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Mensagem

Poema
«O das Quinas»
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Roque Gameiro,
Nau portuguesa
de fins do século XV.
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Primeira Parte: BRASÃO


I. OS CAMPOS
Primeiro: O das Quinas Os Deuses vendem quando dão.
Compra-se a glória com desgraça.
Ai dos felizes, porque são
Só o que passa!

Baste a quem baste o que lhe basta


O bastante de lhe bastar!
A vida é breve, a alma é vasta:
Ter é tardar.

Foi com desgraça e com vileza


Que Deus ao Cristo definiu:
Assim o opôs à Natureza
E Filho o ungiu.
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Quinas

As chagas de Cristo
(Milagre de Ourique)

Sofrimento
Título do poema
remete para
a dor enquanto
condição
necessária para
alcançar a glória
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«Deuses vendem quando dão.» (v. 1)



Aforismo

Os deuses dão aos homens Os que pretendem elevar-se acima


mas exigem algo em troca da sua condição animal e alcançar
 a glória e a imortalidade têm
Na relação com os homens, de sofrer
os deuses vendem

O que vendem os deuses? A glória

Como pagam os homens? Com a desgraça


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Os que não procuram a glória Os que se satisfazem


= respondendo
Os que se contentam aos instintos básicos
 da vida
«Baste a quem baste o que lhe basta / ≠
O bastante de lhe bastar!» Os que pretendem
(2.ª estrofe) afastar-se da sua
condição animal

Relação com Cristo


(3.ª estrofe):
o sofrimento revelou
a sua condição
de Filho de Deus

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