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Semanal | 9.2.2024
Mand a n t e s d o
golpe n a m i r a
da PF
97
/ Capa
MANDANTES DO GOLPE NA MIRA DA PF
3 | O dia em que a casa caiu..., por Henrique
Rodrigues
/ Política
edição #97
/ Global
41 | Quem foi Sebastián Piñera, por Raphael
Sanz
/ Brasil
51 | É carnaval!, por Francisco Fernandes Ladeira
/ Crônica
58 | Aquele velho amor do passado... outra
vez, por Antonio Mello
63 / Expediente
Foto capa: Montagem
Capa
O DIA
Foto Valter Campanato/Agência Brasil
EM QUE
A CASA
CAIU...
por Henrique Rodrigues
Agora, as figuras que quase afundaram
o Brasil numa ditadura têm nome, CPF e
endereço; quem diz é a PF, após mapear toda
a trama golpista de Jair Bolsonaro
U
ma das mais recorrentes reclamações
dos brasileiros desde o encerramento
do governo de Jair Bolsonaro (PL) é
sobre quando, finalmente, os verdadeiros
articuladores da tentativa de golpe de Estado
frustrada contra o presidente Lula (PT) entrarão
na mira da Justiça. Agora, essa “era” uma
recorrente reclamação, pois o dia chegou.
Quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024. A Polícia
Federal (PF) estava nas ruas de vários estados
brasileiros com dezenas de mandados de
busca e apreensão, além de ordens de prisão,
contra mais de 30 alvos, entre eles as principais
figuras, civis e militares, do antigo “regime” que
sequer conseguiu se instalar para “fora das
quatro linhas da Constituição”, como gosta de
dizer o eterno candidato a tirano.
Era a Operação Tempus Veritatis. Para além
do latim mofado e em bom português, “Hora
da Verdade”. O novo inquérito instaurado foi
Foto Geraldo Magela/Agência Senado
Mauro Cid,
ex-ajudante de
ordens
de Bolsonaro
ex-assessor para
asssuntos
Anderson Torres,
internacionais
ex-ministro
de Bolsonaro
da Justiça
pela PF. Ele dormia na casa da namorada, em
Ponta Grossa (PR), quando a lei resolveu cobrá-
lo. A famigerada minuta golpista que fecharia
o país numa prisão autoritária, aquela mesma
apreendida com o ex-ministro Anderson Torres,
chegou ao Palácio do Planalto pelas mãos
do pupilo que singelamente fez um sinal de
supremacia branca numa sessão no Senado da
República há alguns anos. Ele foi preso.
Aliás, por falar em Anderson Torres, o ex-
chefe da pasta da Justiça no governo passado
e que comandava [à distância, dos Estados
Unidos] a Secretaria de Segurança Pública do
Distrito Federal quando os ataques de 8 de
janeiro de 2023 aconteceram, voltou a receber
a visita da PF por conta da Tempus Veritatis.
Ele já ficou preso por vários meses por seu
envolvimento no esquema golpista.
Fotos Reprodução
Marcelo Câmara, Rafael Martins e Bernardo Romão
FILMES
Direção
Luiz Carlos Azenha
EP.3
Contragolpe
Foto Valter Campanato/Agência Brasil
Política
Bolsonaro
é preso
Quão próximos estamos de ler essa
manchete? Juristas e advogados ouvidos pela
Fórum avaliam impactos da megaoperação da
PF que atinge em cheio o ex-presidente
por Ivan Longo
A
megaoperação da Polícia Federal (PF)
deflagrada na quinta-feira (8), a Tempus
Veritatis, que mirou Jair Bolsonaro, ex-
assessores e militares próximos ao ex-presidente,
inclusive com prisões de três dos investigados,
reacendeu no debate público uma pergunta
que há muito vem sendo feita: Bolsonaro vai ser
preso? Em caso afirmativo, quando?
No despacho em que autorizou
a operação, o ministro
Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal
(STF), destacou trechos
do relatório da PF sobre a
investigação e, no documento,
há fartas evidências e até mesmo
provas materiais de que Jair Bolsonaro, de fato,
articulou uma tentativa de golpe de Estado que,
felizmente, não obteve êxito.
No relatório consta, por exemplo, que
Bolsonaro pediu e aprovou alterações em uma
minuta de decreto que buscava implementar o
golpe. A “minuta do golpe” previa a prisão de
autoridades, como os ministros do STF Alexandre
de Moraes e Gilmar Mendes e o presidente do
Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), intervenção das Forças Armadas no
Judiciário e, finalmente, a convocação de novas
eleições, cujo objetivo era manter o ex-presidente
no poder mesmo após a vitória eleitoral do
presidente Lula em outubro de 2022.
