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Semanal | 19.1.2024
“ABRA A
PORTA,
É A POLÍCIA
94
FEDERAL”
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/ Capa
“ABRA A PORTA, É A POLÍCIA
FEDERAL”
3 | Carlos Jordy, um extremista na mira da
Justiça, por Henrique Rodrigues
edição #94
/ Política
12 | Moro: STF determina investigação no
caso Tony Garcia, por Plínio Teodoro
/ Comunicação
conteúdo |
65 / Expediente
Foto capa: Agência Senado
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Capa
Carlos Jordy,
um extremista na
mira da Justiça
por Henrique Rodrigues
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O
dia mal tinha começado em Niterói (RJ)
e uma figura célebre do bolsonarismo,
o deputado federal Carlos Jordy (PL-
RJ), um extremista incontido e irascível que
ocupa atualmente o cargo de líder da oposição
na Câmara, foi acordado com a campainha
em casa. “Abra a porta, é a Polícia Federal!”,
alguém disse ainda na calçada.
Os agentes estavam não só em sua
residência, mas também entravam naquele
momento em seu gabinete na Câmara dos
Deputados. O mandado fora expedido, por
razões óbvias de prerrogativa de foro, pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), assinado pelo
ministro Alexandre de Moraes, o homem da toga
negra que apavora a extrema direita brasileira
Jordy entrou na alça de mira da Justiça
por sua suposta participação como artífice
nas ações golpistas e antidemocráticas que
se desenrolaram entre o final de 2022, com
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Foto Reprodução
Foto Reprodução
Jordy com Jair
e Carlos Bolsonaro
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benfeitoria.com/ato18episodio3
FILMES
Direção
Luiz Carlos Azenha
EP.3
Contragolpe
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Sergio Moro
STF determina
investigação no caso
Tony Garcia
Ex-deputado e empresário afirma que
atuou como agente infiltrado de Moro para
grampear autoridades; informações poderiam
ser usadas para chantagear quem
se colocasse contra a Lava Jato
por Plínio Teodoro
O
ministro Dias Toffoli, do Supremo
Tribunal Federal (STF), determinou à
Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-
Geral da República (PGR) a abertura de
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investigação sobre o acordo de delação firmado
pelo ex-deputado Tony Garcia com o então juiz
e hoje senador Sergio Moro (União-PR), que é
considerado o “embrião” da Lava Jato.
AS ACUSAÇÕES
DE TONY GARCIA
Agente infiltrado
Garcia alega ter atuado
como um “agente infiltrado” do Ministério
Público, com a missão de auxiliar nas
investigações conduzidas pela Lava Jato. Ele
afirma que trabalhou intensamente, com apoio
da Polícia Federal, durante dois anos e meio,
tendo acesso a recursos como segurança
pessoal e interceptação telefônica.
Investigações ilegais
Tony Garcia diz que Moro e os procuradores
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designaram-lhe tarefas que, do ponto de vista
legal, estavam além da competência do ex-
juiz. Isso incluiria investigações de autoridades
paranaenses com foro privilegiado, o que é
considerado irregular.
Foto Reprodução
Comunicação
N
o último dia 8 de janeiro, data que
marcou o primeiro aniversário dos
atos golpistas protagonizados por
bolsonaristas radicais em Brasília, o debate
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sobre a regulação das redes sociais no Brasil
foi reacendido.
Durante a cerimônia no Congresso Nacional,
tanto o ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), quanto o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderam
a regulamentação para transformar a internet em
um ambiente mais saudável e em consonância
com o Estado Democrático de Direito.
Moraes e Lula associaram diretamente
a ausência de regulamentação das redes
sociais no Brasil aos eventos de janeiro de
2023, caracterizados em grande parte pela
organização, via internet, de atos golpistas
mediante a disseminação de fake news e
“
discursos de ódio em plataformas digitais.
“Há a necessidade
da implementação de
uma regulamentação
moderna, conforme tem
sido debatido no mundo
democrático, e já adotada,
por exemplo, na União
Europeia e no Canadá”, afirmou Moraes.
“
pretendentes a ditadores”, acrescentou.
Foto Reproduçao
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Economia
A EXISTÊNCIA DE
BILIONÁRIOS
É UM RISCO
PARA A
DEMOCRACIA?
Colagem Marcos Guinoza
N
o começo da semana, a Oxfam Brasil
publicou o relatório Desigualdade S.A.
