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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na noite deste sábado (21), nas redes
sociais, que o agora ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda adotou uma
postura de "insubordinação inadmissível" diante dos ataques à democracia.
"O presidente Lula atuou mais uma vez com firmeza para garantir a Constituição
Federal e as prerrogativas de comandante das Forças Armadas. O comportamento do
ex-comandante do Exército caracterizou insubordinação inadmissível perante ameaças à
democracia e de partidarização da Força", afirmou Gleisi na internet.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou
disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em
relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF
(Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.
"A democracia rejeita qualquer tutela sobre os poderes civis que emanam do voto
popular. Crise haveria se o presidente Lula não tivesse atuado em defesa da
Constituição", completou Gleisi.
De acordo com relatos de aliados de Lula e generais ouvidos pela Folha, a gota d'água
para exoneração foi Arruda ter resistido ao pedido de Múcio para que o tenente-coronel
Mauro Cid fosse retirado do comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).
Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e, como a Folha revelou, entrou na
mira da Polícia Federal após serem identificadas transações suspeitas no gabinete do
mandatário. O militar está nos EUA com o ex-presidente.