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SEGURANÇA EM REDES SEM FIO

MOBILIDADE EM REDES SEM


FIO
Autor: Me. Rogério de Campos
Revisor: Rafael Rehm

INICIAR
introdução
Introdução

A mobilidade pelas redes sem �o está crescendo a cada dia em diversas empresas.
O estudo de Tanenbaum e Wetherall (2011) enfatiza que as redes sem �o estão
cada vez mais populares e possuem número crescente de empresas conectadas
com os equipamentos móveis para uso da internet ou outros recursos.

Assim, para entendermos o funcionamento dessa tecnologia móvel, torna-se


necessário o conhecimento do tópico sobre as características das redes sem �o,
bem como os serviços que serão utilizados por essa tecnologia para garantir a
conexão dos equipamentos compatíveis com os padrões dessa tecnologia móvel.
Desse modo, para garantir a con�abilidade no funcionamento das redes sem �o, o
tópico sobre segurança é muito relevante ao estudo por se tratar dos serviços que
serão utilizados para a con�guração da rede móvel.

No tópico de implantação de redes sem �o, será tratado o modelo com base em
aplicação de mercado voltado às empresas em geral que têm por objetivo
demonstrar o modelo da solução em redes sem �o para conexão à internet dos
diversos equipamentos móveis. Para todo o projeto, será necessário o
mapeamento dos riscos envolvidos nessa tecnologia, principalmente com nível de
segurança adequado para o funcionamento da rede móvel.
Introdução às Redes sem Fio

As redes sem �o são utilizadas pelo mercado corporativo e pelo uso doméstico em
diversos projetos de redes para solução de conexão dos equipamentos móveis,
por exemplo: o smartphone, a impressora wi-�, os notebooks, o tablet e outros
dispositivos móveis que são utilizados em rede (MONTEBELLER, 2006). Assim
torna-se necessário análise dos requisitos do projeto para determinar o tipo de
rede sem �o a ser utilizado no projeto e a proteção adequada por meio da
segurança de rede que será necessário para a implementação de serviços de
acordo com as necessidades empresariais ou doméstica.

As redes sem �o possibilitam acessos para o compartilhamento e a transferência


de informações entre equipamentos e acesso às aplicações entre os equipamentos
conectados em rede, permitindo o uso de serviços através da mobilidade para
acesso dos dispositivos móveis tanto da rede doméstica quanto da rede
corporativa.
Figura 1.1 - Modelo de rede sem �o
Fonte: robuart / 123RF.

Os equipamentos móveis conectados em rede sem �o têm por objetivo gerar a


interação entre os usuários da rede para alcançar a mobilidade entre os diversos
hosts que podem ser utilizados em rede móvel. Nas redes sem �o, conseguimos
ter as seguintes vantagens com acesso aos serviços de redes como: acesso a
impressora, aos sistemas, aplicativos, internet, acesso remoto e outros serviços
disponíveis em servidores. Todo administrador de redes precisa elaborar o modelo
ideal para a disponibilização de acesso sem �o para cobrir toda área de cobertura
para uso de todos os usuários que necessitam de conectividade.

No modelo de mobilidade sem �o, percebemos a necessidade de ter usuários


conectados em diversos locais. Dessa maneira, os usuários desse modelo não se
enquadram ao cenário atual utilizado pelo mercado corporativo com o uso da rede
cabeada, por exemplo: cabo de par trançado, cabo coaxial e a �bra óptica, e o
acesso de rede é mais instável e rápido com relação às redes sem �o por utilizar a
velocidade ideal dos equipamentos conectados na rede cabeada.
saiba mais
Saiba mais
Este artigo retrata a evolução das redes sem �o
e contribui como solução para projetos de redes
sem �o com aumento de performance em
conexão móvel. O wi-� 6 oferece velocidades
mais e�cientes, novos modelos de negócios e
casos de uso. Para saber mais, acesse o artigo
completo na íntegra:

ACESSAR

Por outro lado, a rede cabeada possui a desvantagem com relação à rede sem �o
pela necessidade de não ter mobilidade e �exibilidade para uso de equipamentos
móveis em diversos locais estratégicos aos projetos de redes. Fato que supera a
rede cabeada por essa ter característica de infraestrutura de rede �xa somente em
determinado local ou área. Vale ressaltar que a mobilidade moderna de
comunicação digital sem �os teve as suas origens nas ilhas havaianas, nas quais os
usuários estavam isolados em meio ao Oceano Pací�co e distantes de grandes
centros de computação, onde até o sistema de telefonia era totalmente
inadequado para sua utilidade nesse local (TANENBAUM; WETHERALL, 2011).

