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DE S. FRANCISCO DE ASSIS
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CZ.C3.
IV EDIÇÃO OFICIAL
19 4 9
EDITORA VOZES Ltda. - PETRóPOLIS, R. J.
RIO DE JANEIRO - SAO PAULO
I M P R I M A T U R
CURITIBA. 17 SEPTEMBRIS 1934.
FR. MARCELLUS BAUMEISTER.
O. F. M. MIN. PROVLIS.
I M P R I M A T U R
POR COMISSÃO ESPECIAL DO
EXMO. E REVMO. SR. DOM MA
NUEL PEDRO DA CUNHA CIN
TRA. BISPO DE PETRÓPOLIS.
FREI LAURO OSTERMANN O. F.
M. PETRÓPOLIS. 2S-7-1949.
PARTE I
A REGRA DA O. T. E SUA EXPLICAÇÃO
I. SAO FRANCISCO
E SUAS TRÊS ORDENS
3*
32 Explicação da regra da O T
CAPITULO II
DO MODO DE VIVER
§ 1. Os membros da Ordem devem evitar
o luxo e toda a excessivà elegância em seu
exterior, procurando o meio termo, segundo
as condições de cada um.
§ 2. Com grande cautela abstenham-se de
danças e espetáculos perigosos, assim como
do excesso em comidas e bebidas. •
§ 3. Sejam sóbrios nas comidas e bebi
das, e não se sentem à mesa nem dela se
levantem sem rezar.
§ 4. Jejuem nas vigílias da festa da Ima
culada Conceição de nossa Senhora e do
patriarca S. Francisco, e serão muito lou
váveis, se jejuarem nas sextas-feiras c guar
darem abstinência nas quartas, conforme o
antigo costume dos terceiros.
§ 5. Confessem-se e comunguem com re
gularidade, pelo menos uma vez por mês. '
§ 6. Os terceiros, sendo eclesiásticos e
por isso obrigados a rezar o ofício divino,
a nada mais, nesta parte, são obrigados. Os
seculares, porém, que não rezam nem o ofí
cio divino nem o ofício de nossa Senhora,
digam todos os dias doze Padre nossos, Ave
Marias e Glória ao Padre, exceto quando a
saúde não Iho permitir.
§ 7. Aqueles que por direito devem fazer
testamento, disponham em tempo dos seus
bens.
§ 8. No seio da família primem pelo seu
bom exemplo, promovendo a piedade e boas
III. Regra da O T para seculares 37
CAPITULO III
DOS OFÍCIOS, DA VISITA E DA PRÓPRIA
REGRA
§ 1. Os ofícios sejam conferidos em ses
sões dos terceiros, e durem por três anos.
E nenhum, sem justa causa, recuse o ofício
que lhe for proposto, nem o cumpra frou
xamente.
§ 2. O visitador indague diligentemente se
• as regras são cumpridas, e para este fim
visite, oficialmente, todos os anos ou mais
a miúdo, se for preciso, os terceiros e con
voque todos os membros à sessão geral. Se
o visitador chamar alguém ao cumprimen
to do seu dever, admoestando, mandando,
ou impondo alguma penitência salutar, esse
modestamente a aceite e a execute.
§ 3. Os visitadores sejam escolhidos den
tre os religiosos da primeira ou da tercei
ra Ordem regular: e sejam designados pe
los superiores, se forem requeridos. Os lei
gos não podem exercer o cargo de visitador.
§ 4. Os terceiros insubordinados sejam ad
moestados até à terceira vez e, se não obe
decerem, sejam expulsos.
§ 5. Se alguém faltar a alguma destas re
gras, saiba que não peca por isso, a não
ser que a falta recaia sobre um ponto dos man
damentos de Deus ou da santa madre Igreja.
§ 6. Se, por justa e grave causa, alguém
não puder observar alguma destas regras,
pode-se-lhe dispensar licitamente ou pruden-
Cap. I. Condições à admissão 39
EXPLICAÇÃO DA REGRA
CAPITULO I
Condições à admissão
§ 1. Não se aceitam na O T senão pes
soas maiores de catorze anos, de bons costu
mes, amantes da concórdia e, especialmente,
de provada fé católica e provado respeito à
Igreja romana e à Sé Apostólica.
E* facultada a todos a entrada na O T
sem condições?
Não; por maior que seja o desejo de ver
grande número de fiéis tomar parte na Ordem,
é vontade sua que somente os dignos e capa
zes sejam admitidos. A Ordem não é, como a
Igreja ou o Estado, uma sociedade a que se
deve forçosamente pertencer; é antes uma so
ciedade iivre com o fim especial que só pode
admitir, como membros, aqueles que quiserem
e forem capazes de cumprir as obrigações im
postas pela regra da Ordem.
40 Explicação da regra da O T
3o Caráter pacífico;
4o Fidelidade à fé católica;
5o Obediência à Igreja romana e à Sé Apos
tólica.
Que prescreve a regra a respeito da idade
do candidato?
A regra exige que ninguém seja admitido
antes de ter completado catorze anos, sendo
a admissão com menos considerada nula.
Aconselha-se que sejam admitidos membros
muito jovens?
Sim, é recomendável sob certas condições:
Io A Igreja, pelas suas prescrições, mani
festa, claramente, o desejo de que a mocida
de faça parte de uma instituição, cujo fim
principal é doutrinar os jovens nas virtudes
cristãs;
2o Com isso a mocidade só tem que lu
crar: segue assim o conselho da sagrada es
critura: Bom é trazer-se assim o jugo do Se
nhor desde a mocidade (Jr 3, 27). Entusias
tas têm grande facilidade em adquirir hábi
tos de virtudes; e, esteados em forte e sã
direção, vão pouco a pouco progredindo no bem.
3o A Ordem toda tem com isso vantagem,
pois, nos candidatos jovens que se sujeitam de
bom grado às prescrições da regra e à disci
plina da Ordem, prepara para si membros que
a honrarão. Cada fraternidade deve, pois, en
vidar esforços para atrair muitos moços ao seu
grêmio. Por este meio adquirirá vida, vigor e
estímulo.
42 Explicação da regra da O T
Noviciado e profissão
§ 4. Aqueles que são admitidos na Ordem
devem fazer* um ano inteiro de noviciado, fin
do o qual professarão, prometendo, segundo'
o rito da mesma Ordem, guardar os manda-
Cap. I. Noviciado 53
CAPITULO II
MODO DE VIDA
Importância do capítulo
As refeições
§ 3. Sejam sóbrios nas comidas e bebidas,
e não se sentem à mesa nem dela se levan
tem sem rezar.
Que ordena a regra no parágrafo terceiro?
Prescreve aó terceiro a santificação das re
feições:
Io Pela moderação e sobriedade;
2o Pela oração.
Cap. II. As refeições 79
As Orações e devoções da O T
§ 6. Os terceiros sendo eclesiásticos e, por
isso, obrigados a rezar o ofício divino, a nada
mais, nesta parte, são obrigados. Os seculares,
porém, que não rezam nem o ofício divino nem
o ofício parvo de Nossa Senhora, digam todos os
dias doze Padre nossos, Ave Marias e Glória ao
Padre, exceto quando a saúde não Iho permitir.
Que diz a regra a respeito das orações
da O T?
Io A regra distingue entre sacerdotes e se
culares; nenhuma outra oração exige dos ter
ceiros eclesiásticos que têm obrigação de re
citar o breviário. E’ costume, porém, dos fer
vorosos terceiros sacerdotes, além do breviá
rio, rezarem ou o ofício mariano, ou os doze
Padre nossos, Ave Marias e Glória ao Padre
como fazia o Santo Padre Leão XIII.
Cap. II. As orações e devoções da O T 101
9»
128 Explicarão da regra da O T
Caixa da Ordem
§ 12. Formem, cada um segundo as suas pos
ses, algum pecúlio comum para socorrer os
irmãos necessitados, particularmente aos enfer
mos, ou para prover ao decoro do culto divino.
Que prescreve a regra neste parágrafo?
Que cada membro contribua para a caixa
comum da Ordem com os seguintes fins:
Io Os terceiros pobres, em caso de necessi
dade, serão socorridos com esse dinheiro. Não
é, por certo, a O T uma associação de benefi
cência, e por esse motivo não serão admitidos
os mendigos que se não possam manter com
seus recursos; mas, quando, depois da entrada
na Ordem, venha um terceiro a padecer neces
sidade, pede o espírito de caridade que seja
socorrido com boa vontade .“Amai-vos uns aos
outros com amor fraterno” (Rom 12, 10).
2o Da mesma caixa serão socorridos os mem
bros doentes, quando pobres. Estes têm jus ao
àmor da fraternidade.
Cap. IX. Caixa da ordem 145
CAPITULO UI
CARGOS
No primeiro capítulo, tratamos da O T no seu
caráter de estado, ou do lado religioso; no se
gundo, do modo de vida dos terceiros na socie
dade, ou seja do lado moral e ascético; neste
capítulo, tratamos do lado jurídico e social,
encarando, portanto, a O T como corporação.
Cap. III. Cargos 151
Visita canônica?
§ 2. O padre visitador indague diligentemen
te se as regras são cumpridas, e para este fim
visite oficialmente os terceiros, todos os anos
ou mais a miúdo,vse for preciso, e convoque
todos os membros à sessão. geral.
Se o padre visitador chamar alguém ao cum
primento de dever, admoestando, mandando, ou
impondo alguma penitência salutar, esse mo
destamente a aceite e execute.
Que importância tem a visita canônica?
A visita é o principal meio para manter e
exercer-a disciplina entre os terceiros. Todo o
terceiro capítulo da regra se ocupa exclusiva
mente desse ponto. A visita é o elemento mais
necessário da vida exterior da O T, é o centro
de gravidade de toda a sua direção. Não se
pode bastantemente afirmar quão importante,
necessário, indispensável é. Não foi em vão
que a visita foi considerada rigoroso dever
pela Santa Sé, que emitiu severas prescrições
para esse fim.
Onde há visita, prospera a O T; onde não
há, decai e decompõe-se, inevitàvelmente.
Só mediante regular visitação estabelece-se
a fiel observância da regra, a atividade corres
pondente aos fins'da Ordem e o espírito verda-
. deiramente seráfico.
O visitador verifica se os terceiros observam
a regra, e os incita a cumprir com mais fervor
os deveres da Ordem. Para isto tomará conheci
mento dos livros e das listas da fraternidade;
deverá informar-se se as disposições anteriores
Cap. III. A visita canônica 163
Nomeação do visitador
§ 3. Os visitador es sejam escolhidos den
tre os religiosos da primeira ou da terceira
Ordem regular; e serão designados pelos su
periores, se forem * requeridos. Os leigos rião
podem exercer o cargo de visitador.
166 Explicação da regra da O T
A expulsão da Ordem
§ 4. Os terceiros insubordinados sejam ad
moestados até à terceira vez e, se não obe
decerem, sejam expulsos.
Quais os terceiros que devem ser excluídos
da Ordem?
A regra distingue duas categorias dos que
devem ser excluídos:
Io Os desobedientes que, obstinados, não se
dobram à disciplina da Ordem, que cometem
faltas sérias contra a regra e, apesar de repeti
das admoestações e imposições de penitências,
não se emendam;
168 Explicação da regra da O T
FEVEREIRO
Domingo da quinquagésima, IP (6).
Todos os dias da quaresma, IP (6).
Em uma das sextas-feiras da quaresma, à
escolha, IP (5).
Nas outras sextas-feiras da quaresma, 7a (1).
2 — Purificação de nossa Senhora, AG (3),
IP (5), 10a (0).
Nos dias do oitavário, 10a (0).
4 — são José de Leonissa, IP (5), 7a (0).
5 __São Pedro Batista e companheiros, IP
(5), 7a (0).
11 — Nossa Senhora de Lourdes, 7a (0).
15_Beato André de Conti, IP (5).
10 — São Conrado de Placência, IP (5), 7a (0).
22 —Santa Margarida de Cortona, IP (5),
7a (1), 7a' (0).
24 — São Matias, apóstolo, 3a (0).
194 Explicação da regra da O T
MARÇO
Quem no mês de Março assistir à devoção
pública em honra de São José, 7a, IP (3), se
ao menos esteve presente a dez devoções.
Festa dos mistérios da via-sacra, na primei
ra sexta-feira de Março, AG (3), IP (5).
Nas treze terças-feiras, ou domingos, que
precedem a festa de Santo Antônio de Lisboa,
rezando nestes dias em honra do mesmo Santo,
JP (2); esta devoção pode ser feita em qual
quer tempo do ano.
5 — são João-José da Cruz, IP (5), 7a (0).
6 — Santa Coleta, IP (5), 7a (0).
9 — Sta. Catarina de Bolonha, IP (5), 7a (0).
18 —São Salvador de Horta, 7a (0).
19 — São José, esposo de nossa Senhora, AG
(3), IP (5), 3a (0).
22 — São Benvindo, IP (5), 7a (0).
25 — Anunciação de nossa Senhora, AG (3),
IP (5), 10a (0).
Nos dias do oitavário, 10a (0).
26 — Beato Diogo José de Cadix, IP (5).
28 — São João de Capistrano, IP (5), 7a (0).
30 — São Pedro Regalado, IP (5), 7a (0).
Sete dores de nossa Senhora, na sexta-feira
da semana da paixão, 7a (0).
Domingo de ramos, AG (3).
Todos os dias da semana santa, AG (3).
Quem assistir todos os três dias às “Trevas”
da quarta, quinta e sexta-feira santas, rezan
do ou meditando na paixão de nosso Senhor,
IP (4), 10a tq. em cada dia.