– Como o Poder Corporativo Divide
o Nosso Mundo e a Necessidade de Uma
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Nova Era de Ação Pública, em que mostra
uma série de dados alarmantes sobre os
rumos da humanidade sob o capitalismo. A
principal revelação é a de que, de 2020 para
cá, os cinco principais bilionários do mundo
Elon Musk
Tesla, SpaceX e X
29,3 bi (2020) g 245,5 bi (2023)
Variação: 737%
Bernard Arnault
LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton
90,6 bi (2020) g 191,3 bi (2023)
Variação: 111%
Jeff Bezos
Amazon
134,7 bi (2020) g 167,4 bi (2023)
Variação: 24%
Larry Ellison
Oracle
70,3 bi (2020) g 145,5 bi (2023)
Variação: 107%
Warren Buffett
Berkshire Hathaway
80,5 bi (2020) g 119,2 bi (2023)
Variação: 48%
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dobraram suas riquezas enquanto 60% da
população do planeta, ou 5 bilhões de pessoas,
empobreceram no mesmo período.
Ao longo do relatório é detalhada uma série
de aspectos desse quadro de desigualdade
global, entre eles a hegemonia do capital
financeiro no controle das corporações e
o próprio poder dessas corporações, que
influenciam governos e manobram Estados
em todo o mundo para que seus interesses
sejam atendidos. Nesse sentido chegam
as políticas de austeridade, privatizações,
desregulamentação de leis trabalhistas e a forte
queda do poder dos salários, enquanto, do
outro lado da pirâmide, os principais acionistas
das principais corporações dragam a riqueza
gerada na produção e nos serviços.
Em dado momento, o relatório fala
abertamente que “fica nítido que a propriedade
de ações e participações, em termos
econômicos, reflete uma plutocracia e não
uma democracia”. A palavra em questão,
“plutocracia”, significa justamente o “governo
daqueles que têm grana”.
Nesse sentido, entrevistamos Jefferson
Nascimento, coordenador de Justiça Social
e Econômica da Oxfam Brasil, para comentar
o relatório e nos responder em que medida,
exatamente, a mera existência desses
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Foto Divulgação
Jefferson Nascimento, da Oxfam Brasil
A existência de bilionários é um
risco para a democracia?
Essa tem sido, justamente, uma preocupação
nossa. Não só da Oxfam no Brasil, como da
confederação Oxfam, de que fazemos parte e
que está presente em 65 países. Dentro desse
debate temos tentado colocar essa agenda da
necessidade de combater as desigualdades,
não apenas por ser a coisa certa a se fazer, mas
por uma série de razões.
Tem um argumento de ordem moral, de que
a gente não pode ter algumas pessoas com
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tanto e outras com tão pouco; um de ordem
jurídica, que, no caso do Brasil, por exemplo, a
Constituição prevê que é uma das diretrizes da
República reduzir desigualdade; e um de ordem
política, no sentido de que, para onde se olha,
e os dados do relatório ressaltam isso, vemos
aumento da desigualdade e da concentração
de renda. Trata-se de um movimento que não
só ele não se abrandou com o contexto da
pandemia, como se intensificou no período,
assim como agora nesse momento pós-
pandêmico. Enquanto isso, no outro extremo
da humanidade, vemos os reflexos em mais de
90% da população.
Quando vemos esse cenário, ele em parte
explica o crescimento de candidaturas e
de políticos de extrema direita em todo o
mundo, embalados por questionamentos da
própria estrutura e ordem democrática em
diversos países.
Políticas de austeridade
Essa não é uma vinculação nova e o
nosso relatório fala um pouco desse contexto
econômico no qual o planeta se insere, que
teve um momento de auge nos anos 1990,
e é marcado pela lógica das políticas de
austeridade. Ela impõe ser necessário reduzir o
papel do Estado e os investimentos públicos,
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“ “PARA ONDE SE
OLHA, E OS DADOS
DO RELATÓRIO
RESSALTAM ISSO,
VEMOS AUMENTO DA
DESIGUALDADE”
Extrema direita
Vimos ao mesmo tempo essa redução
do papel do Estado, esse aumento das
desigualdades e quem propõe saídas baratas,
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de alguma maneira, têm sido vários políticos
de extrema direita, que acabam capitalizando
esse contexto de piora da condição de vida
para apontar o dedo para quem? Para os
migrantes, os pobres, os indesejados. Isso de
alguma maneira, tendo uma adesão ampla em
determinados locais, irá oferecer uma resposta
errada para uma questão presente em grande
parte dos países.
