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O MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL O modelo cognitivo comportamental acredita que as emogées e comportamentos das pessoas sdo influencia- dos pela forma que ela percebe os eventos, ou seja, nao é a situagdo que determina o que uma pessoa sente e sim a forma que ela interpreta a situacdo. Assim, nossas cognicées/pensamentos tém uma influéncia controladora sobre nossas emogées e comportamentos eo modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrées de pensamento e nossas emocées. Assim: A Pe Situagao aN Comportamento bg Sitr-britbat de) iN aC) Py Em alguns casos, interpretamos de maneira errada al- gumas situagdes( pensamentos automaticos disfuncio- nais) gerando emogées e comportamentos que nao sao adequados, formando um ciclo que nos faz mal. O pensamento recebe um papel central porque o ser humano avalia a todo instante os acontecimentos inter- nos e externos. ysl) map Por exemplo: Maria sentiu seu coracdo acelerado e dor no peito, 0 que a levou a ter pensamentos como: “vou ter um infarto” “you morrer” que por sua vez provocou medo, vontade de fugir, correr, que aumentou a ansiedade que fez seu coragdo acelerar mais ainda. Percebemos que esses pensamentos chamados automa- ticos de Maria - “vou ter um infarto, vou morrer” , sao formas de interpretacdo catastrofica/ erradas de uma sensacAo corporal (0 coracdo acelerado), o que a levou a ter um ataque de panico. Na maioria das vezes, o medo de ter outro ataque de panico gera um estado de hipervigilancia e uma inter- pretagdo extremamente ansiosa de muitas situacdes e sensacées corporais, causando muito incomodo. Esse ciclo precisa quebrado. Coragao J PROC Cy aN BALES amib it PVC ECC) a infarto” x “Vontade de bait ht a Ou entao: Joao teve uma festa e teve como pensamentos “N§o sa- berei o que falar / todo mundo vai me achar bobo" e esses pensamentos o levaram a sentir frio na barriga, boca seca, ansiedade, que o fez inventar uma desculpa e nao ir a festa. A evitacdo da situacao, ir 4 festa, torna-se um ciclo vi- cioso, pois, nado indo 4 festa, amentou sua crenca de ser incapaz, inadequado, nao conseguindo frequentar a partir disso, varios eventos, gerando ansiedade social. the. § Vl N&o vai a festa "Nao saberei o que falar” “Todo mundo vai me achar bobo" Ansiedade; 4 Frio na barriga; Boca seca; Mais um exemplo do modelo cognitivo: Pyare Cr (ohs + Estava no supermercado e vi um colega que nao me cumprimentou BSE bie Chael « Ele nado gosta de mim + Ele ndo pode me ignorar + Sera por que ele nado gosta de mim? + Ele nao deve ter me visto Emocao: - Tristeza Oe Sthz| CPt iret Kel] « Emogao neutra Lees etbae bute * Chorar + Nao falar mais com o colega + Pensar nisso o dia todo CON (sa aneeaal Percebemos entdo que a forma que interpretamos as situagées afeta a forma como nos sentimos e nos comportamos em nossas vidas. A forma de ver, de interpretar produz também, rea- gdes diferentes em pessoas diferentes ou mesmo, uma mesma pessoa pode reagir de forma diferente em uma mesma situacdo em diferente momentos Supt m slo O que perturba o ser humano nao sAo os fatos, mas a interpretagdo que ele faz destes. (Epitecto, século 1 d.C.) Nossa serenidade nao depende das situacées, mas de nossa reacdo diante delas. Portanto, ao intervir- mos no aqui e agora, torna-se possivel provocar mu- dangas em nosso futuro. (Buda, 563 a.C.) Com nosso plano de cuidados, vamos ajudar vocé a entender como vocé percebe e interpreta seus pen- samentos e sentimentos e como eles influenciam seu comportamento. O objetivo é saber que embora nao tenha como controlar todos os aspectos do mundo, nés podemos assumir 0 controle de como podemos interpretar e lidar melhor com as coisas em nosso ambiente. Vamos ajudar vocé a corrigir os pensamentos e com- portamentos disfuncionais (como aquele em que Maria sentiu seu coragdo acelerado e interpretou ser um infarto). Nesta fase, sera importante aprender como pensamentos, sentimentos, situagdes e com- portamentos estao interligados.

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