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BLOCKCHAIN
A TECNOLOGIA BLOCKCHAIN
Autor(a): Me. Miki Sangawa

Revisor: Luis Fernando Conduta

Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora.

Introdução
Olá, estudante!

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É com prazer que apresentamos a você este material, que traz conhecimentos sobre o potencial de
revolucionar o mundo digital com a blockchain , que não se limita às transações envolvendo
criptomoedas. Isso porque sua cadeia de blocos não compromete a privacidade das informações e
das partes envolvidas, mesmo podendo ser consultadas a todo o momento. Além disso, outras
características contribuem para o sucesso dessa tecnologia, como a imutabilidade , a
disponibilidade e a descentralização .

Com a visão sobre essas funcionalidades , inúmeros esforços têm sido aplicados para extrair seus
melhores benefícios em áreas diversas, tais como: saúde, �nanças, logística e qualquer outra em
que a blockchain possa melhorar um serviço. Assim, nesta unidade, abordaremos o funcionamento
dessa tecnologia e suas possíveis aplicações.

Bons estudos!

Introdução à Tecnologia
Blockchain

O que você já conhece sobre blockchain ? “De coadjuvante a estrela” é uma expressão que resume
bem a história da blockchain , ao ser vista dissociada da criptomoeda Bitcoin e se tornar uma das
tecnologias mais requeridas para propor soluções em diversas áreas, sejam elas da saúde, da
logística, das �nanças, entre outras.

Esse status só se tornou possível pelo conjunto de características do blockchain , que são atribuídas
ao desenvolvimento de aplicações por meio de blocos encadeados . São elas: descentralização,
disponibilidade, privacidade, integridade, imutabilidade e auditabilidade, que juntas garantem o
registro das transações das informações con�áveis e imutáveis. E como surgiu o blockchain ?

Sobre a origem do blockchain , podemos dizer que não há como dissociá-la do Bitcoin (apesar de
esse não ser nosso foco aqui). Isso porque o primeiro estudo sobre a blockchain pública surgiu em
2008, em um artigo acadêmico publicado denominado “Bitcoin: um sistema �nanceiro eletrônico

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peer-to-peer ”, escrito pelo suposto criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, em meados de uma crise
de subprime (GHIRARDI, 2020).

Vamos conhecer um pouco mais sobre as características do blockchain ?

Características da Blockchain
Vimos que o crescente interesse sobre a tecnologia blockchain é baseado nas suas características
de descentralização, disponibilidade, privacidade, integridade, imutabilidade e auditabilidade, as
quais descreveremos a seguir, segundo Gupta (2020). Precisamos nos aprofundar mais nesse
assunto, concorda? Vamos lá!

A descentralização permite que a informação de uma transação se disperse em vários nós que
formam a cadeia, quebrando a hegemonia da centralização de informações em uma pessoa ou
organização ou do poder absoluto sobre elas. Isso porque a centralização de informações permite
que uma pessoa aja sobre essa informação por ter poderes de atualização monocrática , por
exemplo, ou detenha uma informação apenas para a organização, em apenas um local físico, um
computador de uma rede interna ou até mesmo em um servidor com acesso restrito (GHIRARDI,
2020).

Assim, com a descentralização, o blockchain rompe o poder de realizar uma ação

monocraticamente e de armazenar a informação �sicamente em um único local, por requerer a
participação de toda a cadeia para decidir se a informação pode ser modi�cada ou inserida, em um
processo conhecido como consenso .

Veja, na �gura a seguir, as características da tecnologia blockchain . Pense sobre elas para
compreender mais o assunto! Vamos lá!

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Figura 1.1 - Blockchain

Fonte: yupiramos / 123RF.

#PraCegoVer : essa imagem, no formato radial, com o termo blockchain centralizado, ilustra as
características presentes nessa tecnologia, que são: moeda Bitcoin (representada por um B), segurança
(representada por um cadeado), armazenamento de dados (representado por uma pilha de discos),
imutabilidade (representada por um cofre), computadores (representados por um computador de torre),
armazenamento de moedas virtuais (representando por uma carteira marrom), monetização com Bitcoin
(representado por um cofre de porquinho com a letra B de Bitcoin) e as transações com blocos
(representadas por moedas dentro de uma caixa).

