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SUSANA WESLEY CONSELHOS DE UMA MÃE QUE MUDOU A INGLATERRA

Susana Wesley foi a mãe de John Wesley, o fundador do


metodismo no século XVIII. Essa nobre mãe, que teve dezenove
filhos, desenvolveu essas regras para educação dos seus filhos
há mais de duzentos anos, e ainda hoje nos são tão úteis.
Conselhos de Susana Wesley para educação de filhos:

1. Não permita que as crianças comam entre as refeições


2. Coloque todas as crianças na cama por volta das 20h
3. Faça-as tomar remédio sem reclamar
4. Reprima a teimosia nas crianças e, desse modo, trabalhe com
Deus para salvar a alma delas
5. Ensine cada uma delas a orar tão logo comecem a falar
6. Faça que todas fiquem em silêncio durante a adoração familiar
7. Não lhe dê nada que peçam chorando, apenas ao que pedem de
maneira polida
8. Para evitar mentiras, não puna a falta que é confessada e da qual
se arrependem
9. Nunca permita que um ato pecaminoso fique sem punição
10. Nunca puna duas vezes a criança por uma simples ofensa
11. Elogie e recompense o bom comportamento
12. Toda tentativa de agradar, mesmo que fraca, deve ser elogiada
13. Preserve o direito de propriedade, mesmo nos menores assuntos
14. Cumpra com rigor todas as promessas feitas
15. Não exija que uma criança trabalhe antes que saiba ler
16. Ensine as crianças a temerem a vara

Certa vez, quando seu marido lhe perguntou exasperado: “Por


que você se assenta aí ensinando esta mesma lição pela
vigésima vez a essa criança medíocre?” ela respondeu
calmamente: “Se tivesse me satisfeito em mencionar esse
assunto somente dezenove vezes, todo o esforço teria sido em
vão. Foi a vigésima vez que coroou todo o trabalho.” Já um
homem famoso, seu filho John Wesley lhe implorou para que
escrevesse alguns detalhes da criação de seus filhos, ao que ela
consentiu relutantemente. Ela confessou:

“Ninguém pode seguir o meu método, se não


renunciar o mundo no sentido mais literal. Há
poucos, se houver que devotariam cerca de vinte
anos do primor de sua vida na esperança de salvar as
almas dos seus filhos.”
Estamos falando de uma incrível mulher da classe
média inglesa que foi o suporte espiritual do grande
despertamento religioso na Inglaterra. Seu nome era
Susana Wesley, a mãe de John e Charles Wesley.
Ela começava a treinar seus filhos tão logo eles
nasciam por um método de vida bastante rigoroso.
Desde o nascimento ela também começava a treinar
suas vontades, fazendo-os perceber que deveriam
obedecer aos seus pais. Eles eram até mesmo
ensinados a chorar baixinho e a beber e a comer
apenas o que lhes fosse dado. Comer e beber entre
as refeições nunca era permitido, a não ser que
estivessem doentes.

Às seis, tão logo as orações familiares estivessem terminado, eles


jantavam. Às oito, eles iam para a cama devendo dormir
imediatamente. “Não era permitido em nossa casa”, esta mãe
informa, “assentar-se perto da criança até que ela adormecesse”.
O grande ruído que muitas de nossas crianças fazem era
raramente ouvido na casa dos Wesleys. Risos e brincadeiras, no
entanto, eram sons habituais. O bem-estar espiritual de seus filhos
interessava muito a Susanna. Ela deu-lhes uma apreciação das
coisas do Espírito e levou avante este ensinamento até seus anos
de maturidade.

Mesmo já idosa, seu filho John ainda vinha até a sua devota mãe por conselhos.
Não apenas para os metodistas mas para todo o mundo Susanna Wesley deu uma
nova liberdade de fé, um novo brilho de religião vital e uma nova intimidade
com Deus. Não é de se admirar que esta mãe que tão frequentemente orava, “dá-
me graça, oh Senhor, para ser uma cristã verdadeira”, produzisse um grande
cristão como John Wesley. “Ajuda-me, Senhor”, ela orava, “a lembrar que
religião não é estar confinada à igreja ou a um cômodo, nem se exercitar
somente em oração e meditação, mas é estar sempre na Tua presença”.

Em outubro de 1735, a convite do General James


Oglethorpe, fundador da Colônia da Geórgia, nos
Estados Unidos, John e Charles Wesley foram até lá
como missionários aos índios e colonizadores.
Susanna se despediu de seus filhos, e ao fazê-lo,
John expressou sua preocupação em deixar sua mãe
idosa. Mas ela respondeu: “Tivesse eu vinte filhos, eu me
alegraria que todos eles fossem assim empregados, mesmo que nunca mais os
visse.” Ao retornar à Inglaterra, John reassumiu suas
pregações em todo o país. Anos depois, Susanna
teve o imenso gozo de o ouvir pregar noite após
noite a céu aberto, a uma congregação que cobria
toda a encosta de Epworth. Ele se lembrava das
reuniões de sua mãe em Epworth quando a ouvia
pregar nas noites de domingo para duzentos
vizinhos que se aglomeravam na residência
pastoral.

