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Manual básico do Virtualbox via linha de comando

Última atualização: 30/06/2012

O Virtualbox é uma ferramenta da Oracle para virtualização muito prática. A interface é tão simples que um usuário não muito
experiente consegue instalar em seu desktop e criar uma máquina em poucos minutos. Mesmo assim o Virtualbox é utilizado em
ambientes empresariais com um bom nível de con�ança e desempenho, ainda sendo gratuito. Com uma máquina virtualizada você pode
facilmente simular ambientes de produção e inclusive experimentar aquelas distribuições de sistemas operacionais mais exóticas sem ter
de reinstalar todas as suas aplicações caso algo dê errado.

Há vários manuais na Internet que explicam como utilizar o Virtualbox no modo grá�co, mas poucos conhecem a interface mais completa
por linha de comando. Este manual o guiará pelo processo completo de instalação e uso em uma máquina com Linux através de um
terminal de linha de comando. Note que poucas variações acontecem entre sistemas operacionais Linux, e até em sistemas Windows a
variação é pequena, provavelmente terá de alterar apenas os caminhos de arquivos e nomes das interfaces de rede em alguns casos.

• O que é um sistema hospedeiro (host) e o que é um sistema convidado (guest)?


• E o que a�nal é o Virtualbox?
• Organizando as pastas para o ambiente de virtualização
• Instalação do Virtualbox no Debian
• Baixando a ISO do Debian para instalar como sistema convidado
• Criando a maquina virtual
• Con�gurações avançadas de máquina
• Opções extras
• Con�gurando a rede
• Opções de rede para bridge
• Opções de rede para NAT
• Criando Port Forwardings no NAT
• Con�gurando a interface remota (VRDE)
• Criando um HD virtual
• Criando um CD/DVD a partir de uma imagem de disco ISO
• Instalando o sistema operacional
• Manipulando a máquina virtual
• Criando e manipulando snapshots
• Exportando uma máquina virtual (appliance)
• Importando uma máquina virtual (appliance)
• Comandos úteis
• Referências

O que é um sistema hospedeiro (host) e o que é um sistema convidado (guest)?


O sistema hospedeiro nada mais é que o sistema operacional instalado em sua máquina física. Enquanto o sistema convidado é o sistema
operacional instalado nas máquinas virtuais (VMs). Note que a escolha do sistema hospedeiro nem sempre in�uencia no desempenho do
sistema convidado. Mas quanto mais programas estiverem executando e concorrendo com suas máquinas virtuais, pior será o
desempenho das mesmas. Por isso escolha uma distribuição limpa, um disco de netinst do Debian é perfeito para isso.

A distribuição Linux utilizada nos testes e formulação deste manual é um Debian 6. Foi instalado a partir de um disco netinst que possui
aproximadamente 60Mbs. Só foi necessário instalar o pacote do OpenSSH para permitir a con�guração remota. No Windows você pode
utilizar o Putty (http://www.chiark.greenend.org.uk/~sgtatham/putty/download.html) ou o PenguiNet (http://www.siliconcircus.com/) .
No Linux, use o comando ssh (http://unixhelp.ed.ac.uk/CGI/man-cgi?ssh+1) . Se você não souber como utilizar estes aplicativos
recomendo que utilize a versão do grá�ca do Virtualbox.

Este sistema hospedeiro será considerado um ambiente headless (sem interface grá�ca). Normalmente este tipo de ambiente é o
utilizado em ambientes corporativos, onde não há um monitor, mouse e teclado em cada máquina/servidor. A�nal se o ambiente é
virtualizado, porque limitar-se ao espaço físico da máquina onde suas máquinas virtuais estão?

Leitura para mais tarde: cloud computing (https://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_computing) .

E o que a�nal é o Virtualbox?


O Virtualbox nesta história é o hypervisor, também conhecido como VMM (Virtual Machine Manager). Ele é quem tem a árdua tarefa de
simular a máquina física em uma máquina virtual. É claro que algumas vezes ele conta com a ajuda do processador que expôe alguns
recursos para virtualização como o VT-x da Intel e o AMD-V da AMD.

Há dois tipos de hypervisors:

• Tipo 1 (Bare metal): aquele hypervisor que executa diretamente sobre a máquina. Estes são os melhores, pois estes não são instalados
sobre um sistema hospedeiro, e sim diretamente na máquina. Evitando assim a problemática dos aplicativos instalados no sistema
hospedeiro. O Citrix XenServer é um exemplo de hypervisor bare metal.

