VOL.

9, Nº24 – Abr/Ago – 2022 - ISSN: 2675-8733 (versão digital)

ROBÓTICA SUCATIONAL Projeto de robótica com sucata reúne

sustentabilidade, programação e diversão!

INOVAÇÃO
QUEM FAZ A OBR DE OLHO
NOVAS FORMAS DE PROGRAMAÇÃO
CONHEÇA NOSSOS VOLUNTÁRIOS VEJA QUEM MARCOU A OBR POR AÍ
SEM CÓDIGOS
 Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

Expediente SuMáRIO

4
Mundo Robótica
Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica
VOL. 9, Nº24 – Abr/Ago – 2022 DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
- ISSN: 2675-8733
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA
BÁSICOS DE ROBÓTICA
Universidade Estadual de Campinas Confira como circuitos e projetos simples
Cidade Universitária Zeferino Vaz - Barão Geraldo, podem servir para a robó�ca.
Campinas - SP/Brasil, 13083-970
Tel: (19) 3521-7000

7 ACONTECEU
Coordenadora Geral
Profa. Dra. Cíntia Kimie Aihara
(COTUCA - Unicamp) Muito trabalho e envolvimento das equipes
Vice-Coordenadora Geral
pautaram as provas das etapas regionais.
Profa. Dra. Sarah Thomaz de Lima Sá (IFRN)

8
Coordenadora da Modalidade Teórica
Profa. Dra. Carla da Costa Fernandes Curvelo (UFRN) ROBÓTICA SUCATIONAL
Coordenadora da Modalidade Prática Projeto de robó�ca com sucata reúne
Profa. Daniele Ortiz Hoffmann Bonicio (SESI/SP) sustentabilidade, programação e diversão!

10
Coordenadora Administrativa
Luciana Piccinini
Conselho da RCB
INOVAÇÃO
Prof. Dr. Rogério Sales Gonçalves - (UFU) Robó�ca também tem tendência e
Prof. Dr. Marco Simões – (Uneb) robôs já são configurados sem códigos.
Prof. Dr. Alexandre da Silva Simões – (Unesp)
Profa. Dra. Esther Luna Colombini – (Unicamp)

13
Prof. Dr. Josemar Rodrigues de Souza – (Uneb)
Profa. Msc. Cristiane Pelisolli Cabral – (SEDUC – POA)
Prof. Dr. Reinaldo Augusto da Costa Bianchi – (FEI) QUEM FAZ A OBR
Prof. Dr. Luiz Marcos Garcia Gonçalves – (UFRN) Nesta edição, apresentamos os
Prof. Dr. Flavio Tonidandel – (FEI) voluntários da OBR.
Profa. Msc. Carmem Ribeiro Faria Santos – (UFES)
Prof. Dr. Paulo Ferreira – (UFPel)

17
Profa. Dra. Tatiana de Figueiredo Pazelli – (UFSCar)
Prof. Dr. Rafael Vidal Aroca - (UFSCar)
Secretário Administrativo
DE OLHO
Leonardo de Lellis Rossi
Confira quem
marcou a OBR por aí.
Assistente de Coordenação
Jussara Queiroz de Carvalho
Assessora de Comunicação:
Patrícia Vergara
EDIÇÃO E REPORTAGEM
Stella de Oliveira Marques MTB 55980
Andrea Vergamini de Castro MTB 57887/SP
CRIAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
A Revista Mundo Robótica quer te ouvir.
Cain Rodrigues
FOTOS: Arquivos pessoais e OBR
Envie sugestões de matérias, críticas, elogios...
OBR Publicação Quadrimestral mundorobotica@obr.org.br

www.obr.org.br

Realização e organização
REALIZAÇÃO: APOIO:

2 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica

Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

EDITORIAL
Ano de retomada, de colocar novamente nossos robôs nas arenas
e voltar a trabalhar a robótica pertinho dos nossos colegas.

Os registros das regionais e estaduais foram sensacionais, com

muitas equipes novas e muitos rostinhos que antes eram do nível
1 e agora estão dando show no nível 2.

Nesses anos de pandemia e OBR remota, tivemos que ficar

separados, mas o aprendizado na robótica não parou, e as etapas
regionais mostraram isso.

Nossas Modalidades Virtuais da Etapa Prática também rodaram a

todo vapor. Agora, com a construção de robôs virtuais no sBotics,
os alunos que não possuíam robôs físicos colocaram a mão na
massa e puderam ter a experiência de construir um robô. Na
Modalidade Prática Apresentação, nossas seletivas estaduais
contaram com o apoio de dezenas de avaliadores que se
encantaram com os trabalhos produzidos.

Agora é hora de arregaçar as mangas e se preparar para nosso

grande encontro na Etapa Nacional, em São Bernardo do
Campo/SP, ou em nosso canal do YouTube.

Esperamos por vocês.

