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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

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Anexo- Tres
Deus e o Diabo na Terra do Sol /;&/

Peça teatral em 2 $tos e 3 quadros

Personagens
Rosa
Gago BR DFANBSB J 3

Nanuel
Velha (mãe de Manuel)
Coronel Moraes
Jagunço 1
Jagungo 2
Sebastião
Prefeito
Coronel
Antonio das Mortes
Beato 1
Beato 2
Beato 3
Corisco
Dadá (esposa de Cor&#co)
Cabra 1
cabra 2
cabra 3
Noivo
noiva
Bea taw
Povo de feira
4
.TEA.PTE. 22 62, p
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LO V - e

Corisco-ÃA gente saiu derrotado do Razo da Catarina.lrazia Virgolino

nas quando botei ele no chão pra descansar um

pouco. '
(monologando )
Antonio...
-Seus irmãos morreram ,Virgolino.PDe sua raça só tem você
vivo!
Os meninos tão sozinho com as almas penando. Quebrei tudo e
num nasceu nada de novo!
-!» nem vai nascer .Depois de matar a gente se mata.
Aquela paz só existe na morte.
Tou ferido de morte, Cristinolll'ou ferido de morte,
Cristino...
BR DFANBSB NS.CPR;TEA;PTE, 028 3,0. 22 ; %

19
AÍ ficamos o dia e a noite.Foi quando longe apareceu
Sebastião, sozinho e com fome; tinha deixado os padre no
Ceurá e fazia a mesma penitência de Nosso Senhor Cristo.
Meteua mão na frente e foi dar socorro a Lamplão e cuida-
va da ferida e mandou Virgolino deixar o cangaço pra
não morrer. Virgolino não teve medo e invocou o padrim
Ciço.Sabe o que Sebastião respondeu? Que padrim Ciço
era inimigo de Deus e Deus era Ele.! aí quiz tirar as
armas de Lampião e botar uma cruz no lugar.
-Te armespeita , santo safado! Te arregpeita!
E Lampião bateu, cuspiu , chutou a dele! Homem nessa terra
pra ter Validade tem de pegar nas armas pra mudar o &
destino. Não é com rosário não, Satanás .É no rifle e
punhal.
Satanás - Isso é mentira! Isso é mentira!
Rosa - Sempre num lhe disse que éle só era grande aí na sua
cabeça?
Corisco - Acredita , Satanás .Não existe homem maior que Lem pião .
Dadá - Virgolino era grande mas tambem ficavapequeno.
uma vez ouvi éle dizendo pra Cristino:
BuenhkexmwssXxswxxeic Tenho médo de viver sonhando com a
N
chuva de bala que joguei em cima do bom e do ruim. Tenho
médo do inferno e das almas penada que cortei com meu
punhal.Tenho médo de ficar triste e sozinho como uma
vaca berrando pro méêdo, cristino.Tenho medo da
escuridão da mortel 2
Corisco - É mentira (se desdiz) É verdade»
( Tempo ) "S&ªgáásvºgàe vai com o Cego buscar a nossa filha! R
vai sozinho pra descobrir quantos maca-
cos andam com Antonio das Mortes . E a cabroeira se
espalha pelo mato pra ficar de tocaia.
(*etiram-se toios, com exceção de Corisão e Rosa )
Rosa - (carinhosa beijando o rosto de Coriwco, diz no seu ouvido)
Quero ter um filho seu.
(Corisco despindo as roupas de Rosa vão deitando-se e escurece )
( tempo.
Manuel - (entrando) Num tem mais nenhum caminho pra fugir. s maca-
cos cercaram as saidas de Pernambuco , Alagoas e Ser-
gipe.0 tenente antonio jogou o laço e tá apertando
com força...Disse QUE vai levar sua cabeça pra mostrar
ap .
Corisco-Pode ir tudo embora, leva o dinheiro quetem saco. lu
fico sôzinho pra enfrentar Antonio das Mortes.
Cabra - Eu fico com meu capitão.
Corisco - Vai embora só.
morro antes (tira o punhal e enfia no peito, caindo
BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE,I
28 ?) p. 23
morto ).
Corisco - Você vai ou fica Satanás?
Satanás - (interrogando Rosa com olhos) -Andei sempre contra sua
vontade.Agora é voce quem decida.
Rosa - Hoje é o destino que É governa .iMlas hoje também eu estou
mais junto de você , pra viver e morrer », num faz di-
ferença.
"atanás (passando a mão crinhosamente no rosto de Rosa) -Se a
gente escapar , vamo ter um filho.
Corisco - Eu José ,com a espada de "brão serei coberto.Eu José
com leite da Virgem Maria serei borrifado; Eu José com
o sangue de Cristo serei batizado; Eu José na arca de
Noé serei guardado o ; Bu. José com a chave de S.Pedro
serei fechado onde não possam ver e ferir nem matar , nem
o sangue de meu corpo tirar.
(gritos , tiros , e correrias)
Antonio -(apearecendo) Se entrega Corisco! Eu sou "ntonio das Mortes
Corisco - Mais fortes são os poderes do povo!
(joga o rifle no chão e saca o punhal; Antonio idem)
brigam violentamente
Coral - Te entrega Corisco
Eu não me entrego não
N eu não sou passarinho
pra viver lá na prisão
não me entrego a tenente
nem a capitão só me entrego na
morte de parabelo nã mão
(quando o verso Corisco cai morto)

0 sertão vai vifgar mar


o mar vai virar sertão
Tá contada a nossa estoria
verdade e imaginaão
Esperamos que os senhores
tenham tirado a lição
que assim mal dividido
êste mundo anda errado
a terra é do homem
não é de Deus, nem do Diabo(bis)
BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE.o 2
o +; p. &4

[Da

Y SERVIÇO DE CENSURA DE DIVERSÓES PÚBLICAS


TURMA DE CENSURA DE TEATROS E CONGENERES

LAUDO CENSÓRIO

Título: Deus e o Dia bo na Terra do Sol

Nome do Autor: #Glauber


Nome do Tradutor;

Genero: rama__.

Entrecholjâióriax_ angs K

do no amplo sertão alguma saudade doImper

todosofrimentoeu povo..
Manuel é um sitúante. Revolta-se com um fazendeiro e o mata. A Polícia

vai a seu encalço. Ele foge e se abriga entre seguidores Seb.,tião


o Santo. É_te é morto por Manuel, enciumado de Rosa, sia mulher
No final Corisco, com o qual Manuel se engamdjara é morto por Antonio da
Mortes, um tenente da polícia.

Io «- 2 s
Apreciação moral _A mesma estóris , já filmada, foi aprovada pela Censura.
O filme foil liberado para maiores de 18 anos. Se o foi o filme - co-m o
$ ee * eo
mesmo titulo - nãoy vejo motivo. para não se "Hªrum—sm, +qmbW3tácul
#
teatral, que será a presentado a uma nlatéia bem menor e muitomais sSelecio

nada. ea e ma amem o temem evo rare emm

No entanto, a Censura deveráassistir o ensaio geral-e

verifica a encenação de algumas partes da Peça: 1.- no início,

quando Manoel"possui" Rosa, que cobre com suas vestes os seios; 2- às

fls. 10, quando há um "sururd' e uma criança é morta.

Observaçãe si

Censura estadual deverá verificar as duas cenas, mara quenão sejam


apresentadas de maneira chocante,

Classificação final:! 18 anos,

Brasília-W? a©tembro
(HAL
Cágsªiª Federalka/ matrícula n.
N.
BR DFANBSB NS.CGPR.TEA;PTE. 0227 p- 25

Senhor Chefe da Seção de Censura

m anexo, encaminho a peça abaixo indicada, com o voto do Censor


WMM , que procedeu o exame da mesma.

NOME DA PEÇA: Deus £ a DizxBe ZLCR Ro Sp

AUTOR:

o
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Em Aff/fªz:“?
%,íó
Chefe dá TCT

VISTO: _

aprec1açao do Senhor Chefe do


3 so
Encaminhe -se oyscmeprocesj
SCDP, para a deusª
Cusa - Sera?
cavalo

Chefe da seção de
#
Ce
M1a L/ 1
D ESP A CHO

Expedir os certificados de Censura de acordo com voto do Censor

Em

CHEFE DO SCDF

DPF-SAv. 02
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

RD .. DR/SP BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE. 028% "p 26

Solicite informar WALDEMAB SIEDSCHLAG vc Teatre Casa..

ras-Brigadeire Luz Antônio, 156 .SP Capital , peça " DEUSE


O DIABO KA TERTA DO 380L", semente será exarinada apés romes

sa AUTORIZAÇÃO AUTOR eu SBAY.