• Tipo 2 (Hosted): um hypervisor que executa sobre um sistema hospedeiro. Esse é o caso do Virtualbox. O desempenho não é o melhor
possível, porém ainda assim o resultado é muito bom quando combinado com recursos do processador como o VT-x ou AMD-V.

Organizando as pastas para o ambiente de virtualização


Como sugestão, crie algumas pastas para organizar seu ambiente. Se há algo inconveniente na instalação e uso padrão do Virtualbox são
os espaços criados automaticamente nos nomes das pastas. Espaços só encomodam durante o uso da interface por linha de comando.

sh
1 # Primeiro de tudo, entre no modo ROOT
2 su
3 # Criando a pasta do ambiente de virtualização
4 mkdir /virt
5 # Criando uma pasta para armazenar todas as máquinas criadas
6 mkdir /virt/vms
7 # Criando uma pasta para armazenar as ISOs de instalação
8 mkdir /virt/isos
9 # Criando uma pasta para armazenar alguns pacotes utilizados na instalação/configuração
10 # do Virtualbox
11 mkdir /virt/packs
12 # Definindo permissões liberais para a pasta de vms
13 chmod 0777 -R /virt/vms

Instalação do Virtualbox no Debian


Antes de começar com os passos de instalação saiba que os links utilizados nos comandos wget abaixo podem não funcionar. A
frequência de atualização do Virtualbox é bem grande. Visite o site do Virtualbox para pegar os links atualizados se algum dos links
abaixo falhar. Como é um sistema operacional Debian, utilizaremos o apt-get para instalar os pacotes.

sh
1 # Entrando na pasta de pacotes
2 cd /virt/packs
3 # Inserindo o repositório do Virtualbox na lista de sources do apt-get
4 echo deb http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian squeeze contrib non-free \
5 >> /etc/apt/sources.list
6 # Registrando a chave da Oracle para o apt-get
7 wget -q http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian/oracle_vbox.asc -O- \
8 | sudo apt-key add -
9 # Não esqueça de atualizar as definições de pacotes
10 sudo apt-get update
11 # Instalando o Virtualbox de fato
12 sudo apt-get install virtualbox-4.1 dkms
13 # Instalando o pacote de extensões para ativar o acesso remoto a máquina virtual
14 wget http://phcco.com/public/res/vbox/extpack.php -O extpack.vbox-extpack
15 # Utilize o vboxmanage do Virtualbox para instalar o pacote adicional
16 vboxmanage extpack install extpack.vbox-extpack
17 # Acabaram as tarefas de root
18 exit

Se no último passo você não encontrar o vboxmanage provávelmente houve algum problema na instalação do pacote. Lembre-se que no
Windows a variável PATH precisa ser con�gurada para utilizar também a pasta de binários do Virtualbox.

Após a instalação saia do modo administrador. Se você criar as máquinas utilizando o usuário root poderá ter problemas ao inicializar a
máquina virtual.

Baixando a ISO do Debian para instalar como sistema convidado


Enquanto criamos a máquina virtual, abra um novo terminal e coloque para baixar a ISO do Debian 6. Este será o sistema operacional
convidado que será instalado. A versão utilizada neste exemplo é 64 bits. Recomenda-se utilizar um sistema hospedeiro 64 bits e sempre
que possível um sistema convidado também 64 bits.

sh
1 wget http://cdimage.debian.org/debian-cd/6.0.5/amd64/iso-cd/debian-6.0.5-amd64-netinst.iso \
2 -O /virt/isos/debian-6.0.5-amd64-netinst.iso

Criando a maquina virtual


Para criar a máquina virtual você precisa de�nir o sistema operacional convidado, assim o Virtualbox pode ajustar o hypervisor
adequadamente. Você pode escolher um tipo de sistema operacional diferente, porém há chances do sistema não funcionar
corretamente. No nosso caso vamos procurar o ID do Debian.

sh
1 # Omita o "| grep Debian" se quiser dar uma olhada no cardápio
2 vboxmanage list ostypes | grep Debian
3 # Criando a máquina virtual de fato, no nosso exemplo chamaremos a máquina de Deb64
4 # Evite o espaço no nome!
5 vboxmanage createvm --name Deb64 --ostype Debian_64 --register --basefolder /vms
6 # Agora defina quantos processores esta máquina utilizará e qual é o tamanho da memória RAM e VRAM
7 vboxmanage modifyvm Deb64 --cpus 4 --memory 1024 --vram 8

Lembre-se que de nada adianta de�nir 4 processadores se sua máquina física só possuir 2 núcleos. De�na no máximo a quantidade real
de núcleos que sua máquina possui. O Virtualbox até permite que você de�na 36 processadores em uma máquina virtual, mas com um
processador de quatro núcleos a sua máquina virtual vai perder mais tempo simulando os 28 processadores extras do que executando
suas aplicações.