Equipe OBR

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 3

DESENVOLVIMENTO Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

Desenvolvimento de projetos
básicos de robótica
Nas etapas iniciais de desenvolvimento de um
projeto robótico avançado, podemos contar com
soluções didáticas ou experimentais que visem
aperfeiçoar ou testar partes mecânicas como os
controles de velocidade, caixas de redução ou
resposta de sensores sem o uso de
microcontroladores.
Neste artigo, o Diretor de Conteúdo do Instituto
Newton C. Braga, Renato Paiotti*, mostra alguns
circuitos e projetos simples que podem servir
para o desenvolvimento, teste e aprendizado
básico de robótica sem a necessidade de
microcontroladores. Alguns deles, pelas suas
possíveis aplicações lúdicas, podem ser
implementados no Ensino Fundamental, com a
finalidade de despertar o interesse pela robótica.
Aproveite o conteúdo!

Robô Escova
Um projeto estimulante, que aplicamos aos
alunos do Ensino Fundamental e desperta
enorme entusiasmo, é o Robô Escova. Usando
uma escova comum, com as cerdas levemente
entortadas com um secador de cabelos ou outra
fonte de calor, as vibrações que um motor com
um peso excêntrico provoca
fazem com que ele se
desloque rapidamente (veja
no vídeo). Evidentemente, o
robô faz o movimento sem
direção, mas diversas
competições podem ser
propostas (figura 1). Acesse o Vídeo Figura 1 – O Robô Escova montado

Podemos, por exemplo, fazer uma pista com ripas, onde os robôs são soltos, deslocando-se e batendo
aleatoriamente nas laterais. Vence o que chegar ao final. No site, apresentamos uma versão que pode
ser controlada por feixes de luz. Nada impede que ela seja modificada para seguir uma linha. Uma
pista de competição é mostrada na figura 2.

A montagem muito simples,

que até pode ser previamente
preparada pelos instrutores,
ajuda no desenvolvimento das
habilidades manuais,
principalmente a coordenação
motora fina, como um preparo
para uma competição mais
avançada.
Saiba mais sobre o Robô Escova em

Figura 2 – Pista para corrida de Robôs Escova

4 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica

Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
DESENVOLVIMENTO

Robô de Combate
Este robô foi utilizado por nossos alunos do
Colégio Mater-Amabilis em diversas competições
do Ensino Médio. A sua parte elétrica é muito
simples, envolvendo apenas os motores, fonte de
alimentação (pilhas) e duas chaves reversíveis
especiais para o controle feito por joystick.

Acesse o QR Code e veja sua construção

completa.

A ideia é que equipes

sejam formadas e cada
uma delas monte seu robô.
O robô pode ser montado
em plataforma
improvisada, como a que
mostramos na figura 3,
Acesse o Vídeo usando velhos CDs como
rodas acopladas a
pequenos motores, ou bases comerciais
compradas. Figura 3 – Montagens e competição – Acesse e veja mais

Cada robô carrega um balão de festa e três

agulhas longas como armas. A proteção é
apenas um pedaço de papelão na frente. A
competição consiste em colocar dois robôs
numa arena e, controlando seu movimento com
as chavinhas, cada um deve estourar o balão do
adversário. Na figura 4, duas montagens de
Figura 4 – Dois robôs com materiais improvisados
alunos.

Módulos Segue a Linha

Com eletrônica não muito complexa, usando
componentes tradicionais, é possível controlar
um par de motores de uma base robótica
(comprada ou montada) tendo então um Robô
Segue a Linha.

Na figura 5, temos um exemplo de circuito que

pode ser implementado com facilidade, onde os
componentes são comuns e podem ser
adquiridos pela internet.

O circuito aciona o motor da esquerda ou da

Figura 5 – Circuito prático
direita, ou os dois, conforme a luz incide em
sensores (LDRs). O ajuste de posição e de
sensibilidade são os pontos-chave para fazer o robô traçar a trajetória correta. A corrente máxima dos
motores para este circuito é de 100mA. Para correntes maiores podemos usar os BD135 ou
Darlingtons.

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 5

DESENVOLVIMENTO Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

Controles PWM
Um recurso importante que os projetistas de
robôs devem conhecer é o funcionamento de um
circuito PWM (Pulse Width Modulation ou
modulação de largura de pulso). Ele permite
controlar de forma precisa o movimento de
robôs, atuando sobre os motores.

Na figura 6, temos um exemplo de circuito que

pode ser implantado num projeto sem a
necessidade de microcontrolador (Arduino®). É
interessante ensinar aos alunos seu
funcionamento como ponto de partida, para que
conheçam mais essa função no momento em
que forem implementá-la no seu robô final Figura 6 – PWM com o 555
microcontrolado.

