1. O general Tomás Paiva, novo comandante do Exército, defendeu em discurso o respeito ao resultado das urnas e a apolitização das Forças Armadas.
2. Lula demitiu o general Júlio Cesar Arruda da chefia do Exército devido à falta de ações para diminuir a desconfiança presidencial após os atos golpistas de 8 de janeiro.
3. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão criticou a demissão, afirmando que o governo Lula quer alimentar a crise
1. O general Tomás Paiva, novo comandante do Exército, defendeu em discurso o respeito ao resultado das urnas e a apolitização das Forças Armadas.
2. Lula demitiu o general Júlio Cesar Arruda da chefia do Exército devido à falta de ações para diminuir a desconfiança presidencial após os atos golpistas de 8 de janeiro.
3. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão criticou a demissão, afirmando que o governo Lula quer alimentar a crise
1. O general Tomás Paiva, novo comandante do Exército, defendeu em discurso o respeito ao resultado das urnas e a apolitização das Forças Armadas.
2. Lula demitiu o general Júlio Cesar Arruda da chefia do Exército devido à falta de ações para diminuir a desconfiança presidencial após os atos golpistas de 8 de janeiro.
3. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão criticou a demissão, afirmando que o governo Lula quer alimentar a crise
1 – ‘Tem que respeitar o resultado da urna’, diz comandante militar do Sudeste
De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o General e comandante militar do
Sudeste Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, realizou um discurso no dia 18/01/2023, em um evento para homenagear os militares mortos durante um terremoto no Haiti, no qual disse que o resultado das urnas deve ser respeitado, independente do presidente exercendo o mandato, em uma de suas falas, disse: “não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”. Em outra fala, diz: “Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado”. Durante todo seu discurso, o general não cita o nome do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O periódico comenta que a sede do Comando militar do Sudeste foi palco dos acampamentos promovido por bolsonaristas que, no dia da posse de Lula, suplicavam para que os acampados não se retirassem, gritando, pedido por um intervenção militar e atacando o então novo presidente. O acampamento só foi desocupado no dia 09/01/2023, após ordem do Supremo Tribunal Federal.(Folha de São Paulo – Política – 21/01/2023) 2 - Lula demite comandante do Exército após crise de confiança Em uma reportagem no periódico Folha de S. Paulo, diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o então comandante do Exército o general Júlio Cesar de Arruda. A decisão foi comunicada no dia 21/01/2023 em meio à crise de confiança do presidente ao militar após os ataques de 8 de janeiro. O novo chefe nomeado foi o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. O general Arruda tinha sido nomeado em 28/12/2022, no então governo de Jair Messias Bolsonaro. De acordo com auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências para diminuir a desconfiança do presidente em relação aos militares após os atos de 8 de janeiro. De acordo com relatos de aliados de Lula e generais ouvidos pela Folha, a gota d'água para exoneração foi Arruda ter resistido ao pedido de Múcio para que o tenente- coronel Mauro Cid fosse retirado do comando de um batalhão do Exército em Goiânia. Cid foi ajudante de ordens de Bolsonaro, entrou na mira da Polícia Federal após transações suspeitas no gabinete e foi para os EUA com o ex-presidente. Os aliados de Lula afirmam que a crise dos acampamentos golpistas em frente ao quartel-general do Exército, pesou na decisão. O ponto alto foi o veto que Arruda e o comandante Militar do Planalto, general Gustavo Dutra, deram à retirada dos bolsonaristas extremistas no quartel na noite de 8 de janeiro. Segundo o periódico, a demissão de Arruda tem potencial para agravar as tensões entre Lula e o Comando das Forças Armadas. Depois dos ataques à praça dos Três poderes, Lula manifestou sua desconfiança em relação às Forças Armadas, no dia 12/02/2021 afirmou “muita gente das Forças Armadas" dentro do Palácio do Planalto foi conivente com a invasão. "Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não vi a porta de entrada quebrada”, provocando reações negativas dentro da Força. O governo exige uma mudança de posição dos militares diante de eventuais ameaças de protestos em frente aos quartéis. (Folha de São Paulo – Política – 22/01/2023) 3 – Mourão diz que Lula quer alimentar crise com Exército ao demitir comandante De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, O ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão afirmou que o governo de Lula quer alimentar a crise com as Forças Armadas ao demitir o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda. A demissão veio em meio a uma crise de confiança após os atentados de 8 de Janeiro, em Brasília. Em entrevista a Folha de S. Paulo Mourão disse “Se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país”.