Como este sistema hospedeiro não possui interface grá�ca, não de�na uma quantidade muito grande de memória VRAM, ela será inútil.
Oito Mbs já são su�cientes para a maioria dos sistemas Linux sem gerenciador de janelas. Para Windows recomendo utilizar 16Mbs.
Con�gurações avançadas de máquina
Com as instruções acima já é possível iniciar a máquina. Mas vale a pena de�nir algumas propriedades extras na máquina. O comando
abaixo ativa recursos de virtualização do processador. Algumas são válidas apenas para máquinas Intel com VT-x. Se estiver curioso por
mais detalhes sobre o que cada parametro faz visite o manual o�cial do Virtualbox (https://www.virtualbox.org/manual/) .

sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 --pae on --hwvirtex on --hwvirtexexcl on \
2 --nestedpaging on --largepages on --vtxvpid on

O parâmetro cpuexecutioncap permite que você restrinja a execução da máquina virtual para que o sistema convidado não utilize toda a
capacidade de processamento do seu sistema hospedeiro. É um valor em porcentagem, no exemplo abaixo permitimos o uso de 75% do
poder de processamento. Só é útil em ambientes onde há mais de uma máquina virtual executando e você não quer que uma das
máquinas exaure recursos reservados por outra.

sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 --cpuexecutioncap 75

O comando abaixo irá ativar o ACPI da máquina virtual e o I/O APIC. O primeiro ativa recursos de gerenciamento de energia da máquina
virtual e o segundo ativa um recurso que é necessário para que alguns SO detectem mais de um processador.

sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 --acpi on --ioapic on
Alguns ajustes na con�guração da BIOS são importantes. É necessário con�gurar a ordem de boot e desabilitar a exibição da tela de BIOS
na máquina virtual.

sh
1 # Eliminando o logotipo da virtualbox que simula a BIOS
2 vboxmanage modifyvm Deb64 --bioslogodisplaytime 0
3 # Definindo a ordem de boot, primeiro o DVD e depois o HD
4 vboxmanage modifyvm Deb64 --boot1 dvd
5 vboxmanage modifyvm Deb64 --boot2 disk

Uma máquina virtual precisa ter uma controladora para os discos rígidos e para drive de dvd. Então criamos um adaptador SATA com
duas portas.

sh
1 # Criamos uma interface de nome SATA, para facilitar, com duas portas
2 vboxmanage storagectl Deb64 --name sata --add sata --sataportcount 2
3 # Desabilitamos o cache de IO, só utilize ON se seu disco rígido for ruim
4 vboxmanage storagectl Deb64 --name sata --hostiocache off
5 # Definimos que é possível bootar por ele
6 vboxmanage storagectl Deb64 --name sata --bootable on

O uso do hostiocache exige processamento extra, por isso desabilite se estiver utilizando um disco de estado sólido ou um disco rápido
(com 7200 RPM ou mais). Em discos lentos deixe-o ativo para ter um melhor desempenho em escritas e leituras consecutivas. O cache
também pode lhe causar corrupção de disco virtual caso o seu sistema hospedeiro feche forçadamente as máquinas virtuais.

Opções extras
Como esta máquina virtual será I{headless}, desabilite coisas inúteis.

sh
1 # Removendo o audio
2 vboxmanage modifyvm Deb64 --audio none
3 # Removendo a área de transferência
4 vboxmanage modifyvm Deb64 --clipboard disabled
5 # Removendo a interface USB
6 vboxmanage modifyvm Deb64 --usb off --usbehci off

Con�gurando a rede
Há duas formas distintas de con�guração de uma interface de rede virtual. O modo bridge expôe o sistema convidado à mesma rede do
sistema hospedeiro. Enquanto o NAT faz com que seu sistema hospedeiro atue como um roteador que oculta as máquinas virtuais. Na
prática o NAT só é útil quando você não tiver um serviço DHCP con�gurado na rede onde seu sistema hospedeiro está.

