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ESQUEMA RETÓRICO

Capítulo IX do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 7.


Vocativo.
INTRODUÇÃO
O nosso tema está no Capítulo IX do Evangelho Segundo o Espiritismo,
e é interessante observar que o Espírito Amigo fala do tema, a
paciência, referindo-se a dor, nos orientando no que diz respeito a ter
paciência perante a dor; o valor nobre da resignação perante a dor que
nos aflige ou aos nossos entes queridos; e ao perdão, como caridade
verdadeiramente meritória. E nos conclama a ter coragem; paciência
e coragem, tendo o Cristo como modelo, e que sem ter nada de se
penitenciar, sofreu mais do que qualquer um de nós.
1º ARGUMENTO
A dor é uma prova a qual Deus submete seus eleitos, ou seja, aqueles
a quem o Senhor da Vida escolheu para avançar na sua jornada
espiritual, adiantar o seu progresso; e estes, os escolhidos, não devem
se desesperar, se afligir. Ao contrário, para tal prova devem ser
guardadas no coração a Fé e a Esperança, a Gratidão; pois que esses
eleitos foram escolhidos para a glória no céu, - que na nossa expressão
linguística se traduz como o plano da elevação espiritual, portanto mais
próximo de Deus.
Bendita seja a dor neste mundo; a dor física, a dor moral... Bendita
seja a dor neste mundo em que expiamos e somos colocados a prova.
Toda honra e glória a Deus, o Senhor da Vida!... Ampara-nos, senhor
Jesus! Dá-nos força e coragem para suportarmos com resignação e fé,
com esperança, as nossas dores! Com paciência!
Sejamos pacientes na nossa dor e na dor do outro, a quem devemos
amar; o outro necessita da nossa paciência, para que ele também
tenha paciência na sua dor; para que a nossa paciência e amor o
fortaleça na prova dolorosa... sejamos pacientes!
O Capítulo V do Evangelho Segundo o Espiritismo, Bem-aventurados
os aflitos, (Item 12. Motivos de resignação) nos fala que por estas
palavras, Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus
aponta a compensação que terão aqueles que sofrem; que sofrem com
resignação, bendizendo o sofrimento, porque o sofrimento antecede a
cura... é a preparação para a cura; a cura espiritual.
Parece muito, muito estranho bendizer o sofrimento, estar feliz ao
sofrer; mas as dores deste mundo são o pagamento do que devemos
em outras vidas, o pagamento das faltas cometidas. E devemos – ou
deveríamos - nos sentir felizes, por nós e pelos outros, porque
suportadas as dores com paciência, seremos poupados de séculos de
sofrimento nas próximas encarnações. Ou seja, as grandes dores que
sofremos com paciência e resignação, saldam grande montante de
nossas dividas, Deus nos escolhe para avançar, pois seremos seus
servidores, Ele precisa de nós livres das dívidas, emancipados
espiritualmente, para O servir na senda eterna da Vida. Por isso e para
isso somos eleitos para sermos submetidos a dor e ao sofrimento. O
Evangelho traz como exemplo alguém que deve grande soma, e o
credor lhe diz: Se me pagar hoje mesmo a centésima parte do que me
deve, eu quito o restante da dívida e você fica livre, não me deve mais
nada; se não, vou ficar te cobrando até que você me pague a última
parcela! Este é o sentido das palavras Bem-aventurados os aflitos, pois
que serão consolados. São felizes os que saldam suas dívidas e porque
depois de saudarem, estarão livres.
O Espírito Amigo nos diz no Capítulo IX do Evangelho Segundo o
Espiritismo, no item 7, que a paciência é uma caridade, e devemos
praticar a lei de caridade ensinada pelo por Jesus, o Cristo enviado de
Deus. A caridade do perdão... a caridade da esmola dada aos pobres é
a mais fácil de todas. Mas a caridade do perdão – muito mais penosa
e difícil, por sua vez, tem muito mais valor; é muito mais meritória
para quem pratica, perdoando aquele que foi colocado por Deus em
nosso caminho, para ser instrumento do nosso sofrer; para colocar a
prova a paciência... Sejamos resignadamente pacientes!
Na questão 530 d’O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos
espíritos superiores:

530. Os Espíritos levianos e zombeteiros podem criar pequenos embaraços que


atrapalham nossos projetos e confundir nossas previsões? Em uma palavra, são
autores das chamamos pequenas misérias da vida humana?

- Eles se satisfazem em causar aborrecimentos que são provas para exercitar a vossa
paciência, mas se cansam quando não conseguem nada. Entretanto, não seria justo
nem exato acusa-los de todas as vossas decepções, de que sois os primeiros
responsáveis pela vossa leviandade. Acreditai, portanto, que, se a vossa baixela de
louça se quebra, é antes pela vossa falta de jeito do que por culpa dos Espíritos.