Além disso, é importante destacar que a tecnologia blockchain só promove essa mudança de
paradigma nos modelos centralizados ao oferecer serviços seguros de armazenamento eletrônico
dos dados, atendendo aos princípios básicos de integridade, disponibilidade, resistência a
alterações e con�abilidade das informações que forem inseridas em sua cadeia. Além disso,
precisamos destacar suas outras características, que são:

Disponibilidade : tem uma relação direta com a característica da descentralização da

informação, uma vez que toda a informação está replicada (armazenada) em todos os
computadores participantes. Assim, em uma cadeia formada por 100 computadores,
caso haja uma falha em 95 deles, 5 ainda poderão prover o acesso a essa informação.
Privacidade : impede que terceiros saibam exatamente quem foram as pessoas que
realizaram uma transação, mesmo que a informação esteja disponível em todos os
computadores pertencentes à cadeia ou, ainda, que esse terceiro acesse o livro de
registro das transações. Isso porque este apenas visualiza números, já que a
tecnologia blockchain se utiliza de meios criptográ�cos para garantir o anonimato.

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Integridade : a blockchain garante que toda a informação replicada nos vários

computadores pertencentes à cadeia não seja alterada. Para isso, a blockchain se
baseia em um princípio semelhante ao de uma corrente, em que cada elo é
representado por um bloco, com um identi�cador único que os une, e informações da
transação. Em caso de rompimento de um dos elos, é formado um novo bloco
contendo informações sobre o bloco anterior e são inseridas informações da
transação, garantindo sua integridade.
Imutabilidade: é outra característica que garante que as informações da transação não
sejam alteradas, a partir do momento em que são inseridas na cadeia sem que haja o
registro em um histórico.
Auditabilidade : é uma característica que permite veri�car a validade de qualquer
informação inserida em um bloco, por qualquer pessoa que esteja na cadeia, sem
interferir nas demais características já vistas, como a privacidade. Para isso, é
conferido se todos os blocos interligados possuem o código que valida sua conexão e
se as informações são coerentes no contexto da transação que está sendo utilizada.
Por exemplo: a compra de um veículo utilizando Bitcoin. A coerência está no saldo para
a realização da compra do veículo em determinado momento, através da característica
da imutabilidade.

Diante de suas características, percebe-se o grande interesse de inúmeras empresas por essa
tecnologia para trazer soluções mais sólidas para seus negócios. Isso porque os registros já
efetuados em uma estrutura imutável, denominada livro-razão ( ledger ), não podem ser apagados
ou alterados sem que haja um histórico, por estar replicado em todo o sistema. Isso garante a
integridade das informações, mesmo estando diluídas ao longo da cadeia blockchain .

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REFLITA

A imutabilidade pode ser uma característica sempre desejável por

todos? Bem, para ilustramos essa situação, suponha que o usuário
de um sistema de vendas de uma empresa judicialize uma ação
com base na Lei Geral de Proteção de Dados, para que seus dados
sejam removidos do banco de dados de uma empresa. Como a
empresa atenderá a esse requisito?

Basicamente, a partir do conhecimento sobre as características do blockchain , percebe-se o motivo

de grande atenção dada a essa tecnologia, ao proporcionar em uma cadeia , ordenada e
consistente , transações distribuídas em vários nós de redes com registros con�áveis e imutáveis.

Para ilustrar o funcionamento do blockchain , vejamos como funciona uma transação de moeda
virtual de uma carteira para outra em seis etapas.

Funcionamento
de Bi tco i n

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Fonte: Chalermsuk Bootvises/123RF.

#PraCegoVer : o infográ�co tem o título “Funcionamento de Bitcoin” e apresenta um �uxograma dividido