Conclusão
Acreditamos que a montagem de um robô
microcontrolado com o Arduino® é apenas a
fase final de um processo de aprendizado que
depende de muitas etapas.
Montar o robô e ter sucesso na competição
não apenas significa que os alunos sabem
como programar e colocar alguma eletrônica
numa plataforma. Deve ser além, ensinando
eletrônica desde suas raízes, como operar
com ferramentas desde as suas operações
mais simples, fazendo entender como entram
em jogo as leis físicas que envolvem todo o
projeto que estão realizando.
Com nossa experiência como educadores há
anos, sabemos muito bem como a sequência
dos ensinamentos de tecnologia são
importantes para que não ocorram “gaps”
que possam afetar a formação dos
estudantes.
Vemos isso na passagem do Ensino Médio
para o Superior, onde etapas são puladas,
prejudicando a formação posterior de um
bom profissional. Uma competição de
robótica deve levar em conta este fato.

Curiosidades
(*) Renato Paiotti é CEO do Instituto
Newton C. Braga, atuando na área de
eletrônica e tecnologia desde 1966. Projetos Educacionais de
Com mais de 150 livros publicados no Robótica e Mecatrônica (livro)
Brasil e em diversos países, teve seu
livro Robotics, Mechatronics and
Artificial Intelligence indicado pelo Projetos com caixas de
IEEE como parte do projeto STEM, nos redução
Estados Unidos, em 2005. Em seu
site, existem milhares de artigos
sobre tecnologia.

6 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica

Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
ROBÓTICAJÁPARA
FOI! TODOS

Aconteceu neste semestre na OBR!

Para chegarmos até a tão esperada Etapa Nacional, durante o ano nós realizamos
as Etapas Regionais e Estaduais das Modalidades Prática e Teórica e as atividades
aconteceram por meio de competições práticas (com robôs) e provas em todo o
Brasil. Assim, nossos estudantes puderam respirar a OBR, treinar os seus
conhecimentos e garantir as suas classificações.

Confira o que rolou de julho até setembro:

Modalidade Prática Presencial e Virtual:
Simulação – Etapa Estaduais 15/07 a 31/08
Apresentação – Etapa Classificatória: 20/06 a 01/08

Modalidade Prática Presencial Provas Modalidade Teórica:

e Virtual:
Nível 0,1 e 2: 03/08
Simulação – Etapa Estaduais 15/07 a 31/08 Nível 3 e 4: 04/08
Apresentação – Etapa Classificatória: 20/06 Nível 5 (fase1): 10/06
a 01/08 Nível 5 (fase 2): 05/08

Modalidade Prática:
Etapas Estaduais
Regionais / Estaduais:
Simulação 03/09
(PB, GO, MG, PA, AM, BA, CE, DF, PI,
Ocorreram entre maio e agosto
RJ, ES, SE e MT)
Esquenta OBR SBOTICS: 28/08

Etapas Estaduais Simulação: 04/09

(SP, MA, PE, PR, Al, RR, RO, TO, MS, RN, RS, SC e AP)

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 7

ROBÓTICA SUCATIONAL Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

Projeto de robótica com sucata

reúne sustentabilidade,
programação e diversão!
Sempre destacamos na Revista Mundo Robótica
que a robótica pode ser desenvolvida com
diferentes componentes. Nesta matéria, vamos
conhecer um projeto que enfatiza o
desenvolvimento de programação utilizando
sucata. A Robótica Sucational foi criada em
2017, pelo professor de Matemática João Paulo
Falcão. Ele leciona nas redes pública e privada de
Viçosa (AL), desde 2001, e sentiu a necessidade
de inovar nas aulas. “Pensei na Robótica
Sucational através da insatisfação dos alunos e
alunas pelas aulas enfadonhas de matemática,
para dinamizar as atividades com materiais de
fácil obtenção e ricas possibilidades”, conta.

A metodologia utilizada é a STEAM, que reúne

Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e
Matemática. Envolve também a aprendizagem
criativa e a cultura maker, que vêm auxiliando de
forma positiva o processo
ensino-aprendizagem e o pleno desenvolvimento
dos estudantes. “Temos a proposta de coletar
resíduo eletrônico da nossa comunidade escolar
e com eles garimpar componentes que serão
utilizados na construção destes protótipos.
Aliado a isto, nossos alunos, através de nossa
parceria com o Instituto Federal de Alagoas -
IFAL, estudam aulas de programação em
contraturno”, explica João Paulo.
Hoje, a Robótica Sucational acontece na
Escola Municipal Pedro Carnaúba, em
Viçosa/AL, impactando cerca de 200 alunos
dos sextos anos do Ensino Fundamental, com
faixa etária entre 11 e 13 anos.
de Além dos benefícios ao meio ambiente,
reciclando o que iria para o lixo, o Sucational traz
melhorias no aprendizado e no futuro dos
estudantes. “Trabalhamos os conteúdos
próprios do componente curricular de
Matemática, mas também percebemos a
intensificação da empatia e da cooperação entre
os envolvidos, o melhor relacionamento entre os
familiares, a cultura digital, comunicação.
Nossos frutos estão por toda parte - IFAL, salas
de robótica das escolas estaduais - e muitos
seguem o caminho das tecnologias, através da
semente plantada por nós!”, comemora o
professor.

