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RESUMÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ATRFB ESAF


PROF. ALBERTO MACEDO
AULA 00

Olá Guerreiro(a)!

Deixe-me fazer uma breve apresentação.

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Meu primeiro concurso público foi quando tinha 14 anos de idade, quando passei para

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o Colégio Naval (antigo 2º grau, hoje nível médio). Servi, então, à Marinha do Brasil

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(onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Mecânica, na Escola Naval) como

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Oficial, por 13 anos.

e9
om
Sou Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo há mais de 14 anos.

N
Atualmente sou o Presidente do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo (CMT),

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Instância máxima do julgamento administrativo municipal tributário, onde estou

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lotado desde a sua fundação.

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Bacharel, Mestre e Doutorando em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da

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Universidade de São Paulo (USP), Especialista em Direito Tributário pelo Instituto

om
Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), também sou Professor de Especialização em
N
Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP, na Fundação Getúlio Vargas – SP
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(GVlaw - Módulos “Tributação no Setor de Serviços” e “Tributação no Setor de


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Comércio”), no Insper (antigo IBMEC-SP) e no IBET.


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E agora, vamos dar o gás final para a prova?! Para essa reta final, minha intenção,
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com esse “Resumão de Direito Tributário”, é repassar os principais pontos sobre cada
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um dos 25 tópicos do edital, para você assimilá-los ao máximo para a hora da prova.
N
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Seguiremos o programa do edital da seguinte forma:


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Aula Conteúdo
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1. Competência Tributária;
9
e9

00 2. Limitações Constitucionais do Poder de Tributar;


om

2.1. Princípios Constitucionais Tributários.


N

2.2. Imunidades;
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3. Conceito e Classificação dos Tributos;


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4. Tributos de Competência da União;


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4.1. Imposto sobre a Importação;


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01 4.2. Imposto sobre a Exportação;


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(14/09/12) 4.3. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;


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om

4.4. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer


N

Natureza;
4.5. Imposto sobre Produtos Industrializados;
4.6. Imposto sobre Operações Financeiras;
02 6. Tributos de Competência dos Estados.
(17/09/12) 7. Tributos de Competência dos Municípios.

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8. Legislação Tributária.
8.1. Constituição
8.2. Emendas à Constituição.
8.3. Leis Complementares.
8.4. Leis Ordinárias.

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8.5. Leis Delegadas.

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8.6. Medidas Provisórias.

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8.7. Tratados Internacionais.

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8.8. Decretos.

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8.9. Resoluções

om
8.10. Decretos Legislativos

N
8.11. Convênios

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8.12. Normas Complementares.

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9. Vigência da Legislação Tributária.

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10. Aplicação da Legislação Tributária.

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11. Interpretação e Integração da Legislação Tributária.

e9
12. Obrigação Tributária Principal e Acessória.

om
13. Fato Gerador da Obrigação Tributária. N
14. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade
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Tributária.
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16. Domicílio Tributário.


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17. Crédito Tributário. Conceito.


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18. Constituição do Crédito Tributário.


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e9

18.1. Lançamento. Modalidades de Lançamento.


om

18.2. Hipóteses de alteração do lançamento.


N

19. Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário.


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Modalidades.
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03
20. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades.
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(19/09/12)
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21. Pagamento Indevido.


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22. Exclusão do Crédito Tributário. Modalidades.


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23. Administração Tributária.


om

23.1. Fiscalização.
N

23.2. Dívida Ativa.


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24. Certidões Negativas.


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Então, sem perda de tempo, vamos começar!


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1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

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União Instituição
pela para

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Poder Estados de
Constituição editar leis Fiscalização

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outorgado DF tributos
a sobre Cobrança

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Municípios Arrecadação

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e9
1.1. Principais Características da Competência Tributária

om
Facultatividade - Os entes políticos (U, E, DF, M) exercem essa competência

N
tributária se quiserem. Eles não são obrigados a instituir os tributos de sua

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competência.

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Indelegabilidade -

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Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de

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direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

e9
om
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
N
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
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administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito


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público a outra, [...].


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Atenção: em relação ao ITR, a Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 não


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extrapolou a regra da indelegabilidade da competência tributária ao incluir o inciso III


e9

do §4º do art.153, CF88, que diz:


om

III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
N

desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
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Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não de


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legislarem sobre o ITR.


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e9

1.2. Capacidade tributária ativa – é ter as funções de arrecadar ou fiscalizar


om

tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria


N

tributária.
9
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99

Essa capacidade tributária ativa pode se manter no ente que detém a competência
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tributária, ou pode ele delegá-la a outra pessoa jurídica de direito público.


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om
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Competência Tributária INDELEGÁVEL LEGISLAR



Capacidade Tributária ativa DELEGÁVEL FISCALIZAR, ARRECADAR E EXECUTAR

Assim, sobre o “Atenção” acima, em relação ao ITR, o que Emenda à Constituição

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(EC) nº 42/2003 fez, ao incluir inciso o III do §4º do art.153, CF88, foi dar a

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possibilidade aos Municípios de assumirem, nos termos de lei (federal), a capacidade

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tributária ativa do ITR.

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om
N
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om
N
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om
N
99
9 99
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om
N
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om
N

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QUADRO TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR ENTE FEDERATIVO:


Ente
Tipo de Competência Para legislar / instituir
Federativo
Concorrente Sobre direito tributário (só normas gerais)
II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF

99
Privativa Empréstimo Compulsório

99
Contribuições Especiais

99
Taxas
Comum

99
Contribuições de Melhoria

99
Em Território Federal:

e9
Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA

om
União
Em Território Federal não dividido em
Cumulativa

N
Municípios:

99
Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA

99
Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS

99
Novos impostos (art.154, I)

99
Residual Novas contribuições para a Seguridade Social

99
(art.195, §4º)

e9
om
Extraordinária Impostos Extraordinários (art.154, II)
Concorrente Legislar sobre direito tributário
N
Taxas(1)
99

Comum / Residual(2)
Contribuições de Melhoria(1)
99
99

Estados e Para legislar sobre normas gerais de direito


Supletiva ou Suplementar
99

Distrito Federal tributário


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ITCMD, ICMS, IPVA


e9

Privativa Contribuições para Previdência Social de seus


om

Servidores
N

ITCMD, ICMS, IPVA


99

IPTU, ITBI, ISS


99

Distrito Federal Cumulativa Contribuições para Previdência Social de seus


9
99

Servidores
99

COSIP
9

Concorrente Legislar sobre direito tributário


e9

Para legislar sobre normas gerais de direito


om

Supletiva ou Suplementar
tributário
N

IPTU, ITBI, ISS


9
99

Municípios Contribuições para Previdência Social de seus


Privativa
9

Servidores
99
99

COSIP
99

Taxas
Comum
e9

Contribuições de Melhoria
om
N

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QUADRO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR TIPO DE COMPETÊNCIA:


