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Probabilidade

Profª Lívia S.Ribeiro


O que devemos aprender?

REGRAS DE PROBABILIDADE REGRAS DA EVENTOS EVENTOS PROBABILIDADE


CONTAGEM DE EVENTOS PROBABILIDADE MUTUAMENTE INDEPENDENTES CONDICIONAL
EXCLUSIVOS
Por que estudar Teoria das Probabilidades?

• O estudo da probabilidade é de grande importância para a tomada de

decisões em nossa sociedade. Conhecemos como probabilidade a área

da matemática que estuda a chance de um determinado evento

acontecer.

* para dar a base matemática ao estudo da Inferência Estatística

* para servir de apoio à decisão (quantificação da incerteza)


Probabilidade como base da “Inferência Estatística”

- não é possível tirar conclusões, a partir de um único caso, já que a


variabilidade entre as pessoas é muito grande; por outro lado, não é possível
examinar toda a população

- grande parte da pesquisa é feita utilizando-se amostras

- qualquer resultado obtido numa amostra é incerto; o que podemos fazer é


buscar resultados altamente prováveis.

- como tirar conclusões a partir de uma amostra ? Usando a teoria de


Inferência Estatística, que se baseia na Teoria das Probabilidades.
Probabilidade como apoio à decisão

O resultado de quase qualquer ação (teste, exame, intervenção,


procedimento, etc.) é incerto; nunca podemos ter certeza do resultado. O que
podemos é analisar as probabilidades e escolher as ações que tem mais
probabilidade de terem bons resultados.
Por que estudar
Probabilidade?
• O e stu d o da p r ob a b i l i d a d e no c o ti di a no, o c o r re u
d ura nte a p a nd e mi a d e C OVID -1 9 , a s si m c o m o p ode
o c o r re r e m out ra s p o s sí ve i s f u tu ra s p a n d e m i a s , ne l a
f e rra me nt a s d a e s ta tí s ti ca e d a p r oba bi li da de sã o
u ti l i za da s pa ra pr e ve r - se o c om p or ta me nt o da
t ra n s mi s s ã o d a d o e n ç a n a s p r ó x i ma s s e m a n a s .

• É c om ba se na pr o ba bi li da de que se fa z as
e sti ma ti va s pa ra que o s g ove r na d o re s e p re fe i t o s
t om e m pr ovi dê nci a s e m re l a ç ã o a o a fr o ux a me nt o ou
e n d u r e ci me nto d e m e d i d a s d e i s o l a me n to s o c i a l .

• Pa ra c om pre e n de r o cá l c ul o d a pr o ba bi l i da de , a nte s,
p re ci s a m o s d omi na r a l g un s c o n c e i t o s, c o m o e spa ço
a m o s t ra l , e ve n t o e e x p e ri me n to a l e a tó ri o .

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC


Experimento aleatório probabilístico

É o e x pe ri me nt o que , a o se r re a l i za d o vá ri a s ve ze s na s me sma s c on diç õ e s, a i n d a si m,


g e ra u m r e s u l t a do i m p re vi s í ve l .

E st a m o s ce r ca d o s d e e x pe ri me nt o s a l e a t óri o s n o n o s s o c oti di a n o, p or e xe mpl o, a o


r e a l i za rm o s o l a n ça me n t o d e um d a d o c o mum , a i n da que se ja p os sí ve l c a l c u l a r a
c ha n ce d e c a d a um d o s re sul t a d o s o c or re r, é i mp o ssí ve l te rm o s , c om p re ci s ã o, o
r e s u l t a do d o l a n ç a m e n t o.

A o l a n ça rm o s o da d o uma ve z e ob te rm o s, p o r e xe mpl o, 1 c omo re s ul ta d o, a o


r e a l i za rm o s um n ovo l a nç a me nt o, r e s pe i ta nd o a s m e sma s c o ndi ç õe s , o re sul ta do
c o n t i n ua s e n d o i m p re vi s í ve l , e l e p o d e o u n ã o s e r 1 n ova m e n te .

Re a l i za r um a ci ru rg i a c o m uma de t e rmi na d a té c ni ca e o b s e r va r s e o pa ci e n te f i c a l i vre


d o s s i n t o ma s a p ó s u m m ê s .
Exemplos

Exemplos nas ciências exatas:

- erro de medição (erros aleatórios e sistemáticos)

Exemplos nas ciências da vida:

- resultados do cruzamento de ervilhas de Mendel

- propriedades de um exame laboratorial ( sens., VPP, VPN)


Porque estudar experimentos aleatórios?

- Porque existe uma regularidade ou padrão, que só se manifesta quando o


experimento é repetido um grande número de vezes (“regularidade
estatística”).