2º ARGUMENTO
É quando chamamos a razão em nosso auxílio, para equilibrar o
sentimento que nos toma por impulso primário, instintivo...
O conhecimento adquirido nos traz a luz da razão; Joanna de Angelis
nos diz, no seu livro Jesus e o Evangelho a luz da Psicologia Profunda,
psicografado por Divaldo Franco, ela nos fala que Jesus era dotado de
extrema paciência, por conhecer o passado das almas e já prever seu
futuro. A Doutrina Espírita nos trouxe ao conhecimento, que temos um
passado, temos vidas... ou melhor, vivencias em existências pretéritas
e estamos a caminho da luz, a caminho da plenitude. Portanto,
tenhamos paciência! Ela nos diz também que “A paz deve constituir a
meta do ser pensante que luta em contínuas tentativas de adquirir a
plenitude.”
A paciência é a exteriorização da paz, e a benfeitora Joanna de Angelis
nos diz que este é um tesouro precioso, que não podemos deixar ser
afetado em nenhuma circunstância; porque é uma conquista
individual, adquirida pelo esforço empregado na auto iluminação, pelo
autoconhecimento, pela descoberta dos objetivos da nossa existência;
e se transforma em caridade; essencial quando nos dirigimos para
ajudar os que sofrem. Ajudar com bondade, trabalhando a resignação,
que também deriva da paciência. A resignação é o entendimento e
compreensão de que tudo acontece sob a Ordem Divina, para atender
as nossas reais necessidades, que são as nossas necessidades
espirituais.

3º ARGUMENTO
Temos sidos tomados por um surto de ansiedade nos últimos tempos;
as pessoas tem perdido o auto controle, com facilidade, nas situações
mais simples do dia-a-dia. E também tem nos faltado o autocontrole
com os irmãos colocados em nosso caminho para o nosso burilamento,
para a construção da paz em nós. Cada irmão, cada situação que nos
põe a prova, que nos testa, é um tijolo para a edificação da paz interior,
que se apresentará, será manifestada pela paciência, como bem nos
esclareceu a benfeitora Joanna de Angelis.
Emmanuel, no livro que tem por título Paciência, pela psicografia
de Francisco Candido Xavier, nos recomenda no capítulo 4:

Em qualquer agitação exterior, mantém a serenidade necessária para que não destruas
a formação do auxílio que já estará na direção do teu próprio endereço.

Deus, sendo soberanamente justo e bom, quando a provação é


colocada diante de nós, o auxílio já está de prontidão, em formação
para nos acudir; para este auxílio Divino se efetivar, é necessário,
nas situações de prova, mantermos a calma, a serenidade, o
autocontrole mínimo que a gente já consiga, em favor da intervenção
desse auxílio. Sejamos pacientes!
Emmanuel também recomenda:

Sempre que te faça possível, pede aos Céus te fortaleça com a paciência para que não
se te dificulte o caminho para a frente. A impaciência não te servirá em circunstancia
alguma. Ao invés disso, a precipitação te criará obstáculos de que não necessitas.
Nesses momentos, diante da situação de provação, fechamos os
olhos, respiramos e expiramos profundamente e mentalizamos a
imagem de Jesus, o Cristo... Porque nem sempre dá para fazer uma
prece; mas a mentalização d’O Divino Benfeitor surte o mesmo
efeito, estabelecesse a sintonia com os irmãos invisíveis, que já
estão de prontidão para nos auxiliar; é como um clique que a gente
dá no aparelho pra conectar na internet: basta um clique e
conectamos, não é? Da mesma forma acontece entre nós e o plano
espiritual nessas situações. A espiritualidade está de prontidão, ou
seja pronta para nos ajudar, ligada; respiramos profundamente,
pensamos em Jesus... Pronto! Conectou-se. Bendito seja Deus por
esta e tantas providencias em favor do nosso progresso espiritual
em curso. Sejamos pacientes!
NAS PÁGINAS DA MPB
As canções inspiradas na obra de Jorge Amado
A proposta consiste na apresentação de um pequeno recital de Violão e voz -
programa anexo - do músico violonista
Franklin Costa, tendo como repertório as canções compostas a partir da obra
do escritor baiano Jorge Amado, sendo
algumas com letra de autoria do próprio escritor. Canções em grande parte
feitas para a trilha sonora das adaptações
para cinema e televisão. O formato de recital demanda que a apresentação
seja feita em espaços com acústica favorável
e o número de ouvintes proporcional a sala de apresentação, pois este é
elaborado para espaços como foyers, bares, restaurantes
salões e salas com características similares, com o intuito de proporcionar ao
público uma experiência sensitiva mais
significativa e prazerosa, oferecendo aos ouvintes a música em estado puro
(ao vivo) para apreciação. Considerando a
importância de conceder o produto cultural ao público, propomos a divulgação
através de panfleto e cartaz digital nas
redes sociais e nos serviços de mídia disponíveis, e panfletos impressos a
serem distribuídos em hotéis, pousadas e nos espaços de circulação do
público que visita a cidade.
A relevância da proposta se dá na medida em que traz para o público
ao qual se destina, a música sob uma perspectiva diferenciada, conjugando o
momento de prazer e apreciação, ao
conhecimento e informação sobre a música e a obra do escritor Jorge Amado
a qual está relacionada.
Precedendo a execução de cada peça musical, um comentário e/ou
consideração são feitos pelo artista, trazendo
informações sobre o autor/compositor, dados históricos e técnicos sobre a
música a ser apresentada, contexto sócio
cultural e sobre o próprio instrumento, o violão, o qual chegou ao Brasil trazido
pelos colonizadores e se adequou de
forma extraordinária a nossa cultura tão diversificada, e cuja menção se
encontra nas páginas de muitas das obras do
escritor baiano.
PROGRAMA