em seis etapas. A primeira etapa, representada por uma �gura de algumas moedas sendo enviadas de um
notebook para um celular, traz o seguinte texto: “1 - A pessoa A quer enviar um valor �nanceiro para a
pessoa B”. A segunda etapa, representada por uma �gura de algumas moedas conectadas com alguns
aparelhos celulares e notebooks, traz o seguinte texto: “2 - Essa transação on-line é representada como
um bloco”. A terceira etapa, representada pela �gura de uma chave conectada a vários dispositivos
celulares e notebooks, traz o seguinte texto: “3 - O bloco é transmitido para cada participante da cadeia”. A
quarta etapa, representada pela �gura de quatro blocos conectados entre si, traz o seguinte texto: “4 - Os
participantes veri�cam se a transação é válida por meio de algoritmos”. A quinta etapa, representada pela
ilustração de cinco blocos conectados entre si e protegidos por um cadeado, traz o seguinte texto: “5 -
Sendo válido, o bloco é adicionado à cadeia, con�rmando o registro idôneo e transparente das
transações”. A sexta e última etapa, representada pela �gura de um notebook, com um símbolo de
con�rmação na tela conectado a um aparelho celular com algumas moedas na tela, traz o seguinte texto:
“6 - O dinheiro é transferido da pessoa A para a pessoa B”.

Tipos de Blockchain
Agora vamos ver os tipos de blockchain . Pense no que você já aprendeu sobre esse assunto. Como
foram classi�cados os blockchains ? O criador da criptomoeda Ethereum, Vitalik Buterin, em 2015,
classi�cou os blockchains em dois tipos, considerando a permissão de modi�cação na cadeia:
blockchains permissionados e blockchains não permissionados . Um blockchain permissionado
limita a autorização de alguns membros para realizarem operações na cadeia de auditoria, leitura e
escrita; já os não permissionados permitem que qualquer membro realize modi�cações e audite a
cadeia, mesmo não havendo restrições de entrada e saída do sistema (BUTERIN, 2015).

Cabe ressaltar que as permissões dadas aos membros para realizar as operações na blockchain
permissionada dependem de membros especí�cos que sejam con�áveis para gerenciar essas
permissões. Assim, no processo de escolha do tipo de blockchain , um dos fatores ponderantes é o
anonimato , que está diretamente associado à blockchain não permissionada, uma vez que não
exige a identi�cação dos seus membros.

O processo de escolha de um tipo de blockchain é o fator infraestrutura , da capacidade dos nós de

rede, porque, em uma rede privada , a criação e a manutenção são de responsabilidade da
instituição operante .

Depois de termos visto as características e os tipos de blockchain , vamos conhecer mais sobre a
estrutura do blockchain . Assim �cou mais compreensível? Agora, realize a atividade a seguir para
testar seus conhecimentos.

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Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

A complexidade de se alterar uma informação inserida na blockchain é um dos motivos que

tornam essa tecnologia tão segura. Para se ter uma ideia, se um terceiro tentar alterar o dado de
um bloco, essa pessoa precisará manipular todos os blocos conectados a esse dado, além de
invadir todos os computadores pertencentes à mesma cadeia para alterar os dados originais neles
registrados.

Considerando o trecho “gravar os dados originais intactos em outros computadores”, é correto

a�rmar que se trata da característica conhecida como:

a) disponibilidade.
b) privacidade.
c) integridade.
d) auditabilidade.
e) imutabilidade.

Estrutura dos Blockchains

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Dando sequência ao nosso estudo, nesta seção vamos dedicar nossa atenção à estrutura básica de
um blockchain , que é baseada em algo semelhante ao livro-razão da contabilidade, conhecido como
ledger . O ledger é um banco de dados, porém replicado e sincronizado em uma rede
descentralizada, para que todos tenham acesso às mesmas informações das transações (GUPTA,
2020). Observe a �gura a seguir para compreender o funcionamento do ledger do blockchain .

Figura 1.2 - Funcionamento do ledger (livro-razão) do blockchain

Fonte: HIRO IKEDA / 123RF.

#PraCegoVer : a �gura ilustra o funcionamento do ledger , o livro-razão, ao ordenar três �leiras com três
livros na primeira linha, quatro na segunda e três na terceira, todos interconectados e com o mesmo
conteúdo.

Vamos entender isso melhor? Todo registro tem hora e data, para atender à característica da
audibilidade , e sua atualização no ledger distribuído ocorre por meio de um consenso dos
participantes da rede.

As informações de toda transação estão nos blocos, que as organizam em duas partes: cabeçalho ,
responsável por identi�car o bloco, contendo uma numeração única e sequencial, data, hora e
criador do bloco, e a informação propriamente dita, com o detalhamento de uma atividade ou um
dado (por exemplo, a transferência de valores).