Quando os metodistas alcançaram pleno vigor, a vida de Susanna chegou ao fim. Enquanto
pregava em Bristol num domingo de Julho de 1742, John foi avisado que sua mãe estava
enferma e retornou às pressas. Na sexta-feira seguinte ela despertou do sono para clamar:
“meu querido Salvador, Tu estás vindo me socorrer nos meus últimos momentos de vida?”
Mais tarde, naquele dia enquanto seus filhos estavam ao redor de seu leito, ela

“filhos, tão logo eu tenha sido transferida, cantem um salmo de


disse:

louvor a Deus”. Ela morreu no local onde a primeira Capela Metodista foi aberta e foi
sepultada no cemitério ao lado oposto onde trinta e cinco anos mais tarde, seu filho John
construiria sua famosa capela. Certa vez, John mencionou sobre aquele funeral: “Foi uma das
reuniões mais solenes que eu já vi, ou esperei ver, neste lado da eternidade.”
Pepitas de ouro de Susanna Wesley (Alguns dos métodos que ela
utilizou como mãe).
- Susanna mantinha um horário
rigoroso em seu lar, e era disciplinada
e metódica na direção de suas
atividades diárias.
- Seus filhos eram ensinados sobre a importância
da confissão. Quando eles faziam algo errado e
confessavam completamente, ela não os punia, mas
os louvava por sua honestidade.
- Ela sempre recompensava a
obediência.
- Quando era necessário disciplinar seus filhos,
Susanna era moderada e gentil, mas muito
consistente. Ela nunca permitia ser manipulada por
seus choros.
-Respeito pelos outros era uma
obrigação. A nenhuma das crianças
era permitido invadir a propriedade de
um irmão ou irmã por mais
insignificante que fosse. Um centavo
ou vinte e cinco centavos não podiam
ser tocados se eles pertencessem a
outrem.
- Todas as promessas feitas tinham que ser
mantidas.
- Susanna não permitia que as
crianças deixassem a casa sem
permissão.
- Conferências semanais eram realizadas com cada
filho, e ela os tratava de acordo com seus
temperamentos individuais. (Susanna gastava duas
horas ininterruptas todas as noites de quinta-feiras
com John Wesley).
- Exercícios religiosos eram dados às
crianças cedo e a noite. Todos eram
ensinados a orar em alta voz, e a
oração do Senhor era repetida cada
manhã e noite.
- As crianças liam alto as escrituras todas as noites.
Os filhos mais velhos liam para os mais jovens, e
grande parte da noite era gasta cantando. - Orações
com toda a família eram realizadas todas as
manhãs. “Suzana Wesley” um exemplo de mãe,
verdadeiro amor e determinação

ORAÇÃO no Dia do Senhor, de Susana Wesley:


“Oh Senhor!, como poderíamos suportar as preocupações e
afãs da vida, se não fosse pela reconfortante quietude que
recupera as nossas forças no dia de descanso que Tu hás
previsto para nós? Graças a Ti e à Tua eterna bondade que
estabeleceste o dia de domingo para fazermos uma paragem
nas tarefas diárias da semana e para descansarmos dos nossos
trabalhos. Senhor, é-nos difícil reconhecer que é o Teu dia e
custa-nos afastarmo-nos do corrente e das preocupações
quotidianas, assim como dos atrativos e frivolidades com que
o mundo nos reclama e nos distrai do correto uso deste dia
bendito cuja chegada sempre esperamos ansiosamente.
Quantas desculpas e interesses vãos e mesquinhos nos afastam
de Ti no Teu santo dia!... Comidas, jogos, passeios, tarefas
informais, visitas, conversações e trabalhos diversos e
desnecessários enchem o nosso tempo e distraem o nosso
pensamento, impedindo que o consagremos como devíamos a
Ti e à Tua causa. Senhor, perdoa a nossa falta de
reconhecimento acerca do Teu santo dia e a nossa indiferença
ante os valores espirituais que nos reportaria a consagrá-lo
devidamente a Ti e à Tua obra, com zelo e ardor crescente!
Pedimos-Te que nos inspires um santo amor pelas Tuas coisas
e por aqueles alicerces da fé, tão insubstituíveis, que puseste à
nossa disposição. Que possamos consagrar o Teu santo dia
descansando dos trabalhos da semana, compartilhando com a
família, meditando na Tua Palavra, orando e louvando o Teu
Santo nome e adorando-Te com todo o coração para que
possamos crescer em amor e piedade. Tudo isto Te suplicamos
no sagrado nome de Teu Filho, o nosso Senhor e Salvador,
Jesus Cristo. Ámem.”

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