As comunicações sem �o são utilizadas em larga escala e estão cada


vez mais presente no nosso dia a dia. Essas comunicações sem �o vêm
para satisfazer diversas necessidades e desejos, tais como: conforto,
comodidade, �exibilidade (FERREIRA, 2013, p. 10).

Para garantir a conexão dos equipamentos móveis em rede sem �o, é adequada a
utilização de um roteador com a tecnologia de radiofrequência para geração de
conectividade conforme os diversos roteadores existentes no mercado. Por meio
do roteador con�gurado na rede sem �o pelo administrador de redes, é possível a
distribuição do IP (Internet Protocol), que é o identi�cador do equipamento móvel
na rede. Assim, torna-se necessário o equipamento móvel receber o IP dinâmico
do roteador, e, para outros equipamentos móveis (por exemplo, impressoras ou
câmeras), ocorre a necessidade de �xar um IP estático que garante o endereço �xo
para localização do equipamento na rede móvel.

A seguir, no Quadro 1.1, estão algumas características dos equipamentos sem �o


com informações sobre o comparativo do tipo de uso: popular (quando a maioria
das pessoas utiliza) e restrito (quando somente um grupo de pessoas utiliza para a
conexão móvel). Nesse comparativo, é possível perceber também por meio dos
dispositivos móveis o modo de conexão utilizado pelos equipamentos móveis. Para
os projetos de redes, os equipamentos podem receber do roteador o IP estático ou
IP �xo dependendo do uso em rede.
Smartphone Tablet Impressora Notebook Câmera

Equipamento Equipamento Equipamento Equipamento Equipamento


de uso de uso de uso de uso de uso
popular restrito popular popular restrito

Acesso pelo Acesso pelo Acesso pelo Acesso pelo Acesso pelo
adaptador adaptador adaptador adaptador adaptador
wi-� wi-� wi-� wi-� wi-�

Modo de Modo de Modo de


Modo de Modo de
conexão wi-� conexão wi-� conexão wi-�
conexão wi-� conexão wi-�
com iP com iP com iP
com IP �xo com IP �xo  
dinâmico dinâmico dinâmico

Quadro 1.1 - Comparativo de equipamentos móveis pelo tipo de conexão de rede sem
�o
Fonte: Elaborado pelo autor.

Atualmente, temos muitas empresas que possuem soluções em redes com a


tecnologia wi-� para rede móvel, mas queremos citar algumas empresas que são
relevantes para o mercado local e global, como: a TP-LINK, especialista em rede
doméstica, com sede na China; a D-Link, empresa global com �lial em Alphaville
(SP), que possui equipamentos para atender à solução doméstica ou corporativa; a
Intelbras, que possui sua matriz no estado de Santa Catarina e possui diversos
equipamentos para rede móvel; Asus, com sede em Taiwan e Cisco Systems,
localizada na Califórnia (USA), que possui diversos equipamentos para redes em
geral.

Segue um quadro básico com os tipos de roteadores wi-� de exemplos disponíveis


no mercado com as suas especi�cações:
Frequência
Marca Modelo Padrões IEEE Antenas
wi-�

Archer 2.4GHz e 802.11ac/n/a


TP-LINK 3 
C2300 5GHz 802.11b/g/n

802.11ax(WFi
6) 802.11ac
Wi-� 6 2.4GHz e 802.11n
D-LINK  8
AX6000 5GHz 802.11g
802.11a
802.11b

802.11b
CISCO   RV110W   2.4GHz 802.11g 2
802.11n

802.11ac
802.11n
RT-AC86U   2.4GHz e
ASUS   802.11g 3
  5GHz
802.11a
802.11b  

ACtion RG 2.4GHz e 802.11a/b


INTELBRAS   4
1200   5GHz /g/n/ac

Quadro 1.2 - Com os roteadores corporativos de pequeno porte ou doméstico para as


redes sem �o
Fonte: Elaborado pelo autor.
praticar
Vamos Praticar
Com base no conhecimento adquirido nesta unidade com relação à rede cabeada e da
rede sem �o, assinale a alternativa correta que demonstra a vantagem do uso das redes
sem �o e rede cabeada.

