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*O PARTIDO MILITAR E O GOVERNO MILITAR (2019 A 2022)?

O atual governo ganhar todos as votações no Congresso e o ontem a CPI do MST


acabou e não deu em nada, eu me pergunto qual tem sido a ameaça política para um
governo de centro-esquerda de parlamentares militares eleitos por vincularem suas
imagens ao Bolsonaro, parlamentares eleitos em partidos diferentes e que, de comum,
além do fato de serem militares, fazem parte do Centrão que tem à frente o Presidente
da Câmara, Deputado Federal Artur Lira (PL).
Mesmo tendo minoria, o governo ganhou todas as votações no Congresso. Inclusive
com os votos de deputados militares que são chamados, conceitualmente de forma
equivocada, de “partido militar”. Equivocada porque partido pressupõe unidade de ação
e programa. Não há protagonismo nenhum desses parlamentares. Até então, se
comportam como qualquer político fisiológico, que agem por interesse próprios, sem
qualquer unidade, característico de políticos do baixo clero. Assim como toda a
extrema-direita não tem nenhum projeto para se opor o programa de governo do PT que
é aprovado sem problemas no Congresso. O PT consegue o voto desses políticos, do
chamado partido militar, por mediação de Lira, o sindicalista do Centrão, que foi
apoiado por Lula como presidente da Câmara.
Até então, o pouco incomodo que a extrema direita, que não tem protagonismo militar,
tem causado são pautas morais no varejo: banheiro unissex, casamento de pessoas do
mesmo sexo e aborto.
Na relação de poder fora da arena política, mas jurídica, o que se vê é Coronel do
Exército, Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, preso preventivamente pela
Polícia Federal na Operação Venire, por suspeitas de fraude no Conecte SUS, hoje
comandada por Andrei Augusto Passos Rodrigues, escolhido pelo governo em 02/1, que
se reporta diretamente ao Ministro da Justiça, Flávio Dino. Convocado para depor na
CPMI do Golpe no dia 13 de julho, mas se manteve em silêncio, inclusive em perguntas
não relacionadas à acusação, como sua data de nascimento. Por isso, a CPMI, formada
por parlamentares, acionou a Justiça Federal do Distrito Federal e o Supremo Tribunal
Federal por abuso do direito ao silêncio A Polícia
Com medo de ser condenado, *um integrante do que dizem ser governo militar, com
medo de ser condenado fechou, no dia 06 de setembro, acordo de delação premiada com
a Polícia Federal do governo civil*.
Em delação, Mauro Cid afirma que Bolsonaro convocou militares para reunião com
objetivo de avaliar golpe. Observem, o que foi escrito foi o Bolsonaro que convocou!
Era desejo de Bolsonaro!
De acordo com a delação, Mauro Cid afirmou que o então comandante da Marinha,
almirante Almir Garnier, manifestou-se favoravelmente ao plano golpista durante as
conversas de bastidores, mas não houve adesão do Alto Comando do Exército.
Terça-feira, o General Augusto Heleno foi ouvido na CPMI do Golpe. O que se viu foi um
sujeito arrogante, perfil de militares da Guerra Fria, anacrônico, afirmando e depois
pensando o que falava negando o que falou como foi perguntado se ele se considerava como
Poder Moderador, como já havia dito nos tempos de forte antipetismo e alta do Lavatismo,
afirmou que sim ao Deputado do PT do Amapá. Depois que o Deputado disse que não havia
esse poder na Constituição, percebendo, que a conjuntura mudou, Heleno, apequenou-se.
Amedrontado pelas possíveis consequências do que havia dito, e falou que era moderado e
não o poder moderador. Foi chamado de mentiroso pelo deputado Rogério Correia e pediu
desculpas a Deputada trans do PDT por se referir a ela, sempre com pronomes masculino, o
que configura em crime de transfobia.
Reconheceu a lisura das urnas.
E na última terça (26/06), mais uma derrota, para os militares, no campo jurídico político, o
TSE, por unanimidade, aprovou a alteração da resolução, que trata sobre os
procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação. A
alteração agora exclui as Forças Armadas e STF da auditoria dos votos.
Por fim, Heleno reconheceu que Lula é honesto. Disse que marginal não
sobem a rampa. Lula subiu, portanto não é marginal. E seu governo vai muito
bem.
Sergio Baptista dos Santos
Doutor em Ciências Sociais

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