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DA
ORDEM TERCEIRA FRANCISCANA
Pé. Pedro Batista Gimet, 0. F, M.
ESPIRITO
DA ORDEM TERCEIRA
FRANCISCANA
TRADUÇAO
DE
M. NEVES
1944
EDITORA VOZES Ltda PETRÔPOLIS, R. J.
RIO OE JANEIRO — SAO PAULO
N I H I L O 8 S T A T
FR. FREDERICUS VIER, O. F. M.
IMPRIMATUR
POR COMISSÃO ESPECIAL DO
EXMO. E REVMO. SR. BISPO DE
NITERÓI, D. JOSÉ PEREIRA ALVES.
PETRÓPOLIS. 20 DE JANEIRO DE
1944. FREI ATICO EYNG, O. F. M.
A ORDEM TERCEIRA
E A
POBREZA, CASTIDADE E OBEDIÊNCIA
1.* "POBREZA": A VIDA DO TERCEIRO, ECO DA VI
DA FRANCISCANA NO MUNDO; DOUTRINA DE S- BER-
NARDINO; COMO A REGRA DESENVOLVE A POBRE- 1
ZA EM ESPÍRITO, — 2.° "CASTIDADE" CONJUGAL E
INDIVIDUAL; A REGRA DA ORDEM TERCEIRA, RE
GRA DE CASTIDADE PELO LADO "POSITIVO" E PELO
LADO "NEGATIVO". — 3.* "OBEDIÊNCIA" A TÔDAS AS
AUTORIDADES LEGITIMAS, REALÇADA PELA GRAÇA
DA ORDEM TERCEIRA; OBEDIÊNCIA A REGRA; AOS
SUPERIORES; AO VISITADOR.
A ORDEM TERCEIRA
E A PERFEIÇÃO DO AMOR DE DEUS
O QUE Ê O AMOR DE DEUS. — ELE DEVE-NOS DES
APEGAR DOS BENS DESTE MUNDO, DOS SENTIDOS,
DA VONTADE PRÓPRIA: E O SEU LADO "NEGATIVO".
— OS SEUS EFEITOS "POSITIVOS" ENCERRADOS
NESTAS PALAVRAS: AMARAS O SENHOR, TEU DEUS,
DE TODO O CORAÇAO, DE TÔDA A TUA ALMA, DE
TODAS AS TUAS FORÇAS, E DE TODO O TEU EN
TENDIMENTO. — O AMOR DE S. FRANCISCO PARA
COM DEUS. — COMO A REGRA DA ORDEM TERCEI
RA DESENVOLVE NA ALMA A CARIDADE DIVINA.
O OFÍCIO
POR QUE DEU S, FRANCISCO UM OFICIO AOS TER
CEIROS. — PELO OFÍCIO ELES ASSOCIAM-SE A PRE
CE POBLICA DA IGREJA. — 05 12 PADRE-NOSSOS,
AVE-MARIAS E GLORIA AO PADRE SAO UM VERDA
DEIRO OFICIO. OS FINS DO OFÍCIO SEGUNDO
S. BOAVENTURA — OFICIO EM COMUM. — O OFICIO
E A VISITA. — CONSELHOS PRÁTICOS PARA BEM
DESEMPENHAR-SE DO OFICIO.
A MISSA COTIDIANA
O SACRIFÍCIO DA MISSA £ O MESMO DA CRUZ. —
SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO, MONTANHA DE DUAS
VERTENTES. — MESMA VITIMA, MESMO SACERDO
TE. — GLORIA QUE A MISSA RENDE A DEUS- — DIS
TANCIAS QUE JESUS ATRAVESSA TODOS OS DIAS
PARA VIR ATÊ NOS; SAIBAMOS FAZER UM SACRI
FÍCIO PARA IR TER COM ÊLE. — O QUE SE DEVE
FAZER QUANDO NÃO SE PODE ASSISTIR TODOS OS
DIAS A MISSA. — ADORAÇÃO, CONTRIÇÃO, AÇÃO DE
GRAÇAS E PETIÇÃO. — O QUE DIZIA DO OFICIO E
DA MISSA S. JOS£ DE CUFERTÍNO.