Páscoa, AG (3), IP (6), 10a (0).
Segunda-feira da páscoa, IP (6), 3a (0).
Terça-feira da páscoa, IP (6), 3a (0).
Nos dias restantes da oitava da páscoa,
IP (6).
Cap. III. Catálogo sintético das indulgências 195
ABRIL
Solenidade de São José, na quarta-feira de
pois do segundo domingo de páscoa, ou no
terceiro domingo de páscoa, se for transferi
da a celebração pública,* IP (5).
4 — São Benedito, o preto, IP (5), 7a (0).
16 — Aniversário da profissão de São Fran
cisco, IP (5): renovando a profissão neste dia,
ou no domingo seguinte, havendo motivo que
justifique, IP (2). (Neste mesmo dia se ce
lebra a festa de São Benedito José Labre e de
Santa Maria Bernarda Soubirous, a vidente de
Lourdes, ambos cordígeros franciscanos).
21 — São Conrado de Parzham, 7a (0).
24 — S. Fidelis de Sigmaringa, IP (5), 7a (0).
25 — São Marcos Evangelista, IP (6).
28 — Beato Luquésio, IP (5).
MAIO
Quem no mês de Maio assistir à devoção
em honra de nossa Senhora, 7a cada dia, IP
(3) se ao menos esteve presente a dez devo
ções.
Nos três dias das rogações, IP (6).
Ascensão de nosso Senhor, AG (3), IP (5),
IP (6), 10a (0).
1 — são Filipe e São Tiago, apóstolos, 3a (0).
3 — Invenção da santa cruz, 7a (1).
11 — Beato Benedito de Urbino, IP (5).
17 — São Pascoal Bailão, IP (5), 7a (0); vi
sitando o Ssmo. exposto, IP (5).
18 — São Felix de Cantalício, IP (5), 7a (0).
19 —Santo Ivo, IP (5), 7a (0).
20 — São Bernardino de Sena, IP (5), 7a (0).
21—Beato Crispim de Viterbo, IP (5).
30 — São Fernando, rei, IP (5), 7a (0).
31 — Nossa Senhora Mediadora, 7a (0).
196 Explicação da regra da O T
SETEMBRO
Quem no mês de Setembro cada dia fizer de
voções especiais em honra de Nossa Senhora
das Dores, 5a, no mês, IP (4).
Nos três dias das têmporas, IP (6).
4 — Santa Rosa de Viterbo, IP (5), 7a (0).
8 — Natividade de nossa Senhora, AG (3),
IP (5), 10a (0).
Nos dias do oitavário, 10a (0).
9 — Num dia à escolha da novena de São
José de Cupertino, assistindo por algum tem
po à exposição do Ssmo. e rezando pela in
tenção do papa, IP (5).
12 — Ssmo. nome de Maria, 7a (0).
14 — Exaltação da santa cruz, 7a (1).
15 — Sete dores de nossa Senhora, 7a C0).
17 — Chagas de São Francisco, AG (3), IP
(5), 7a (1).
18 — São José de Cupertino, IP (5), 7a (0).
Nos dnze sábados contínuos antes da festa
da Imaculada Conceição, rezando nestes dias,
também mentalmente, em honra da Imaculada
Conceição, IP (3).
21—S. Mateus, apóstolo e evangelista, 3a (0).
24 — São Pacífico de São Severino, IP (5),
7a (0).
25 — Num dia à escolha da novena de São
Francisco de Assis, assistindo por algum tem
po à exposição do Ssmo., e rezando pela in
tenção do papa, IP (5).
27 — Santo Elzeário, IP (5), 7a (0).
29—-São Miguel, arcanjo, IP (5), 3a (0).
200 Explicação da regra da O T
OUTUBRO
Quem no mês de Outubro recitar cinco mis
térios do rosário de nossa Senhora, 7a cada
dia, IP (3), para quem o fizer na festa do ro
sário e durante a oitava e mais IP (3) se ao
menos o rezar ainda 10 vezes.
2 — Santos Anjos da Guarda, IP (5).
4 — São Francisco de Assis, fundador daOT,
AG (3), IP (3), IP (5), 10a (0).
• Nos dias do oitavário, 10a (0).
Na festa de São Francisco ou num dia do
oitavário, IP (4).
6 — Santa Maria Francisca das Cinco Cha
gas, IP (5), 7a (0).
7 — Santo rosário de nossa Senhora, 7a (0).
8 —Santa Brígida, 7a (0).
10 — S. Daniel e companheiros, IP (5), 7a (0).
11 — Maternidade de nossa Senhora, 7a (0).
12 — São Serafim de Montegranário, IP (5),
7a (0).
19 — São Pedro de Alcântara, IP (5), 7a (0).
22 — Dedic. das igrejas consagradas, 10a (0). •
Nos dias do oitavário, 10a (0).
No penúltimo domingo de Outubro, celebran
do-se o “Dia das missões”, IP (4), rezando-se
pela conversão dos infiéis; 7a tq. visitando unia
das funções, onde as houver, e rezando pela
conversão dos infiéis.
26 — Beato Boaventura de Potenza, IP (5).
28 — Santos Simão e Judas, apóstolos, 3a (0).
30 — Beato Ângelo de Acri, IP (5).
Cristo Rei, no último domingo de Outubro,
7a (0).
Quem assistir à renovação da consagração,
7a, IP (3).
Cap. III. Catálogo sintético das indulgências 201
NOVEMBRO
Quem, no mês de Novembro, cada dia fizer
devoções especiais em sufrágio das benditas
almas do purgatório, 3a, no mês, IP (4).
1 — Festa de todos os santos, AG (3), 10a
(0).
2 — Comemoraçjo de Todos os defuntos, IP
(4), toties-quoties, só aplicável aos defuntos:
isto é, desde o meio dia de 1 até meia noite de
2 de Novembro, rezando-se em cada visita
seis Pater, Ave, Glória pela intenção do papa.
Na comemoração dos mortos e nos dias do
oitavário, visitando o cemitério, e rezando, tam
bém mentalmente, pelos defuntos, IP (4); 7a
tq., fazendo o mesmo em qualquer outro dia
do ano.
13 —São Diogo, IP (5), 7a (0). *
14 — São Josafat, IP (5).
16 — Santa Inês de Assis, IP (5), 7a (0).
19 — Santa Isabel da Hungria, padroeira da
O T, AG (3), IP (5), 7a (1). '
21 — Apresentação de nossa Senhora, AG (3),
7a (1), 7a (0).
25 — Santa Catarina, virgem e mártir, AG,
(3).
26 — São Leonardo de Porto Maurício, IP
(5), 7a (0).
28 — São Tiago da Marca, IP (5), 7a (0).
29 — Todos os Santos das três Ordens, IP (5),
10a (0); renovando a profissão, IP (3). Num
dia, à escolha, da novena da Imaculada Con
ceição, que hoje começa, assistindo por algum
tempo à exposição do Ssmo., e rezando pelas
intenções do papa, IP (5).
30 — Santo André, apóstolo, 3a (0).
Em todos os domingos do advento, IP (6).
202 Explicação da regra da O T
DEZEMBRO
Quem no mês de Dezembro fizer devoções
especiais em honra da Imaculada Conceição,
cada dia 5a, no mês, IP (4).
Nos três dias das têmporas, IP (6).
1 — Comemoração dos defuntos das três Or
dens, IP (5). ’
8 — Imaculada Conceição de nossa Senhora,
AG (3), IP (5), 10a (0).
Nos dias do oitavário,. 10a (0).
9 —Beata Delfina, IP (5).
12 —Nossa Senhora de Guadalupe, 7a (0).
16 —Começa a novena do natal; todos os
dias da novena, 7a (1), no último dia, IP (4).
21 — São Tomé, apóstolo, 3a (0).
24 —Vigília do natal, IP (6).
25 —Natal, AG (3), 10a (0).
E-m cada uma das três missas do natal,
IP (6).
26 —S. Estêvão, protomártir, IP (6), 3a (0).
27 — São João Evangelista, IP (6), 3a (0).
28 —Santos Inocentes, IP (6), 3a (0).
31 —São Silvestre, papa, 3a (0).
PARTE II
CERIMONIAL DA ORDEM TERCEIRA
DE SÃO FRANCISCO
Nota. — As orações na Vestição e Profissão dos
Terceiros devem ser recitadas em latim. Os in
terrogatórios podem ser feitos na língua verná
cula (Resposta da Sagr. Congr. dos Ritos,
15-11-1913).
I* ORAÇÕES PARA A REUNIÃO MENSAL
1* Na abertura da reunião
TTeni, Sancte Spiri- TTinde, Espírito San-
V tus, reple tuorum V to, enchei os cora-
corda fidelium, et tui ções de vossos fiéis e
amoris in eis ignem acendei neles o fogo
accende. de vosso amor.
Sub tuum praesi- À vossa proteção re
dium confugimus, san- corremos, santa Mãe de
cta Dei Genitrix, nos- Deus, não desprezeis as
tras deprecationes ne nossas súplicas em nos-
204 Cerimonial
i u ts=ts
Men-tes tu-o-rum vi - si - ta :
I b
-v—;
Im-ple su - per - na
X=J5_^~+—
gra-ti-a,
*
V —*
i
Oremus Oremos
TAeus, qui corda fi- TAeus, que ilustrastes
A^delium Sancti Spi- -L^os corações dos
ritus illustratione do- fiéis com a luz do Es
cuisti: f da nobis -in pírito Santo, concedei-
eodem Spiritu recta nos que, pelo mesmo
sapere, * et de ejus Espírito, saibamos o
semper consolatione que é reto, e nos ale
gaudere. Per Christum gremos sempre com sua
Dominum nostrum. consolação. Por Cristo
I?. Amen. Senhor nosso. I?. Assim
seja.
Em seguida, o diretor faz uma pequena alocução,
anuncia o dia da próxima reunião e tudo o que
porventura tiver que publicar: depois disto faz
as entradas e profissões, se as houver, e sendo dia
próprio, dá a absolvição geral ou bênção papal.
Por fim, rezam-se as orações seguintes:
2’ No fim da reunião
y. Kyrie, eleison. y. Senhor, tende pieda
de de nós.
K. Christe, eleison. I?. Cristo, tende pieda
Kyrie, eleison. de de nós. Senhor, ten
de piedade de nós.
Pater noster (secreto). Padre nosso,
y. Et ne nos inducas y. E não nos deixeis
in tentationem. cair. em tentação. .
14*
208 Cerimonial
ÉÜs? o
i llãt
1. laudáte eum
mamm
om - nes pó - pu-li.
2. et véritas Dómini
i •
manet.! in se - tér - num.
3. et Spi rí- tu - i San - cto.
4. et in saecula saecu- ló - rum..A - men.
7. Confirma hoc, Deus, quod operatus es in
nobis.
TV. A templo sancto tuo, quod est in Je
rusalém.
y. Salvos fac servos tuos (Salvas fac famu-
las tuas).
* I?. Deus meus, sperantes in te.
* y. Mitte eis, Domine, auxilium de sancto.
1^. Et de Sion tuére eos (eas).
y. Nihil proficiat inimicus in eis.
I?. Et filius iniquitatis non appônat nocêre eis.
y. Domine, exaudi orationem meam.
3?. Et clamor meus ad te veniat.
y. Dominus vobiscum.
Et cum spiritu tuo.
220 Cerimonial
Oremus Oremos
eus misericordiae, TAeus de misericórdia,
D Deus pietatis, Deus
a quo bona cuncta pro-
J-^Deus de piedade,
Deus de quem proce
cedunt, sine quo nihil de todo o bem, sem o
sanctum inchoatur ni- qual nada de santo é
hilque perficiturrfpre-
cibus nostris benignus principiado e acabado,
assiste; et fâmulos ouvi benignamente as
tuos (fámulas tuas), nossas preces e defendei
quibus in tuo sancto de todos os perigos da
tiómine sacrum pceni- alma e do corpo es
tentiae habitum impo- tes vossos servos, * a
suimus, ab omnibus quem em vosso santo
periculis mentis et cor- nome impusemos o san
poris tua protectione to hábito da penitên
defende, * et concede cia, e concedei-lhes o
eis in sancto proposito dom da perseverança
ad finem usque per-
severare, ut peccato- final, de modo que, ob
rum suorum remissio- tida a remissão dos
ne percepta, ad con- seus pecados, consigam
sortium electorum tuo- chegar ao consórcio
rum pervemre merean- dos vossos eleitos.
tur.
■pveus que, pela ima-
D eus, qui per ím-
maculatam Virgi-
-L^culada conceição da
Virgem, preparastes
nis conceptionem di- uma digna habitação
gnum Filio tuo habi- para vosso Filho, nós
taculum praeparasti: f vos pedimos que, as-
quaesumus; ut, qui ex sim como a preservas
morte ejusdem Filii tui tes de toda a mancha
prasvisa, eam ab omni pela morte prevista de
II. Tomada do hábito 221
V Be-ne-di-cá-mus Dó
R De O
m e
a
grá
mi - no.
ti - as.
ii
E, voltando-se para os assistentes, abençoa a to
dos. dizendo:
Benedíctio Dei omni- A bênção de Deus
potentis, Patris et Fi- onipotente, Padre f e
lii t et Spiritus San- Filho e Espírito Santo,
III. Profissão 223
Orémus Oremos
TJ ogamus te, Dómi- os vos rogamos,
-IV ne sancte, Pater rN Senhor
5 Santo, Pai
omnipotens, aeterne onipotente, eterno Deus,
Deus: ut dignéris be- que vos digneis aben
nefdicere hoc signum çoar este sinal da cruz, a
Crucis, ut sit remé- fim de que seja o re
dium géneri humano; médio do gênero huma
sit solíditas fidei, pro- no, o fundamento da fé,
féctus bonórum ópe- o incremento das boas
rum, redémptio animá- obras, a redenção das
.rum; sit solámen et almas, e, enfim, um
protéctio ac tutela con apoio, uma proteção e
tra séeva jácula inimi- um escudo contra os
córum. Per Christum ataques dos inimigos,
Dominum nostrum. Por Cristo nosso Se
I?. Amen. nhor. Assim seja.