a) A rede sem �o possui acesso mais rápido, e a rede cabeada possui acesso mais
lento pela quantidade de �os para conexão da rede.
b) A rede sem �o usa IP estático para a conexão de todos os equipamentos
móveis, e, na rede cabeada, é utilizado IP dinâmico somente nos servidores.
c) A rede sem �o possui acesso de conexão menos instável e conexão mais lenta
com relação à rede cabeada, que possui maior estabilidade e conexão mais rápida
para acesso.
d) A rede sem �o depende do roteador wi-� para distribuir IPs aos equipamentos
móveis. Na rede cabeada, os IPs não são distribuídos automaticamente a todos os
equipamentos da rede.
e) A rede sem �o não possui �exibilidade para conexão, e a rede cabeada toda
�exibilidade para acesso de qualquer lugar com o uso dos equipamentos.
Redes Locais sem Fio

As redes sem �o estão presentes no dia a dia de todos os usuários, por terem a
facilidade de acesso móvel em ambiente interno ou externo. Essas redes se
tornam relevante para uso de dispositivos móveis com a utilização do roteador
que atua com a tecnologia de radiofrequência, devendo ser instalado em local
adequado para garantir que a cobertura do sinal da rede sem �o seja visível para
os usuários nos diversos ambientes, pois pode acontecer, em alguns casos, que
barreiras de sinal impeçam a propagação do sinal (TANENBAUM, 2003).

A transmissão de sinal dos equipamentos de radiofrequência utilizados nas redes


sem �o opera com ondas de rádio que são usadas pelos roteadores em que são
transmitidas em uma faixa 2,4 a 2,4835 GHz, isto é, largura de banda de 83,5 MHz
(CARVALHO; BADINHAN, 2011).

Para conhecer as redes sem �o, é importante entender os meios de transmissões


por ondas, pois, quando existe o movimento de elétrons, são criadas ondas
eletromagnéticas que podem propagar em espaço livre até mesmo no vácuo. A
partir de ondas de rádio que são geradas, essas podem percorrer longas distâncias
até alcançar os prédios no ambiente fechado ou aberto (TANENBAUM;
WHETERALL, 2011).

Os Meios de Transmissão sem Fios


Neste capítulo, torna-se importante entender os meios de transmissão que se
relaciona com as redes sem �o do mercado corporativo ou doméstico. Trata-se de
analisar os meios que podem contribuir para melhor aprendizado na
implementação de infraestrutura de redes sem �o.

O Espectro Eletromagnético
Quando ocorre em rede sem �o a instalação de antena de tamanho apropriado
em um circuito elétrico, as ondas eletromagnéticas podem ser transmitidas e
recebidas com e�ciência por um receptor localizado a uma distância bastante
razoável. Esse princípio é a base da comunicação sem �os.

A maioria das transmissões utiliza banda de frequência estreita para usar o


espectro com mais e�ciência e transmitindo com potência su�ciente. Em alguns
casos, é usada banda larga com três variações:

1. Espectro por salto de frequência: é utilizada em comunicações militares,


pois di�culta a detecção das transmissões.
2. Espectro de dispersão de sequência direta: é bastante usada
comercialmente para compartilhar a mesma frequência que está
relacionada com CDMA (code division multiple access).
3. Comunicação UWB (Ultra-WideBand): espalha-se por ampla banda de
frequências, podendo tolerar uma quantidade de interferência forte de
outros sinais de banda estreita.

Este estudo das três variações da banda larga é con�rmado por Tanenbaum e
Wetherall (2011), considerado um dos “gurus” das redes de computadores, que
desenvolveu um estudo aprofundado sobre sinais.
Transmissão de Rádio
As ondas de rádio também são omnidirecionais, o que signi�ca que elas possuem
percurso em todas as direções a partir da origem. As propriedades das ondas de
rádio atravessam os obstáculos, mas a potência cai à medida que a distância da
origem aumenta. Em altas frequências, as ondas de rádio tendem a viajar em linha
reta e são absorvidas em ambiente externo pela chuva e outros obstáculos
(TANENBAUM, 2011).

Figura 1.2 - Transmissão de rádio


Fonte: Vasin Leenanuruksa / 123RF.