A COMUNHÃO
LETRA E ESPIRITO DA REGRA. — COMUNHÕES FER
VOROSAS E FREQUENTES DO SERÁFICO PAI. —
OBJEÇÕES: ESTOU DEMASIADAMENTE OCUPADO;
DEVERIA OBSERVAR-ME MELHOR; SER MAIS RE
GULAR; NÃO SINTO NADA; NAO VEJO OS MEUS PRO
GRESSOS DE UMA COMUNHÃO A OUTRA; EU SOU
INDIGNO; O MEU CONFESSOR NAO M& FALA NAS
MINHAS COMUNHÕES.
A CONFISSÃO
CONFISSÃO FREQUENTE. — O PADRE S OUTRO JE
SUS CRISTO NO SANTO TRIBUNAL. — REPRIMIR O
ACANHA MENTO. ESPIRITO SOBRENATURAL.
NAO FAZER A CONFISSÃO MAQUINA DE DIREÇÃO. —
CONFESSAR-SE MAIS PARA SE LIVRAR DO PECADO
DO QUE DA PERTURBAÇÃO QUE ELE DEIXA EM NOS.
— CONSERVAR A PAZ A DESPEITO DOS ESQUECI
MENTOS E DISTRAÇÕES INVOLUNTÁRIAS, MESMO
NO MOMENTO DA CONFISSÃO E DA ABSOLVIÇÃO.
O EXAME DE CONSCIÊNCIA
COM DEMASIADA FACILIDADE O OMITEM. — A VIDA
ESPIRITUAL CONSISTE EM CONHECER-SE A SI MES
MO E COMBATER-SE. — FAZER TODOS OS DIAS COM
OS NEGÓCIOS DA ALMA O QUE FAZ O NEGOCIAN
TE PRATICO QUE TEM EM DIA A SUA ESCRITURA
ÇÃO. — "MAS NÃO POSSO FIXAR O MEU ESPIRITO!"
— MÉTODO DE EXAME- — IMPOR A SI MESMO UMA
PENITÊNCIA PELAS INFRAÇÕES. — O QUE FAZER
A NOITE QUANDO SE TIVER OFENDIDO A DEUS GRA
VEMENTE DURANTE O DIA
DO EXAME PARTICULAR
COMBATER O DEFEITO DOMINANTE. — NECESSIDA
DE DE CONHECE-LO PARA ADIANTAMENTO NA VI
DA ESPIRITUAL. — MEIOS DE CONHECE-LO. — COM
BATE-LO PRATICAMENTE; DE MODO SOBRENATU
RAL; SEM DESANIMAR; COM PERSEVERANÇA,
O BOM EXEMPLO
O TERCEIRO DEVE SER O CRISTÃO MODELO. — A
SUA REGRA KAO E OUTRA COISA SENÃO O EVAN
GELHO. — FUGIR DO LUXO. DOS ESPETÁCULOS PE
RIGOSOS, DOS JOGOS QUE SAO PRATICAS ILÍCITAS;
DAS DANÇAS QUE A VIRTUDE REPROVA. — DE QUE
JORNAIS 2 PRECISO ABSTER-SE. — EVITAR PALA
VRAS INCONVENIENTES. — PRATICAR A CARIDADE
SOBRETUDO NO LAR DOMESTICO.
O TESTAMENTO
PRECEITO DA REGRA. — CERTA GENTE TEM TAN
TO MÊDO DE FAZER O SEU TESTAMENTO, COMO
OUTROS DE RECEBER A EXTREMA UNÇÃO. — CON
SELHOS PRÁTICOS. — O QUE NOS ENSINA O LIVRO
DA MORTE. — O TEMPO NAO EXISTE SENÃO PARA
A ETERNIDADE.