Tipo de
Ente Federativo Para legislar / instituir
Competência
Sobre direito tributário (União só normas
Concorrente U, E, DF, M
gerais)

99
Taxas
Comum U, E, DF, M

99
Contribuições de Melhoria

99
II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF

99
U Empréstimo Compulsório

99
Contribuições Especiais

e9
ITCMD, ICMS, IPVA

om
E, DF Contribuições para Previdência Social de seus
Privativa

N
Servidores

99
IPTU, ITBI, ISS

99
Contribuições para Previdência Social de seus

99
M
Servidores

99
COSIP

99
Em Território Federal: ITCMD, ICMS, IPVA

e9
om
Em Território Federal Não Dividido em
U Municípios:
N
99

Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA


99

Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS


Cumulativa
99

ITCMD, ICMS, IPVA


99

IPTU, ITBI, ISS


99

DF Contribuições para Previdência Social de seus


e9

Servidores
om

COSIP
N

Legislar sobre normas gerais de direito


Supletiva ou
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E, DF, M tributário
Suplementar
9 99

Novos impostos (art.154, I)


99

U Novas contribuições para a Seguridade Social


99

Residual (art.195, §4º)


9
e9

Taxas(1)
om

E
Contribuições de Melhoria(1)
N

Extraordinária U Impostos Extraordinários (art.154, II)


9
99

(1) ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL
9

DO PARÁ 2002.
99

(2) RESIDUAL – SÓ PARA ESTADOS (DF NÃO)


99
99

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – Tecnologia da Informação


e9
om

2005 ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a


determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a
N

hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a


alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e
marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção
correta.

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( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar


ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.
( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza
a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia.

99
( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto

99
também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções,

99
observados os limites constitucionais e legais.

99
99
(A) F, V, F

e9
(B) F, F, V

om
(C) F, V, V

N
(D) V, F, V

99
(E) V, V, V

99
99
Resolução

99
99
e9
Analisemos as afirmações:

om
1ª afirmação (VERDADEIRA) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição
N
das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou
99

decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de


99

direito público a outra. É A PRÓPRIA LETRA DO ART.7º, CTN.


99
99

2ª afirmação (FALSA) O não-exercício da competência tributária por determinada


99
e9

pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da
om

isonomia. O NÃO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PELA PESSOA POLÍTICA


N

COMPETENTE NÃO CONFERE A QUALQUER OUTRA PESSOA POLÍTICA ESSA


99

COMPETÊNCIA. É O QUE DISPÕE O ART.8º, CTN.


9 99
99

O PRINCÍPIO DA ISONOMIA, NÃO TEM A VER COM A DISTRIBUIÇÃO DAS


99

COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, MAS SIM COM A PROIBIÇÃO DE U, E, DF, M


9

INSTITUÍREM TRATAMENTO DESIGUAL ENTRE CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM


e9
om

EM SITUAÇÃO EQUIVALENTE, PROIBIDA QUALQUER DISTINÇÃO EM RAZÃO DE


N

OCUPAÇÃO PROFISSIONAL OU FUNÇÃO POR ELES EXERCIDA, INDEPENDENTEMENTE


9

DA DENOMINAÇÃO JURÍDICA DOS RENDIMENTOS, TÍTULOS OU DIREITOS (ART.150,


99

II, CF88).
9
99
99

3ª afirmação (VERDADEIRA) A pessoa política que detém a competência tributária


99

para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo


e9
om

conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. COMO VIMOS,


COMO A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É UMA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, A
N

PESSOA POLÍTICA PODE TANTO INSTITUIR OS TRIBUTOS DE SUA COMPETÊNCIA,


COMO TAMBÉM AUMENTAR, DIMINUIR OU DAR ISENÇÕES, DESDE QUE OBEDECIDOS
OS LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS.

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GABARITO: D

02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) Assinale


a opção correta.
(A) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos

99
para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a

99
capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no

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pólo ativo de uma relação jurídico-tributária.

99
99
(B) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os

e9
requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre

om
por meio de lei.

N
(C) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda

99
que por meio de lei.

99
(D) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de

99
lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.

99
(E) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe

99
e9
da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o

om
interesse das pessoas envolvidas. N
99

Resolução
99
99

(A) CORRETA. A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os


99

entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua


99
e9

soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa


om

para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária.


N

CABE RESSALTAR QUE NUMA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA HÁ DOIS POLOS:


99

POLO ATIVO, ONDE ESTÁ O CREDOR DA RELAÇÃO, QUE TEM DIREITO A RECEBER O
99

TRIBUTO EM DINHEIRO; E POLO PASSIVO, ONDE ESTÁ O DEVEDOR, AQUELE


9
99

OBRIGADO A PAGAR O TRIBUTO.


999

(B) ERRADA. A competência tributária CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA é a aptidão


e9
om

para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária


N

ativa COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.
9

É justamente o contrário. A capacidade tributária ativa é a aptidão para arrecadar


99

tributos, obedecidos os requisitos legais. A competência tributária é a aptidão para


9
99

instituí-los, sempre por meio de lei.


99
99

(C) ERRADA. A competência tributária e a capacidade tributária ativa são


e9
om

indelegáveis É INDELEGÁVEL, ainda que por meio de lei. DAS DUAS SÓ A


COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL.
N

(D) ERRADA. A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por


meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. NÃO HÁ SITUAÇÕES EM

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QUE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SEJA DELEGÁVEL. A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA


ATIVA É DELEGÁVEL.

(E) ERRADA. A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela


que dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de

99
acordo com o interesse das pessoas envolvidas DA PESSOA QUE POSSUI A

99
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.

99
ATO DISCRICIONÁRIO É AQUELE LIVRE DE CONDIÇÕES POR PARTE DO REALIZADOR

99
99
DO ATO. ELE O FAZ QUANDO QUER E PORQUE QUER. ASSIM, A PARTE FINAL DA

e9
ASSERTIVA ESTÁ ERRADA PORQUE A DISCRICIONARIEDADE PARA ATRIBUIÇÃO DA

om
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, BEM COMO SUA REVOGAÇÃO, É SÓ DAQUELE QUE

N
A ATRIBUI, E NÃO DAQUELE QUE RECEBE A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA.

99
99
GABARITO: A

99
99
99
e9
2. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR.

om
2.1. Princípios Constitucionais Tributários. N
2.1.1. Princípio da Legalidade Tributária (U,E, DF, M)
99

Art.5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa


99

senão em virtude de lei;


99

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


99

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:


99
e9

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;


om
N

Art.5º, II, CF88, de Princípio da Legalidade;


99

Art.150, I, CF88, de Princípio da Legalidade Estrita.