1. Cantiga de Cego
(Dorival Caymmi & Jorge Amado)
Ref. TERRAS DO SEM-FIM

2. É Doce Morrer no Mar


(Dorival Caymmi & Jorge Amado)
Ref. MAR MORTO

3. Lanterna dos Afogados


(Herbert Viana)
Ref. JUBIABÁ

4. Origem / Tema de Amor de Gabriela


(Tom Jobim)
Ref. GABRIELA, CRAVO E CANELA

5. Milagres do Povo
(Caetano Veloso)
Ref. TENDA DOS MILAGRES

6. Modinha para Tereza Batista /


7. Vamos Falar de Tereza
(Dorival Caymmi & Jorge Amado) /
(Danilo Caymmi & Dorival Caymmi)
Ref. TEREZA BATISTA CANSADA DE GUERRA

8. Capitão da Areia
(Oswaldo Matheus & Zé do Violão)
Ref. CAPITÃES DA AREIA

9. A Luz de Tieta
(Caetano Veloso)
Ref. TIETA DO AGRESTE

10. Alegre Menina


(Dori Caymmi sobre poema de Jorge Amado)
Ref. GABRIELA, CRAVO E CANELA
A obra do escritor Jorge Amado alcançou extraordinária
extensão, ao ter vários romances adaptados para o cinema,
televisão e teatro. As artes plásticas estão presente nas capas e
ilustrações de várias edições, com a pintura de Di Cavalcanti, a
xilogravura de Calazans Neto, os desenhos de Caribé... E, ao ser
adaptada, sua literatura logo se estendeu a música, e diversos
compositores da MPB somaram seus talentos a escrita primorosa
e envolvente do escritor baiano. Aqui, um pequeno recital de
violão e voz traz algumas páginas de Jorge Amado musicadas,
para proporcionar uma experiência descontraída e prazerosa de
apreciação musical.
O violão está presente em várias páginas do autor grapiúna...
Também pudera, com tantos boêmios e seresteiros vagando nas páginas
de Os Pastores da Noite, Dona Flor e Seus Dois Maridos...
gemendo canções em São Jorge dos Ilhéus, tocando e cantando no
cais do porto em Mar Morto e na Lanterna dos Afogados, o bar
do cais em Jubiabá; ao “fixar aspectos do viver do povo (...de quando em vez
enternecido com essa ou aquela figura torta porém humana”)
, o autor de Tenda dos Milagres
reafirma a posição do violão na nossa cultura. E Franklin Costa,
artista da nossa cultura, baiano de Ilhéus, buscou e selecionou em
repertório algumas das canções (que são muitas) inspiradas nos
romances e personagens do reconhecido literato, localizando a
extensão da obra amadiana na Música Popular Brasileira,
apresentando para o público interessado em boa música e, por
extensão, na obra deste que tanto atrai visitantes a conhecer
Ilhéus, a vivenciar a Bahia, com todos os santos, encantos, cantos
e axé. Axé!
Fazemos aqui o mesmo convite que Jorge Amado faz, na primeira
página do belo romance Mar Morto:
“Vinde ouvir essas histórias e essas canções.”
Franklin Costa estudou na Escola Técnica Estadual de Criatividade Musical-
ETECM-Recife/PE, e fez diversos cursos e oficinas de aperfeiçoamento com
renomados músicos e professores. É poeta cordelista (autor de mais de 50
cordéis e da biografia de Jorge Amado em literatura de cordel). Em Recife,
dirigiu e participou como músico da peça O Fiscal e a Fateira, montada e
apresentada em mercados públicos de Recife, Olinda e João Pessoa (2009-
2011) e participou como ator e músico na peça Uma Certa Mãe Coragem
(2018), montagem do Teatro Popular de Ilhéus baseada na obra de Bertold
Brecht. Em 2018/2019 apresentou o recital de violão e voz Rodando a Bossa
Nova, tocando clássicos do repertório deste gênero musical brasileiro, e
ministra aulas particulares de violão. Publicou em 2021, quatro de seus
cordéis para crianças e jovens no formato de áudio livro, no qual participa
como poeta narrador e músico e está preparando novo trabalho musical, Nas
páginas da MPB - As canções inspiradas na obra de Jorge Amado para o
ano corrente.

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