ASSEMBLÉIAS MENSAIS
AVISAR A PESSOA COMPETENTE, QUANDO NÂO SE
PUDER ASSISTIR A ELAS. — 1* ORAÇÕES: SALMO-
DIA DO OFICIO; MISSA; ORAÇÕES ANTES E DEPOIS
DA REUNIÃO. — 2." INSTRUÇÃO: ELA ADAPTA-SE
ESPECIALMENTE AS NECESSIDADES ESPIRITUAIS
DOS TERCEIROS; OUVI-LA COM ESPIRITO DE FÉ;
AS COISAS SÃO CONFORME NÔS AS ENCARAMOS. —
3.® ESMOLAR, GENEROSIDADE REGULADA PELA DIS
CRIÇÃO; EM TODAS AS REUNIÕES RENOVAR A DÁ
DIVA DE TODO O NOSSO SER A DEUS. ___
A VISITA CANÔNICA
IMPORTÂNCIA DA VISITA CANÔNICA NAS ORDENS
RELIGIOSAS. — ELA POI ESTABELECIDA PELA PRI
MEIRA REGRA DA ORDEM TERCEIRA E A CONSTI
TUIÇÃO "MISERICOR3 DEI FILIUS”. — ELA DEVE
INCITAR O TERCEIRO A SER MAIS FIEL CUMPRIDOR
DOS DEVERES DE ESTADO; DESENVOLVER NELE A
VIDA SOBRENATURAL; ELA DEVE CORRIGIR OS
ABUSOS. — COMO RECEBER AS ADMOESTAÇOES DO
VISITADOR.
A ORAÇÃO MENTAL
EDA ESTÁ NO ESPIRITO DA ORDEM TERCEIRA. —
EXAGERA-SE A DIFICULDADE. — A MEDITAÇÃO NÃO
Ê INDISPENSÁVEL A ORAÇÁO. — MUITAS PESSOAS,
INCAPAZES DE MEDITAR, SÃO MUITÍSSIMO APTAS
A SE UNIREM A DEUS NA ORAÇÁO. — NÃO SE DE
VE, POR ISTO, DESPREZAR O MÉTODO, SOBRETUDO
NO PRINCIPIO. — MAS AQUI, SÁO A SIMPLICIDADE
E A UNIDADE A PERFEIÇÃO NO GÊNERO. — ORAÇÃO
SUBLIME DO CAMPONÊS DE ARS. — A GENEROSI
DADE DEVE SER O FRUTO DA ORAÇÃO ASSIM COMO
. JÁ Ê A SEMENTE. — NÃO SE PERTURBAR COM ARI-
DEZES E INAPTIDÕES. — CONSELHOS PRÁTICOS. —
EXEMPLO DO SERÁFICO PAI. — A ORAÇÃO NOS FAZ
PENETRAR NAS POTÊNCIAS DO SENHOR.
Espirito da O T — 17
APÊNDICES
APÊNDICE I
CONSTITUIÇÃO
SÔBRE A
REGRA DA ORDEM TERCEIRA SECULAR
DE S. FRANCISCO
Dada por JV. S. P, o Papa Leão XIII
Papa Pela Divina Providência
Leão Bispo, Servidor dos Servidores de Deus, Ad Per
petuam Rei Memória nt
"Misericors Dei Filitis”. — O misericordioso Filho
de Deus, que, impondo aos homens um jugo suaye e
leve, provê à vida e salvação de todos, deixou a Igre
ja fundada por Êle, herdeira não somente do seu po
der, mas também da sua misericórdia, a fim de que os
benefícios adquiridos por Êle fossem perpetuados em
todos os séculos com a mesma caridade. Eis por que,
assim como nos atos e preceitos de Nosso Senhor Je
sus Cristo, e em tôda a sua vida mortal, refulgiram
doce sabedoria e magnitude de invencível bondade, do
mesmo modo se nota em tôdas as instituições da re
pública cristã, uma admirável indulgência e doçura,
de sorte que neste ponto a Igreja parece reproduzir
exatamente a semelhança de Deus, que é Amor. (1 Jo
4, 16.)
0 característico desta bondade -maternal é a adapta
ção sábia, no que fôr possível, das leis aos tempos e
costumes, guardando sempre máxima equidade nos pre
ceitos e nas obrigações. Esta caridade, constante, jun
ta à sabedoria, permite à Igreja aliar a imutabilidade
absoluta e eterna da doutrina com as prudentes modi
ficações da disciplina.
Pautando sôbre êstes princípios Nosso espírito e
Nossa alma, no exercício do Pontificado, consideramos
Nosso dever de julgar com retidão a natureza dos
tempos, de pesar tôdas as circunstâncias, a fim de
que ninguém se amedronte com as dificuldades na prá
tica das virtudeS úteis.
