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Introdução
"Sou manso...”
"... e humilde..."
0
CORAÇÃO
DE
CRISTO NO CÉU
Para com
Pecadores na Terra
Ou
UM TRATADO
DEMONSTRANDO
A disposição graciosa e tenra afeição de Cristo na
sua natureza humana, agora na glória, para com
seus membros sob toda espécie de enfermidades,
seja no pecado, seja na miséria.
0 que é interceder?
Em termos gerais, interceder significa que um terceiro se
coloca entre duas partes e argumenta em prol de uma na
presença da outra. Pense em um pai intercedendo por seu filho
a um professor ou um agente intercedendo a uma franquia por
um atleta.
Então, o que a intercessão de Cristo significa? Quem são as
partes envolvidas? Por um lado, há Deus o Pai e, pelo outro,
nós crentes. Mas por que Jesus precisaria interceder por nós?
Afinal, nós não fomos completamente justificados? 0 que
Cristo ainda precisa pedir em nosso favor? Ele já não fez tudo
que precisamos para nos remir completamente? Em outras
palavras, será que a doutrina da intercessão celestial de Cristo
quer dizer que faltou algo na obra expiatória na cruz? Se
podemos falar da obra completa de Cristo na cruz, então a
doutrina da intercessão sugere que a cruz, na verdade, foi
incompleta?
A resposta é que a intercessão aplica o que a expiação
conquistou. A intercessão celestial de Cristo no presente em
nosso favor reflete a plenitude, vitória e com pi et u de de sua
obra terrena, e não a sua falta. A expiação alcançou a nossa
salvação; a intercessão é a aplicação momento a momento
dessa obra expiatória. No passado, Jesus fez o que hoje ele
clama; hoje, ele clama sobre o que ele fez. E por isso que o
Novo Testamento liga justificação e intercessão em textos
como Romanos 8.33-34: "Quem trará alguma acusação contra
os escolhidos de Deus? E Deus quem os justifica; quem os
condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou, pelo contrário,
quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de
Deus e também intercede por nós." A intercessão é um
“atualizar" constante da nossa justificação na corte celestial.
Indo mais fundo, a intercessão de Cristo reflete como o seu
resgate é profundamente pessoal. Se
conhecêssemos apenas a morte e a ressurreição de Cristo,
mas não a sua intercessão, seríamos tentados a ver a nossa
salvação em termos excessivamente formais. Pareceria bem
mais mecânico do que é verdade para quem Cristo realmente
é. A sua intercessão por nós reflete o seu coração — o mesmo
coração que o motivou a viver e a morrer por seu povo é o
coração que hoje se manifesta num pedir, lembrar e prevalecer
constante por seu Pai para que sempre sejamos bem-vindos.
Isso não significa que o Pai é relutante a nos receber ou que
o Filho tem uma atitude mais amorosa para conosco do que o
Pai (vamos desenvolver isso no capítulo 14). A obra expiatória
do Filho foi um acordo prazeroso entre Pai e Filho na
eternidade passada. A intercessão do Filho nao reflete a frieza
do Pai, mas o puro candor do Filho. Cristo não intercede por
nós em razão do coração do Pai ser duro para conosco, mas
sim porque o coração do Filho transborda em nossa direção. E
o prazer mais profundo do Pai é dizer sim ao pedido do Filho
em nosso favor.
Pense em um irmão mais velho torcendo por seu irmão
caçula numa corrida. Mesmo se, na reta final, o caçula estiver
na liderança e certamente prestes a ganhar a corrida, será que
o irmão mais velho iria se sentar, se acalmar e se calar
contente? De jeito nenhum — ele está gritando a plenos
pulmões exclamações de motivação, afirmação,
comemoração, vitória e solidariedade. Ele não consegue ficar
quieto. É o mesmo com nosso irmão mais velho.
