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Wi-Fi, infravermelho, bluetooth. Tire suas dúvidas!

Por CoDi

Entenda o que é Wi-Fi, bluetooth, WiMAX e infravermelho e quais dispositivos


dependem dessas tecnologias para funcionar, clique em Leia Mais...

Wi-Fi, infravermelho, bluetooth. Tire suas dúvidas!

“O mundo agora é wireless”, “Apostamos na convergência de tecnologias”, “Vamos


investir em redes sem fio”. Essas e outras frases povoaram – e continuam povoando – os
discursos de empresários e gurus de tecnologia que, quando são questionados sobre os
rumos dos investimentos de suas empresas ou do mercado, não hesitam em usar e
abusar da famosa “convergência”. Empurrando a convergência – que é essencialmente a
união de um série de tecnologias e um único dispositivo, preferencialmente móvel –
estão as soluções de conexão sem fio como Wi-Fi, WLAN, Bluetooth, Wi-Max e
infravermelho (esta uma espécie de avó, ou precursora das outras quatro).

Afinal, qual é a tecnologia que está por trás da conexão sem fio de laptops e PDAs à
Internet? Qual é a tecnologia que permite que celulares se comuniquem com fones e
aparelhos de viva-voz? Essa é a mesma tecnologia utilizada por PDAs, celulares e
laptops para conversar entre si? Será que um dia a cidade inteira estará coberta por uma
enorme rede sem fio na qual poderemos nos conectar quando e onde quisermos?

Wi-Fi/WLAN

Wi-Fi, sigla para "wireless fidelity" – ou fidelidade sem-fio –, refere-se a um tipo de


conexão entre computadores, PDAs e até celulares com uma rede sem a necessidade de
fios. Já WLAN, que quer dizer a mesma coisa, é um pouco mais específica e quer dizer
Wireless Local Área Network – ou rede sem fio local.

Ou seja, em ambas, o sinal de Internet ou de uma Intranet sai do cabo e ganha o ar, em
forma de ondas de rádio, e passa a ser captado por qualquer equipamento habilitado
com essas tecnologias wireless. Em redes Wi-Fi do tipo 802.11g (que é um dos padrões
desta tecnologia), a velocidade pode chegar a 54 Mbps, enquanto as 802.11b se limitam
a 11 Mbps. Com isso os usuários ganham liberdade para acessar documentos
importantes, informações de estoque, e-mails ou um simples perfil no Orkut em
qualquer lugar coberto pela rede.

Uma rede Wi-Fi consiste basicamente de uma conexão de Internet a cabo ligada a um
access point – que emite um sinal sem fio de Internet –, e que se comunica com um
laptop, um desktop ou um PDA compatível com esta tecnologia.

Prós e contras
A opção por uma rede Wi-Fi traz consigo vantagens e desvantagens. Uma instalação
Wi-Fi pode ser mais cara ou mais barata que uma rede a cabo – isso geralmente depende
da quantidade de computadores que serão ligados em rede. Quando são muitos os
computadores, a conexão sem fio geralmente é mais vantajosa já que o cabeamento em
grandes escritórios, por exemplo, pode custar milhares de reais.

Outro fator que deve ser considerado é a segurança da rede wireless frente ao conforto
que ela traz. Ou seja, ao mesmo tempo em que a conexão sem fio oferece liberdade aos
usuários, as informações estão literalmente no ar, o que faz aumentar a já incômoda
preocupação com segurança e criptografia de dados.

Bluetooth

O nome, de início, chama atenção – bluetooth, ou Dente Azul. A tecnologia para


transmissão de dados recebeu este nome em homenagem ao rei dinamarquês Harald
Bluetooth, conhecido em sua época – o século X – por sua ótima capacidade
diplomática e de negociação. Nada mais apropriado – a tecnologia de conexão sem fio
bluetooth talvez seja a de mais fácil configuração e sincronização.