I
POLÍCIA DO DISTRITO FEDERAL
D S a - SERVIÇO DE COMUNICAÇÓES

CÓPIA PARA CONTRÓLE DE SERVIÇO

BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE. 0?
$ ta 2+
JUDITH DE CASTRO LIMA Abi,
CHEFE DA TURMA DE CENSURA DA DR/DPP/SP
RUA Ta: 527 - SAO PAULO

320 24 T7 68

a soLKCI£O PROVIDENCIAS € 3a SENTIDO RMVIAR SODP

BRASÍLIA AUTORIZAÇÃO SBAT PArA A PEÇA "DEUS ET O DIABO NA

TERRA DO SOL" VG FIX POSSA SER CENSURADA PT SDS ALOYSIO

DE SOUZA CHEFE SCDP


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

CÓPIA PARA CONTRÓLE DO D, CGC, T,

BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE. 02 $ 7/p. 24

SR, MELIWYAR STEDSCHTAG


TEATRO CASARÍKOBRIGADEIHO LUZZ ANTONIO, 256 SÃO PAÇLO
(oaPYI11)

o So ©& 11 68

rETTERraNDO os TíRrMOS DO RD No 320 DE 24/7/68 vG INFPORMO

v. se QUE A Ça " Deus ET O CIYABO NA TERRA DO SOL" DE GEAUBER /

rodHa vc S&mENTE SERL LXAXINADA ADPÓS REMESSA AUTORIZAÇÃO AUTOR OU

SBT PI SDS ALOYSTO MUNTTTUaTIN DE SOUZA CHEFE SCDP


Pa

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

Uru 741/68- SCDP Em, 2!1/novENBRO/68

Do: Cxere po SCDP a alea e


Cuere pa TCDP DR/SP BR DFANBSB ». 29
Ao:

AssuNTO!:! Peça TEaTraL ( DEVOLVE )

SENHORA CHEFE!

Em ANEXO, ENCAMINHO A V. SA um "sKRiIPT" ba

PEÇA TEaTraL " DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" be GrausBER ROCHA

Em ADAPTAÇÃO DE WaLTER RocHA ANDRADE, QuE DEVERÁ sER DEVOLVIDO

AO INTERESSADO SR. WaLDEMAR SiepscKLAG - TEATRO CasarAO, Brica-

bei ro Dut AnTtômiO INFORMANDO-LHE QuE O PEDIDO

DE CENSURA FOI INDEFERIDO POR FALTA DE DIREITOS AUTORAIS, APE-

sar DE termos FEITO VÁRIAS SOLICITAÇÃO .

ATENCA (ª:;NY é
ALOYSTON Wiz—955 %!»Sá'UA
CxuErE po SCDP
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL

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BR DFANBSB NS.CGPR.;TEAPTE.C 2937 p 31
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PTE.02$+ p 33
Cego Qual é a

Antonio Num conhece pela voz?

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Cego Antonio das Mortes )
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An tonio endave no seu rastro há mais de uma semana, Era só para pergun-
2
uma coisa, Se lembra daquêéle beato que deixei vivo la no Monte
e « #
Santo? O vaquero que matou o Coronel Morais? Ta lembrado?

Cego 8. Foi meu guies. Mais a2


já tem muito tempo que não tenho no-

Antonio - Cego Juio, . . O povo de Jeremoaba e Juazeiro, viu o sinhô passá

com os cabra de Corisco. . ,. Me fala a verdade., . , Aquêéle vaque-

ro num é o mesmo cabre de nomem Satanais? E num foi o sinhô memo

que entregê êle a Corisco?

Cego Acho que dei destino certo. N2o pudia ficá muito tempo arrastando

Manuel e Rosa.

Antonio - Destino de Cangaceiro. . .

Cego Seu Antonio. . . tá vendo bem ai adiante de seus olhos?

Antonio É o sertão grande de Canudos.

Cego Apóis. . . Enxerso no fundo a jarro vermelha do sangue de Ahtonio

Conselheiro. Aqui morreu quatro expedição do «governo. Isso eu ve-

jo melhor no meu escuro. .. Só num entendo, é como um mogo como o

ginhô persegue um cabra como Corisco. - .

Antonio Num quero que ninguém entenda a minha pessoa. Fui condenado neste

destino e tenho que cumpri; sem pena e pensesmento. . . Cego Juio,

me diz uma coisa: Quem matou o santo lá na igreja?

pergunta a gente num faiz a sente esquece. ,. .

Num foi Manuel querm matou o Santo?

O sinhô num disse que foi o povo?

Antonio Teve mentindo, num queria acreditá.


s es ;: 6 1 is o vr
Cego Foi a mão do do ciúne. Rosa matou a fé de Manuel.

Antonio
4 3

Cego - Segue êle sem rumo.

Antonio Dois infeliz. BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE, 028 , p. 34

Cezo Num maxza éles pelo amor de Deus.

Antonio Infeliz é morto Wivo. Num matei duma veiz, num mato de outra. . .
Corisco tá muito cansado?

Cego Num mata êle também. . .

An'tenio Ele eu mato, perseguindo até o fim. . ,

Cego FÉ metendo, Antonio, é matando que você ajuda seus imãos?

Antonio Sebastião também me perguntó. Eu num queria, mais precisava. Num

matei os beatos pelo dinheiro. . . matei porquê num posso vivê des-

Cansado nesta miséria. . .

A culpa não é do povo? A culpa não é de povo, Antonio?

Um dia vai ter uma guerra neste sertão. . . uma guerra sem a ce-

gueir» de Deus e do Diabo, * .- e pra que essa guerra venha logo eu


ja matei Sebastião, vou mata Corisco e depois morrer de vez, que nóis

some tudo a meme coisa.

Luzes se apagem to talmen te

luz sóbre os dois narradorês

Se vier a guerra eu lute contra mil soldados, com minha lança de São

Jorge. . . se o povo de ento morrer, eu vou recriar na ilha. , .

Tenho é de ficar aqui, acabando o ruim, vingando o meu sofrimente,

fazendo justiça. . .

Você foi enviado pra me ajudar, você veio pra me dar força, no sofri»

mento e na guerra. . .

Foi contra a minha vontade, mas teve que ser., . .

Morreu tudo feliz, rezando de . .

Fui condenado neste destino e tenho que cumprir sem pensi#n e pensamento.,

Corisco eu mato, perseguindo até o fim., .. .

Mesmo por debaixo da terra. , .

Depois vem a luta de Deus e o Diabo. ., .

Black-out, répido e holofote cai no centro, juntamente com o Carcará,

onde está o outro narradors

Que conta "Deus e o Diabo na terra do 501"?


Do inicio conta a estória tão Erequente na literatura verista do Século

XIX, do campones que, num momento de desespero, mata o patrão


escravistas
N v
BR DFANBSB NS.CPR.TEA.P
TE. 02%+, p.35
% AB
Mas desde o momento que Manuel se embrenha na Caatinga e se junta
so bando de fanáticos seguidores do Santo Sebastião - um profeta -
que afirma que um dia o mar virará sertão e que o sertão virará mar
e que o sol choverá ouro e que, portanto, para profecar esse milágre
é preciso matar todos os que fazem o mal., . .
Desse momento em diante, o cépotãculo mostra algo de muito
as alucinações, as visões, as práticas e os modos aberrantes que a

fome, a igndrância e misgria pode provocar num povo desesperado.


e
Em Sebastião e seus seguidores fone, ignorância e miséria fazem 21-

der uma loucura que os impela até as sacrifíçios humsnos.,. No canga-

ceiro Corisco e cujo bando Manuel se junta depois que o Santo Sebas-

tião e seus seguidores são destruidos. . , fomé, ignorência e misé-

ria fomentam uma ferocidade insacÍavel e demoniaca» .» .

Assim o santo Sebastião e Corisco representam Deus e o Diabo, ambos

formados, pela soelidso do sertão.

De maneira caracteristica, a solução do problema social, represen-


ev
tado nas figuras como Sebastiao
[2 e Corisco, é Sonfiada É carabina de

Antonio das mortes, matador profissional, figura do assassino visio-

nário, o qual imagina que uma vez iliminados o Diebo (Corisco) Deus

(Sebastizo)haverá uma guerra que redimirá o sertão. Manuel escapa

tes viva da verdade,

Manuel, como símbolo de um Povo, segue na esperança alucinente que

um dia o sertão vire mar e o mar vire sertão.

Não podemos condenar porque todos os homens nascem iguais

tados pelo criador de certos direitos, , .

A Vida! . :

A liberdade., ,. .

búsca da felicidade. . e

e depois ilumina o cantador sobre o praticavel:

Caitador Vou comta


e#
uma
ro é
his
# :
2 na
s
verdade e
« e
imaginação,
es
eBra bem os seus

olhos pra encherga com aténção; é coisa de Deus e Diabo lá nos con-

- as I
fins do sertao.