Rede Peer-to-peer
Agora vamos falar sobre a rede peer-to-peer (P2P) , que é uma arquitetura de redes de
computadores em que cada nó pertencente à rede pode funcionar, tanto como cliente quanto como

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servidor, para compartilhar seus serviços e dados sem a necessidade de um ponto central.

Por se tratar de um sistema distribuído , ou melhor, um sistema em que há comunicação entre

componentes de um computador interligados e os membros compartilham as mesmas
funcionalidades, sem intermediários, um funcionamento e�caz depende de:

• Auto-organização : toda a coordenação é distribuída.

• Adaptabilidade : mesmo com a ocorrência de falhas, a rede se ajusta ao ambiente.
• Escalabilidade : facilidade de expansão da rede.
• Comunicação direta : possibilidade de se comunicar diretamente com a outra parte,
sem a necessidade de um ponto central ou um servidor.

Quanto à classi�cação da arquitetura de redes P2P, ela pode ser do tipo centralizada,
descentralizada e híbrida . Na arquitetura centralizada, um servidor central controla os recursos que
serão compartilhados na rede, sendo o acesso realizado diretamente nos peers . Já a arquitetura
descentralizada é caracterizada, principalmente, por todos os nós pertencentes à rede terem o
mesmo papel, já que não há um elemento central, ou melhor, um servidor central. Por �m, a
arquitetura híbrida é caracterizada pelos supernós, que têm papéis diferenciados, tais como permitir
a busca por esses recursos e exercer atividades de coordenação do funcionamento da rede, por
exemplo (GHIRARDI, 2020).

Veja, na �gura a seguir, como podemos representar a arquitetura descentralizada (a) e a

centralizada (b). Observe com atenção!

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Figura 1.3 - a) arquitetura descentralizada; b) arquitetura centralizada

Fonte: Adaptado de User:Mauro Bieg / Wikimedia Commons.

#PraCegoVer : as imagens representam, respectivamente, as arquiteturas peer-to-peer descentralizada e

centralizada. Na arquitetura descentralizada, existem vários computadores interligados entre si,
organizados na forma de um hexágono. Já na arquitetura centralizada, os computadores são dispostos na
forma de um radial, tendo no centro um computador central, um servidor.

No contexto do blockchain , o sistema utilizado é o distribuído/descentralizado , em que as

informações transitam diretamente entre uma ponta e outra, sem a necessidade de um órgão
centralizador , um servidor central. Isso não ocorre na topologia centralizada, como nas instituições
�nanceiras, em que a garantia da transferência de uma pessoa, física ou jurídica, depende da
própria instituição �nanceira, para que não seja repetida a mesma transação �nanceira.

Com isso, há um aumento de disponibilidade de recursos , permitindo, assim, o envio das

informações sob a forma de blocos a todos os nós da rede, sem depender da capacidade do órgão
centralizador.

Agora que você já aprendeu esses conceitos, vamos conhecer os aspectos básicos do blockchain ?

Aspectos Básicos da Blockchain

Vimos que a blockchain é pautada no livro-razão , conhecido como ledger , que registra uma
informação de forma imutável em cadeia de blocos distribuídos em um sistema. Além disso, existe
outro elemento no processo de transação que você precisa compreender. Sabe qual é? A
criptogra�a .

A criptogra�a é o processo de codi�car uma informação para que um terceiro não acesse os dados

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contidos na transação. Já o processo contrário, descriptogra�a , consiste em descodi�car a

informação, ou seja, decriptar. Esse processo pode ser percebido a seguir, na Figura 1.4. Veja com
atenção!

Figura 1.4 - Processo de aplicação da criptogra�a

Fonte: Elaborada pelo autor.

#PraCegoVer : esse esquema explica o funcionamento da criptogra�a a partir de três momentos distintos,
representados por blocos. À esquerda, temos o primeiro bloco, na cor azul, que contém as informações
“João. Valor: 200”. Abaixo desse bloco, há uma seta, que aponta para a etapa de “encriptar”, e outra seta
saindo do termo “encriptar” para um bloco que contém a informação “%RFYT$SGTG”, para ilustrar que a
informação está ilegível para terceiros. Saindo desse bloco, temos uma seta, logo abaixo, que segue para
o próximo estágio, “decriptar”, e outra seta indo para o próximo bloco, com as informações “João. Valor:
200”, acusando que as informações foram preservadas.