- A probabilidade nos permite fazer previsões aproximadas sobre o resultado


de um grande número de repetições de um experimento; mas não diz muito
sobre o que acontece com cada repetição individual, ou com uma pequena
quantidade de repetições.
Ponto amostral

É um elemento que pertence ao


espaço amostral, ou seja, um entre
os vários resultados possíveis do
experimento aleatório.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


Espaço amostral (Ω)

O co n j u n to d e to d o s o s r e s u l ta do s p o s s í veis d e u m ce r to f e n ô me no a l e a tó rio .

E xe m p lo s :

1 . U m a m o e d a é l a n ça d a d u a s ve ze s e o b s e r va m - s e a s f a ce s o b ti d as

Ω = { C C , C R, RC , RR}

o n d e a q u i C é ca ra e R c o r o a .

2 . U m a m oe d a é l a n ça d a co n s e cu ti vame nte a té o a p a r e cim ento d a p r i m eira ca ra :

Ω ={ C , RC , RRC ,RRRC, ...}


Os subconjuntos do espaço amostral
são chamados de eventos e são

Evento representados por letras maiúsculas


(A, B, C, ...).
Classificando os tipos de probabilidade

Probabilidade clássica: usada quando cada resultado no espaço amostral tem a mesma
probabilidade de ocorrer. A probabilidade é baseada no conhecimento prévio do processo
envolvido.

Probabilidade empírica: baseia-se em observações obtidas de experimentos aleatórios. Os


resultados são baseados em dados observados e não no conhecimento prévio do processo.
De acordo com a Lei dos grandes números, a medida que um experimento é repetido mais e
mais vezes, a probabilidade empírica (frequência relativa) de um evento tende à sua
probabilidade real.

Probabilidade subjetiva: intuição estimativa ou palpite. Normalmente baseada em


experiência no passado, opinião pessoal ou análise de algum indivíduo. Pode ser útil, quando
não há possibilidade de utilização da probabilidade clássica ou empírica.
Conceito inicial: o que é probabilidade?

A probabilidade é um número entre 0 e 1 que mede quão incerta é a ocorrência


de um evento.

P = 1 → a ocorrência é certa

P = 0 → a não-ocorrência é certa.

P = 0.5 → a ocorrência e a não-ocorrência têm a mesma probabilidade


Cálculo da probabilidade - Exemplo

Joga-se um dado de 6 lados. O evento B é obter um 4. Qual a


probabilidade de isso acontecer?
Cálculo da probabilidade - Exemplo

Joga-se um dado de 6 lados. O evento B é obter um 4. Qual a


probabilidade de isso acontecer?
Probabilidade do complemento do evento

Sabendo que um evento pode ocorrer ou não.

Sendo p a probabilidade de que ele ocorra (sucesso) e q a


probabilidade de que ele não ocorra (insucesso), para um mesmo
evento existe sempre a relação:
Eventos complementares - Exemplo

Se você jogar um dado e considerar como A o evento “o número é pelo


menos 5”. Em outras palavras A = {5,6} e A’ = {1,2,3,4}
Eventos complementares - Exemplo

Se você jogar um dado e considerar como A o evento “o número é pelo


menos 5”. Em outras palavras A = {5,6} e A’ = {1,2,3,4}
Eventos complementares - Exemplo

Você levanta uma amostra de mil funcionários em uma companhia e registra a idade de cada
um. Os resultados estão na tabela a seguir, qual a probabilidade de escolher ao acaso um
funcionário que não tenha entre 25 e 34 anos de idade?

Idade dos funcionários Frequência


15 a 24 54
25 a 34 366
35 a 44 233
45 a 54 180
55 a 64 125
65 ou mais 42
Eventos complementares - Exemplo

Você levanta uma amostra de mil funcionários em uma companhia e registra a idade de cada
um. Os resultados estão na tabela a seguir, qual a probabilidade de escolher ao acaso um
funcionário que não tenha entre 25 e 34 anos de idade?

Idade dos funcionários Frequência


15 a 24 54
25 a 34 366
35 a 44 233
45 a 54 180
55 a 64 125
65 ou mais 42
Probabilidade Condicional

É a probabilidade de ocorrer um evento, dado que um outro evento já ocorreu . A


probabilidade condicional de o evento B ocorrer, d ado que o evento A já ocorreu é
denotado por P(A|B) .

Duas car tas são selecionadas em sequência em um baralho com um . Determ ine a
probabilidade de a segunda ser um a d am a, dado que a primeira foi um rei . (assum a
que o rei não foi recolocado)
Probabilidade Condicional

É a probabilidade de ocorrer um evento, dado que um outro evento já ocorreu . A


probabilidade condicional de o evento B ocorrer, d ado que o evento A já ocorreu é
denotado por P(A|B) .