(Folha de São Paulo – Política – 22/01/2023) 4 – Lula arrisca tratamento de choque para pôr fim à crise com os militares Em uma reportagem do periódico Folha de S. Paulo, O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por um tratamento de choque para tentar por fim na crise vivida com as Forças Armas. O então nomeado general Tomás Miguel Ribeiro Paiva chega à chefia do Exército com uma missão de enquadrar seus pares mais radicalizados no Alto- Comando. Desde que o golpismo de Jair Bolsonaro levou seus aderentes às portas dos quartéis, um debate surgiu no grupo. Não foram menos que quatro de seus integrantes que falaram abertamente em apoiar os radicais, com insinuações claras de insatisfação com o resultado da eleição. A reação de Lula ao 8 de janeiro consolidou o estranhamento. Houve uma leitura, mesmo entre os generais mais moderados, de que o presidente foi incisivo em apontar parte da culpa da praça dos Três Poderes nas Forças como instituição. Na visão de Lula, faltava o acerto de contas com os generais ante o golpismo bolsonarista dos últimos anos. Essa certeza, mostra que a fase aguda da crise pode ser superada, mas que as tensões na caserna deverá prosseguir, a analisar o emprego do expediente da demissão em outros casos. Se a situação se acomodar, contudo, Lula poderá ter dado o primeiro passo para empurrar a política e o bolsonarismo ativista para fora da caserna, ao mesmo tempo em que manteve o apaziguador Múcio na cadeira —se dependesse do PT, o ministro já estava na rua. Não terá sido pouca coisa, dada a animosidade reinante. (Folha de São Paulo – Política – 22/01/2023) 5 – Novo comandante do Exército, Tomás Paiva, é visto com maior traquejo político De acordo com a Folha de S. Paulo, O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, é considerado na capital federal como um militar com maior traquejo político, incluindo a proximidade com o ex-presidente FHC de quem foi ajudante de ordens, e com o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin. Em 2022, quando havia tentativas de contato com o Exército por parte do atual presidente, que então lideravam a corrida presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva, o nome de Tomás era citado nos bastidores como uma das possíveis pontes. No dia 21/01/2023, Lula demitiu o comandante, general Júlio Cesar de Arruda, do posto de comando e no dia 18/01/2023 Tomás discursa afirmando o Exército como apolítico e apartidário. O discurso foi feito após Arruda ter reunido, também no dia 18/01, o Alto-Comando da Força para fazer a primeira reunião da cúpula do Exército após os atos de 8 de janeiro. Segundo generais ouvidos pelo periódico, Arruda defendeu o reconhecimento da vitória de Lula e fez discurso em favor da hierarquia, disciplina e controle sobre tropas. O tom de Arruda foi semelhante ao adotado por Tomás horas depois, na conversa com a tropa. Generais têm se queixado se a divulgação do discurso foi um ato premeditado diante da fritura pela qual Arruda vinha passando nas últimas semanas. (Folha de São Paulo – Política – 22/01/2023) 6 – A anatomia de um golpe pifado Em uma entrevista a Folha de S. Paulo, à repórter Natuza Nery, Lula protegeu seu mandato na tarde do dia 08/01/2023, ao refugar a proposta de decretação do expediente de garantia da Lei e da Ordem, a GLO. Caso Lula aceitasse a proposta, mobilizaria as Forças Armadas para restabelecer a paz em Brasília. Às 17h10 do dia 08/01, o general da reserva, ex-vice-presidente e senador eleito pelo RS escreveu: "Repito que o Governo do Distrito Federal é responsável e, caso não tenha condições, que peça ao governo federal um decreto de Garantia da Lei e da Ordem". Quando Mourão ofereceu a proposta, a praça dos 3 poderes já haviam sido invadida. Às 17h02, a Agência Brasil informou que uma tropa do Batalhão da Guarda Presidencial estava chegando ao Planalto e o Choque da PM havia retomado o Supremo. Às 17h55 foi ao ar a fala de Lula decreta a intervenção federal em Brasília. Era a exclusão da alternativa da GLO. Elio Gaspari, colunista da Folha de S. Paulo, Só as investigações mostrarão o que havia no panelão do golpe do dia 8 de janeiro. A GLO é a prima pobre do estado de defesa proposta no papel guardado pelo ex-ministro Anderson Torres que, por sua vez, é a prima pobre do estado de sítio. Durante um café da manhã com jornalistas, Lula comentou sobre o ocorrido e disse: "Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade". "Eu pego no jornal um motorista do [general] Heleno dizendo que vai me matar e que não vou subir a rampa. Outro tenente diz que vai me dar um tiro na cabeça, que não vou subir a rampa. Como vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro?" No dia seguinte, o general da reserva Sérgio Etchegoyen, responde: "Passado o triste episódio do dia 8, o presidente Lula, comandante supremo das Forças Armadas, dá uma declaração clara à imprensa de que não confia nas Forças Armadas. Como é que se pacifica o país a partir daí?".