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Presidência da República

Secretaria de Governo

ODS 6 NA AMÉRICA LATINA:


COMO CHEGAR À ÁGUA E SANEAMENTO
PARA TODOS ATÉ 2030?

PAULA BARATELLA
ASSESSORA ESPECIAL | SECRETARIA EXECUTIVA DA SEGOV
SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
50% dos casos de desastres

AMÉRICA LATINA: na região relacionados à


água (secas e inundações)
e as metas ODS 6
Fenômenos
HAITI, HONDURAS E
NICARÁGUA SÃO 3
DOS 4 PAÍSES MAIS
extremos VULNERÁVEIS DO
MUNDO
RECURSOS Desastres de origem
(em 3 décadas) HÍDRICOS meteorológica,
hidrológica e
90.000 vidas ABUNDANTES climatológica
perdidas na estresse
Apesar dos avanços na região.... região hídrico

A maioria dos países da


danos DEMANDA
estimados
região trata menos de 50% $120bi CRESCENTE
2015: apenas 40% da
de suas águas residuais de 2017: 91 milhões investimento população rural com
sem saneamento médio anual acesso à água potável e
forma adequada básico e 24 milhões necessário:
28% com saneamento

sem serviços
0,3% do PIB
básicos de água
regional até
grandes 2030
DESAFIOS
Fonte: Comisión Económica para América
Latina y el Caribe (CEPAL) 2019
Cobertura dos serviços de
SANEAMENTO Saneamento no Brasil
NO BRASIL (esgoto): 40,51%

29,10
Mais de 100 milhões
sem rede de esgoto 31,74

Mais de 40 milhões
sem abastecimento
55,41
58,5% das cidades sem
plano municipal de 30 62,96
ANOS
saneamento básico

4 milhões defecam ao Nesse ritmo, o Brasil


vai atrasar três décadas 43,66
ar livre (estimativa)
para atingir metas de
universalização

$
Redução de 53% de (2033 - PLANSAB)
investimentos na área (2030 – ONU)
entre 2014 e 2017
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017), Ministério do Desenvolvimento Regional - MDR
SERVIÇOS PRESTADOS BRASIL HOJE
EM SANEAMENTO

Média
População
mundial atendida
89,2% prestadoras
estaduais

grau de
por operadores endividamento
EMPRESAS
ESTADUAIS 68,9%
privados cresceu

+ de 40% ADMINISTRAÇÃO
em 10 anos PÚBLICA DIRETA 17,4%
(700 mil de pessoas (2006) para 1 bi (2016)
AUTARQUIA 9,3% 97%
3 principais motivos:
EMPRESAS
• Restrição orçamentária e PÚBLICAS 1,4%
aumento de endividamento milhões de
• Crescimento da demanda 208,5 habitantes
• Necessidade de inovação
tecnológica
EMPRESAS
PRIVADAS
2,9% 5.570 municípios

3%
ORAGNIZAÇÕES prestadores

Fonte: GWI (Global Water


SOCIAIS
0,1%
5.580 de serviços
Inteligence)

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017) MDR e Min. Economia (SDI)
BRASIL: AS MANCHETES SE REPETEM

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017) MDR


ESTATÍSTICAS PERMANECEM

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017) MDR


ESTATÍSTICAS PERMANECEM

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017) MDR


ESTATÍSTICAS PERMANECEM

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2017) MDR


CAMINHOS
Qual o POSSÍVEIS:
problema? SEGURANÇA JURÍDICA

1
Uniformidade regulatória
Fragilidades do marco legal? Participação em fundos de
O modelo atual? universalização dos serviços
Insegurança jurídica? Coordenação das ações: Comitê
Falta de investimentos? Interministerial de Saneamento
Falta de eficiência? Normatização conceitos (reuso)
Falta de regulação?
EFICIÊNCIA E SIMPLIFICAÇÃO
Falta de concorrência?

2
Falta de vontade? Universalização
Prestação de serviços regionalizada
Simplificação do processo de

Qual o
licenciamento ambiental
Planos Municipais simplificados

caminho?
Contratos com cláusulas essenciais

ABERTURA DE MERCADO

3
Como chegar à água E ESCALA
e saneamento para Novos investimentos (privados)
Enfrentamento e controle de perdas
todos até 2030? Obrigatoriedade de conexão das
residências às redes públicas de
esgotamento sanitário
Autor:

NOVO MARCO REGULATÓRIO


Sen. Tasso Jereissati

PL (PSDB-CE)

DO SANEAMENTO
Relator:
Dep. Geninho Zuliani
3.261/ (DEM-SP)

