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Arquiteturas para implantação de aplicações móveis wireless

Este tutorial apresenta uma visão geral da arquitetura para implantação de aplicações móveis
wireless.

Autor: Eduardo Tude

Engenheiro de Teleco (IME 78) e Mestre em Teleco (INPE 81) tendo atuado nas áreas de Redes
Ópticas, Sistemas Celulares e Comunicações por Satélite. Ocupou várias posições de Direção em
empresas de Teleco como BMT, Pegasus Telecom e Ericsson.

Duração estimada: 15 minutos

Publicado em: 11/04/2005

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Arquiteturas móveis: O que é

A internet e os sistemas de tecnologia da informação se tornaram parte do dia a dia das empresas e
das pessoas, motivando inclusive esforços rumo a uma maior inclusão digital. O acesso a estas
aplicações, no entanto, está ainda associado a utilização de dispositivos fixos. A mobilidade que o
celular propiciou a comunicação de voz ainda está longe de ser alcançada por estas aplicações.

O desenvolvimento das tecnologias wireless como a 2,5/3ª geração do celular que oferece
conectividade de dados por pacotes e o WiFi/Wimax abrem novas possibilidades para implantação
de aplicações móveis.

Móvel x Wireless

Neste cenário os termos aplicações móveis e aplicações wireless são muitas vezes tratados como
sinônimos, quando na realidade não o são.

O conceito de mobilidade pode ser entendido de várias maneiras. As aplicações iniciais de


sistemas celulares visavam prover telefones para automóveis e estavam associadas a dispositivos
em movimento durante a comunicação. Hoje em dia a idéia de mobilidade em sistemas celulares
está associada a possibilidade de se comunicar a qualquer momento (anytime) e de qualquer lugar
(anywhere).

Wireless, por sua vez, se refere a transmissão de voz e dados através de ondas de rádio, ou seja a
comunicação sem fio.

A tabela a seguir apresenta exemplos que ajudam a explicitar estas diferenças.

Aplicações
Exemplo de dispositivo
Móveis Wireless

x x Telefones celulares

x - PDAs convencionais

Computador em rede
- x local wireless no
escritório

Computador em rede
- -
local com fio.

Os PDAs convencionais são o melhor exemplo de dispositivos móveis que não são wireless.
Qualquer aplicação pode ser usada a qualquer momento e em qualquer lugar. O sucesso destes

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dispositivos está associado a possibilidade de sincronização dos dados dos PDAs com o servidor
da aplicação do usuário, usando uma conexão sem fio diretamente com o micro do usuário ou
através de uma conexão fixa através da rede telefonica. Não a dúvida no entanto, que a
incorporação de conectividade wireless a estes dispositivos torna muito mais fácil e ágil a sua
utilização.

Arquitetura Básica

A figura acima apresenta a arquitetura básica para implantação de aplicações móveis utilizando
uma rede celular.

Os terminais mais utilizados em aplicações móveis são: celular, PDAs/smartphones e notebooks.


A conectividade de notebooks é normalmente implementadas através de cartões PCMCIA. Já nos
PDAs a tendência é para que a integração desta funcionalidade ao produto. É possivel também
utilizar um celular, conectado por Bluetooth ou infravermelho com o notebook. Esta solução
apresenta no entanto uma complexidade maior na sua configuração por parte do usuário.

As aplicações implementadas com esta arquitetura básica podem ser classificadas em dois tipos
principais que serão apresentadas a seguir: internet móvel e smart client.

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Arquiteturas móveis: Internet Móvel

Com a explosão da internet, a maioria das empresas passou a transformar suas aplicações de uma
arquitetura cliente/servidor para aplicações web possibilitando o acesso de todos via um navegador
(browser) como o internet explorer. Desta forma, a solução natural para dar mobilidade a estas
aplicações parece ser através da extensão do acesso a internet aos dispositivos móveis: a internet
móvel ou internet wireless.

As aplicações da internet wireless tem arquitetura semelhante a da internet convencional (wired).