8 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica

Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
ROBÓTICA SUCATIONAL

João ainda reforça a importância do ensino de

robótica para o desenvolvimento das crianças e
jovens: “O aprender fazendo, brincando é
fantástico! Quando levamos o projeto para uma
escola que não tem laboratório, a ideia deste
campo fenomenal que é a robótica faz com que
os discentes se sintam, e eles são, grandes! A
semente que é plantada com a robótica com
sucata, com a programação desplugada, a
aprendizagem criativa germina, cresce e dá
frutos!”

Para quem vai iniciar a Robótica Sucational com

seus alunos, João Paulo deixa a dica: “Basta
fazer o melhor! Não esperar por ninguém! Pensar
no melhor para seu aluno e aluna! Inicie na sua
turma, recolha uma impressora, um gabinete de
PC que iria para o lixo. Prepare uma aula,
adaptando seu conteúdo a esta realidade.
Desmonte, garimpe este material. Na próxima
semana, peça para cada aluno trazer algo Entrega de materiais à Associação dos
eletrônico que iria para o lixo. Faça acontecer na catadores de materiais recicláveis de Viçosa.
sua sala!”

Mãos à obra Que tal fazer projetos de

Robótica Sucational?

SOPROBÔ BARATINHAS

Trabalhando o conteúdo circunferência de Eletrônica básica (números decimais com

modo prático, utilizando materiais as voltagens das pilhas).
alternativos.
Material: Escova velha de lavar roupa,
Material: 2 CD’s, 2 tubos de canetas bateria de celular, cola quente, 2 motores
velhas, cola quente, fita adesiva, 3 tampas de vibração encontrados nos consoles de
de garrafa pet. videogames, fios.

Como fazer: Como fazer:

- Colar dois pedaços de papelão nas - Conectar duas ou três pilhas usadas em
aberturas dos CD’s; seus pólos;
- Perfurar com as canetas; - Ligar os fios nos pólos dos motores de
- Prender as canetas com cola ou adesivo; vibração;
- Colar três ou quatro tampas de garrafa - Colar o sistema na escova.
pet no ponto médio das canetas. Agora é aprender e brincar bastante!

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 9

ROBÓTICA
INOVAÇÃO
PARA TODOS
Programação
sem códigos é
a nova
tendência na
robótica
Plataforma BIPES foi desenvolvida com
participação de membro da equipe
organizadora da OBR
Você sabia que, para programar um robô existem
diversas ferramentas?
E o mais inovador é que, segundo um artigo
recente publicado pela revista que indica
tendências tecnológicas, a IEEE Spectrum, cujo o
título é "Programming Without Code: The Rise of
No-Code Software Development", que traduzido
significa "Programação sem código: a ascensão
do desenvolvimento de software sem código",
observa-se um rápido crescimento das
ferramentas de programação com "baixa
codificação" ou "sem código" (low code / no
code), e muitas empresas já estão contratando
profissionais com este perfil.
Quem explicou tudo isso foi o criador da
plataforma BIPES, uma plataforma totalmente
gratuita, aberta e livre, desenvolvida no Brasil,
para programação de sistemas embarcados e
aplicações de Internet das Coisas, Rafael Vidal
Aroca, que é pesquisador do Centro de Pesquisas
Avançadas Wernher von Braun e docente da
UFSCar. Segundo ele, na indústria é comum
utilizar linguagens com comandos textuais do
tipo ‘MOVER’ para manipuladores robóticos.
Outras formas intuitivas de programação usadas
na indústria incluem a programação por
10 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
demonstração, em que o programador move o
robô com um controle (teach pendant) até certas
posições, e vai ‘salvando’ cada ponto do
movimento. “Há também a possibilidade do
operador mover o robô manualmente, enquanto o
robô aprende esta movimentação para repetir
posteriormente”. Segundo Aroca, robôs móveis,
em geral, são programados em linguagens mais
genéricas como ‘Python, C e C++’, e os
desenvolvedores integram recursos de
microcontroladores, processadores e, em vários
casos, visão de máquina e inteligência artificial.
“Uma ferramenta muito popular é o Robotic
Operating System (ROS), que oferece vários
recursos avançados para programação de robôs,
mas ainda usando programação textual com
‘Python e/ou linguagem C’. Além disso, embora
não seja uma abordagem nova, temos visto um
crescimento notável do uso de ferramentas de
programação por blocos ou por modelos, em que
diagramas e blocos interconectados são usados
para gerar o código (programa)
automaticamente. É provável que muita gente já
tenha visto ou conheça os blocos de
programação de kits de robótica LEGO, que são
intuitivos e práticos de usar. Agora, este tipo de
abordagem já está sendo usada na indústria.
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
ROBÓTICA
INOVAÇÃO
PARA TODOS

“ Essas ferramentas aumentam muito a produtividade de programadores,

permitindo desenvolver soluções rapidamente, e, adicionalmente, podem
reduzir o risco de falhas em software, já que o código gerado evita
possíveis erros / falhas de programação usando linhas de código.
Certamente o espaço para programação tradicional, com código,
continuará existindo e será importante e necessário, mas muitas “
aplicações e soluções passarão a ser desenvolvidas sem código, inclusive
por usuários mais leigos, sem tanta experiência em programação.