A transmissão via rádio se torna excelente para uso em cenário corporativo ou


doméstico por meio da área visada entre duas ou mais antenas, que devem existir
para garantir a conectividade entre a origem e o destino.

Transmissão de Micro-ondas
Tendo em vista que a transmissão micro-ondas viaja em linha reta, se as torres
estiverem muito afastadas, a terra acabará �cando entre elas, e, pelo meio usado
do micro-ondas, as paredes dos prédios são grande obstáculos para essa
transmissão.

Por outro lado, algumas ondas podem ser refratadas nas camadas atmosféricas
mais baixas e a sua chegada pode ser mais demorada que a das ondas diretas
(TANENBAUM; WHETERALL, 2011).

A seguir, na Figura 1.3, vemos a ilustração do modelo micro-ondas:

Figura 1.3 - Transmissão de micro-ondas


Fonte: superkataiiwhite / 123RF.

Esse modelo de transmissão de micro-ondas é propagado pelo espaço, que pode


atingir qualquer direção, dependendo da antena utilizada para gerar o caminho
que será utilizado via satélite ou terrestre.
Transmissão em Infravermelho
Essa transmissão não guiada relaciona a comunicação de curto alcance, por
exemplo, controle remoto de equipamentos em geral. O uso é direcional e não
pode haver barreiras para ele funcionar corretamente (TANENBAUM; WHETERALL,
2011).

Figura 1.4 - Transmissão em infravermelho


Fonte: Dmitrii Melnikov / 123RF.
Esse modelo de transmissão infravermelho é utilizado, por exemplo, por aplicação
com o smartphone e controle remoto de televisão, que precisam ser direcionados
para o objeto para que esse venha a funcionar.

Transmissão Via Luz (laser)


Esse meio de transmissão consiste em conectar redes locais entre dois prédios por
meio de lasers instalados em seus telhados. A transmissão óptica usa raios laser
unidirecional, tendo cada prédio necessidade de seu próprio raio laser. O meio de
transmissão oferece uma largura de banda muito alta e é relativamente seguro,
pois é difícil interceptar em raio laser estreito e fácil de ser instalado (TANENBAUM;
WHETERALL, 2011).

Figura 1.5 - Modelo de transmissão laser


Fonte: pedrosek / 123RF.

O modelo de transmissão via laser é relevante para a geração de conectividade de


rede através do envio de sinal ao telescópio, representando, assim, um meio de
transmissão com maior velocidade em relação à transmissão via rádio.

Os diversos meios de transmissões são essenciais para o funcionamento das redes


sem �o, possibilitando gerar a conectividade entre dispositivos móveis por meio do
escopo de necessidades de projetos conforme modelo corporativo ou doméstico.
praticar
Vamos Praticar
Com base nos meios de transmissão que podem ser utilizados em redes sem �o,
precisamos analisar as características de cada transmissão para entendermos a sua
aplicação em projetos de redes. Nesse contexto, assinale a alternativa correta, com
relação às características dos meios de transmissões.

a) A transmissão por infravermelho é utilizada em redes locais para interligação de


dois prédios para geração de conectividade em sem �o.
b) A transmissão via luz (laser) é utilizado em controle remoto nos equipamentos
em geral por meio do sinal de propagação.
c) A transmissão por espectro eletromagnético possui único modelo que pode ser
usado em longas distâncias, mas não ocorrem saltos de uma frequência para
outra.
d) As transmissões via luz e infravermelho operam mesmo modelo para geração
de conectividade em redes sem �o.
e) A transmissão de rádio pode percorrer longas distâncias e penetrar facilmente
nos prédios com ambiente fechado ou aberto.
Mobilidade em Redes sem
Fio

A dimensão de que tivemos bastante tempo cuidando de ambientes internos foi


superado, pois agora iremos analisar as redes sem �o externa. Por outro lado, os
projetos não podem utilizar cabeamento, pois se torna dispendioso para o
mercado corporativo que investe no uso de redes sem �o de banda larga.

reflita
Re�ita
O wi-� 6, ou 802.11ax, é uma nova fase interessante para LANs
sem �o. O wi-� é o principal método de acesso às redes, e essa
tendência só crescerá à medida que o número de dispositivos wi-�
aumentar para 26 bilhões até 2020 como previsto. Para re�etir,
acesse o link  https://bit.ly/2Tk7Esj
As redes 802.11 podem ser usadas em dois modos. O modo mais popular é
conectar clientes por meio dos dispositivos móveis, podendo ser na intranet ou
internet. No modo de infraestrutura, cada cliente está associado a um PA (ponto de
acesso) que está conectado em outra rede.

