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O presidente Jair Bolsonaro publicou neste sábado (14), em suas contas em redes
sociais, que levará ao Senado um pedido para instaurar um processo contra os ministros
Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em mensagens idênticas publicadas no Twitter, no Facebook e no Instagram, o presidente
afirmou que os dois magistrados “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a
qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e
Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites
constitucionais”, escreveu o presidente.
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Em outra mensagem, Bolsonaro afirmou que procurará Rodrigo Pacheco (DEM-MG) com
pedido para instaurar processo contra Moraes e Barroso com base no artigo 52 da
Constituição.
“Lembro que, por ocasião de sua sabatina no Senado, o sr. Alexandre de Moraes
declarou: ‘reafirmo minha independência, meu compromisso com a constituição, e minha
devoção com as liberdades individuais’”, escreveu o presidente.
Ele finalizou, ainda, com uma mensagem dizendo que os brasileiros não aceitarão a
violação de direitos e garantias fundamentais.
- Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura
institucional, a qual não provocamos ou desejamos.
“O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art.
5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com
prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los.”
A CNN procurou os ministros Barroso e Moraes e aguarda uma resposta.
Reações em Brasília
Também por meio das redes sociais, políticos apoiadores e críticos ao presidente se
manifestaram sobre a publicação de Bolsonaro dizendo que pedirá abertura de inquérito
contra os ministros do STF.
Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, usou sua conta no Twitter para criticar Bolsonaro
e compará-lo ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez.
“Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e
tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um
ditador igual a Chávez”, escreveu o deputado, atualmente sem partido.
Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições
democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado
democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez.
pic.twitter.com/hWOKxeSKxP