Bênção do véu preto (se for de uso na frater
nidade) :
Suppliccs te, Domi Senhor, humildemente
ne, rogámus ut super vos suplicamos, fazei
hoc velámen cápiti an- descer vossa bênção so
cillae tuae imponendum bre este véu que deve
benefdictio tua de- cobrir a cabeça de vos
scendat, ut sit haec be- sas servas, a fim de
nefdicta et immacula- que sejam abençoadas,
ta et sancta. Per Chris- puras e santas. Por Je
tum Dominum nos sus Cristo *-nosso Se
trum. í£. Amen. nhor. I?. Assim seja.
Depois o noviço, ajoelhado diante do sacerdote,
de mãos juntas, diz a seguinte' fórmula da profis
são:
Eu, / irmão..., / na presença de Deus oni
potente, / em honra da imaculada virgem Ma-
226 Cerimonial
Oremus
eus, cujus misericordiae non est numerus
D et bonitatis infinitus est thesaurus: f piissi-
mae majestati tuae pro collatis donis gratias agi-
mus, tuam semper clementiam exorantes; * ut
qui petentibus postulata concedis, eosdem non
deserens ad praemia futura disponas.
TAeus, qui per immaculatam Virginis Con-
ceptionem dignum Filio tuo habitaculum
praeparasti; f quaesumus; ut, qui ex morte
ejusdem Filii tui praevisa eam ab omni labe
praeservasti, * nos quoque mundos, ejus in-
tercessione, ad te pervenire concedas.
omine Jesu Christe, qui frigescente mun
D do, ad inflammandum corda nostra tui amo-
ris igne, in carne beatissimi Patris nostri Fran-
cisci passionis tuae sacra Stigmata renovasti: t
concede propitius; ut ejus meritis et precibus
crucem jugiter feramus, * et dignos fructus
pcenitentiae faciamus.
Pro fratre
eus, qui beatum Ludovicum, Confesso-
D rem tuum, de terreno regno ad caelestis
regni gloriam transtulisti; f ejus, quaesumus,
meritis et intercessione, * Regis regum Jesu
Christi, Filii tui, facias nos esse consortes.
Pro sorore
uorum corda fidelium, Deus miserator,
T illustra; t et beatae Elisabeth precibus glo-
riosis, fac nos prospera mundi despicere; * et
caelesti semper consolatione gauderc.
230 Cerimonial
No fim da sessão
T. Kyrie, eleison. y. Senhor, tende pieda
de de nós.
Rr. Christe, eleison. IV. Cristo, tende pieda
Kyrie, eleison. de de nós. Senhor, ten
de piedade de nós.
Pater noster. Padre nosso.
y. Et ne nos induças y. E não nos deixeis
in tentationem. cair .em tentação.»
IV. Sed libera nos a IV. Mas livrai-nos do
maio. mal.
7. Confirma hoc, Deus, y. Confirmai, Senhor,
quod operatus es in o que em nós operastes.
nobis.
234 Cerimonial
Oremus
Oremus
/^Vmnipotens sempiterne Deus, qui miseri-
cordia tua hos fideles specialiter aggregas-
ti: in ecrum corda, quaesumus, Paraclitum, qui
a te procedit, infunde; illosque in tua fide et
caritate corrobora, ut temporali congregatione
proficiant ad aeternae felicitatis augmentum.
TXeus, qui de vivis et electis lapidibus aeter-
num majestati tuae praeparas habitaculum:
Iargire his fidelibus benedictionem tuam; ut et
ipsi tamquam lapides vivi superaedificentur su
per lapidem vivum Dominum nostrum Jesum
Christum Filium tuum.
VII. Nova congregação da Ordem Terceira 243
Oremus
/^mnipotens et misericors Deus, da nobis
VJ* auxilium de sancto, et vota populi hujus
in humilitate cordis veniam peccatorum poscen-
tis, tuamque benedictionem praestolantis et gra-
246 Cerimonial
Oremus Oremos
0+
/"Amnipotens sempi- Deus onipotente e
V^terne Deus, qui per O eterno, que pelo
Moysen fámulum tuum órgão de Moisés, vos
Pátribus in desérto an- so servo, ordenastes a
num jubilaeum statúto nossos pais no deser
témpore celebrandum to que celebrassem em
praecepisti, . et ónera tempo marcado o ano
atque debita relaxánda do jubileu, e que nes
íore jussísti, servos ta ocasião se perdoas
quoque in libertátem sem .as obrigações e
restituéndos esse man- dividas, e que se res-
dásti: concede his ser- tituísse até mesmo a
XX. Jubileu 253
O diretor acrescenta: •
• E eu, em nome de Deus, se isto observar
des, prometo-vos a vida eterna. Em nome
do Padre e do Filho f e do Espirito Santo.
Em seguida, dá-se ao3 jubilares um bastão
terminado por uma pequena cruz, e às irmãs,
uma coroa. Esse bastão e essa coroa são ben
tos e entregues aos seus destinatários:
Bênção do bastão:
Ore mus Oremos
T^énetdic, Dómine, Qenhor, Pai onipoten-
Pater omnipotens, £^te, abençoai este si
hoc signtim crucis tuae, nal de vossa cruz, a
ut sit íraíri nostro so- fim de que possa servir
a nosso irmão de sus-
lidiías fidei, ac tutéla tentáculo na fé, de pro
contra diabolum, et bo- teção contra o demônio,
ni itíneris solámen et de consolação e defe-
protéctio. I?. Amen. sa em feliz viagem.
I?, Assim seja.
O sacerdote apresenta o bastão ao jubilar, di
zendo:
Eia ergo, serve Recebei em vossas
Christi, áccipe in má- mãos, servo de Cristo,
nibus tuis sanctum o madeiro da cruz e,
crucis báculum simúl- juntamente, a bênção
que benedictiónem di- do auxílio divino, para
vini adjutórii, super que, apoiado nele, pos
quo inníxus in vocatió- sais perseverar corajo
ne tua toto hujus vitre samente toda a vossa
témpore viríliter per- vida em vossa vocação,
severáre ac tandem e terminada a vossa
consummáto itínere ad carreira neste mundo,
17*
256 Cerimonial
Oremus
ctiones nostras, quaesumus, Domine, aspi
A rando praeveni, et adjuvando prosequere:
ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper
incipiat, et per te ccepta finiatur. Per Chris-
tum Dominum nostrum. Amen.
Pode seguir um canto.
260 Cerimonial
Oremus
ctiones nostras, qua?sumus, Domine, aspi
A rando praeveni, et adjuvando prosequere:
ut cuncta nostro oratio et operatio a te semper
incipiat, et per te ccepta finiatur. Per Christum
Dominum nostrum. Amen.
Ato de consagração
Coração divino, Coração digníssimo de in
Ó finita adoração e infinito amor, Coração
de Jesus chagado e ensanguentado, eis que
a vós recomendo, a vós ligo e em vós de
posito, juntamente comigo, esta fraternidade
e toda a família seráfica, que milita sob
o estadarte de nosso pai São Francisco.
Purificai-a mais e mais em vosso sangue, in
flamai-a mais no vosso amor e gravai nela in-
delèvelmente o sinal da vossa cruz, para que
sempre, em toda parte e em todas as coisas,
se mostre digna de sua santa vocação, digna
de seu pai estigmatizado, digna de seu doutor
seráfico São Boaventura e digna do vosso Co
ração chagado, ao qual a consagrei, ó meu Je
sus crucificado. Eis o que vos peço instan
temente, pelos merecimentos do Coração tras-
passado da Santíssima Virgem Maria, nossa e
vossa. Mãe, e pela intercessão de todos os
santos que na. terra veneravam com suma
devoção o vosso Coração adorável.
Todos respondem: Assim seja, e prosseguem jun
tos, pausadamente:
Dulcissimo Jesus, / cuja infinita caridade
para com os homens é deles tão ingratamente
correspondida com esquecimentos, / friezas e
XIII. Consagração da O T ao Coração da Jesus 263
1’ Origem
A devoção do cordão de São Francisco remonta
à origem da Ordem Seráfica. Foi o próprio São
Francisco que cingiu a São Domingos, seu amigo,
que com muita insistência pediu, em penhor de
Intima união, lhe desse o seu cordão. Mas como
confraria data apenas do ano de 1585. O grande
Papa franciscano Sixto V a erigiu, pela constitui
ção MEx supremm dispositionis”, na igreja do Sa
cro Convento de Assis, onde jaz o corpo do Será-
XVI. Confraria do cordão de São Francisco 273
2* Fim
Confraria é uma associação de fiéis, constituindo
corpo orgânico, para incremento do culto público
(CJC. 707). O fim principal da confraria do cordão
de São Francisco consiste em “honrar de um modo
especial a São Francisco para incremento do culto
público”, difundindo entre o povo cristão sempre
mais o espírito franciscano, e preparando vocações
para a Ordem Terceira. Fins caritativos e bene
ficentes a confraria poderá visá-los sòmente em
segundo plano.
Especialmente a juventude, clngindo-se desde a
mais tenra idade com o cordão do Seráfico Patriar
ca, terá um meio poderosíssimo que a preserve
274 Cerimonial
39 Obrigações
Requer-se: a) receber o cordão de um superior
franciscano, ou de um sacerdote munido da fa
culdade de impôr o cordão, e trazê-lo dia e noite:
b) inscrever o nome no livro de registo, onde a
confraria for canônicamente ereta, sendo esta ins
crição confirmada pela assinatura do padre dire
tor. e, se no lugar não for ereta a confraria, os
nomes deverão ser enviados à confraria mais pró
xima canônicamente ereta e ali inscritos no livro
de registo: c) recomenda-se ainda recitar todos os
dias um Padre-Nosso, Ave-Maria e Glória, com
a invocação: “São Francisco, rogai por nós".
Nota. Deve-se trazer sempre o cordão cingido.
não sob pena de pecado, mas sob pena de perderem-
XVI. Confraria do cordão de São Francisco 275
4* Indulgências •
A) Indulgências plenárias: (o algarismo entre
parentesis designa as condições, v. acima o calen
dário dos terceiros):
1) Xo dia da admissão (2); 2) no dia da festa
principal da confraria (5); 3) no dia 2 de Agosto
(5); 4) assistindo à procissão que costuma fazer-se
num dos domingos de cada mês (3); 5) em artigo
de morte (2), não podendo receber os sacramentos,
basta invocar com os lábios, ou ao menos de cora
ção, o nome de Jesus; 6) as indulgências plenárias
das “estações”, v. calendário dos terceiros, IP (6);
7) na festa de São Francisco de Assis, 4 de Outu
bro; Santa Clara, 12 de Agosto; Santo Antônio, 13
de Junho; chagas de São Francisco, 17 de Setem
bro (4); nestes quatro dias concede-se comuni
cação das boas obras da Ordem terceira com a se
guinte fórmula: “Commnmcamas vobis, fratrea, ora-
tiones, jejtwia, missas ceteraqne opera bona, quee
per Dei gratiam in nostra Cougregatione et Ordine
fiunt, in nomine Patris et Fiiii et Spiritus Sanctl.
Amen”. 8) recebendo a bênção papal, a que têm
direito, na festa da Imaculada Conceição, 8 de
Dezembro (3).
B) Indulgências parciais:
1) Ind. de 7 anos (1) nas seguintes festas: São
Francisco de Assis, 4 de Outubro; Santo Antônio
de Pádua, 13 de Junho; São Boaventura, 14 de Ju
lho; São Luís de Tolosa, 19 de Agosto; São Ber-
nardino de Sena, 20 de Maio; Santa Clara de Assis,
12 de Agosto; chagas de São Francisco, 17 de Se-
276 Cerimonial
5* Ereção canônica
Para erigir canônicamente a confraria do cordão
de São Francisco, não é necessário que haja aspi
rantes; a igreja pode criar uma pessoa jurídica
com seus direitos, determinando-lhe sua finalidade
e meios de consegui-la, se bem que ninguém se
tenha apresentado para se inscrever (Beringer, II,
44). "Pro erigenda quacumque coníraternitato nul-
XVI. Confraria do cordão dc São Francisco 277
69 Formulário
a) Pedido de aprovação e recomendação do sr.
bispo: ‘‘Revme. et Illme, Domine. — N. N. quo ef-
ficacius impellat fideles sibi commissos ad incre-
mentum cultus publici et pietatis, humililer petit a
278 Cerimonial
Oremus Oremos
/">mnipotens sempi- eus onipotente e
V-^terne Deus, qui
omnibus peccatoribus
D eterno, que em vos
sa. misericórdia aten
quíerentibus veniam et deis às aspirações e de
misericordiam, quacsi- sejos de todos os pe
ta et optata miseri- cadores, que procuram
corditer tribuisti: ora- perdão e misericórdia:
mus immensam cle- pedimos à vossa imen
mentiam tuam, ut has sa bondade, para que
chordas (hanc chor- digneis abençoar e san
dam) benefdicere et tificar estes cordões, a
sanctitficare digneris; fim de que todos os
282 Cerimonial
Oração inicial
A bri, Senhor, a minha boca, para louvar o
A.vosso santo nome; purificai também o meu
coração de todos os pensamentos' vãos, per
versos e estranhos, iluminai-me o entendimento,
Manual da O T — 19
286 Devocionário
Salve-Rainha
Çalve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, do-
>3 çura e esperança nossa, salvei A vós bra
damos, os degredados filhos de Eva; a vós
suspiramos, gemendo e chorando neste vale de
lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e,
depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, ben
dito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó pie
dosa, ó doce sempre Virgem Maria.
