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Química 10ºAno

 Atividades Laboratoriais

Rui Pinhel
 Atividades Laboratoriais
Laboratoriais abordadas:
abordadas:

 A.L. 1.2. –
1.2. – Teste
 Teste de chama;
 A.L. 1.3. –
1.3. – Densidade
 Densidade relativa de metais
(Picnometria de sólidos);
 A.L. 2.2. –
2.2.  – Soluções
 Soluções a partir de solutos
sólidos;
 A.L. 2.3. –
2.3. – Diluição
 Diluição de soluções.
 A.L.1.2.- Teste da chama:

Introdução:

O homem sempre procorou explicações para entender o mundo que o rodeia,


procurando cada vez mais explicações no mundo físico-químico. Um químico
quando observa um objeto ou um fenômeno ele procura perceber para lá do
que está a ser observado, ele procura descobrir determinar as suas
estruturas internas, relacionando-as às propriedades químicas dos
elementos conhecidos. A estrutura eletrónica de cada átomo (a organização
dos eletrões em torno do núcleo) pode dizer muito sobre ele. E para investigar
a estrutura interna de objetos tão pequenos como os átomos é necessário
observá-los indiretamente, por meio das características das radiações
eletromagnéticas que eles emitem.

Um feixe eletromagnético é o produto de oscilações perpendiculares de


campos elétricos e magnéticos. Todas as radiações viajam à mesma
velocidade de 3,00x10 8m/s no vácuo, e essa velocidade é representada pela
constante “c”, chamada de velocidade da luz. Devido a essas oscilações
periódicas as radiações eletromagnéticas possuem características
ondulatórias:

o comprimento de onda ( ) e a frequência (f). Essas duas propriedades da


onda eletromagnética estão relacionadas, pois a velocidade de onda é
sempre a mesma (velocidade da luz). Assim sendo, pode-se concluir que a
frequência de uma onda eletromagnética é inversamente proporcional ao seu
comprimento de onda e diretamente proporcional à velocidade. Então quanto
maior for o comprimento de onda menor será a sua frequência ou vice-versa.

Os olhos humanos detetam as diferentes cores devido às diferentes


frequências da luz, eles respondem de maneira diferente a cada frequência.
Na realidade apenas uma porção de frequências de onda são detetadas pela
retina humana e as ondas com essas frequências possuem comprimentos de
onda entre 400 e 700 nanômetros.
Quando um objeto é aquecido ele emite radiação, que pode ser analisada
pela sua cor. Esta é uma análise qualitativa do objeto, pode-se descobrir a
faixa de frequência da luz que está a ser emitida pela identificação da cor. E
pela equação de Max Planck é possível definir a energia de uma radiação
descobrindo a sua frequência e posteriormente o comprimento de onda. A
equação está representada abaixo:

1. “E” é a energia

2. “h” é a constante de Max Planck que tem o valor de 6,63×10 -34 J.s.

3. é o comprimento de onda, como já foi mencionado.

4. “c”é a velocidade da luz (3,00x10 8 m/s).

Niels Bohr, um cientista dinamarquês aprimorou o modelo atómico de


Rutherford e elaborou a teoria atómica mais completa e aceite até hoje. Ele
acabou por explicar a teoria atómica de Rutherford que era um desafio para
a sociedade científica da época, pois não poderia ser explicada pela Física
Clássica. Bohr baseou-se nas teorias de Max Planck da energia quantizada
e determinou os seus postulados:

1- A energia libertada não é emitida ou absorvida de maneira


contínua, apenas quando um eletrão passa de uma órbita
estacionária para outra diferente (salto quântico).
2- Os eletrões giram em torno do núcleo em órbitas circulares e bem
definidas (fixas) que são órbitas estacionárias. Mais tarde, seriam
as chamadas "camadas eletrônicas" (K, L, M, N, O, P e Q).
3- O equilíbrio dinâmico dos sistemas nos estados estacionários dá-
se pelas leis da mecânica clássica, o que não é verificado quando
um eletrão passa para um estado estacionário diferente. Ao passar
de um estado estacionário para outro, um eletrão absorve uma
radiação bem definida, que é o quantum, dado pela relação: E =
h.v (“v” representa a frequência).
De forma simplificada, observa-se que quando um eletrão recebe energia ele
salta para uma órbita mais externa. E a quantidade, pacote de energia
absorvido é bem definida (quantum) que é equivalente á diferença energética
entre as camadas. E quando um eletrão está no estado excitado ele volta
para a sua órbita estacionária ele emite energia na forma de ondas
eletromagnéticas (luz) de frequência característica do elemento desse átomo.
Bohr então propõe que o átomo só pode perder energia em certas
quantidades discretas e definidas, e isso sugere que os átomos possuem
níveis com energia definida.

O teste da chama é um procedimento usado na química para identificar a


presença de alguns iões metálicos, baseado no espectro de emissão
característico de cada elemento. O teste é baseado no facto de que quando
certa quantidade de energia (no caso da chama, energia em f orma de calor)
é fornecida a determinado elemento químico, os eletrões da ultima camada
dos seus átomos saltam para um nível de energia mais elevado e quando
estão no estado excitado eles retornam para o estado fundamental emitindo
energia na forma de luz com um comprimento de onda característico, pois a
quantidade de energia necessária para excitar um eletrão é única para cada
elemento. Apenas alguns elementos emitem radiação com comprimento de
onda na faixa da luz visível, e o olho humano é capaz de identificar as cores
emitidas por esses elementos.
 A.L. 2.2. – Soluções a partir de solutos
sólidos:

Introdução:
Nesta experiência tratamos soluções. Uma solução verdadeira (solução
simplesmente), é uma mistura homogénea, de duas ou mais substâncias
(solvente e soluto), que constituem uma só fase, o meio dispersante, designado
por solvente, é o componente que satisfaz uma das condições: ter o mesmo
estado físico da solução; ou estar em maior quantidade. O soluto (meio disperso)
ou não ter inicialmente o mesmo estado físico da solução ou esta em menor
quantidade. Uma solução poderá ter mais do que um soluto, mas tem, apenas,
um único solvente. Existem soluções nos três estados físicos: sólido, líquido e
gasoso. Neste trabalho interessa-nos apenas as soluções líquidas e, dentro
destas, aquelas em que o solvente é água - soluções aquosas. As soluções mais
vulgarmente utilizadas num laboratório são preparadas a partir de solutos
sólidos, ou a partir de uma solução de concentração relativamente elevada e
conhecido o reagente que nos utilizamos para realizar esta experiência foi o
sulfato de cobre (II) penta-hidratado- CuSO4.5H2O.

 As quantidades de soluto e de solvente existente numa dada solução podem


relacionar-se entre si através da grandeza concentração.

Uma das grandezas mais vulgarmente utilizadas em química é a concentração


molar, ou molaridade, que é a quantidade (número de moles) de soluto existente
numa unidade de volume de solução.

Para a preparação de uma solução a partir de um soluto sólido, com


concentração previamente estabelecida (C= 0,050 mol/dm3), que é o caso
baseia - se em duas operações fundamentais: a determinação de massas e a
medição de volumes. As soluções preparam-se em balões volumétricos.
Inicialmente o sólido é pesado, conforme a concentração desejada, e dissolvido
num gobelet. Essa solução é transferida para o balão volumétrico onde
perfazendo o volume se obtém a solução final.
Procedimento:
 A. To mar co nh eci mento do s p erig os po tenci ais das su bstânc ias ut il izadas
de modo a reduzir a poss ibi lid ade de contaminações ou acidentes.

B. Decid ir qu al o volum e de sol ução a preparar.

C. Efetuar os cálcul os necessários.

Pesagem do sal:

 Colocou-se o gobelet (vazio) em cima da balança e efetuou-se a tara da


balança.
 Calcular a massa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado necessária.
 Em seguida com a ajuda de uma espátula colocou-se o sal dentro do
gobelet pouco a pouco e tentou-se obter o valor próximo do pretendido
(124,86g).