Com o objetivo de estimular o mercado, o IEEE formou um grupo para padronizar


uma rede metropolitana sem �o de banda larga. O próximo número disponível no
espaço de numeração 802 foi 802.16, de modo que o padrão recebeu esse
número, sendo essa tecnologia chamada WiMAX (Worldwide Interoperability for
Microware Access) (TANENBAUM; WHETERALL, 2011). Este tópico será voltado à
tecnologia de banda larga sem �os.

Comparação entre o 802.16 e o 802.11 e 3G


O WiMAX combina aspectos do 802.11 e 3G, o que torna mais semelhante à
tecnologia 4G. Assim como o 802.11, o WiMAX trata da conexão de dispositivos
sem �os à internet em velocidades de megabits/s em vez de usar cabo ou DSL. Os
dispositivos podem ser móveis ou pelo menos portáteis (TANENBAUM;
WHETERALL, 2011). O 802.16 foi projetado para transportar pacotes IP pelo ar e
conectar-se uma rede com �os baseada em IP.

Arquitetura e Pilha de Protocolos


No modelo da arquitetura 802.16, as estações-base se conectam diretamente à
rede de backbone do provedor, que, por sua vez, está conectada à internet. As
estações-base se comunicam com as estações por meio da interface com o ar, ou
seja, sem �os.

A estrutura geral da arquitetura é semelhante à das outras redes 802, mas tem um
número de subcamadas, cuja subcamada inferior lida com a transmissão. Acima
da camada física, �ca a camada de enlace de dados, que consiste em três
subcamadas:

Camada Física
A camada física possui três modelos que são utilizados conforme a seguir:

1. Os projetistas escolheram um esquema �exível para dividir o canal entre


estações, chamado O FDMA (Orhthogonal Frenquency Division Multiple
Access), que oferece diferentes conjuntos de subportadoras e podem ser
atribuídos a diferentes estações, de modo que mais de uma estação
possa enviar e receber ao mesmo tempo.
2. As estações alternam o enviar com o receber com o método chamado
duplexação por divisão de tempo, ou TDD (time division duplex).
3. O método alternativo em que uma estação envia e recebe ao mesmo
tempo em diferentes frequências de subportadora é chamado
duplexação por divisão de frequência ou FDD (frequency division duplex).

O WiMAX permite os dois métodos, mas o TDD é preferido, porque é mais fácil de
implementar e mais �exível.

O Protocolo da Subcamada MAC – 802.16


No momento em que um usuário se conecta a uma estação-base, ele executa um
processo de autenticação mútua com criptogra�a RSA de chave pública, usando o
certi�cado X.509. A subcamada é orientada à conexão e ponto a multiponto, o que
signi�ca que uma estação-base se comunica com várias estações do assinante.

O canal downlink é bastante direto, pois a estação-base controla as rajadas da


camada física que são usadas para enviar informações às diferentes estações do
assinante. A subcamada MAC simplesmente empacota seus quadros nessa
estrutura. Para reduzir o overhead, existem várias opções, por exemplo, os
quadros MAC podem ser enviados individualmente, ou empacotados um após o
outro em um grupo.

O canal uplink é mais complicado, pois existem assinantes concorrentes que


precisam de acesso a ele, e a sua alocação está intimamente relacionada à questão
da qualidade do serviço que são de�nidas em quatro classes de serviço, da
seguinte forma:

a) Serviço de taxa de bits constante.

b) Serviço de taxa de bits variável em tempo real.

c) Serviço de taxa de bits variável o�-line.

d) Serviço de melhor esforço.

Todo serviço no 802.16 é orientado a conexões, e cada conexão recebe uma


dessas classes de serviço determinada quando a conexão é con�gurada
(TANENBAUM; WHETERALL, 2011).