294 Devocionário
Angelus
J. Angelus Domini y. O anjo do Senhor
nuntiavit Mariae. anunciou a Maria.
R. Et concepit de Spi- R. E ela concebeu do
ritu Sancto. Espírito Santo.
Ave, Maria... Ave, Maria...
y. Ecce ancilla Do y. Eis aqui a escrava
mini. do Senhor.
R. Fiat mihi secun- R. Faça-se em mim se
dum verbum tuum. gundo a vossa palavra.
Ave, Maria... Ave, Maria...
y. Et Verbum caro fa- y. E o Verbo se fez
ctum est. carne.
R. Et habitavit in no- R. E habitou entre nós.
bis.
Ave, Maria • • • Ave, Maria...
7. Ora pro nobis, san- y. Rogai por nós, san
cta Dei Genitrix. ta Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur R. Para que sejamos
promissionibus Christi. dignos das promessas
de Cristo.
Oremus Oremos
/^ratiam tuam, quae- Tnfundi, Senhor, em
vJT sumus, Domine, A nossas almas a vos
mentibus nostris in sa graça, para que nós,
funde: ut qui Ângelo que conhecemos, pela
nuntiante Christi Filii anunciação do anjo, a
tui incarnationem co- encarnação de Jesus
gnovimus, per passio- Cristo, vosso Filho, che
nem ejus et crucem ad guemos por sua paixão
resurrectionis gloriam e cruz à glória da res-
Orações diárias 295
Oremus Oremos
eus, qui per resur- eus, que vos dig
D rectionem Filii tui,
Domini nostri Jesu
D nastes alegrar o
mundo- com a ressur
Christi, mundum lae- reição de vosso Filho,
tificare dignatus es; Jesus Cristo, Senhor
• praesta, 'quaesumus, ut nosso, concedei-nos, vo-
per ejus Genitricem lo suplicamos, que por
Virginem Mariam, per sua mãe, a Virgem Ma
petuas capiamus gau- ria, alcancemos os go
dia vitae. Per eumdem zos da vida eterna. Ps-
Christum, Dominum lo mesmo Cristo, Se-
nostrum. I?. Amen. nhor nosso. IF. Assim
seja.
y. Gloria Patri. 7. Glória ao Padie.
1$. Sicut erat. í?. Assim como era.
Aa indulgências sâo as mesmas do Augelun.
2. AO MEIO DIA
Em nome do Padre.
Vinde, Espírito Santo.
Para quem tiver tempo, é recomendável rezar ao
meio dia as orações: Prima, terça, sexta e nóa do
ofício seráfico. Faça-se, em seguida, o
Exame particular
Chama-se exame particular o exercício espiritual
pelo qual, duas ou três vezes por dia, nos reco
lhemos durante alguns instantes a fim de propor
mos a nós mesmos a correção de algum defeito em
que habitualmente incorremos ou a prática de al
guma virtude que desejamos adquirir.
E’ aconselhável fazer esse exame de manhã, ao
meio dia e à noite. No primeiro exame assenta-se
o propósito do dia. Nos dois outros exames se
Oráçõe3 diárias 297
3. À NOITE
Pigam-se as completas do ofício seráfico, faça-se
breve exume particular como ao meio dia e, em
seguida o
Exame geral
Assim chamado por contraposição ao exame par
ticular. E' um exame de consciência, semelhante ao
que se faz antes de cada confissão, apenas menos
rigoroso.
O seu fito é a inquisição das culpas em que sc
incorreu pela comissão de pecados e pela omissão
deliberada de ato3 de virtude que poderíam ter sido
praticados.
Aconselha-se começar dirigindo uma petição de
luzes ao Espírito Santo.
Ato de contrição
Çenhor meu Jesus Cristo, Deus e liornem
>3 verdadeiro, criador e redentor meu, por
serdes vós quem sois, sumamente bom e digno
de ser amado sobre todas as coisas; e porque
vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo
o coração, de vos ter ofendido; pesa-me tam
bém por ter perdido o céu e merecido o infer
no; e proponho, firmemente, ajudado com a
vossa divina graça, emendar-me e nunca mais
vos ofender; e espero alcançar o perdão das
minhas culpas pela vossa infinita misericórdia.
Assim seja.
O Senhor Deus Onipotente se compadeça de
nós e perdoando os nossos pecados nos condu
za à vida eterna.
Indulgência, absolvição e remissão dos nos
sos pecados conceda-nos o Senhor onipotente
e misericordioso. Amém.
O Senhor onipotente, e misericordioso, Pai,
t Filho e Espírito Santo nos abençoe e nos
guarde. Amém.
Derramai, Senhor, a vossa bênção sobre to
dos os meus parentes, meus benfeitores, meus
amigos e inimigos. Protegei os que me destes
como superiores, quer espirituais, quer tempo
rais; socorrei os pobres, os enfermos e os ago-
Orações diárias 299
* 5. A SANTA MISSA
O ordinário da missa e o próprio da missa de
N. P. São Francisco.
Ao pé do altar
S. In nomine Patris, S. Em nome do Pa
et Filii, et Spiritus dre do Filho e do Es
Sancti. Amen. pírito Santo. Amém.
Introibo ad altare Antif. Entrarei ao al
Dei. tar de Deus.
Aí. Ad Deum qui lae- Aí. Ao Deus, que ale
tificat juventutem gra a minha juventude.
meam. SI. 42. S. Julgai-me,
S. Judica me, Deus, ó Deus, e separai a
et discerne causam minha causa da gente
meam de gente non ímpia; livrai-me do ho
sancta: ab homine iní mem injusto e enga
quo et doloso erue me. nado i*.
Aí. Quia tu es, Deus, Aí. Pois que vós, ó
fortitudo mea: quare Deus, sois a minha for
me repulisti, et quare taleza, por que me re
tristis incedo, dum af- pelis? e por que ando
fligit me inimicus? eu triste, quando me
S. Emitte lucem aflige o meu inimigo?
tuam et veritatem S. Lançai a vossa
tuam: ipsa me dedu- luz e a vossa verdade,
xerunt, et adduxerunt que me • conduzirão e
in montem sanctum me levarão ao vosso
tuum et in tabernacula monte santo e aos vos
tua. sos tabemáculos.
Aí. Et introibo ad al Aí. E entrarei ao al
tare Dei: ad Deum, tar de Deus, ao Deus
qui laetificat juventu que alegra a minha ju
tem meam. ventude.
A santa missa 303
Depois da elevação
Unde et memores, Por esta razão, Se
Domine, nos servi tui, nhor, nós, os vossos ser
sed et plebs tua san- vos e vosso povo santo,
cta ejusdem Christi lembrados da bem-aven
Filii tui, Domini nos- turada paixão do mes
tri, tam beatae pas- mo Cristo, vosso Fi
sionis, nec non et ab lho, nosso Senhor, co
inferis resurrectionis, mo também da sua res
sed et in caelos glo- surreição dos mortos
riosae ascensionis: of- e de sua ascensão
ferimus pra?clara? ma- gloriosa aos céus, ofe
jestati tuae de tuis do- recemos à vossa pre-
nis ac datis. hostiam clara majestade dos
puram, hostiam san vossos dons e dádivas
eiam, hostiam imma- a hóstia pura, a hós
culatam, Panem san- tia santa, a hóstia ima
ctum vitae aetema?, et culada, o pão santo da
Calicem salutis per- vida eterna e o cálice
petuae. da salvação perpétua.
Supra quae propitio Sobre os quais dignai-
ac sereno vultu res vos de lançar um olhar
pire digneris: et ac- propício e sereno e de
ceota habere, • sicuti
accepta habere digna- aceitá-los como vos dig
tus es munera pueri nastes de receber as
tui justi Abel, et sa- oblações do vosso ser
crificium Patriarchae vo, o justo Abel e o
nostri Abrahae: et sacrifício do nosso pa
quod tibi obtulit sum- triarca Abraão e o que
mus sacerdos tuus vos ofereceu o sumo
Melchisedech, sanctum sacerdote Melquisedec,
sacrificium, immacula- sacrifício santo e hóstia
tam hostiam. imaculada.
A santa missa 331
Agnus Dei
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus,
peccata mundi: mise- que tirais os pecados
rere nobis. do mundo, tende pie
dade de nós.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi: mise- tirais os pecados do mun
rere nobis. do, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus,
Agnus Dei, qui tollis que tirais os pecados
peccata mundo: dona do mundo, dai-nos a
nobis pacem. paz.
Inclinado sobre o altar:
Domine Jesu Chris- Senhor, Jesus Cristo,
te, qui dixisti Aposto- que dissestes aos após
lis tuis: Pacem relin- tolos: a paz vos deixo,
quo vobis, pacem minha paz vos dou; não
meam do vobis: ne olheis para os meus pe
respicias peccata mea, cados, mas para a fé
sed fidein Ecclesiae de vossa Igreja e dig
tuíe; eamque secun-
dum voluntatem tuam nai-vos de dar-lhe paz
pacificare et coaduna- e união, segundo a vos
re digneris: Qui vivis sa vontade, que viveis
et regnas Deus per e reinais, Deus, por to
omnia Síecula saeculo- dos os séculos dos sé
rum. Amen. culos. Amém.
Domine Jesu Chris- Senhor, Jesus Cristo,
te, Fili Dei vivi, qui Filho de Deus vivo, que
ex voluntate Patris, por vontade do Pai,
cooperante Spiritu cooperando o Espírito
Sancto, per mortem Santo, pela vossa mor
tuam mundum vivifi- te destes vida ao mun-
22*
338 Devocionário
A bênção
Benedicat vos om- S. Abençoe-vos o oni
nipotens Deus, Patcr potente Deus, Pai. Fi
et Fiüus, et Spiritus lho e Espírito Santo.
Sanctus.
Aí. Amen. Aí. Amém.
último evangelho
S. Dominus vobis- S. O Senhor seja
cum. convosco.
Aí. Et cum spiritu Aí. E com o vosso
tuo. espírito.
t S. Initium sancti S. Começo do santo
Evangelii secundum evangelho, segundo S.
Joannem (1, 1-14). João.
Aí. Gloria tibi, Do Aí. Glória a vós, Se
mine. nhor:
In principio erat Ver- No princípio era o
bum, et Verbum erat Verbo, e o Verbo era
apud Deum, et Deus com Deus, e o Verbo
erat Verbum. Hoc erat era Deus. Todas as coi
in principio apud De sas foram feitas por
um. Omnia per ipsum ele, e nada do que se
facta sunt: et sine fez, foi feito sem ele.
ipso factum est nihü, Estava nele a vida e
quod factum est: in a vida era a luz dos
'ipso vita erat et vi- homens, e a luz res
ta erat lux hominum: plandece nas trevas,
et lux in tenebris lu- mas as trevas não a
cet, et tenebne eam compreenderam. Houve
non comprehenderunt. um homem enviado por
Fuit homo missus a Deus, que se chama-
Deo, cui nomen erat va João. Este veio por
Joannes. Hic venit in t testemunha, para dar
A santa missa 341
PRIMEIRO DIA
doro-vos, Deus meu, nascido em minha
A carne, adoro esses bens divinos de que vin
des cheio. Aparecestes na terra deserta de to
dos os bens, e povoada de todas as misérias.
Os pecadores têm-vos consigo; pobres e pas
tores conversam convosco. Fizestes da terra
céu, e do presépio paraíso. Os anjos descem
do céu à terra a buscar-vos e a adorar-vos;
este vale de lágrimas está cheio de glórias
e de louvores. Concedei-me a graça de to
mar parte nestas glórias e nestes louvores
que vos são prestados.
Padre-nosso, Ave-Maria e Glória ao Padre.
SEGUNDO DIA
/"■^hamo-vos, bom Jesus, a esta alma, nascei
neia, e alumiai-a com o vosso resplendor.
Viestes trazer a paz às almas de boa vontade.
Pois, Senhor meu, visto que buscais boas von
tades, aqui tendes a minha, a qual, nesta hora,
por vossa bondade, está desejosa de vos amar,
de vos possuir, de se entregar toda a vós; e
vós, perfeição soberana, haveis de suprir o que
lhe falta para ser perfeita.
Padre-nosso, Ave-Maria e Glória ao Padre.
TERCEIRO DIA
J^yfeu bom Jesus, vós chorastes, logo ao en-
i.VJLtrar no mundo. Enquanto os anjos cantam
alegrias, e dão aos pastores a notícia de que
nascestes, vós, meu único bem, entre tantos
cânticos, entre tajitas novas de prazer, estais
344 Devocionário
SÉTIMO DIA
/Chegou, bom Jesus, com a circuncisão, a pri-
meira hora, de vós tão desejada, em que
derramastes sangue pelos pecadores. Deixais-
vos circuncidar, sendo a circuncisão ordenada
por vós para os pecadores obterem o perdão
do pecado original. Mas vós, pureza infinita,
em quem todos cremos e por cujo amor somos
salvos, que necessidade tendes dos remédios
dos pecados? E’ que vós, embora aborreçais
o pecado, amais o pecador, e quereis parecer-
vos com ele na pena, posto que não tenhais cul
pa. Chegue até mim a virtude desse primeiro
sangue que derramastes; tirai-me com ele as
minhas desordens; fazei que eu aborreça o que
vós aborreceis; e que ame o que vós amais.