Mas, afinal, o que é a

programação sem código?
A programação sem código é uma abordagem
simples, prática e intuitiva que permite
desenvolver os mais variados tipos de
programas, podendo ser feita de várias formas
por usuários que não sejam programadores
tradicionais. Aroca explicou que é difícil dizer
exatamente quem foi criador da abordagem de
programação sem código, mas em 1982, James
Martin publicou o livro "Application Development
without Programmers" (Desenvolvimento de
aplicações sem programadores), sendo que o
prefácio do livro menciona: O número de
programadores disponíveis por computador está
diminuindo tão rápido que a maioria dos
computadores no futuro terá que funcionar, pelo
menos em parte, sem programadores. “É curioso
que mesmo esta afirmação sendo da década de
80, continua atual, já que o mercado de
BIPES
Tecnologia da Informação continua com uma alta O BIPES (https://bipes.net.br), que significa Block
demanda para programadores”. based Integrated Platform for Embedded
Systems, é um projeto brasileiro criado em 2020
Atualmente, segundo ele, uma referência de por pesquisadores ligados à organização da OBR,
ferramenta para programação sem código é o que permite programação sem código para
Google Blockly, que é uma linguagem de sistemas embarcados, robótica e Internet das
programação baseada em blocos criada por Neil Coisas, sendo que algumas aplicações podem
Fraser, engenheiro de software do Google. “O ser criadas em minutos. Já em uso por mais de
Google disponibilizou o Blockly gratuitamente 17 mil usuários em mais de 100 países, é
para a comunidade, e centenas de projetos e compatível com placas populares como a ESP32,
ferramentas de programação sem código são ESP8266, Raspberry Pi, Raspberry Pi Pico,
baseadas no Blockly, como por exemplo o MIT STM32, micro:bit, dentre outras. Gratuito e de
App Inventor, o micro:bit, o Microsoft Make Code código aberto, o BIPES funciona diretamente no
e o BIPES”. navegador web, dispensando a necessidade de
instalação ou configuração de qualquer software.
Basta acessar https://bipes.net.br/ide/, escolher
a placa, criar seu programa e clicar em executar
em uma das placas compatíveis. Maiores
detalhes podem ser encontrados nos ebooks do
BIPES, disponíveis no website do projeto.