John Bunyan escreveu um livro inteiro sobre a intercessão
celestial de Cristo chamado Christ a Complete Savior [Cristo,
um Salvador completo], A certa altura, ele explica como a
doutrina da intercessão trata do coração de Cristo. Há um
aspecto objetivo na nossa salvação, o que Bunyan considera
fazer parte da justificação: Deus "nos justifica, não por nos dar
novas leis ou se tornando o nosso exemplo ou por nós o
seguirmos, mas por seu sangue derramado por nós. Ele
justifica ao nos dar, e não ao tirar de nós."34 Porém, soma- se a
esse aspecto objetivo do evangelho uma realidade subjetiva.
Observe como Bunyan a descreve:
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno
de mim
Mateus 10.37
Quem é Deus?
Se fôssemos escolher apenas uma passagem do Antigo
Testamento para responder a essa questão, seria difícil evitar
Êxodo 34. Deus está se revelando a Moisés, fazendo com que
sua glória passe por ele, depojs de colocá-lo na fenda da rocha
(Êx 33.22). Nesse momento crítico, lemos:
Mas esse amor e graça não são muito básicos? Nós cristãos
já não sabemos disso?
Sim e não. Em Gálatas 3.10, Paulo fala algo tão
impressionante que é fácil perder. O texto em português diz
que: "todos os que são das obras da lei estão debaixo de
maldição." A passagem continua e explica que isso acontece
porque, se formos tentar nos justificar por nossa performance,
ela precisará ser perfeita. Depois de assinar o pacote da lei
para a salvação, a menor falha acaba com todo o projeto.
Vamos considerar o que Paulo quer dizer quando fala: "todos
os que são das obras da lei estão debaixo de maldição'1Ç3.10).
O texto literalmente enfatiza o que e ser das obras. Paulo usa a
mesma frase em Romanos 9.32 quando trata de Israel
perseguir a lei "como que das obras" (ARA). Paulo não diz que
aqueles que fazem as obras estão debaixo de maldição. Ele diz
que quem é das obras está debaixo de maldiçao. Sem dúvida
há um ponto em comum aqui e, em certa medida, se inclui o
fazer. Mas ele fala de ser das obras.
Paulo está expondo_quem mais profundamente somos. Nao
é o que você acredita doutrinariamente. Mas sim do que você
é. Ser das obras nao é deixar de fazer. É marchar na direção
errada. É um certo espírito, um espírito de legalidade.
À medida que o evangelho se aprofunda em nós no decorrer
do tempo, e entramos mais fundo no coraçao de Cristo, uma
das primeiras cascas da nossa velha vida que o evangelho
perfura é o fazer de obras para a aprovação. Mas há um outro
nível mais profundo, um nível de instinto ou "de ser daquilo",
que precisa ser desconstruído e abandonado também.
Podemos passar o dia todo anunciando a futilidade de fazer
boas obras para agradar a Deus, enquanto isso dizemos a
coisa certa a partir de um coração "das obras”. E_ o nosso
natural "ser das obras" reflete nao só uma resistência à
doutrina da justificação pela fé, mas também, ainda mais
profundamente, uma resistência ao próprio coração de Cristo.
Até o fim
Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o
fim
J oão 13.1
Mas por que ele passaria por isso? Por que ele passaria pelo
terror da
condenação infernal quando era a única pessoa que não
merecia?
O texto nos diz. "Tendo amado os seus [...] amou-os até ao
fim." Bunyan nos introduz as dinâmicas de seu amor:
E isso é bíblico?
Já consideramos em nosso estudo a expressão "rico em
misericórdia" em Efésios 2.4. Você já parou para observar o
que Paulo diz, no final dessa longa sentença (v. 7), ser a razão
suprema da nossa salvação? Olha o que ele diz, depois de
delinear nosso desesperador diagnóstico, quando deixados por
conta própria:
E AGORA?
Vá a ele. Tudo que isso quer dizer é se abra a ele. Deixa ele
te amar. A vida cristã
se reduz a dois passos:
1. Vá a Jesus.
2. Repita o n. 1