Ao �m dos parâmetros de rede sempre haverá um número, ele indica qual é a interface de rede do convidado relacionada ao comando.
Uma máquina virtual pode ter até 9 interfaces de rede, começando no número 1.

Opções de rede para bridge


Se você for utilizar o modo bridge você poderá de�nir um MAC especí�co para a placa, e atribuir um IP �xo em seu servidor DHCP.
Obviamente é necessário de�nir qual será o adaptador utilizado no sistema hospedeiro. No nosso caso será a eth0 .
sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 --nic1 bridged --bridgeadapter1 eth0 --macaddress1 ca0ca0ca0ca0 \
2 --cableconnected1 on --nicpromisc1 deny

Note que negamos o uso do modo promíscuo. Sem esta de�nição o sistema convidado poderá ler todos os pacotes que passam pela rede.

Opções de rede para NAT


Se você quiser utilizar o modo NAT recomendo utilizar as con�gurações abaixo.

sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 --nic1 nat --natnet1 "192.168.0/24" --natdnsproxy1 on \
2 --nataliasmode1 sameports

De�nimos a faixa de rede que será utilizada pela máquina virtual (há um serviço DHCP interno do Virtualbox que irá entregar um IP
nesta faixa). De�nimos que o hypervisor também irá atuar como servidor de DNS, assim você não irá expor a con�guração de DNS do seu
sistema hospedeiro. Também de�nimos que o NAT irá tentar utilizar as mesmas portas de saída do sistema convidado no sistema
hospedeiro. Isso reduz alguns problemas de compatibilidade.

Criando Port Forwardings no NAT


É possível con�gurar também algumas portas do sistema convidado para criar conexões de entrada na máquina virtual. Neste caso
con�guramos para que a porta 2222 do sistema hospedeiro seja redirecionada para a porta 22 do sistema convidado.

sh
1 # Sintaxe dos parâmetros
2 # vboxmanage modifyvm Deb64 --natpf<1-N> "[<name>],tcp|udp,,<hostport>,,<guestport>"
3 # Criamos o redirecionamento
4 vboxmanage modifyvm Deb64 --natpf1 "guestssh,tcp,,2222,,22"
5 # Para apagar basta utilizar o comando delete
6 # vboxmanage modifyvm Deb64 --natpf1 delete "guestssh"

Con�gurando a interface remota (VRDE)


Para um ambiente headless é muito importante con�gurar o VRDE. O VRDE é uma variação do RDP e você pode usar o mstsc (no
Windows) ou o tsclient (no Linux) para acessar a máquina virtual durante a instalação do sistema convidado.

sh
1 # Habilitamos o VRDE, e informamos qual é a porta do serviço
2 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrde on --vrdeport 5000
3 # Ajustamos alguns parâmetros para otimizar o VRDE
4 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdereusecon on --vrdemulticon off --vrdevideochannel on \
5 --vrdevideochannelquality 75
6
7 # Informamos que não é necessário solicitar usuário e senha para abrir o VRDE
8 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeauthtype null
9
10 # Abaixo desabilitamos algumas funcionalidades para melhorar o desempenho
11 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeproperty Client/DisableUSB=1
12 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeproperty Client/DisableAudio=1
13 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeproperty Client/DisableClipboard=1
14 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeproperty Client/DisableUpstreamAudio=1

O uso da máquina virtual sem senha é inseguro, mas para os testes em uma máquina em ambiente controlado não é tão útil con�gura-lo.
Para con�gurar o usuário e senha utilize o procedimento abaixo.

sh
1 # Habilitamos a autenticação externa do VRDE
2 vboxmanage modifyvm Deb64 --vrdeauthtype external
3 # Para criar um usuário e senha primeiro gere a senha
4 # O comando abaixo criará um hash
5 vboxmanage internalcommands passwordhash "pass"
6 # Copie o hash gerado e passe como parâmetro no comando abaixo
7 # Recomenda-se utilizar um nome de usuário que exista no sistema hospedeiro
8 # vboxmanage setextradata Deb64 "VBoxAuthSimple/users/<user>" <hash>
9 # O comando abaixo adiciona um usuário de nome user com a senha pass
10 vboxmanage setextradata Deb64 "VBoxAuthSimple/users/user" \
11 d74ff0ee8da3b9806b18c877dbf29bbde50b5bd8e4dad7a3a725000feb82e8f1

Note que esta porta VRDE é aberta no sistema hospedeiro e não no convidado. Portanto não é necessário con�gurar nenhuma porta
dentro do sistema convidado. Lembre-se de utilizar portas acima de 1024 para não ter problemas com as diretivas de segurança do Linux.