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 11

ROBÓTICA
INOVAÇÃO
ROBÓTICA
ETAPAPARA
PARATODOS
NACIONAL
TODOS
O diferencial
Permitir que o foco da programação fique na
lógica do programa/aplicação, dispensando
conhecimento de detalhes da linguagem de
programação como por exemplo, a necessidade
de ";" após cada linha de comando ou a
necessidade de uso de parênteses em uma
função IF (SE), é o grande diferencial desse tipo
inovador de programação. Um programa
preparado com programação por blocos, por
exemplo, nunca ‘daria erro de compilação’, já que
a ferramenta de programação visual não permite
conexões incorretas entre blocos lógicos. “Eles
simplesmente não encaixam. Como já
mencionado, além de reduzir erros, outro
diferencial é a produtividade e alta velocidade de
desenvolvimento. Usando o BIPES, por exemplo,
é possível desenvolver uma aplicação completa
para Internet das Coisas em poucos minutos”.
Confira o exemplo abaixo:
Programa para internet das coisas feito em
poucos minutos com o BIPES
Exemplo de programa feito em BIPES que coleta
dados de um sensor e publica na Internet)
12 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
A princípio, a programação sem código poderá
ser utilizada para qualquer tipo de robô, porém, a
possibilidade de uso de uma ferramenta deste
tipo depende muito do fabricante e
desenvolvedor do robô disponibilizar o acesso a
este recurso, e/ou integrar este recurso em suas
ferramentas, ou mesmo oferecer um robô com
arquitetura de software aberta para possibilitar a
integração com ferramentas de programação
sem código. “Por exemplo, existem diversos
robôs controlados pelo módulo ESP32, de forma
que eles podem ser programados diretamente
pelo BIPES ou qualquer outra ferramenta de
programação sem código que gere código que
possa ter embarcado / usado em um módulo
ESP32”, disse Aroca.
Sendo assim, está cada vez mais acessível e
disponível aplicações que possam ajudar
amplamente as pessoas, melhorando processos,
atividades, reduzindo riscos e possíveis
problemas em tarefas repetitivas e perigosas.
“Além disso, está cada vez mais acessível para o
público amplo que cada um possa programar seu
robô sem código”, finalizou.
Rafael Aroca
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
quem faz
a obr
Nesta edição da Revista Mundo Robótica, você
continua conhecendo quem faz a diferença
para que a Olimpíada Brasileira de Robótica
seja esse sucesso. Agora, é a vez de
Fagner Barbosa Ribeiro
Fagner Barbosa Ribeiro é formado em Técnico de
Eletrônica e Telecomunicações, graduado em
Sistemas de Informação e pós-graduado em
Segurança da Informação. Começou na OBR em
2010, quando trabalhava em um ponto turístico
de João Pessoa, chamado Estação Ciência.
“Implantamos o laboratório de robótica, para que
estudantes de todo o Estado pudessem fazer
oficinas gratuitas por agendamento e conhecer a
ferramenta. Foi quando a Esther e o Alexandre
Simões (então coordenadores da OBR) estavam
visitando a cidade e foram conhecer o projeto.
Imediatamente, quiseram saber quem era o
responsável e lançaram a proposta da gente
organizar a etapa Estadual da OBR na Paraíba,
que era um dos Estados que ainda não
participava da Modalidade Prática. Aceitamos o
desafio e, até hoje, 12 anos depois, ainda
estamos completamente apaixonados pelo
projeto.
Atualmente, tenho uma responsabilidade muito
grande: estou como representante da OBR na
Paraíba e sou responsável por organizar a etapa
Estadual, classificando as campeãs para a
Nacional.
ROBÓTICA
BIÔNICA EPARA
ROBÓTICA
TODOS
apresentarmos alguns dos voluntários da OBR
que atuam desde juízes a narradores das
competições e contam para gente suas
trajetórias na Olimpíada.
Ao longo do tempo, tenho recebido muitos
depoimentos de alunos que mudaram a vida
através da robótica, que começaram competindo
no Ensino Fundamental e hoje são formados na
área da tecnologia. Temos até alguns
trabalhando comigo na organização, o que me
deixa completamente realizado, fazendo com que
sinta que estou no caminho certo.
Vejo o meu trabalho voluntário na OBR como uma
oportunidade de impactar a vida dos nossos
estudantes e, através da divulgação e incentivo
da robótica, mostrar um caminho que eles podem
trilhar, desde muito cedo, tornando-se
profissionais competentes.”
Anderson Bruno Santos
Anderson Bruno Santos é formado em Educação
Física Plena, pós-graduado em Tecnologia da
Informação e pós-graduando em Engenharia
Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 13
ROBÓTICA
BIÔNICA
ETAPAPARA
E ROBÓTICA
TODOS
CONHECIMENTO
NACIONAL
Elétrica. Começou na OBR como técnico da
equipe Cyberzukas, em 2014.
“Hoje, atuo na OBR na organização e como
narrador/apresentador, fazendo com que as
crianças fiquem calmas e tranquilas para que
seus dias nos torneios sejam inesquecíveis. E,
contribuo em tudo que for preciso para a
realização de cada evento!
Eu e a Amanda (namorada do Anderson, também
voluntária da OBR que está nesta matéria!) nos
conhecemos em torneios e vivemos tecnologia e
educação no nosso dia a dia desde sempre, pois
somos de famílias de educadores. O fato de
atuarmos juntos nos torneios é incrível, porque
podemos compartilhar das mesmas
experiências, fazendo nosso papel de
incentivadores e crescendo juntos.
Sei que a OBR caminha junto com o voluntariado
e é extremamente importante que surjam cada
vez mais voluntários. Faço esse trabalho de
coração e espero que consiga incentivar cada vez
mais voluntários por esse Brasilzão!
Não e só ver a teoria ser colocada em prática, que
por si só já seria fantástico, mas quando vejo os
estudantes crescendo pessoalmente, e
ex-competidores seguindo carreiras
profissionais e empenhados, vejo como tudo
valeu a pena e quanto fez diferença na vida de
cada um.”
Amanda Fonseca Christovam
Amanda Fonseca Christovam é Licenciada em
Artes, pós-graduada em Tecnologia da
Informação e pós-graduanda em Engenharia
Elétrica. Começou na OBR como técnica de
equipe, em 2014.
“Hoje, atuo na OBR como parte da organização e
juíza chefe, com formações de juízes,
esclarecimento de regras e no que for preciso
para que a Olimpíada continue acontecendo e
transformando vidas!
Eu e o Anderson (namorado da Amanda, também
voluntário que está nesta reportagem!) nos
conhecemos em torneios de robótica. Nossas
vidas foram construídas a partir da educação
(somos filhos e netos de professores) e da
robótica, somos apaixonados pela forma de
ensinar a partir da tecnologia. Que felicidade
14 • Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
compartilhar esses momentos e torneios, faz
parte da nossa história, das nossas vidas!
Ficamos muito felizes fazendo esse trabalho
juntos!
Entendo a importância do trabalho voluntário
para transformar a educação, transformando
vidas. As experiências vividas por uma criança
que participa dos torneios fazem toda a diferença
no futuro delas, nas escolhas profissionais e,
com certeza, na gestão emocional. Saber disso
já faz todo trabalho e dedicação valer a pena!
Acredito que a OBR seja uma parte
importantíssima na educação, trazendo tantos
aprendizados técnicos e um crescimento pessoal
enorme para cada uma das crianças e
adolescentes que participam. Faz com que toda
teoria vista em sala de aula seja realizada na
prática. Fico muito feliz em fazer parte desse
processo!”
Luan da Costa Redmann
Luan da Costa Redmann é graduando em Análise
e Desenvolvimento de Sistemas. Conheceu a
OBR em 2018, através da professora Sarah, que
ministrava aulas de Matemática Discreta para
sua turma.
“Comecei dando suporte voluntário como
supervisor. Basicamente, tirava dúvidas do
público e cuidava para que ele não chegasse à
área de competição. Hoje, eu sou juiz voluntário.
Para mim, é muito interessante lidar com aqueles
pequenos competidores, pois eu quero ser
professor e, quando os robôs não cumprem
alguma das tarefas, temos que lidar também com
a frustação dos participantes. A orientação que
recebemos aponta para buscar a motivação nas
crianças mesmo nesses cenários, cultivando
pensamentos otimistas e despertando a vontade
de continuar tentando.
É uma experiência pedagógica que, com toda a
certeza, vai acrescentar no trato com meus
futuros alunos, mesmo que sejam adultos.”
Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
CONHECIMENTO
ROBÓTICA
BIÔNICA EPARA
ROBÓTICA
TODOS

