Vi em um vídeo do youtuber Felipe Neto a acusação de que o
Presidente da República, Jair Bolsonaro, flertaria com o fascismo. Intriguei-me: poderia um presidente, democraticamente eleito, flertar com esse regime? Vejamos algumas notícias sobre o presidente. Segundo o site G1, “Manifestantes fizeram neste domingo (31/05) em Brasília um ato a favor do governo Jair Bolsonaro e em defesa de medidas inconstitucionais e antidemocráticas, como o fechamento do Congresso, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma intervenção militar”. O artigo 142 da Constituição Federal afirma que “(...) (os militares) destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Esse artigo é usado como justificativa para a intervenção pregada pelos apoiadores do excelentíssimo. De acordo com o site Politize, ”De forma geral, o fascismo é um regime autoritário com concentração total do poder nas mãos do líder do governo. Esse líder deveria ser cultuado e poderia tomar qualquer decisão sem consultar previamente os representantes da sociedade. Além disso, o fascismo defende uma exaltação da coletividade nacional em detrimento das culturas de outros países”. Bolsonaro se mostra autoritário quando tolera e até encoraja a violência, nega a legitimidade de oponentes e até da mídia e quando se torna propenso a restringir liberdades civis por motivo político. O caráter bolsonarista também é de culto ao líder. Podemos concluir isso à partir de cartazes e postagens de eleitores do ex-deputado, como “mito, estamos com você”, “ele sangrou por nós” e “a cidade “x” está com você, capetão [sic]”. Essas declarações revelam um caráter de apoio cego, pois, se ele sangrou por nós, “devemos nosso apoio a ele”. Por fim, essa “religião” política tem caráter nacionalista. Frases como “a culpa é dos chineses”, “vai pra Cuba [sic]” e “esses comunistas russos estão nos infiltrando” trazem essa questão nacional à tona. Então, por definição, conseguimos traçar fascismo na conduta do chefe do poder executivo brasileiro. Mas, voltando à questão inicial, poderia um presidente eleito democraticamente flertar com o Fascismo? A resposta é sim. Mussolini, líder carismático do partido Fascista, foi eleito 1° ministro de uma monarquia parlamentarista em 1922. Hitler foi eleito 1° ministro também, vindo a ser o líder do Terceiro Reich, ou Fascismo Alemão, alguns anos depois. O presidente também tem algumas outras semelhanças com Benito Mussolini e Adolf Hitler. Podemos citar a homofobia, a união religiosa do eleitorado, a criação da “ameaça vermelha”, o elitismo, o racismo eugenista e o predomínio masculino. Além disso, o discurso de “restauração de um passado de glória” é um ponto convergente bastante importante, já que traz um reforço ao ultranacionalismo presente no regime (no caso do Fascismo, italiano ou alemão). Concluindo, é possível dizer que o governo Bolsonaro tem convergências e flertes com o Fascismo. Isso é preocupante, tendo em vista a brutalidade de regimes totalitários. O modo de evitá-lo é a educação e a conscientização populacional.
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Novo Milênio - Histórias e Lendas de Santos - Antigos Médicos e Hospitais Santistas - Hospitais - Hospital Anchieta (4) - Livro 'Anchieta, 15 Anos', de Paulo Matos PDF