Por ocasião de serdes circuncidado, quisestes
receber o nome de Jesus, que significa sal
vador. Antes de nascido, mandastes dizer pe
los anjos que vos chamarieis Jesus, porque ha-
víeis de perdoar pecados. Pois, Jesus, eis aqui
o pecador. Gravai o vosso nome nos meus
olhos, nos meus ouvidos, em todos os meus
Orações para o Advento. Natal 347
2. QUARESMA
• Nosso bem-aventurado pai S. Francisco tanto
amou a Jesus crucificado que mereceu receber
em seu corpo os estigmas das santas chagas como
se ele próprio houvesse, como o seu divino Salvador,
sofrido o suplício da crucificação. — Já nos pri
meiros dias da sua conversão a lembrança da pai
xão de nosso Senhor causava-lhe emoção tão forte
que muitas vezes arrancava-lhe lágrimas dos o'hos,*
e que ele não podia conter ainda que se encontras
se em lugares públicos. Uma vez que isto lhe
aconteceu, ao transeunte piedoso que se informava
do motivo dessas lágrimas, respondeu com ve
emência: “Choro por causa dos sofrimentos
do meu Senhor Jesus Cristo, e não teria vergo
nha de ir pelo mundo inteiro a mostrar estas
lágrimas que me correm pelas faces!"
De entro as várias modalidades dessa devoção
apontadas a seguir, destacamos, como especialmen
te franciscana, praticada tradicionalmentc pelos fi
lhos de S. Francisco, o caminho da cruz ou Via-
Sacra.
VIA SACRA
I. Definição. A Via-Sacra é um piedoso exercício
em que meditamos o doloroso caminho percor
rido por Jesus, desde o pretório de Pilatos até
o Calvário, onde foi crucificado e morreu pela
nossa redenção.
II. Origem. A origem deste santo exercício é de
vida ao coração amante e desolado da Virgem. Esta
pobre Mãe, depois da ascensão de Jesus ao céu,
tinha por único lenitivo banhar de lágrimas o ca
minho que o querido Filho havia regado com o 3eu
sangue divino... Os fiéis imitaram o exemplo de
Maria, e de todas as partes do mundo afluíam,
apesar de mil perigos e dificuldades, a Jerusalém,
para venerar os santos lugares e ganhar as indul
gências concedidas pelos sumos pontífices. — Entre
tanto, a Igreja, mãe piedosa, a fim de poupar in
cômodos a seus filhos e facilitar-lhes os meios de
santificação, concedeu as mesmas indulgências de
Jerusalém aos que visitassem as catorze cruzes
ou estações da Via-Sacra devidamente eretas.
354 Devocionário
Oração preparatória
A/feu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com
-L^J-amor infinito, o caminho doloroso do Cal
vário e aí morrestes num patíbulo de infâmia,
dai-me a graça de vos acompanhar e de unir
as minhas lágrimas ao vosso sangue precio
so... Tenho ardente desejo de consolar o vosso
Coração, tão bom e tão amargurado pelos nos-
356 Devoclonárlo
ESTAÇAO I
Jesus condenado à morte
Tesus está diante de Pilatos... A que estado o
J reduziram... A cabeça ■ coroada de espi
nhos... a face banhada em sangue... todo o
corpo lacerado... os ombros cobertos com um
pedaço de púrpura... as mãos atadas... Ins
pira compaixão o amabilíssimo Jesus!... To
davia, Pilatos, para agradar aos ingratos ju
deus, condena à morte o inocente Filho de
Deus... Jesus ouve, com serenidade, a senten
ça e aceita resignado a morte para salvação
dos pecadores...
T. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
Quaresma 357
ESTAÇÃO II
. . * i * * * *
ESTAÇAO III
Jesus cai pela primeira vez
Filho de Deus sai do pretório, oprimido
V-J pelo peso da cruz... Está cheio de amor,
mas exausto de forçasl... Tem derramado
tanto sangue!... Depois de alguns passos, obs-
curecem-se-lhe os olhos; verga sob a cruz e
cai por terra, penetrando-lhe mais e mais os es
pinhos na delicada cabeça!... Avalia-lhe o mar
tírio!... Os algozes enfurecem-se e, com blas
fêmias e golpes, ultrajam e ferem o Cordeiro
divino.
7. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
fy. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo. 1
O’ Jesus, vós caístes sob o peso da cruz,
porque eu me precipitei num abismo de ini-
quidades... Estendei-me a vossa mão para que
me levante e, auxiliado pela vossa graça, per
corra confiadamente o caminho da virtude e
Quaresma 359
ESTAÇAO V
Jesus ajudado pelo Cireneu
Tesus está tão fraco e tão abatido, que a todo
J momento parece morrer... E é o Stnhor do
paraíso, que rege e governa todas as criatu
ras!... Os judeus, temendo que a vítima lhes
faleça no caminho e não possa chegar ao lugar
da infâmia, obrigam Simão Gireneu a levar a
cruz do Redentor...
y. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
R. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O’ Jesus, vós sustentais, com um ato da
vossa onipotência, o céu e a terra, e precisais
de amparo?! O’ meu Jesus de bondade, a
que estado vos reduziu o vosso amor pela mi
nha alma!... Nunca esquecerei tamanha mise
ricórdia. .. Pelos merecimentos desta vossa fra
queza, ajudai-me a levar a cruz que mereço e
desejo na qualidade de cristão e pecador... O'
justo Jesus, eu vos amo de todo o meu cora
ção... arrependo-me sinceramente de vos ter
Quaresma 361
ESTAÇAO VI
Verônica limpa a face de Jesus
Jesus perdeu toda a sua beleza, — Jesus,
o mais belo entre os filhos dos homens!... Já
se não o conhece!... A sua face está toda fe
rida, banhada em lágrimas e sangue!.;. Uma
piedosa mulher, vencendo os respeitos huma
nos, aproxima-se de Jesus e limpa-lhe, com
um véu, a face adorável... O Salvador, sempre
bom e grato, deixa impressa, naquele véu, a
sua imagem.
7. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
IV. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O’ Jesus! quão feliz foi Verônica,, que vos
limpou a face desfigurada!... Também posso
receber esse prêmio... Hoje, que os ímpios e
os ingratos vos insultam e blasfemam, dai-mé
á graça de reparar esses ultrajes... e depois,
gravai na minha alma a vossa face divina... O’
Jesus, eu vos amo de todo o meu coração...
arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido,
3C2 Devocionário
ESTAÇAO VII
ESTÂÇAO VIII
Jesus consola as filhas de Jerusalém
Tesus é sempre bom e generoso!... Umas pie-
J dosas mulheres, vendo-o todo ensanguenta
do e vacilante sob o peso da cruz, choram e se
compadecem dele!... Jesus, esquecido dos seus
sofrimentos, consola-as e as instrui, dizendo-
lhes que chorem, sobretudo, os própros peca
dos e os pecados dos homens, que são a causa
dos martírios de um Deus e da perdição de
tantas almas...
y. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
I?. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O’ Jesus, dai-me lágrimas, lágrimas de amor
e de arrependimento, para que eu chore sem
pre os meus pecados e os vossos martírios e
assim desagrave o vosso coração aflitíssimo!...
E depois, quando eu agonizar no leito da mor
te, vinde consolar e receber a minha pobre al
ma... O’ Jesus, eu vos amo de todo o meu
coração... Arrependo-me sinceramente de vos
364 Devocionârio
ESTAÇÃO IX
Jesus cai pela terceira vez.
esus, desfalecido e exausto, cai de novo por
J terra e novamente fere nas pedras a fronte
coroada de espinhos... Um Deus por terra1...
Mas, à vista do Calvário, reanima-se e levanta-
se... O amor dá-lhe novas forças!... E’ tão
ardente o seu desejo de morrer pelos homens,
ainda que pecadores!... Ohl só um Deus pode
amar assim!
7. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
I?. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O* Jesus! são tantos e tão graves os meus
pecados, que, para os expiar, quase não basta
uma só queda de um Deus!... E’ necessário
que muitas e muitas vezes humilheis à terra a
vossa divina face...
O' Jesus! dai-me a vossa graça, para que
deteste os meus pecados e vos siga no caminho
das humilhações e dos sofrimentos... O’ Jesus,
eu vos amo de todo o meu coração...; arre
pendo-me sinceramente de vos ter ofendido, e
Quaresma 365
ESTAÇAO XI
Jesus pregado na cruz
uma ordem dos algozes, o Salvador es
A tende sobre a cruz o seu corpo lacerado, e
levantando os olhos ao céu, apresenta as mãos
e os pés para serem traspassados pelos cra
vos... Aos golpes repetidos do martelo, rasga-
se a pele, dilacera-se a carne, rompem-se as
veias... O bom Jesus sofre um martírio imen
so...; mas não se queixa...; pede, adora e
ama!...
T. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
1$. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O’ Jesus, dissestes um dia que, pregado no
madeiro, teríeis atraído a vós todos os cora
ções. .. Atraí o meu coração com a força sua
ve e irresistível do vosso amor; pregai-o na
vossa cruz bendita para que nunca mais se
afaste de vós... Fica-se tão bem aos vossos
pcs!... O’ Jesus, eu vos amo de todo o meu
coração...; arrependo-me sinceramente de vos
ter ofendido, e prometo, com a vossa graça,
nunca mais vos tornar a ofender. .
Ave-Maria.
7. Tende piedade de nós, Senhor.
Tende piedade de nós.
Quaresma 367
ESTAÇÃO XII
. Jesus morre na cruz
T3obre Jesus! Quanto sofre!... Está penden-
te de três cravos! Não encontra o menor
alívio... Todos concorrem para o atormen
tar... E ele pensa em todos...; pensa no fa
cínora e promete-lhe o céu...; pensa na mãe,
e dá-lhe João de amparo...; pensa em nós e
dá-nos Maria por mãe... Como Jesus é bom!...
Mas ele morre...; inclina a cabeça..., solta o
último suspiro... Morreu... Um Deus morreu
por mim!...
7. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
Kr. Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
Deixai-me, ó Jesus, abraçar-me aos vossos
pés ensanguentados; deixai-me viver e morrer
aqui!... Ah! é justo que a criatura viva e mor
ra pelo seu Deus de bondade que viveu e mor
reu pela sua miserável criatura! — O’ Jesus,
eu vos amo de todo o meu coração...; arre
pendo-me sinceramente de vos ter ofendido, e
prometo, com a vossa graça, nunca mais vos
tornar a ofender.
Ave-Maria.
J. Tende piedade de nós, Senhor.
I?. Tende piedade de nós.
24*
368 Devocionário
ESTAÇÃO XIII
Jesus nos braços de sua mãe
ESTAÇAO XIV
Jesus no santo sepulcro
Tesus está encerrado no sepulcro... A sua
J aniquilação não podería ser mais comple
ta. .. E' o Deus da vida; mas aqui não vive...
Contempla-o pela última vez... A sua fronte
está rasgada pelos espinhos; os olhos, fecha
dos; os lábios, mudos; as mãos e os pés, tras-
passados; o coração, ah! o coração, que tanto
amou e sofreu, já não bate!... Jesus, o bom
Jesus, está morto e sepultado!
T. Nós vos adoramos, santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e vos bendizemos;
Porque pela vossa santa cruz remistes
o mundo.
O* Jesus, adoro-vos no santo sepulcro! Eis o
que lucrastes com o vosso amor excessivo
por mim, ingratíssimo pecador!... Seja sempre
bendita a vossa misericórdia!... Dai-me a gra
ça de me esconder do mundo e de viver no
vosso Coração dulcíssimo... Ali, encontrarei a
paz, a felicidade, o paraíso. — O’ Jesus, eu vos
amo de todo o meu coração...; arrependo-me
sinceramente de vos ter ofendido, e prometo,
com a vossa graça, nunca mais vos tornar a
ofender.
Ave-Maria.
y. Tende piedade de nós, Senhor.
I?. Tende piedade de nós.
370 Devocionário
Oração final
Jesus, seja sempre bendito o vosso Cora
O ção amantíssimo... Ó meu Deus, quem te-
ria sido capaz de dar uma só gota de sangue
por mim? E vós o destes todo... até à úl-
tima gota para salvar a minha alma!... To-
davia, quantas vezes, para agradar às criaturas,
vos .tenho desprezado, meu sumo bem!... Oh!
perdoai-me pelo vosso sangue precioso!...
Quero, para o futuro, amar-vos de todo o meu
coração... e cumprir fielmente a vossa santís
sima vontade... Concedei-me que o meu últi
mo alimento seja o vosso corpo adorável; que
a minha última palavra seja o vosso nome ben
dito; que o meu último suspiro seja um suspiro
de amor e de arrependimento...
O* Jesus, pela desolação imensa que sofrestes
no Calvário, especialmente quando a vossa al
ma se separou do vosso corpo divino, tende
piedade da minha alma, quando sair do meu
corpo miserável. Assim, depois de vos ter se
guido nas breves tribulações da vida, seguir-
vos-ei na felicidade eterna do paraíso... Amém.
y. Parce, Domine, parce populo tuo.
R. Ne in aetemum irascaris nobis.
DEVOÇÃO ÀS CINCO CHAGAS DE JESUS
(Segundo írei Tomé de Jesus)
À chaga do pé esquerdo
A doro-vos, santíssima chaga do pé esquer-
-L^do de Jesus. Pelo sangue que por ela der
ramastes, suplico-vos, ó meu Salvador, que
emendeis os errados passos que até agora te-
Quaresma 371
Oração final
lhai, Senhor, vos rogamos, sobre esta vos
O sa família, pela qual nosso Senhor Jesus
Cristo não duvidou entregar-se às mãos dos
criminosos e suportar o tormento da cruz. O
qual. convosco vive e reina por todos os sé
culos dos séculos. Amém.