262 ORDEM TERCEIRA FRANCISCANA
Prouve-Nos hoje aplicar esta lei à associação doa
Franciscanos da Ordem Terceira Secular, e deliberar
cuidadosamente em a necessidade de suavizar as pres
crições, por causa da diferença dos tempos.
Temos recomendado calorosamente esta ilustre Insti
tuição do Patriarca Francisco, na carta Auspicato, da
da no dia 17 de setembro do ano passado. Nós escre
vemo-la no único intuito e desejo de chamar a pro
pósito, pelo Nosso convite, o maior número de almas
possível, à santidade cristã. Com efeito, a fonte prin
cipal dos males que nos afligem e dos perigos que nos
ameaçam é a negligência das virtudes cristãs; os ho
mens não remediarão a uns e não desviarão os outros
senão à condição de apressar a volta dos indivíduos
e da sociedade para Jesus Cristo, “que pode salvar
perpetuamente aos que por Êle mesmo se chegam a
Deus”. (Hb 7, 25.)
Tôdas as regras franciscanas visam precisamente
a observância dos preceitos de Jesus Cristo, porque o
seu santo Instituidor propôs-se unicamente fazer com
êste gênero de vida uma escola em que se pudesse exer
citar cuidadosamente na prática das virtudes cristãs.
Seguramente, as duas primeiras Ordens franciscanas,
votadas à prática das grandes virtudes cristãs, alme
jam um fim. mais perfeito e mais divino; mas estas
duas Ordens são acessíveis somente a um pequeno nú
mero daqueles, a quem a graça de Deus permitiu as
pirar à santidade das prescrições evangélicas com es
pecial ardor. A Ordem Terceira, pelo contrário, foi
instituída e disposta para a multidão. 03 monumen
tos do passado e a experiência do presente dão tes
temunho do poder que tem para purificar os costu
mes, tomá-los íntegros e religiosos.
Devemos dar graças a Deus, Autor e Sustentá-
culo dos bons conselhos, de não se fecharem os ouvi
dos do povo cristão ás Nossas exortações. Muito
mais; infonnam-Nos de muitos países do progresso
da devoção a S. Francisco de Assis, e do número cres
cente daqueles que pedem para entrar na Ordem Ter
ceira. Ê, pois, para dar maior incremento a êsse mo
vimento que Nós temos decidido voltar o Nosso pen-
CONSTITUIÇÃO SOBRE A REGRA 263
CAPÍTULO PRIMEIRO
Da Admissão, do Noviciado e da Profissão
§ 1. Só é lícita a admissão de pessoas de mais de
14 anos de idade, de bons costumes, amigas da concór-
dia, e previamente examinadas sobre a integridade da
sua fé católica e sobre o respeito à Igreja romana e
à Séde Apostólica.
§ 2. As senhoras casadas não serão recebidas senão
com o conhecimento e o consentimento dos respectivos
maridos, a menos que de outro modo autorize o Con
fessor.
§ 3. As pessoas admitidas ao sodalício usarão o pe
queno escapulário e o cordão, conforme o costume, sem
o que não participarão dos direitos e privilégios ineren
tes ã Ordem.
§ 4. As pessoas admitidas à Ordem Terceira cum
prirão um ano de Noviciado, findo o qual professarão,
segundo o ritual, obrigando-se a observar os manda
mentos de Deus, a obedecer aos preceitos da Igreja
e a satisfazer pelas faltas cometidas contra o que
prometeram.
CAPITULO SEGUNDO
Do Modo de Viver ►
CAPITULO TERCEIRO
Dos Cargost da Visitação e da Própria Regra
§ 1. Os cargos serão conferidos pelos Irmãos convo
cados em assembléia. O prazo de cada um é de três
anos. Não devem ser recusados sem motivo justo, nem
exercidos com negligência.
§ 2. Cumpre ao Visitador investigar com diligência
se a regra está sendo observada. Para isso visitará os
sodalícios uma vez por ano ou mais frequentemente,
se fôr necessário, convocando em assembléia geral os
Ministros e todos os Irmãos. Se o Visitador, para cha
mar alguém ao cumprimento do dever, o advertir, o
admoestar, ou lhe impuser alguma salutar penitência,
êste modestamente a aceite e execute.