Quando o acesso é feito através de um notebook a navegação da internet é feita através de um
navegador convencional (browser) como o internet explorer. O esperado neste caso é que a
conexão wireless apresente uma taxa de dados que permita uma navegação sem lentidão excessiva.

Quando o acesso a internet é feito através de PDA ou um celular, a navegação é feita através de
micronavegadores (microbrowsers) de forma a se acomodar às limitações do dispositivo móvel em
termos de processamento e tamanho da tela. Como em um navegador normal, o micronavegador
utiliza um endereço (URL) para contactar um servidor específico. A resposta contendo uma
linguagem de markup é traduzida pelo browser e apresentada ao usuário. Existem vários tipos de
micronavegadores sendo os mais utilizados os padronizados pelo protocolo wap (ver tutorial
WAP). Outros exemplos de microbrowsers são os comercializados pela Openwave, Microsoft,
Avantgo, Go, Palm e Opera.

Aplicações de wireless internet são também chamadas de "thin client applications", pois são
aplicações baseadas em servidores que tornam possível a navegação na internet (browse) através
de um dispositivo wireless. O processamento e dados da aplicação estão residentes no servidor. O
único software necessário no cliente é um micronavegador, que geralmente vem pré-instalado no
terminal wireless.

O conceito de internet móvel é atrativo por que as aplicações podem ser construídas em cima das
aplicações existentes na internet sem precisarem ser implementadas nos dispositivos clientes. Sua
atualização pode ser feita a qualquer momento afetando apenas o servidor.

O problema encontrado na implementação da internet móvel é que ela necessita de uma conexão
com a rede efetiva e de qualidade durante todo o tempo. Na internet móvel a área de mobilidade é
igual a área de acesso wireless. E mais, mesmo havendo conectividade, se a taxa de dados for
baixa a aplicação será afetada.

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Estas desvantagens tornaram a internet móvel uma solução pouco adequada para um grande
número de aplicações, sendo necessário voltar ao antigo modelo clientes servidor com "smart
clients" como será apresentado a seguir.

Existem no entanto uma série de aplicações para as quais o modelo de internet móvel é a melhor
solução. Exemplos: sistemas de informação, informação de entretenimento e comércio móvel.

A escolha da solução adequada para uma aplicação móvel deve levar em conta os requisitos de
aplicação e conectividade oferecida pelas redes existentes.

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Arquiteturas móveis: Smart Client

Em uma arquitetura com "smart clients", as aplicações podem ser executadas a qualquer tempo,
mesmo quando a conexão wireless não está disponível. Nesta arquitetura as aplicações utilizam
uma forma permanente de armazenamento de dados que não seja apenas cache. Quando existe
conexão, elas se comunicam com seus os servidores, estabelecendo um processo de sincronização
entre cliente e servidor. Esta combinação permite que as aplicações tenham uma interface para os
usuários mais sofisticada e um melhor desempenho no acesso aos dados.

Automação de força de vendas, automação de equipes de campo e aplicações de coleta de dados


são exemplos de aplicações em que uma arquitetura smart client é mais adequada.

Esta arquitetura apresenta no entanto uma maior complexidade no desenvolvimento e implantação


das aplicações, passando a exigir dispositivos móveis que disponham de um sistema operacional
para suporte destas aplicações.

Sistema Operacional

Não existe um sistema operacional móvel com liderança clara em relação aos demais. Os mais
utilizados são apresentados a seguir:

Palm OS Pioneiro nos PDAs, o Palm OS não teve no mercado corporativo o mesmo
sucesso obtido no mercado de consumidores em geral. Limitações iniciais das
versões anteriores á 5.0 dificultaram a implantação de aplicações complexas
abrindo campo para a adoção de dispositivos com outros sistemas operacionais
como o Windows CE da microsoft. Mais informações: Palm OS

Windows Sistema operacional desenvolvido pela microsoft para dispositivos móveis como
CE PDAs. Permite uma adaptação mais rápida de aplicações desenvolvidas
originalmente para o windows. Mais informações: Windows CE