Criando um HD virtual
Para criar um HD utilize os comandos abaixo. O formato VDI é o recomendado pelo Virtualbox, mas você pode escolhar VMDK ou VHD
para ter compatibilidade com outro hypervisor.

sh
1 # Crie um disco informando o caminho completo do arquivo
2 # O tamanho deve ser informado em megabytes
3 vboxmanage createhd --filename /virt/vms/Deb64/disk1.vdi --size 16384 --format vdi
O arquivo do HD não irá utilizar o mesmo tamanho do tamanho do HD especi�cado, ele irá crescer de acordo com os arquivos salvos no
HD virtual. Se você utilizar o HD virtual até o limite você pode usar dois comandos.

O comando resize aumenta o tamanho do HD. Mas não ajusta a tabela de partições portanto não esqueça de reparticionar o disco.

sh
1 vboxmanage modifyhd /virt/vms/Deb64/disk1.vdi --resize 20480

Você também pode utilizar o compact para reduzir o tamanho do arquivo de acordo com o uso interno. Assim após remover o espaço
excedente que não é mais utilizado por partições no sistema convidado e poderá recuperar o espaço em disco do sistema hospedeiro.

sh
1 vboxmanage modifyhd /virt/vms/Deb64/disk1.vdi --compact

Após criar o HD é importante conectar à controladora SATA que criamos anteriormente. Note que estamos conectando na porta 0 da
controladora, e utilizando o modo normal.

sh
1 vboxmanage storageattach Deb64 --storagectl sata --port 0 --type hdd \
2 --medium /virt/vms/Deb64/disk1.vdi --mtype normal

Dentre os outros modos existentes, o modo existente é o immutable é útil após instalar o sistema operacional do convidado em modo
normal. No modo immutable qualquer modi�cação no HD é eliminada após desligar a máquina virtual. Este modo é muito útil em
sistemas onde você cria uma máquina temporária para testes. Para tal ajuste de modo você deve utilizar o comando abaixo.

sh
1 vboxmanage storageattach Deb64 --storagectl sata --port 0 --type hdd \
2 --medium /virt/vms/Deb64/disk1.vdi --mtype immutable
Criando um CD/DVD a partir de uma imagem de disco ISO
Precisamos criar um drive de CD/DVD para instalar o sistema operacional convidado. É necessário informar o caminho completo para o
ISO no parâmetro medium .

sh
1 vboxmanage storageattach Deb64 --storagectl sata --port 1 --type dvddrive \
2 --medium /virt/isos/debian-6.0.5-amd64-netinst.iso

Para remover o disco após o uso utilize o comando abaixo.

sh
1 # Neste caso removemos o drive
2 vboxmanage storageattach Deb64 --storagectl sata --port 1 --type dvddrive \
3 --medium none
4 # Neste outro apenas indicamos que removemos o disco do drive
5 vboxmanage storageattach Deb64 --storagectl sata --port 1 --type dvddrive \
6 --medium emptydrive

Instalando o sistema operacional


Com a máquina con�gurada basta iniciar a máquina virtual com o parâmetro informando que está no modo headless.

sh
1 # Inicializa a máquina
2 vboxmanage startvm Deb64 --type headless
3
4 # Você pode conferir o estado da máquina executando o comando
5 vboxmanage showvminfo Deb64 | grep State

Lembre-se que con�guramos a porta 5000 para o serviço de terminal remoto, então use a sua aplicação RDP para visualizar o que está
acontecendo e proceder com a instalação do Debian na sua máquina virtual.

É importante que instale um pacote SSH no sistema convidado para administra-lo. O VRDE é muito lento para trabalhar durante um
longo tempo e consome muito processamento. Em máquinas Windows recomenda-se habilitar o terminal remoto nativo, a melhora na
resposta com o uso do servidor nativo é muito grande.