9 99
99

Tributo Instituição por


99

Impostos já previstos na CF88 (arts.153, 155 e 156) Lei Ordinária


9

Taxas (art.145, II) Lei Ordinária


e9

Contribuições de Melhoria (art.145, III) Lei Ordinária


om

Contribuições Sociais/Especiais da União (arts.149; 195; 212, §5º e Lei Ordinária


N

240)
9
99

Contribuições para Previdência Social dos Servidores dos Estados, Lei Ordinária
9
99

do Distrito Federal ou dos Municípios (art.149, §1º)


99

COSIP (art.149-A) Lei Ordinária


99

Impostos Extraordinários (art.154, II) Lei Ordinária


e9

Novos Impostos (art.154, I) Lei Complementar


om

Novas Contribuições (art.195, §4º) Lei Complementar


N

Empréstimos Compulsórios Lei Complementar

MEDIDA PROVISÓRIA - Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei
complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se houver
relevância e urgência.

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Deve ser por lei:


Instituição Extinção
Majoração Redução
Fato gerador da obrigação principal
(fato gerador da obrigação acessória pode ser por legislação)

99
Sujeito Passivo

99
Alíquota e Base de Cálculo

99
Cominação de Penalidades Dispensa ou Redução de Penalidades

99
Extinção, Suspensão ou Exclusão do Crédito Tributário

99
e9
Fato gerador da Obrigação PRINCIPAL LEI

om

N
99
Fato gerador da Obrigação ACESSÓRIA LEGISLAÇÃO

99
99
Súmula 160, STJ - É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante

99
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

99
e9
Definição de PRAZO PARA RECOLHIMENTO pode ser por instrumento infralegal (por
legislação). om
N
99

Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que tange à instituição


99
99

de tributo por lei (exceto ICMS Monofásico Combustíveis), há exceção a esse


99

princípio quanto à alteração de alíquotas.


99
e9

Alteração ou Redução Dispositivo


om

Tributo Por
e Restabelecimento? normativo
N

II, IE, IPI e IOF Alteração Art.153, §1º, CF88 Ato do Poder
99

Executivo
99

CIDE Combustíveis Redução e Art.177, §4º, I, ‘b’, Ato do Poder


9
99

Restabelecimento CF88 Executivo


99

ICMS Monofásico Definição, Redução e Art.155, §4º, IV, ‘c’, Convênios CONFAZ
9

Combustíveis Restabelecimento CF88 c/c entre Estados e


e9

LC nº 24/1975 Distrito Federal


om
N
9

2.1.2. Princípio da Isonomia Tributária (U,E, DF, M)


9 99
99

O Princípio da Isonomia consiste em:


99
99

TRATAR IGUALMENTE AQUELES QUE SE ENCONTREM NA MESMA SITUAÇÃO


e9

e
om

TRATAR DESIGUALMENTE AQUELES QUE SE ENCONTREM EM SITUAÇÕES DESIGUAIS, NA


N

MEDIDA DE SUAS DESIGUALDADES

CF88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,


é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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RESUMÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ATRFB ESAF


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II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; [...]

99
Princípio da Isonomia e Princípio da Capacidade Contributiva

99
99
Os dois princípios andam de mãos dadas, pois a capacidade contributiva é

99
99
justamente o parâmetro de desigualdade a ser conferido na tributação para que

e9
esta seja isonômica, tratando os contribuintes desigualmente na medida em que se

om
desigualem.

N
99
O Princípio da Capacidade Contributiva está expresso no art.145, §1º:

99
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão

99
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à

99
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses

99
e9
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o

om
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
N
99

2.1.3. Princípio da Capacidade Contributiva (U,E, DF, M)


99
99

Sempre que Possível


99
99
e9

Imposto pessoal é aquele que leva em conta as características pessoais do


om

contribuinte.
N

Exemplo: imposto de renda pessoa física (IRPF), que leva em consideração os gastos
99

do contribuinte com educação, dependentes e saúde.


9 99
99

Imposto Real é o que não considera as características pessoais do contribuinte.


99

Exemplos: IPTU, IPVA, IPI.


9
e9
om

Se uma senhora que vive de pensão, com salário mínimo, ganhou uma mansão para
N

morar, pagará o mesmo valor de IPTU que um empresário rico e bem sucedido que
9

tem mansão de valor venal idêntico.


9 99
99

Proporcionalidade e Progressividade
99
99
e9
om
N

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BASE DE CÁLCULO X ALÍQUOTA = VALOR DO TRIBUTO

PROPORCIONALIDADE
BASE DE CÁLCULO 1.000 10.000 100.000

99
x ALÍQUOTA 5% 5% 5%

99
= VALOR DO 50 500 5.000

99
99
TRIBUTO

99
e9
PROGRESSIVIDADE

om
BASE DE CÁLCULO 1.000 10.000 100.000

N
x ALÍQUOTA 5% 7% 9%

99
= VALOR DO 50 700 9.000

99
TRIBUTO

99
99
99
Essa progressividade, em função da base de cálculo, é a PROGRESSIVIDADE FISCAL.

e9
om
Mas há a PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL, em que a alíquota aumenta em razão de
N
outros fatores.
99

Exemplo:
99

ITR:
99
99

Art.153, §4º:
99

§ 4º O imposto previsto no inciso VI [ITR] do caput:


e9

I - será progressivo [PROGRESSIVIDADE FISCAL] e terá suas alíquotas fixadas


om

de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas


N

[PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL];
99
99

IPTU 1:
9
99

Na execução da política de desenvolvimento urbano, o Poder Público municipal pode,


99

para fins de forçar a adequada utilização do imóvel, cobrar IPTU progressivo no


9
e9

tempo. Veja o dispositivo constitucional:


om

Art.182, §4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei


N

específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
9
99

do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,


9

que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente,


99

de: [...]
99
99

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no


e9

tempo; [...]
om
N

IPTU 2:
Art.156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.
182, §4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I [IPTU] poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel [PROGRESSIVIDADE FISCAL];
e

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II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel


[PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL].

O STF só tem admitido a utilização da progressividade fiscal nos impostos reais pelo
legislador se houver expressa autorização constitucional. Foi assim com o ITBI (RE

99
234.105 SP) e com o IPTU antes da EC 29/2000 (RE 153.771).

99
99
Só para Impostos?

99
99
e9
Na jurisprudência do STF há a referência à capacidade contributiva para outras

om
espécies tributárias.

N
99
Taxa – Poder de Polícia

99
A taxa de Fiscalização do Mercado de Títulos e Valores Mobiliários (Taxa de

99
Fiscalização da CVM):

99
RE 177.835 PE: “O que a lei procura realizar, com a variação do valor da taxa,

99
e9
em função do patrimônio da empresa, é o princípio da capacidade contributiva”.

om
N
Taxa – Serviço Público
99

RE 232.393 SP:
99

“O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU –


99

a metragem da área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN,


99

art.33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de


99
e9

coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do
om

IPTU: o custo do serviço constitui base imponível da taxa. (...)”