Symbian O Symbian é um sistema operacional desenvolvido exclusivamente para


OS dispositivos móveis por fabricantes de celulares como Nokia, Ericsson e
Motorola, que se uniram para formar a joint venture denominada Symbian. A
meta era desenvolver um sistema operacional para smart phones e PDAs baseado
no Psion's EPOC operating system. O Symbian suporta vários protocolos de
comunicação, tais como TCP/IP, WAP, GSM e Bluetooth, e permite que as
aplicações sejam escritas em linguagens com C++ e Java. É o sistema operacional
mais utilizado em smart phones. Mais informações: Symbian OS
Linux Assim como o windows CE, a utilização do Linux tem como ponto forte a
compatibilidade com sistemas já desenvolvidos em Linux. Mais informações:
Linux handhelds

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O desenvolvimento de aplicações para estes sistemas operacionais é feito utilizando ferramentas
de desenvolvimento disponíveis para os mesmos e emuladores.

Uma outra opção é desenvolver as aplicações em Java, linguagem de programação desenvolvida


pela Sun, que permite a criação de aplicações (applets) que podem ser portadas para estes sistemas
operacionais. A plataforma de desenvolvimento Java para dispositivos móveis é a Java 2 Platform,
Micro Edition (J2ME). A RIM, fabricante do Blackberry, adotou a J2ME como a plataforma de
desenvolvimento de aplicações para o RIM OS.

Uma outra plataforma utilizada para o desenvolvimento de aplicações para celulares que utilizam
o chip set CDMA da Qualcomm é a Binary Runtime Environment for Wireless (BREW). O Brew
pode ser utilizado com dispositivos que utilizam os sistemas operacionais mencionados acima.

Consulte no comentário sobre PDAS do ucel os PDAS/Smartphones disponíveis no mercado


brasileiro com seus respectivos sistemas operacionais.

Base de dados

Em aplicações mais simples utiliza-se normalmente os recursos de base de dados oferecidos pelos
dispositivos. Para aplicações mais complexas recomenda-se a utilização de sistemas comerciais de
banco de dados que já trazem embutidos os recursos para sincronização com a base de dados do
servidor. Sybase/iAnywhere, IBM, Oracle, PointBase e Microsoft são exemplos de empresas que
oferecem este produto.

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Arquiteturas móveis: Considerações Finais

Este tutorial apresentou uma visão geral da arquitetura para implantação de aplicações móveis
wireless.

A solução mais adequada para uma dada aplicação depende de uma série de fatores que incluem
os requisitos da aplicação, o dispositivo móvel e a conectividade da rede wireless.

Uma parte importante das aplicações são os sistemas de mensagens que podem tomar várias
formas, indo de emails de alerta e notificações, até mensagens entre aplicações. Consulte o tutorial
do Teleco sobre Wireless Messaging.

Referências

Tutoriais do Teleco
Aplicações Atuais e Futuras para Internet Móvel
Evolução dos Terminais Celulares
WAP
Wireless Messaging

Web sites
ucel: PDAS
Palm OS
Symbian OS
Linux handhelds
J2ME
Windows CE

Livro
Mobile and Wireless Design Essentials
Martin Mallick

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Arquiteturas móveis: Teste seu entendimento

1) Assinale a alternativa falsa

Internet móvel e Internet wireless são sinônimos.

Existem aplicações móveis que não são wireless.

Existem aplicações móveis que são wireless.

Aplicações móveis e aplicações wireless são sinônimos.

2) Assinale o sistema operacional que utilizado por fabricantes de celulares como Nokia.

Windows CE

Palm OS

Symbian

Linux

3) Assinale a alternativa falsa


Micronavegadores (Microbrowsers) são navegadores desenvolvidos para acomodar as
limitações do dispositivo móvel em termos de processamento e tamanho da tela.
Em uma arquitetura com "smart clients", as aplicações podem ser executadas a qualquer
tempo, mesmo quando a conexão wireless não está disponível.
WAP é um tipo de smart client

Thin client applications é o mesmo que microbrowser.