TOQUE DE AGONIA DE NOSSO SENHOR
Em muitas Igrejas, pouco antes das 3 horas da
tarde de sexta-feira, dão-se no sino algumas ba
daladas para nos recordar a hora da agonia e
morte de Jesus.
As pessoas que, ao toque do sino, rezarem (de
joelhos, podendo ser cômodamente). 5 P. N. e 5
A. M. e a jaculatória: Nós vos adoramos e louva
mos, Senhor Jesus Cristo, porque pela vossa santa
cruz remistes o mundo, o sumo pontífice Pio XI
concedeu a indulgência de 10 anos em cada sex
ta-feira, e plenária uma vez por mês, com as condi
ções do costume, tendo-se praticado aquele ato de
piedade todas as sextas-feiras do mesmo mês.
3. PENTECOSTES
Novena de preparação
Conforme o desejo da santa Igreja, todos os ter
ceiros façam com fé e fervor a novena de prepa
ração à vinda do divino Espírito Santo. Rezem to
dos os dias o hino ao Espírito Santo, que se en
contra à pg. 153 deste manual, a sequência ou uma
Pentecostes 373
Benedicite
T>endizei ao Senhor, vós, todas as criaturas
-D do Senhor; louvai-o e exaltai-o para sempre.
Bendizei ao Senhor, vós anjos do Senhor;
céus, bendizei ao Senhor.
Bendizei ao Senhor, vós, todas as águas sus
pensas no céu; bendizei ao Senhor, vós, todas
as virtudes do Senhor.
SS. Trindade 381
de S. Francisco de Assis
A Itíssimo, onipotente, bom Senhor!
A ti pertencem a glória, a honra e o louvor:
Só a ti, altíssimo, todas as bênçãos se hão
de dar,
Embora nenhum homem seja digno de te men
cionar.
Louvado sejas, meu Senhor, por todas as tuas
criaturas,
Especialmente pelo nosso irmão sol,
O qual, com a sua luz, preside aos nossos
dias,
E que, como tu, Senhor, é belo e radiante
E de grande esplendor.
Louvado sejas, meu Senhor, pelas nossas irmãs,
a lua e as estrelas
Que resplandecem no céu, belas e preciosas,
cheias de claridade.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento,
E pelo ar tranquilo,
Que serve em todo o tempo,
Ou nublado ou sereno,
E pelo espaço imenso
Em cujo seio todas as coisas se acomodam.
Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã
água,
Tão útil e humilde e preciosa e casta.
25a
384 Devocionáxlo
5. CORPUS CHRISTI
A santa eucaristia foi sempre alvo da maior ve
neração por parte do S. Francisco de Assis. — "Eu
vos conjuro a todos, meus irmãos, — escreveu ele
— a que manifesteis todo o respeito ao santíssimo
corpo e ao sangue de nosso Senhor Jesus Cristo,
por quem tudo o que está no céu e na terra foi
pacificado... Aconselho-vos com instância a que po
nhais de lado todos os cuidados e toda a inquieta
ção e que recebais o corpo e o sangue santíssimos
de nosso Senhor Jesus Cristo, em sua memória".
Todas as devoções indicadas neste parágrafo são
excelentes. Contudo, por serem mais fáceis de pra
ticar o ao mesmo tempo írutuosíssimas, aconselha
mos com maior Instância a comunhão espiritual
(devoção particularmente franciscana) e as visitas
ao SS. Sacramento.
Comunhão espiritual
S. Leonardo aconselhou-nos fazer preceder a co
munhão espiritual de um ato de contrição, a fim de
excitar-nos a um vivo desejo de receber nosso Se
nhor no sacramento de seu amor; é nisto que con
siste a comunhão espiritual; o desejo supõe um
ato de fé na presença real.
Em seguida, imaginemos aproximar-nos da santa
mesa c ali recebermos a sagrada partícula das mãos
do padre ou dum santo a quem tenhamos particu
lar devoção, ou, melhor ainda, das mãos da santís
sima Virgem. Entretanto, este ato da imaginação
não é essencial. Preciso unicamente é considerar
mos, em profundo silêncio, nosso Senhor no nosso
interior, adorá-lo, agradecer-lhe, isto é, fazer to
dos os atos da comunhão sacramental.
A comunhão espiritual, diz São Leonardo, é um
tesouro tão precioso, que proporciona à alma toda
a sorte de benefícios. Inflama o coração de amor
por Deus, unc-o a ele e o dispõe a receber os fa
vores mais especiais.
Muitos mestres da vida espiritual não receiam
dizer que. algumas vezes, se faz a comunhão es
piritual com tanto fervor, que nela se recebe a
mesma graça que na comunhão sacramental.
386 Devocionário
Primeira visita
ViBita de adoração
Padre-nosso, Ave-Maria, Glória ao Padre.
Jesus, Criador e Redentor meu, aqui pre
Ó sente neste augusto sacramento com o vos
so corpo, sangue, alma e divindade, tão real e
perfeitamente como estais no céu, vos adoro
com o mais profundo respeito, bendigo a vossa
divina majestade, glorifico a vossa magnificên
cia, e louvo a vossa beleza infinita.
Só vós, ó Jesus, sois a consolação, a ale
gria e a felicidade de rninlia alma; só a vós,
Senhor, todas as criaturas no céu e na terra
devem render glória e adoração.
Eu vos adoro, meu Jesus, em nome de to
das as criaturas, principalmente daquelas que
não vos adoram.
E para que minha pobre adoração mais vos
agrade, ofereço-vos, meu divino Redentor, to
dos os atos de adoração dos santos apóstolos
e confessores, dos gloriosos mártires e das san-
tastas virgens, dos anjos que vos fazem guarda
de honra aqui diante do vosso trono, no céu,
e de todos os querubins e serafins.
Em particular, vas ofereço, meu amado Jesus,
a adoração de S. João apóstolo, vosso amigo
angélico, de S. José que tanto vos ama, e sobre
tudo de vossa mãe, a virgem imaculada, Ma
ria santíssima.
Aceitai propício e benigno, ó meu divino Sal
vador,- este ato de adoração que vos faço, em
união com os vossos anjos e santos, e pelo
388 Devocionárlo
Terceira visita
ViBita de reparação
Padre-nosso, Ave-Maria, Glória ao Padre.
Qenhor meu, Jesus Cristo, quantas vezes vos
tenho ofendido na minha vida passadal Pe
sa-me, Senhor, de todo o meu coração. Arre-
pendo-me de todos os meus pecados, não só
por ter merecido os vossos castigos, mas mui
to mais por ter sido tão ingrato contra vós, que
sois infinitamente bom e amável. Perdoai-me,
Senhor, pelo preciosíssimo sangue que por mim
derramastes.
O' pacientíssimo Coração de Jesus, continua
mente ofendido e injuriado pelos homens in
gratos, eu vos adoro e vos amo com todo o
afeto do meu coração, e para reparar de algum
modo o esquecimento e a ingratidão dos peca
dores, ofereço-vos meus pobres atos de amor,
390 Devocionário
Salmo 116
T audate Dóminum, om- T ouvai ao Senhor to
'nes gentes, * lauda- adas as nações: *. lou
te cum, omnes popull. vai-o todos os povos.
Quoniam confirmata Porque está confirmada
cst super nos miseri sobre nós a sua miseri
córdia ejus, • et veritascórdia; * e a verdade do
Domíni manet in aeter- Senhor permanece eterna
num. mente.
Glória Patri et Filio Glória ao Padre e ao
* et Spiritui Sancto. Filho * e ao Espirito San
to.
Sicut erat Jn princi Assim como era no
pio, et nunc et semper princípio, agora e sempre
* et In saecula soeculo- * e por todos os séculos
rum. Amen. dos séculos. Amém.
Oremos
Deus, que, pela Imaculada Conceição da
Ó virgem, preparastes ao vosso Filho uma
digna morada, nós vos rogamos que, tendo-a
preservado de toda a mancha na previsão da
morte do vosso mesmo Filho, nos concedais pela
sua intercessão o chegarmos até vós, também
purificados de todo o pecado. Pelo mesmo Je
sus Cristo nosso Senhor. IV. Amém.
6. Cântico (2ft estrofe). .
7. Exposição do SS. Sacramento.
8. Tantum ergo.
9. Cântico final.
Manual da O T — 27
414 Devocionário
Coroa franciscana
A coroa franciscana ou seráfica é outra devoção
que nos inscreve, de modo particular, entre os de
votos de Maria, E' das nossas mais gloriosas di
visas.
Pelo ano de 1422, entrou para o noviciado de
um convento da primeira Ordem um jovem muito
amante da santíssima Virgem, a quem todos os
dias costumava ofertar uma coroa de flores, quando
estava na casa paterna.
Como no noviciado não tivesse ocasião de fazer
esta oferta à sua cara mãe, por causa das ocupa
ções disciplinares do novo estado, desgostoso, re
solveu deixar a Ordem.
Antes de sair, porém, foi despedir-se de nossa
Senhora da capela do noviciado. Orou por algum
tempo, manifestando, com carinhosa confiança, à
mãe do céu a causa que o levava a deixar o novi
ciado, e pediu-lhe o patrocínio.
A Virgem, sorrindo-se da simplicidade do seu
devoto, disse-lhe meigamente:
"Não te entristeças: vou-te ensinar a entrelaçar
uma coroa de flores que não murcham e que podes
encontrar em todo o tempo do ano, para me co
roares com eU:
Rezarás ura Padre-nosso seguido de dez Ave-Ma-
rias, em memória da alegria que tive, quando o
anjo me anunciou a encarnação do divino Verbo.
Repetirás esta oração uma segunda vez. em me
mória da alegria que experimentei ao visitar mi
nha prima Isabel. A mesma alegria que tive, quan
do, sem macular minha pureza, vi nascer Jesus.
Mais quatro vezes dirás as mesmas preces: a pri
meira, reverenciando a alegria com que vi o meu
divino Filho adorado pelos reis magos; a segunda,
era recordação da alegria que senti, quando en
contrei Jesus no templo; a terceira, pelo gozo que
experimentei, quando me apareceu ressuscitado; a
quarta, finalmente, em memória da minha entrada
e coroação no céu.
Acrescentarás ainda mais duas Ave-Marias, para
completar o número setenta e dois, que representa
0 número de anos que vivi neste mundo".
Começou o noviço a tecer, todos os dias, esta
Devoção a nossa Senhora 415
Oremos
Maria santíssima, nós vos oferecemos es
Õ tas orações em louvor do gozo inefável
que tivestes, quando concebestes em vosso
puríssimo ventre vosso amado Filho; por ele
vos pedimos nos alcanceis uma profundíssima
humildade com um grande conhecimento do
benefício que este Senhor nos fez em não des
prezar de ser nosso irmão e em nos dar a vós,
que sois a sua mãe muito amada, por mãe
nossa. Amém.
2o MISTÉRIO
"VTeste segundo mistério contemplamos o gozo
que teve Maria santíssima com a visita
que fez à sua prima Isabel, resultando -a santi-
Devoção a nossa Senhora 417
Oremos ; ' \
Maria santíssima, nós vos oferecemos es-
tas orações em memória do gozo que ti
vestes quando visitastes vossa prima santa
Isabel, santificando-se o Batista com a presen
ça do vosso amado Filho; por ele vos pedi
mos que nossos corações sejam visitados do
mesmo modo pela sua graça, que nossos pas
sos se encaminhem sempre a cumprir seus
divinos preceitos. Amém.
3o MISTÉRIO
"^Teste terceiro mistério contemplamos o ine-
fável gozo que teve Maria santíssima,
quando deu à luz o seu unigênito Filho e Sal
vador nosso, Jesus Cristo, em um desprezível
presépio, conservando intacta a flor de sua
virginal pureza.
1 Padre-nosso, 10 Ave-Marias e Glória ao Padre.
Oremos
Maria santíssima, puríssima mãe de Deus,
O nós vos oferecemos estas orações em me
mória do gozo que tivestes, quando, sem detri
mento de vossa virginal pureza, destes ao mun
do vosso unigênito Filho; por ele nos concedei
que vivamos tão pura e santamente, que mere-
- çamos renascer pela graça em nossas almas.
Amém.
418 Devocionário
4o MISTÉRIO
TVToste quarto mistério contemplamos o gozo
>1 que teve Maria santíssima, quando os três
reis magos, prostrados por terra, adoraram o
Deus menino e lhe ofereceram suas dádivas.
1 Padre-nosso, 10 Ave-Marias e Glória ao Padre.
Oremos
Maria santíssima, nós vos oferecemos es
Ó tas orações em reverência do gozo que
tivestes, quando os três reis magos adoraram
o vosso querido Filho; por ele vos pedimos ti
reis dos nossos corações a cegueira de nossas
culpas, aumentando neles o divino amor que,
como estrela, nos encaminhe à glória, onde o
adoraremos eternamente. Amém.
5a MISTÉRIO
^Teste quinto mistério contemplamos o inefá-
-lN vel prazer e alegria que teve Maria san
tíssima, quando achou o seu amado Filho no
templo, assentado entre os doutores, depois de
o ter procurado, traspassada de excessiva pena,
por espaço de três dias.