Cristian Haas Fretes Ikaro Campos de Araújo

Ikaro Campos de Araújo é graduado em Sistemas

Cristian Haas Fretes é formando em Engenharia
de Informação, mestre em Engenharia
de Software, começou na OBR em 2014, como
Mecatrônica e doutorando em Engenharia
competidor.
Mecatrônica. Começou na OBR em 2015, como
juiz de arena, na Estadual Bahia. Desde então,
“Quando eu estava no Ensino Fundamental, tive
são sete anos ininterruptos de participação na
um curso de programação para participar da
OBR, incluindo Etapas Estaduais e Nacionais.
Etapa Prática da OBR. Nesse curso, em 2012, tive
contato com a universidade e comecei a ter um
“Este ano, ajudei na OBR como juiz de premiação
pouco da ideia da área da Computação. Em 2013,
extra (Categoria Responsabilidade Social e
entrei no Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
Divulgação Científica) e fui o coordenador local e
- IFMS e logo procurei saber como entrar na
juiz chefe no Estadual Sergipe. Trabalhei também
robótica. A equipe do Instituto já havia ido uma
nas estaduais de outros estados.
vez para a Etapa Nacional e, no mesmo ano, iria
pela segunda vez. Enfim, passei no processo
Como juiz de premiação extra, tenho a atribuição
interno, entrei na robótica! E, em 2014, 2015 e
de avaliar os vídeos das equipes que se
2016 fui campeão Estadual e disputei as finais
inscreveram na categoria. Para isso, avaliamos
Nacionais. Tudo aquilo era incrível para um
itens como atividades para ampliar a
menino que nunca tinha saído da sua cidade
participação de meninas na robótica e
(Ponta Porã – MS) e, do nada, estava viajando o
tecnologia; participação em feiras e mostras,
Brasil para fazer algo que gosta.
palestras, entre outras e busca de apoio de
empresas privadas para financiamento das
Foi então que quis levar essa oportunidade para
atividades.
mais pessoas. Reuni essa vontade com a
obrigatoriedade de fazer estágio no IFMS e, em
Como juiz chefe, tenho a função de dar o
2016, iniciamos a robótica na escola do bairro
treinamento e acompanhar as avaliações dos
onde fiz o Ensino Fundamental. A maior alegria
juízes de arena, esclarecendo e cuidando de
não foi ser campeão naquele ano, mas ver os
possíveis dúvidas que surgir sobre as regras,
meus alunos terem a mesma sensação que tive,
principalmente as advindas de equipe,
antes mesmo de saírem do Ensino Fundamental.
garantindo um processo de avaliação isonômico.
Naquele ano, eles venceram e viajamos juntos
Como coordenador local, tenho a atribuição de
para a Etapa Nacional, em Recife.
organizar e gerenciar toda a Etapa Estadual.
Hoje, sou juiz na OBR. Posso ajudar com a minha
Desde o contato e acompanhamento das
experiência como competidor e, como muitos me
equipes, inscrições, esclarecimento de dúvidas,
conhecem das competições, consigo entender as
formação de toda a equipe que vai auxiliar na
dúvidas e preocupações e passar maior conforto
competição e demais organizações do evento.
na tensão que eu sei que os jovens ficam.
Esta é a oportunidade que tenho para auxiliar
Como juiz, preciso ser técnico e ao mesmo
adolescentes e pré-adolescentes, de escolas
tempo transmitir paz, porque sei que aqueles
públicas e privadas, a se encantarem com o
jovens batalharam o ano inteiro e que robôs são
mundo da robótica. É uma Olimpíada que não só
máquinas que, às vezes, não reagem conforme
incentiva o desenvolvimento do conhecimento,
queremos. E, como ex-competidor, posso ser
como também trabalha bastante com a lógica e
referência de onde podemos chegar e mostrar
desenvolve o aprendizado nas disciplinas de
que há perspectivas na área. Hoje, possuo uma
exatas, como matemática e física.
empresa de Software em que aplico muito dos
conhecimentos aprendidos ao longo dos anos de
Também, buscamos criar um ambiente de
contato com a robótica.”
competição saudável, em que incentivamos as
equipes e seus membros a trabalharem em
conjunto, não simplesmente com o objetivo de
ganhar um do outro, mas de desenvolverem
(todos e todas) o conhecimento. Compartilharem