“
Trecho da manifestação da PF
sobre as investigações diz:
“Após a apresentação da nova minuta
modificada, JAIR BOLSONARO teria
concordado com os termos ajustados e
convocado uma reunião com os Comandantes
das Forças Militares para apresentar a minuta e
pressioná-los a aderirem ao golpe de Estado.”
Amanda Cunha
Especialista em ciências penais e
direito eleitoral; coordenadora da
Academia Brasileira de Direito Eleitoral
e Político (Abradep)
“Considerando as
operações da Polícia Federal
no dia de hoje (8), com alvos
sobre ex-ministros do governo
do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais
pessoas de sua confiança, o risco de sua
prisão torna-se cada vez mais concreto.
As operações são um desdobramento das
investigações sobre os atos que ocorreram na
capital federal em 8/1 e a minuta de golpe de
Estado encontrada na casa do ex-ministro da
Justiça Anderson Torres.
Entre os principais indícios de participação de
Bolsonaro e da cúpula de seu governo está a
gravação de uma reunião em que supostamente
o ex-presidente e seus ministros articulavam
uma tentativa de golpe contra o resultado das
eleições de 2022. Essa gravação teria sido
encontrada na casa do tenente-coronel Mauro
Cid, seu ajudante de ordens, também alvo
das investigações e que já realizou delação
premiada com a Polícia Federal.
Caso seja comprovada a intenção de dar um
golpe de Estado, impedir ou restringir o exercício
dos poderes constitucionais, destacadamente
o Legislativo e o Judiciário, o ex-presidente e
demais envolvidos podem, sim, responder por
um ou mais crimes, tendo em vista que o Código
Penal pune esses casos desde a tentativa.
Ou seja, não precisa que os atos cheguem
a ser cometidos ou um golpe de Estado seja
efetivamente concretizado, bastando inclusive
somente a ameaça de fazê-lo.
Além disso, comprovado o conluio de quatro
ou mais pessoas com esse objetivo, podem
também responder pelo crime de organização
criminosa. As penas dos crimes variam
isoladamente entre 4 e 12 anos e, somadas,
podem chegar a ainda mais anos de prisão.”
Pedro Serrano
Advogado, jurista e professor de
direito constitucional e teoria geral do
direito na PUC-SP
Fernando Fernandes
Advogado criminalista, especialista
em direito penal e cientista político
Kakay
Advogado criminalista e jurista
Bolsonaro ou Lira,
quem tem mais
acusações de crimes
no Brasil?
Em que pé estão as acusações contra
o ex-presidente Bolsonaro e o
presidente da Câmara
por Antonio Mello
P
áreo duro. Jogo difícil, embora o ex-
presidente Bolsonaro tenha longa
carreira de acusações contra si, como
as rachadinhas, a Wal do Açaí, o crime de
pesca em área protegida (que ele reverteu,
mas voltou a valer), além de todos os outros
que teriam sido cometidos durante seu
período na Presidência.
As acusações contra Arthur Lira começam
de sua ex-mulher, Jullyene Lins,
que o acusa de tê-la agredido,
estuprado e feito alienação
parental dos filhos, além
de comandar esquema de
corrupção em Alagoas. Sem
contar vários documentos
atestados em cartório que ela diz
provarem que Lira sonegou bens à Receita
Federal e ao TSE, o que acarretaria, de início,
cassação de seu mandato.
A Agência Pública fez longa reportagem e
o site De Olho nos Ruralistas, um dossiê que
confirmariam as acusações da ex-esposa de
Lira. O único resultado das reportagens foi a
censura a ambas, a pedido da defesa de Lira,
embora a censura esteja oficialmente extinta
no Brasil.
No entanto, os dois continuam por aí,
como se as acusações se referissem a outro
Bolsonaro e a outro Lira, não aos dois.
O ex-presidente, agora sem a caneta do
poder, na frente de padaria acenando para os
poucos carros que passam, como boneco de
posto, e lançando produtos como curso e até
um calendário, segundo alguns como forma de
Foto Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, Arthur Lira segue ameaçando o governo
esquentar dinheiro.
Lira, ainda presidente da Câmara, segue
ameaçando o governo, querendo comandar
o orçamento do país. Encosta o governo na
parede, recusa-se a ir a cerimônias oficiais,
ameaça ministros, como se ele fosse o
escolhido com seus pouco mais de 200 mil
votos para governar o país, e não o presidente
Lula com seus mais de 60 milhões de votos.
Deve muito disso à incompetência com
que foi conduzida a investigação do caso
de corrupção escancarada do kit robótica
em Alagoas, que acabou tendo todas as
provas anuladas pelo ministro Gilmar Mendes,
atendendo orientação da PGR (Procuradoria-
Geral da República) de [Augusto] Aras, a pedido
Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
da defesa de Lira.