Estrutura do Quadro – 802.16


Todos os quadros MAC começam com um cabeçalho genérico seguido por uma
carga útil opcional e um checksum (CRC) opcional, cuja carga útil não é necessária
em quadros de controle com os que solicitam slots de canais. O checksum também
é opcional, em razão da correção de erros na camada física e não ter feito tentativa
de retransmitir quadros em tempo real.

praticar
Vamos Praticar
Atualmente, temos muitos modelos que são utilizados para a conexão de redes sem �o,
mas, para cada projeto, o pro�ssional em redes necessita entender as características que
tornam esse modelo ideal para uso. Com base no modelo de redes de banda larga sem
�o, identi�que a característica que pode ser evidenciada para o uso de padrão externo.

a) No padrão 802.16, o WiMAX é utilizado para rede metropolitana sem �o em


banda larga.
b) Com o padrão 802.11 o WiMAX pode ser considerado o útil para o
funcionamento das redes locais.
c) De acordo com os padrões 802.11 e 802.16, o WiMAX utiliza os dois padrões
para gerar comunicação com a banda larga na rede sem �o.
d) dO WiMAX não depende de nenhum padrão do IEEE para redes metropolitanas
para o funcionamento da banda larga sem �o.
e) O WiMAX e o padrão 802.16 não estão relacionados à banda larga sem �o.
Aplicação para a Mobilidade
sem Fio

Neste tópico, será analisada a aplicação em mobilidade sem �o, que pode
contribuir para os projetos de redes do mercado.

Bluetooth
Pelo modelo histórico, em 1994 a empresa L.M. Ericsson �cou interessada em
conectar seus telefones móveis a outros dispositivos, por exemplo, laptops sem
cabos. Junto com outras quatro empresas (IBM, Intel, Nokia e Toshiba), ela formou
um SIG (Special Interest Group, isto é, um consórcio) com o objetivo de
desenvolver um padrão sem �os para interconectar dispositivos de computação e
comunicação e ainda acessórios utilizando rádios sem �os de curto alcance, baixa
potência e baixo custo.

O Bluetooth 1.0 foi lançado em julho de 1999 e, desde então, nunca voltou atrás.
Todo tipo de dispositivo eletrônico de consumo agora usa bluetooth, por exemplo:
telefones móveis, notebooks, headsets, impressoras, teclados, mouse, jogos,
relógios, aparelhos de música e unidades de navegação, entre outros.

Os protocolos bluetooth permitem que esses dispositivos se encontrem e se


conectem, um ato chamado de emparelhamento, e trans�ram dados com
segurança (TANENBAUM; WHETERALL, 2011).

Figura 1.6 - Modelo Bluetooth


Fonte: Rabia Elif Aksoy / 123RF.

Depois que os protocolos iniciais se estabilizaram, taxas de dados maiores foram


acrescentadas ao Bluetooth 2.0, em 2004, e na versão 3.0, em 2009, com o modo
de emparelhamento de dispositivo na a combinação com padrão 802.11 que pode
ser usado para transferência de dados. Na sequência, a versão 4.0 de dezembro
2009 especi�cou a operação em baixa potência (TANENBAUM; WHETERALL, 2011).

RFID
A tecnologia RFID tem muitas formas, usadas em smartcards, implantes em
animais, passaportes, livros de biblioteca etc. A forma que veremos foi
desenvolvida na busca por um código eletrônico de produto, ou EPC (Eletronic
Product Code), que foi iniciada com o Auto-ID Center no Massachusetts Institute Of
Tecnnology em 1999.

Um EPC é um substituto para o código de barras que pode transportar uma


quantidade maior de informações e é legível eletronicamente por distâncias de 10
metros, mesmo quando não está visível.

As etiquetas de RFID são dispositivos pequenos e baratos, que possuem um


identi�cador EPC exclusivo de 96 bits e uma pequena quantidade de memória que
pode ser lida e escrita pela leitora de RFID.

Figura 1.7 - Modelo RFID


Fonte: yuriy2design / 123RF.

Com frequência, as etiquetas se parecem com adesivos que podem ser a�xados,
por exemplo, em calças jeans nas prateleiras de uma loja, e a maior parte da
etiqueta é ocupada por uma antena impressa nela. Um pequeno ponto no meio é
o circuito integrado de RFID. Como alternativa, as etiquetas de RFID podem ser
integradas a um objeto, como uma carteira de habilitação. Nos dois casos, as
etiquetas não possuem baterias e devem colher energia das transmissões de rádio
de uma leitora de RFID nas proximidades para funcionar.