2019
Proposta ataca fragilidades do marco legal atual aprimorar as
condições estruturais do saneamento básico no País
DESAFIOS

Pulverização Contratos de Universalizar Atualizar marco Fundos para a Participação Coordenação


regulatória programa até 2033 legal vigente universalização privada tímida política nacional

Lei 11.445/2007 Municípios que Contratos terão de


SOLUÇÕES

Quem privatiza Cria o conceito de (Saneamento); Lei Autoriza a União a tenham pelo se adequar ao
ANA edita normas 11.107/2005
mantém contratos. prestação em participar de fundo menos 1.300 Plano Nacional de
“de referência”,
Os demais devem “blocos”, que une (Consórcios Públicos) com a finalidade instalações já são Saneamento para
com incentivos Lei 13.089/2015
licitar o serviço ao municípios de exclusiva de considerados a universalização
financeiros aos (Estatuto Metrópole)
término ordinário diferentes financiar serviços economicamente do fornecimento
municípios que para aplicação às
do contrato atual tamanhos, dando técnicos viáveis para de água e o
aderirem microrregiões
com a estatal escala à operação especializados receber novos tratamento de
Lei 12.305/2010 (Lei nº 13.529/ 2017) investimentos em esgoto até 2033
(Resíduos Sólidos) saneamento
NOVO MARCO: IMPACTOS POSITIVOS
EFICIÊNCIA, INFRAESTRUTURA, ECONOMIA

Infraestrutura
Pesquisa ABDIB/2019: Setores da Infraestrutura que
devem liderar intenções de investimentos nesse
1,4bi
R$
semestre: 46,6% saneamento básico, 38% energia
elétrica e 37,6% gás natural. por ano
Economia estimada
com saúde
UNIVERSALIZAÇÃO
DO SANEAMENTO

Externalidades
Capacidade de
positivas potenciais da
geração de empregos
universalização:
até 2033

1,5tri 700mil
R$450 bi em valorização
imobiliária e R$200 bi em
aumento da produtividade
(Instituto Trata Brasil, 2018)
Fontes: MDR, Ministério da Economia, Instituto Trata Brasil, 2018
SUBSTITUTIVO

POTENCIAL DO NOVO MARCO ADOTADO PELA


COMISSÃO AO
PROJETO DE LEI Nº

LEGAL: METAS ODS 6 3.261, DE 2019

ALINHAMENTO E PONTENCIAS SINERGIAS

ALINHAMENTO PL ao ODS 6.1 e 6.2


• Universalização do acesso (água e saneamento)
• Efetiva prestação do serviço: segurança, regularidade e
continuidade
METAS • Critérios para prestação regionalizada
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ODS 6 • Simplificação (Planos e licenciamento)
ESGOTAMENTO SANITÁRIO • Potabilidade da água (parâmetros mínimos)
• Ampliação e aperfeiçoamento dos instrumentos de
6.1 Acesso universal e equitativo à água para consumo
apoio ao investimento (universalização)
• Modicidade tarifária
humano, segura e acessível para todas e todos
• Padronização dos instrumentos negociais de prestação
de serviços (metas de qualidade, eficiência e cobertura)
• Metas de universalização dos serviços públicos de
Acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para
6.2 saneamento básico para concessões
todos e acabar com a defecação a céu aberto (especial atenção:
• Mecanismos de subsídios para as populações de
pessoas em situação de vulnerabilidade) baixa renda
METAS ODS 6 • Metas de universalização nos contratos de
prestação dos serviços públicos de saneamento
SUBSTITUTIVO

POTENCIAL DO NOVO MARCO ADOTADO PELA


COMISSÃO AO
PROJETO DE LEI Nº

LEGAL: METAS ODS 6 3.261, DE 2019

ALINHAMENTO PL ao ODS 6.3 e 6.4


• Reuso dos efluentes sanitários tratados de acordo com normas
• Adoção do sistema separador absoluto de tratamento de efluentes
• Parâmetros mínimos (indicadores de qualidade e potabilidade)
• Contratos devem conter metas do reuso de efluentes sanitários e do
METAS QUALIDADE E aproveitamento de águas de chuva
ODS 6 • Normas de referência para a regulação uniformizada dos serviços
QUANTIDADE DE ÁGUA de saneamento: padrões de qualidade e eficiência na prestação, na
manutenção e na operação de sistemas
• Padronização dos instrumentos negociais de prestação de serviços
6.3 Melhorar qualidade da água nos corpos hídricos, reduzir
poluição, eliminar despejos e minimizar o lançamento de públicos de saneamento básico
substâncias perigosas, reduzir pela metade o lançamento • Incentivar a regionalização da prestação dos serviços, livre
de efluentes não tratados e aumentar reciclo e reuso concorrência, competitividade, eficiência e sustentabilidade econômica
• Planos de saneamento básico (compatíveis com os planos das bacias e
planos diretores) devem conter metas e indicadores de desempenho de
6.4 Aumentar eficiência do uso da água, assegurar retiradas observação obrigatória por prestadores
sustentáveis e o abastecimento de água doce para reduzir o
número de pessoas que sofrem com a escassez • Contratos com metas de eficiência e de uso racional da água e outros
recursos naturais
• Novas edificações condominiais adotarão padrões de sustentabilidade
ambiental (medição individualizada, etc.)
• Limites máximos de perda na distribuição de água tratada
SUBSTITUTIVO