As provas foram anuladas, mas os crimes
não. Se eles existem — e parecem abundantes
no caso do kit robótica —, que as investigações
sejam feitas agora por quem tem competência
para isso, a Polícia Federal (PF). O que não
pode é ficar impune.
O caso das fazendas que teriam sido
sonegadas, também. Os documentos da
senhora Jullyene Lins são verdadeiros? Houve
sonegação de Lira à Receita e ao TSE?
O que estão esperando? Uma nova crise
institucional? É esse o objetivo? Emparedar
novamente um governo popular para voltar
ao reino do mercado patrão, da continência à
bandeira dos Estados Unidos?w
Foto Marcos Oliveira/Agência Senado
Política
Ramagem e
as milícias
Polícia Federal encontra indícios de
que Alexandre Ramagem contratou milicianos
para sua campanha eleitoral com verba
secreta da Abin
por Mauro Lopes
A
s suspeitas são antigas, mas a história
só agora começa a ser conhecida
mais amplamente.
A primeira vez que o tema subiu à tona foi em
junho de 2022, em pleno governo Bolsonaro,
numa reportagem do jornalista Rodrigo Rangel
no Metrópoles: “Abin usou verba secreta para
atuar em área cobiçada por milícias no RJ”.
Nela, relatava-se uma operação sob
comando de Alexandre Ramagem, delegado
da Polícia Federal (PF) do núcleo duro do
bolsonarismo, durante seu tempo à frente da
Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele
despejara recursos da verba secreta da agência
supostamente “para pagar informantes em
comunidades do Rio de Janeiro dominadas pelo
tráfico de drogas – e onde as milícias que atuam
na cidade têm interesse de entrar”.
A ação foi registrada como “Plano de
Operações 06/2021” nos controles da Abin e hoje
é conhecida nos meios políticos e de segurança/
inteligência apenas como “Operação 06”.
Na reportagem, Rangel apontou o tamanho
e o caráter encoberto da ação: “Como a
operação é custeada com verba secreta, é
difícil rastrear o caminho do dinheiro que está
sendo gasto na operação. A coluna apurou que
o valor total empregado até agora [à época da
reportagem, em 2022] se aproxima de R$ 1,5
milhão — uma cifra considerada alta para os
padrões da agência em ações de campo”.
No fim do texto, o jornalista plantou a
semente de um tema que agora se tornou
uma árvore gigantesca com as investigações
da Polícia Federal: era uma operação eleitoral
Fotos Reprodução vídeo Instagram
Alexandre Ramagem em campanha para deputado federal em 2022
Comissão Mista de
Controle das Atividades
de Inteligência
O que descobri
Na quarta-feira (6), apurei mais informações
que avançam em relação às descobertas de
Rangel e Portinari.
De fato, a Operação 06, iniciada em 2021 e
que teve seu auge em 2022, era uma operação
eleitoral clandestina. Ramagem teria mobilizado
agentes no início de 2022 para contratarem
milicianos da Zona Oeste do Rio de Janeiro para
serem cabos eleitorais de futura campanha.
É o que indicam as investigações recentes da
Polícia Federal.
As desconfianças sobre o caráter da
Operação 06 são partilhadas por diversos
parlamentares integrantes da CCAI (Comissão
Mista de Controle das Atividades de
Inteligência). A comissão deveria exercer
rigoroso controle externo sobre a Abin, mas a
fragilidade do arcabouço institucional brasileiro
faz com que a CCAI não chegue
aos pés de suas congêneres
em outros parlamentos.
Em março de 2023, o
senador Renan Calheiros,
integrante da comissão e
que assumirá sua presidência
nas próximas semanas, enviou um
ofício ao ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil,
a que está subordinada a Abin, com uma série
de questionamentos sobre a Operação 06.
Leia:
“Nos termos do artigo 6º da Lei nº 9.883,
de 7 de dezembro de 1999, que determina o
controle e fiscalização externos das atividades
de inteligência pelo Poder Legislativo, bem
como com base nos artigos 3º, I, 16 e 17, da
Resolução nº 2-CN, integrante do Regimento
Comum do Congresso Nacional, que dispõe
sobre a Comissão Mista de Controle das
Atividades de Inteligência (CCAI), REQUEIRO
ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da
Presidência da República:
Zona Oeste
do Rio de Janeiro
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Foto CHILEAN PRESIDENCY
Global
Quem foi
Sebastián Piñera
Ex-presidente do Chile morreu após
queda do helicóptero que pilotava
por Raphael Sanz
M
iguel Juan Sebastián Piñera Echenique,
ou apenas Sebastián Piñera, morreu na
terça-feira (6) após o helicóptero que ele
próprio pilotava cair no lago Ranco, na região
central do Chile. Ele voltava de encontro com
um amigo e, quando o resgate chegou ao local,
a aeronave já estava totalmente submersa. A 40
metros de profundidade foi encontrado o corpo
do ex-presidente que revoltou os chilenos a
partir de 2019.