As leitoras são a inteligência no sistema, semelhante às estações-base e aos


pontos de acesso nas redes celular e wi-�, e a tarefa principal da leitora é fazer o
inventário das etiquetas nas vizinhanças, ou seja, descobrir os identi�cadores das
etiquetas vizinhas. O inventário é realizado com o protocolo da camada física e o
protocolo de identi�cação (TANENBAUM; WHETERALL, 2011).

ZIGBEE
A tecnologia Zigbee é uma tecnologia voltada para rede wireless, que busca a
mobilidade com baixo custo com alimentação por baterias que na área de
comunicação possui destaque por conta do modelo que é utilizado com pequena
taxa de dados e possui característica voltada para projetos de curto alcance.

Em suas aplicações, podem ser utilizadas em projetos das áreas de agronegócio,


saúde e locais livres, onde necessitam de equipamentos para fazer comunicação
em pequeno espaço, pois, quando um equipamento se desconectar,
automaticamente irá buscar um sensor mais próximo para retornar a
comunicação sem �o.
Figura 1.8 - Tecnologia Zigbee
Fonte: marigranula / 123RF.

O padrão utilizado pela tecnologia Zigbee é o 802.15.4, que possibilita um modelo


de baixo custo, favorecendo os projetos positivamente na busca por soluções em
redes sem �o nesse mercado competitivo.

Com o avanço da internet das coisas, esse padrão está sendo bem utilizado,
principalmente em projetos de casa inteligente ou do futuro que necessitam de
padrões adequados para o funcionamento de dispositivos sem �o.

praticar
Vamos Praticar
Com base nas aplicações em mobilidade em rede sem �o, torna-se necessário conhecer
as tecnologias que podem ajudar no avanço de projetos de redes. Com base nisso,
assinale a alternativa correta com relação às características do Bluetooth, RFID e Zigbee.

a) Bluetooth e RFID utilizam a mesma aplicação no funcionamento de dispositivos


móveis.
b) O bluetooth é usado para inventário utilizando os dispositivos móveis.
c) O RFID possui a sua aplicação voltada para encontrar os seus vizinhos,
utilizando leitoras.
d) O Zigbeddé utilizado para mapear rodovias e para roteirização em
transportadoras de cargas.
e) O RFID é utilizado com equipamentos portáteis, por exemplo, mouses e
teclados, dentre outros dispositivos móveis.
indicações
Material
Complementar

LIVRO

Sistemas de comunicação sem �io: conceitos e


aplicações
Juergen Rochol

Editora: E-book digital

Comentário: e-book complementar, que aborda conceitos


importantes sobre a rede sem �o para projetos de redes
sem �o.
FILME

WiFi Ralph: quebrando a internet


Ano: 2018

Comentário: como complemento ao estudo das redes sem


�o, é importante saber outras características que podem
ser aplicadas em projeto, incluindo a disponibilização da
rede para uso de diversos equipamentos interconectados
em rede sem �o.

Para saber mais sobre o �lme, assista ao trailer:

TRAILER
conclusão
Conclusão

Podemos concluir, nesta unidade que, para desenvolver o projeto adequado para
as redes sem �o do mercado corporativo ou doméstico, é relevante conhecer
todas as tecnologias que estão voltadas para a mobilidade dos dispositivos móveis,
bem como entender as características e vantagens da tecnologia para as redes
sem �o.

Nesta unidade, foram apresentados conceitos iniciais e padrões das redes sem �o
que podem ser utilizados para projetar o modelo de rede sem �o, bem como a
tecnologia de banda larga utilizada para o ambiente externo que contribui para a
padronização de rede metropolitana.

referências
Referências
Bibliográ�cas

CARVALHO A. G.; BADINHAN L. F. C. Eletrônica: telecomunicações. 5. ed. São


Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.

FERREIRA, J. L. M. Estudo sobre segurança em redes sem �o. 2013. 49 f.


Monogra�a (Especialização em Con�guração e Gerenciamento de Servidores e
Equipamentos de rede) – Universidade Federal Tecnológica do Paraná, Curitiba,
2013.

MONTEBELLER, S. J. Estudo sobre o emprego de dispositivos sem �os – wireless


na automação do ar condicionado e de outros sistemas prediais. 2006. 129 f.
Dissertação (Mestrado em Sistemas de Potência) - Escola Politécnica, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2006.

TANENBAUM, A. S. Computer networks. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5.ed. Tradução de


Daniel Vieira. Revisão técnica Isaias Lima. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

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