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de Cristal: e os dois
crimes da mala, São
Paulo, 1908-1928
João Pedro Ferreira dos Santos
Boris Fausto
Historiador, também formado em direito, professor aposentado
do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo
(USP) e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Nascido
em 1930, em São Paulo, onde ainda reside, o pesquisador tornou-se
uma grande referência em estudos de história que envolvam a
criminalidade.
Últimas Obras
Ano, 2019;
v
Cine Bijou Theatre, na rua de São João, por volta de 1911.
Rua João Brícola, sede de jornais, entre 1915 e 1920.
Acima, ao fundo, o Fanfulla, órgão da colônia italiana. No
topo da página, O Estado de S. Paulo, 1904
Os principais personagens do
Crime da Galeria de Cristal
Cena imaginária do crime: Albertina atira de frente. O Reconstrução da cena. Edição de O Commercio de São
Commercio de São Paulo, 25 de fevereiro de 1909 Paulo de 27 de fevereiro de 1909.
Imagens do crime
v
Malheiros no necrotério. Revista Careta, 6 de março de
1909.
Eliziário Bonilha se encaminha ao carro de presos. O
Malho, 6 de março de 1909.
O que motivou o crime?
"A cena sangrenta do quarto 59 do Hotel Bella
Vista foi o desfecho de uma longa história iniciada
quatro anos antes, na casa de Rosa da Silva Oliveira, mãe
de Albertina, na rua Bento Freitas, próxima à praça da
República. Separada do marido, para manter-se ela
alugava um dos quartos da casa a um hóspede, de nome
Antônio Malheiros. A certa altura do ano de 1904, este
precisou mudar-se para o Rio de Janeiro, e indicou para
ficar em seu lugar um sobrinho, Arthur Malheiros,
apresentado como “um moço muito distinto”. O moço
podia ser muito distinto, mas a distinção não ia ao
ponto de ser infenso às atrações do sexo. Seu interesse
logo se voltou para Albertina, que, sem ser bela, tinha seus
encantos. Os dois se aproximaram, passaram das mãos
dadas aos afagos, destes aos beijos ardentes e, por fim, às
relações sexuais. Anos mais tarde, Albertina lembraria
ainda a data de seu defloramento, ocorrido na noite de
12 para 13 de agosto de 1904, segundo ela." (p. 30)
v
Comoção das elites - Cortejo fúnebre e enterro de Malheiros. Revista Careta,
6 de março de 1909.
A importância da imprensa
Vital para a construção da obra;
Polarizações e comoções;
Pela falta de empatia gerada em torno de sua figura, a decisão foi criticada
pelo Correio Paulistano.
Considerações finais
'[...] honra ou vingança são valores
próprios de seu próprio tempo (p. 73-
74);
Importância da micro-história
Obrigado!