Na criptogra�a assimétrica, existem dois tipos de chave, a pública e a privada.

• Chave pública : é responsável por cifrar o conteúdo para o envio de uma mensagem
para o destinatário.
• Chave privada : é a chave que permite assinar as transações, pois, com ela, o usuário
tem acesso a todas as informações, por ser responsável por decifrar a mensagem.

Além disso, é necessária uma operação criptográ�ca, chamada de hash , para gerar identi�cadores
únicos a partir de certa informação, a �m de veri�car se a transação foi realizada de fato. Esse
processo de identi�cação é feito por mecanismos conhecidos como consenso , que veri�cam as
regras do negócio, executando e incorporando os registros da transação.

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Agora, estudante, a partir de todo o conhecimento adquirido neste tópico, é importante testar seus
conhecimentos. Por isso, convido você a realizar a atividade a seguir. Vamos lá?

Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

As limitações da capacidade de expansão da blockchain são um ponto negativo dessa tecnologia,

pelo aumento exponencial de sua demanda, já que os nós precisam permanecer atualizados entre
si. Esses problemas vão muito além dos custos de execução, pois estes são relativamente baixos,
e os dispositivos simples de fazê-los.

Tomando como base esse trecho, é correto a�rmar que o problema descrito está associado à:

a) auditabilidade.
b) comunicação direta.
c) auto-organização.
d) escalabilidade.
e) adaptabilidade.

Aplicações da Blockchain

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Agora, para aprofundarmos ainda mais nossos estudos, vamos conhecer as possibilidades de
aplicação da tecnologia blockchain , que vão muito além das transações com moedas virtuais a que
inicialmente essa tecnologia foi destinada. Isso porque, em sua estrutura con�ável e imutável ,
inúmeras possibilidades poderão revolucionar o mundo dos negócios que conhecemos hoje em dia
(SWAN, 2015).

Nesse contexto, conheceremos, a seguir, algumas dessas possibilidades de aplicação da tecnologia

blockchain em diferentes sistemas da nossa sociedade.

Sistemas de Pagamentos
No mercado �nanceiro, além das transações com criptomoedas , as instituições �nanceiras
tradicionais vêm aderindo a essa tecnologia com o objetivo de aumentar a segurança de suas redes
e, assim, reduzir fraudes, ampliando a quantidade de transações possíveis de serem processadas e
veri�cadas por segundo.

Contratos Inteligentes
Os contratos inteligentes ou smart contracts permitem aos usuários armazenarem estados e
comportamentos em uma transação �nanceira em que, respectivamente, o saldo �nanceiro é
veri�cado e uma mensagem é enviada informando que a transação não foi autorizada devido à
insu�ciência de saldo (JOÃO, 2018).

Além disso, nesse tipo de aplicação da tecnologia, qualquer pessoa pode realizar seu próprio
modelo de negócio, a partir de códigos que visam ao cumprimento das transações entre as partes,
garantindo, assim, os mais variados tipos de acordo.

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SAIBA MAIS

Você já pensou em como um acordo entre duas ou mais partes

pode ser melhorado a partir do contrato inteligente? Nesse artigo,
o autor explora essa possibilidade ao apresentar uma proposta
voltada para o mercado de gás natural brasileiro.
Saiba mais lendo o artigo a seguir: https://www.scielo.br/pdf/rac
/v22n6/1982-7849-rac-22-06-0903.pdf

Cabe destacar que a ideia de contratos inteligentes não se originou do blockchain, e sim foi
desenvolvida, em 1996, pelo cientista da computação Nick Szabo . Porém, é impossível dissociar
esse tipo de contrato desburocratizado da tecnologia blockchain , uma vez que foi em conjunto com
a inteligência arti�cial que a con�abilidade desse tipo de solução avançou.

REFLITA

A impossibilidade de alteração de cláusulas em contratos mal

construídos ou a aplicação de elementos obsoletos elevam a
importância da regulação dos smart contracts na área judicial nos
contextos social e jurídico brasileiro.
Assim, que medidas devem ser adotadas para a aplicação dos
smart contracts no ramo jurídico com maior efetividade?