Hoje mesmo uma notícia
no jornal me chamou muita
atenção e está diretamente
ligada a esse debate. Donald
Trump venceu a primeira
primária republicana nos
Estados Unidos com uma
margem significativa sobre o
segundo colocado. Inclusive repercutiu bastante
o discurso que ele fez, falando que os Estados
Unidos estão sendo invadidos por terroristas,
que é algo que não tem nenhum tipo de lastro
nos fatos. E, segundo matéria da Folha, o apoio
a ele cresce em todos os perfis, mas é maior
ainda entre os mais pobres.
Temos parcelas grandes da população
que são afetadas pelas desigualdades, pela
concentração de renda, e enxergam como
única alternativa ir no sentido de discursos
radicais à extrema direita. Nesse sentido, há
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riscos mais diretos à democracia.
Poder corporativo
No relatório, a gente menciona essa dinâmica
em que grandes empresas transnacionais que
se instalam nos países também se aproveitam
desse contexto pautado pela lógica da redução
do papel do Estado, de desregulamentação,
e acabam explorando ao máximo a sua
capacidade de atuar de uma maneira
monopolística. Isso está conectado a essa
prevalência dos mercados de capitais.
Então esse tipo de atuação, regido por
uma lógica de remuneração de acionistas,
principalmente de grandes acionistas,
independentemente do impacto que esse tipo
de atuação tem, irá prever uma maximização
do lucro e do crescimento em detrimento de
todo o resto.w
Divulgação
Brasil
Bares alegres e
descolados não foram
feitos para o chilique
dos fascistas
por Julinho Bittencourt
F
ui dono de bar durante quase 20 anos
em Santos, litoral de São Paulo. Foi um
boteco que ficou bem conhecido chamado
Torto. O nome tinha um simples significado. O
estabelecimento ficava em um dos inúmeros
prédios tortos da cidade. Eles ficaram assim por
terem sido construídos em solo inadequado,
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sobre um lençol freático. Ao menos foi essa a
explicação que sempre ouvi.
Trocando em miúdos, o prédio onde ficava
o bar não seria construído se existisse uma
legislação adequada. Bem, ao menos é isso
o que eu sempre achei disso tudo e de várias
outras coisas da vida. Enfim, era um bar com
música ao vivo e ficou conhecido principalmente
por isso. Mas havia outras coisas, muitas outras.
Reprodução
Sempre ouvi de
algumas pessoas que
não deveria me expor
tanto assim enquanto
dono de bar. Eu e
meus sócios. E sempre
demos de ombros.
Em várias campanhas
vi músicos falarem,
cantarem jingles, hastearem bandeiras e tudo
o mais, sempre de esquerda. Alguns poucos
clientes furiosos me perguntavam o que eu faria
se ocorresse o contrário. Se alguém subisse
uma bandeira do então candidato Fernando
Collor ou, até mesmo, do Bolsonaro. Respondia
que não faria nada, não seria preciso. Que
eles experimentassem fazer pra ver a vaia e o
repúdio que iriam sofrer.
Da mesma maneira que nunca me imaginei indo
a uma casa de tiros falar mal do Bolsonaro. Tenho
apego à vida e muito mais o que fazer, diga-se
de passagem. O grande problema das pessoas
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de direita é que os seus lugares, quase que
invariavelmente, são chatos, muito pouco divertidos
e quase sempre ligados à violência e à morte.
Quando precisam se divertir, que ninguém
é de ferro, acabam indo parar em lugares
frequentados por progressistas e têm que
engolir Chico Buarque, Criolo, Caetano
Veloso, Pabllo Vittar, Ney Matogrosso,
LGBTs, negros, mulheres descoladas que se
sustentam, ideias que não admitem e cartazes
de gente que não suportam.
Sempre soube que os fascistas estavam por
lá, os reconhecia. Desde que mantivessem seu
corolário de asneiras calado, estava tudo certo.
Certa vez, no Torto, um sujeito que desfilava
pela cidade com um Jeep com uma Cruz de
Ferro, símbolo apropriado pelos nazistas, e
também uma suástica no braço, abordou uma
moça, tocando-a no braço. Ela prontamente
reagiu: “Você acha realmente que um nazista
como você vai arranjar alguém em um lugar
como este? Vá procurar sua turma”.
O tal nazista murchou, ficou alguns minutos
de cabeça baixa, levantou-se e desapareceu
para nunca mais voltar.
