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Descrição de chapéuGOVERNO LULA  FORÇAS ARMADAS

Múcio fala em fratura


na relação com
Exército ao oficializar
troca de comando
Ministro da Defesa fez um pronunciamento relâmpago no
Planalto; sai o general Arruda, entra general Tomás
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21.jan.2023 às 19h56Atualizado: 21.jan.2023 às 20h56

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Marcelo RochaRanier Bragon


BRASÍLIA
O ministro da Defesa, José Múcio, oficializou, na noite deste sábado (21), em
uma fala de 1 minuto, a troca no comando do Exército, após a decisão do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de demitir do posto de comandante
do Exército, o general Júlio Cesar de Arruda.
Afirmando ter havido uma "fratura" na relação de confiança com a Força,
Múcio disse que a decisão pela troca teve o objetivo de estancar o problema
"logo no início".
"Evidentemente que com esses últimos episódios, a questão dos
acampamentos, a questão do [ataque] dia 8 de janeiro, as relações no comando
do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que
podíamos estancar isso logo no início", disse Múcio no breve discurso ao lado
do novo comandante, que não se pronunciou.
Foi escolhido para o posto do atual comandante militar do
Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro
Paiva.

Lula cumprimenta o novo comandante do Exército, o general Tomás


Ribeiro Paiva - Ricardo Stuckert/Divulgação
A Fala de Múcio ocorreu no Palácio do Planalto após reunião entre ele, Lula,
o novo comandante e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O titular da Defesa
afirmou que a passagem do posto ocorrerá na próxima semana.
Em seu perfil no Twitter, Lula publicou foto cumprimentando o novo
comandante e disse desejar "um bom trabalho ao general".
A reunião foi realizada assim que Lula desembarcou da viagem que fez neste
sábado a Roraima para acompanhar a situação na terra indígena yanomami,
que tem atualmente crianças e idosos em estado grave de saúde,
principalmente com desnutrição grave, malária e infecções respiratórias.
A troca no Exército, a principal das três Forças Armadas, ocorreu em meio a
uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.
Arruda tinha sido nomeado para o comando da Força em 28 de dezembro,
antes da posse de Lula como presidente. Ele havia sido escolhido por critério
de antiguidade pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não
demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as
desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do
Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do
Congresso. Arruda relutou em expor o Comando Militar do Planalto, que no
mínimo falhou no dia 8.
Arruda convocou reunião na manhã deste sábado com o Alto-Comando da
Força para confirmar ao generalato a decisão de Lula. Três generais que
participaram da reunião virtual afirmaram à Folha que Arruda não deixou
claro qual teria sido a principal motivação para sua demissão.
Ele disse, segundo os relatos, que, na sexta-feira (20), passou horas junto com
Lula em reunião que foi considerada produtiva sobre investimentos em
projetos estratégicos na área da defesa.

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