Dessa forma, os contratos inteligentes podem colaborar com a área jurídica, mais especi�camente
no cumprimento das cláusulas contratuais, ao envolver as partes em um documento legal quanto às

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suas obrigações, direitos, penalidades e benefícios, bem como as circunstâncias de sua ocorrência.

Educação
Na educação, estudos já estão sendo realizados para evitar falsi�cações em currículos, diplomas e
certi�cados a partir da aplicação do blockchain . Essa prática evita, indiretamente, o exercício ilegal
da pro�ssão pela agilidade no processo de conferência dos documentos.

Armazenamento em Nuvem
O sigilo é um dos principais entraves do uso dos serviços de armazenamento em nuvem pelas
empresas, além dos altos valores pagos às grandes empresas, como Google e Microsoft.

Fonte: Alexander Bedrin / 123rf.

Armazenamento nas nuvens

Para o armazenamento nas nuvens, o blockchain tem grande importância nessa aplicação, por sua segurança de dados, pela
criptogra�a e pela descentralização das informações, que, de certa forma, reduz os custos de servidores centralizados.

Por �m, cabe ressaltar que, no contexto do armazenamento nas nuvens, a descentralização das
informações na tecnologia blockchain é de grande importância para as empresas de modo geral, ao
proporcionar a redução de custos, sem privar a segurança e a con�abilidade dos dados, com
alternativas viáveis ao espalhar o armazenamento ao longo de uma cadeia blockchain .

Uma Nova Cadeia de Suprimentos

Na logística, em especial na cadeia de suprimentos , a tecnologia blockchain tem sido proposta para
identi�car a procedência de produtos por meio do rastreamento de cada um dos componentes

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envolvidos no processo de fabricação, uma vez que a indústria e a sociedade trabalham com
diversos tipos de produto vindos de diferentes partes do mundo. Com isso, haveria redução na
prática do contrabando de mercadorias ou de produtos fabricados em países ou regiões que
adotam práticas de trabalho escravo.

Além disso, espera-se, com essa tecnologia, identi�car a variabilidade nos processos que formam a
cadeia de suprimentos, já que uma cadeia de suprimentos é formada, na maioria das vezes, por
várias pessoas realizando transações umas com as outras em um processo de con�ança .

Saúde
Um rigoroso controle dos registros dos medicamentos administrados e dos procedimentos
realizados pelos médicos e demais pro�ssionais é uma das grandes demandas da área da saúde.

Esse registro pode ser baseado em blockchain , pois, assim, teríamos uma �cha médica ao decorrer
da vida, com garantia de histórico ao serem modi�cadas, com sigilo e segurança dos dados do
paciente por estarem criptografadas e com a con�abilidade que o sistema nos oferece.

SAIBA MAIS

Em seu artigo Validação do uso da tecnologia blockchain para o tráfego seguro dados na área da saúde ,
Maria Eduarda Lavina nos apresenta uma aplicação do blockchain como meio de garantir um rigoroso
controle dos dados de pacientes em diferentes estabelecimentos de saúde, dispondo de todo o seu
histórico com segurança.

Quer saber mais sobre esse assunto?

https://bit.ly/3pqwAN2

Por �m, vimos que a tecnologia blockchain possui inúmeros benefícios que podem ser aplicados
aos sistemas econômicos, sociais e legais para mudar positivamente os serviços realizados em
uma sociedade.

Agora que você já aprendeu sobre as aplicações do blockchain , vamos realizar uma atividade
prática para treinar suas habilidades?

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atividade
Atividade
A capacidade de proteger sensivelmente um grande número de dados é um dos principais
benefícios de utilizar o blockchain na saúde. Além disso, por possuir uma natureza descentralizada
e transparente, essa tecnologia também possibilita o compartilhamento das informações entre
pro�ssionais de saúde e pacientes de forma rápida e segura.

Com essa estrutura de segurança de dados, é possível intensi�car o relacionamento B2C – de

médicos para pacientes, no caso das instituições de saúde –, estabelecendo uma relação de
con�ança com o sistema e aumentando a oferta de dados pessoais e de saúde.

Fonte: Almeida (2020, on-line ).

Diante do exposto, de que forma o blockchain colabora com a área da saúde?

