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TRÍDUO SANTA CLARA – 2ªNOITE

FORMAÇÃO 2: CLARA DE DEUS.


❑ 3. O FILHO DE BERNADONE.
❑ A vida de São Francisco é muito conhecida –
interessa a influência dele sobre a vida de Clara,
principalmente o seu processo de conversão.
❑ A crise espiritual – mudou Francisco da flor da
juventude em Assis para o esposo da mais
perfeita pobreza – Clara tinha entre 13 a 16
anos.
❑ Essa crise firmou pouco a pouco como a pedra
fundamental do jovem.
❑ Dois acontecimentos muito fortes ocorreram na
vida do Santo:
❑ A saída dele todo cheio de “armadura” se
dirigindo a Puglia – onde voltaria com a
investidura de cavaleiro e seguro que seria um
príncipe – voltou poucos dias sem nenhum
entusiasmo para guerra – rédeas frouxas e uma
estranha expressão no rosto.
❑ O despir das roupas e a entrega de tudo que
tinha – o dinheiro de seu pai – a partir dali –
começa o homem pobre, mas livre para seguir a
Cristo.
❑ Todos esses fatos chegam ao conhecimento de
Clara, principalmente a pregação de Francisco –
“O Senhor vos dê a paz” – fala da pobreza: que
não é possuir nada, para conquistar tudo em
Deus, pois ele viveu na carne essa experiência,
despojando de tudo.
❑ Clara sabedora dos acontecimentos e se
pergunta se Deus não quer dela uma doação
total como a de Francisco, o abandono de tudo
sem reservas.
❑ Clara sente compaixão do grupo de São
Francisco – Bona tem uma nova missão
caritativa – levar dinheiro aos frades para de vez
em quando se alimentar com algo mais
substancioso do que o habitual pedaço de pão.
❑ 3.1. CLARA NO CAMINHO DA POBREZA.
❑ A pobreza – “o seguir despojado a despojada
cruz” - atrai tanto Francisco quanto Clara – pois
uma verdadeira doação a Cristo não pode
realizar-se senão através da renuncia completa.
❑ Seu caminho está decidido: renunciará tudo por
amor a Cristo – o caminho de Francisco será o de
Clara.
❑ Esse caminho não será fácil, inclusive para Clara
– nobre –família bem situada – ainda não
completou 18 anos.
❑ Mas o desejo de renunciar a tudo para viver esse
amor livre a Cristo, passa por 3 aspectos
importantes: o chamado aos votos de castidade (
despojamento dos prazeres legítimos), de
pobreza ( despojamento do necessário) e
obediência (despojamento da própria vontade).
❑ Clara precisa de esclarecimentos – só Francisco
pode orientá-la no caminho pelo qual se
encaminhará a vontade de Deus. Ela caminhará
a fim de complementar o de Francisco.
❑ 3.2 O DIÁLOGO COM FRANCISCO.
❑ Clara vai falar com Francisco – às escondidas,
tendo sua amiga Bona como testemunha.
❑ Francisco conhece a fama da bondade de Clara,
ele quer: afastá-la do mundo e ofertá-la a Deus.
❑ Segundo a legenda de Santa Clara nº5: “pai
Francisco a exorta a desprezar o mundo, e
demonstra-lhe com linguagem ardente o quanto é
estéril a esperança fundamentada no mundo, o
quanto é enganosa sua aparência. Sussurra-lhe
aos ouvidos à doçura das bodas com Cristo a
conservar intacta a sua castidade virginal para o
esposo bem aventurado, que o amor encarnou
entre os homens”
❑ Ao falar de Deus, através da 1ª regra dos frades
menores, a uma carta entregue a Frei Leão e ao falar
a Clara, ela se “abre de improviso a intuição da
alegria eterna, em confronto com a qual o mundo
inteiro se torna um nada: o desejo de tal alegria torna-
se menor, perante o ardente desejo que experimenta,
almeja pelas núpcias eternas” – Legenda de Santa
Clara nº 6
❑ 3.3 SÃO FRANCISCO: GUIA DE CLARA.
❑ Desde do 1º encontro e vieram outros – Clara confia
sua alma a Francisco, para que a guie segundo o
desígnio de Deus, e o obedece em tudo.
❑ São Francisco diz a Santa Clara; “nada mais
desejamos, nada mais queiramos, nada mais me
agrade nem deleite senão o Criador, Redentor e
Salvador nosso, o único e verdadeiro Deus, que é
plenitude do bem, de cada bem, todo o bem, o
verdadeiro e sumo bem”
❑ Francisco escolhe o dia da consagração de Clara a
Deus – o Domingo de Ramos – dará a jovem uma
norma: “renunciar a si mesma”.
❑ Clara demonstra que nenhuma outra norma como
aquela da renúncia a si mesma, está por trás da
promessa de Cristo... “E a vossa alegria ninguém
poderá tirá-la – Jo 16,22.
❑ Na última visita ao santo, Francisco dá a Clara as
últimas instruções para a fuga de casa: estará de
costume na cerimônia de Domingo de Ramos e de
madrugada sua casa às escondidas e irá à
Porcíuncula, onde Francisco e os frades estarão
esperando para consagrá-la à Deus.
❑ Na cerimônia de Domingo de Ramos, Clara absorta