(Folha de São Paulo – Política – 22/01/2023) 7 – “Fratura no nível de confiança” leva Lula a trocar o comando do Exército Em uma reportagem do Correio Braziliense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou no dia 21/01/2023 o comandante do Exército, general Júlio César Arruda, também anunciando o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva como substituto ao cargo. Isso aconteceu pela omissão de Arruma aos atos terroristas de 8 de janeiro e resistência em punir militares que tenham participado dos atos. O anúncio ocorreu após uma reunião entre o presidente; o ministro da Defesa; e o chefe da Casa Civil; além do general Tomás Paiva. Após ser informado da exoneração, Arruda convocou uma reunião com o alto comando do Exército para debater o caso. Os Militares avaliam que a falta de ação perante as manifestações bolsonaristas e os atos de 8 de janeiro, foi responsável pela demissão. Lula pediu a demissão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi nomeado no fim do governo anterior para cuidar do 1º Batalhão de Ações de Comandos (BAC), localizado em Goiânia, a demissão de Cid foi recusada por Arruda, ainda então na Chefia, o que motivou a troca de comando no Exército. Lula demonstrou publicamente o desconforto com os militares, citando participação nos atos. Em falavas do presidente "a porta do Planalto" foi aberta para os bolsonaristas antes da depredação, e "nenhum general se moveu" para desmobilizar os acampamentos que, mesmo antes do ataque, já pregavam ações violentas e antidemocráticas. Além disso, pelo menos 80 militares foram exonerados de cargos no governo. Para os militares a demissão de Arruda causou estranheza, pois o presidente havia se encontrado com ele no dia anterior e nada foi comunicado. O general Tomás era cotado para chefe do Exército durante a campanha eleitoral. Seu nome foi referendado, mas, Lula decidiu seguir a tradição de nomear o general mais antigo para o cargo, que era Arruda.(Correio Braziliense – Política – 22/01/2023) 8 – Mudança de comando no Exército pode resultar em novas demissões Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, a decisão do presidente em trocar o comando do Exército, deve acarretar novas mudanças em cargos estratégicos da Força. As decisões serão tomadas em conversas entre o presidente, o ministro da Defesa e o novo comandante do Exército. Uma das mudanças consideradas certas é com o tenente- coronel Mauro Cid. Sua saída se deu em acordo entre o Exército e o Planalto, enquanto avançavam investigações contra o tenente-coronel na Polícia Federal e o presidente queria a sua retirada do posto enquanto estivesse na mira da Polícia Federal. Arruda, resistiu à mudança de Cid. A situação de Mauro Cid foi considerada a gota d’água para a exoneração de Arruda. A manutenção do general Gustavo Henrique Dutra no cargo de comandante Militar do Planalto também passou a ser discutida, devido a sua postura adotada junto com Arruda de evitar que a Polícia Militar prendesse os golpistas. O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, também pode perder o posto por também dificultar a prisão dos golpistas. Além dos três, a última mudança que deve ocorrer é a saída do general Valério Stumpf Trindade, Stumpf é o atual chefe do Estado-Maior do Exército, cargo considerado como número 2 da Força. Com a mudança, devem ser realizadas novas mudanças em cargos da cúpula do Exército para evitar uma carência no cargo de chefia. A demissão de Júlio César de Arruda foi confirmada dia 21/01/2023 por Múcio, após o ministro apresentar formalmente o novo comandante Tomás Paiva ao presidente.(Folha de São Paulo – Política – 23/01/2023) 9 – Saiba o que levou Lula a trocar o comandante no Exército no fim de semana Segundo o Correio Braziliense, a troca de comando do Exército traz ao governo a expectativa de investigações e de punições de militares participantes dos atos terroristas de 8 de janeiro. A demissão do general Júlio César Arruda ocorreu pela resistência em investigar e punir dentro da caserna, tendo seu ápice na recusa de exoneração, vinda do presidente, do Tenente-coronel Mauro Cid. O novo comandante, general Tomás Paiva, convocou para o dia 24/01/2023 a primeira reunião com o alto comando do Exército. Ele deve anunciar as providencias a serem tomadas aos militares que participaram dos atos ou foram omissos com os terroristas. Tomás defende que as Forças Armadas são instituições de Estado e discursou à sua tropa pedindo respeito ao resultado das urnas. O presidente deu a ele a missão de despolitizar o Exército e isso inclui punições a integrantes da caserna que incentivem ações golpistas e antidemocráticas. São três os principais alvos: o tenente-coronel Mauro Cid; o atual comandante militar do Planalto, general Henrique Dutra de Menezes; e o chefe do Batalhão de Guarda Presidencial, tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, que tentou dificultar a prisão de bolsonaristas que invadiram o Planalto além de discutir com policiais militares. O ministro da Defesa, declarou que tentou pacificar a relação do presidente e Arruda após o 8 de janeiro, mas devido a recusa de Arruda em prosseguir com as investigações e punições, ficou insustentável.