Consenso: A Força que

Impulsiona o Blockchain

Você já ouviu falar sobre consenso no blockchain ? No universo da blockchain , consenso é um

termo que representa a ausência de inconsistência durante o processo das transações, por meio da
veri�cação de um mecanismo para garantir sua con�abilidade. Esse mecanismo, conhecido como
algoritmo de consenso , é o meio pelo qual a rede blockchain checa se as regras primárias do

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protocolo estão sendo seguidas para garantir que as transações ocorram uma única vez, por
exemplo (JOÃO, 2018).

Protocolo

É importante reforçar que um protocolo de�ne como o sistema

(um todo, e não apenas um nó) deve funcionar e como todos os
participantes precisam agir para seguir as regras do protocolo.
Essa garantia é dada pela veri�cação dos algoritmos de
consenso ao informar ao sistema como os participantes devem
agir. Com isso, a integridade e a segurança em uma rede que
adota blockchain são construídas, e não apenas com a
descentralização, evitando, inclusive, ataques devido aos altos
custos envolvidos no processo de mineração que tornam
inviável a destruição da rede.

Fonte: everythingpossible / 123rf.

A veri�cação das regras, como vimos, ocorre por meio de algoritmos de consenso. As
implementações mais comuns são via Proof of Work (PoW) e Proof of Stake (PoS) .

Processo de Consenso via Proof of Work

Primeiro algoritmo de consenso criado, o Proof of Work ou simplesmente PoW é o algoritmo mais
utilizado dentre as várias criptomoedas (inclusive, o Bitcoin) para minerar os dados com o objetivo
de solucionar problemas matemáticos. E o que isso quer dizer?

Quer dizer que seu funcionamento garante que as mineradoras validem novos blocos apenas
quando entrarem em consenso sobre o resultado do problema matemático , fazendo com que haja
um esforço empregado em um processo de cada vez (JOÃO, 2018).

Nesse processo, leva-se em consideração o poder computacional , já que inúmeras tentativas são
realizadas para resolver o problema matemático. Continue a leitura para conhecer mais sobre o
Proof of Stake.

Processo de Consenso via Proof of Stake

Criado em 2011, o processo de consenso via Proof of Stake ou PoS é um algoritmo que considera
particularidades na validação de novos blocos, apesar de compartilhar dos mesmos objetivos da
tecnologia blockchain. Como funciona o Proof of Stake?

Podemos dizer que, em seu processo de validação, em vez de utilizar os mecanismo de mineração ,
o PoS baseia-se na alocação de cada participante que valida os blocos, denominado de forger .

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Além disso, não existe uma rigidez na forma de implementação do algoritmo, já que existe uma
proteção do sistema pela randomização em que são considerados a riqueza do nó e o tempo em
que as moedas virtuais estão guardadas (JOÃO, 2018).

Como exemplo de criptomoeda que adota esse processo de consenso, temos a Ethereum.
Chegamos ao �nal do último tópico de conteúdo, e convido você a realizar a última atividade desta
unidade para testar seus conhecimentos. Bons estudos!

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Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

Para que participantes de uma rede cheguem a um acordo sobre decisões, eles precisam de um
algoritmo de consenso. O mais famoso é o PoW (Proof of Work), que é utilizado no Bitcoin e na
maioria das blockchains .

ALGORITMOS de consenso. Livecoins , 2019. Disponível em: https://livecoins.com.br/algoritmos-

de-consenso/ . Acesso em: 20 abr. 2021.

Tomando esse trecho como base, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I. Um algoritmo de consenso é um mecanismo necessário para o Bitcoin validar uma transação

�nanceira.

Porque:

II. Os inúmeros blocos que formam a cadeia blockchain precisam ser validados simultaneamente
pelo PoW.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.

a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justi�ca a I.

b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justi�ca a I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.

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Material
Complementar

LIVRO

Novas tecnologias aplicadas à gestão financeira

Editora : Contentus

Autor : Vinicius Diniz Moraes

ISBN : 9786557452622

Comentário : Para saber mais sobre os impactos que a blockchain vem

causando na área das �nanças no contexto da Quarta Revolução Industrial,
leia o Capítulo 1, em que o autor aponta benefícios e di�culdades nesse
processo de transição, principalmente com a proposta de eliminação de
intermediário nas transações econômicas.

Disponível na Biblioteca da Ânima.