1 Padre-nosso, 10 Ave-Marias e Glória ao Padre.
Oremos
Maria santíssima, nós vos oferecemos es-
tas orações em reverência da grande ale
gria que tivestes, quando achastes no templo
o vosso amado Filho; por ela nos concedei que
Devoção a nossa Senhora 419
T. Virgo prudentíssima.
I?. Mater clementíssima.
>r. Ora pro nobis.
Intercede pro nobis ad Dominum Jesum
Christum.
y. In Conceptione tua, Virgo immaculata
fuisti:
Ora pro nobis Patrem, cujus Filium pe-
peristi.
Oremus
T^eus, qui per immaculatam Virginis Conce-
ptiónem dignum Filio tuo habitáculum prae-
parasti: quaesumus: ut qui ex morte ejúsdem
Filii tui praevista eam ab omni labe praeservasti,
nos quoque mundos ejus intercessióne ad te
pervenire concédas. Per eúndem Christum Dó-
minum nostrum. R. Amen. •' .
Magnificat
minha alma glorifica o Senhor;
A E o meu espírito exulta em Deus, meu
Salvador.
Porque lançou os olhos para a baixeza da
sua escrava;
Eis que, de hoje em diante, todas as gera
ções me chamarão bem-aventurada.
Porque fez em mim grandes coisas aquele
que é poderoso, e cujo nome é santo.
E cuja misericórdia se estende de geração
em geração, sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço;
422 Devocioiiáxio
Oremus Oremos
/Concede nos fámu- Quplicantes vos roga-
^ los tuos, quaesu- ^ mos, Senhor Deus,
mus, Domine Deus, que concedais a vossos
perpétua mentis et servos lograr perpétua
córporis sanitáte gau- saúde do corpo e da
dére et gloriosa beátai alma, e que, pela in-
Mariae semper Virginis tercessão gloriosa da
intercessióne, a prae- bem-aventurada sempre
sénti liberári tristítia virgem Maria, sejamos
livres da presente tris
et aaterna perfrui laetí- teza e gozemos da eter
tia. Per Christum Do- na alegria. Por Cristo
minum nostrum. Amen. nosso Senhor. Amém.
Oração a Nossa Senhora Aparecida
incomparável Senhora da Conceição Apa
Q recida, Mãe de meu Deus, rainha dos anjos,
advogada dos pecadores, refúgio e consolação
dos aflitos e atribulados! O' Virgem santíssima,
cheia de bondade e poder, alcançai sobre nós
um olhar favorável, para que sejamos socorridos
em todas as necessidades em que nos achamos.
Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que
não consta que de todos os que têm a vós re
corrido, invocado vosso santíssimo nome e im
plorado vossa singular proteção, fosse por vós
alguém desamparado. Animado com essa con
fiança, a vós recorro, vos tomo hoje para sem
pre por minha mãe, minha protetora, minha
consolação e guia, minha esperança, minha luz
na hora da morte. Assim, pois, Senhora, livrai-
me de tudo que possa ofender-vos e a vossc
426 Devocionário
Oração a S. Francisco
S. Francisco, patriarca dos pobres, obten
O de, por vossos rogos, que o número de
vossos filhos aumente na caridade de Cristo,
vós que, privado da vista como Jacob moribun
do, os abençoastes com as mãos cruzadas so
bre suas cabeças. Assim seja.
Devoção a Francisco 433
Oremos
Çenhor Jesus Cristo, que para inflamar com o
fogo do vosso amor os nossos corações, ar
refecido no mundo, haveis renovado os sagra
dos estigmas de vossa paixão no corpo do bem-
aventurado pai São Francisco, concedei-nos
propício que pelos seus merecimentos e sua in-
tercessão carreguemos incessantemente a cruze
façamos dignos frutos de penitência. Vós que
com o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais,
um só Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.
3. Exposição do Santíssimo.
4. Tantum ergo.
5. Canto final. Cântico (7» estrofe).
Tríduo em preparação à festa de S. Francisco
(1, 2 e 3 de Outubro)
y. Deus, in adjutorium meum intende.
rç. Domine, ad adjuvandum' me festina. Glo
ria Patri et Filio et Spiritui Sancto. Sicut erat
in principio et nunc et semper, et in saecula
sa?culorum. Amen. Alleluia.
1. Cântico (Ia estrofe). .
2. Leitura sobre a vida ou virtudes de São
Francisco. .
3. Oração a S. Francisco
serafim de amor, bem-aventurado S. Fran
Ó cisco! O Senhor depositou em vós as suas
complacências, • esco!hendo:vos entre milhares
para acumular em vós os tesouros de sua bon
dade. Ele vos fez ornamento da Igreja e vos
destinou para avivar no mundo a lembrança da
cruz e o desejo do sacrifício. Vós sois a cópia
436 Devocionário
Ladainha de S. Francisco
Para uso particular
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria, virgem imaculada, rogai por nós.
São Francisco seráfico,
São Francisco, pai sapientíssimo,
São Francisco, pai dos pobres,
São Francisco, que desprezastes o mundo,
São Francisco, espelho da penitência,
São Francisco, vencedor dos vícios,
São Francisco, zeloso imitador de Cristo,
São Francisco, com as chagas de Jesus ador
nado,
São Francisco, amante da pobreza,
São Francisco, mestre da obediência,
São Francisco, espelho puríssimo da castidade,
São Francisco, norma da humildade,
São Francisco, pai rico de graças,
São Francisco, caminho dos que erram,
São Francisco, auxílio dos enfermos,-
São Francisco, coluna da Igreja,
São Francisco, protetor da fé,
São Francisco, herói valente de Cristo,
438 Devocionárlo
4. SANTO ANTÔNIO •
Saudações afetuosas
eus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
D sacrário do divino Espírito Santo: al-
cançai-me os dons e auxílios da graça.
Deus vos salve, meu glorioso .Santo Antô
nio, reclinatório do Deus-menino: consegui que
me seja restituída a inocência da primeira
idade.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
amantíssiino filho de Maria santíssima: fazei-
me também digno filho de tão soberana mãe.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
deparador das coisas perdidas: não permitais
que eu perca o caminho da salvação.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
lírio formoso de pureza: inspirai-me profundo
amor à mais bela das virtudes.
Deus vos salve, meu glorioso santo Antônio,
modelo perfeito da humildade: fazei meu cora
ção semelhante ao vosso.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
martelo formidável .dos hereges: comunicai-me
a verdadeira docilidade às doutrinas da santa
Igreja. . .
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio,
luz brilhante do universo: iluminai a minha ce
gueira para que eu fuja das trevas dos vícios e
dos pecados. . . .
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio,
serafim abrasado do' amor divino: inflamai o
meu coração neste fogo sagrado, para que
sempre arda nas suas chamas eternas.
440 Devocionário
Oferecimento
eu glorioso e amabilíssimo Santo Antônio,
M eu vos ofereço estas saudações e orações
em honra e veneração de vossas heróicas vir
tudes e santidade admirável, e vos peço hu--
mildemente me alcanceis de Deus, Senhor nos
so, e de sua mãe, Maria santíssima, junto de
quem valeis tanto, uma resolução firmíssima de
seguir os vossos exemplos, para que, dirigindo
os meus passos por esse caminho, na imitação
das vossas virtudes, encontre afinal a eterna fe
licidade.
Rogo-vos me alcanceis também do mesmo Se
nhor o remédio para todas as minhas necessi
dades, tanto espirituais como corporais. Por
vosso intermédio espero alcançar estes bene
fícios do Altíssimo e fico muito seguro de que
não faltareis com a vossa proteção a quem con
fia tanto, como eu, no vosso amparo. Socorrido
por vós conto ser, ainda na hora de minha
morte, para vencer os combates infernais e,
livre o meu espírito das prisões desta vida mor
tal, ir lograr para sempre a perfeita liberda
de dos filhos de Deus e gozar da sua vista,
em vossa companhia. Amém.
Responso
Oi quaeris miracula: Oaiba quem busca mi-
Mors, error, cala- lagres
mitas, / Daemon, le Que os enfermos sara
Antônio.
pra fugiunt, / Aegri Afugenta o erro, a
surgunt sani. morte,
Calamidade e demônio.
Devoção a Santo Antônio 441
3. Oração a S. Luís.
admirável S. Luís, que, por vossas excelsas
Ó virtudes, tendes sido glorificado por nosso
Senhor Jesus Cristo, escolhendo-vos por padro
eiro da Ordem Terceira franciscana. Confiando
nessa tão sublime prerrogativa, grande multi
dão de almas privilegiadas vos venera com
acendrada devoção e procura imitar os vossos
exemplos extraordinários. Aceitai, pois, os lou
vores que também eu com afeto vos dirijo e
obtende-me os favores de que mais necessito,
para servir a Deus com toda a fidelidade e
suportar resignadamente os sofrimentos da vida
presente.
Glorioso São Luís, príncipe admirável, ima
gem de virtudes, exemplo de humildade, prodí
gio de penitência, alma cheia de amor e oração, -
lâmpada ardente e brilhante, vaso de eleição e
de santidade, espelho de perfeição cristã e de-
votíssimo de nosso pai S. Francisco: rogai a
Deus, nosso Senhor, que pela iníercessão da
Virgem Maria imaculada conceda a toda a ve
nerável Ordem Terceira o verdadeiro espírito
religioso franciscano, que reforme o mundo,
conforte a Igreja e seja salvação e paz de inú
meras almas.
Pater, Ave, Glória.
/^lorioso São Luís, desprezador tio mundo,
VJ cheio de zelo pela casa de Deus, terno pai
dos pobres, sustento das viúvas e órfãos, juiz
bendito dos povos, redentor dos cativos, e pre
gador dos infiéis: rogai a Deus, nosso Senhor,
para que pela intercessão da Virgem Maria
Devoções aos padroeiros da O T 447
Oremos
Deus, que transferistes o vosso confessor
Ó São Luís de um reino terrestre à glória do
reino celestial, fazei-nos participantes, por sua
29*
448 Devocion&rlo
2. A Santa Isabel
Santa Isabel, augusta padroeira das filhas
Ó de S. Francisco, reanimai-nos em nossa vo
cação e no espírito de nosso seráfico pai, con
cedei-nos a graça de, cedendo enfim às solici
tações interiores que Deus nos faz, nos entre
guemos inteiramente a ele; tirai de nossos co
rações o amor próprio e todo o sentimento ter
restre, para que todos os nossos desejos se vol
tem para o céu. Amém.
4
Salmo 69
eus, in adjutorium
D meum intende:
Domine, ad adju-
ÓDeus, atendei ao
meu socorro. •
Senhor, vinde logo
vandum me festina. para ajudar-me.
Confundantur, et re- Confundidos sejam e
vereantur: * qui qux- envergonhados: * os
runt animam meam. que buscam a minha
alma.
Avertantur retror- Voltem-se atrás, e se
sum et erubescant: * jam envergonhados, *
qui volunt mihi mala. os que me desejam ma-
les.
Avertantur statim Voltem-se logo cheios
erubescentes: * qui di- de confusão: * os que
cunt mihi: Euge, euge. me dizem: Bem, bem.
Exsultent et laeten- Regozijem-se, e ale-
tur in te omnes qui grem-se em vós todos
quaerunt te: * et di- os que vos buscam: *
cant semper: Magni- e os que amam a vossa
ficetur Dominus, qui salvação digam sempre:
diligunt salutare tuum. Engrandecido seja o
Senhor.
Ego vero egenus et Mas eu sou neces
pauper sum: * Deus, sitado e pobre: * ó
adjuva me. Deus, socorrei-me.
Adjutor meus et li- O meu favorecedor e
berator meus es tu: * o meu libertador sois
Domine, ne moreris. vós: * Senhor, não vos
t ., ... ,
demoreis.
• Gloria Patri. * * * Glória ao Padre.
T. Salvos fac servos T. Meu Deus, salvai os
tuos. vossos servos. • ■
Manual da O T — 30
462 Devocionário
I neffabilem nobis,
Domine, misericor- S enhor, ostentai sobre
nós a vossa inefável
misericórdia, de modo
diam tuam clementer
ostende; ut simul nos que, absolvendo-nos de
todos os nossos peca
et a peccatis omnibus dos, nos livreis igual
exuas, et a pcenis, mente das gravíssimas
quas pro his mere- penas, que por eles ha
mur, eripias. vemos merecido.
7. ALMAS DO PURGATÓRIO .
Qenhor todo-poderoso, que, pelo amor que
^tendes aos homens, vos dignastes revestir
de carne humana, viver nas privações e sofrer
uma dolorosíssima paixão e enfim morrer na
cruz, ah! por tantos merecimentos que nos ad
quiristes com o vosso preciosíssimo sangue,
peço-vos volvais um olhar piedoso aos tor
mentos, que, no purgatório, padecem aquelas
santas almas, que, tendo saído deste vale de
pranto com a vossa graça, sofrem agora os
ardores daquelas chamas, para pagar as dívidas
que -contraíram com a vossa divina justiça.
Aceitai, pois, ó piedosíssimo Senhor, as ora
ções que por elas humildemente vos dirijo;
tirai-as daquele tenebroso cárcere, e chamai-as
à glória do paraíso. Recomendo-vos, de modo
particular, as almas dos meus parentes, dos
meus benfeitores espirituais e temporais, e mui
especialmente as daqueles a quem eu tenha
podido ser ocasião de pecado com o meu mau
exemplo. Virgem santíssima, mãe de miseri
córdia, consoladora dos atribulados, interce
dei por aquelas pobres almas a fim de que
pela vossa proteção vão fruir aquele paraíso,
que lhes está preparado.
y. Te ergo, quaesumus, famulis tuis subveni.
R. Quos pretioso sanguine redemisti.
. Pater, Ave e Requiem.