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Arquiteturas para implantação de aplicações móveis wireless

Este tutorial apresenta uma visão geral da arquitetura para implantação de aplicações móveis
wireless.

Autor: Eduardo Tude

Engenheiro de Teleco (IME 78) e Mestre em Teleco (INPE 81) tendo atuado nas áreas de Redes
Ópticas, Sistemas Celulares e Comunicações por Satélite. Ocupou várias posições de Direção em
empresas de Teleco como BMT, Pegasus Telecom e Ericsson.

Duração estimada: 15 minutos

Publicado em: 11/04/2005

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Arquiteturas móveis: O que é

A internet e os sistemas de tecnologia da informação se tornaram parte do dia a dia das empresas e
das pessoas, motivando inclusive esforços rumo a uma maior inclusão digital. O acesso a estas
aplicações, no entanto, está ainda associado a utilização de dispositivos fixos. A mobilidade que o
celular propiciou a comunicação de voz ainda está longe de ser alcançada por estas aplicações.

O desenvolvimento das tecnologias wireless como a 2,5/3ª geração do celular que oferece
conectividade de dados por pacotes e o WiFi/Wimax abrem novas possibilidades para implantação
de aplicações móveis.

Móvel x Wireless

Neste cenário os termos aplicações móveis e aplicações wireless são muitas vezes tratados como
sinônimos, quando na realidade não o são.

O conceito de mobilidade pode ser entendido de várias maneiras. As aplicações iniciais de


sistemas celulares visavam prover telefones para automóveis e estavam associadas a dispositivos
em movimento durante a comunicação. Hoje em dia a idéia de mobilidade em sistemas celulares
está associada a possibilidade de se comunicar a qualquer momento (anytime) e de qualquer lugar
(anywhere).

Wireless, por sua vez, se refere a transmissão de voz e dados através de ondas de rádio, ou seja a
comunicação sem fio.

A tabela a seguir apresenta exemplos que ajudam a explicitar estas diferenças.

Aplicações
Exemplo de dispositivo
Móveis Wireless

x x Telefones celulares

x - PDAs convencionais

Computador em rede
- x local wireless no
escritório

Computador em rede
- -
local com fio.

Os PDAs convencionais são o melhor exemplo de dispositivos móveis que não são wireless.
Qualquer aplicação pode ser usada a qualquer momento e em qualquer lugar. O sucesso destes

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dispositivos está associado a possibilidade de sincronização dos dados dos PDAs com o servidor
da aplicação do usuário, usando uma conexão sem fio diretamente com o micro do usuário ou
através de uma conexão fixa através da rede telefonica. Não a dúvida no entanto, que a
incorporação de conectividade wireless a estes dispositivos torna muito mais fácil e ágil a sua
utilização.

Arquitetura Básica

A figura acima apresenta a arquitetura básica para implantação de aplicações móveis utilizando
uma rede celular.

Os terminais mais utilizados em aplicações móveis são: celular, PDAs/smartphones e notebooks.


A conectividade de notebooks é normalmente implementadas através de cartões PCMCIA. Já nos
PDAs a tendência é para que a integração desta funcionalidade ao produto. É possivel também
utilizar um celular, conectado por Bluetooth ou infravermelho com o notebook. Esta solução
apresenta no entanto uma complexidade maior na sua configuração por parte do usuário.

As aplicações implementadas com esta arquitetura básica podem ser classificadas em dois tipos
principais que serão apresentadas a seguir: internet móvel e smart client.

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Arquiteturas móveis: Internet Móvel

Com a explosão da internet, a maioria das empresas passou a transformar suas aplicações de uma
arquitetura cliente/servidor para aplicações web possibilitando o acesso de todos via um navegador
(browser) como o internet explorer. Desta forma, a solução natural para dar mobilidade a estas
aplicações parece ser através da extensão do acesso a internet aos dispositivos móveis: a internet
móvel ou internet wireless.

As aplicações da internet wireless tem arquitetura semelhante a da internet convencional (wired).


