Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
[org.]
Germanísticos (FLUL). Investigadora do
Anabela Mendes
Centro de Estudos de Comunicação e
Cultura (UCP). Desenvolve a sua actividade
Estudos de profissional em: Literatura de Expressão
Comunicação
e Cultura Alemã, Cultura Alemã, Estética e Filosofia
da Arte, Literatura de Viagens, Ciência e
Títulos publicados: Warburg suscita em nós o sermos Translating Europe across the Ages Literatura, Modernidade e Vanguardas, Teoria
transgressores imaginativos e ensina- e Estética do Teatro, Sociologia das Artes
Do Jornalismo aos Media -nos também a saborear a estranheza de do Espectáculo. Mantém actividade regular
Rogério Santos na área da tradução e escrita para teatro,
podermos restituir a cada coisa aquilo por
dramaturgia e encenação. É viajante de longo
Qual o tempo
que ela já esperava. Deixamo-nos enredar curso.
Poesias de Ossian na matéria a analisar, sem sabermos onde
Gerald Bär Isabel Matos Dias
de uma elipse?
Mario Franco | Bernd Sieberg Universidade de Lisboa. Doutoramento sobre
aprendizagem sabem que se poderão M. Merleau-Ponty. Áreas de investigação:
A Cultura Portuguesa no Divã movimentar por um muito amplo conjunto estética, hermenêutica e filosofia
contemporânea. Diversas publicações nestas
Isabel Capeloa Gil | Adriana Martins de áreas do conhecimento entre as quais se
áreas. Destaque para os artigos sobre Vieira
anulam os abismos: Antiguidade Clássica,
Formas de Ver e Dizer Antropologia, Arquitectura, Astrologia,
Estudos sobre da Silva, José Pedro Croft, Bil Viola.
Qual o tempo e o movimento de uma elipse? : estudos sobre Aby M.Warburg / coord. [de]
Anabela Mendes… [et al.]. – Lisboa : Universidade Católica Editora, 2012. – 276 p. ; 23 cm
( Estudos de comunicação e cultura. Translating Europe across the ages )
ISBN 978-972-54-0348-8
*
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
214 Ricardo Gil Soeiro
1
Sobre a relação já muito estudada entre A. Warburg e W. Benjamin, cf. as
seguintes obras: M. Rampley. The Remembrance of Things Past. On Aby M. Warburg and
Walter Benjamin, Wiesbaden, 2000 e Cornelia Zumbusch, Wissenschaft in Bildern.
Symbol und didaktisches Bild in Aby Warburg und Walter Benjamins Passagen-werks. Ber-
lin: Akademie-Verlag, 2004.
Qual o tempo e o movimento de uma elipse? 215
2
Sobre a temática da Shoah no pensamento steineriano, cf. Francisco Abad.
“Steiner: la Cultura tras el Holocausto”, in: Revista Anthropos. Vigencia y Singularidad
de Auschwitz (Abril-Junho de 2004), n.º 203, pp. 180-184; Juan Asensio. Essai sur
l’Oeuvre de George Steiner. La parole souffle sur notre poussière. Paris: L’Harmattan, 2001;
Catherine Chatterley. Steiner’s Shoah: A Conversation in Silence. Dissertação de Mes-
trado apresentada à Universidade de Concordia, 1997.
216 Ricardo Gil Soeiro
3
Sobre a dimensão hermenêutica dos postulados steinerianos e, particularmente,
sobre a noção de cortesia da leitura proposta por Steiner na obra Real Presences (1989),
cf. as seguintes obras: Ronald A. Sharp. “Creation and the Courtesy of Reading” – Re-
censão a Real Presences, de George Steiner, in: Kenyon Review, vol. 13, n.º 1 (Inverno de
1991), pp. 187-192 e Adolfo Castañón. Lectura y Catarsis: Tres Papeles sobre George Steiner
seguidos de un ensayo bibliográfico y de una hemerografía del autor. México: D.F., Ediciones
Casa Juan Pablos, Ediciones Sin Nombre, 2000.
4
Sobre este importante texto de Warburg, cf. Peter Krieger. “El ritual de la
serpiente. Reflexiones sobre la actualidad de Aby Warburg”, in: Anales del Instituto
de Investigaciones Estéticas, n.º 88, 2006, pp. 239-252.
218 Ricardo Gil Soeiro
5
Sobre a célebre biblioteca de Warburg, cf. Michael Diers (ed.), Porträt aus
Büchern, Bibliothek Warburg und Warburg Institute (Kleine Schriften des Warburgs-Ar-
chivs Heft I). Hamburg: Dölling und Galitz Verlag, 1993 e Alberto Manguel. “The
Library as Mind”, The Library at Night. New Haven/London: Yale University Press,
2008, pp. 192-212.
6
Sobre o Atlas de Warburg, cf. D. Bauerle. Gespenstergeschichten für ganz Erwachse-
ne. Ein Kommentar zu Aby Warburgs Bilderatlas Mnemosyne. Münster: Lit Verlag, 1988.
220 Ricardo Gil Soeiro
7
Sobre as múltiplas revisitações do pintor Samuel Bak em torno do quadro
Melancolia, de Dürer (que tanto fascinou Warburg), cf. o nosso estudo: “Memória e
Trauma no Ensaísmo de George Steiner e na Pintura de Samuel Bak”, in: Ítaca.
Caderno de Ideias, Textos & Imagens, n.º 2 (Outubro de 2010), pp. 143-164. Sobre
a temática da melancolia na vida de Warburg, cf. Francesca Cernia Slovin. Obsessed
by Art. Aby Warburg: his life and his legacy. Bloomington: Xlibris, 2006, pp. 85-95.
