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presença de petistas ilustres, como Dilma Rousseff e Tarso Genro. Mas, em vez
de apoiá-lo nominalmente, Lula deixou o estado com repetidos pedidos para
que os partidos de esquerda se entendam e cheguem a um acordo em relação
às candidaturas a governador e senador.
O petista critica ainda Leite por ter formado uma base de apoio
prometendo não concorrer à reeleição: "Ele apresentou como candidato a vez
passada como uma jovem renovação da direita e sempre gera uma expectativa.
E foi uma grande decepção inclusive para este que vos fala. Ele se caracterizou
por faltar com a verdade. As pessoas têm muito dúvida, agora, de escrever o
que ele fala. Ele não compreendeu que para nós, gaúchos, palavra tem um
significado".
Nas contas de Pretto, o Rio Grande do Sul já pagou, por uma dívida de
R$ 9 bilhões contraídas em 1996, R$ 37 bilhões e ainda estão pendentes R$ 73
bilhões. O deputado diz ainda que a base do governo Leite foi enganada e votou
pela adesão ao regime considerando um pagamento de R$ 400 milhões em 2023
ao governo federal, sendo que a cifra verdadeira seria de R$ 2 bilhões.
"No apagar das luzes de um governo a que ele renunciou, Leite quis
aprovar um congelamento do nosso orçamento pelos próximos 10 anos",
declara. Pretto promete também um "olhar de lupa" para o contrato de
privatização da CEEE, que, segundo o deputado, foi concedida sem a segurança
de que o serviço seria prestado de forma adequada e com a imediata demissão
de mais de mil servidores.
Análise: 1º Ten. Ademir Terres – Adm. de Empresas e Espec. em Gestão Política e de Segurança
"Eu não vou renegar minhas origens. Venho do cabo e de enxada com
muito orgulho. Saí dessa condição aos 15 anos quando meu pai foi escolhido pra
largar uma enxada e pegar uma caneta. (...) O papel das forças de segurança é
cumprir ordem, é cumprir a lei. Obviamente que tem caminhos para se fazer
cumprir a lei. Primeiramente priorizar a negociação. E, segundo, a preservação
da vida."
Por fim, Pretto foi questionado sobre como pretende combater a evasão
escolar. Conforme o Censo Escolar divulgado em maio passado, o RS sofreu uma
evasão de 10,7% dos estudantes da rede pública em 2021, quase o dobro da
média nacional, de 5,6%. O pré-candidato petista focou a resposta em dar maior
infraestrutura.
"Aqui no Rio Grande do Sul, 83% das escolas públicas não têm um pátio
para recreação e 14% não têm banheiro funcionando. Precisamos
imediatamente de investimentos em estrutura para um melhor acolhimento",
declara.
"Pertenço a uma geração que lutou contra a ditadura. Minha geração foi
às ruas por anistia, pelas “diretas já”. Não queremos que esse tempo volte.
Muitas pessoas perderam a vida e muitos perderam um tempo precioso de vida
longe do país. Brizola esteve 15 anos no exílio", relembrou o pedetista.
O Brasil era um Brasil diferente dos governos dos anos 60, 70, depois do
regime militar. O Brasil avançou. Se você pegar a energia que temos no país hoje,
desenvolvimento da parte Norte do Brasil, da Embrapa [Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária] brasileira, tudo isso começou com os governos
militares", disse o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
receitarem, eu vou fazer. Eu sei que eu perco votos com essa posição, mas eu
tenho convicção".
dívida. O que defendo é não fazer acordo nesse momento, porque também é
político. Esperar as eleições terminarem, ainda mais no Rio Grande do Sul, que
estava protegido por uma liminar que facilitou sua vida, que não recolheu a
dívida", acrescentou. "Esse acordo vai impor uma coleira ao governador, que vai
ter de pedir licença para fazer qualquer coisa”.
Disse que o governo federal não vai cumprir o acordo de repor as perdas
de arrecadação dos estados. "O problema é que o governo não tem palavra e
não vai repor o que os estados vão perder." Na área de segurança pública,
defendeu que se avalie a necessidade do uso de câmeras nas fardas dos
policiais, porque o Rio Grande do Sul tem "uma realidade muito diferente no que
diz respeito à violência policial contra o cidadão do que o Rio de Janeiro e São
Paulo.