Quando o acesso é feito através de um notebook a navegação da internet é feita através de um
navegador convencional (browser) como o internet explorer. O esperado neste caso é que a
conexão wireless apresente uma taxa de dados que permita uma navegação sem lentidão excessiva.

Quando o acesso a internet é feito através de PDA ou um celular, a navegação é feita através de
micronavegadores (microbrowsers) de forma a se acomodar às limitações do dispositivo móvel em
termos de processamento e tamanho da tela. Como em um navegador normal, o micronavegador
utiliza um endereço (URL) para contactar um servidor específico. A resposta contendo uma
linguagem de markup é traduzida pelo browser e apresentada ao usuário. Existem vários tipos de
micronavegadores sendo os mais utilizados os padronizados pelo protocolo wap (ver tutorial
WAP). Outros exemplos de microbrowsers são os comercializados pela Openwave, Microsoft,
Avantgo, Go, Palm e Opera.

Aplicações de wireless internet são também chamadas de "thin client applications", pois são
aplicações baseadas em servidores que tornam possível a navegação na internet (browse) através
de um dispositivo wireless. O processamento e dados da aplicação estão residentes no servidor. O
único software necessário no cliente é um micronavegador, que geralmente vem pré-instalado no
terminal wireless.

O conceito de internet móvel é atrativo por que as aplicações podem ser construídas em cima das
aplicações existentes na internet sem precisarem ser implementadas nos dispositivos clientes. Sua
atualização pode ser feita a qualquer momento afetando apenas o servidor.

O problema encontrado na implementação da internet móvel é que ela necessita de uma conexão
com a rede efetiva e de qualidade durante todo o tempo. Na internet móvel a área de mobilidade é
igual a área de acesso wireless. E mais, mesmo havendo conectividade, se a taxa de dados for
baixa a aplicação será afetada.

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Estas desvantagens tornaram a internet móvel uma solução pouco adequada para um grande
número de aplicações, sendo necessário voltar ao antigo modelo clientes servidor com "smart
clients" como será apresentado a seguir.

Existem no entanto uma série de aplicações para as quais o modelo de internet móvel é a melhor
solução. Exemplos: sistemas de informação, informação de entretenimento e comércio móvel.

A escolha da solução adequada para uma aplicação móvel deve levar em conta os requisitos de
aplicação e conectividade oferecida pelas redes existentes.

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Arquiteturas móveis: Smart Client

Em uma arquitetura com "smart clients", as aplicações podem ser executadas a qualquer tempo,
mesmo quando a conexão wireless não está disponível. Nesta arquitetura as aplicações utilizam
uma forma permanente de armazenamento de dados que não seja apenas cache. Quando existe
conexão, elas se comunicam com seus os servidores, estabelecendo um processo de sincronização
entre cliente e servidor. Esta combinação permite que as aplicações tenham uma interface para os
usuários mais sofisticada e um melhor desempenho no acesso aos dados.

Automação de força de vendas, automação de equipes de campo e aplicações de coleta de dados


são exemplos de aplicações em que uma arquitetura smart client é mais adequada.

Esta arquitetura apresenta no entanto uma maior complexidade no desenvolvimento e implantação


das aplicações, passando a exigir dispositivos móveis que disponham de um sistema operacional
para suporte destas aplicações.

Sistema Operacional

Não existe um sistema operacional móvel com liderança clara em relação aos demais. Os mais
utilizados são apresentados a seguir:

Palm OS Pioneiro nos PDAs, o Palm OS não teve no mercado corporativo o mesmo
sucesso obtido no mercado de consumidores em geral. Limitações iniciais das
versões anteriores á 5.0 dificultaram a implantação de aplicações complexas
abrindo campo para a adoção de dispositivos com outros sistemas operacionais
como o Windows CE da microsoft. Mais informações: Palm OS

Windows Sistema operacional desenvolvido pela microsoft para dispositivos móveis como
CE PDAs. Permite uma adaptação mais rápida de aplicações desenvolvidas
originalmente para o windows. Mais informações: Windows CE