É só isso que se espera deles.w
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Foto Reuters/Folhapress
Global
O desprezo pelos
palestinos
Em artigo, professor critica filósofos
ocidentais, em especial Jurgen Habermas,
por não se posicionarem contra
massacre de Gaza
por Hamid Dabashi
I
magine se o Irã, a Síria, o Líbano ou a
Turquia — com apoio político, armados e
diplomaticamente protegidos pela Rússia e
pela China — tivessem a vontade e os meios de
bombardear Tel Aviv por três meses, dia e noite,
assassinar dezenas de milhares de israelenses,
mutilar incontáveis outros, e transformar
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a cidade em uma montanha inabitável de
escombros, como em Gaza hoje.
Apenas imagine por alguns segundos: o Irã
e seus aliados deliberadamente atingindo áreas
densamente povoadas de Tel Aviv, hospitais,
sinagogas, escolas, universidades, bibliotecas
— ou, de fato, qualquer outro lugar habitado —
para garantir o maior número possível de vítimas
civis. Eles diriam ao mundo que estavam apenas
atrás do primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, e de seu gabinete de guerra.
Pergunte-se o que os Estados Unidos, o
Reino Unido, a União Europeia, o Canadá ou a
Alemanha fariam com 24 horas do início desse
cenário ficcional.
Agora volte à realidade e considere o fato de
que, desde 7 de outubro (e há décadas antes
desse dia), os aliados ocidentais de Tel Aviv vêm
não apenas testemunhando o que Israel vem
fazendo com o povo palestino, como também
fornecendo equipamento militar, bombas,
munições e cobertura diplomática, enquanto
veículos de imprensa americanos têm oferecido
justificativas ideológicas para o massacre e
genocídio dos palestinos.
O cenário supracitado não seria tolerado
por um dia sequer pela atual ordem
mundial. Com banditismo militar dos
Estados Unidos, Europa, Austrália e Canadá
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Foto Reuters/Folhapress
Soldado israelense em Gaza
Audiências tribais
europeias
Se você duvida, dê
uma olhada no que
dizem o eminente
filósofo Jürgen
Habermas e alguns
de seus colegas, que
em descarado ato
de cruel vulgaridade,
apoiaram o massacre
de Israel contra os
palestinos. A questão
não é mais o que
pensamos de Habermas, hoje com 94 anos,
enquanto ser humano. A questão é como o
vemos como cientista social, filósofo e pensador
crítico. O que ele pensa importa ao mundo hoje,
se é que já importou?
O mundo vem fazendo questionamentos
similares a respeito de um outro eminente
filósofo alemão, Martin Heidegger, à luz de
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sua perniciosa afiliação ao nazismo. Na
minha opinião, nós precisamos questionar a
respeito do sionismo violento de Habermas
e as consequências significativas para o que
pensamos sobre todo o seu projeto filosófico?
Se Habermas não tem um milímetro de
espaço em seu imaginário moral para pessoas
como os palestinos, temos motivos para
considerar todo o seu projeto filosófico como
relacionado, de alguma maneira, com o restante
da humanidade — para além de sua audiência
europeia tribal imediata?
Em uma carta aberta a
Habermas, o conceituado
filósofo iraniano Asef Bayat
disse que ele “contradiz as
próprias ideias” quando se
trata da situação em Gaza.
Com todo o respeito, eu
discordo. Acredito que a indiferença
de Habermas diante das vidas palestinas é
completamente consistente com seu sionismo.
É perfeitamente consistente com uma visão
de mundo segundo a qual não europeus não
são completamente humanos, ou são “animais
humanos”, como declarou abertamente o
ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.
Esse absoluto desprezo pelos palestinos
está profundamente enraizado no imaginário
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filosófico alemão e europeu. É do senso comum
que, por causa da culpa do Holocausto, os
alemães desenvolveram um compromisso
sólido com Israel.
Porém, para o restante do mundo, agora
evidenciado pelo brilhante documento que a
África do Sul apresentou à Corte Internacional
de Justiça, há uma perfeita consistência entre o
que a Alemanha fez durante sua era nazista e o
que está fazendo agora na era sionista.
Eu acredito que o posicionamento de
Habermas está alinhado à política do Estado
alemão de participar do massacre sionista aos
palestinos. Está também alinhado por aqueles
que se passam por “esquerda alemã”, com
seu ódio racista, islamofóbico e xenofóbico aos
árabes e muçulmanos, e seu apoio em atacado
às ações genocidas do colonialismo israelense.
