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Probabilidade Condicional

Seja (Ω , Υ e P ) um espaço de probabilidade. Se B∈Υ e P ( B ) >0 , a probabilidade Condicional de


A ∈Υ dado B é definida por:

P ( A ¿ )=P ¿ ¿

Note

Se P( B)=0 , P( A ¿) pode ser arbitrariamente definida. Mas por independência, é conveniente


fazer P ( A ¿ )=P ( A ) ,como veremos adiante,

Decorre da definição que P( A ∩ B)=P( B) ⋆ P ( A|B ) e esta igualdade é válida quando P(B)=0

Exemplo:Suponhamos que uma fábrica possui 310máquinas de soldar. Algumas destas


máquinas são eléctricas ( E), enquanto outras são manuais (M ). Por outro lado, temos também
que algumas são novas (N) e outras são usadas (U). A tabela abaixo informa o número de
máquinas de cada categoria.

Eletrica (E) Manuais(M)


Novas (N) 10 60
Usadas (U) 200 40

a) Sabendo que uma determinada peça foi soldada usando uma máquina
nova, qual é a probabilidade de ter sido soldada por uma máquina eléctrica?

Solução
P ( E ∩ N ) 10
P ( E ¿ )= = =0.1429
P( N ) 70

b) Sabendo que uma determinada peça foi soldada usando uma máquina eléctrica, qual é a
probabilidade de ter sido soldada por uma máquina nova?
P ( E ∩ N ) 10
P ( E ¿ )= = =0.0476
P(N ) 21 0

Teorema 1: Uma probabilidade condicional dado um evento B qualquer é uma probabilidade.

Demonstração:Para mostrar que a probabilidade condicional é uma probabilidade, devemos


verificar

que:

 P( A ¿) ≥0 , ∀ A ∈Υ
 P ( A ¿ )=1 e pelo que
 Se A1 , A 2 , A3 ,…∈Υ são disjuntos 2 a 2, então:


P ( ¿ i=1 ¿ ∞ A i ¿ )=∑ P(¿ A i ¿)¿
i=1

Vamos verificar então as condições acima

P( A ⋂ B)
P ( A ¿ )= , com P ( A ⋂ B ) ≥ 0 e P ( B ) >0 , temos que P ≥ 0 e a1 ª condição foi satisfeita .
P( B)

P ( Ω ⋂ B ) P(B) a
Temos também que P ( Ω ¿ )= = =1e a 2 condição foi satisfeita.
P(B) P(B)

Por fim temos:


P ( ¿ i=1 ¿ ∞ A i ¿ )=P ¿ ¿

∑ P( Ai ∩B) n
P( Ai ⋂ B ) n
i=1
=∑ =∑ P( Ai ¿)
P( B) i=1 P( B) i=1

Teorema de multiplicação

Seja (Ω , Υ e P ) um espaço de probabilidade com Se A1 , A 2 , A3 ,…∈Υ entao:


P( A ¿ ¿ 1 ∩ A2 ∩… ∩ An )=P( A ¿ ¿ n{ A ¿ ¿ 1∩ … ∩ A n−1)∗P( A ¿ ¿ n−1{ A ¿ ¿ 1∩ … ∩ A n−2)∗…∗P( A¿¿ 2 { A¿¿ 1)∗P

Demonstração: Por indução finite


Nota: Especificamente, para n=2, temos:

P( A ¿ ¿ 1 ∩ A2 )=¿ ¿ P( A¿¿ 2 { A¿ ¿1)∗P( A 2) ¿

Partição de um conjunto

Uma sequência finita ou enumerável de conjuntos é uma partição de um conjunto A quando:

• For uma sequência A1 , A 2 , A3 ,… de conjuntos disjuntos 2 a 2 e

¿ i A 1=A

Teorema de probabilidade total

Teorema 2: Seja (Ω , Υ e P ) um espaço de probabilidade. Se a (sequencia finita ou numeravel)


A1 , A 2 , A3 ,…∈Υ formar uma partição de Ω , então:
P ( B )=∑ P(B { A ¿ ¿ i) ⋆ P(A i )
i

Exemplo:

Uma empresa produz circuitos em três fábricas, denotadas por I, II e III. A fábrica I produz 40%
dos circuitos, enquanto a II e a III produzem 30% cada uma. As probabilidades de que um
circuito produzido por essas fábricas não funcione são 0.01, 0.04 e 0.03 respectivamente.
Escolhido ao acaso um circuito da produção conjunta das três fábricas, qual é a probabilidade do
circuito não funcionar?

Solução:
Considere os eventos

 I=o circuito foi produzido pela fábrica I


 II=o circuito foi produzido pela fábrica II
 III=o circuito foi produzido pela fábrica III
 B=o circuito não funciona

Primeiro repare que os conjuntos I, II e III formam uma partição do espaço amostral.
Assim, aplicando o teorema da probabilidade total, temos que:
P ( B )=P ( B ¿ )∗P ( I ) + P ( B ¿ )∗P ( II ) + P ( B ¿ )∗P ( III )
P ( B )=0 , 01∗0,4 +0,04∗0,3+ 0,03∗0,3=0,0125

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