N
99

Contribuições Sociais do Empregador, da Empresa e da Entidade a Ela


99

Equiparada (art.195, §9º, CF88)


9
99
99

Com a EC 20/1998, foi inserido o §9º ao art.195, que depois foi modificado pela EC
9

47/2005, ficando assim:


e9
om

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão


N

ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade


9

econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou


99

da condição estrutural do mercado de trabalho.


9
99
99

Os critérios “atividade econômica” e “porte da empresa” são fortes indícios da


99

possibilidade da aplicação, a essas contribuições sociais, do princípio da


e9
om

capacidade contributiva.
N

2.1.4. Princípio da Irretroatividade (U,E, DF, M)

Prevê o art.150, III, ‘a’, CF88:

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
os houver instituído ou aumentado; [...]

99
99
Analisando somente a CF88, não há qualquer exceção ao princípio da

99
irretroatividade.

99
99
e9
Mas se considerarmos também o CTN, podemos afirmar que:

om
(i) o princípio da irretroatividade não é incompatível com a existência de leis

N
tributárias que produzam efeitos jurídicos sobre atos pretéritos;

99
(ii) a retroatividade do CTN só é permitida se:

99
a. Quando a lei for meramente interpretativa (art.106, I);

99
b. Retroatividade benigna por infração (art.106, II);

99
(iii) a lei que reduz ou extingue o tributo também não retroage.

99
e9
om
Mas o STF já entendeu que só lei complementar pode restringir essa N
retroatividade, porque é norma geral (art.146, III, ‘b’, CF88), que foi regulada pelo
99

CTN (RE 407.190).


99
99

Irretroatividade e Fatos Geradores Pendentes


99
99
e9

Fatos geradores pendentes (= complexivos ou periódicos) => são aqueles


om

constituídos dentro de um determinado período de tempo.


N

Ex.: Imposto de renda => o aumento patrimonial (que enseja a renda) é verificado
99

dentro de um exercício financeiro, que começa em 01 de janeiro do ano e conclui-se


99

no último instante do dia 31 de dezembro deste mesmo ano.


9
99
99

Distintos são os fatos geradores instantâneos, em tributos como o ITBI e o IOF, que
9

ocorrem num instante de tempo.


e9
om
N

STF => o princípio da irretroatividade não impede a lei nova que institua ou aumente
9

tributo alcance o período inteiro do fato gerador pendente, desde que o termo final
99

desse período se dê após a entrada em vigor dessa lei (RE 194.612 SC; RE 197.790
9
99

MG; RE 199.352 PR; AI-AgRg 333.209 PR).


99
99

Há inclusive Súmula que vai nesse sentido:


e9
om

Súmula 584
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a
N

lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.

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Mas não é só a vigência que deve ser observada, mas também a lei tem de estar
apta a produzir efeitos (princípio da anterioridade) na data em que se der o termo
final do fato gerador.

Assim, na ADI 15 DF, o STF entendeu inconstitucional o art.8º da Lei 7.689, de

99
15.12.1988 (publicado no Diário Oficial de 16.12.1988), que instituiu a CSLL. É que o

99
referido artigo previa que a CSLL seria devida a partir do resultado apurado no

99
período-base a ser encerrado em 31.12.1988.

99
99
e9
Ora, apesar de já estar em vigor em 31.12.1988, nessa data não estava a lei apta a

om
produzir efeitos por conta da anterioridade nonagesimal (veremos no tópico seguinte),

N
que prevê que, no art.195, §6º, CF88:

99
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas

99
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver

99
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

99
99
e9
om
2.1.5. Princípio da Anterioridade (U,E, DF, M) N
99

Art.150, III. [...] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
99

Municípios cobrar tributos (...)


99
99

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os


99
e9

instituiu ou aumentou;
om

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
N

que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;


99
9 99
99
9 99
e9
om
N
9
9 99
99
99
99
e9
om
N

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no mesmo
exercício
financeiro lei que os
É vedado U, E, DF, M de
instituiu ou

99
cobrar tributo publicada
e aumentou

99
99
antes de 90d

99
99
e9
om
N
ATENÇÃO: MARCO TEMPORAL DISTINTO

99
99
Princípio da Irretroatividade ENTRADA EM VIGOR

99

99
Princípio da Anterioridade PUBLICADA

99
e9
om
Exceções ao Princípio da Anterioridade N
99

Art.150, §1º A vedação do inciso III, b, [anterioridade exercício financeiro]


99

não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I [empréstimo


99

compulsório – calamidade ou guerra], 153, I, II, IV e V [II, IE, IPI, IOF];


99

e 154, II [imposto extraordinário]; e a vedação do inciso III, c


99
e9

[anterioridade nonagesimal], não se aplica aos tributos previstos nos arts.


om

148, I [empréstimo compulsório– calamidade ou guerra], 153, I, II, III e


N

V [II, IE, IR e IOF]; e 154, II [imposto extraordinário], nem à fixação da


99

base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III [IPVA], e 156, I
99

[IPTU].
9
99
9 99
e9
om
N
9
9 99
99
99
99
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om
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Segue um diagrama das exceções às anterioridades, para facilitar:

EXCEÇÕES À

99
99
99
Anterioridade Anterioridade

99
Exercício Financeiro Nonagesimal

99
(art.150, III, ‘b’) (art.150, III, ‘c’)

e9
om
N
Empréstimo Compulsório

99
Calamidade ou Guerra

99
(art.150, §1º)

99
99
99
e9
II, IE, IOF

om
(art.150, §1º) N
99
99
99

Imposto
99

Extraordinário
99

IPI (art.150, §1º) IR


e9

(art.150, §1º) (art.150, §1º)


om
N
99
99

Contribuição Financiamento Base de cálculo


9

Seguridade Social IPTU


99

(art.195, §6º, in fine) (art.150, §1º)


9 99
e9
om
N

CIDE-Combustível Base de cálculo


9

(restabelecimento) IPVA
99

(art.177, §4º, I, ‘b’) (art.150, §1º)


9
99
99
99
e9

ICMS Monofásico
om

Combustíveis
N

(restabelecimento)
(art.155, §4º, IV, ‘c’)

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STF e Anterioridade

Não Basta Modificar, tem que Majorar para se aplicar o Princípio da


Anterioridade.

99
99
Princípio da Anterioridade é CLÁUSULA PÉTREA (ADI 939).

99
99
99
Princípio da Anterioridade ≠ Princípio da Anualidade

e9
om
Princípio da Anualidade => a lei tributária, para ser exigida, tinha de estar incluída

N
na lei do orçamento anual, que tem prazo constitucional para aprovação. Ele conferia

99
mais garantia à não-surpresa para o contribuinte.

99
99
ESSE PRINCÍPIO NÃO EXISTE NO ATUAL ORDENAMENTO!