Manipulando a máquina virtual


Agora que você já está com a máquina virtual con�gurada em seu servidor vou apresentar outros comandos importantes.

sh
1 # Pausa a máquina, é similar ao sleep porém o sistema convidado não dorme
2 vboxmanage controlvm Deb64 pause
3 # Retoma a execução da máquina virtual após uma pausa, é como o wakeup
4 vboxmanage controlvm Deb64 resume
5 # Faz o reset da máquina, o efeito é o mesmo que o botão físico
6 vboxmanage controlvm Deb64 reset
7 # Salva o estado da máquina e a desliga, é equivalente ao hibernar
8 vboxmanage controlvm Deb64 savestate
9 # O efeito é o mesmo do botão físico de power
10 vboxmanage controlvm Deb64 acpipowerbutton
11 # Caso o modo ACPI não resolva seu problema em desligar a maquina virtual
12
13 # utilize a versão equivalente ao desligamento de energia
14 vboxmanage controlvm Deb64 poweroff
15 # O efeito é o mesmo da tecla sleep no teclado, neste caso o sistema convidado dorme
vboxmanage controlvm Deb64 acpisleepbutton

É interessante informar que as versões mais novas do Virtualbox pausam a máquina virtual quando há um problema de espaço em disco
físico. Naturalmente pela característica do arquivo do HD crescer apenas com o uso do mesmo você pode ter vários discos virtuais de
100 GBs em um disco físico de 100 GBs por exemplo. Portanto quando um disco virtual não consegue alocar o espaço em disco físico o
Virtualbox pausa a máquina para evitar perda de dados.

Você também pode modi�car con�gurações de rede durante o funcionamento da máquina virtual.

sh
1 # Alterando o estado de conexão da rede (algo como "cabo ligado" ou o contrário)
2 vboxmanage controlvm Deb64 setlinkstate1 off
3 # Alterando o modo de rede
4 vboxmanage controlvm Deb64 nic1 nat
5 # Apagando a regra de port forwarding para o SSH em NAT
6 vboxmanage controlvm Deb64 natpf1 delete "guestssh"

É possível também alterar as restrições de execução da máquina.

sh
1 # Removendo toda a restrição de execução
2 vboxmanage modifyvm Deb64 cpuexecutioncap 100

E ativar/desativar o VRDE, o que é muito útil ao �m de todas as con�gurações necessárias. Ou ainda trocar a porta usada pelo serviço.
sh
1 vboxmanage modifyvm Deb64 vrde on
2 vboxmanage modifyvm Deb64 vrdeport 3000

Criando e manipulando snapshots


Snapshots são cópias completas de uma con�guração da máquina virtual. Não somente em de�nições da máquina, como em informações
na memória RAM e disco rígido. Através do snapshot é possível restaurar um estado anterior da máquina.

sh
1 # Criando um snapshot chamado Snap1
2 vboxmanage snapshot Deb64 take Snap1
3 # Restaurando um snapshot
4 vboxmanage snapshot Deb64 restore Snap1
5 # Listando todos os snapshots de uma máquina
6 vboxmanage snapshot Deb64 list
7 # Apagando um snapshot
8 vboxmanage snapshot Deb64 delete Snap1

É importante lembrar que um I{snapshot} não funciona como um backup completo, pois ele cria "HDs parciais", que correspondem as
modi�cações a partir de determinado ponto.

Exportando uma máquina virtual (appliance)


Exportar uma máquina virtual é muito útil para salvar máquinas virtuais prontas. Através de um appliance você pode distribuir uma
máquina pronta com as con�gurações ajustadas. O appliance é exportado com as con�gurações atuais e leva consigo todos os HDs
ligados a suas controladoras.

sh
1 vboxmanage export Deb64 --output appliance.ova

Importando uma máquina virtual (appliance)


Ao receber um appliance em formato OVF ou OVA basta executar o comando de importar para registrar a máquina virtual. É possível
alterar alguns parâmetros da máquina durante a importação. Porém a maioria dos parâmetros só pode ser ajustada posteriormente
através dos comandos exibidos nos outros tópicos.

sh
1 # Para simular uma importação e ver os parâmetros disponíveis
2 vboxmanage import appliance.ova --dry-run
3 # Para importar alterando basta o comando
4 vboxmanage import appliance.ova --vsys 0 --vmname NovaMaquina

Comandos úteis
Algunas comandos úteis para consultar a situação das máquinas virtuais.

sh
1 # Listando as VMs registradas
2 vboxmanage list vms
3 # Listando as VMs em execução
4 vboxmanage list runningvms
5 # Exibindo propriedades do sistema hospedeiro
6 vboxmanage list systemproperties
7 # Exibindo informações da máquina
8 vboxmanage list hostinfo

Referências
• https://www.virtualbox.org/wiki/Downloads (https://www.virtualbox.org/wiki/Downloads)

• http://www.virtualbox.org/manual/ch08.html (https://www.virtualbox.org/manual/ch08.html)

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