§ 3. Os Visitadores pertencerão à Primeira ou Ter
ceira Ordem regular de São Francisco de Assis e,
quando requeridos, serão designados pelos respectivos
Custódios ou Guardiães. Aos leigos não é permitido
exercer o ofício de Visitador.
§ 4. Os Terceiros insubordinados ou malfazejos que,
admoestados por três vêzes, não se emendarem, se
rão expulsos da Ordem.
§ 5. Se alguém desobedecer a algum dos preceitos
desta regra, saiba que não peca por isso, exceto se,
ao mesmo tempo, ofender a algum mandamento da
lei de Deus ou da Igreja.
| 6. Se alguém se sentir impedido, por justo e gra
ve motivo, de observar algum preceito desta regra,
268 ORDEM TERCEIRA FRANCISCANA
pode lhe ser concedida dispensa ou prudente comuta
ção. Aos Superiores ordinários dos franciscanos da
Primeira e da Terceira Ordem regular, assim como
aos Visitadores supramencionados, é que compete êsse
poder. (1)
* * *
SUMÁRIO
das indulgências, privilégios e concessões concedidas
aos membros da Ordem Terceira secular de S. Francisco
CAPITULO PRIMEIRO
Indulgências Plenárias
1. Indulgência plenária aos Terceiros de um e outro
sexo, verdadeiramente contritos, confessados e comun
gados:
1/ No dia da entrada para a Ordem;
2.® No dia da Profissão;
3.° Tôdas as vezes que, no intuito de aperfeiçoar-se,
fizerem um retiro de oito dias consecutivos;
4.° No dia 16 de abril, aniversário da Profissão re
ligiosa do Seráfico Pai S. Francisco — se tiverem im
pedimento justificado nesse dia, no domingo seguinte
— com a condição de renovarem a sua profissão na
Ordem Tereeira.
-II. Indulgência plenária aos ditos Terceiros, se de
vidamente dispostos, como já foi acima mencionado,
rezarem na intenção de Sua Santidade:
Espirito da O. T. — 18
270 ORDEM TERCEIRA FRANCISCANA
1.* Duas vêzes por ano, se receberem a Bênção dada
em nome do Soberano Pontífice. (1)
Nos seguintes dias, quando receberem a Absolvição
ou Bênção (2):
2.” Natal;
3.” Páscoa;
4.” Pentecostes;
5.* Festa do Sagrado Coração de Jesus;
0* Festa da Imaculada Conceição;
7.* Festa de S, José, EspÔso da bem-aventurada Vir
gem Maria (19 de março);
8.* Festa de S. Luís, Rei de França, Padroeiro e
celestial Protetor da Ordem Terceira (25 de agosto);
9.° Festa da impressão dos Estigmas do Seráfico Pai
S. Francisco (17 de setembro);
10.” Festa de S. Isabel de Hungria (19 de no
vembro.) ■
Decreto
A Sagrada Congregação das Indulgências e das San
tas Relíquias, usando de poderes a ela concedidos pelo
Nosso Santo Padre o Papa Leão XIII, verificou, apro
vou e permitiu imprimir o presente Sumário de tôdas
as indulgências, de todos os privilégios, de tôdas as
concessões concedidas aos membros da Ordem Tercei
ra secular de S. Francisco de Assis, Sumário que foi,
aliás, tirado e pela primeira vez dos documentos au
tênticos.
Dado em Roma, na Secretaria da dita Congregação,
no dia 11 de setembro de 1901.
S. Cardeal Cretoni, Prefeito.
Pelo R. Pe. D. Francisco, Arcebispo de Amida,
Secretário. Lugar j* do sélo.
José-Maria Coselli, Substituto. (5)
5) Hoje em dia existe comunhão das Indulgências e Boas
Obras entre a 1/ Ordem (Franciscanos, Capuchinhos, Con-
ventuais), a 2.4 e a 3.", e longe iria enumerá-las aqui; estão
incluídas no “Manual da Ordem Terceira1*. (Edltôra Vozes
Ltda., 1942, 3 * edição oficial.)
APÊNDICE III
NOTICIA SUCINTA
SÔBRE A ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO
O que é a Ordem Terceira?
