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ANOLETWO 20222003 __Fihade labo de educa teialelganica- 12770 Grupo! Leia atentamente 0 poema de Mensagem, de Fernando Pessoa. Prece Senhor, a noite velo e a alma é vil Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no siléncio host, (Omar universal e a saudade, 5 Mas a chama, que a vida em nds criou, Se ainda ha vida ainda nao ¢ finda. O frio morto em cinzas a ocultou: ‘Amo do vento pode ergué-la ainda. Dd 0 sopro, a aragem — ou desgraga ou dnsia -, 10 Com que a chama do esforco se remoga, E outra vez conquistemos a Distancia ~ Do mar ou outra, mas que seja nossa! PESSOA,Femande, 2008, Poesia 6 Eu ston Asse & Abin (ea) Apresente, de forma clara e estruturada, as respostas aos itens que se Seguem. 4. Estabeleca a ligagdo entre o titulo e o assunto do texto, 2. Caracterize os dois momentos temporais aludidos no texto: 0 passado @ o presente, 3. Refira 0s sentimentos expressos na Citima estrofe, identificando a sua origem. ‘Ao longo do texto, © sujeito postico fala em nome de um “nds. 8). 4.1, Identifique o grupo em que se integra e a que dé voz no texto. Scanned with CamScanner ANOLETIVO2cz22013 _Fehade taba d efucaptolerbialetwayramdice12%an0 : Grupo I Leia atentamente o texto que se segue. D. Sebastiado regressara numa manha de nevoeiro Se existe um mito fundamental da nacionalidade portuguesa, esse mito ¢ 0 do ‘Sebastianismo, Independentemente da classe social e do nivel de educacdo, quase toda a Gente vive d espera de alguém que “venha endireitar isto”. [.] (0 “legitimo” Desejado, fundador inconsciente do mito, foi D. Sebastido. Paradoxalmente, 5 tratou-se talvez do pior rei da Historia portuguesa, se é que tais coisas podem ser medidas com fiablidade. Vejamos como péde isto acontecer. Sentado no trono aos 14 anos de idade, em 1568, 0 neto de D. Joao II (0 pai morrera com 16 anos, de diabetes juvenil) pensava em tudo menos em governar o Pais. Sem fazer grande caso do que os conselheiros Ihe diziam, miségino e desprezando totalmente a des- 10 cendéncia (nunca the passou pela cabega ter um filo), sonhava com cagadas e guerras ‘contra os “infiis". Um dia embarcou em Pago de Arcos pata Tanger sem dar palavra a ninguém e ali quis convencer a guarnigao daquela praga-forte ocupada pelos portugueses a reconquistar Larache e Arzla, abandonadas pelo av6. Conseguiu regressar com vida mas ia naufragando numa tempestade que o alirou para a Madeira. Sempre @ sonhar com um 1s império cristo no Norte de Africa, resolveu em 1878 intervir numa disputa entre dois. senhores da guerra marroquinos, aliando-se a um deles. Arrastou para a aventura toda a nobreza portuguesa, & frente de um exército de 25 mil homens. Parttam como se fossem para uma festa, e a maioria perdeu a vida em Alcécer Quibit, numa batalha absurda — sem objetivo, sem tética, sem lideranga, Oliveira Martins esoreveu que no areal onde se travara a 2 balalha se acharam 10 mil guitarras, mas isso também deve ser um mito. Feitos prisioneiros, muitos nobres foram regressando & medida que iam sendo pagos os resgates exigidos pelos marroquinos. Quem nao se lembra do “Romeiro’ da peca de Almeida Garrett Frei Luis de Sousa, que nao era outro sendo D. Jogo de Portugal, um nobre desaparecido em Alcécer Quibir? Chegavam também muitos cadveres de nobres. Como 0 25 corpo do rei nao fosse encontrado, nasceu a crenca no seu regresso com vida, mais tarde ou mais cedo. O desejo popular de que isso sucedesse devia-se 20 facto de D. Sebastiéo néo ter descendentes, 0 que significava que a coroa deveria passar para Felipe Il de Espanha, filho de Isabel de Portugal e neto de D. Manuel |. Isso veio efetivamente a acontecer, tendo Portugal estado ligado & Espanha entre 1580 e 1640. 20 Durante estes 60 anos os patriotas néo pararam de sonhar com o regresso do Desejado, também chamado Encoberto e Adormecido. O seu aparecimento deveria verificar-se numa manha de nevoeito, & proa de um navio, para resgatar Portugal e fundar um novo império. Mas durante 0s primeiros tempos de “dominagdo filipina’ (como costuma dizer-se) esta aspiragao popular ndo era compartihada pela maioria da nobreza, que esteve aliada aos reis, 8 espanhéis, s6 vindo a mudar de opiniéo muito mais tarde, ja na década de 1630. Um grupo de fidalgos lideraria entao a Restauracdo, um movimento largamente apoiado pelo povo. MARTINS, Lu, Sebastoregrssard numa manns de nevoeo" In Visde,n° 810,12 de agosto de 2010 ‘Selecione a nica opgao que permite ober uma afirmagao adequada ao sentido do texto, 4. Com autilizagao do advérbio “Paradoxalmente” (4), 0 jomnalista Scanned with CamScanner ANOLETWOen2- 20 Fade atubo de edcartotereluralyanatia- 12% 4 6. (A) explora a fundagao do mito sebastianista. {B) salienta a incompeténcia governativa de D. Sebastiéo. {C) chama a atengo para as facetas antagbnicas de D. Sebastigo. {0) enaltece as virtudes espirituais do rei Desejado, 2. O antecedente do pronome pessoal que ocorre em “Sem fazer grande caso do que os cconselheiros Ihe diziam”(l.6.9) 6 (A) ‘D. Sebastido” (|. 4). (8) ‘oneto de D. Jogo Il" (I. 7). (C) *pait (1.7) (0) “consetheiros" (I. 9) 3. Aenumeragdo “sem objetivo, sem tética, sem lideranga ."(. 18-19) destaca {(A) as dificuldades em encontrar um lider para a miss&o portuguesa. (8) a insensatez da partcipacSo portuguesa na batalha. (C) a falta de experigncia dos soldados. (0) a escassez de recursos materiais das tropas lusas. 4, Relativamente 20 contetido da oragdo anterior, a oragéo iniciada por ‘mas”(.20)apresenta (A) uma consequéncia. (B) uma ideia equivalente. (C) um outro ponto de vista. (0) uma explictacao. 5. O-constituinte sublinhado na frase “Chegavam também muitos caddveres de nobres."(. 24) desempenha a fungao sintatica de (A) complemento direto. (@) sujet. (C) predicativo do sujeito, (0) modificador do nome restrtvo. 6. As oragles “para resgatar Portugal e funder um novo império." 32) so subordinados (A) adverbiais causais, (8) adverbiais finals. (C) adverbiais consecutvas. (0) adverbiais temporais. 7. As expressées “em 1568"(. 7), “em 1578". 15), “entre 1580 e 1640"(. 20) ‘na década de 1630" (38), usadas no decorrer do texto, contribuem para garanti a sua coeso (A) lexical {B) referencial. {C) temporal. (0) intertrésica. 8. Justifique 0 uso de aspas na expresso “venha endireitar isto" (3) 9. Indique o valor aspetual presente na frase “Partita como se fossem para uma festa” (16.17), 10. Identifique a fungao sintética desempenhada pelo constituinte sublinhado em “esta aspiragao ‘popular néo era compartihada pela maioria da nobreza.”(l. 3-34). Scanned with CamScanner

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