Symbian O Symbian é um sistema operacional desenvolvido exclusivamente para


OS dispositivos móveis por fabricantes de celulares como Nokia, Ericsson e
Motorola, que se uniram para formar a joint venture denominada Symbian. A
meta era desenvolver um sistema operacional para smart phones e PDAs baseado
no Psion's EPOC operating system. O Symbian suporta vários protocolos de
comunicação, tais como TCP/IP, WAP, GSM e Bluetooth, e permite que as
aplicações sejam escritas em linguagens com C++ e Java. É o sistema operacional
mais utilizado em smart phones. Mais informações: Symbian OS
Linux Assim como o windows CE, a utilização do Linux tem como ponto forte a
compatibilidade com sistemas já desenvolvidos em Linux. Mais informações:
Linux handhelds

www.teleco.com.br 6
O desenvolvimento de aplicações para estes sistemas operacionais é feito utilizando ferramentas
de desenvolvimento disponíveis para os mesmos e emuladores.

Uma outra opção é desenvolver as aplicações em Java, linguagem de programação desenvolvida


pela Sun, que permite a criação de aplicações (applets) que podem ser portadas para estes sistemas
operacionais. A plataforma de desenvolvimento Java para dispositivos móveis é a Java 2 Platform,
Micro Edition (J2ME). A RIM, fabricante do Blackberry, adotou a J2ME como a plataforma de
desenvolvimento de aplicações para o RIM OS.

Uma outra plataforma utilizada para o desenvolvimento de aplicações para celulares que utilizam
o chip set CDMA da Qualcomm é a Binary Runtime Environment for Wireless (BREW). O Brew
pode ser utilizado com dispositivos que utilizam os sistemas operacionais mencionados acima.

Consulte no comentário sobre PDAS do ucel os PDAS/Smartphones disponíveis no mercado


brasileiro com seus respectivos sistemas operacionais.

Base de dados

Em aplicações mais simples utiliza-se normalmente os recursos de base de dados oferecidos pelos
dispositivos. Para aplicações mais complexas recomenda-se a utilização de sistemas comerciais de
banco de dados que já trazem embutidos os recursos para sincronização com a base de dados do
servidor. Sybase/iAnywhere, IBM, Oracle, PointBase e Microsoft são exemplos de empresas que
oferecem este produto.

www.teleco.com.br 7
Arquiteturas móveis: Considerações Finais

Este tutorial apresentou uma visão geral da arquitetura para implantação de aplicações móveis
wireless.

A solução mais adequada para uma dada aplicação depende de uma série de fatores que incluem
os requisitos da aplicação, o dispositivo móvel e a conectividade da rede wireless.

Uma parte importante das aplicações são os sistemas de mensagens que podem tomar várias
formas, indo de emails de alerta e notificações, até mensagens entre aplicações. Consulte o tutorial
do Teleco sobre Wireless Messaging.

Referências

Tutoriais do Teleco
Aplicações Atuais e Futuras para Internet Móvel
Evolução dos Terminais Celulares
WAP
Wireless Messaging

Web sites
ucel: PDAS
Palm OS
Symbian OS
Linux handhelds
J2ME
Windows CE

Livro
Mobile and Wireless Design Essentials
Martin Mallick

www.teleco.com.br 8
Arquiteturas móveis: Teste seu entendimento

1) Assinale a alternativa falsa

Internet móvel e Internet wireless são sinônimos.

Existem aplicações móveis que não são wireless.

Existem aplicações móveis que são wireless.

Aplicações móveis e aplicações wireless são sinônimos.

2) Assinale o sistema operacional que utilizado por fabricantes de celulares como Nokia.

Windows CE

Palm OS

Symbian

Linux

3) Assinale a alternativa falsa


Micronavegadores (Microbrowsers) são navegadores desenvolvidos para acomodar as
limitações do dispositivo móvel em termos de processamento e tamanho da tela.
Em uma arquitetura com "smart clients", as aplicações podem ser executadas a qualquer
tempo, mesmo quando a conexão wireless não está disponível.
WAP é um tipo de smart client

Thin client applications é o mesmo que microbrowser.

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