Em 1208, tinha S. Francisco de Assis fundado a
Ordem doB Irmãos Menores, que denominaram mais
tarde com o seu nome (latino: “Franciscus>‘) Fran-
ciscanos. Foi a sua “primeira'* Ordem. Em 1212 foi
S. Clara de Assis revestida por êle com a libré da po
breza, tornando-se a mãe das "Damas Pobres” ou Cla
rissas. Era a "segunda" Ordem de S. Francisco. Mas
estava dado o impulso. De tôda parte acudiam a se
alistar na milícia de um Santo, cuja simples aparên
cia dava desejo de trabalhar para a salvação. Não que
ria, entretanto, Francisco despovoar a sociedade! E
depois, tantas almas, retidas no mundo pelos seus de
veres de estado, desejavam viver da vida do claustro!
Foi para estas almas, desejosas da perfeição cristã,
que Francisco fundou a sua "terceira" Ordem, a Or
dem Terceira da Penitência. Todos aquêles que quise
rem ser verdadeiros cristãos poderão fazer parte dela,
quer presos ou não ao estado do Matrimônio.
Qual a vantagem de se alistar na Ordem Terceira?
São as seguintes: 1/ Ela foi instituída por um San
to que tinha recebido do Céu a missão de regenerar
o mundo e torná-lo cristão. E* o que a Igreja assegura
na oração da sua Festa. Ora, foi sobretudo pela Or
dem Terceira que S. Francisco infiltrou o espírito cris
tão nas multidões.
2." Pelos frutos se deve julgar a árvore, e, no tes
temunho de muitos Soberanos Pontífices, a Ordem
Terceira foi para os séculos que seguiram a sua insti
tuição, uma verdadeira regeneração social. E’ fato que
até hoje conta mais de 300 Santos ou bem-aventurados.
3.” Ela dá direito a uma proteção especial dos inú
meros Santos das três Ordens de S. Francisco, e a
uma mais abundante participação aos frutos das ora-
278 ORDEM TERCEIRA FRANCISCANA
Observação importante
Na Regra da Ordem Terceira nada obriga "sob pe
na de pecado”, mesmo venial, a não ser nos pontos em
que a Regra coincide com a lei divina. Quanto ao je
jum c abstinência já se vê que os mesmos motivos
que dispensam de abstinência e jejum da Igreja, com
mais razão dispensam das penitências impostas pela
Regra.
Jesus Cristo' seja louvado! Para sempre! Amém!
índice
Advertência pelo Dr. Mesquita Pimentel S
Aprovação do Revmo. Pe. Geral doa Franciscanos 7
Prefácio do Autor 9
Prefácio do Cardeal Vaugham à edição inglesa 13
Introdução Gorai 19
PRIMEIRA FARTE. — Volta ao Fervor da Igreja
Primitiva............. ................... :...................... 27
Prólogo......................................................... 29
Cap. I. Espírito do afastamento do mundo 33
Cap. XI. Espirito de penitência ............... 37
Cap. HI. Espírito de fé esclarecida.......... 42
Cap. IV. Espírito de oração ..................... 51
Cap. V. Espírito de fôrça ................... . 55
Cap. VI. Espirito de caridade ................. 59
SEGUNDA FARTE. — Extensão da Vida Religio
sa no Mundo ................................................... 65
Cap. I. Comunicação de graças a tôdas as situa-.
ções da vida......................................... ........... 67
Cap. H. Pobreza, castidade, obediência .... ........... 73
Cap. m. A vida em comum ................................ 79
Cap. IV. A perfeição do amor de Deus............... 84
Cap. V. O zelo pelas almas ................................ 90
Cap. VI. A Ordem Terceira é uma Ordem vertia-
deira . . . ...................................................... 97
TERCEIRA PARTE. — A Ordem Terceira e a Mv
çonaria . . . 101
Cap, I. Duas encíclicas célebres .......................... 103
Cap. n. A O. T. atrai os homens ao amor de Je
sus Cristo .............. ................... ............... . 108
Cap. m. Amor da Ordem Seráfica por Jesus
Cristo......................................................... "... 113
Cap, IV. A O. T. atrai os homens ao amor da
Igreja.............................................................. 118
Cap. V. A O. T. atrai os homens à prática das
virtudes cristãs ...................... ...................... 123
Cap. VI. A O. T. e a liberdade ...................... 127
282 ÍNDICE