., Fol. Orchid. 8: 3 (1859).
• Stelis gigas Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 89 (1881).
• Stelis parahybunensis Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 84 (1881).
• Stelis penduliflora Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 91 (1881).
• Stelis puberula Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 86 (1881).
• Stelis smaragdina Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 90 (1881).
• Stelis vinosa Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 89 (1881).
• Stelis plurispicata Barb.Rodr., Vellosia, ed. 2, 1: 120 (1891).
• Stelis vinosa var. angustifolia Cogn. in C.F.P.von Martius & auct.
suc. (eds.), Fl. Bras.3(4): 374 (1896).
• Stelis vinosa var. longifolia Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc.
(eds.), Fl. Bras.3(4): 374 (1896).
• Stelis guttifera Porsch, Oesterr. Bot. Z. 55: 154 (1905).
• Stelis porschiana Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 270
(1917).
• Stelis diaphana Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 268
(1918).
• Stelis inaequisepala Hoehne & Schltr., Anexos Mem. Inst. Butantan,
Secç. Bot. 1(2):30 (1921).
• Stelis juergensii Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 35: 49
(1925).
• Stelis pterostele Hoehne & Schltr., Arch. Bot. São Paulo 1: 206
(1926).
• Stelis epilithica Garay, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 13: 36 (1954).
251
• Stelis reflexisepala Garay, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 13: 38
(1954).
252
0,5mm de comprimento X 0,1mm de largura. Antera apical, polinário composto
por duas políneas amarelas, ceróides. Fruto tipo cápsula, elipsóide, verde
amarelado.
253
Stelis papaquerensis Rchb.f.,
Linnaea 22: 822 (1850).
Habito: Rupicola
Frequência: Ocasional.
254
3.25 VANILLA
255
articuladas, na base geralmente arredondadas ou levemente cordadas; racimos
exilares, raro flores solitárias nas axilas; flores ornamentais, relativamente
grandes, verde-amareladas, alvas ou avermelhadas; frutos mais ou menos
aromáricos.
Vanilla compreende cerca de 107 espécies de distribuição pantropical,
sendo mais abundante na América tropical (PRIDGEON et al., 2003).
.
3.25.1. Vanilla edwallii
Vanilla edwallii Hoehne. Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., fm, 1: 61
(1941).
Trepadeira, que possui caracteristicas epifitas e terrestres. Suas sementes
germinam por baixo, no tronco de uma árvore ou no fólico. Direciona suas raízes
ao solo. As raízes são brancas-esverdeadas, tendo de 0,3 a 0,4 cm de diâmetro. O
rebento da planta, procura subir em um tronco de árvore, onde se fixa e produz
folhas lanceoladas-largas, que medem, 11 a 12 cm de extensão, por 4 a 4,5 cm de
largura, em intervalos de 3 a 4 cm. As folhas emergem diretamente do caule. São
carnudas, levemente quilhadas, de cor verde pálido e de vida longa. As raízes
epifíticas, são únicas e curtas, tendo de 2 a 3cm de comprimento, emergem,
oposto as folhas. Inflorescências foliadas, com até 17 cm de extensão. Emergem
das axilas das folhas, se inciando à 75% da altura da planta, e terminando, a
aproximadamente, um metro, antes do ponto de crescimento. Uma planta típica,
expõe de quatro a seis, destas inflorescências, cada uma, com até três flores
grandes, destacadas e de cor branco e verde. Porém, de vida curta. Somente uma
256
flor, é apical, o restante, emerge sobre um pedúnculo minúsculo, a partir da
axila, de uma das folhas. As pétalas e sépalas, são lanceoladas, quase idênticas,
em tamanho, 4-4,5 cm de extensão, por 1-1,4 cm de largura. Quando as flores se
abrem, as superfícies são planas, mas logo, os ápices se encrespam, virando para
trás. O labelo central é de cor creme, destacando, de cinco a sete linhas verticais
amarelas, da garganta até o ápice.
257
Vanilla edwallii
Hoehne.
Habito: Epífita/Terrestre
Frequência: Raro.
258
3.26 HIBRIDO NATURAL
259
Material examinado: J. A. Rohr SJ s/n Ilha de Santa Catarina. A.
Bresolin n.º 622 (03.11.1972) Ingleses do Rio Vermelho FLOR, HBR, HB.
Habito: Epifita
Frequência: Ocasional.
260
4 CONCLUSÕES
261
Foram levantadas e tratadas 34 espécies pertencentes a 25 gêneros e um
hibrido natural de Orchidaceae na Ilha do Campeche, conforme a quadro 1,
abaixo.
262
Gênero Espécies
Acianthera pubescens
serpentula
saundersiana
sonderana
Aspidogyne bidentifera
Brassavola tuberculata
Campylocentrum aromaticum
Catasetum cernuum
Cattleya intermédia
leopoldii
Cyrtopodium flavum
Cleistes macrantha
Encyclia odoratissima
Epidendrum fulgens
Gomesa crispa
Laelia purpurata
Maxillaria picta
Miltonia flavescens
Notylia longispicata
Octomeria grandiflora
serrana
diaphana
Oeceoclades maculata
Oncidium pumilum
flexuosum
ciliatum
barbatum
Ornithocephalus myrticola
Polystachya estrellensis
Prescottia densiflora
Rodriguezia decora
Stanhopea graveolens
Stellis papaquerensis
Vanilla edwallii
Hibrido Natural X Laeliocattleya elegans
Quadro 1: Quando resumo dos Gêneros e Espécies da Família Orquidaceae encontradas na Ilha
do Campeche.
Fonte: Do autor (2010).
263
O pouco conhecimento geográfico, biológico e botânico dos ecossistemas
existentes na Ilha do Campeche, aliado a uma atividade antropica contínua e
sutil, torna de forma urgente e imprescindível a implantação de projetos e ações
que visem a subsidiar a efetiva vida em plenitude neste espaço.
Neste contexto, as Orquídeas ganham um papel preponderante e de
extrema importância na conservação da flora e fauna, pois elas, as Orquídeas,
são consideradas “flag-family” e, somente quando há um conhecimento sobre o
habitat, a ecologia e o tamanho das populações, se pode implementar estratégias
de conservação e manutenção destes espaços de maneira adequada, apropriada e
contínua.
264
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