99
99
e9
Princípio da Anterioridade e Medida Provisória

om
N
Art.62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de
99

impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, [II, IE, IPI, IOF] e
99

154, II [Imposto Extraordinário], só produzirá efeitos no exercício financeiro


99

seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
99

editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)


99
e9
om

Esse dispositivo não se aplica às exceções ali previstas nem às demais espécies
N

tributárias.
99
99

Por esse dispositivo, para que IMPOSTOS possam ser exigidos, deve-se observar,
9
99

cumulativamente:
99

1º) O Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro (salvo impostos exceções ao


9

previsto no art.150, III, ‘b’: II, IE, IPI, IOF, Imposto Extraordinário)
e9
om

2º) A conversão da MP em lei até o último dia do exercício em que foi publicada a lei
N

(salvo exceções ao previsto no art.62, §2º: II, IE, IPI, IOF, Imposto Extraordinário)
9

3º) O Princípio da Anterioridade Nonagesimal (salvo exceções ao art.150, III, ‘c’: II,
99

IE, IR, IOF, Imposto Extraordinário, Base de cálculo IPTU, Base de cálculo IPVA)
9
99
99

Princípio da Anterioridade e Lei que Revoga Isenção


99
e9
om

Pelo entendimento tradicional do STF => se a lei revogada não concedeu a isenção
por prazo certo nem em função de determinadas condições (isenção
N

onerosa), não se equipara essa revogação a uma majoração de tributo, podendo ele
ser exigido imediatamente, não se aplicando o princípio da anterioridade (RE
204.062 e Súmula 615).

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No entanto => Na ADIMC 2.325 DF: “a modificação no sistema de creditamento pela


norma em questão [LC nº 102/2000, que modificou a sistemática de creditamento do
ICMS], quer consubstancie a redução de um benefício de natureza fiscal, quer
configure a majoração de tributo, cria uma carga tributária para o contribuinte e,
portanto, sujeita-se ao princípio da anterioridade”.

99
99
Devemos acompanhar, então, como esse assunto vai evoluir no STF.

99
99
99
2.1.6. Princípio do Não-Confisco (U,E, DF, M)

e9
om
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

N
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]

99
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

99
99
Não-Confisco no STF

99
99
e9
Totalidade da carga tributária perante uma mesma pessoa política (ADIMC

om
2010 DF) => STF: inconstitucional a Lei 9.783/99, que tentou elevar a alíquota da
N
contribuição previdenciária dos servidores públicos a 25%, os quais já se sujeitavam a
99

um IR que podia chegar a 27,5% (AMBOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO).


99
99

Multa tributária confiscatória (ADI 551 RJ) => inconstitucionais dispositivos


99

constantes do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do


99
e9

Estado do Rio de Janeiro, os quais diziam que as multas pelo não recolhimento de
om

impostos e taxas estaduais não poderiam ser inferiores a duas vezes seu valor, e
N

que as multas por sonegação de impostos ou taxas estaduais não poderiam ser
99

inferiores a cinco vezes o seu valor.


9 99
99

Multa tributária confiscatória (ADIMC 1.075 DF) => STF suspendeu a aplicação
99

do art.3º, parágrafo único, da Lei federal nº 8.846/94, que previa multa de 300%
9

sobre o valor da mercadoria quando da não emissão da correspondente nota fiscal.


e9
om
N
9

Confisco ≠ Pena de Perdimento de Bens


9 99
99

A pena de perdimento de bens tem fundamento constitucional no art.5º, XLVI:


99

Art.5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras,


99

as seguintes: [...]
e9
om

b) perda de bens; [...]


N

AgRg no AI 173.689, o STF decidiu: “Importação – Regularização fiscal – Confisco.


Longe fica de configurar concessão, a tributo, de efeito que implique confisco decisão
que, a partir de normas estritamente legais, aplicáveis a espécie, resultou na perda de
bem móvel importado.”

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Distinção entre: penalidade decorrente de infração tributária grave e tributo,


que não tem natureza sancionatória.

Taxa com Efeito Confiscatório => Se o valor cobrado a título de taxa for muito

99
superior ao custo do serviço público prestado = tributo com efeito de confisco (ADIMC

99
QO 2.551).

99
99
99
Perspectiva Estática e Perspectiva Dinâmica de Aplicação do Princípio do

e9
Não-Confisco

om
N
Perspectiva Estática – verifica se o valor do tributo, depois de criado ou majorado,

99
encontra-se muito elevado, fora do razoável; Foco da investigação: quantum do

99
tributo; Avaliar o percentual de alíquota vigente.

99

99
Perspectiva Dinâmica – verifica se o aumento do tributo em relação ao valor

99
e9
anterior foi desarrazoado; Foco da investigação: quantum do aumento; Avaliar o

om
percentual de aumento, se esse aumento foi muito impactante. N
99
99

2.1.7. Princípio da Não-Limitação ao Tráfego de Pessoas ou Bens (U,E, DF, M)


99
99

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


99
e9

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]


om

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos


N

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela


99

utilização de vias conservadas pelo Poder Público; [...]


9 99
99

Não podem U, E, DF, M instituir tributos interestaduais ou intermunicipais (isso


99

não quer dizer que a vedação não se refira à União) para limitar o tráfego de bens ou
9

pessoas, salvo nas exceções constitucionalmente previstas.


e9
om
N

1ª Exceção – PEDÁGIO
9

STF (AI-AgR 531.529 RS, julgado em 2010) => o pedágio pode ser uma taxa ou um
99

preço público => dependerá se a via com pedágio é a única maneira de se chegar
9
99

àquele outro local ou não.


99
99

Se houver via alternativa => pedágio = preço público, pela sua facultatividade.
e9
om


N

Se não houver via alternativa => pedágio = taxa, por sua compulsoriedade.

2ª Exceção – ICMS INTERESTADUAL ou ICMS-TRANSPORTE INTERMUNICIPAL


Se a CF88 prevê, é porque se apresenta como mais uma exceção ao princípio da não-
limitação ao tráfego de pessoas ou bens.

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RESUMÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ATRFB ESAF


PROF. ALBERTO MACEDO
AULA 00

2.1.8. Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação (Só União)

Art. 151. É vedado à União:


I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que

99
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a

99
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos

99
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-

99
99
econômico entre as diferentes regiões do País;

e9
om
Por exemplo, não pode a União estabelecer alíquotas de IPI reduzidas sobre um

N
produto em determinada região do País, A NÃO SER que essa região seja

99
economicamente menos desenvolvida em relação às demais do País. Isso dá

99
cumprimento inclusive ao que prescreve o art.3º, III, CF88:

99
99
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

99
e9
Brasil: [...]

om
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
N
sociais e regionais; [...]
99
99

E é por isso que até hoje se mantêm os incentivos fiscais à Zona Franca de Manaus,
99

com fundamento também no art.40, ADCT, que prevê:


99
99
e9

Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área
om

livre de comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo


N

prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição.