Rosa viviam no sertão, trabaiava a terra, com as própria

que um dia, pelo sim e pelo não, entrou na vida déles e

anto Sebastião; trazia bondade nos olhos, Jesus Cristo no coração.,


BR DFANBSB NS.C
PR;TEA.PTE, o

- Rosa, saldo eu vou na feira

Morais. . . Vou vê se vendo duas vaca e compre ua pedaço de terra,

Se der certo, faço um: roça e podemo ter uma colheira só

- Acho que num adianta. ,. .-


s aa # - B : e
- Sei, nao . . - O tempo tá ruim, á
mas pode vir o milagre do céu . .
+4 * A i # o
É Rosa, pode vim um milágre do céu, . . .

olofote fica iluminando sômente o Ppraticavel centre., Menuel co-

Rosa também.

Manuel - Eu vi. . . eu vi o sento Sebastião, êle disse que vem um milégre

selvá nóis tudo. Osseis num acredita? Mãe e Rosa Tembém não . . &
Mais eu vi, éle me olhou dentro, aqui no feito. É o milágre. . .
# « & £
so pode ser o milagre, . .

1 Cai luz ficando somente holofote no cantador.

Cantador - Sebastião nasceu do fogo do mês de fevereiro, anunciando que a des-

ia queimar o mundo inteiro, mas que le podia salvá quem se-

os passos dêle, que era santo e milagroso. .

*XWMoraia - Num tem conta pra acertá. . . as vacas que morreram forem as suas.,
|
Manuel Mais as vacas tinha era o ferro do sinhó, . ., num pode
se as minha, , .
225 : Sa ! edo 2 e e
Isso foi descuido ., . . fica dormindo o dia inteiro.
. .,. Ié& acabado
e num tem mais conversa, que a lei tá comigo. .; . .
1a) à que
Mais lei éo essa?
ada a?

Quer discutir?

Manuel Não., . . só tô sabé que lei é essa que num favorece meu di-

reito.

Morais Já disse e tá dito. . . você num tem direito a vaca nenhuma. , ,


va e oe - - - a #
Manuel lais o sinhô num pode tirá o meu, , .

Merais Té me chamando de ladrão?

Manuel Querm tá falando é o sinhô, . .

M - Pra você aprender, ordinário, filho da puta, . .


- (Cai de joelho e leWantando-se e menciona com goafoo esfaquea
r No-
rais que simbolicamente morre)

ai rapidamente onde está Jozo e Pefro.


3h
BR DFANBSB NS.CPR.;TEAPTE. (; 8r p. 37
4

- Executou o trawaio em Manuel ?

- O homem tava endemoniado, mas fizemo a vigança do corenel Moresis.

só e a múle escapo. . . o resto. . .

Cantador «- Meu filho, tea mãe morreu, não foi de morte de Deus, foi de briga

no sertão, de tiro, que jagunço deu (Continua a cantar baixo)

Luz sóbre Menuel de palco que começa 'a se dirigir pa a plateia

seguido deRosa.

- . a nãe de Deus me chamando pelo caminho da desgraça»

Agora hão 'temos ogtra sáída senão ir pro monte Santo, pedir a Se-

Protege a gente. . . Vamo embora logo. . . num temo

nada pr não se nosso destine . . .

Fundo musical durante toda a fala de Sebast

Foi D, Pedro Alves que descobriu o Brasil e fez construir a esca-

da de pedra e sangue prá levar até o céu o corpo e a alma dos ino-
centes. (Todos de cena olham Sebastião) Andei por mais de cem luga-

res dizendo que o mundo ia acabar nesta séca, com o fogo saindo des

pedras., Os prefeitos, as autoridades e os fazendeiros disseram que

eu estava mentindo e que o sol era o culpado da desgraça., Mas o ano

passado, eu disse que ia secar cem dias e ficou dias sem Chover,

Agora eu dig : Do outro lado de lá, deste Monte existe uma terra

onde tudo é verde, Os cavalos comendo as flor e os meninos beben-

do leite nas águas dos rios., Os homens comem pão feito de pellra e

Pecira da terra vira farinha; tem égua e comida; tem a fartura do

céu tado o dia, quando o sol nasce, aparece Jesua Cristo e virgem
Maria, 320 Jorge e 'meu Santo SebastiÃ
ao, todo cravado de flechas no

peito. . . Mas alí só vai chegá quem me seguir e quem der força ao

enviado de Deus. Pois o sofrimento até chegá nessa ilha é grande,

mais fome e mais séde e ainda por cima as tropas do Bôverno que per-

segue os inocentes com 29 balas da injustiça. Então precisa mos trá

aos donos da terra o poder e a força do Santo. ,. . tles tiraram D


Pedro do trono e agora-querem Matar quem ama o Imperador, . . M
quem quizer a salvaçã , fica aqui comigo de hoje em diante
até o dia
que aparecer no céu o sinal de Deus. . . Vão descer cem nao” com as

espadas de fogo anunciando o dia d Ç.r a e abrindo nosso ceminho


nas veredas do sertão., E o sertão vai virar mar e o mar virar
ser-
tão. . / E nóis num vai ficá sominho porque meu irmão Jessus Cristo

Mandou um anjo guerreiro, com sua lar a Pra cortar a cabeça do inimigo,
6

[á falando a verdade emeu santo! To equi pra te protege e garanti. ..


Cristo que mandou a espada de


Louvado seja Nosso Sinhô Jesuis

BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE. 02%


+, p. 3%
P s
Ave Maria, cheia de Graça. - - .-

. .
IOuvada seja Nosso Sinhô Jesuis Cristo.

Pra sempre seja louvado.

Louvado seja Nosso Sonhô Jesuis Crasto. *is

ra sempre seje louvado. . .

Black-out total e então aparece só os disparos.

Cantor Yyrendo em dez igrejas, sem sento padroeiro. Antonio das Mortes,

mategor de cangaceiro... . . matador de cangaceiro. . .

Antonio Deus é o povo, o diabo a riqueza. Mas cangaceiro persegue o povo

do mermo jeito., Sem cangaceiro e sem beato o povo vê mais claro. , .

Black-out, e luz sôbre o cantador.

CAntador a morte de Monte Santo sobrou Manuel vaqueiro, por pàedade de An-
s - B / « « B a
ronio, matador de cangacei
& ro, (Continua o canto e luz vai caindo

e a de plateia acende)

A história continua, prestes há mais atenção, endou Manuel e Rosa

nas veredas do sertão, até que um dia pelo sim e pelo não, entrou

na tida déles Corisco, dihho de lampião. . . (Antonio não deve es-

têr em cena, pois entrar da plateia)

Manuel (Olhando para cima) Se a ilha pra lá do monte Santo não existe, pro

que ficá sofrendo até o fim da vida? Pro quê?

(No L“atiCnVcl) (Se possivel com luz fazer cair uma cruz sôbre

nuel enquanto SebastíÉo fala) Porque Jeuis Cristo morreu ne cruz

e ninguém sofreu por êle. . .

Manuel Mas eu num posso vingá Jesuis Cristo?

Sebastiao Você foi enviado pra ser minha força no sofrimento e na guerra. . .-

na paz e homem não aprende. . , term de lutar., . . tem de morre pra

Vence. . . (Apaga a luz de Sebastião e acende em Rosa)

Rosa Se esqueceu de mim?

Manuel Num me lembro deirecito de nada. . . nem da noite nem do dia. . .

A gente vivia junto la na fazenda. . . tem quase um ano que 3 termo

no Manto Santo. , ,. Veio a guerra e você foi me deixendo. . .

Manuel Pra recriar na ilha eu tenho que ficá sozinho, me livra de mulher

6 filho. .V.
ilha não eis te. ., BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE.
Existe. . . eu espiei no rio é vi no fundo das éguas. ,. ,

Ele lhe disse que 2a ilha num existe e que nóis devia era endar

no sofrimente. . ,. eu fui atraz de você e escutei , . ,

Manuel É mentira., . . você e esse povo num presta, num vale nada, Mas eu

vou ficá vivo, vou ser rei, vou cria meu gado num campo de capim

verde. . .

Isso é sonho, Manued. A terra toda é seca, é ruim, nunca saiu nada

que prestasse. Pra que fugi, se des r na esperança? Vâno tra-

Manuel Se você num acredita, num é mais minha mulherl % . Ninguém pode du-

vidá do santo, que éle é a salvação. . .

Rosa Quem lhe podª salvá sou eu., . . salvá essa gen te toda,bantcs que
aconteça como em Canudos. . .

Manuel Se vier a guerra, 9 eu brigo contra mil soldados com minha lença
3 P de
São Jorge. . . Se o povo de Santo morrer eu vei recriá
na ilha, . +
Morre eu, morre você. . . (Levanta a mão)

O destine ém maior que a morte. . . tira a mão de cima de mim. . .


(Baixa a mão - cai luz e hohofote sóbre cantador)

Manuel e Rosa seguiam no sertão, até que um dia, pelo sim e


pelo
não, entreu na vida déêles Corisco, diabo de Lampião.