Dissolução do sal:

 Adicionou-se cerca de 25 mL de água destilada ao gobelet que continha


o sal e agitou-se com a ajuda de uma vareta de vidro até que a dissolução
ficasse completa.
 Com a ajuda de uma vareta de vidro e de um funil, transferiu-se a solução
para o balão volumétrico, lavou-se a vareta, o gobelet e o funil com
pequenas porções de água destilada e transferiu-se essas águas de
lavagem para o balão.
 Adicionou-se aos poucos água destilada até o traço de referência
(V=500ml), rolhou-se o balão volumétrico e agitou-se até homogeneizar.

Nota: se pretendesse - mos guardar as nossas soluções deveríamos ter o


cuidado de as meter num frasco e de as rotular corretamente (nome da solução,
concentração, data de preparação e identidade de quem a preparou).
Cálculos necessários:
 Determinação da massa molar correspondente ao sulfato de cobre (II)
penta-hidratado: M (CuSO4.5H2O)=
63,55+32,07+16,00∙4+5∙(1,01∙2+16,00)= 249,72g/mol.

 Determinação da quantidade de soluto (n) na solução a preparar a partir


da definição de concentração c = nsoluto/vsolução:

 Sabendo que a concentração pretendida é de 1,00mol/dm3 e que o


volume de solução é 500ml=500cm3=0,500dm3, então: n
(CuSO4.5H20)= 1,00 x 0,500= 0,500 mol.

 Calcular a massa de soluto a partir da relação:

 Sabendo que M(CuSO4.5H20)= 249,72 g/mol, então:

249,72 g de CuSO4.5H20 -------------------- 1 mol de CuSO4.5H20


X --------------------------------------------- 0,500 mol de CuSO4.5H20

X= 124,86g de CuSO4.5H20
Solução saturada:

Uma solução está saturada quando não é possível dissolver nela, a essa
temperatura, uma maior quantidade de soluto. Se a uma solução saturada
for adicionado mais soluto, este ficará por dissolver.

Solução sobressaturada:

Em determinadas condições é possível dissolver uma maior quantidade


de soluto numa solução, excedendo o valor da solubilidade a essa
temperatura. Estas soluções são instáveis.

 Ao diluir uma solução, a massa do soluto não se altera, sendo a mesma
na solução inicial e na final. A concentração, por sua vez, diminuirá. Logo,
pode-se concluir, pela fórmula: C=n/V que o volume e a concentração são
grandezas inversamente proporcionais, ou seja, o primeiro aumenta à
mesma proporção que o outro diminui.

Uma solução pode ser diluída, por adição de solvente. A concentração do


soluto (s) irá ser reduzida.

 Apesar de haver variação da concentração do(s) soluto(s) nesta solução,


a quantidade química, de cada soluto é mantida:

n Inicial= n final

 A relação de diminuição da concentração da solução é expressa pelo fator


de diluição.

Exemplo: Um fator de diluição igual a 4 indica que a solução final


apresenta uma concentração 4 vezes menor que a solução inicial.

Material:
Para preparar, uma solução de concentração 0,100 mol/dm3, por diluição
da solução anterior com concentração=1,00 mol/dm3 e 250mL de volume,
é necessário:

 Pipeta volumétrica de 25 mL;


  Pompete;

 Balão volumétrico de 250 mL;


 Esguicho com água destilada.
Procedimento:
 Calcular o volume necessário da solução;
 Mediu-se então com a pipeta volumétrica 25 mL da solução anterior e
transferiu-se para um balão volumétrico de 250 mL;
 Adicionou-se água destilada até ao traço de referência, agitou-se para
homogeneizar e rolhou-se.

Cálculos necessários:

nf  
Cf=  (=) 0,1=  (=) nf= 0,025 mol
Vf  0,250

Numa diluição ocorre a adição de solvente a um determinado volume de solução,


previamente preparada, pelo que não se altera a quantidade de soluto, logo:

ni=nf (=) ni= 0,025 mol


 0,025
Ci=  (=) 1,00=  (=) Vi= 0,025dm3= 25 cm3 =25mL
 

Isto significa que a solução final é 10


 1,00
F=  =  = 10 vezes mais diluída que a inicial.
 0,100

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