99
99

2.1.9. Princípio da Uniformidade na Tributação da Renda (Só União)


9
99
99

Art. 151. É vedado à União: [...]


9

II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito


e9
om

Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos


N

respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas
9

obrigações e para seus agentes;


9 99
99
99
99
e9
om
N

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RESUMÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ATRFB ESAF


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AULA 00

UNIÃO
NÃO PODE TRIBUTAR
JUROS DE TÍTULO DA JUROS DE TÍTULO DA
DÍVIDA PÚBLICA DÍVIDA PÚBLICA

99
MAIS QUE

99
ESTADUAL E MUNICIPAL FEDERAL

99
99
99
e9
Isso porque se o investidor tivesse à disposição títulos federais cujos juros pagos

om
fossem menos tributados pelo imposto de renda do que os títulos estaduais, distritais

N
ou municipais, ele só ia querer adquirir títulos federais, cujo rendimento líquido,

99
descontado o IR, seria maior.

99
99
UNIÃO

99
NÃO PODE TRIBUTAR

99
e9
REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÃO E
PROVENTOS
om PROVENTOS
N
DE AGENTE PÚBLICO MAIS QUE DE AGENTE PÚBLICO
99
99

ESTADUAL E MUNICIPAL FEDERAL


99
99
99
e9

2.1.10. Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma (ou Heterotópica) (Só


om

União)
N
99

Art. 151. É vedado à União: [...]


99

III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito


9
99

Federal ou dos Municípios.


9 99

2 exceções:
e9
om

1ª) A União pode isentar, por lei complementar, tanto de ICMS quanto de ISS a
N

exportação de bens e serviços para o exterior. Veja os dispositivos:


9
99

Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte:


9
99

[...]
99

XII - cabe à lei complementar: [...]


99

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior,


e9
om

serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"


N

Hoje inócua porque o inciso X, ‘a’, do §2º do art.155, no seu texto original falava em
imunidade para operações que destinassem ao exterior produtos industrializados,
excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar.

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Com a EC 42/2003, qualquer mercadoria ou serviço (sujeito ao ICMS) passou a ser


alcançada pela imunidade, o que fez com que a função da lei complementar do inciso
XII, ‘e’, ficasse sem efeito.

Art.156, § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo

99
[ISS], cabe à lei complementar: [...]

99
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

99
99
99
2ª)

e9
Isenção Concedida por Tratado Internacional

om
N
Tratado Internacional que concedeu isenção de ICMS a mercadoria importada de país

99
signatário do GATT (Tratado Geral de Tarifas e Comércio) => CONSTITUCIONAL

99
porque ali a União celebra tratado não como ente federado, pessoa jurídica de

99
direito público interno, mas sim como Estado Federal total, República

99
Federativa, a qual, ao manter relações internacionais, pode estabelecer isenção

99
e9
não só de tributos federais, mas também estaduais e municipais (RE 229.096

om
RS) => O voto não tratou essa isenção como uma isenção heterônoma: N
99

Súmula do STJ => impossibilidade de lei federal estabelecer isenção de custas


99

judiciais (taxas estaduais):


99
99

Súmula 178, STJ


99
e9

O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas


om

ações acidentarias e de benefícios, propostas na justiça estadual.


N
99
99

2.1.11. Princípio da Não Discriminação Tributária Baseada em Procedência ou


9
99

Destino (Só E, DF, M)


9 99

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
e9
om

diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de


N

sua procedência ou destino.


9
99

Como exemplo, não pode o Estado de São Paulo estabelecer, mesmo que por lei,
9
99

alíquota de ICMS mais onerosa para produto adquirido de industrial estabelecido em


99

MG por contribuinte do ICMS estabelecido em SP, em comparação com o mesmo


99

produto advindo de outro Estado.


e9
om

Não existe exceção para Estados, Distrito Federal e Municípios.


N

É também regra garantidora do Pacto Federativo. CLÁUSULA PÉTREA.

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03- (ANALISTA DO COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2012 ESAF) Sobre a imunidade


recíproca, que é a vedação constitucional à instituição e cobrança, por parte das
pessoas políticas tributantes, de impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos
outros, podemos afirmar que:
(A) a imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil não é da

99
espécie recíproca, na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado.

99
(B) no caso de sociedades de economia mista controladas pela União, é relevante para

99
definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a

99
99
atividade desempenhada pela empresa estar ou não sujeita a monopólio estatal.

e9
(C) a imunidade tributária recíproca não é extensiva às autarquias, no que se refere

om
ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às

N
delas decorrentes.

99
(D) as sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo

99
capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária recíproca.

99
(E) a imunidade tributária recíproca aplica-se, inclusive, às taxas.

99
99
e9
Resolução

om
N
(A) ERRADO. a imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil não
99

é da espécie recíproca, na medida em que a OAB desempenha atividade própria de


99

Estado. NESSE SENTIDO, VEJA TRECHO DE EMENTA DA DECISÃO DO STF NO


99

AG.REG. NO RE 662.816 BA, EM QUE A CORTE ENTENDEU QUE A IMUNIDADE


99

RECÍPROCA DA OAB NÃO É EXTENSIVA À CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS:


99
e9

1. A Caixa de Assistência dos Advogados, instituída nos termos dos arts. 45, IV
om

e 62 da Lei 8.906/1994, não desempenha as atividades inerentes à Ordem


N

dos Advogados do Brasil (defesa da Constituição, da ordem jurídica do


99

Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social Também


99

não lhe compete privativamente promover a representação, a defesa, a seleção


9
99

e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil). Trata-


99

se de entidade destinada a prover benefícios pecuniários e assistenciais a seus


9

associados. 2. Por não se revelar instrumentalidade estatal, a Caixa de


e9
om

Assistência dos Advogados não é protegida pela imunidade tributária


N

recíproca (art. 150, VI, a da Constituição).


9
99

(B) ERRADO. no caso de sociedades de economia mista controladas pela União, é


9
99

relevante IRRELEVANTE para definição da aplicabilidade da imunidade tributária


99

recíproca a circunstância de a atividade desempenhada pela empresa estar ou não


99

sujeita a monopólio estatal.


e9
om

ESSE É O ENTENDIMENTO MAIS RECENTE DO STF. VIDE DECISÃO NO No Ag.Rg. no


RE 285.716 SP (02.03.2010), EM QUE A PETROBRÁS TEVE SEU PEDIDO DE
N

IMUNIDADE RECÍPROCA [IPTU SOBRE LOCAL ONDE INSTALADOS CONDUTOS DE


PETRÓLEO] NEGADO, DECLARANDO EXPRESSAMENTE O RELATOR DO VOTO
VENCEDOR QUE:

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“2. É irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade tributária


recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou não sujeita
a monopólio estatal. O alcance da salvaguarda constitucional pressupõe o
exame (i) da caracterização econômica da atividade (lucrativa ou não), (ii) do
risco à concorrência e à livre iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo pela

99
pressão política ou econômica.