Precisamos nos perdoar por ter que acreditar
que o que a Alemanha tem hoje não é culpa
pelo Holocausto e sim nostalgia genocida, uma
vez que ela vem se locupletando indiretamente
do massacre israelense aos palestinos nos
últimos 100 anos (e não 100 dias).
Depravação moral
A acusação de eurocentrismo
sistematicamente atribuída à concepção
filosófica europeia de mundo não se baseia
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“
“O QUE A
ALEMANHA TEM
HOJE NÃO É CULPA
PELO HOLOCAUSTO
E SIM NOSTALGIA
GENOCIDA”
Foto Reuters/Folhapress
Global
Alemanha: plano
neonazista para
expulsar imigrantes
choca população
Descoberta de reunião com membro de
partido ultradireitista e neonazistas provocou
manifestações contra a extrema direita
por Ivan Longo
M
ilhares de pessoas saíram às ruas no
domingo (14) em diferentes cidades
da Alemanha, incluindo a capital
Berlim, para protestar contra a extrema direita
do país. Em muitos locais, manifestantes
seguravam cartazes com inscrições pedindo o
banimento do partido ultradireitista Alternativa
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para a Alemanha (em alemão: Alternative für
Deutschland, AfD), que tem entre seus quadros
políticos de orientação neonazista, e palavras
de apoio aos refugiados e imigrantes que
vivem no país.
Em Berlim o protesto reuniu cerca de 25 mil
pessoas. Em Potsdam, cidade próxima à capital,
por volta de 20 mil pessoas compareceram ao
ato, inclusive o chanceler federal alemão, que no
país é equivalente a um primeiro-ministro, Olaf
Scholz. As manifestações foram convocadas
por partidos de esquerda e centro-esquerda,
como O Partido Social-Democrata (em alemão:
Sozialdemokratische Partei Deutschlands, SPD),
Os Verdes (Die Grünen) e A Esquerda (Die
Linke)— as três legendas que formam a coalizão
que governa o país.
Foto Reuters/Folhapress
“Devolveremos os
estrangeiros à sua terra
natal. Milhões de vezes.
Esse não é um plano
secreto. Isso é uma
promessa”, disparou.
Olaf Scholz na
manifestação em
Potsdam
Foto Reuters/Folhapress
Reações
O plano do AfD para expulsar milhões de
imigrantes motivou protestos massivos contra a
ameaça de inspiração neonazista. Uma tônica
presente nos protestos foi a demanda pela
extinção do AfD, partido que tem notória ligação
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com causas e nomes ligados ao neonazismo.
O chanceler alemão Olaf Scholz, que
compareceu à manifestação realizada em
Potsdam, fez um discurso enfático logo após a
reportagem sobre a reunião secreta da extrema
direita vir à tona e evocou o aprendizado do
passado para evitar os mesmos erros, em clara
referência ao regime nazista de Adolf Hitler.
Foto Reuters/Folhapress
Foto Reprodução
Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças de Hitler
e avô de Beatrix von Storch, deputada filiada ao AfD
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Foto TV Globo
Televisão
“Eu não
sou viado”
Fala de um dos participantes
do BBB 24 é uma expressão
homofóbica e não há o que discutir
por Marcelo Hailer
N
a noite de domingo (14), após a
formação do terceiro paredão no Big
Brother Brasil 24, o clima esquentou na
casa e o brother Davi, revoltado com a atitude
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de Nizam, a quem classificou
como “falso” e “manipulador”,
partiu para cima do colega
e fez uma declaração
homofóbica e machista.
“Você chegou pra mim antes
da votação, aqui na cozinha, e eu
falei que ia votar em você... Eu sou homem, seu
puta. Não viaje comigo, não. Eu sou homem
nessa desgraça, não sou viado! Tenho 21 anos,
meu pai me fez homem”, declarou Davi.
Após a repercussão da fala de Davi, alguns
perfis correram para a internet afirmando que
a expressão “eu não sou viado”, no contexto
da Bahia, não tem conotação homofóbica.
Balela. “Eu não sou viado” é uma expressão
homofóbica em qualquer contexto. Não há
muito o que discutir sobre isso.
Diretor de Redação
_ Renato Rovai
Editora executiva
_ Dri Delorenzo
Designer Revisão
_ Marcos Guinoza _ Laura Pequeno
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