Almas do Purgatório 469
Ato de fé
, ♦ - : * . • i • f ••
Ato de esperança
T^spera na misericórdia infinita de Jesus Cris-
•■-'to que lhe perdoará todos os seus pecados?
Espera na sua infinita bondade que lhe abrirá
as portas do paraíso, apesar da sua indignida
de? Confia também no patrocínio de Maria,
nossa mãe, em S. José, protetor da boa morte,
e em nosso pai S. Francisco?
Ato de caridade
ma a Deus sobre tudo? Protesta amá-lo
A mais que a todo o mundo e seus bens?
■.:
Ofício da agonia
Senhor, compadecei-vos de nós.
Jesus Cristo, compadecei-vos de nós.
Senhor, compadecei-vos de nós.
Santa Maria, rogai por cie (cia).
Todos os santos anjos e arcanjos,
Santo Abel,
Coro dos justos,
Santo Abraão,
S. João Batista,
S. José,
Todos os santos patriarcas e profetas,
S. Pedro,
S. Paulo,
Santo André,
S. João,
Todos os santos apóstolos e evangelistas,
Todos os santos discípulos do Senhor,
Todos os santos inocentes,
Santo Estêvão,
S. Lourenço,
Todos os santos mártires,
S. Silvestre, •
S. Gregório,
Orações para diversas necessidades 495
Santo Agostinho,
Todos os santos bispos e confessores,
S. Bento,
Nosso santo pai Francisco,
S. Camilo,
S. João de Deus,
Todos os santos religiosos e eremitas,
Santa Maria Madalena,
Santa Luzia,
Todas as santas virgens e viúvas,
Todos os santos e santas de Deus, intercedei
por ele.
Sede-lhe propício, perdoai-lhe, Senhor.
Sede-lhe propício, livrai-o (-a), Senhor.
Da vossa ira, livrai-o (-a), Senhor.
Do perigo da morte,
De uma morte má,
De todo o mal,
Do poder do demônio,
Pelo vosso nascimento,
Pela vossa cruz e paixão,
Pela vossa morte e sepultura,
Pela vossa gloriosa ressurreição,
Pela vossa admirável ascensão,
Pela graça do Espírito Santo Paráclito,
No dia do juízo,
Nós pecadores, nós vos pedimos, ouvi-nos,
Senhor.
Para que lhe perdoeis, nós vos pedimos, ou
vi-nos, Senhor.
Senhor, compadecei-vos de nós.
Jesus Cristo, compadecei-vos de nós.
Senhor, compadecei-vos de nós.
32*
496 Devocionário
ORAÇÕES
arte, ó alma cristã, deste mundo, em nome
P de Deus Padre onipotente, que te criou; em
nome de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que
por ti morreu; em nome do Espírito Santo, que
sobre ti se efundiu; em nome da gloriosa e bem-
aventurada Mãe de Deus, a Virgem Maria; em
nome de São José, ínclito esposo da mesma
Virgem; em nome dos anjos e arcanjos; em no
me dos tronos e das dominações; em nome dos
principados e potestades; em nome dos queru
bins e dos serafins; em nome dos patriarcas e
dos profetas; em nome dos santos apóstolos
e evangelistas; em nome dos santos mártires
e confessores; em nome dos santos religiosos
e eremitas; em nome das santas virgens e de
todos os santos e santas de Deus; hoje seja o
teu lugar em paz, e tua morada a santa Sião.
Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Amém.
TAeus piedoso, Deus clemente, Deus que apa-
•L' gais, segundo a multidão da vossa miseri
córdia, os pecados das almas penitentes e, com
a graça do perdão, fazeis desaparecer as culpas
dos crimes passados; olhai propício para este
vosso servo F..., e concedei-lhe benigno o per
dão de todos os pecados que implora com toda
a sinceridade de seu coração. Renovai nele, ó
Pai misericordiosíssimo, tudo o que a terrena
fragilidade corrompeu ou a diabólica fraude
violou, e juntai à unidade do corpo da Igreja
este membro também remido.- Tende compai-
Orações para diversas necessidades 497
Oração
mui clemente Virgem Mãe de Deus Maria,
A piíssima consoladora dos aflitos, recomen
de a alma do servo F., a seu Filho, para que,
por essa maternal intervenção, não tema os hor
rores da morte, mas, em sua companhia, al
cance a tão almejada mansão da’pátria celeste.
Amém.
Oração
vós recorro, São José, patrono dos mori
A bundos, e a vós, a cujo bem-aventurado
trânsito assistiram pressurosos Jesus e Maria,
recomendo, por esse duplo penhor tão querido,
a alma desse servo que se debate na agonia,
para que, sob vossa proteção, seja livre dos
embustes do demônio e da morte eterna e
chegue aos gozos perpétuos. Pelo mesmo
Cristo Senhor nosso. Amém.
502 DevocionArio
DEPOIS DA CONFISSÃO
Oração de agradecimento
0*
bondade, ó misericórdia infinita de meu
O Deus! graças vos rendo por me haverdes
perdoado os meus pecados, e de novo os de
testo de todo o meu coração.
Concedei-me a graça, meu Salvador, pela vir
tude do sacramento da penitência, que acabo
de receber* de não recair nestes pecados, e de
levar, de hoje em diante, uma vida toda nova,
sempre assistido de vossa graça e perseve-
rando em vosso amor até à hora de minha
morte. Assim seja. •
Depois de rezar a penitencia pode-se ainda acres
centar o seguinte
Salmo 102: Benedic anima mea
Tfcendize, minha alma, ao Senhor, e tudo quan-
E# to palpita em mim, bendiga o seu santo
nome.
Minha alma, bendize ao Senhor e jamais te
esqueças de nenhum dos seus benefícios.
Ele é quem perdoa todas as tuas culpas, é
quem cura todas as tuas enfermidades.
E’ o que resgata tua alma da morte (do pe
cado) ; o que te coroa de misericórdia e de
graças.
Confissão 511
À santa comunhão
Logo apÓ3 o “Domine non suro dignus" se reze:
/^onfíteor Deo omnipoténti, / beátae Mar ire
V^semper Vírgini, / beáto Michaéli Archán-
gelo, / beáto, Joánni Baptistse, / sanctis apo-
stolis Petro et Paulo, / beáto Patri nostro Fran
cisco, / ómnibus Sanctis, et tibi Pater: / quia
peccávi nimis / cogitatióne, verbo et ópere: /
mea culpa, / mea culpa, / mea máxima culpa.
/ Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem,
/ beátum Michaélem Archángelum / beátum
Joánnem Baptistam, / sanctos apóstolos Pe-
trum et Pauliun, / beátum Patrem nostrum
Francíscum, / omnes Sanctos, et te, Pater, /
oráre pro mc ad Dóminum Deum nostrum.
Ação de graças para depois da comunhão
raças e louvores sejam dados a todo ó
vJ momento:
Ao santíssimo e divinissimo Sacramento.
Tenho finalmente, meu Jesus, a inefável ven
tura de vos possuir. Em verdade estais co
migo, meu Senhor e Deus. Ah! Como corres
ponderei a tanta bondade! Jesus está comigo
e eu estou com Jesus.
O’ meu Jesus, bendito sejais!
524 Devocionárío
4. CÂNTICOS
À RAINHA DA ORDEM SERÁFICA
Salve, imaculada! / Salve, ó mãe de Deus!
1 / Vós, rainha amada / Da nossa ordem
sois.
1 — Fostes ilibada / Desde a conceição /
Sempre preservada / Da vil corrupção. *
2 — De mil graças plena / Fez-vos o Senhor.
/ Lúcida açucena, / Sois do céu fulgor.
3 — Virgem sempre sendo / Destes vós à
luz, / Quem da cruz pendendo, / Nos salvou:
Jesus.
4 — Sob a vossa guia / Nosso pai nos pôs;
/ Sim, rainha pia / Da nossa ordem sois.
5 — Vinde, pois, reger-nos / Toda mater
nal! / Vinde proteger-nos / Livrar-nos do mal.
6 — Dai-nos, mãe querida / Franciscanos
ser; / Vos amar na vida / Sempre até morrer.
A SÃO FRANCISCO
O Oh! Francisco, esposo da pobreza / Roga,
^ grande pai, por nós! / Oh! dá-nos da
virtude a riqueza, / Seja guia tua voz! / Volve
a nós pobres teus olhos benignos, / Faz-nos
de Cristo discípulos dignos.
Roga, grande pai, por nós. / Seja guia
tua voz! ' .
2 — Oh! Francisco, de humildade cheio /
Roga, grande pai, por nós! / Salva-nos dc pe
rigos no meio, / Seja guia tua voz! / Sê luz
segura da noite nas trevas, / Socorre teus
filhos entre hostes sevas.
630 Devocionário
Hino franciscano
Melodia: Somos, Senhor, aqui ajoelhados.
A “Meu Deus, meu tudo!” / Exclama com
ternura / Ém êxtase d’amor Francisco
ao céu. / “Meu Deus, meu tudo!” / Como a
criatura / Vos negará o amor do peito seu?!
Meu Deus, meu tudo! / Seja, Senhor,
/ Meu coração p’ra sempre / Altar
d’ardcntc amor!
2 — Meu Deus, meu tudo! / E’ grito da mi-
nh’alma. / Co’os serafins que junto ao trono
estão / Amá-lo-ei nas lutas e na calma, / Amá-
lo-ei de todo o coração!
3 — Meu Deus, meu tudo! — E’ senha de
vitória, / Por seu amor o mal eu vencerei;
/ Do mundo os bens e toda a pompa e glória
/ E o vão prazer todo desprezarei.
4 — Meu Deus, meu tudo! / Exclamarei na
vida, / Como será na morte o meu cantar. /
Meu Deus, meu tudo! / O’ inefável dita / Quan
do no céu a Deus eu contemplar!
Hino dos terceiros a Sãò Francisco
C São Francisco, pai querido, / Grande a mi-
po do Senhor, / Escutai nosso pedido /
Sede nosso protetor. /' Escutai nosso pe
dido, / Sede nosso protetor.
1 — Na procela horrenda, negra, / Vós o
porto nos mostrais / E compondo a santa re
gra / Filhos vossos nos chamais.
2 — Filhos vossos nos fizemos / Singular
consolação. / Vossos passos seguiremos / Com
devoto coração.
532 Devocionário
CAPITULO III
Cargou
Os cargos ........................................................ 150
A fraternidade e seus cnrgos ........... 153
A visitação da fraternidade ..................... 162
Nomeação do visilador ............................ 165
Expulsão da Ordem ................................ 167
A regra não obriga sob pecado .......... 168
Dispensa das prescrições da regra ... 169
Recapitulação dos deveres dos terceiros 171
IV — Indulgências, privilégios e indultos da O T
Generalidades .................................. . 173
A benção papal ............................................. 181
A absolvição geral ...................................... 1S3
A indulgência plenária da reunião geral 186
A indulgência plenária da coroa franciscana 1S5
A indulgência pienária da Porciúncula 1S6
Privilégios e indultos ............................. 1S8
Catálogo das indulgências ..................... 189 •
SEGUNDA PARTE
Cerimonial da O T
Nas reuniões mensaas 203
Na vestição ......... 212
Na profissão ___ 222
Na reunião da mesa 231
Nas eleições ................. 235
Na visita canônica .. 239
Na instituição de tmia nova fraternidade .... 211
Na bênção papal ....................................................... 245
Na absolvição geral ................................................. 246
Cerimônias para vestição e profissão simultâ
neas ......................................v................................... 25 3 •
Cerimônias para o jubileu '.................................. 252
Renovação da profissão ........................................... 259
Consagração da O T ao divino Coração de -
Jesus ........................................................................ 261
Consagração a Cristo-Rei ........... ............................. 266
Comemoração do trânsito ou morte de S.
Francisco ................................................................. 239
Arquiconfraria do cordão de S. Francisco ........ 272
índice 551
TEDCEIBA PAUTE
Devocionário
Modo de recitar o ofício seráfico . 285
I. Oraçõos diárias ............................ 290
1. Pela manhã ....................................... ... 290
2. Ao meio dia ........................ ........... 29o
3. À noite ............................................. 297
4. Orações para várias ocasiões __ 300
5. À santa missa .............................. 302
H. Orações para os tempos sagrados do ano
eclesiástico ................................... f 342
I. Advento, natal, nòme de Jesus 342
2. Quaresma ......................................... 343
3. Pentecostes ...................................... 372
4. Santíssima Trindade ................... 377
5. Corpus Christi ............................. 385
6. Sagrado Coração de Jesus......... . 393
m. Devoções r.oc santos
1. Nossa Senhora ................................. 405
2. S. José ......... 1.................... 42G
3. S. Francisco ....................... ............. y, . w 430'
4. S. Antônio ......................................... .. 439
5. Devoções aos padroeiros da O T
1. S. Luís ........... ................................. . 415
2. S. Isabel ....... ................................ 448
6. Ladainha de todos os santos ... 451
7. Almas do purgatório ..............:.... 488
IV. Orações para diversas necessidades
1. Pelo sumo pontífice .......................................... 474
2. Pela Igreja ............................................................ 471
3. Pelo clero .............................................................. 474
4. Outra oração pelo clero ............. .............. 475
5. Oração a S. Francisco pela Ação Católica 477
6. Para conversão dos pecadores ....................... 478
7. Oração a S. Teresinha pela conversão dos
pecadores ............................................... .................. 479
8. Para perfeita submissão à vontade de Deus 479
9. Nos sofrimentos e tribulaçõc3 480
10. Pelos pais ............... ................. . 481
11. Pelos filhos .............................. 482
552 Índice