99
3. A imunidade tributária recíproca não se aplica à Petrobrás, pois:

99
3.1. Trata-se de sociedade de economia mista destinada à exploração

99
99
econômica em benefício de seus acionistas, pessoas de direito público e

e9
privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento patrimonial

om
dissociado de interesse público primário;

N
3.2. A Petrobrás visa a distribuição de lucros, e, portanto tem capacidade

99
contributiva para participar do apoio econômico aos entes federados;

99
3.3. A tributação de atividade econômica lucrativa não implica risco ao pacto

99
federativo.”

99
99
e9
(C) ERRADO. a imunidade tributária recíproca não é extensiva às autarquias, no que

om
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades
N
essenciais ou às delas decorrentes. (ART.150, §2º, CF88).
99

(D) CORRETO. as sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de


99

saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade


99

tributária recíproca.
99

ESSA FOI A DECISÃO DO STF NO RE 580.264 RS (16.12.2010), JULGADO EM


99
e9

REPERCUSSÃO GERAL. VEJA A EMENTA:


om

EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


N

REPERCUSSÃO GERAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. SOCIEDADE DE


99

ECONOMIA MISTA. SERVIÇOS DE SAÚDE.


99

[...]
9
99

3. As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de


99

saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da


9

imunidade tributária recíproca prevista na alínea “a” do inciso VI do art.150


e9
om

da Constituição Federal.[...]
N
9

(E) ERRADO. a imunidade tributária recíproca NÃO SE aplica-se, inclusive, às taxas.


99

(art.150, VI, CF88).


9
99
99

GABARITO: D
99
e9
om

04- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) O


princípio da isonomia tributária, previsto no art.150, inciso II, da Constituição, proíbe
N

o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.


Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os demais princípios
constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto, que:

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(A) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da capacidade


contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público.
(B) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a Constituição
prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar,
inclusive com regimes especiais ou simplificados.

99
(C) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no

99
tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o princípio da

99
isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional.

99
99
(D) determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional que tenha

e9
fortemente atingido o setor não permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa

om
ao princípio da isonomia.

N
(E) a proibição de importação de veículos usados não configura afronta ao princípio da

99
isonomia.

99
99
Resolução

99
99
e9
Vamos às alternativas da questão, que pede a alternativa INCORRETA:

om
(A) CORRETA. Em matéria tributária, a capacidade contributiva e o interesse
N
público são parâmetros adequados para justificar distinções de tributação.
99
99

(B) CORRETA. Relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a


99

Constituição prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei
99

complementar, inclusive com regimes especiais ou simplificados. É o que prescreve o


99
e9

art.146, III, ‘d’.


om
N

(C) CORRETA. Se há expressa previsão constitucional (Art.195, §9º, CF88), ela


99

justifica a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no


99

tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, no mesmo nível


9
99

constitucional do princípio da isonomia.


9 99

(D) ERRADA. Se um segmento econômico é prejudicado por crise internacional que


e9
om

tenha fortemente atingido o setor, isso justifica um tratamento tributário a esse


N

segmento, o que se coaduna com o princípio da isonomia, pois esse setor está em
9

situação desigual a outros setores que não foram atingidos com a referida crise
99

internacional.
9
99
99

(E) CORRETA. A proibição de importação de veículos USADOS visa proteger o


99

mercado de automóveis USADOS nacional não configurando afronta ao princípio da


e9
om

isonomia.
N

GABARITO: D

05- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) O princípio constitucional da


legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser

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estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria


Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la por meio de decreto
presidencial. Entre estes, não se inclui:
(A) Imposto de Importação.
(B) Imposto Territorial Rural.

99
(C) Imposto sobre Operações Financeiras.

99
(D) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis.

99
(E) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

99
99
e9
Resolução

om
N
ALTERNATIVA “A)”: II, IE, IPI, IOF – pode a majoração de alíquotas por decreto

99
presidencial (Art.153, §1º).

99
99
ALTERNATIVA “B)”: ITR – só se pode majorar alíquota por lei.

99
99
e9
ALTERNATIVA “C)”: II, IE, IPI, IOF – pode a majoração de alíquotas por decreto

om
presidencial (Art.153, §1º). N
99

ALTERNATIVA “D)”: CIDE Combustível – pode redução e restabelecimento de alíquota


99

por ato do Poder Executivo (Art.177, §4º, I, ‘b’, CF88).


99
99

ALTERNATIVA “E)”: II, IE, IPI, IOF– pode a majoração de alíquotas por decreto
99
e9

presidencial (Art.153, §1º).


om
N

GABARITO: B
99
99

06- (ANALISTA EM PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS


9
99

ESTADO SP 2009 ESAF) O princípio da capacidade contributiva:


99

(A) aplica-se somente às contribuições.


9

(B) não se aplica às penalidades tributárias.


e9
om

(C) aplica-se somente aos impostos.


N

(D) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias.


9

(E) é atendido pela progressividade dos impostos reais.


9 99
99

Resolução
99
99

Vamos à análise das alternativas:


e9
om

(A) ERRADA. O princípio da capacidade contributiva não se aplica somente às


contribuições, mas também às taxas e aos impostos, pelo entendimento do STF.
N

(B) CORRETA. Não há previsão, no ordenamento, de aplicação do princípio da


capacidade contributiva às penalidades tributárias, às multas. Situação diferente
ocorre em relação ao princípio do não-confisco, que veremos mais adiante.

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(C) ERRADA. Apesar da literalidade do art.145, §1º, CF88, vimos, pelas decisões do
STF, que o princípio da capacidade contributiva não se aplica somente aos impostos.

(D) ERRADA. O art.145, §1º, é claro ao afirmar que o princípio da capacidade

99
contributiva aplica-se sempre que possível. Isso porque ele se realiza na aferição das

99
características pessoais do contribuinte, e nem todos os tributos levam em conta

99
essas características. É o que acontece com os impostos reais, como o IPTU.

99
99
e9
(E) ERRADA. O STF entende que a progressividade dos impostos reais não atende ao

om
princípio da capacidade contributiva, e só é aplicada se expressamente previsto no

N
texto constitucional.

99
99
GABARITO: B

99
99
07- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerado o

99
e9
entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, assinale a

om
resposta que completa corretamente a assertiva. N
“A alíquota de contribuição social destinada ao financiamento da Seguridade Social,
99

majorada por medida provisória que tenha sido editada na primeira metade do
99

exercício financeiro, objeto de reedição e conversão em Lei, poderá ser exigida ...”
99

(A) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da Lei resultante da


99

conversão.
99
e9

(B) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da medida provisória


om

originária.
N

(C) depois de decorridos noventa dias da data da reedição da medida provisória.