-Eu ouvi os tires. . , ouvi os tiros. . .

Antenio - Pois é cego Julio, . . foi contra minha vontade, mas teve de ser. , .,
Merreu tudo feliz, rezando de alegria, Deixei dois vivos, pra
se
lembrar da história. . . Mas Sebastião, fói bles mesmo que
ram. . . foi o povo mesmo que maton o Santo. .- . Quero lhe pergun
-
tá uma coisa. . .
Ce so -O que tenente?

Antonio - Tá lembrado dquéle beato que deixei vivo no Manto Santo, Manuel
?
Cego - Sim Sinhê.. . foi meu guia. , faiz mais de um ano que num tenho
no ticia,
Antonio Me fala a verdade cego: Aquê le vaquero num é o mesmo cabra de nome
Satanas? Num fei o sinhô memo que entregô Ele a Corisc
o?
Ce s0 - Acho que dei destine certo., . . Num pudia ficá pensan
do e aTras tan-
do Rosa.

Antonio O cangaço é o dêstino da gente.,


. 49

- Seo Antonio, num posso entende como um moço como o sinhô persegue

um cabra como Corisco. . . Cristiano é guerreiro de São Jorge. . .

Se num fosse o cangaço já tava morto. . . lle eu entendo, mais num

entendo o sinhê., BR DFANBSB NS.CPR;TEAPTE.02%+,


p. 4a
Antonko - Num quero que ninguém entenda nada de minha pessoa. . . Me diga uam

coisa cego Julio: Quem matou o sento lá no igreja?

Cego Essa pergunta a gente esquece, . , num faiz,

Antonio Num foi Manuel quem matou o santo?

C,80 O sinhô num disse que foi o pove?

Antonio Tava mentindo. , . Num queria acreditá . . ,

Cego ! Foi a mão do ciúme. . . A mulher tem 'o hone, mas o home tem a mu-
lher mais a idéia, . ,. Quando as idéias toma conte do home, éle es-

a mulher. . . Foi Rosa que matou o santo, . . Ela matou a,

Manuel. . 1

Antonio

Cego Segue êle sem rumo. . .

ªãfntonio São dois desinfeliz, . .


.
Cego Num ma ta êlcs,wpelo amor de Deus., . .

Antonio Desinfeliz é morto vivo., Num matei duma vez, num ihato ée
outra., , ,
Corisco tá muito cansado?
Ceszo - Num mata êle também. . .

An tonãko Ele eu mato, mesmo perseguindó por debaixo de terra até


o fim,
Lego Pra que lhe adina ta? ;
An tonio bastião também perguntô isso. . . Cangaceiro é bicho
malvado que
vai ma tendo fraco e forte sem Pafar. . . eu num Posso vive descan-
sado com easà seta e esse cangaço» > +
f
Cego - Se o cangaço acaba acaba a miséria? Be a séca
acaba, acab
Quem tá errado, Antonio? Deus ou o DisBe?

Antonio - (Luz Antonio) Deus é o povo. Diabo a riqueza. Mas cansac


eiro
persegue o povo do mesmo jeito. . . Sem Gangaceiro e sem, beato, o
Povo vê mais claro. . , aí, vê o diabo pela frente, . . af eu luto
do lado de Deus. . . É por isso que preciso acabá loso com Corisco,

YTle 6,0 último dos cabras Wivo, . . Depois, é a suerra de Deus e o


Diabo, , , (Vai saindo) A Cabeça de Corisco vai rola no
chão. Canta
isso cego julio. 14 dita 2a minha missão,

Apaga as luzes e holofote no cantor


. 9 MG

R
Cantor Andando com remorse, sem Sande padroeiro, volta Antonio das Mortes,

Vem procurando noite e disk Corisco de São Jorge. . . (Repeae)


Corisco Aquela paiz a gente so encontra naimorfc. . . no céu cercado de an-

BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE. 02%1, p. A1


Mes escuta Cristi=sno, quem morre acaba. Foi Antonio mesmo quem man-

do lhe dizêé que sua cabeça ia rola no chão. . .

Corisco - Meu padrim padre Ciço fechô tudo isso aqui., Espero Ahtonio das Mo I-

tes, quero me topá com-éle de home pra home, de Deus, pra Diabel. É

o' capitão Corisco, enfrentando o Drggsão da Riqueza. ., . Se eu mor-

re, nasce outro, quem num pode morre é 920 Jorge, santo do povo. . .

Satanaz Eu morro pelo sinhô capitão.» . .

Corisco Não, você vai embora. Fico eu e Dadá.

Dadá Cristiano, a volante de Antonio anda por perto. . . Vamo embora.


L
3a tanas Num é tudo mema coisa? Sebastião, Virgulino?

Corisco Quer saber de uma coisa? Aquêle beato num valia nada, . .

_ Sa tanaz Num blasfema meu capitão. , , Num blasfema. . .

NN“Águia-031rr. Meu padrim Ciço era maior que o seu lampião.

Corisco Num mistura Sebastizo com Virgulino. . ., Num mistura senão em lhe

ma to -
e é A
Cabroeira Se o sinhô sabe de uma verdasdem maior, pode conta que eu num tenho

Medo» » -

Corisco A gente saiu derrotado do raso da catarina. . . Eu trazia Virguli-

no nas costas. (Luz de Cor) Ezequiel. . . Levino., . ,. Antonio. . .

Seus irmãos morreram Virgulino. . . de sua raça só tem você vivo.. .

Os meninos tão sozinho com as alma penando. . . quebrei tudo e num nes-

ceu nada. ., ., nem vai nasce. , , Depois de matá a gente se mata.

( Luz clara) Daí cortamo o dia e a noite, quando de longe apareceu

Sebastião, sezinho e com fome, . . Tinha deixado os padre no gcára

e fazia a mesma penitencia de NSJC, Meteu a mão na frente e foi dá


socorro a lampizo, . . Cuidava da ferida e mendou Virgulino deixá
angaço' pra num morre. Virgulino num teve medo e invocó o padrim
Ciço. . . Sabe o que Sebastião respondeu? . . . Que padrim Ciço. . .
era inimigo de Deus., que Deus era Ele e dai quiz tirá as armas de
lampião e bota una cruz no lugá. . ., Ie arrespeita santo safado.
/
BR DFANBSB NS.CPR.TEAPTE.
p. 42 P ea

Lampi£o, bateu, cuspiu, chttô e cara le. . . Home nesta terra

só tem validade quando pega nas arma pra mude o distino. . .

Num é com um rosário na mio, Satanas, é no riflé, no punhal. ,. .


(luz de cor) Tenho medo de vive senhando com a chuva de bala que
joguei em cima do bom e do ruim. . . tenho medo do inferno e das
alma penadas que cortei com méu punhal., . . Tenho medo de ficá
triste e berrando pro sol. . .,. Tenho medo Cristiane, . «- tenho
medo da escuridão da morte., ( Luz clara) Acredita, Satanaz? Num
existe home maior que lampião. . .
Virgulino era srande mais também ficava pequenes
- Num temo mais caminho pra fugi. . . 03 macacos cercaram a sáid
de Pernambuco, Alagoas e Sersipe. O tenente Antonio Jogou o la-
ço e. tá apertando com força. Disse que vai levá sua cabeça pro
Presidente,
Corisco Pode ir tudo embora. Leva o dinhero que tá no saco., Eu fico só
pra enfrenté Antonio das Mortes,. ,. .
I
abrocira Eu fico com meu capitão. . .

Corisco Vai embora Cabroeira. Morro só,

Cabroecira Então morro antes. (Tomba a cabeça)

Corisco Você vai ou fica Satanz?

Sa tanas Andei sempre contra e sua vontade. Agora é você quem decide,

Dada Hoje é o destino quem governa, Mais hoje eu também estou an2is
junto de você Cristiano, pra vive ou morre, num
faiz diferença.
Black-out rápido acendendo sobre Cantador e depois
sobre Coriscov
bem no centre.
Cantador - Procurou pelo sertão, todo mês de fevereiro, volta Antonio das
Mortes, vem procurando noite e dia, Corisco de São Jorge.
, .
Corisco (Luz clara) Eu José, com a espada de Abraão-senai coberto, Eu
José com o leite da Virgem serei borrifado. Eu José,
com o san-
gue de Cristo serei batizado. Eu José, com a chave de São
Pedro
serei fechado. Eu José na arca de Noé serei guardado, onde
não
me possam ver ou ferir, nem o sangue do meu Corpo tirar,
pB

, BR DFANBSB NS
.CPR.TEA.PTE , o 2 C + po A3
)
11

Cantador - ( No escuro) Se entregue Corisco,. Eu não me


entrego não, eu não sou
Passarinho pra vive lá na prisão, Se entrega Corisco, Eu não me en-
trego não, não me entrego ao tenente, não me entrego ao capitão, so
Me entrego de parabelo da mão. , .
Antonio (Surgindu em Cena) Se entrega Cori
sco.
Corisco (Simula suicidio)

Cantador Farreia, farreia Povo, farreias até o ªºl raiá,


mataram Corisco Fa-
learam Dadá,
Corisco asPr
Mais forte o. os yódcrcs do povo.
Todos O sertão vai vira mar . : . e o mar vai vira
(Enquento o cantador continua)

Cantador Tá contada 2 minha história na


verdade e imaginação, espero que
o senhor tenha tirado uma lição,
que assim mal dividido esse mun-
do anda errado, que a terra é do
homem, não é de Deus nem do. Dia-
bo.