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WEB

What is a Peer to Peer Network? Blockchain P2P

Networks Explained Peer to Peer (O que é uma rede
P2P? Uma explicação sobre a rede P2P blockchain).
Ano : 2019.

Comentário : Conheça, neste vídeo, o funcionamento e as características de

uma rede peer to peer , que é uma das tecnologias que sustentam as
funcionalidades do blockchain . Além disso, o vídeo nos mostra sua
aplicabilidade na tecnologia blockchain desse tipo de rede.

ACESSAR

WEB

Os full nodes e o consenso no bitcoin

Ano : 2021.

Comentário: Neste vídeo, você aprofundará seus conhecimentos sobre o

consenso existente nas transações ocorridas com o Bitcoin, bem como o
papel existente nos full nodes nesse processo de validação dos dados de
forma independente.

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Vimos ao longo deste estudo os principais aspectos da tecnologia blockchain , desde a sua origem,
perpassando pela sua estrutura descentralizada e distribuída, seus tipos e seu funcionamento. Perceba
como esses conceitos são importantes e re�ita sobre como podem ser aplicados no seu cotidiano
pro�ssional.

Além disso, aprofundamos nossos estudos sobre as suas características que sustentam a con�abilidade
e imutabilidade de suas transações, bem como a funcionalidade da rede distribuída e os meios de
veri�cação conhecidos como algoritmos de consenso .

Por �m, você pôde conhecer possíveis aplicações dessa tecnologia , que vão além das transações com as
moedas virtuais , como contratos inteligentes, área da saúde, cadeia de suprimentos, entre outras, e seus
impactos na sociedade .

Referências
ALGORITMOS de consenso. Livecoins , 2019. Disponível em:
https://livecoins.com.br/algoritmos-de-consenso/ . Acesso
em: 20 abr. 2021.

ALMEIDA, L. Blockchain na saúde: tecnologia e segurança em

benefício do paciente. Nexxto , 2020. Disponível em:
https://nexxto.com/blockchain-na-saude/ . Acesso em: 20
abr. 2021.

BUTERIN, V. On public and private blockchains. Ethereum Foundation Blog , ago. 2015. Disponível em:
https://blog.ethereum.org/2015/08/07/on-public-and-private-blockchains/ . Acesso em: 19 abr. 2021.

GHIRARDI, M. do C. G. Criptomoedas : aspectos jurídicos. São Paulo: Almedina, 2020.

GUPTA, M. Blockchain for dummies . 3. ed. Hoboken, New Jersey: John Wiley and Sons, 2020. IBM Limited
Edition.

JOÃO, B. N. Blockchain e o potencial de novos modelos de negócios: um mapeamento sistemático.

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Revista de Gestão e Projetos , v. 9, n. 3, p. 33-48, set./dez. 2018. Disponível em:

Conclusão
https://periodicos.uninove.br/gep/article/view/11121/5268 . Acesso em: 29 mar. 2021.

LAVINA, M. E. Validação do uso da tecnologia blockchain para o tráfego seguro de dados na área da
saúde . 2018. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão de Segurança da
Informação) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Unisul Virtual. Disponível em: https://riuni.unisul.br
/bitstream/handle/12345/5544/Artigo%20Maria%20Eduarda%20Lavina.pdf?sequence=1&isAllowed=y .
Acesso em: 20 abr. 2021.

LUCIANO, R. B. de S. Aplicação da smart contract nos contratos de gás natural: uma análise exploratória.
RAC , Rio de Janeiro, v. 22, n. 6, art. 5, p. 903-921, nov./dez. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br
/pdf/rac/v22n6/1982-7849-rac-22-06-0903.pdf . Acesso em: 20 abr. 2021.

OS FULL nodes e o consenso no bitcoin. [ S. l.: s. n. ], 2017. 1 vídeo (9 min 21 s). Publicado pelo canal
Fernando Ulrich. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BhNL3a1b_MA . Acesso em: 4 maio
2021.

SWAN, M. Blockchain : blueprint for a new economy. Sebastapool, California: O’Reilly Media, 2015.

WHAT is a Peer to Peer Network? Blockchain P2P Networks Explained. [ S. l.: s. n. ], 2019. 1 vídeo (2 min 19
s). Publicado pelo canal Lisk. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ie-qRQIQT4I . Acesso em:
4 maio 2021.

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