POTENCIAL DO NOVO MARCO ADOTADO PELA


COMISSÃO AO
PROJETO DE LEI Nº

LEGAL: METAS ODS 6 3.261, DE 2019

ALINHAMENTO PL ao ODS 6.5, 6.6, 6A e 6B


METAS
ODS 6 GESTÃO: SANEAMENTO E • Atribuições ANA: recursos hídricos e saneamento básico + articulação entre
planos nacionais (saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos)
RECURSOS HÍDRICOS
• Estímulo à cooperação entre entes federativos com vistas à prestação, à
contratação e à regulação dos serviços de forma adequada e eficiente
6.5 Implementar a gestão integrada dos recursos
hídricos em todos os níveis de governo, • Criação do Comitê Interministerial de Saneamento Básico
inclusive via cooperação transfronteiriça • Conceitos de gestão associada e prestação regionalizada (região
metropolitana, unidade regional de saneamento básico, bloco de referência)
• Integração de infraestruturas e serviços com gestão eficiente dos rec. hídricos
Proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a
6.6
água (montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e • Ouvir as entidades encarregadas da regulação e da fiscalização e as
lagos), reduzindo os impactos da ação humana entidades representativas dos municípios (Comitês de Bacias);
• Conceito de universalização considera o tratamento e a disposição final
adequados dos esgotos sanitários
Ampliar a cooperação internacional e o apoio ao
Desenvolvimento de capacidades de países em desenvolvimento • Levantamento de melhores práticas regulatórias do setor e capacitação de
6.A recursos humanos para a regulação adequada e eficiente (cooperação
em programas relacionados a água e ao saneamento
internacional)
• Realização de consultas e audiências públicas (transparência e a publicidade)
Apoiar e fortalecer a participação das • GTs (participação das entidades reguladoras/fiscalizadoras e representativas
comunidades locais, priorizando o controle social dos municípios) podem ser criados para auxiliar na elaboração de normas
6.B para melhorar a gestão da água e do saneamento
• Transparência das ações: sistemas de informações e processos decisórios
institucionalizados
• Estabelecimento de mecanismos e procedimentos de controle social
O papel da
FUNÇÕES E ENTREGAS DO CDG
SEGOV SECRETARIA ESPECIAL DE
FORMULAÇÃO DE AGENDA
ARTICULAÇÃO SOCIAL (SEAS)
COORDENAÇÃO E ARTICULAÇÃO Articulação política para
definir e garantir a execução
COMUNICAÇÃO E TRANSPARÊNCIA das Agendas Prioritárias do
Governo
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

EFICIÊNCIA OPERACIONAL DO ESTADO Interação e negociações AGENDA 2030/0DS


políticas com o legislativo,
Congresso Nacional, entes Atualização de Metas ao contexto
nacional: alinhamento de ações
subnacionais, Sociedade Civil
governamentais aos objetivos da
e organismos internacionais Agenda 2030 (SEAS)
CENTRO DE
CGU GOVERNO ME
Identificação de aderência entre
projetos governamentais e ODS
SG-PR SEGOV para a atração de investimentos
PR privados
CC-PR GSI-PR
ODS e Metas devem estimular
ÓRGÃOS QUE INTEGRAM O CDG ações e políticas concretas
METAS ODS 6

NÓS QUEREMOS
ÁGUA:
SER OS CARÁTER

MELHORES:
TRANSVERSAL
PARA O
DESENVOLVIMENTO

TANTO FAZ SE O ODS 6


OPERADOR É redução de pobreza
PÚBLICO OU
desenvolvimento
PRIVADO econômico

sustentabilidade
ambiental
Presidência da República
Secretaria de Governo

OBRIGADA!
PAULA BARATELLA
ANALISTA DE INFRAESTRUTURA
ASSESSORA ESPECIAL | SECRETARIA EXECUTIVA DA SEGOV
SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

paula.baratella@presidencia.gov.br

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