O sertão vai vira mar e o mar vira


sertão.
Esta terra eu num vê vê,

O sertão vai vira mar e o mar vira


sertão. ( Vão lentamente dimi-
nuindo a voz e o Carcará inicial
irrompe confundindo.)

Black-eut.
BR DFANBSB NS.CPR;TEA.P
TE. 0267 , p - A4

Brasilia 4 Julho 1969

De:- Censor Carlos Rodrigues

Para:- Divisão da TCTC,

Analisando a peça teatral "Deus

no Cêu, digo "Deus e o Diabo na Terra do

Sol", de Glauber Rocha, vasado no filme

do mesmo nome, 9 obedece ao mesmo roteiro.

Diante do exposto, a peça teatral

deverá ter a mesma impropriedade, isto é

18 (>dezoito) anos.
Ministério da Justica
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL &

BR DFANBSB 02% +, p 45
Sr.Chefe da Seção de Censura

OCTÁVIO MORALES MORENO, enviou para exame dêste SCDP


a peça teatral " DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" de Glauber
Rocha.
A referida obra já foi examinada e liberada por Este
Órgão, conforme parecer do Técnico de Censura SILVIO RONCADOR
que propoz a emissão do certificados com a IMPROPRIEDADE PA
RA MENORES ATÉ 18 ANOS, que não foram expedidos por falta
de cumprimento por parte do interessado do disposto no arti
go 88 do Dec.20 493/46 ( Direito autoral).
Submetido o presente pedido ao Técnico de Censura
CARLOS RODRIGUES, para comparação com àquele, êste nos infor
ma por memorando, que os escritos são idênticos e que está
concorde com o parecer do Técnico de Censura que examinou
o primeiro pedido.,
Assim sendo, à vista do exposto, sugerimos que se
mantenha o mesmo critério classificador, emitindo-se os /
Certificados requeridos com a impropriedade de 18 anos e
válidos por 5 anos, para os efeitos do artigo 10 da Lei
5 536/68. s.m.j.
A consideração superior.
Em, 04/julho/
Me: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE. 02% Á, P M6

CENSURA FEDERAL (&


TEATRO P uma
Certificado Nºm
prça E O NA TERSA "O SOL /11%-

ORIGINAL pDE__GAAUBER ROCHA

APROVADO PE1lO S. C. D. P.
e Ao

// /

Chefe do S. C. D. P. êipsoN p$£ queiRo# earoi4 suestiTuto


M. J.- D.P.F.
CERTIFICADO DO 8.C.D.P.

Certifico constar do livro no__OF___fólha no __44 , de registro de peças

teatrais, o assentamento da peça intitulada _=-&%%/ MEUS E O PIABO Na TERRA nO

Original de____GLAURBFRROCHA

Tradução de BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE. 0287 ,p.4 7

Adaptação de
Produção de__F ! P a
Tendo sido censurada em ª de mº de 19_m____treceb1do |

a seguinte classúlcaçaoWW

ChegYe da )furma de Censores


de Teatro e Congeneres
DPF, SAv. 7034-FFS
#

BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE. 0? % p- 4€

boa 4e

Ora 09 -e Juno "É 1949

EnerFe -o

SR. "PEA assinem.*o "PF/SP,


Paovi-Encias (soureita)

is
Seunoa "eLEGAro, & &
« $SoLrerto vobsas ProvisEnc:as no scªn—3 "É que seJas
pairas Pela TOP, as sEouINTES retenmimações "e caráter ttemteo ,
Este Serviço: &
hu t. Asgistra ensaros orrais.ras Peças. "Um T10 CHAMo 3
Tho", re BaRAN, "COMO FOMOS", ne Artur aramow, "UM INIMIGO /
"o POVO", -e Menaix #eses "CENTRE QUATRO PAREES", re Jeam Paul Sag
Tae, "Qual É O VERESICGTO", -e Mirramf San Jaum É ""EUS E O "to /
N, TERRA "O SOL", -É AauBER Roda;
& 2. Enviar a Este SON, amatórios a resPErto/
"os URGENTE LE, «Mu
3. Envtrecar a "ocumENTAÇÃO anExa, SORIPTS E CERTIFICArOs,
aos interrEssaros - com momEs E Eunfreços mos versosoros
ros - gêmente após autorização "Esta Cutria, via rário, A vista "o
nerEarro no frem 2.
AFENGIOSAMENTE,

PE QUEIRDZ GARCIA
Ours -o SCF Suas! tuto
BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE. 02 %>, p. 4 [6]

São Paulo, 18 de Agôsto de 1 969

Do Técnico de Censura Alvaro Adamo, 130-SP

A Sra. Chefe da Turma de Censura do Departa

mento de Polícia Federal - SP.

Assunto: Ensaio Geral da péça " DEUS E O

DIABO NA TERRA DO SOL", realizado na Ci-

dade de Pirajúl, no dia 15 do corrente.

A péça apresenta um têma bastante atraente, a qual

e contada pelo cantador as dificuldades, lutas e a miseria do Nor-

te.

A encenação muito bôa, com um elênco homogênio,dan-


do lmPTGSªaO de um espetáculo de prof1591onais.
Nada há na apresent çao que disvertue o texto apro-
vado., Opino pela llberaçao do ceplificado com a impropriedade para
menores até 18 anos,

Atenciosamente

NoixX & Uuite & >


//Elvaro Adamo
ico de Censura 1130-393?
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL J

CÓPIA PARA CONTRÓLE DO D,C,T,

: p-50
BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE. 25

GBR, SILVIO CORRBA DE ANDRADE

DELEGADO REGIONAL DO DPF SÃO PAUZO

2185 25 08 69

SOLICITO COMUNICAR TODP ESTA CHEFIA AUTORIZA ENTREGA


OERTIs
FICADOS PEÇA " DEUS ET O DIaBO Na TERRA DO SOL" AO INTERESSADO
PF /
SDS ALOYSIO MUHLETUALPR DE SOUZA CHEFE SCDP
j/

BR DFANBSB NS.CPR.TEAPTE, C25 +

REG.- y'ó'â

PRAÇA 45

DEUS é O DJPBO HAP 72200 m/ fí/


ô
Q a MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
w”Oo f A “ .; frv— TI;-'

Cfõ<º DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

QNQ??? SUPERINTENDENCIA REGIONAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


Vitória, R.S9.,
Oficio no/6 9 /76/SCDP/SR/DPF/ES Em, 08 (Wil de 1 976.

DO .: Superintendente Regional do DPF/ES ZED/yq< (P

AO : Senhor Diretor da DCDP/DPF


Assunto : Scripts - encaminha

Senhor Diretor

A fim de serem examinados por essa Divisão,

estamos encaminhando, em anexo, os textos das peças teatrais a-

“baixo discriminadas:

0 URSO, de autoria de Tchekov;

"AS INTERFERÉENCIAS, de autoria de Maria Clara Machado;

UM TANGO ARGENTINO, de autoria de Maria Clara Machado;

GUERNICA, de autoria de Fernando Arrabalá


Glauber Rocha;
.ºÉºª»É&9_BEEÉE_ÉÉLÉÉÉBê—Bº—꺪ª-de autoria de
a; e Peaf
AUTO DA COMPADECIDA, de autorialde Ariano Suassun

A .INFIDELIDADE AO ALCANCE DE TODOS, de autoria de Lauro. Cesar

Muniz,.

Na oportunidade, renovo a V. Sa., protestos

de consiàeração e apreço.
A
%%É/ÁÉM
mILTON BARBOSADOSSANTOS
SUP, REG, DO DPF/ES
%ãâc/Qt/ç %aáã CLLC J M22222) &a/óazâ
Fundada em 27 de Setembro de 1917 -- Reconhecida como de Utilidade Pública Federal pelo Dec. 4.092, de 4-8-1920
Filiada á Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores
Séde : Av. Almirante Barroso, 97 - 3o andar - End. Teleg. SBAT-RIO
Rio de Janeiro - Brasil.