não se move – todos admirados – Bispo entrega a ela
o ramo – ela diz para si mesma: “Eu vim exatamente
para este momento: Pai, glorificado seja o teu nome”
❑ A tarde – tudo natural – ninguém sabedor de
nada sobre a fuga – Bona – a única testemunha
do processo de vocação – está em Roma para
celebrar a Semana Santa.
❑ Chega à noite – Clara se dirige para a porta
secundária – “porta dos mortos” – só saiam por
ela para nunca mais voltar – Clara consciente
disso, apesar dos obstáculos da porta, não desiste,
consegue destravar e rumar para a liberdade.
❑ Na pequena igreja – Santa Maria da Porciúncula
– os frades em vigília e oração esperavam pela
chegada de Clara.
❑ 3.4. CLARA NA PORCIÚNCULA.
❑ Assim que ouvem a jovem aproximar, os frades saem
para recebê-la com tochas acesas – Clara – prostada
diante do altar – como sinal de consagração – São
Francisco corta os cabelos de Clara.
❑ Neste gesto – Clara despoja de toda a exterioridade e
dedicar-se totalmente ao Senhor.
❑ Após a consagração, por precaução, São Francisco a
leva ao amparo do Mosteiro das Beneditinas.
❑ Vale ressaltar: Clara não abraçou a regra de São
Bento e Escolástica – ofereceu a Deus sem restrições
– contempla a cruz sem voltar atras. A priori não
precisa de regra alguma – tudo parece uma restrição
diante da totalidade de sua entrega.
❑ 3.5. REAÇÃO À FUGA DE CLARA.
❑ A atitude de Francisco de levar Clara ao Mosteiro –
prudência – ele sabia da tempestade que viria
quando dessem por sua falta.
❑ Vão ao Mosteiro de São Paulo – reclamam a sua
volta. Os Mosteiros detém o direito: dar asilo e 1
pena: excomunhão, caso usem de qualquer forma de
violência contra quem se refugia neles.
❑ Tentam ela – usando de violência psicológica – ora
recordando os momentos alegres em família, ora
acusando-a de ingratidão – com injúrias e ameaças.
❑ Clara não cedeu – fez um gesto radical – mostrou a
cabeça raspada – sinal de pertença à Deus – os
familiares ao ver isso vão embora confusos.
❑ Inês – irmã de Clara – seguindo os seus passos – se
consagra à Deus no mesmo ideal.
❑ Inês quase é arrancada do Mosteiro à força por ordem
de seu pai, mas uma força sobrenatural a manteve lá.
❑ 3.6. CLARA EM SÃO DAMIÃO
❑ Francisco conduz Clara e Inês definitivamente ao
pequeno mosteiro – santuário da pobreza – São
Damião.
❑ Nesse ninho de pobreza, permanece ela até a morte, 42
anos de: oração, silêncio, pobreza, penitência, caridade
para com as irmãs e todos em Assis.
❑ As primeiras companheiras são: Pacífica e Benvinda,
depois por conta do seu exemplo – outras jovens
desejosas de viver a humildade e pobreza franciscana –
“as irmãs pobres” – em união fraterna e abertura ao
Espírito Santo.
❑ Santa Clara escreve na Regra que é aprovada
pela Santa Sé em 1253 e que sintetiza a forma e
a vida em São Damião – pág 46.
❑ As duas ordens se complementam – viver a
aventura espiritual de Francisco até as últimas
consequências – viver a altíssima pobreza.
❑ Assim marcado pelo carisma de São Francisco –
obediência ao mesmo espírito que opera em
Francisco – a 2ª ordem passa pelos mesmos
caminhos da 1ª ordem.
❑ “fazei penitência”; “seguir o Evangelho”; “viver
a altíssima pobreza”; “na fraternidade cristã”;
“na fidelidade à Igreja Católica”
❑ 3.7.CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS DE
SANTA CLARA.
❑ Clara, depois de 3 anos, obediente a São
Francisco, aceita o cargo de Abadessa – exercerá
até o fim da vida.
❑ Aqui apresento, no exercício da função de
Abadessa – algumas características espirituais
dela:
❑ HUMILDADE: Não somente na palavra – mas na
prática – Clara serve suas irmãs em tudo.
❑ CARIDADE: O cuidado de Santa Clara com as
irmãs, inclusive na fadiga, desalento, tribulação
ou tentação.
❑ FORTALEZA: mestra do Espírito, exorta as irmãs
sobre não dar atenção as fragilidades do corpo e a
frear com o domínio da razão as tentações da carne.
❑ MORTIFICAÇÃO: Santa Clara usa uma túnica de lã
áspera e silícios ásperos, escondidas das monjas, para
não ser repreendida, apesar das palavras de moderação
e prudência dada por ela as irmãs.
❑ OBEDIÊNCIA: por conta dos jejuns e penitência
incidem gravemente na sua saúde – Francisco e o
Bispo impõem por obediência o consumo de 50g de
pão.
❑ A 1ª ordem – missão: trabalho, anunciar o Evangelho
e vida contemplativa – e a 2ª ordem: trabalho e vida
contemplativa na clausura.
❑ A finalidade de São Francisco e Santa Clara:
restaurar a Igreja.
FONTE DE
PESQUISA

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