(Correio Braziliense – Política – 23/01/2023) 10 – Proximidade com Villas Bôas é escola, diz deputada sobre novo comandante do Exército De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, para a deputada Perpétua Almeida, a proximidade do novo comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, com o ex- comandante Eduardo Villas Bôas é uma verdadeira escola de como lidar com momentos de crise. As críticas a proximidade vinham antes de Paiva assumir a chefia. Entre os militares da reserva ouvidos pela Folha, a troca de chefia pode ter sido precipitada. (Folha de São Paulo – Política – 24/01/2023) 11 – Lula justifica troca no Exército e diz que Forças Armadas não podem servir a um político Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no dia 23/01/2023 esperar que a mudança de chefia traga normalidade a relação com o meio militar. Em visita a Argentina, Lula afirmou que o ex-presidente não respeitou a constituição e se meteu nas Forças Armadas. Lula admitiu o apoio a Bolsonaro pelas forças de segurança no país, citando parte das Polícias Militares, das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal. No dia 21/01/2023, o presidente demitiu do comando do Exército o general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança. Arruda ficou menos de um mês no cargo máximo do Exército. O novo chefe, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, fez um discurso pedindo respeito ao resultado das eleições e afirmando o exército como apolítico e apartidário. A troca no comando deve acarretar novas mudanças em cargos estratégicos da Força.(Folha de São Paulo – Política – 24/01/2023) 12 – Lula ressalta afinidade com o novo comandante do Exército Segundo o periódico Correio Braziliense, Luiz Inácio Lula da Silva apontou a afinidade dentre ele e o comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, dizendo que ambos pensam iguais sobre o apartidarismo das Forças Armadas e a respeito do papel que os militares devem exercer. Um dia antes de Lula dispensar Arruda, Tomás fez um discurso destacando o papel dos militares na defesa da democracia. Segundo Lula, o presidente Jair Bolsonaro violou o preceito constitucional de que as Forças Armadas não podem ficar alinhadas a qualquer governo. O presidente deixou claro que instituições de Estado devem se manter equidistantes do governo da vez.(Correio Braziliense – Política – 24/01/2023) 13 – Novo comandante assume “desbolsonarização” do Exército De acordo com o periódico Correio Braziliense, A primeira missão do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, foi cumprida. O tenente-coronel Mauro Cid não vai mais assumir a chefia do 1° Batalhão de Ação de Comandos. A dificuldade que o ministro da Defesa, encontrou para barrar a nomeação de Cid foi apenas o estopim da demissão do então comandante, general Júlio César Arruda, que ficou menos de um mês no cargo. Ontem, o ministro comentou as suspeitas que pairam sobre o ex- auxiliar de Bolsonaro, mas disse que é preciso aguardar as investigações. O veto à promoção de Cid partiu do próprio presidente, que está empenhado em desmilitarizar o Palácio do Planalto e afastar os auxiliares mais ligados a Bolsonaro. A reunião do Alto- Comando foi presencial e contou com 16 generais de quatro estrelas. A expectativa do governo é de que, com a troca do comandante, haja a identificação de militares da ativa e da reserva que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro. O governo deu continuidade ao processo de reestruturação dos órgãos ligados à Presidência da República com foco nos cargos ocupados por militares. O cargo de Secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional, passou do general Carlos José Russo Assumpção para o general Ricardo José Nigri. O governo estuda um Plano para desmilitarizar a Abin, comandada pelo general da reserva Gonçalves Dias. A Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, também foi mudada do general Carlos Feitosa para a entrada do general Marcius Cardoso Netto. o Batalhão da Guarda Presidencial, atualmente liderado pelo tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, também verá mudanças. (Correio Braziliense – Política – 25/01/2023) 14 – Leitores elogiam novo comandante do Exército Alguns Leitores do periódico Folha de S. Paulo escreveram suas criticas e satisfações com a nomeação da nova chefia do Exército. Os Leitores elogiam a ação do presidente Lula dizendo que sua declaração do comandante foi “muito sensata e racional... Faz a gente respirar mais aliviado”, outro elogia o posicionamento do novo comandante, dizendo “Excelente! Eu admiro muito quando o Exército faz seu papel profissional, que é a garantia da nossa soberania.”. Já outro, fiz que devemos ter paciência, mas dá seu voto de confiança ao general Tomás, fazendo um apelo “Mão firme, general.”. (Folha de São Paulo – Painel do Leitor – 24/01/2023)