TE. 0257 p. 53
BSB NS.CPR;TEA.P
AUTORIZAÇÃO PARA sr Dran
N 7
REPRESENTAÇÃO DE PEÇA TEATRAL Série 5/75 M 6424
A Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), reconhecida como de utilidade pública
federal, pelo decreto n.o 4.092, de 4-8-1920, mandatária de seus associados nacionais e estrangeiros,
para todos os fins de direito, autoriza, nos têrmos do artigo 2.o do decreto n.o 4.790, de 2-1-1924,
combinado com os artigos 26 e seu parágrafo único, e 27, do decreto n.o 5.492, de 16-7-1928, art. 46
do decreto n.o 18.527, de 10-12-1928, e artigo 35 do decreto n.o 21.111, de 1-3-1932, Lei n.o 2.415,
de 9-2-1955, art. 42, do decreto n.o 20.493, de 24-1-1946, e artigo 1.o do decreto n.o 1.023, de

Música de
Tradução de
No Teatro

nos dlasª—ÁEÃ/SC/áá Pe
07,

da renda bruta de cada espetáculo, com a garantia mínima de Cr$.


por espetáculo, obrigando-se a Empresa a fornecer à SBAT uma cópia do "bordereau'" de receita, de-
vidamente autenticado responsabilizando-se pela sua exatidão, bem como pelo integral pagamento
dos direitos autorais acima estipulados, em moeda corrente.
Esta autorização obriga a Empresa, implicitamente, a pagar à Da mesma forma obriga-se a Empresa a incluir nos
SBAT a mesma cota percentual, a título de direitos autorais, bordereau de receita, como ingressos vendidos a preços
sobre as importâncias que receber de qualquer entidade, normais, todos os que forem utilizados por sócios cotistas
pública ou privada, Repartições Federais, Estaduais ou Muni- da Empresa ou do próprio teatro, para os efeitos da
cipais, desde que tais recebimentos a obriguem a conceder cobrança do direito autoral,
ingressos, no todo ou parte da lotação, o
dos mesmos, a qualquer título

ÍQ 2 de 191%
Esta via de Autorização não vale como recibo. Deve ser
anexada ao programa respectivo e entregue às autoridades
competentes.-A quitação do direito autoral respectivo, só We 4
poderá ser dada na primeira via do recibo oficial da SBAT. (pelo SEAT)

200 Blocos 50x50 - 5.001 a 15.000 - 4/75


TEATRO)
%
ebsol
BR DFANBSB NsS.cPR.TEAPTE. C2€ *, p.54
TITULO ”ló/S é 0 DP20 12 ZHLLO

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1) S.CT.C. Co Aedo, 4) SERVIÇO DE CENSURA

Clas. Anterior -
Praça A Éh? -As
Obs.:

DF. L___2£% /y../;/ s


A
C ah.
Resp. pela elaboração do Processo

2) PROGRAMAÇÃO

Técnico de Censura
Técnico de Censura
Data prazo Exame de ___ /.
DF. /. /

Resp. pela Programação

3) CHEFE DA S.CT.C. 5) DIRETOR DA D.C.D.P.

A S. E., para se emitirem dois certificados,


eom a classificação: impróprio para mon. o
Wi .....ARMA o
Gom os dados constantes do requerissontã ria
_________ç)
4 LL...» COndicionada
r ] ao RE. S E
do: ensaio geral, Obs.i.... poems na forma do parecer
sescoveiroesco eee sere nagar assa enemaaa corso ooo s
Em, Q/ Www 19 46_
Brasilia. Lde_MQ)de 19/60.

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Ch.

Brasília -DF de

DPF-538
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA I
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDER/ªtk“, A
DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSOES PÚBLICAS

BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE. 028 +,


p- 5
PARECER No 3738

TituLo:__DEUS E O pias

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: _1
CÉNERN+ PBrama Toa+ ra

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Estrella Bezerra R 2
BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE. 22& 7 p- 56

P. é - j©
402/76-307 C /36C/DCDP

Superintendentes Regional do DPF no Espírito Santo-SR/ES

"DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL"

Glauber Rocha

Vitória-ES

-
BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE.
0253 p 57

456/76

: ocus e o Diago NA TERRA Do soL

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APTÉ.UÃZaf(Glgg
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DIRETORIO ACADEMICO DI00 FONTAS - ES.

24 MA 10 76
PROIBIDO PARA MENORES DE 18 (DE ZOiIYTO) ANOS. CONDICIONADO
AO EXAME DO ENSAIO GERAL., O PRESENTE CERTIFICADO SOMENTE TERÁ VALIDADE '
QUANDO ACOMPANHADO DO "SCRIPT" DEVIDAMENTE CARIMBADO PELA DCDP.,
I1 + *a ! ;$ %
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7.072/77-S50DP/SR/

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DCDp

Senhor Diretor

Bm cumprimento ao que determina a Portaria

'no 042/75-DCDP, estamos remetendo a V.9., uma via do texto, re-

latórios de texto e relatório de ensaio geral das veças teatrais


É

"A CANTORA CARECA" oricginal de HUtUhâ Tonesco; "PLUFP, O PFÁANTAS-


271 al de Maria Clara Machado; <"DEUS E O DIABO NA TERRA
MINHA" "Origi
&1
em
DO SOL" o ri;sinal de Glauber Rocha; "TEATRO DE QUIHÚAL" original
vr
de Rolando Boldrin e Antonio Abujanra; "O 1NMTFAZIS" original de
Júlio César Figueira; "UM ELLPANTINHOPena INCOVODA MUITA GENTE""ori-
: - - r ta APERTA aro t f + . a a - 5 e ves 4
ginal de Oscar Von Pfunl;:; "GIMBAFRUE" original de Germano Apareci
12
do de Oliveira; "A PFABRSA DE INLDS PARREIRA" original de Gi11 Vicen-
te; "GENTE COMO /;LTTLJ Original de Roberto Freire; "EM MOBDA
CORRENTE DO PAÍS" original de Abílio Pereira de Almeida;: "HUMOR
& CIA"/Érigínal de Edson Sobral e "O FATO DG SAPATO DE FATO" --
original de Grupo Livre.
' f Outrossim, eproveitamos o, ensejo para soli-
citar a V.3., a remessa dos certificados das peças teatrais aci-
ma mencionadas.,
Na oportunidade, renovamos a V.9., protestos
de estima e consideração

Ao Ilmo. Sr.
DR, ROGÉRIO NUNES
Az Naa : a N 7 : "rá - "es - Tafr -
DD. Diretor da Divisão de Censura de Diversões Públicas
, ---BRASILIA/DF
fumo, sr. DO SERVIÇO DE CENSURA DE DIVSRSÓES PÚBLICAS

DO B,. P,F./SR/SP,
BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.
PTE. 02 € 't p.61

O TEATRO Da #&SS0OCIAÇÃO BENSPICISNTE DOS


BCONOMIÁRIOS FEDERAIS DE SÃO PAULO-TABEF-, pretendendo encenar um espe
taculo teatral, o qual se encontra em condições de ser ensaiado, vem
mui respeitosamente requerer que V.3. se digne mandar proceder ao exa
me censório do ensaio em dia e hora designados por esta Chefia-.
Para tanto presta as seguintes informa-
ções:-
NOME DA PEÇA:- "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL"
AUTOR:- GLAUBER ROCHA
DIRBTOR:- OSCAR &ILLER FILHO
PRODUTOR:- CARMSN LUCIA SOARES OL;V5IRA & DALVA APARECIDA CABRINE
ELENCO: ANTONIO DAS MORTES:- Jose Carlos Gomes
JUIO:-
CZ2G0 Nelson da Siltae
NARRADOR_àA+:-
NARR Dalva Anarecida Cabrine
NARRADORB:- Naria luisa Leão
MadaégonCG:- Maria Lucia Massarollo
OR D:- Douglas Victorio Pagliarini
(T GR ega CARMEN LUCIA SOARES OLIVEIRA
$> Alírio Rosa
Oo3 Eliana Silva Ramos
3%" :- Edmundo Mogadouro
TO SA&BASTIÃO:- Antonio Carlos
CORISCO:- Oscar Miller Filho
:- Marcia Tov ares Prado
CABROBIRA:- Douglas Victorio Pagliarini
gâgâªâggr- Alirio Rosy
V 3 Q&L:- Emília C,
POVO:- Todo o Elenco
ILUMINAÇÃO:- Vitor Raimundo
SONOQPLASIIA:-Jose Roberto Mauro
LOCAL:- Rua Wenceslau Bráz. no 16 - 4o andar - Centro - São Parlo

o Paulo, 25 de abril de 31977

“YÉÉÍQÍ (21:2ãªãg)
=OSCAR MILLER FILHO -
=-Diretor-
cas,
BR DFANBSB NS.CPR.TEAPTE. 0251 p. 672
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE CENSURA DE DIVER SÓES PÚBLICAS

PARECER No /

trruLo: "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" (Peça Teatral)

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 ANOS C/CORTES à


ka, REqase C/o

pela
Procedi ao Memoirs
ensaio geral da peça teatral: "DEUS
E O DIABO NA TERRA DO SOL", de autoria de Glauber Rocha
com o Grupo de Teatro Amador da Caixa Econômica

Manoel se embrenha na caatinga e se junta ao


bando de fanáticos seguidores de Santo Sebastião - pro
feta - que afirma que um dia o mar virará sertão, e que
o sertão virará mar, e que o Sol choverá ouro e que pa
para provocar esse milagre é preciso matar toda
os que fazem o mal., Em Sebastião e seus seguidores, fo
me, ignorância e miséria fazem arder uma loucura que /
os impele até aos sacrifícios humanos. No Cangaceiro /
Corisco, a cujo bando Manoel se junta depois que o àn
to Sebastião e seus seguidores são destruídos fome, ig
norância e miséria, fomentam uma ferocidade insaciável
e demoniaca. Assim o Santo Sebastião e Corisco repre-
semtam Deus e o Diabo, ambos formados pela solidão do
sertão. De maneira caracteristica, a solução do proble
ma social, representado por figuras como Sebastião e
Corisco, é confiada à carabina de Antonio das Mortes »
matador profissional, figura do assassino
qual imagina que uma vez eliminados o Diabo (Corisco )
e Deus (Sebastião) haverá uma guerra que redimirá o er
tão. Manoel escapa e fica como testemunha da verdade.