Piñera tinha 74 anos de uma vida muito
bem vivida com uma fortuna avaliada em 15,4
bilhões de reais (o equivalente a 2,8 bilhões de
dólares) segundo dados de 2021 da revista
Forbes. Empresário e político, chegou a
ocupar por duas vezes a Presidência do Chile,
de 2010 a 2014 e de 2018 a 2022. Entre os
dois mandatos, foi o primeiro presidente pro
tempore da Comunidade dos Estados Latino-
Americanos e Caribenhos (Celac) e, após seu
último mandato, foi presidente pro tempore do
Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da
América do Sul (Prosul), cargo que ocupava até
o óbito.
Formado em economia em 1971 pela
Universidade Católica do Chile, o magnata foi
professor de economia política até 1988. Em
1989 entrou para a política e foi o chefe de
campanha de Hernán Büchi, ex-ministro das
finanças do ditador Augusto Pinochet. Seu
primeiro cargo viria logo em seguida. Foi uma
cadeira no Senado do Chile, ocupada entre 1990
e 1998. Antes disso, dedicava-se aos negócios.
Foi dono da Chilevisión, a terceira rede de
televisão mais antiga do país, entre 2005 e
2010. No mesmo período foi dono de 26% da
LAN Airlines e manteve participação acionária
em uma série de empresas. Entre elas a ABSA,
de logística, com sede em Campinas, no interior
de São Paulo. Ainda nesse sentido foi dono
de 13,77% da Sociedad Blanco y Negro, a
controladora do Colo-Colo, o clube de futebol
mais popular do Chile.
Foto Reprodução
Primeiro mandato:
conflito de interesses e terremoto
Ele vendeu quase todas as suas
participações em ações em 2010, logo que foi
eleito presidente. Menos uma. Seus títulos da
Axxion tiveram uma alta de 52,73% logo no
primeiro mês do seu primeiro mandato e ele foi
criticado por não as ter vendido antes.
Mas seu primeiro mandato não foi criticado
apenas pela questão dos conflitos de interesses
em relação ao cargo e sua posição como player
financeiro. Em 27 de fevereiro de 2010, no seu
segundo mês à frente do país, um terremoto
assolou o Chile. Ele colocou em marcha um
exitoso plano de construir 30 mil novas casas
para os atingidos. O problema é que mais de
1,5 milhão de casas e prédios foram destruídos
na tragédia que deixou pelo menos 800 mortos.
Foto Reprodução
Panama Papers
Nos Panama Papers, Piñera apareceu
em mais um conflito de interesses. Segundo
reportagens baseadas nos documentos e
publicadas à época, em 2021, ele teria usado
de informação privilegiada na venda da Minera
Dominga em 2010, uma mineradora que
pertencia à família. O Ministério Público chileno
pediu investigações sobre o caso enquanto as
ruas se mobilizavam pelo seu impeachment.
Em troca do negócio, o comprador, que
era seu amigo próximo, pediu a Piñera a não
criação de uma área ambiental na zona de
operação da empresa, a fim de não atrapalhar
a exploração de minérios. A transação
movimentou o equivalente a R$ 838 milhões e
a área em disputa, é claro, não foi demarcada
como sendo de proteção ambiental. Os acordos
foram realizados na Ilhas Virgens Britânicas, um
famoso paraíso fiscal no Caribe.w
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Brasil
É
CARNAVAL!
Foto Riotur
N
este ano, o Sambódromo da Marquês
de Sapucaí (oficialmente denominado
“Passarela do Samba Professor Darcy
Ribeiro”, em homenagem a um de nossos
grandes intelectuais) completa quatro décadas.
Trata-se de um dos principais palcos de uma
das maiores manifestações populares do Brasil.
Como tudo que é popular por aqui, o Carnaval
historicamente é atacado por setores da
intelligentsia nacional. Sobretudo em fevereiro,
não é raro ouvirmos a falaciosa associação entre
alienação das massas e carnaval ou a acusação
(não menos falsa) de que a festa de Momo tem
um caráter despolitizado.
No entanto, os 40 anos de desfiles na
Marquês de Sapucaí nos apresentaram uma
realidade totalmente diferente do que apregoam
os detratores do Carnaval.
Foto Reprodução
Foto Reprodução
Diretor de Redação
_ Renato Rovai
Editora executiva
_ Dri Delorenzo
Designer Revisão
_ Marcos Guinoza _ Laura Pequeno
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