Souza diz ainda que não se importa com a pressão para que abdique das
pretensões eleitorais. "Se eu não estivesse acostumado a lidar com pressão, não
poderia tentar ser governador do Rio Grande do Sul. Não teria sido líder do
governo [José Ivo] Sartori aqui", diz.
Além de congelar gastos de custeio, o governo Sartori parcelou os
salários do funcionalismo estadual por 35 meses consecutivos e aumentou as
alíquotas de ICMS. Como medidas de austeridade, aprovou a Lei de
Responsabilidade Fiscal estadual, extinguiu nove fundações estaduais e
aprovou a criação da previdência complementar do funcionalismo.
Para ser candidato, Souza venceu internamente alas do partido que
preferiam lançar ao cargo o deputado federal Alceu Moreira, o ex-prefeito de
Análise: 1º Ten. Ademir Terres – Adm. de Empresas e Espec. em Gestão Política e de Segurança
Santa Maria Cezar Schirmer ou o ex-governador José Ivo Sartori. Com apenas
um ano mais velho do que Leite, de perfil moderado e conciliador, o emedebista
tinha a esperança de ser apontado pelo tucano como seu sucessor, tendo em
vista que o ex-governador afirmava que não concorreria à reeleição.
Embora afirme que vai honrar o pagamento da dívida, Souza afirma que
isso não impede novas renegociações no futuro para rever juros e o montante
da dívida.
"A dívida do Rio Grande do Sul não é a única de estados e municípios com
o governo federal. Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo também devem.
Periodicamente precisa haver um levante nacional para reavaliar o juro que
incide sobre a dívida. Para que consigamos diminuir o estoque. Isso não tem
nada a ver com revogar o regime de recuperação fiscal como querem os meus
adversários", diz o deputado.
Souza é natural de Tramandaí, é médico veterinário, tem 38 anos, e está
no segundo mandato como deputado pelo MDB. Foi presidente da Assembleia
em 2021.
Perguntado se teria preferência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) ou pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) em uma eventual disputa
entre ambos, Souza reitera o apoio a Simone Tebet e se nega a escolher entre
um dos dois nomes.
"Que tipo de apoiador ou de eleitor seria eu se já estivesse descartando
a possibilidade ou insinuando uma descrença de que a minha candidata iria para
o segundo turno? O Brasil não pode continuar escolhendo o menos pior, precisa
escolher quem é a melhor", justifica.
Análise: 1º Ten. Ademir Terres – Adm. de Empresas e Espec. em Gestão Política e de Segurança
"Eu liderei um projeto para o estado, mas não fiz sozinho. Fiz com outras
mãos, com gente que me ajudou e me ajuda, como o governador Ranolfo [Vieira
Júnior]. Não apenas como secretário, mas vice. Então, o governo segue adiante,
o projeto continua em frente, não há abandono nenhum", acrescentou.
Também disse que tenta fazer "política para construir, e não destruir",
apesar de até agora não ter conseguido fazer decolar a proposta da terceira via
nas pesquisas de intenção de voto. Afirmou que sai candidato novamente
também para evitar essa polarização no estado, entre uma "direita populista
que ataca a renegociação fiscal", e "a esquerda, que tem outro projeto e pouca
responsabilidade com as contas públicas". "O meu partido entendeu que a
minha liderança nesse projeto se faz importante, e eu não vou abandonar. Estou
aqui me apresentando com toda a humildade ao povo gaúcho." Disse que abriu
mão de remuneração de R$ 20 mil, por ter sido governador, após ação do
Partido Novo que contestava esse dinheiro. "Não é antiético, não é ilegal, não é
imoral. Mas, se houver condições, farei o ressarcimento do que já recebi",
afirmou. "Não vou abrir espaço para ataques maliciosos que distorcem a
realidade, confundem a população. O que era disponibilizado era remuneração
pelo período subsequente ao mandato correspondente ao valor do exercício do
mandato”.
Sobre a terceira via, admite que houve problemas nas negociações e que
foi difícil para o PSDB, que sempre teve candidato a presidente da República.
"Mas o partido não existe para atender aspirações individuais”.