Opino por sua liberação para maiores de 18


anos, com cortes às Fls. 6, 7, 10 e 11.

São Paulo, 16 de maio de 1 977

C
A CORREA
s/ªç/ 2 DPF -7a2
* BR DFAN
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA BSB NS'CPR'TEA'PTE' 028 ), () s é 3
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÓES PÚBLICAS

PARECER No /

TÍTULO: "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" de Glauber Rocha

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 ANOS, COM CORTES


%MMÓ'

Antonio das Mortes, matador profissional, a ªrocura


segue Corisco ,
de um homem, Manoel, o próprio Satanás, o qual
a fim de matá-lo. Manoel representa um herói capaz de incitar
o povo a revolta. Antonio das Mortes acredita que matando-o ,
matará o Diabo e com isso redimirá o sertão. Manoel é fdolo, -
havia matado o patrão por este ter lhe furtado uUudas vacas, tem
esperanças que o sertão "virará mar e o mar tornar-se-á sertão.
O responsável por esta inabalável fé de Manoel é San
to Sebastião ( representando Deus ), cujo fanatismo leva o po
vo a esperança de que acontecerá um milagre, através do qual
se saciará a fome e a sede, já que se terá água em abundância,
Rosa, mulher de Manoel, mata Santo Sebastião; com is
so quer matar a fe de seu Marido, por tanto crer na mudança
-
geo-física do sertão.
A peça é contestatória em todo o seu decerrer, fala
em problema social "... que é confiado à carabina de Antonio
-
das ªbrtes...", cabendo ao prórpio homem ser a lei que distin-
guira o bem do mal; fomentando à revolga, o povo faminto,
ig
norante_e perseguido, advindo da situação da seca,
Por incitar
O Povo a guerra..." home nessa terra só tem
validade quando pe
8a nas arma pra muda o destino...", por exaltar a
riqueza como
produto do "Diabo " e portanto levando o rico
a ser perseguido,
Enfim pelo tema certos problemas só compreen
didos por uma faixa etária com maiores condições
# de compreen-
sao, sou favoravel a liberação dessa peça para
maiores de 18
ANOS, com cortes às páginas 4,6,7,9,10
e 11, por infringirem
normas censórias. '
Devendo o Ensaio Geral ser examinado com
igor.

São Paulº,Zª;4;Z;Zbril de 1977

Maria Vrania Leite Correia Lima

DPF-742
J
BR DFAN
BSB NS.CPR.TEA.P
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA TE. 028)
A
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÓES PÚBLICAS

PARECER No
NUTTGS
DEU
GA TEATRAL

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: __1!

DPF
BR DFANBSB NS.CPR.TEA.PTE. 0287, P- 65

TEATRO

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2) PROGRAMAÇÃO

Técnico de Censura

Técnico de Censura

Data prazo Exame de ___ /.

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Resp. pela Programação

3) CHEFE DA S.CT.C. : 5) DIRETOR DA D.C.D.P.

A s. E., para se emi


tirem dois certificados
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cem. a classificação: *
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longe, num temo nada prá levá, a nao sê nosso distino....( MANOEL ER ROSA SAEM JUNTOS ªw
pela PEATETA - CABISBATXOS )......
HOLOFOTE ACENDE NO CANTADOR E LENTAMENTE NO PRATICÁVEL ALTO, ONDE SE ENCONTRA A IMAG
EM DO VISIONÁRIO SEBASTIÃO.

BR DFANBSB NS.CPR;TEA.PTE. 02% +


25 +, p.66
CANTADOR:
Sebastiao nasceu do fogo no mes de fevereiro
Anunciando que a desgraça ia queima o mundo inteiro
Mas que ele podia salvâ, quem seguisse os passo dele
Que era santo, que era santo.....que era santo e milagreiro...(bis)

. HOLOFOTE APAGA NO CANTADOR E VAI ACENDER SOBRE SANTO SEBASTIÃO NO PRATICÁVEL BAIXO.-
-( CONCERTO DE GRIEGH COMO FUNDO E TEMA PARA PREGAÇÃO )-.

SANTO SEBASTIÃO:- (segurando uma cruz de galhos)..Foi D.Pedro que descobriu o Brasil
e levantou a escada de pedra prá levá nois tudo prá perto de Nosso Sinhô Jesuis Cris
to. A desgraça devagar vai caí sobre o sertão mais quem tivé cumigo nesse tempo vai/
se salvá, porque um anjo voando do cêu numa carruáge mais brilhante que o sol que a-
lumia disse cum sua santa boca as promessa de Deus criado do mundo e das coisa......
Mais só eu, ouvi o anjo dizê....8ó prá mim 8le falô que o Sertão ia virá Mar e o Mar
ia virá Sertao...e quando isso acontece tá dita a hora do milagre....vai aparece in-
tão a grande ilha além do Monte Santo.....0o santo lugá onde das pedra vai corre o mel
doee prá matá a nossa fome....no lugá de seca vamo tê muitaagua prá bebê.....e vo-
ceis vão vê os minino bebê leite nas aguas dos rios... Mais entes que isso aconteça
Wuelw—gqggqªggenpâ e nessétia"
chovê muito ouro....dai entao está pfovocado o milagre....o sertão vai virá mar e
mar vai virá sertao....mais só quem mi sigui vai se salvá e se sentá no trono do la
de Nosso Sinhô.... Vamo acabá logo com os perseguidô....êles pensa em acabá cum a pa
lavra do seu Santo...Mais, nois num vai ficá suzinho naão....proque meu irmão Nosso/
Sinhô Jesuis Cristo mandou um anjo guerreiro prá cortá a cabeça dos inimigo....
MANOEL:- (entrando pela platéia, com Rosa e uma multidão)-(gritando)-Tá falano a -
verdade meu Santo tô aqui práte protegê e te garanti...
SANTO SEBASTIÃO- Louvado seja Nosso Sinhô Jesuis Cristo que mandô a espada de São /
Jorge-»
POVO:- AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA.....(REZANDO SEMPRE)
SANTO SEBASTIAO:- Louvado Seja N.S.,J,C........
POVO:- (alguns rezando e outros respondendo).-Para sempre seja louvado......

ASSIM PROSSECUE ATÉ QUE A PROCISSÃO CHECUE AO PALCO AO LADO DE SEBASTIÃO-(sempre re


zando e respondendo ao Santo)
HOLOFOTE COM EFEITO DE LUZ ESTROBOSCÓPICA, SIMULANDO TIROS CONJUNTAMENTE COM EFEITO
SONORO, PROJETA-SE SOBRE SEBASTIAO E O POVO DEPOIS APAGA-SE E CAI LUZ BRANCA SOQEEZ
O_CANTADOR;:;-

CANTADOR:
Ba morte do Monte Santo, sobrou Manoel Vaqueiro...
Por piedade de Antonio....(Matadô de Cangaceiro...
Matadô....Matadô....Matadô de Cangaceiro....(bis).
Matadô....Matadô....Matadô de Cangaceiro....(bis).
HOLOFOTE VAI SE APAGCANDO VAGAROSAMENTE E OS ATORES UM A UM PELOS LADOS DAS ROTUN-
DAS, VÃO SAINDO DE CENA-,
BLACK-O0UT RAPIDO....E HOLOFOTE RETORNA SOBRE

BR DF P
ANBSB NS.CPR.;TEA.PTE, 028 t p. 6+

A história continua, preste la mais atenção


Manoel e Rosa andou pelas veredas do sertão
Ate que um dia pelo sim ou pelo não........
Entrou na vida deles...CORISCO...Diabo de..
( LAMPIÃO, . ......
=(ANTONIO DAS MORTES DEVE ENTRAR PELA PLATJIA)
HOLOFOTE SOBRE PRATICÁVEL ALTO E UM SOBRE MANOEL NO BAIÃO........)/
(EFEITO DE LUZ EM FORMA DE CRUZ SOBRE SEBASTIÃO QUE ESTA NO ALTO)
=(VISÚES DE MANOEL)=
Manoel :- (Olhando para Sebastião no alto):- Se a ilha prá lá do Mon
te Santo não existe....prá que ficá sofreno até o fim da
vida?...proquê, ...?
Sebastião:- Pró que Jesuis Cristo morreu na Cruiz e ninguem sofreu/
por ele,
Manoel:- Mais eu num posso v1nga....Jesu1s Cristo... (desconsolado),
Sebastião:- Você foi enviado pra sê a múnha forç a no sofrimento e /
—rr:———W z Z eeo

na guerra, ,. Na palz o home num aprende.;..tem de luta...