99

(D) no próximo exercício financeiro.


99

(E) depois de decorridos noventa dias do início do próximo exercício financeiro.


9
99
99

Resolução
9
e9
om

Analisando as alternativas:
N

Como dissemos, o art.62, §2º, CF88, refere-se somente a impostos. Assim, se na


9

conversão da MP em lei não houver substancial alteração em seu texto, os 90


99

dias contam-se a partir da publicação da MP originária (RE 197.790, RE 181.664).


9
99

Caso contrário, contam-se a partir da publicação da lei de conversão (RE 169.740).


99
99

Como a questão não especifica, presume-se que não houve a tal substancial
e9
om

alteração.
N

Assim, a correta é a alternativa ‘b’.

GABARITO: B

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08- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Entre as limitações


constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em
relação ao fisco, é incorreto afirmar que:
(A) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando considerados
em sua perspectiva estática.

99
(B) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo,

99
não significa necessariamente confisco.

99
(C) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva dinâmica, pode ser

99
99
confiscatório.

e9
(D) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio da

om
progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos

N
tributos.

99
(E) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função da totalidade

99
da carga tributária, mas sim em cada tributo isoladamente.

99
99
Resolução

99
e9
om
Indo às alternativas: N
(A) CORRETA. Sob um perspectiva estática, o IPTU, por exemplo, poderá ser
99

considerado confiscatório se for instituído numa alíquota de 20%.


99
99

(B) CORRETA. Uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por
99

exemplo, não significa necessariamente confisco, porque ele apresenta também


99
e9

uma função extrafiscal, regulatória do mercado.


om
N

(C) CORRETA. O ITCMD, na sua perspectiva dinâmica, pode ser confiscatório, por
99

exemplo, se vier lei e aumentar sua alíquota de 4% para, por exemplo, 10%. Um
99

aumento de 150% no valor da alíquota, o que parece ser confisco, ao menos


9
99

numa perspectiva dinâmica.


9 99

(D) CORRETA. O princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio


e9
om

da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos


N

tributos. Sim, porque uma desmedida progressividade (quanto maior a base de


9

cálculo, maior a alíquota) pode chegar a um confisco, atingindo o direito de


99

propriedade do contribuinte.
9
99
99

(E) ERRADA. A identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função
99

de cada tributo, isoladamente considerado; mas sim, em função da totalidade


e9
om

da carga tributária, considerando os tributos de competência de um mesmo ente


político. É o que se lê da ADIMC 2010 DF, julgada no STF.
N

GABARITO: E

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RESUMÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ATRFB ESAF


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AULA 00

Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – Tecnologia da Informação


2005 ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a
determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a

99
hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a

99
alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e

99
marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção

99
99
correta.

e9
( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar

om
ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas

N
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.

99
( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza

99
a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia.

99
( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto

99
também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções,

99
e9
observados os limites constitucionais e legais.

om
(A) F, V, F N
(B) F, F, V
99

(C) F, V, V
99

(D) V, F, V
99

(E) V, V, V
99
99
e9

02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) Assinale


om

a opção correta.
N

(A) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos


99

para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a


99

capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no
9
99

pólo ativo de uma relação jurídico-tributária.


99

(B) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os


9

requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre


e9
om

por meio de lei.


N

(C) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda


9

que por meio de lei.


99

(D) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de


9
99

lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.


99

(E) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe
99

da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o


e9
om

interesse das pessoas envolvidas.


N

03- (ANALISTA DO COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2012 ESAF) Sobre a imunidade


recíproca, que é a vedação constitucional à instituição e cobrança, por parte das
pessoas políticas tributantes, de impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos
outros, podemos afirmar que:

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(A) a imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil não é da
espécie recíproca, na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado.
(B) no caso de sociedades de economia mista controladas pela União, é relevante para
definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a
atividade desempenhada pela empresa estar ou não sujeita a monopólio estatal.

99
(C) a imunidade tributária recíproca não é extensiva às autarquias, no que se refere

99
ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às

99
delas decorrentes.

99
99
(D) as sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo

e9
capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária recíproca.

om
(E) a imunidade tributária recíproca aplica-se, inclusive, às taxas.

N
99
04- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) O

99
princípio da isonomia tributária, previsto no art.150, inciso II, da Constituição, proíbe

99
o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.

99
Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os demais princípios

99
e9
constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto, que:

om
(A) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da capacidade
N
contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público.
99

(B) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a Constituição


99

prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar,
99

inclusive com regimes especiais ou simplificados.


99

(C) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no


99
e9

tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o princípio da


om

isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional.


N

(D) determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional que tenha
99

fortemente atingido o setor não permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa
99

ao princípio da isonomia.
9
99

(E) a proibição de importação de veículos usados não configura afronta ao princípio da


99

isonomia.
9
e9
om

05- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) O princípio constitucional da


N

legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser


9

estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria


99

Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la por meio de decreto
9
99

presidencial. Entre estes, não se inclui:


99

(A) Imposto de Importação.


99

(B) Imposto Territorial Rural.


e9
om

(C) Imposto sobre Operações Financeiras.


(D) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis.
N

(E) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

06- (ANALISTA EM PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS


ESTADO SP 2009 ESAF) O princípio da capacidade contributiva:

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(A) aplica-se somente às contribuições.


(B) não se aplica às penalidades tributárias.
(C) aplica-se somente aos impostos.
(D) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias.
(E) é atendido pela progressividade dos impostos reais.

99
99
07- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerado o

99
entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, assinale a

99
99
resposta que completa corretamente a assertiva.

e9
“A alíquota de contribuição social destinada ao financiamento da Seguridade Social,

om
majorada por medida provisória que tenha sido editada na primeira metade do

N
exercício financeiro, objeto de reedição e conversão em Lei, poderá ser exigida ...”

99
(A) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da Lei resultante da

99
conversão.

99
(B) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da medida provisória

99
originária.

99
e9
(C) depois de decorridos noventa dias da data da reedição da medida provisória.

om
(D) no próximo exercício financeiro. N
(E) depois de decorridos noventa dias do início do próximo exercício financeiro.
99
99

08- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Entre as limitações


99

constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em


99

relação ao fisco, é incorreto afirmar que:


99
e9

(A) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando considerados


om

em sua perspectiva estática.


N

(B) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo,
99

não significa necessariamente confisco.


99

(C) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva dinâmica, pode ser
9
99

confiscatório.
99

(D) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio da


9

progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos


e9
om

tributos.
N

(E) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função da totalidade
9

da carga tributária, mas sim em cada tributo isoladamente.


9 99
99
99
99
e9
om
N

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Gabarito das Questões

01-D 02-A 03-D 04-D 05-B 06-B 07-B 08-E

99
99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
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9 99
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om
N
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9 99
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om
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