Noções Básicas de Estatística

Intervalo de Confiança:

Intervalos de confiança podem ser definidos como “uma medida de

imprecisão do verdadeiro tamanho do efeito na população de interesse [...] estimado
na população de estudo” (PATINO; FERREIRA, 2015, p. 565). Essa imprecisão
acontece devido a um erro amostral resultado de uma subamostragem da população
analisada no estudo. Ainda assim, a estimativa feita através da população de estudo
mantém-se como a estimativa mais correta ou próxima da medida do efeito na
população de origem. Assim, pode-se dizer que a imprecisão relatada não diz
respeito ao tamanho do efeito na população do estudo, mas sim na população de
origem. Logo, essa ferramenta deve ser sempre utilizada para descrever resultados
importantes de uma pesquisa.
Quanto ao cálculo do intervalo de confiança, é preciso levar em consideração
o erro amostral. Patino e Ferreira (2015) afirmam que quanto mais estreito for o
intervalo de confiança, maior será a probabilidade de que a estimativa calculada com
base na população de estudo reflita uma medida fiel do tamanho do efeito na
população de origem. O tamanho do intervalo de confiança, no entanto, é definido
por meio do tamanho da amostra, pelo erro técnico de medida usado e pelo grau de
confiança necessário, ou seja, é necessário fazer uso de distribuições amostrais.
O intervalo de confiança de 95% mostra-se como a opção mais comumente
utilizada em estudos. Porém, também é viável a utilização de intervalos de confiança
de 90% ou 99%, a depender da quantidade de confiança desejada pelos
pesquisadores. Vale ressaltar que por serem utilizadas estimativas na elaboração
desses estudos, não há garantia de que o intervalo obtido inclui de fato a média da
população e por esse motivo são chamados de “intervalos de confiança”.
 Referências

PATINO, Cecilia Maria; FERREIRA, Juliana Carvalho. Intervalos de confiança: uma

ferramenta útil para estimar o tamanho do efeito no mundo real. Jornal Brasileiro de
Pneumologia, v. 41, p. 565-566, 2015.