A solução bluetooth basicamente permite que dados sejam transferidos pelo ar em


curtas distâncias ocupando uma banda de rádio de 2,4GHz – a mesma de muitos access
points com tecnologia Wi-Fi e dos mais recentes telefones sem fio. Atualmente os
dispositivos mais conhecidos por utilizar a solução são os celulares, os fones de ouvido,
os aparelho de viva voz, alguns computadores e aos poucos os PDAs. Outros aparelhos
que também utilizam a tecnologia são mouses, impressoras, receptores de GPS e
controles de videogame (Nintendo Wii, por exemplo). O bluetooth é usado até para
montar pequenas redes de computador nas quais não se requer altas taxas de
transferência de dados.

A taxa média de fluxo de dados é de 1Mbps e a distância para conexão varia entre 1
metro e 100 metros – porém, a maior parte dos aparelhos funciona com distância
máxima de cerca de 10 metros.

Wi-Max

Antes de ser uma tecnologia de conexão sem fio, WiMAX – sigla para Worldwide
Interoperability for Microwave Access ou Interoperabilidade Mundial para Acesso em
Microondas – é um padrão de tecnologia sem fio internacional estabelecido por uma
série de parceiros comerciais.

Este padrão, que é internacional, foi criado para que dispositivos pudessem ser
desenvolvidos e certificados pela tecnologia WiMAX, que é, em última instância, uma
versão turbinada do Wi-Fi – tanto em velocidade quanto em área de cobertura. É claro
que algumas diferenças técnicas existem, mas para o usuário final, o WiMAX seria a
garantia de Internet banda larga sem fio com cobertura ampla o suficiente para cobrir
um cidade inteira. Transmissões de vídeo ao vivo também seriam possíveis por meio
desta tecnologia.

As diferenças de rede, em um primeiro momento, se limitam à capacidade de servir a


objetos em movimento (Mobile) ou apenas a objetos parados (Fixed). As discussões
sobre o padrão e a tecnologia seguem em uma série de Wi-MAX Fórums dos quais
participam empresas como Intel, Nokia e Qualcomm.

No Brasil, a Neovia provedora de acesso à Internet em banda larga por meio de diversas
tecnologias, entre elas o Wi-Max, anunciou que pretende vender antenas indoor Wi-
Max para usuários finais ainda em 2006. O equipamento custará, inicialmente, cerca de
US$ 500, mas segundo representantes da empresa, o preço deve cair com as vendas do
aparelho. Em março deste ano, a rede da Neovia conta com 4 mil pontos de presença,
em 4,5 mil prédios, em 25 cidades. Cerca de 30% deste total usam a tecnologia Wi-
Max. A empresa oferece cobertura em toda a cidade de São Paulo e expandirá a
cobertura para o interior do estado até o final de julho.

Infravermelho

O infravermelho entra como uma espécie de menção honrosa, já que as velocidades das
aplicações para transmissão de dados sem fio desta tecnologia são muito baixas. As
aplicações do infravermelho se limitam a controles remotos – que, apesar de
importantíssimos, não envolvem nada tecnologicamente extraordinário –, periféricos,
como mouse e teclado sem fio, e transmissão de pequenas quantidades de dados entre
dispositivos móveis como PDAs e celulares.

Além da limitação da velocidade e portanto da quantidade de dados que o infravermelho


pode transmitir, existe um fator limitador que é físico. Ou seja, para funcionar – como
todos que usam controle remoto sabem – os dois aparelhos devem estar no “campo de
visão” para que o infravermelho seja emitido e recebido com sucesso.

Perspectivas

Essas são, portanto as principais soluções de tecnologia sem fio utilizadas atualmente e
que puxam, a reboque, a convergência. Não seria difícil que, com o tempo, boa parte
dessas tecnologias também convergissem – ou seja, que o usuário só precisasse do Wi-
Fi, ou do WiMAX para tudo – celular, computador, PDA e qualquer outro dispositivo.
Mas, até lá, é natural – e positivo – que surjam diversas tecnologias – assim elas
competem e ganha a maior fatia de mercado a melhor e a mais barata. Foi assim entre o
Beta Max e o VHS, promete ser assim com o Blu-Ray e o HD-DVD, e pode ser assim
com as tecnologias de conexão, que atualmente se complementam, mas podem acabar
competindo entre si para oferecer uma solução única.

Fonte: WNews

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