N,
CE eira 3
tem de morre-pra vente. )
HOLOFOTE APAGA-SE-DE-SEBASTIÃO Rn D/FICA SOBRE MANOEL E ROSA,
Rosa:- Se esqueceu de mim,,.
Manoel :- Num mi lembro direito de nada,...nem da noite,..nem do dia,
Rosa:- A gente vivia junto lá na fazenda...tem quase um ano que tâmô
no Monte Santo..., Veio a guerra e voce foi me
Manoel :- Prá.recriar na ilha eu tenho que fica suzinho, me livra de
#
muie e fio,
Rosa:- A ilha num existe.... (descrente)
Manoel:- (com convicção) Existe...eu espiei no rio e vi no fundo das

Águas.
Rosa:- Ele lhe disse que a ilha num existe.,...e que nóis devia era an
da no sofrimento...eu fui atraiz de você e escutei....
Manoel :- É mentira...você e esse povo num presta, num vale nada,
Mais eu vô ficá vivo...vô se rei...vô criá meu gado num campo
de capim verde,, ...».»
Rosa:- Isso é sonho Manoel,'A terra é toda seca,é ruim, nunca pariu/

nada que prestasse.Prá que fugi, se desgraçâ na esperança, ..


Vamo trabaiá (interrogando),
Manoel:- Se você num acredita, num e mais minha muié,Ninguém pode/
duvida do Santo, que ele é a salvação....
» e
Rosa:- Quem lhe pode salva sou eu,..%alva essa gente toda, antes que
«O
anjos.... BR DFANBSB NS.CPR.TEAPTE. 0?5 +,p. 6 R
DADA:- Me escuta Cristiano, quem morre acaba. Foi Antonio mesmo quem
mandou lhe dizé que sua cabeça ia rolá no chão...
Corisco: Meu padim padi Ciço, fechô tudo isso aqui(passando a mão,
sobre o peito). Espero Antonio das Mortes, quero me
cum ele de home prá home, de Deus prá Diabo.,X o Capitão /
Corisco, enfrentando o Dragão da eu morrê, nas-
ce outro, quem num pode morrê é São Jorge, santo do povo,...
Satanaiz:- Eu morro pelo sinhô Capitão...

Corisco:- Não, você vai embora, Fico eu e Dadá.

Dadá :- Cristiano, a volante de Antônio anda por perto,...vamo embo

ra.'

Satanaiz:- Num & tudo a mesma coisa? Sebastião, Virgulino?


Corisco:- Qué sabé duma coisa? Aquele beato num valia nada,

Satanaiz:- Num blasfema,...meu capitão.....num blasfema,...

Cabroeira:-Meu padim Ciço, era maior que o Seu Lampião...


Corisco:- Num mistura Sebastião cum Virgulino, num mistura senão /
lhe mato,

Cabroeira:- Se o sinhô sabe de uma verdade mior, pode contá que eu


num tenho medo,

Corisco:- A gente saiu derrotado do raso das: Catarina, eu tra-


zia Virgulino nas costa, (Luz de cor apagando a clara) - (

Corisco está divagando )-Ezequiel, ,, .Levino, Antonio, ,....

Seus irmãos morreram Virgulino...de sua raça sá tem você/

vivo...os menino tão suzinho, com as alma penada, quebrei


tudo e num nasceu nada....nem vai nascê,...Depois de mata-
a gente se mata---([LUZ CLARA APAGANDO A COLORIDA)-.Daí //
cortamo o dia e a noite, quando de longe apareceu Sebasti
ão, sozinho e cum fome. Tinha deixado os padre no Ceará, e
fazia a mesma penitência de as mão na fren
te e foi dá socorro a Lempião, Cuidava da ferida, e mandou
Virgulino deixa o Cangaço prá não morrê, Virgulino num te

ve medo e invoco o padim Ciço, Sabe o que Sebastião respon

deu? Que Padim Ciço era inimigo de Deus, e que Deus era /

ele, e daí quiz tiraá as arma de Lampião, e botá uma cruiz


7 .
no luga, Te arrespeita Santo safado.... Lampião bateu, /

cuspiu, ---! dele * Aqgterra SO gem vali

GO MraBOPrÉE mudaoTestino.,
ae emo, =* | R j
BR DFANBSB NS.CPR;TEAPTE. ( 25, 5 69

o rosário na mão, Satanaiz, é no rifle e no punhal...(LUZ DE /

COR SOBRE CORISCO )- Tenho medo de vivé sonhando com a chuva de bala

que joguei em cima do bom do ruim,... Tenho medo do inferno e /

das alma penada que cortei com meu punhal... Tenho medo de ficá

triste berrando prô Sol... Tenho medo medo da

escuridão da Morte.....(LUZ CLARA SOBRE CORISCO) Acredita Sata

naiz ? Num existe home maior que Lampião...

Dadâz—Virgulino era grande mas também ficava pe


Satanaiz:- Num temo mais caminho prá fugi...
da de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, O tenente Antonio jogô o /
laço e ta apertando com força, Disse que vai leva sua cabeça pró

Presidente, .
Corisco:- Pode ir tudo embora, Leva o dinheiro que tá no saco,. Eu ft
co só, pra enfrentá, Antonio das Mortes,...
Cabrocira:- Fico com meu capitão,...
Corisco:- Vai embora Cabroeira, Morro sô.
Cabroeira:- Então eu morro a cabeça).
Corisco:- Você vai ou fica Satanaiz?
Satanaiz:- «Andei sempre contra a sua vontade, mas agora é voce quem
decide,
e 4 7
Dada:- Hoje e o destino quem governa, Mas hoje eu tambem estou mais/
« A C « f C A A + C
junto de voce Cristiano, pra vive ou morre, num faiz diferen
çaOCDÍOQO

BLACKZOUT RÁPIDO ACENDENDO SOBRE CANTADOR E DEPOIS SOBRE CORISCO BEM


NO CENTRO DO PALGO,

CANTADOR
Procurou pelo sertão, todo mes de fevereiro....
Volta Antonio Das Mortes, vem procurando noite e dia...
Corisco de Sao Jorge,...
Corisco:- (LUZ CLARA):- Eu José, com a espada de Abraão serei cober

to., Eu José, com o leite da Virgem serei borrifado, Eu José,


com o sangue de Cristo serei batizado, Eu José, com a chave/

de São Pedro serei fechado, Eu José, na arca de Noé, serei /


guardado, onde não me possam ver ou ferir, nem meu sangue de

meu corpo tirá.


HOLOFOTE SOBRE O CANTADOR ()()

CANTADOR:-

Se entrega Corisco, Bu n㺠me entrego nao.


su P R A .“"
Eu não sou passarinho pra vive la, na prisao.
07571, / 30
BR DFANBSB NS.CPR.;TEA.PTE, )
«oo 3

1441/77 DF, 20/09/77

em São Paulo

707 2/77-SCDP/SR/SP

"DES E O DIARQ NHA TERRA DO SOL" de Glauber Rocha.


"o BR DFANBSB NS.CPR.TE
A.PTE. 0 2G EA p +!

456/77-A-

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

GLAUBER ROCHA

31 4

zi;
MÃ/
ROGERIO NUNES
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

GLAUBER ROCHA

TBATRO DA ASSOCIAÇÃO BENBFICIENTE DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS-SP

OSCAR MILLER FILHO

21 SETEMBRO 17

IMPROPRIO PARA MENORES DE 18 (DEZOITO) AROS, C/CORTES !


As FLS. 96, 07, 10 e 11. CONDICIONADO AO EXAME DO ENSAIO GERAL, O PRE-
SENTE CERTIPICADO SOMENTE TERZ VALIDADE QUANDO ACOMPANHADO DO SCRIPT DE
VIDAMENTE CARIMBADO PELA DCDP.
S
a

21 SETEMBRO
ora A. MOLINARI É CARVALHO

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