Duas car tas são selecionadas em sequência em um baralho com um . Determ ine a
probabilidade de a segunda ser um a d am a, dado que a primeira foi um rei . (assum a
que o rei não foi recolocado)
Eventos independentes

Dizemos que dois eventos são independentes quando a realização ou


não realização de um dos eventos não afeta a probabilidade da
realização do outro e vice-versa.

Assim, sendo p 1 a probabilidade de realização do primeiro evento e


p 2 a probabilidade do segundo evento, a probabilidade de que tais
eventos se realizem simultaneamente é dada por:
Eventos independentes - Exemplo

Um dado e uma moeda são lançados simultaneamente . Qual a


probabilidade de obtenção de cara e seis?
Eventos independentes - Exemplo

Um dado e uma moeda são lançados simultaneamente . Qual a


probabilidade de obtenção de cara e seis?
Eventos Mutuamente Exclusivos

Dizemos que dois ou mai s eventos são mutuamente exclusivos quando a


realização de um exclui a realização do(s) outro(s ) .

Assim, no lançamento de uma m oeda, o evento “ti rar cara” e o evento “ti rar
coroa” são mutuamente ex clusivos , já que, ao se realizar um deles, o outro
não se realiza.

Se dois ev entos são mutuamente exclusivos , a probabilidade de que um ou


outro s e realize é i gual à s oma das probabilidades de cada um deles se
realize:
Regras de Contagem

É a par tir dele que se desenvolveram os demais conceitos dessa


área e as fórmulas de fatorial, combinação, arranjo, permutação.
Entender esse princípio é essencial para compreender situações que
envolvem contagem.

Esse princípio af irma que, se eu preciso tomar mais de uma decisão


e cada uma delas pode ser tomada de x, y, z maneiras, para
sabermos a quantidade de formas que essas decisões podem ser
tomadas simultaneamente, basta calcular o produto dessas
possibilidades .
O que é o princípio fundamental da
contagem?

O princípio fundamental da contagem é uma técnica para


calcularmos de quantas maneiras decisões podem combinar -se. Se
uma decisão pode ser tomada de n maneiras e outra decisão pode
ser tomada de m maneiras, o número de maneiras que essas
decisões podem ser tomadas simultaneamente é calculado pelo
produto de n · m

Essa regra pode ser estendida para um número qualquer de eventos


que ocorram em sequência.
Exemplo

Quantas placas de automóvel você pode fazer considerando que


uma placa consiste em:

1. Três letras (em 26), que podem ser repetidas?

2. Três letras (em 26), que não podem se repetidas?


Exemplo

Quantas placas de automóvel você pode fazer considerando que


uma placa consiste em:

1. Três letras (em 26), que podem ser repetidas?

2. Três letras (em 26), que não podem se repetidas?


Permutação

Uma permutação é um arranjo ordenado de objetos. O número de permutações


diferentes de n objetos é n!

n! = n. (n-1) . (n-2) . (n-3) ....

Exemplo: A fila inicial para um time de beisebol tem nove jogadores. De quantas
maneiras diferentes pode-se definir a ordem dos batedores.
Permutação

Suponha que você queira escolher alguns objetos em um grupo e coloca-los em


ordem. Essa ordenação é chamada de permutação de n objetos tomando r a cada
vez.

𝑛!
𝑃𝑟 =
𝑛−𝑟 !
Onde r ≤ n

Exemplo: Determine o número de maneiras de formar códigos com três dígitos sem
que eles sejam repetidos.
Permutação

Suponha que você queira escolher alguns objetos em um grupo e coloca-los em


ordem. Essa ordenação é chamada de permutação de n objetos tomando r a cada
vez.

𝑛!
𝑃𝑟 =
𝑛−𝑟 !
Onde r ≤ n

Exemplo: Determine o número de maneiras de formar códigos com três dígitos sem
que eles sejam repetidos.
Combinações

Uma combinação é uma seleção de r objetos, sem que tenha impor tância a ordem denotada
por n C r.O número de combinações de objetos selecionados em um grupo de n objetos é:

𝑛!
n 𝐶𝑟 =
𝑛 −𝑟 !𝑟!

Exemplo: Um depar tamento de transpor te estadual planeja desenvolver uma nova seção de
uma estrada interestadual e recebe 16 propostas para o projeto. O estado planeja
contratar quatro das companhias que f izeram ofer tas. Quantas combinações diferentes das
quatro companhias podem ser selecionadas a par tir das 16 que f izeram propostas?
Agora vamos aos exercícios

Os exercícios são de fixação, sem campo para entregar.

Aproveite para fazer os exercícios e se prepare para as


avaliações.

Bons estudos

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