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 15

ROBÓTICA
BIÔNICA
ETAPAPARA
E ROBÓTICA
TODOS
NACIONAL
entre si, superando os desafios e criando uma
comunidade cada vez maior e melhor. Em todos
os sentidos.
Para os estudantes, vejo a OBR como uma
oportunidade de conhecerem esse mundo que
antes era muito restrito. É uma área em que
podem se desenvolver e aplicarem o
conhecimento nas mais diversas soluções para o
Luis Vila, presidente da Red Dragons
A Red Dragons é um grupo de extensão da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar),
fundada no ano de 2014 e composta
majoritariamente por alunos dos cursos de
graduação da universidade. O grupo foi criado
com o objetivo de competir na Latin American
Robotics Competition (LARC), na categoria Very
Small Size Soccer (VSSS). Contudo, com o passar
dos anos, a equipe foi expandindo sua atuação
abrangendo um novo papel social com o projeto
Robótica na Escola – RE, que vem fomentar o
conhecimento e o interesse em robótica nas
escolas públicas da região de São Carlos.
“Desde 2016, membros da equipe Red Dragons
participam como voluntários na Etapa Regional
da Modalidade Prática, que acontece em São
Carlos, atuando como juízes e apoio à
organização local. Desde 2017, a equipe
começou a colaborar também na elaboração e
validação de questões para as provas da
Modalidade Teórica. Em 2022, com o retorno das
atividades presenciais da OBR e um novo local de
realização da etapa regional, a Red Dragons se
mobilizou em todas as suas instâncias e
participou ativamente, agora oficialmente como
equipe, de todas as etapas de organização do
evento. Trabalhamos como voluntários na
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Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022
mundo. E o ambiente de trabalho em equipe (e
entre equipes) é algo que desenvolve cada um
como ser humano, para que possam trabalhar em
conjunto, superar as dificuldades e criar,
futuramente, um ambiente saudável de trabalho,
independente da profissão que forem seguir. É
um aprendizado que levam para a vida e que
agrega muito valor para eles.”
montagem das arenas, no treinamento dos
juízes, na organização dos acessos, no
julgamento e na animação das rodadas e no
fechamento da competição, coroada com duas
emocionantes cerimônias de premiação.
A equipe continua atuando na elaboração de
questões para a Modalidade Teórica da
Olimpíada, além de auxiliar na organização do
evento através da participação ativa na
confecção das arenas, arbitragem dos
competidores em todos os níveis e na sua
apresentação. Pretendemos continuar atuando
na competição regional, atraindo novos
competidores na região e fomentando cada vez
mais a robótica como um todo.
Este trabalho voluntário é muito importante para
os participantes da OBR, pois, como os membros
da Red Dragons são estudantes, esse contato
direto serve como incentivo para continuarem na
carreira de robótica e que, com os conceitos e
competências desenvolvidas na competição com
os kits de robótica, possam seguir cada vez mais
longe. Além disso, é essencial essa proximidade
da universidade com a população,
principalmente com estudantes das escolas
públicas, cujo acesso a essas oportunidades é
mais restrito.”
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ROBÓTICA
DEPARA
ETAPA OLHO!TODOS
NACIONAL

Nossa coluna social está sendo um

sucesso e todo mundo quer um
espacinho aqui na Revista. E esse é o
nosso objetivo, aproximar nossos
estudantes e representantes de todo
o país.

Quer ver sua foto na próxima edição?

É só postar uma foto bem legal da
sua participação nas provas das
Modalidades Teórica e Prática de
2022 , ou da sua equipe e marcar a
Hashtag #RevistaMundoRobótica.

Mundo Robótica - Revista Oficial da Olimpíada Brasileira de Robótica • 17

 ETAPA NACIONAL
ROBÓTICA PARA TODOS Mundo Robótica, São Carlos-SP, VOL. 9, Nº24 – abr/ago - 2022

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