Qual o tempo e o movimento de uma elipse? 221
8
Sobre a abordagem de Didi-Huberman em torno de Warburg, cf. os seguintes
artigos: Horst Günter, “Kulturwissenschaft oder Geistergeschichte? Georges Didi-Hu-
berman über Aby Warburg”, in: Neue Zürcher Zeitung, 15 de Março de 2003, bem como
Werner Hofmann, “Pathosformeln eines Erlösungssuchers. Der grosse Wurf: Georges
Didi-Huberman kongeniale Biographie des einverleibenden Aby Warburg”, in: Frankfur-
ter Allgemeine Zeitung, 9 de Setembro de 2002.
222 Ricardo Gil Soeiro
9
No âmbito dos Estudos de Memória, Warburg tem sido eleito como uma das
figuras precursoras da investigação desenvolvida em torno de tópicos como a memó-
ria colectiva, memória cultural ou memória comunicativa. Cf., a este respeito, os
seguintes textos: Jan Assmann. “Communicative and Cultural Memory”, in: Astrid
Erll/Ansgar Nünning (eds.). Cultural Memory Studies. An Interdisciplinary Handbook.
Berlin/New York: Walter de Gruyter, 2008, pp. 109-118 e Astrid Erll/Ansgar Nün-
ning. “Concepts and Methods for the Study of Literature and/as Cultural Memo-
ry”, in: Ansgar Nünning/Marion Gymnich/Roy Sommer (eds.). Literature and Mem-
ory. Theoretical Paradigms-Genres-Functions. Tübingen: Narr Francke Attempto Verlag,
2006, pp. 11-28.
Qual o tempo e o movimento de uma elipse? 223
Bibliografia
Agamben, Giorgio. “Aby Warburg e la Scienza Senza Nome”, La Puissance de la Pensée. Paris:
Éditions Payot & Rivages, 2006, pp. 107-126.
Derrida, Jacques. Che cos’é la poesia. Coimbra: Angelus Novus, 2003.
Didi-Huberman, G.. L’Image Survivante. Histoire de l’Art et Temps des Fantômes selon Aby War-
burg. Paris: Minuit, 2002.
Gombrich, E. H. Aby Warburg. An Intellectual Biography. Chicago/Oxford: The University of
Chicago Press/Phaidon, 1986.
Guerreiro, António. “Aby Warburg e os Arquivos da Memoria”, in: Olga Pombo/Antonio
Guerreiro/Antonio Franco Alexandre (ed.). Enciclopedia e Hipertexto. Lisboa: Edições Du-
arte Reis, 2006, pp. 509-523.
Manguel, Alberto. “The Library as Mind”, The Library at Night. New Haven/London: Yale
University Press, 2008, pp. 192-212.
Mendes, Anabela. “Estará o Divino nos recortes e pormenores? A Questão da Mobilidade em
George Steiner e Aby M. Warburg”, in: Ricardo Gil Soeiro (ed.). O pensamento tornado
dança. Estudos em torno de George Steiner. Lisboa: Roma Editora, 2009, pp. 83-93.
Serres, Michel. O Terceiro Instruído. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.
Silva, Vitor. “Aby Warburg, 1886-1929. Projecto de uma Cartografia da História, da Arte e da
Cultura”, in: ArteTeoria. Revista do Mestrado em Teorias da Arte da Faculdade de Belas-
Artes da Universidade de Lisboa, n.º 4, 2003, pp. 27-43.
Slovin, Francesca Cernia. Obsessed by Art. Aby Warburg: his life and his legacy. Bloomington:
Xlibris, 2006.
Steiner, George. Antigones. How the Antigone Legend Has Endured in Western Literature, Art, and
Thought. Oxford: Clarendon Press, 1984.
Steiner, George. “Graven Imagens” – Recensão a Aby Warburg, de E. H. Gombrich, in: The
New Yorker (2 de Fevereiro de 1987), pp. 95-98.
Warburg, Aby. The Renewal of Pagan Antiquity: Contributions to the Cultural History of the Euro-
pean Renaissance. Los Angeles: The Getty Research Institute Publications Programs, 1999.
Warburg, Aby. Essais Florentins. Paris: Klincksieck, 2003.
Warburg, Aby. Schlagenritual. Ein Resebericht. Berlin: Verlag Klaus Wagenbach, 1995.
Ward, Graham. “Heidegger in Steiner”, in: Nathan A. Scott, Jr. and Ronald A. Sharp (eds.).
Reading George Steiner. Baltimore/London: The John Hopkins University Press, 1994, pp.
180-204.
Zweig, Stefan. O Combate com o Demónio. Hölderlin, Kleist, Nietzsche. Lisboa: Antígona, 2004.
224 Ricardo Gil Soeiro
Abstract
Drawing upon a brief analysis of the concept of the ellipsis, put forward by the
French philosopher Michel Serres in his Le Tiers Instruit (1991), this essay tries to
evaluate the “poetics of reading” of the myth of Antigone, presented by G. Steiner, in
the light of several aspects of Aby Warburg’s thought. If, to Steiner’s view, the
overwhelming question is how is it possible that a handful of ancient Greek myths
continue to dominate, to give vital shape to our sense of self and of the world, what
interests Warburg is the issue of the afterlive of pagan antiquity, thus trying to reflect
upon the way in which each specific age selects and arranges certain Pathosformeln in
line with its worldviews, regenerating collective memory’s fabric and at the same time
‘reading the book of the world’ – a Benjaminian notion that will guide Passagen-Werk.